Acumulação de Capital, Restrição Externa, Hiato Tecnológico e Mudança Estrutural: Teoria e Experiência Brasileira

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1 ISSN Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural: Teoria e Experiência Brasileira Marcos Toses Lamonica Professor Adjuno do Deparameno de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Endereço para conao: Rua Tiradenes, 17 - Nierói - Rio de Janeiro - CEP: marcososes@homail.com José Luis da Cosa Oreiro Professor do Deparameno de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Direor da Associação Keynesiana Brasileira. Endereço para conao: Faculdade de Economia da UnB - Campus Darcy Ribeiro - Asa Nore, Brasília - Disrio Federal - CEP: jlcoreiro@erra.com.br Carmem Feijó Professora Associada do Deparameno de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Endereço para conao: R. Tiradenes, 17 - Nierói - RJ - CEP: cfeijo@erra.com.br Recebido em 27 de ouubro de Aceio em 28 de novembro de Resumo Os períodos de crescimeno acelerado da economia brasileira do pós-guerra aé a década de 1970 foram consrangidos pela resrição exerna. Propomos nese arigo um modelo baseado em Kaldor, em que esabelecemos uma relação enre acumulação de capial, hiao ecnológico e resrição exerna ao crescimeno de longo prazo para economias periféricas. A hipóese básica do modelo é que a acumulação de capial, sob ceras condições, pode conornar a resrição exerna ao crescimeno dessas economias desde que o esforço de acumulação seja capaz de produzir uma mudança esruural no senido de aumenar a paricipação relaiva dos seores mais dinâmicos do pono de visa ecnológico. Essa mudança esruural irá resular em um aumeno gradual da elasicidade-renda das exporações e numa redução da elasicidade-renda das imporações, aumenando assim a axa de crescimeno do produo real que é compaível com o equilíbrio de longo prazo do balanço de pagamenos. Ilusramos ao final do arigo que a economia brasileira do pós-guerra aé os anos 1970 apresenou uma elevada axa de acumulação de capial, aprofundando o processo de subsiuição de imporações, o que na nossa inerpreação conribuiu para parcialmene permiir relaxar a resrição exerna ao crescimeno de longo prazo. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

2 152 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó Palavras-Chave mudança esruural, progresso ecnológico, indusrialização, resrição exerna Absrac The periods of fas growh in he Brazilian economy from he pos-war unil he end of he 1970s have been consrained by imbalances in he foreign secor. We propose in his paper a model, based on Kaldor, where capial accumulaion, echnological gap and long run exernal consrain are conneced. Our hypohesis is ha capial accumulaion, under cerain circumsances, can overcome exernal consrain if he accumulaion effor promoes srucural change increasing he imporance of secors echnological-inensive. I is expeced ha he srucural change in his direcion will conribue o an increase in he income-elasiciy of expors and o a decrease in income-elasiciy of impors, resuling in he increase in he growh rae of real produc compaible wih he balance of paymens equilibrium in he long run. The las par of he paper shows ha he high invesmen rae observed in he Brazilian economy from he pos-war period unil he end of he 1970s resuled in he deepening of he impor subsiuion process, wha, in our inerpreaion, conribued o parially increase he long run growh rae of he Brazilian economy compaible wih he balance of paymen equilibrium. Keywords srucural change, echnological progress, indusrializaion, exernal resricion JEL Classificaion F43,O11 1. Inrodução O desenvolvimeno econômico é definido, na radição esruuralisa laino-americana, como um processo de aumeno conínuo da renda per capia impulsionado pelo crescimeno da produividade do rabalho, o qual resula da adoção de méodos indireos de produção, ou seja, méodos nos quais se incremena a divisão écnica do rabalho enre aividades, o que, por seu urno, supõe o aumeno da quanidade de capial por rabalhador (Rodriguez, 2009, p.80). Em ouras palavras, o desenvolvimeno econômico decorre do progresso écnico que é induzido ou viabilizado pela acumulação de capial. Esse processo, no enano, não é analisado do pono de visa de uma economia capialisa modelo, mas pressupõe a exisência de diferenças esruurais imporanes enre as economias capialisas, as quais permiem definir a exisência de um cenro e uma periferia no capialismo mundial. As economias cenrais são aquelas em que as Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

3 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 153 écnicas mais avançadas de produção peneram primeiro; ao passo que a periferia é consiuída por economias cuja produção permanece arasada, quer do pono de visa ecnológico, quer do pono de visa organizacional (Ibid, p.81). Nesse senido, com respeio ao crescimeno econômico, Furado [1952] diz que o crescimeno de uma economia desenvolvida é [...] de acumulação de novos conhecimenos cieníficos e de progressos na aplicação desses conhecimenos. O crescimeno de economias subdesenvolvidas é, sobreudo, um processo de assimilação da écnica prevalecene na época. (Ibid; 2010, p 336). No caso brasileiro, analisado como economia periférica, Furado (1984) apona que nossa indusrialização ardia foi conduzida no quadro de um desenvolvimeno inaivo (Ibid, p.27), onde o processo de acumulação serviu a um ipo de modernização que reproduzisse um padrão de consumo do cenro, privando a grande maioria da população de bens e serviços essenciais (Ibid, p.29). Porano, a reprodução, mediane a indusrialização subsiuiva de imporações, das esruuras sociais modernizadas ende a perpeuar a dependência ecnológica (Ibid, p.116). Nesse conexo, o modelo de desenvolvimeno empregado pelas economias periféricas da América Laina privilegiou a imporação de ecnologia, invés do desenvolvimeno de uma ecnologia local. Segundo Fajnzylber (1983), quando se cria uma indúsria desprovida de um núcleo endógeno de dinamização ecnológica não se poderia superar a vulnerabilidade exerna perinene às economias periféricas. Nessa percepção, a inexisência ou insuficiência de uma esruura cienífica e ecnológica inegrada e ligada ao sisema produivo geraria assimerias ecnológicas, manendo a relação cenro versus periferia. Assim, pode-se consaar a exisência de assimerias ecnológicas imporanes enre as economias capialisas, assimerias essas que permiem a caracerização de um hiao ecnológico. Esse hiao ecnológico seria a razão fundamenal pela qual o crescimeno da produividade e, por conseguine, da renda per capia é mais baixo na periferia do que no cenro, dando origem a um desenvolvimeno desigual enre as mesmas. Nesse conexo, a eliminação do hiao ecnológico é condição necessária para que as economias subdesenvolvidas ou periféricas possam fazer o processo de caching-up com respeio às economias desenvolvidas ou cenrais. Por suposo, como o progresso écnico é, Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

4 154 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó em larga medida, incorporado em novas máquinas e equipamenos, a redução do hiao ecnológico pressupõe um esforço de acumulação de capial maior por pare das economias periféricas do que nas economias cenrais. No enano, a esruura produiva especializada e heerogênea das economias periféricas pode auar como um empecilho à realização desse maior esforço de acumulação. Isso porque as economias periféricas são especializadas na produção de bens primários com visas à exporação. As necessidades de consumo de bens duráveis e de invesimeno dessas economias são aendidas pelas imporações feias das economias cenrais. Como a elasicidade-renda das exporações desses produos é, via de regra, baixa, ao passo que a elasicidade-renda das imporações de bens manufaurados é ala (Prebisch, 2000, p 185), segue-se que o equilíbrio de longo prazo do balanço de pagamenos impõe que as economias periféricas cresçam a um rimo mais baixo do que as economias cenrais. A condição periférica se reproduz, assim, de forma dinâmica, recriando, mesmo com a indusrialização, como disse Fajnzylber (1983), os desequilíbrios inernos e exernos. Para Tavares (1976), enre ouros, o esrangulameno exerno só era induor do processo de desenvolvimeno, à medida que havia inernamene uma demanda conida por imporações de bens de consumo que ao serem subsiuídas expandiam o próprio mercado inerno e geravam uma demanda derivada de bens de capial e produos inermediários, [que] resulava em novo esrangulameno exerno levando a uma oura onda de subsiuição, e assim por diane (Ibid, p.117). Segue-se, porano, que a resrição exerna imposa pela esruura produiva dos países periféricos aua no senido de reforçar e perpeuar o hiao ecnológico à medida que impede a susenação de um maior esforço de acumulação de capial por pare desses países. Como colocado por Fajnzylber (1983), o desenvolvimeno econômico, decorrene do aprofundameno da indusrialização, seria baseado em um crescimeno com criaividade, iso é, a acumulação de capial carece da inovação ecnológica. Isso poso, o objeivo do presene arigo é analisar a relação enre acumulação de capial, hiao ecnológico e resrição exerna ao crescimeno de longo prazo das economias periféricas. A hipóese básica dese rabalho é que a acumulação de capial, sob ceras condições, pode conornar a resrição exerna ao Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

5 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 155 crescimeno dessas economias desde que o esforço de acumulação seja capaz de produzir uma mudança esruural nessas economias, ou seja, induza uma ransformação na esruura produiva das economias periféricas, no senido de aumenar a paricipação relaiva dos seores mais dinâmicos do pono de visa ecnológico. Essa mudança esruural irá resular num aumeno gradual da elasicidade-renda das exporações e numa redução da elasicidade-renda das imporações, aumenando assim a axa de crescimeno do produo real, que é compaível com o equilíbrio de longo prazo do balanço de pagamenos. 1 A consisência lógica dessa argumenação será realizada por inermédio de um modelo de crescimeno do ipo Kaldoriano no qual: (i) o invesimeno em modernização do equipameno de capial permie a absorção de novas ecnologias, possibiliando assim a produção de bens com coneúdo ecnológico crescene; (ii) a incorporação de novas ecnologias induz uma mudança esruural na economia, a qual permie um aumeno da elasicidade-renda das exporações e uma redução da elasicidade-renda das imporações. Por fim, apresenase o caso da economia brasileira no período como comprovação hisórica da ese de que um maior esforço de acumulação de capial pode induzir uma mudança esruural de al ordem que permia um relaxameno da resrição exerna ao crescimeno de longo prazo. O presene arigo esá organizado em see seções, incluindo a presene inrodução. Na seção 2, apresenamos a relação enre resrição exerna e crescimeno de longo prazo, a parir da lieraura póskeynesiana de crescimeno com resrições do balanço de pagamenos. Na seção 3 desenvolvemos um arcabouço eórico-conceiual, que relaciona a mudança esruural com a resrição exerna. Esse arcabouço é desenvolvido a parir das conribuições das lierauras evolucionária e esruuralisa laino-americana. Na seção 4 apresenamos a relação enre acumulação de capial e progresso ecnológico a parir do modelo de crescimeno de Kaldor-Mirrlees. Na seção 5 apresenamos um modelo de crescimeno híbrido que inegra a resrição exerna e o invesimeno em modernização do equipameno de capial num conexo de mudança esruural. Na seção 6 discuimos o caso da 1 Denro dessa perspeciva analíica deve ser mencionada a conribuição de Araújo e Lima (2007), que ambém concordam que a mudança esruural pode afear as elasicidadesrenda das imporações e exporações e, porano, a axa de crescimeno em uma esruura Kaldor-Thirlwall (p 757). Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

6 156 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó economia brasileira no período como um exemplo bemsucedido de mudança esruural induzido pelo esforço de acumulação de capial, o que permiiu um relaxameno, ainda que parcial e emporário, da resrição exerna ao crescimeno. Por fim, na seção 7 fazemos uma reprise das conclusões dese rabalho. 2. Resrição Exerna ao Crescimeno de Longo Prazo A resrição exerna ao crescimeno de longo prazo em sido analisada, enre ouros, por Thirlwall (1979, 1997, 2001). O conceio de axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos foi desenvolvido por esse auor a parir da consaação de que os modelos de crescimeno de causalidade cumulaiva de inspiração Kaldoriana, nos quais a axa de crescimeno da demanda de exporações é o moor fundamenal do crescimeno econômico de longo prazo, são incompleos por não incluírem em sua esruura analíica formal uma condição de equilíbrio do balanço de pagamenos. Dessa forma, a depender do valor da elasicidade-renda das imporações, uma rajeória de crescimeno acelerado puxado por um fore rimo de expansão das exporações pode gerar um défici comercial crescene ao induzir um crescimeno insusenável das imporações. Sendo assim, define-se a axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos como: (...) The growh rae consisen wih he equilibrium in he curren accoun of he balance of paymens assuming ha deficis canno be financed forever and deb has o be repaid. (Thirlwall, 2001, pp.81-82) Uma formalização simples do conceio de axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos pode ser obida em Aesoglu (1997), sendo reproduzida a seguir. Considere uma economia descria pelo seguine sisema de equações: log M log Pm log X log Px (1) log M log Y log Px log Pm (2) Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

7 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 157 Onde: M é o quanum imporado no período ; X é o quanum exporado no período ; Y é o produo real domésico no período ; Pm é o preço dos bens imporados no período ; Px é o preço dos bens exporados no período ; é a elasicidade-renda das imporações; ϕ é a elasicidade-preço das imporações. A Equação (1) apresena a condição de equilíbrio do balanço de pagamenos na ausência de fluxos de capiais exernos. Por sua vez, a Equação (2) apresena o quanum imporado como uma função da renda domésica e dos ermos de roca. Deve-se desacar que, por simplicidade, assume-se a axa de câmbio como fixa e igual a um. Subsiuindo (1) em (2) e considerando 2, obemos: logy 1 log X (3) A Equação (3) apresena o produo real domésico como uma função do quanum exporado pela economia no período ; uma relação conhecida como o muliplicador do comércio exerior de Harrod (1933). Diferenciando a Equação (3), emos: Y Y 1 X X (4) e lembrando que a axa de crescimeno das exporações x é definida por: X = (5) X x e que pode ser dada por: x. z (6) Onde é a elasicidade-renda das exporações e z é a axa de crescimeno da renda exerna definida como: 2 Cf. Aesoglu, 1997, p Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

8 158 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó Y z = (7) Y Podemos considerar que a axa de crescimeno da renda inerna definida como: y Y = (8) Y Subsiuindo as Equações (5), (6), (7) e (8) em (4), enconramos a axa de crescimeno da renda inerna que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos. y z (9) Nese caso, chamamos y de axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos. A Equação (9) é conhecida na lieraura como lei de Thirlwall. Esa lei, assim represenada, pressupõe que a mobilidade inernacional de capiais é igual a zero, de forma que os países não podem se endividar para financiar os déficis em cona-correne. A exensão do modelo de Thirlwall para uma economia com fluxos de capiais foi feia, enre ouros, por Moreno-Brid ( ). No modelo de Moreno-Brid admie-se a exisência de fluxos inernacionais de capiais, mas a dinâmica do endividameno exerno em que aender a condição de solvência exerna de longo prazo. Em paricular, o modelo desenvolvido por ese auor assume que a relação enre o défici em cona correne e a renda domésica deve permanecer consane no longo prazo para que o país seja solvene do pono de visa de suas conas exernas. Assumiremos nesse rabalho que o défici em cona- correne em impaco negligenciável sobre a axa de crescimeno compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos (McCombie e Robers; 2002, p.94). Sendo assim, a Equação (9) será considerada uma boa aproximação da resrição exerna ao crescimeno econômico de longo prazo. Também podemos considerar aé aqui que a acumulação de capial não afea y, pois e dependem apenas da esruura produiva. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

9 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural Mudança Esruural e Resrição Exerna A axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos depende, como foi viso, da elasicidade-renda das exporações e das imporações, as quais dependem, por sua vez, da esruura produiva da economia. Países desenvolvidos e em desenvolvimeno possuem esruuras produivas diferenes, as quais refleem diferenças fundamenais na sua capaciação ecnológica, ou seja, na sua capacidade ano de produzir conhecimeno ecnológico, como na sua capacidade de imiar conhecimeno ecnológico desenvolvido em ouras pares do mundo (Verspagen; 1993, p.126). Essas diferenças na capaciação ecnológica se refleem numa maior paricipação dos seores dinâmicos ecnologicamene na esruura produiva dos países desenvolvidos do que nos países em desenvolvimeno. Dessa forma, os países desenvolvidos possuem um número maior de seores de aividade nos quais as firmas operam na assim chamada froneira ecnológica. Sendo assim, a sua paua de exporações será formada majoriariamene por produos de alo valor adicionado e alo coneúdo ecnológico, produos para os quais a elasicidade-renda das exporações é elevada. Daqui se segue que o assim chamado gap ou hiao ecnológico 3 é um deerminane imporane da elasicidade-renda das exporações e, porano, da axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos (Dosi, Pavi e Soee; 1990, p.26). Como corolário dessa argumenação segue-se que a axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos ende a ser maior nos países desenvolvidos do que nos países em desenvolvimeno. 4 O baixo dinamismo ecnológico de muios países em desenvolvimeno, noadamene na América Laina, explica a debilidade dos impulsos ao crescimeno proporcionados pela expansão das demandas inernas e exernas (Holland e Porcile; 2005, p.42). Para que os países em desenvolvimeno possam reduzir a resrição exerna ao crescimeno é necessário que os mesmos sejam capazes de realizar 3 4 Sobre o conceio de hiao ecnológico ver Fagerberg (1988). A parir de um modelo economérico de crescimeno e comércio Nore-Sul, Du (2003) mosra que a elasicidade-renda das exporações dos países do Nore para os países do Sul (ou seja, a elasicidade-renda das imporações dos países do Sul) no período é de 1,67; ao passo que a elasicidade-renda das exporações dos países do Sul para os países do Nore é de 1,27. Dessa forma, a razão enre as duas elasicidades mosra que, em equilíbrio de longo prazo, os países do Sul deverão crescer menos do que os países do Nore, gerando assim uma dinâmica de divergência de rendas per capia no longo prazo. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

10 160 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó mudanças na sua esruura produiva. 5 Essas mudanças devem ser capazes de promover alerações nas elasicidades-renda da demanda dos produos exporados de modo a reduzir o grau de exposição a desequilíbrios exernos Mudança Esruural, Padrão de Especialização e Hiao Tecnológico A mudança esruural pode ser promovida por um esforço de acumulação de capial que conduziria, via modernização e aualização do esoque de capial, a uma redução do hiao ecnológico. Isso porque, al como ressalado por Kaldor (1957), uma pare significaiva do progresso ecnológico esá incorporada em novas máquinas e equipamenos, de al forma que um maior esforço de acumulação de capial significa ambém um maior esforço no senido de adquirir e incorporar novas ecnologias. Daqui se segue que a dinâmica do hiao ecnológico depende, enre ouras variáveis, do rimo de acumulação de capial. Nesse conexo, um maior esforço de acumulação de capial irá auar no senido de reduzir o hiao ecnológico e, dessa forma, aumenar o coneúdo ecnológico das exporações, promovendo assim um aumeno na axa de crescimeno das exporações e na axa de crescimeno compaível com o equilíbrio no balanço de pagamenos. Segundo Dosi, Pavi e Soee (op.ci., p.199), o padrão de crescimeno de uma economia esá relacionado ao padrão de mudança ecnológica. Assim, considerando o desempenho relaivo dos países e considerando a resrição do balanço de pagamenos, o nível relaivo de ecnologia aplicada à produção não só deermina o nível de renda de cada país como ambém afea as possibilidades de crescimeno e a axa de acumulação de capial. O nível de desenvolvimeno ecnológico esá relacionado ao padrão de especialização do país. Economias especializadas em seores de 5 Deve se ressalar que a disinção enre cenro e periferia não é plenamene equivalene à diferença enre esruuras produivas diversificadas e especializadas. A caracerísica fundamenal do cenro é a capacidade de geração de ecnologia up-o-dae. Sendo assim, a exisência de uma esruura produiva diversificada, como a exisene, por exemplo, nos países do sudese asiáico, não é condição suficiene para orná-los países cenrais. Isso porque esses países ainda carecem de capacidade própria de geração de novas ecnologias. No enano, a diversificação de esruura produiva é uma condição necessária, embora não suficiene, para redução do hiao ecnológico. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

11 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 161 baixa elasicidade-renda da demanda esão mais exposas a desequilíbrios exernos que se raduzem em axas de crescimeno do produo mais baixas. Por inermédio do desenvolvimeno da capacidade ecnológica, o lançameno de novos produos, represenando uma inovação no mercado inernacional, possibilia a expansão das exporações, que por sua vez, compensaria níveis mais alos de imporações devido ao aumeno da renda e consequenemene níveis mais alos de demanda gerada endogenamene. Mas a inovação depende do invesimeno em conhecimeno e sua poserior maerialização em bens inermediários e bens de consumo final. O surgimeno de novos produos e seores é fruo da mudança ecnológica, que por sua vez explica as mudanças esruurais. As economias que são capazes de desenvolver e absorver novas ecnologias conseguem modificar a composição seorial de sua indúsria e difundir as mudanças ecnológicas para odo o reso da economia (Cimoli e al., 2005, p 12). A exisência de recursos naurais e rabalho em quanidades abundanes pode susenar alas axas de crescimeno durane um cero período, sem que seja necessário um grande esforço de invesimeno em conhecimeno ecnológico. Porém, a disponibilidade de recursos naurais é, em si mesma, insuficiene para susenar o crescimeno de longo prazo. E iso ocorre por duas razões: a primeira é que o crescimeno baseado em faores abundanes não promove a mudança esruural e aumenos de produividade no conjuno da economia e reproduz siuações indesejadas de desigualdade disribuiva, má qualidade dos empregos e heerogeneidade esruural; em segundo lugar, a vulnerabilidade do crescimeno frene às mudanças na economia inernacional e nos padrões de demanda é mais elevada quando o padrão de especialização da economia é baseado em recursos naurais. Quando as bases de crescimeno são as rendas geradas pela ecnologia e conhecimeno, esses mesmos conhecimenos são um insrumeno que permie responder a mudança no ambiene compeiivo. Inversamene, quando a fone de renda é muio dependene de um recurso abundane, fala a capacidade ecnológica necessária para readapar a economia a novos conexos compeiivos (Cimoli e al., op.ci, p.32-33). Nesse senido, a redução do hiao ecnológico requer que, no longo prazo, as economias sejam capazes de ransformar sua esruura pro- Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

12 162 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó duiva, de um padrão de crescimeno baseado nas rendas derivadas da abundância de algum faor de produção, a ouro baseado nas rendas geradas por ecnologia. Nessa ransformação, espera-se que os seores mais dinâmicos e difusores de conhecimeno alcancem um peso crescene na esruura produiva. Os efeios dinâmicos enre os seores, assim como sua relação viruosa com o invesimeno em ecnologia, são necessários para combinar o rápido crescimeno da produividade com axas elevadas de emprego na economia, reduzindo a heerogeneidade esruural que é caracerísica de países em desenvolvimeno. Segundo Cimoli e al. (op. ci., p.33), em economias com pouca mudança esruural, incremenos localizados da produividade são de pouca ajuda para reduzir a informalidade e a heerogeneidade. Na medida em que os países menos desenvolvidos realizam esforços próprios no senido do incenivo ecnológico, as ecnologias ou o esoque de equipameno de capial vão se ornando mais padronizados, e a desvanagem ecnológica no comércio inernacional se reduz e ouros faores de compeiividade ganham mais imporância do que os cusos de produção relacionados com a disponibilidade de mão de obra e recursos naurais. Como aponado por Fajnzylber (1983, e 2000), por exemplo, Holland e Porcile observaram a experiência inernacional de crescimeno econômico enre 1990 e 2003, e concluíram que a redução (ou eliminação) da heerogeneidade esruural, assim como a convergência da renda per capia inerna à prevalecene no reso do mundo dependem de um esforço susenado de cada país para foralecer suas capacidades ecnológicas. Com efeio, o aprendizado ecnológico pode gerar em longo prazo um incremeno na capacidade ecnológica. Um possível corolário da redução da heerogeneidade esruural é a mudança na esruura produiva no senido de diversificar as exporações para bens de maior dinamismo ecnológico e de demanda (Ibid, p.60). Porano, a redução do hiao ecnológico induz à redução da heerogeneidade esruural e ao aumeno da axa salário do país em desenvolvimeno vis-à-vis ao desenvolvido. Dessa forma, a convergência inernacional caching up requer o aumeno da capacidade ecnológica nos países mais arasados de al forma a reduzir sua disância com relação à froneira ecnológica (Ibid, p.57). Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

13 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 163 No desenvolvimeno do modelo que será apresenado na próxima seção, o hiao ecnológico vai ser represenado como uma função da diferença enre a idade média do esoque de capial no país arasado relaivamene à froneira, 6 supondo que o esoque de capial da economia periférica é mais anigo que na froneira. Essa proxy em obviamene as suas limiações, haja visa que a idade média do equipameno de capial, ainda que possa ser uma variável imporane na difusão do progresso écnico da froneira para a periferia, não guarda nenhuma relação direa com a capacidade de geração de novas ecnologias. Em ouras palavras, a compra de equipameno de capial recenemene produzido ajuda no processo de ransferência de ecnologias já exisenes na froneira para a periferia, mas não conribui para a geração de conhecimeno ecnológico up-o-dae nos países periféricos. Sendo assim, a redução da idade média do equipameno de capial poderá conribuir para a redução do hiao ecnológico apenas aé cero pono, a parir do qual se fará necessária a geração de um esforço próprio de pesquisa e desenvolvimeno de novas ecnologias. Isso poso, o objeivo do modelo a ser apresenado é mosrar como a modernização do esoque de capial domésico vis-à-vis o exerno pode conribuir para a redução do hiao ecnológico, e assim ober uma aceleração da axa de crescimeno compaível com equilíbrio no balanço de pagamenos. 4. O Invesimeno na Modernização do Esoque de Capial: Um Modelo Kaldoriano A parir das discussões apresenadas nas seções aneriores, podemos avançar a hipóese eórica de que o invesimeno em equipameno de capial de úlima geração precede emporalmene a mudança esruural, endo em visa que (i) o progresso ecnológico esá incorporado em novas máquinas e equipamenos; (ii) exise um hiao ecnológico não desprezível enre os países desenvolvidos e em desenvolvimeno e (iii) exise uma relação enre o hiao ecnológico e a esruura produiva dos países em desenvolvimeno. Dessa forma, concluímos que a mudança esruural resula de um processo acelerado de acumu- 6 Segundo Verspagen (1993, p.128), o hiao ecnológico implica uma relação enre as capacidades ecnológicas enre um cero país e a froneira ecnológica. Dessa forma, o mesmo é definido como: G = Tn/Ts, onde T é a capacidade ecnológica do nore (n) ou do sul (s). Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

14 164 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó lação de capial no qual os empresários do país em desenvolvimeno adquirem novos equipamenos de capial, aumenando assim a sua capaciação ecnológica, a qual aua no senido de reduzir o hiao ecnológico. Para dar um raameno mais formal a essa ideia, iremos inroduzir a perspeciva de análise do modelo Kaldor e Mirrlees (1962) no conexo dos modelos de crescimeno com resrição do balanço de pagamenos. A ideia do invesimeno em equipameno de capial de úlima safra do modelo de Kaldor-Mirrlees pode ser inroduzida no modelo apresenado na seção II; associando-se à dependência das elasicidades-renda das imporações e das exporações à idade média do esoque de capial da economia. Ao elaborarmos analiicamene essa associação (seção 5) esaremos fazendo uma conexão enre a axa de crescimeno compaível com o equilíbrio no balanço de pagamenos à axa garanida de crescimeno. Porano, a parir desse suposo, um esforço de acumulação de capial poderia auar no senido de relaxar a resrição exerna. O modelo de crescimeno desenvolvido por Kaldor e Mirrlees (1962) pare da abordagem keynesiana radicional, na qual as decisões de invesimeno dos empresários êm papel fundamenal no crescimeno do produo. Em A New Model of Economic Growh, o progresso écnico é raado de forma explícia como uma axa de modernização da máquina da nova safra, como o principal deerminane do crescimeno econômico. 7 O modelo Kaldor-Mirrlees susena que em cada período serão produzidas máquinas mais produivas do que as do período anerior. Sendo assim, as máquinas produzidas hoje êm um nível de eficiência écnica superior às produzidas onem. Ou seja, o capial da safra aual em uma produividade superior ao das safras aneriores. Esa suposição se deve ao fao de a úlima ecnologia disponível vir incorporada na máquina da úlima safra. A hipóese eórica do modelo é que máquinas de uma deerminada safra êm eficiência física consane ao longo de sua vida úil, ou seja, suas produividades não se aleram, mas cada máquina de uma safra mais nova em um nível de produividade superior a anerior. 7 Ver ambém Kaldor (1957). Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

15 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 165 Enreano, a máquina pode ser reirada anes do érmino de sua vida úil devido à obsolescência ecnológica. 8 A condição mínima para maner o equipameno em operação é quando a receia gerada pelo rabalhador ao operar ese equipameno (P -T ) é exaamene igual a sua remuneração, iso é o salário (W), ambos em ermos reais: P = W T (10) A Equação (10) indica o momeno em que a máquina deixa de gerar lucro, iso quer dizer que o lucro econômico orna-se zero. Quando o rendimeno da máquina alcança ese pono, significa que o equipameno ornou-se ecnologicamene obsoleo. O lucro é o esímulo para o empresário invesir em novas máquinas, subsiuindo as não lucraivas, gerando o crescimeno da produividade, consequenemene da renda nacional. Essa subsiuição represena um invesimeno na modernização do capial que faz crescer a produividade da economia. 9 Além do incenivo do lucro, o processo de subsiuição das máquinas, i.e., a modernização do esoque de capial, pode acelerar-se quando: o salário real aumenar mais rápido que a produividade, 10 e (ii) a axa de incorporação ecnológica se acelerar, iso é, o rimo que novas máquinas vão aparecendo no mercado, em um período de empo menor, em função de uma incorporação mais rápida das úlimas inovações ecnológicas. O inverso provocaria um alargameno da vida econômica do capial (arasaria a obsolescência ecnológica do capial). 11 Do pono de visa da compeição inernacional, o alargameno da vida econômica do esoque de máquinas domésico poderia 8 Termo empregado por Kaldor e Mirrlees quando a lucraividade da máquina orna-se zero. Assim, o bem de capial esaria em operação somene enquano sua receia cobrir largamene, ou no mínimo igualmene, os cusos variáveis. 9 Kaldor e Mirrlees (1962), assim como em Kaldor (1957), susenam que a axa de crescimeno da produividade, como o próprio progresso écnico, seriam endógenos à axa de crescimeno do invesimeno por rabalhador. Conudo, há uma pare do progresso écnico que é devido ao aperfeiçoameno dos rabalhadores. 10 Isso pode ocorrer quando os bens salários ficarem relaivamene mais caros que os bens de capial e quando houver uma apreciação cambial da moeda local, no caso de um modelo com a economia abera. 11 No enano, esa axa de incorporação ecnológica depende da naureza do bem de capial a qual é incorporada. Bens de capial de baixa inensidade ecnológica endem a er uma axa mais lena relaivamene aos bens de capial com maior inensidade ecnológica. Por exemplo, a axa de incorporação ecnológica nos bens de capial para a indúsria de alimenos é comparaivamene menor que na indúsria aeronáuica. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

16 166 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó provocar perda de compeiividade relaivamene aos concorrenes esrangeiros. Em suma, para Kaldor-Mirrlees (1962) a inrodução de máquinas e equipamenos de úlima geração seria fundamenal para deerminar o rimo de crescimeno econômico. Se, por um lado, eses invesimenos ampliam a capacidade produiva e aumenam a produividade agregada, por ouro, ao represenar um aumeno na demanda da indúsria de bens de capial poderiam acelerar o compasso com que as inovações são incorporadas às máquinas que o seor produz. O seor produor de bens de capial, pela sua naureza dinâmica, em paricipação decisiva na deerminação do crescimeno e desenvolvimeno econômico e no ipo de inserção inernacional de um país. Assim, o processo de indusrialização em direção aos seores mais dinâmicos poderia permiir que o avanço ecnológico refleisse ambém em aumeno dos salários ao invés de só redução de preços. 5. Um Modelo de Acumulação com Resrição Exerna Baseado em Kaldor-Mirrlees e Kaldor-Thirlwall Como foi viso na seção 2, a axa de crescimeno do produo real que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos é dada pela Equação (9): y z Por hipóese, a acumulação de capial não afea a lei de Thirlwall, haja visa que as elasicidades-renda das exporações e das imporações dependem da esruura produiva, a qual é considerada como independene do rimo de acumulação de capial. A Figura 1 ilusra a linha de equilíbrio do balanço de pagamenos (a rea com inclinação de 45º) esabelecida pela Equação (9). A região acima desa rea é de superávi exerno, abaixo é de défici exerno. O pono A represena uma siuação de equilíbrio. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

17 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 167 Figura 1 - Combinações Facíveis enre y e z e a Resrição Exerna Nosso objeivo a seguir é endogenizar as elasicidades-renda do modelo de Thirlwall, ornando-as dependenes da idade média do esoque de capial da economia, seguindo Kaldor-Mirrlees (1962). Assume-se que quano mais moderno o equipameno de capial, maior será o coneúdo ecnológico da produção e, porano, maior a elasicidade-renda das exporações e menor a elasicidade-renda das imporações. Desse modo, é possível associar a axa de crescimeno compaível ao equilíbrio do balanço de pagamenos e a axa garanida de crescimeno. Assim, um aumeno do esforço de acumulação de capial, com impaco sobre a esruura produiva conduziria, por inermédio da modernização do parque indusrial, a um aumeno do coneúdo ecnológico das exporações e, porano, um aumeno da elasicidade-renda das exporações e da axa de crescimeno compaível com o equilíbrio no balanço de pagamenos. Porano, assumimos que a razão enre as elasicidades esá ligada ao hiao ecnológico, e em uma relação inversa com a razão enre as vidas úeis dos equipamenos de capial da economia domésica e esrangeira: T f 1, T f 0 (11) ' 1 < Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

18 168 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó sendo T a vida úil do equipameno de capial domésico, e T * o equipameno de capial esrangeiro, e a relação enre as duas variáveis uma medida do hiao ecnológico. Logo, a esruura produiva de ambas as economias (domésica e esrangeira) vai depender da idade média do esoque de capial de cada economia. 12 Se T > T*, ou seja, o inervalo de empo após o qual a safra de equipameno de capial domésico é subsiuída é maior do que no exerior, o rimo de subsiuição do equipameno de capial domésico é menor relaivamene ao rimo do exerior, e assim o progresso ecnológico avança mais rapidamene no exerior. Nesse senido, ocorre um aumeno do hiao ecnológico enre as economias. 13 Com ese raciocínio podemos assumir uma relação inversa enre a variação enre as elasicidades-renda das exporações e das imporações e a razão T / T *. Suponha que ocorra uma queda na elasicidade-renda das exporações ε relaivamene à elasicidade-renda da imporação π; nese caso assumimos que essa queda indica que a axa de subsiuição de equipameno de capial na economia domésica se ornou mais lena do que na economia exerna, ou seja, a razão T / T * aumena. Porano, se T > T *, enão, ε < π. O raciocínio inverso ambém se aplica. Com base no modelo de Kaldor-Mirrlees (1962), consideramos que: w 2 ' T = f f 2 < 0 (12) q, onde w é a axa de crescimeno do salário real, e q a axa de crescimeno da produividade física do rabalho. 14 Supondo que o salário real é exogenamene dado e uma axa de câmbio fixa e igual a um, 12 Araújo e Lima (2007) ambém apresenam um modelo a parir da linha Kaldor-Thirlwall. Nela, o crescimeno [é] induzido por alerações na composição seorial da aividade econômica (p.762). Os auores recuperam o Srucural Economic Dynamic de Pasinei para realizar uma análise macrodinâmica muliseorial. Assim, mudanças na esruura de produção levam a mudanças na axa de crescimeno, e desse modo, diferenças nas esruuras de produção enre países implicam axas de crescimeno diferenes enre países. Onde os seores são caracerizados por diferenes axas de crescimeno da demanda, a esruura de produção impora para o crescimeno econômico agregado (p.757). 13 Como em Cimoli (2005). 14 Em uma rajeória de crescimeno de seady sae, a axa de crescimeno da produividade do rabalho cresce a uma axa igual à axa de crescimeno do invesimeno (Kaldor e Mirrlees, 1962, p 63). Nos modelos de equilíbrio com resrição de balanço de pagamenos, a noção de seady-sae ambém é usada, uma vez que se assume a consância dos ermos de roca no longo prazo como condição necessária para a exisência de uma rajeória de crescimeno balanceado. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

19 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 169 podemos considerar a seguine aproximação, com base em Foley e Michl (1999, p.25), e assumindo a plena uilização da capacidade produiva (al como no modelo Kaldor-Mirrlees), para expressar a axa de lucraividade r como: w 3 ' r = f f 3 < 0 (13) q, Considerando as Equações (12) e (13), emos: T T r 4 f r, = ' f 4 0 < (14) A Equação (14) mosra que a relação enre o período de vida úil do equipameno de capial domésico relaivamene ao equipameno de capial esrangeiro depende da relação enre a axa de lucro domésica e a axa de lucro esrangeira. Se os cusos salariais esiverem crescendo mais rapidamene na economia domésica do que no exerior, enão os capialisas domésicos irão acelerar o invesimeno na modernização do equipameno de capial para assim oberem aumenos de produividade que permiam a susenação da axa de lucro face ao movimeno de elevação dos salários. Dada essa hipóese, a diferença no hiao ecnológico enre dois períodos irá mosrar a relação do cuso uniário por rabalhador domésico vis-à-vis o cuso uniário do rabalhador exerno. Nesse modelo, quando a axa salário cresce mais rápido que a axa de crescimeno da produividade, os empresários, para se defenderem da queda de lucraividade, procurarão acelerar o rimo de modernização do equipameno de capial. 15 No modelo de Kaldor e Mirrlees, o salário em uma correlação negaiva com a vida úil da máquina, o que orna T uma variável endógena. Quando o salário sobe, r deverá cair porque q é consane para cada safra de máquinas, levando os empresários a subsiuírem as máquinas por uma da úlima safra, com uma produividade maior, porano T irá cair. 15 Ver Marquei (2004). Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

20 170 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó Assumindo a exisência de economias esáicas e dinâmicas de escala de al forma que a axa de crescimeno da produividade do rabalho em ambas as economias depende da axa de crescimeno do produo real, ou seja, assumindo a validade da lei Kaldor-Verdoorn, onde α é a axa de crescimeno da produividade auônoma e λ é o coeficiene de Kaldor-Verdoorn. Assim, podemos escrever: q. y 1 (15a) q. z 1 (15b) Subsiuindo a axa de crescimeno da renda inerna (y) nas equações (15a) e (15b) pela axa de acumulação de capial (k) na equação de Kaldor-Verdoorn, emos para ambas as economias que: q. k 1 (16a) q. k (16b) 1 Subsiuindo a Equação (11) em (14) emos que: r f r 5, * f 0 (17) ' 5 < Dessa forma, subsiuindo a Equação (17) na Equação (9) e fazendo as devidas ransformações, em-se: y z = r f 6 * r, f 0 (18) ' 6 < Finalmene raduzimos, conforme nossas hipóeses sobre a esruura da economia, a equação de crescimeno com resrição de balanço de pagamenos. A Equação (18) mosra que quano mais ala a axa de lucro domésica vis-à-vis a axa de lucro exerna, menor o rimo de modernização do esoque de capial domésico vis-à-vis o exerior. Isso implica uma menor axa de crescimeno do produo domésico Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

21 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 171 com relação à axa de crescimeno do reso do mundo. Com a axa de lucro na economia domésica mais ala, os empresários ficam menos propensos a invesir na modernização do esoque de capial da economia. Desse modo, o modelo pressupõe a inovação induzida como um elemeno passivo ao invesimeno em capial. O hiao ecnológico deermina a diferença enre as elasicidades-renda das exporações e imporações e ese, por sua vez, depende da relação enre as vidas úeis do equipameno de capial A Dinâmica do Modelo Para avaliarmos a dinâmica de crescimeno da economia, parimos da hipóese de que a axa de crescimeno da capacidade produiva (ou produo poencial), y, é proporcional à axa de crescimeno do esoque de capial k, conforme Domar (1946). Assim escrevemos: y = σ. k (19) onde σ deermina o rimo de crescimeno e é denominado de produividade social do capial. Aplicando a relação da Equação (19) às axas de crescimeno das rendas inernas e exernas, emos que: y z k σ k = (20) No que se refere ao rimo desejado de crescimeno do esoque de capial pelos empresários, iremos assumir que o mesmo possui dois componenes: um auônomo, dado por g 0 e, g 1 dependene da relação enre a axa de lucro domésica e a axa de lucro prevalecene no reso do mundo. 16 Dessa forma, emos que: k k r g + 0 g1 (21) r = 16 A esruura de acumulação de capial segue a radição do modelo Harrod-Domar, que ignora o capial financeiro, ou seja, não há financiameno exerno à empresa. Ese, porano, é feio com os lucros reidos da firma. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

22 172 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó Para que haja crescimeno balanceado no longo prazo é necessário que a axa de crescimeno do produo seja igual à axa de crescimeno da capacidade produiva (ou das respecivas rendas inernas e exernas). Mais precisamene emos que: _ y y = _ (22) z z Das Equações (20), (21) e (22), emos: y z g r g r 0 1 (23) A Equação (23), ilusrada na Figura 2, nos fornece-nos a relação enre as axas de crescimeno da economia domésica e do reso do mundo, quando a economia domésica se enconra numa rajeória de crescimeno balanceado. Nessa rajeória, a produção e a capacidade produiva se expandem a mesma axa. Traa-se, porano, de um conceio equivalene ao conceio de axa garanida de crescimeno do modelo do Harrod (1939). As Equações (18) e (22) formam um sisema dinâmico com duas equações e duas variáveis endógenas, a saber: a esruura relaiva de axas de lucro e a esruura relaiva de axas de crescimeno. A deerminação das variáveis endógenas do sisema pode ser visualizada por inermédio da Figura 2 abaixo. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

23 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 173 Figura 2 - Crescimeno Balanceado com Mudança Esruural A Figura 2 mosra o que aconece na dinâmica de crescimeno se houver um aumeno exógeno do rimo desejado de acumulação de capial por pare dos empresários, ou seja, um aumeno do invesimeno auônomo. Esse aumeno irá deslocar o lócus do crescimeno balanceado para baixo e para a direia, aumenando assim a axa de crescimeno da economia domésica relaivamene à prevalecene no reso do mundo. No enano, essa aceleração da acumulação de capial provocará, inicialmene, um desequilíbrio no balanço de pagamenos na forma de défici na cona de ransações correnes. Para que o equilíbrio exerno seja resabelecido é necessário que a axa de lucro domésica se reduza relaivamene à axa de lucro prevalecene no exerior para, dessa forma, induzir invesimenos em modernização do equipameno de capial, os quais irão aumenar a produividade do equipameno de capial na economia domésica, auando assim no senido de conrarresar a queda da lucraividade. Aconece que o maior invesimeno na modernização do equipameno de capial irá auar no senido de reduzir o hiao ecnológico, acarreando assim um aumeno da razão enre a elasicidade-renda das exporações e a elasicidade-renda das imporações. Dessa forma, ocorre uma mudança esruural na economia domésica, a qual aua no senido de aumenar a axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

24 174 Marcos Toses Lamonica, José Luis da Cosa Oreiro e Carmem Feijó Dessa argumenação, podemos concluir que a resrição exerna ao crescimeno de longo prazo pode ser relaxada por inermédio de uma mudança esruural que reduza o hiao ecnológico enre a economia domésica e o reso do mundo, mudança essa que é induzida por um maior esforço de acumulação de capial por pare dos empresários domésicos. Segue-se, porano, que a acumulação de capial é o moor do crescimeno de longo prazo para aqueles países que se enconram arás da froneira ecnológica. 6. Acumulação de Capial e Mudança Esruural: A Experiência Brasileira ( ) Do pós-guerra aé 1980 o crescimeno da economia brasileira, liderado pela acumulação de capial, deu-se a axas elevadas. Durane as rês décadas e meia desde o fim da Grande Guerra, rês planos econômicos de cunho desenvolvimenisa foram implemenados Plano de Meas ( ) e os I ( ) e II ( ) Planos Nacionais de Desenvolvimeno - que conribuíram para promover significaivas mudanças na esruura produiva do país. Apesar desas medidas, a economia brasileira permaneceu fechada (o processo de aberura comercial se iniciou no final dos anos 1980), e, porano, caracerizada por muios analisas como com uma dinâmica de crescimeno volada para denro. Como veremos, o relaivo fechameno da economia brasileira, após er passado por um processo acenuado de mudança esruural com aumeno do seu poencial de crescimeno, pode ser aponado como sendo o pono fraco na esraégia de indusrialização, que foi inerrompida no final dos anos Na medida em que as mudanças na esruura produiva resularam de um processo de subsiuição de imporação, que implica um esforço concenrado de acumulação de capial em espaço de empo relaivamene curo, consideramos a economia brasileira no período do pós-guerra aé 1980 um caso ineressane para ilusrar a relevância do modelo eórico desenvolvido aneriormene. Nese modelo buscou-se esabelecer uma ligação lógica enre a aceleração do crescimeno promovida pelo aumeno da acumulação de capial e a mudança na esruura produiva. Como odo modelo eórico, o proposo não descreve esriamene uma realidade específica, porém acrediamos que desaca argumenos relevanes que podem ser usados para Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

25 Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural 175 descrever a dinâmica da indusrialização brasileira, em que o crescimeno acelerado possibiliou uma mudança esruural que permiiu relaxar emporariamene a resrição ao crescimeno. O elevado rimo de crescimeno do pós-guerra aé axa média de crescimeno acima de 6% a.a. -, siuou o desempenho da economia brasileira em paamar superior ao do conjuno dos países desenvolvidos e em desenvolvimeno. Esse crescimeno foi inerrompido com a crise da dívida exerna em , que rouxe consrangimenos ao ipo de financiameno empregado pela políica desenvolvimenisa adoada aé enão. 17 A fase de crescimeno acelerado foi caracerizada por inensa subsiuição de imporações e, porano, de consolidação do parque manufaureiro nacional. Os períodos de maior aceleração do crescimeno e coincidiram com elevada liquidez inernacional, indicando que o processo de subsiuição de imporações foi em grande medida financiado com poupança exerna. A Tabela 1 ilusra a ransformação na esruura produiva, com a indúsria como um odo aumenando sua paricipação no PIB, passando de 26,0% em 1947 para 44,1% em Em ermos das indúsrias de ransformação e exraiva os percenuais passaram de 20,3% para 34,8%, respecivamene. Ese aumeno de paricipação colocou o seor no papel de liderar o crescimeno da economia, com expansão média de 8,6% a.a. de 1947 a O aumeno na paricipação da indúsria na economia ambém foi acompanhado de ampla diversificação de sua esruura. A década de 1970, de rimo de crescimeno mais inenso da indúsria, marca a consolidação na produção de segmenos de bens duráveis e inermediários, compleando o processo de subsiuição de imporações conforme a implemenação dos planos nacionais de desenvolvimeno 17 De 1980 aé 2008, a axa média de crescimeno do PIB girou em orno de 2,7% a.a, com as prioridades de políica econômica voladas, em grande medida, para a esabilização de preços e conrole das conas exernas. Apenas a parir de 2004 evidencia-se um novo ciclo expansivo na economia brasileira, porém ese foi emporariamene inerrompido pela crise financeira inernacional que aingiu principalmene a indúsria de ransformação no úlimo rimesre de Considerando o crescimeno do PIB nese úlimo período ( ), a axa média de crescimeno foi de 4,7% aa, com a axa de invesimeno se elevando de 15,5% em 2004 para 18,5% em Essa expansão não foi conínua no empo, valendo desacar o período de como o de menor dinamismo (crescimeno médio de 2,7% a.a.). A parir de 1968 se inicia a fase de crescimeno mais acelerado, com a indúsria crescendo 9,8% a.a. Es. Econ., São Paulo, vol. 42, n.1, p , jan.-mar. 2012

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