Notas das Aulas Teóricas de CDI-I

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Notas das Aulas Teóricas de CDI-I"

Transcrição

1 Nots ds Auls Teórics de CDI-I Prof. Responsável: Ctrin Crvlho o Semestre de 206/207 Aul 9/9/206 Informções sobre cdeir: págin Fénix. 0 Revisões de Lógic (Ver Texto de Apoio - Lógic.) Implicção e equivlênci: Há um grnde diferenç entre firmções em ligugem corrente e firmções em lingugem Mtemátic. Se vos disserem: Se mnhã não chover, então vou à pri reprem que nd está ser firmdo no cso mnhã chove (embor possivelmente, em lingugem corrente, sej subentendido que se chover, então não vou à pri, ms ess firmção não está de todo ser feit!) Se designrmos por p firmção mnhã não chove e por q firmção vou à pri, então p q só é fls se não chover - p verddeir - e eu não for à pri - q fls. Se p for fls, por defeito, firmção p q é verddeir (porque não é fls). A tbel de vlores lógicos d implicção é p q p q V V V V F F F V V F F V Por outro ldo, se p q for verddeir, tmbém sbemos que se não fui à pri então choveu (se não tivesse chovido, teri ido à pri...) Ou sej, temos ( p q ) ( q p ) em que dus firmções são equivlentes se têm sempre o mesmo vlor lógico. A ( q p ) chm-se o contr-recíproco de p q.

2 CDI-I o S 206/7 A firmção se mnhã chover, então não vou à pri corresponde p q e (p q) ( p q) (p q) ou sej, vou à pri se, e só se, não chover: s firmções serim equivlentes (reprem que o contr-recíproco de p q é q p). Um equivlênci pode sempre ser trnsformd em dus implicções: (p q) (q p) (p q). A negção de um implicção é (p q) (p q) p q p q (p q) p q V V V F F V F F V V F V V F F F F V F F Exemplo: temos, como é vosso conhecido: f diferenciável f contínu ou sej, o contr-recíproco é f não contínu f não diferenciável ms, se f não é diferenciável, pode, ou não, ser contínu (não sbemos). Quntificdores: Qundo temos um condição p(x), ou sej, um proposição que depende de um vriável, o seu vlor lógico, à prtid, depende de x. Podemos formr novs firmções / proposições usndo os quntificdores e : x R x 2 > 0 é fls (porque é fls pr x = 0) ms x R x 2 > 0 é verddeir, e x R\{0} x 2 > 0 é verddeir. A negço de quntificdores fic: ( x p(x) ) x ( p(x)), ( x p(x) ) x ( p(x)). 2

3 CDI-I o S 206/7 Aul 2 2/9/206 Números Reis e Sucessões Nests primeirs uls vmos rever/introduzir lguns conceitos que serão muito úteis (e utilizdos) n cdeir: resolução de equções e inequções, módulos e distâncis, números nturis e recorrênci, método de indução mtemátic, supremos e infimos. Aproveitmos pr ver como se pode definir os números reis prtir de lgums regrs básics dds como verddeirs, os chmdos xioms, ds quis tods s proprieddes conhecids de R se seguem. Há 3 tipos de proprieddes básics, ou xioms, que definem completmente os números reis: I. Algébricos: proprieddes d som e multiplicção; II. Ordem: comprção, medid; III. Completude (do supremo): existênci de limites. Começmos por tomr, como termo primitivo (ddo), um conjunto R, cujos elementos se designm por números reis, onde estão definids dus operções: som e multiplicção. I. Axioms Algébricos: ddos, b, c R quisquer () Comuttividde: + b = b +, b = b. (2) Associtividde: ( + b) + c = + (b + c), (b)c = (bc). (3) Distributividde: (b + c) = b + c. (4) Elemento neutro: Existem elementos diferentes 0 e tis que + 0 = =. (5) Simétrico: A equção + x = 0 tem solução em R. (6) Inverso: Se 0, equção y = tem solução em R. Qulquer conjunto que stisfç ests proprieddes diz-se um Corpo Algébrico. É fácil ver que Q e C tmbém verificm, ms N e Z não verificm. (Tods) s proprieddes lgébrics vosss conhecids seguem dests, e chmm-se Teorems ou Proposições. Por exemplo, Teorem.. Leis do Corte: Pr u, v, R, (i) u + = v + u = v, (ii) Se 0: u = v u = v. e R é um modelo do único conjunto que s stisfz todos os xioms. 3

4 CDI-I o S 206/7 A título de exemplo, vejmos como se provri (i) ds proprieddes (I.) - (I.6): tom-se x tl que + x = 0, de (I.5) e, usndo (I.2) e (I.4), Proprieddes: u + = v + (u + ) + x = (v + ) + x u + ( + x) = v + ( + x) u + 0 = v + 0 u = v.. Unicidde dos elementos neutros: se + u = + 0 = então d Lei do Corte, u = 0, e se v = =, então v =. 2. Unicidde de soluções de + x = 0 e y = : vê-se d mesm form. Definimos o simétrico e o inverso, respectivmente como sendo esss soluções: + x = 0 x =, y = y =, 0. Podem então definir-se dus novs operções: Subtrção: b = b + ( ), Divisão: b = b. (que não são ssocitivs nem comuttivs - ver proprieddes seguintes). É clro que b = b. Outrs proprieddes (Exercício: provr usndo pens proprieddes cim): pr, b R, temos ) 0 = 0 = 0; 2) b = 0 = 0 ou b = 0; 3) ( ) =, ( + b) = b, ( ) =, (b) = b ; 4) ( b) = ( )b = ( b), ( )( b) = b; ( b) = b ; 5) Csos notáveis: ( b)( + b) = 2 b 2, ( ± b) 2 = 2 ± 2 b + b 2 (em que 2 =, 2 = +...) 6) b ± c d d ± cb =, bd b c d = d b c. Já notámos que ests proprieddes não são exclusivs de R: Q e C verificm, N e Z não verificm. Exemplo.2. Considere o conjunto Z 2 = {0, } com s operções +, definids pels tbels seguintes: 4

5 CDI-I o S 206/ É fácil ver que Z 2 verific (I.) (I.6). Por outro ldo, verifique que o simétrico de é, ou sej, =. Vemos gor os xioms de ordem, que drão estrutur geométric que temos como intuitiv d rect rel. Notem que tmbém temos como ssumido d estrutur intuitiv de rect que o posicionrmos o número 0 dividimos os reis em dus prtes, disjunts. É isso que os próximos xioms grntem. 2 II. Axioms de Ordem: Existe um subconjunto designdo por R + R, dito dos reis positivos, tl que () Fechdo em relção + e : se, b R + então + b R +, b R + (2) Tricotomi: qulquer R verific um, e um só, ds condições seguintes: R +, ou = 0, ou R +. (É clro que o corpo lgébrico Z 2 não verific (II.2), já que ter-se-i simultnemente R + e R +. ) Os reis negtivos são definidos como Neste cso, (II.2) poderi escrever-se R = {x R : x R + }. R = R + {0} R, em que R + R =, 0 R + R Dqui prece noção de ordem (o que é mior ). Definimos, pr, b R, > 0 se R + e > b b R +. Escreve-se b < > b, e (II.2) é equivlente dizer que pr, b R verific-se um, e um só, de três csos possíveis: > b = b < b. Em prticulr todos os elementos são compráveis, relção de ordem totl (estrutur de rect com sentido crescente). Temos R + = {x R : x > 0} e R = {x R : x < 0} e definem-se como é usul intervlos em R d form seguinte ], b [= {x R : < x < b}, ], + [= {x R : < x}, ], b [= {x R : x < b}. (d mesm form ], b], etc.) 2 Em C por exemplo não é verdde. 5

6 CDI-I o S 206/7 Teorem.3 (Trnsitividde). Pr, b, c R, se < b e b < c então < c. Porque: se b R + e c b R + então (b ) + (c b) R + c R + < c. Algums proprieddes muito úteis n resolução de inequções (e que se ssumem sbids):. > b < b (já que b R + b ( ) R +.) 2. Regrs de sinis: i) b > 0 ( > 0 b > 0) ( < 0 b < 0) ii) b < 0 ( > 0 b < 0) ( < 0 b > 0). 3. Leis do Corte: i) + c > b + c > b. ii) c > bc ( > b c > 0) ( < b c < 0). Si de 2.i) com b = 0, que pr qulquer 0, 2 > 0. Est observção simples tem váris consequêncis imedits: C não verific os Axioms de ordem, já que i 2 = < 0. = 2 > 0, e 2 = + > > 0, 3 = 2 + > 0, etc. Por outro ldo, e têm sempre o mesmo sinl, já que = > 0, e portnto s proprieddes nteriores tmbém são válids pr quocientes, por exemplo Exercício: Prove tmbém que > 0 ( > 0 b > 0) ( < 0 b < 0). b Exemplos:. x 2 ( x) 0 ( > b > 0 0 > > b) < b, > 0 > b > b ) x 2 x 0 x 2 x 2 < x. 6

7 CDI-I o S 206/7 4. Resolver, em R, x <. Qul o erro n resolução seguinte: (O conjunto solução é ], 0[ ], + [.) x < < x x >? Módulo ou vlor bsoluto: Define-se, pr x R, x = { x, x 0 x, x < 0. Geometricmente, x represent distânci de x 0. () Algums proprieddes (Exercício: provr). x 0, x = 0 x = x = x. 3. xy = x y, x 2 = x 2 = x Desiguldde tringulr: x + y x + y. 5. x 2 < 2 x <. Aul 3 23/9/206 Vimos o módulo ou vlor bsoluto. Pr resolver inequções com módulos, é útil pensr no módulo como distânci: por exemplo, inequção x < 2 tem como conjunto solução todos os pontos x R que estão um distânci de 0 inferior 2, ou sej, é o intervlo ] 2, 2[. Em gerl:. Se R > 0, x < R x > R x < R R < x < R. x > R x < R x > R. Pr R fixo, é fácil ver que x represent distânci de x o ponto. Definição.4. Define-se vizinhnç de centro e rio ε > 0, V ε () = {x R : x < ε} = ] ε, + ε [ como os conjunto dos pontos cuj distânci é inferior ε. 7

8 CDI-I o S 206/7 Por exemplo, V (0) =], [, V 0. ( ) =] 0.9,.[, V 2 () =] 2, 3 2 [. Se estivermos proximr por x então x represent o erro cometido n proximção e o fzermos x < ε, estmos dmitir um mrgem de erro de, no máximo, ε. Por exemplo, pr proximrmos π com erro no máximo de 0 2 queremos x tl que x π < 0 2, podemos fzer x = 3, 4 (por defeito) ou x = 3, 5 (por excesso) ou x = 3, 425 (ou...) Exemplos: resolver em R. x < x + 4 >. 3. x 2 < x x 2 9 x + 0. x x 0. Vmos ver em mis detlhe gor lguns subconjuntos de R. Começmos pelos chmdos números nturis. Intuitivmente, (e té sbemos que > 0, + = 2 >, etc.) Um conjunto A R diz-se indutivo se A, x A x + A. N = {, + = 2, + + = 3,...} É clro que R é indutivo, ssim como R +, [, + [,] 2, + [, e por ex. R, [, 0000] não são indutivos. Queremos definir N consistindo precismente dos sucessores de (e neste cso, todos os outros conjuntos indutivos o contêm), ou sej, N é menor conjunto indutivo: Definição.5. Define-se o conjunto N dos números nturis como N := {n R : n qulquer subconjunto indutivo de R} = intersecção de todos os conjuntos indutivos. Em prticulr, se A N e é indutivo, então A = N. Sej A N o conjunto ddo por A = {n N : P(n) é verddeir}, pr um dd proposição ( firmção ) P(n), dependente de n N. Este conjunto é indutivo se P() é verddeir e se P(n) verddeir P(n + ) verddeir. 3 Neste cso, concluímos que A = N ou sej que P(n) é verddeir, pr qulquer n N. Acbámos de ver um método muito útil pr provr firmções dependentes de um prâmetro (vriável) nturl: 3 Est firmção é equivlente P(n) P(n + ), já que se P(n) for fls, implicção é sempre verddeir. 8

9 CDI-I o S 206/7 Teorem.6 (Método de Indução Mtemátic). Sej P(n) um proposição, n N. Se P() é verddeir P(n) P(n + ), pr qulquer n N, então P(n) é verddeir, pr qulquer n N. Exemplos:. Provr que N R + : queremos ver que n > 0, pr qulquer n N. Com P(n) firmção n > 0 temos: P() é verddeir, já que > 0. P(n) P(n + ): se n > 0 então n + > > 0, logo n + > 0 (por trnsitividde). (D mesm form: n, n N.) 2. Provr que 2 n n + pr qulquer n N. P() é verddeir, já que P(n) P(n + ): ssumindo, por hipótese de indução, que pr ddo n (fixo) se tem 2 n n + queremos provr que 2 n+ n + 2. Então: 2 n n + 2 n+ 2n + 2 n + 2 já que n > 0. Por trnsitividde, 2 n+ n + 2, como querímos mostrr. 3. Em gerl: pr > 0 fixo, temos desiguldde de Bernouilli: ( + ) n + n, pr qulquer n N. Exercício: 3 n 2n +, n N. 4. Provr que 4 n é múltiplo de 3, pr qulquer n N. P() é verddeir, já que 4 = 3 é múltiplo de 3. P(n) P(n + ): ssumindo, por hipótese de indução, que pr ddo n (fixo, ms rbitrário) 4 n é múltiplo de 3, temos é múltiplo de 3. 4 n+ = ( + 3)4 n = 3 4 n + (4 n ) NOTAS:. Provr que P(n) P(n + ) pr todo n N não é suficiente! Por exemplo, sej P(n) firmção sen(2nπ) = 2, n N, que é obvimente fls, pr qulquer n. Ms é fácil ver que P(n) P(n + ), já que pr qulquer n N, sen(2(n + )π) = sen(2nπ). 9

10 CDI-I o S 206/7 2. Se quisermos provr um determind proposição pens pr n n 0, começmos por verificr P(n 0 ) e provmos P(n) P(n + ) como ntes (é suficiente ver pr n n 0 ). Exemplo: Mostrr que n! 2 n, pr n 4 Exercício. Reprem que o método de indução é prticulrmente útil qundo os termos envolvidos estão definidos por recorrênci: por ex. r n, n!:! =, r = r, (n + )! = (n + )n!, n N, r n+ = r r n n N. Um outro exemplo é ddo por soms com número de prcels dependente de n: Exemplo: Mostrr que, pr qulquer n N, Se P(n) represent iguldde cim temos: P() é verddeir: = (2n ) = n 2. P(n) P(n + ): ssumindo, por hipótese de indução (HI), que pr ddo n (fixo) se tem (2n ) = n 2 queremos provr que Ms por HI, temos (2n ) + (2(n + ) ) = (n + ) (2n ) + (2(n + ) ) = n 2 + (2(n + ) ) = n 2 + 2n + = (n + ) 2 como querímos mostrr. Aul 4 26/9/206 Vimos o conjunto N, método de Indução Mtemátic. Somtórios. Somtórios: Dd um sucessão de números reis, 2,..., n,... k =, k= n+ n k = k + n+ k= k= Proprieddes:. 2. n k= ( k + b k ) = n k= k + n k= b k (propriedde ditiv); n k= (c k) = c n k= k pr qulquer constnte c R (homogeneidde); 0

11 CDI-I o S 206/ n k= ( k k+ ) = n+ (propriedde telescópic). n k= k = p+n k=p+ k p pr qulquer p N. Pr mostrr por exemplo propriedde telescópic: por indução n = : temos k= ( k k+ ) = 2. P(n) P(n + ): Exemplos: n+ ( k k+ ) = k= n ( k k+ ) + n+ n+2 = n+ + n+ n+2 = n+2. k=. Pr qulquer n N, n k= = n. (Em prticulr, qulquer número nturl é sucessor de.) 2. (Ex..b - Fich 2) Pr qulquer n N: n = : temos = P(n) P(n + ): n+ k = k= ( + ). 2 n k + (n + ) = k= n = n(n + ) 2 n k = k= + n + = n(n + ). 2 n(n + ) + 2(n + ) 2 3. (Ex. 6 - Fich 2) Pr qulquer r R, r, n N 0 : n + r + r r n = r k = rn+ r. n = 0: temos = r r. P(n) P(n + ): n+ r k = k=0 n k=0 r k + r n+ = rn+ r k=0 = + r n+ = rn+ + r n+ ( r) r (n + 2)(n + ). 2 = rn+2 r. Tmbém se vê fcilmente sem usr indução: usndo s proprieddes e 4 dds cim n n n ( r) r k = ( r)r k = (r k r k+ ) = r n+. k=0 k=0 k=0 NOTA: tmbém temos n k=p r k = r p ( r n p ) = r p rn p+. r

12 CDI-I o S 206/7 Podemos gor definir Definição.7. O conjunto dos números inteiros Z e o conjunto dos números rcionis Q: (onde { N} = { n : n N}). Z = N {0} { N}, Q := { p q : p, q Z, q 0 É clro que N Z Q. Voltndo os Axioms / proprieddes que crcterizm R, vemos que C e Z 2 stisfzem xioms de corpo, ms não de ordem, Z stisfz xioms de ordem, ms não tem inversos, Q stisfz xioms de ordem e de corpo. Portnto os elementos de R \ Q terão que ser definidos prtir de outrs proprieddes. }. Proposição.8. Se x 2 = 2 então x Q. Vmos mostrr por redução o bsurdo ou sej, supomos que não é verdde e chegmos um contrdição (impossibilidde). Logo, firmção será verddeir. Suponhmos então que x 2 = 2 e x = p q, com p, q Z e que p q é frção irredutível (p e q não têm divisores comuns). Então: p 2 q 2 = 2 p2 = 2q 2, ou sej p 2 será pr. Tem-se que neste cso p tmbém será pr. Escrevendo p = 2k, k Z, temos gor 4k 2 = 2q 2 q 2 = 2k 2. Usndo o mesmo rciocínio, concluímos que q é tmbém pr, o que contrri o fcto de p q ser irredutível. Conclui-se que equção x 2 = 2 não tem solução em Q. Exercício.9. ) Mostrr que se p 2 é pr então p é pr (Sug.: comece por mostrr que se p é impr, p 2 é impr). 2) Mostre que pr m N primo, equção x 2 = m não tem solução em Q. (Pode ssumir que se p 2 é multiplo de m então p é multiplo de m.) 3) A equção 2 x = 3 não tem solução em Q. O próximo Axiom / propriedde de R grnte, em prticulr, que equção x 2 = 2 tem de fcto solução em R - portnto distingue R de Q e dá-nos um form de definir números irrcionis. Supremo e ínfimo de um conjunto Definição.0. Sej A R. 2

13 CDI-I o S 206/7 i) A diz-se mjordo se existe b R tl que x b, pr qulquer x A. Neste cso, b diz-se um mjornte e A ], b ]. ii) A diz-se minordo se existe R tl que x, pr qulquer x A. Neste cso, b diz-se um mjornte e A [, + [. iii) A diz-se limitdo se é mjordo e minordo. Neste cso, existem, b R tl que x b, pr qulquer x A e A [, b ]. Exemplo: [, 3], {, 3}, {, 2, 3}, [, 2[ {3} são conjuntos limitdos, e têm todos o mesmo conjunto de mjorntes e minorntes: Mjorntes = [3, + [, Minorntes =], ]. R não mjordo nem minordo, R + minordo, não mjordo Definimos máximo e mínimo de um conjunto como o mior e o menor dos seus elementos (se existirem), ou sej: mx A = M se M é mjornte e M A e min A = m se m é minornte e m A. Temos mx[, 3] = 3, min[, 3] = e que mx e min de ], 3[ não existem. Definição.. Sej A R. Define-se o supremo e o ínfimo de A como: sup A é o menor dos mjorntes de A, se existir. inf A é o mior dos minorntes de A, se existir. É clro que sup A pode ou não pertencer A. Aliás, A tem máximo se, e só se, sup A A e neste cso mx A = sup A. Exemplos: sup], 3[= 3, inf ], 3[=, sup{, 2, 3} = 3 = mx{, 2, 3}, inf{, 2, 3} = = min{, 2, 3}. Aul 5 28/9/206 É fácil ver que existem conjuntos mjordos sem máximo. Será que existem conjuntos mjordos sem supremo? Est é últim propriedde que precismos pr crcterizr R, e que não é verificd por Q. III. Axiom do Supremo (ou d Completude) Qulquer subconjunto A R mjordo e não vzio tem supremo em R. Segue que tmbém qulquer conjunto minordo e não vzio tem ínfimo (por ex., notndo que inf A = sup( A)). Exemplos: 3

14 CDI-I o S 206/7. A = { 00} [0, 00[: sup A = 00 A logo A não tem máximo, inf A = 00 A logo min A = A = { 00, 0, 00}: sup A = mx A = 00, inf A = min A = Qulquer conjunto finito (i.e., com número finito de elementos) tem máximo e mínimo. NOTA: Se A B e B então os mjorntes de B (se existirem) são mjorntes de A, logo sup A sup B, já que sup B é mjornte de A (e sup A é o menor mjornte de A). É útil pensr em sup A e inf A como s melhores proximções por excesso e por defeito de A, como é expresso n seguinte definição equivlente (pr o infimo é nálogo). Proposição.2. Sej A R. Então s = sup A se e só se s é mjornte de A e pr qulquer ε > 0, V ε (s) A. (Relembre que V ε (s) =]s ε, s + ε[.) Demonstrção. Se s = sup A então s é mjornte por definição logo x s, pr qulquer x A. Pr ver que V ε A, pr qulquer ε > 0 ddo, ou sej, que existe x A ]s ε, s], notmos que se não fosse esse o cso, terímos x s ε, pr qulquer x A, e s ε < s seri mjornte, o que é impossível, ddo que s é o menor dos mjorntes. 4 Se s é mjornte e pr qulquer ε > 0, V ε (s) A, vmos ver que s é o menor mjornte: se t < s então existe x A tl que t < x s (tomndo um vizinhnç de s de rio menor que distânci de t s, ou sej ε < s t). Logo t < x A e t não é mjornte. A condição cim express que qulquer vizinhnç de s contém elementos de A (clro que neste cso x A ]s ε, s], um vez que x s, pr x A) ou sej, existem elementos de A tão perto qunto se queir de s. Temos Exemplos: s = sup A s é mjornte e ]s ε, s] A, pr qulquer ε > 0, = inf A é minornte e [, + ε[ A pr qulquer ε > 0.. A = [0, ] {2}, então V ε (2) A = {2} pr ε <. 2. A =]0, [, então V ε () A =] ε, [, V ε (0) A =]0, ε[, 0 < ε < (se ε >, intersecção coincide com A). Aplicções: 4 Se A tem máximo, i.e., s A, então é evidente que s V ε A. 4

15 CDI-I o S 206/7. A equção x 2 = 2 tem solução em R: consideremos o conjunto A = {x R : x 2 < 2}. Este conjunto é não vzio, por exemplo A, e mjordo, por exemplo por 2 (se x > 2 então x 2 > 4 e x A, ou sej, qulquer x A x 2). Conclui-se que tem supremo α R, e é clro que α 2. Pode ver-se que neste cso α 2 = 2: temos α 2 < 2 α 2 = 2 α 2 > 2, procede-se por eliminção. Note-se primeiro que se x V ε (α) com 0 < ε <, tem-se 0 < x < 3, logo x+α = x+α < 5 e x 2 α 2 = x α x + α < 5ε 5ε + α 2 < x 2 < α 2 + 5ε. Se fosse α 2 2, poderímos tomr 0 < ε < α2 2 5, e neste cso: se α 2 < 2, então 5ε < 2 α 2 e vem que x 2 < 2, ou sej x A, pr qulquer x V ε (α), o que é impossível ddo que α = sup A (não seri mjornte). se α 2 > 2, então 5ε < α 2 2 e vem que x 2 > 2, pr qulquer x V ε (α), em prticulr V ε (α) A =, o que é de novo impossível por ser α = sup A. Logo α 2 = 2, e 2 := α = sup A. Tem-se tmbém 2 := inf A. Em prticulr, vemos que A não tem supremo (nem infimo) em Q, ou sej Q não verific o Axiom do Supremo. 2. π = sup{áres de polígonos inscritos circuferênci rio } (e tmbém e = sup { n k=0 k! : n N} - veremos mis trde). 3. Dizims periódics: por exemplo n 3 0, 3(3) = sup{0, 3, 0, 33, 0, 333,...} = sup : n N 0 k. k= Exercício: Definindo 0, 9(9) como cim, mostre que 0, 9(9) =. (Sugestão: vej primeiro que n k= 9 = 0 n - use exemplo 3. d ul 3 com R = 0.) 0 k Outros exemplos:. Qulquer conjunto A N mjordo, ie, tl que α = sup A R existe, tem máximo. Como α não é mjornte, existe k A tl que α < k α < k +. Como ]k, k+[ N = (já que distânci entre dois nturis é pelo menos ), se k < α terímos ]k, α] A =, o que é impossível porque α = sup A. Logo temos k = α A e α = mx A. 2. N não é mjordo, Z, Q não são mjordos nem minordos. Se N fosse mjordo teri máximo α N, o que é bsurdo já que α < α + N. 5

16 CDI-I o S 206/7 Aul 6 30/9/206 Vimos supremos e ínfimos, e que Mis exemplos: s = sup A s é mjornte e V ε (s) A, pr qulquer ε > 0, = inf A é minornte e V ε () A, pr qulquer ε > 0.. Propriedde Arquimedin: ddos ε > 0 e R > 0, existe n N com nε > R. 5 Como N não é mjordo, existe n N com n > R ε. 2. A = {2 n : n N}: inf A = min A = 2, não é mjordo, já que pr qulquer n N, 2 n > n +. Em gerl: se r > 0, então r n + n(r ) - desiguldde de Bernoulli, logo se r >, {r n : n N} não é mjordo. 3. A = { n : n N} : é limitdo, sup A = mx A =. Vemos que inf A = 0: é clro que 0 é minornte (e A). Por outro ldo, ddo ε > 0 temos V ε (0) A já que pr n > ε, temos n < ε. 4. Q + = R + Q não é mjordo, tem inf = 0, não tem mínimo. Reprem que segue em prticulr do Exemplo 3 cim que V ε (0) Q, pr todo o ε > 0, logo qulquer vizinhnç de zero tem infinitos números rcionis (já que N é infinito). Por outro ldo tmbém V ε (0) R \ Q, pr todo o ε > 0 (tom-se por ex. 2 m ), logo qulquer vizinhnç de zero tem infinitos números irrcionis. Mis gerlmente: Proposição.3. Ddos, b R com < b: i) existem p q Q tl que < p q < b ou sej, p ], b [, q ii) existe t R \ Q tl que < t < b ou sej, t ], b [. Demonstrção. Sejm n, m N tis que 2 n < b e m podemos tomr k N tl que < b. D propriedde Arquimedin, k n > > (k ) n < k n < + n < b (já que n < b ) e k n Q. D mesm form, pode tomr-se j N tl que 2 2 j > > (j ) m m < j 2 m < + 2 m < b 5 Ou sej: dd um unidde de medid ε - pequen - podemos cobrir distânci R - grnde, repetindo- um numero n - suficentemente grnde - de vezes. 6

17 CDI-I o S 206/7 e j 2 m R \ Q. Vrindo o intervlo, pode concluir-se que: Qulquer intervlo em R contem infinitos números rcionis e infinitos números irrcionis. Em prticulr, qulquer número rel pode ser proximdo com erro rbitrrimente pequeno por rcionis (e por irrcionis tmbém...) Exemplos:. A = [0, ] \ Q: inf A = 0, min A não existe, porque 0 A, sup A =, mx A não existe porque A. 2. A = ([0, 2] {2}) \ Q: inf A = 0, min A não existe, porque 0 A, sup A = mx A = A = [ 2, 2] Q: inf A = 2, min A não existe, porque 2 A, sup A = 2, mx A não existe porque 2 A. Sucessões Como sbem, um sucessão é um função u : N R, que veremos como um sequênci de números reis u, u 2,..., u n,..., n N. Escreve-se hbitulmente u n = u(n), o chmdo termo gerl d sucessão. Ao conjunto {u n : n N} chm-se o conjunto dos termos d sucessão (ou sej, o contrdomínio de u). Recorde-se que: u n é monóton crescente se u n+ u n, pr qulquer n N (estritmente se u n+ > u n ), u n é monóton decrescente se u n+ u n, pr qulquer n N (estritmente se u n+ < u n ). A sucessão u n diz-se limitd se o conjunto dos seus termos (o seu contrdomínio) {u n : n N} for limitdo, i.e., mjordo e minordo. Neste cso, existem s = sup u n e r = inf u n e temos r u n s, pr qulquer n N. Clro que um sucessão decrescente é sempre mjord (por u ) e um sucessão crescente é sempre minord. Exemplos. u n = n p, p N: decrescente, limitd, mx u n = sup u n =, inf u n = 0, não existe min u n. 2. u n = ( ) n, se n é pr =, se n é ímpr. É não monóton, limitd, mx u n = sup u n =, min u n = inf u n =. (O conjunto dos seus termos é {, }.) 7

18 CDI-I o S 206/7 3. u n = ( )n n = n, n, se n é pr se n é ímpr. É não monóton, limitd, min u n =, mx u n = Progressão ritmétic: por recorrênci, em N 0, Por indução vê-se que u 0 = u n+ = 2 + u n, n N 0. u n = + 2n, n N 0 é crescente, não mjord, min u n =. A sucessão u n verific u n+ u n = 2 é constnte. A sucessões com est propriedde chmmos progressões ritmétics, de rzão 2 neste cso. O termo gerl de um progressão ritmétic de rzão r é u n = + rn. 5. Progressões geométrics: por recorrênci, em N 0, Por indução vê-se que u 0 = 3 u n+ = 2u n, n N 0. u n = 3 2 n n N é crescente, não mjord, min u n = 3. A sucessão u n verific u n+ u n = 2, é constnte. A sucessões com est propriedde chmmos progressões geométrics, de rzão 2 neste cso. O termo gerl de um progressão geométric, de rzão r e u 0 =, é u n = r n. Notem que ( ) n tmbém é progressão geométric, de rzão. 6. u n = ( 2) n = ( ) n 2 n : não monóton, não mjord, não minord. (É um progressão geométric de rzão 2.) Limite de sucessões Temos um noção intuitiv do que é um sucessão convergir pr um ddo número, ou proximr-se rbitrrimente de um ddo número, qundo n :, 2, 3,, n, 0, 0, 0.3, 0.33, 0.333, 3, 8

19 CDI-I o S 206/7 Ms se vos for dd um sucessão definid por recorrênci, por exemplo d form u =, u n+ = u n 2 + u n, não é de todo imedito qul será o seu limite, ou sequer se est sucessão proxim lgum vlor. Por est e outrs rzões precismos de um definição rigoros de limite, que nos permit estbelecer de form inequivoc se um sucessão converge pr um ddo número, e tmbém pr construir um teori que leve o cálculo simples de limites. Como formlizr: u n proxim-se rbitrrimente de qundo n? O erro dess proximção é ddo por u n. Por exemplo, pr u n = n : já vimos que 0 = inf{u n : n N} e que dí vem que qulquer vizinhnç V ε (0) tem termos u n, ou sej tis que u n 0 < ε. Est condição por si só não cheg, 6 ms vemos que neste cso mis do que isso é verdde: se /N V ε (0) tmbém teremos /n V ε (0), pr qulquer n N. Exemplo: u n = n. É intuitivo que u n se proxim de pr n grnde. Vmos clculr o erro cometido o proximr por u n ou sej, distânci entre e u n : u n = n. Se quisermos grntir um mrgem de erro de ε > 0 então resolvemos u n < ε, por ex. ε = 0, : u n < 0. n < 0. n > 0 ε = 0, 00 : u n < 0.00 n < 0.00 n > 000 ε = 0 00 : u n < 0 00 n < 0 00 n > Diz-se que u n, u n converge pr, ou proxim, se o erro u n puder ser feito tão pequeno qunto se queir (i.e., < ε), desde que se tome n suficientemente grnde, n > N, pr lgum N N (dependente de ε). Definição.4. Sej u n um sucessão rel e R. Diz-se que u n converge pr, lim u n = (ou u n ) se ddo um ε > 0 rbitrário, existe N N tl que 0... n > N u n < ε. 6 Por ex. u n = /n pr n pr, e u n = 2 /n pr n ímpr tmbém verific e neste cso u n não converge pr 9

20 CDI-I o S 206/7 O vlor ε > 0 é visto como mrgem de erro permitid n proximção de por u n. No exemplo cim, tinhmos ε = 0, N = 0, ε = 0 3 N = 000, e pr cd vlor de ε ddo conseguimos replicr com um N: bst tomr N /ε. (A ordem N que grnte erro < ε em gerl depende de ε e tipicmente ument qundo ε diminui - mior exigênci. 7 ) Exemplos:. u n = n 0 Pr ver que de fcto lim n = 0: u n 0 < ε n < ε n < ε n > ε. Logo, podemos tomr N N com N ε. 2. u n = ( )n 0 n Temos e procedemos como cim. ( ) u n 0 = n n = n NOTA: Um sucessão converge pr sse o erro n proximção convergir pr 0, ou sej Aul 7 3/0/206 u n u n 0. Vimos noção de limite e de sucessão convergente: u n ou lim u n = se dd um mrgem de erro ε > 0 qulquer, temos erro = u n < ε, desde que n sej suficientemente grnde, ou sej, n > N pr lgum N N. Temos ssim se erro n proximção convergir pr 0. Exemplos:. u n = 0, p N, já que np u n u n 0 u n 0 < ε n p < ε n > p ε e pr ddo ε > 0 bst tomr N p ε. (NOTA: u n decrescente, limitd e 0 = inf{u n : n N}.) 7 Clro que por ex. se u n = c for constnte, podemos tomr sempre N = independentemente de ε. 20

21 CDI-I o S 206/7 2. u n = ( )n n p 0, p N, já que ( ) u n 0 = n = n p 0. n p (NOTA: u n não monóton, limitd.) 3. u n = ( ) n é divergente: vmos ver que u n (de form nálog se pode ver que u n, R). Clculndo 0, se n é pr u n = 2, se n é ímpr. Se ε < 2, condição u n < ε é verificd pens, e por todos, os nturis pres. Pr qulquer n ímpr o erro é sempre 2. Como o conjunto dos números impres é não mjordo, não podemos grntir que o erro é < 2 tomndo n > N. (Notem que temos (n > N u n < ε) (n > N n é pr) que é sempre fls, N.) Veremos divergênci dest sucessão de form mis simples usndo subsucessões. (NOTA: u n não monóton, limitd.) 4. u n = ( 2) n 0, já que u n 0 = 2 n < n + < ε pr n > ε. (Ou: 2 n < ε n > log 2 (/ε).) Em gerl (notndo que pr r > 0, rn + (r )n - chmd desiguldde de Bernouilli - e fzendo = /r): Se 0 < <, então n 0 (NOTA: u n decrescente e 0 = inf{u n : n N}.) ( 5. u n = ) n = ( )n 2 2 n 0, já que u n 0 = 2 n 0. (NOTA: u n não monóton, limitd.) 6. u n = 2 n! 2, já que u n 2 = n! < n < ε pr n > ε. (NOTA: u n crescente e 2 = sup{u n : n N}.) 2

22 CDI-I o S 206/7 PROPRIEDADES:. O limite, se existir, é único: se u n tivesse limites e b, então ddo qulquer ε > 0, pode ver-se que b < ε, pr qulquer ε > 0 = b. (Existirim N, N 2 tis que u n < ε/2, se n > N e u n b < ε/2, se n > N 2. Tomndo um n > mx{n, N 2 }, temos b u n + u n b < ε/2 + ε/2 = ε.) 2. Se u n v n e v n 0 então u n, já que neste cso v n > 0, e ddo ε > 0, existe N N tl que pr n > N temos v n < ε e portnto tmbém u n < ε. 3. A convergênci de um sucessão não depende de um número finito de termos, ou sej, só depende de n grnde. Por exemplo, é fácil ver que sucessão n n, n 0000 u n = n, n > 0000 é convergente pr. Neste cso, ordem N prtir d qul se grnte um determindo erro pode ser diferente/mior do que no Exemplo. cim por ex. u n < 0. n > A sucessão é não monóton, limitd: mx u n = , min u n = 000. É importnte distinguir entre sucessão limitd (ie mjord e minord) e sucessão convergente (proxim-se de um vlor). O exemplo u n = ( ) n mostr que podemos ter sucessões limitds que não são convergentes. Temos no entnto sempre que: Teorem.5. Qulquer sucessão convergente é limitd. Demonstrção. Sej u n R. Então, d definição de limite (com ε =, por ex.), temos que existe N N tl que n > N < u n < +. Podemos escrever {u n : n N} = {u,, u N } {u n : n > N}. Como {u,, u N } é um conjunto finito, logo limitdo, 8 e {u n : n > N} ], + [ é tmbém limitdo, conclui-se que {u n : n N} é limitdo, ou sej, u n é sucessão limitd. Exemplo: As sucessões são divergentes, porque não são limitds. n p, p N, n, >, n!, ( n) n IMPORTANTE: O recíproco do Teorem nterior não é verdde: há (muits...) sucessões limitds que não são convergentes, por ex.: ( ) nπ ( ) n (2 + ( ) n )n +, + cos(nπ), sen,, etc. 2 n Ests sucessões (necessrimente) não são monótons, já que: 8 tem té máximo e mínimo 22

23 CDI-I o S 206/7 Teorem.6. Qulquer sucessão monóton e limitd é convergente:. u n crescente e mjord u n convergente e lim u n = sup u n, 2. u n decrescente e minord u n convergente e lim u n = inf u n. Demonstrção. : Sej u n um sucessão monóton e limitd, com s = sup{u n : n N} e r = inf{u n : n N} (que existem, pelo Axiom do Supremo). Vemos que se u n é crescente, então u n s (neste cso, é sempre minord e r = min u n = u ). A demostrção pr decrescente é completmente nálog. Dd um vizinhnç V ε (s) qulquer, sbemos que, por s ser supremo, existe N N tl que u N V ε (s) ou sej, u N s < ε. Como u n é crescente, pr n > N tem-se s u n u N. Logo, pr n > N, u n s < ε e portnto, d rbitrriedde de ε > 0, u n s. As sucessões monótons e limitds são de cert form subclsse mis simples de sucessões convergentes: convergem pr sup u n se forem crescentes, pr inf u n se forem decrescentes. Se um sucessão não for monóton pode ou não ser convergente: já vimos lguns exemplos ( ) n n p, ( 2) n convergentes; ( ) n, ( ) n + são divergentes. n Limite e operções lgébrics: Veremos gor lguns resultdos que são úteis no cálculo de limites. (Voltremos todos eles no cso mis gerl ds funções em R.) Proposição.7. Se u n e v n são convergentes, u n e v n b, então tmbém u n ± v n, u n v n, u n v n (se b 0) convergem e (i) u n ± v n ± b, (ii) u n v n b, (iii) u n v n b, se b 0. Demonstrção. Vemos (i) título de exemplo: como ntes, tom-se N = mx{n, N 2 } tl que se n > N então u n < ε/2 e v n < ε/2. D desiguldde tringulr: (u n ± v n ) ( ± b) = (u n ) ± (v n b) u n + v n b < ε. Pr (ii), escreve-se u n v n b = u n v n u n b + u n b b = u n (v n b) + (u n )b e procede-se como cim. Pr (iii), bst ver que se v n b 0 então v n b (Exercício.) Exemplos:. (2 + ) ( ( ) n ) n n 2. n + 3 2n + = + 3/n 2 + /n 2. 23

24 CDI-I o S 206/ (n + ) 3 + (2n + ) 3 8. ( ( ) n + 3) (2 + ) n n n 3 4. Limite e relção de ordem: Em gerl, se u n e v n são convergentes, com u n e v n b então. < b u n < v n, pr n > N. (Porque: tomndo ε < (b )/2 temos que existe N tl que se n > N, então u n V ε () e v n V ε (b), em prticulr u n < + ε < b ε < v n.) 2. u n < v n, n > N b. Um resultdo muito útil, porque permite provr convergênci de um sucessão dd é: Teorem.8 (Sucessões enqudrds). Se v n u n w n, pr n > N e lim v n = lim w n então u n é convergente e lim u n =. Demonstrção. Ddo ε > 0, tommos N = mx{n, N 2 } em que n > N v n < ε, n > N w n < ε. Pr n > N, temos então logo tmbém u n V ε (), ou sej, u n < ε. ε < v n u n w n < + ε (Notem que no teorem nterior convergênci de u n não er dd, foi provd prtir do enqudrmento.) Por ex. pode ver-se convergênci de. u n = ( )n n 2. u n = + sen(n) n! 0 já que n ( )n n já que n. n! + sen(n) n! + n! e lim n! = lim + n! =. 24

25 CDI-I o S 206/7 Um consequênci muito útil n prátic: se u n 0 e b n é um sucessão limitd, m b n M, então (ssumindo u n 0 pr simplificr): e por enqudrmento, lim u n b n = 0. Ou sej: mu n u n b n Mu n O produto de um infinitésimo por um sucessão limitd é um infinitésimo. Por exemplo, usndo que se 0 < < então n 0, temos tmbém neste cso logo ( ) n 0. Vê-se ssim que n ( ) n n < < n 0 (pr = 0 é evidente...) Se =, sucessão n = ( ) n diverge, e se =, n =. Aul 8 7/0/206 Aul pssd: convergente limitd. Ms: convergente (tem um limite, proxim-se de um vlor) limitd (mjord e minord, está entre dois vlores, i.e., o seu gráfico encontr-se num fix horizontl do plno). limitd + monóton convergente (crescente: lim u n = sup u n, decrescente: lim u n = inf u n ). Subsucessões As sucessões não monótons podem ou não ser convergentes. Pr estudr su convergênci é muits vezes útil tomr subsucessões: Vimos que sucessão u n = ( ) n não é convergente, ms fzendo n = 2k e n = 2k, k N, obtemos dus novs sucessões, gor convergentes (constntes) v k = u 2k =, k N, w k = u 2k =, k N. Em gerl: dizemos que v k = u nk é subsucessão de u n se n k N é um sucessão estritmente crescente de indices. As sucessões v k = u 2k e w k = u 2k são exemplos de subsucessões de u n : dos termos de ordem pr, e dos termos de ordem ímpr. Há muito mis: u 3k, u k+0, u k! etc. u u 2 u 3 u 4 u 5 u 6... u 2k u 2 u 4 u 6... u 2k u u 3 u 5... u 3k u 3 u 6... u k+ u 2 u 3 u 4 u 5 u

26 CDI-I o S 206/7 Definição.9. Um sublimite de u n é um limite de um subsucessão. Exemplo:. ( ) n tem 2 sublimites:,. ( ) n n 2. tem 2 sublimites: /2, /2. 2n + ( 3. cos n π ) tem 3 sublimites:, 0,. 2 Há lgums proprieddes ds sucessões que pssm pr s subsucessões (s proprieddes globis): se u n for limitd, tods s sus subsucessões tmbém serão; se u n for monóton, tods s sus subsucessões tmbém serão. Se u n for não monóton, já vimos que pode ter subsucessões monótons. Pode ver-se (difícil): qulquer sucessão tem subsucessões monótons. Se for limitd, obtemos o seguinte: Teorem.20 (Bolzno-Weierstrss). Um sucessão limitd tem sempre um subsucessão convergente, i.e., tem pelo menos um sublimite. Demonstrção. (Idei) Prov-se que u n tem um subsucessão monóton, sendo limitd, ess subsucessão será convergente. Se, mis do que limitd, u n for convergente, tem-se o seguinte: Teorem.2. Se u n é convergente, então tods s sus subsucessões tmbém são e pr o mesmo limite. Em prticulr, u n tem um único sublimite em R. O resultdo nterior dá-nos um critério de divergênci: Se (u n ) tem (pelo menos) dois sublimites diferentes, então é divergente. Exemplo: As sucessões ( ) n, ( )n n (n 2n +, cos π 2 sublimite. ) são divergentes, porque têm mis do que um O recíproco do teorem nterior tmbém é verdde, usremos n seguinte form: Proposição.22. Se lim u 2k = lim u 2k = então u n é convergente e lim u n =. Demonstrção. Ddo ε > 0, sejm N, N 2 tis que u 2k < ε, se 2k > N u 2k < ε, se 2k > N 2. Tomndo N = mx{n, N 2 }, temos n > N u n < ε. Exemplos:. ( ) n n converge pr 0. 26

27 CDI-I o S 206/7 2. sen ( n π 2 ) n 2 converge pr sen ( n π 2 ) diverge: sublimites, 0, ( ) n : diverge, sublimites 0, ( + ( ) n )n: diverge porque é não mjord, ou lim u 2k = lim 0 = 0 e lim u 2k = lim 4k não existe em R. (Reprem que só tem um sublimite 0 em R.) (Nos dois primeiros exemplos cim podímos ver convergênci usndo o critério sucessões enqudrds.) Limite de sucessões por recorrênci: Tomemos por exemplo sucessão seguinte: u = 2, u n+ = 2 + u n Como clculr o limite, ou decidir se u n é divergente? Em gerl, fzemos em dois pssos: () Mostrr que u n é convergente. (2) Clculr o limite. Pr (2), se ssumirmos, ou se já soubermos, que u n é convergente, com u n L R, então podemos determinr os cndidtos limite d seguinte form: u n+ L, porque u n+ é subsucessão de u n, 2 + u n L, pels proprieddes lgébrics do limite. 3 Tomndo o limite n expressão por recorrênci, temos então 3, L = 2 + L 3 2L 3 = 2 L = 3. Ou sej: se u n é convergente em R então lim u n = 3. Ms reprem que os cálculos cim não grntem de todo convergênci de u n (liás, se u n ± - veremos seguir - são ind válidos). Há váris forms pr mostrr que u n tem limite em R, quse sempre envolvendo indução mtemátic. Neste cso, veremos que u n é monóton e limitd, e portnto convergente: (i) 2 u n < 3: por indução u = 2, logo verddeiro pr n = ; se 2 u n < 3 então Logo, 2 < u n+ < u n 3 < u n+ < 3. 27

28 CDI-I o S 206/7 (ii) u n é monóton crescente: u n+ u n = 2 + u n 3 u n = 2(3 u n) > 0, pr qulquer n N. 3 Logo, u n é convergente e pelos cálculos cim, lim u n = 3. Aul 9 0/0/206 Exemplo: Aproximr 2 Considere-se sucessão definid pr n N 0 por u 0 =, u n+ = u n 2 + u n, Procedendo como cim, vemos que se provrmos que u n L R então L = L 2 + L L2 = 2 L = ± 2. É fácil ver (por indução) que u n > 0, pr qulquer n N 0, logo, terímos L = 2. Pr ver que é convergente, pode ver-se que u n+ 2 = u n = u2 n un u n 2u n = (u n 2) 2 0, n N 0. 2u n Temos então u n 2, pr n N (i.e n ). (Exercício: mostre que u n é decrescente, n N, e portnto tem limite em R.) Veremos convergênci de (u n ) de um form lterntiv, que nos permite ind estimr o erro cometido n proximção: do cálculo cim temos, porque u n, n N 0, u n+ 2 (u n 2) 2. 2 Exercício: mostre por indução que, pr qulquer n N 0, u n ( 2 n ) Segue-se (d definição de limite ou do princípio ds sucessões enqudrds) que lim u n = 2. Por outro ldo, se quisermos proximr 2 com mrgem de erro ε > 0, é suficiente chr N N tl que ( 2 N 2 < ε 4 4) 2N > 2 ε. (Determine N pr ε = convergênci é muito rápid.) Notem que u n Q, pr todo n N 0 - provr por indução. Informlmente, vimos que há essencilmente dois tipos de fenómenos que levm que um sucessão sej divergente: 28

29 CDI-I o S 206/7 (i) u n oscil, no sentido em que há subsucessões com comportmentos diferentes nível de convergênci (dois ou mis sublimites diferentes), (ii) u n é não mjord / minord. Clro que podemos ter (i) + (ii) (por ex. u n = n ( )n ) Pr terminr o nosso estudo de sucessões, vmos estender noss noção de limite lgums sucessões não limitds. A rect cbd define-se como R = R {± } em que, por definição, x < +, x R e x >, x R. Podemos então escrever R = [, + ]. É clro que qulquer subconjunto de R é mjordo/minordo em R (se A R é não mjordo em R, sup A = + em R). Definição.23 (Limites infinitos). Sej (u n ) um sucessão. Diz-se que (i) lim u n = +, ou u n + em R se ddo R > 0 qulquer, existe N N tl que n > N u n > R. (ii) lim u n =, ou u n em R se ddo R > 0 qulquer, existe N N tl que n > N u n < R. Diz-se que (u n ) converge em R (e diverge em R) se lim u n = + ou lim u n =. Clro que se u n converge em R tmbém converge em R. NOTA: Considerndo R = [, + ], é nturl definir V R (+ ) =]R, + [ e V R ( ) = ], R[ como s vizinhnçs à esquerd e à direit de + e, respectivmente. 9 Nesse sentido, definição de limite dd cim coincide com dd nteriormente em R - usndo vizinhnçs. Exemplos:. u n = n + : ddo R > 0 resolvemos u n > R n > R n > R 2. Tomndo N N com N R 2 temos o pretendido. 2. u n = 3 n : ddo R > 0 resolvemos u n < R 3 n < R n < R 3 n > + R 3. Tomndo N N com N + R 3 temos o pretendido. PROPRIEDADES: 9 Por vezes define-se V ε (+ ) =]/ε, + [, por form que ε < ε V ε (+ ) V ε (+ ). 29

30 CDI-I o S 206/7. Qulquer sucessão monóton tem limite em R: (u n ) crescente não mjord: u n + (u n ) decrescente não minord: u n. 2. Um sucessão é convergente em R tem um único sublimite em R. 3. Pode ver-se fcilmente (exercício): u n v n e v n + u n +, u n v n e v n u n. Exemplos:. As sucessões n p, p N, n, >, n!, n n são tods convergentes pr + em R - são crescentes, não mjords. 2. u n = ( + ( ) n )n é divergente em R 3. Progressão geométric n : é divergente em R se <, divergente em R (e em R) se =, convergente pr 0 se < e pr se =, convergente pr + em R se >. Os resultdos vistos pr operções lgébrics mntêm-se válidos em R, respeitndo s seguintes convenções: + (± ) = ±, R; ±, se > 0, ± =, se < 0, ; (+ ) + (+ ) = +, ( ) + ( ) = (± )(+ ) = ±, (± )( ) =, ± = 0, R, 0 + = +, 0 =. (Ms pode não convergir em R.) 0 Exemplos: ( ). lim n 2 (n 2 + ) = 2 (+ ) =. 2. lim 2 n n = 0 + = 0. 30

31 CDI-I o S 206/7 Símbolos de indeterminção (ou indeterminções):, 0,, 0 0 trde: 0 0, 0, ). (veremos mis Notem que s convenções lgébrics em R, ie envolvendo, são n relidde sobre limites: por ex. (+ ) = + quer dizer que pr quisquer sucessões (funções) u n com limite e v n com limite +, temos lim u n v n = +. No cso ds indeterminções, o limite dependerá ds sucessões considerds: por ex., é clro que ns indeterminções podemos ter lim n0 = 0, n000 n000 lim n 0 = +, lim Kn0 = K R. + n0 Se u n, v n são infinitmente grndes (crescentes), ou infinitésimos (decrescentes), o lim u n v n dá-nos informção sobre como comprr s ordens de crescimento, respectivmente decrescimento, de u n e de v n. Definição.24. Notção: se u n, v n > 0, escreve-se u n << v n se lim u n v n = 0. e lê-se u n é desprezável em relção v n ou muito menor que v n. Neste cso lim v n v n >> u n ( muito mior ). u n = + e Em gerl us-se notção cim nos csos lim u n = lim v n = +, ou lim u n = lim v n = 0. Por exemplo, n 0 << n 000 e n 000 << n 0. Em gerl, temos n p << n q, se p < q. (Ms reprem que não é verdde pr p = q: não temos n 2 << 2n 2...) Não é tão clro neste momento como comprr outros infinitmente grndes, ou sej, quis serão, por ex., os limites lim np n, n n! lim, lim n! n n. Nestes csos, o seguinte critério é muito útil: Proposição.25. Sej n > 0. Se lim n+ n (i) se L > então lim n = + ; (ii) se L < então lim n = 0. = L então Note-se que se L = nd se pode concluir: pr qulquer n 0 temos n+ n (porquê?) Demonstrção. Se lim n+ n = L > então n+ > pr n suficientemente grnde, logo n é crescente prtir de determind ordem n > N. Se n fosse limitd, seri convergente n 0 e L = - impossível. Assim n é não limitd e como é crescente pr n > N, tem-se n +. Se lim n+ n = L <, tom-se b n = n e plic-se (i). 3

32 CDI-I o S 206/7 Aul 0 2/0/206 Escl de sucessões: se p > 0 e >, então n p << n << n! << n n. (i) lim np n = 0 porque fzendo n = np n, temos lim n+ n = < pr >. (ii) lim n n! = 0 porque fzendo n = n n!, temos lim n+ n = 0 <. (iii) lim n! n n = 0 porque fzendo n = n! n n, temos lim n+ n = e <. NOTA: O primeiro limite será tmbém consequênci do levntmento de indeterminções no contexto ds funções de vriável rel, que veremos seguir (os outros limites não, porquê?) Tmbém se pode ver que ln n << n p, pr p > 0. Devem sber est relção de ordem e podem usá-l no cálculo de outros limites: Exemplos:. lim 22n + n 3 5 n + n 2 = 0 2. lim 2n + n 5 n! + = 0 3. lim nn n! + 00 n = + 4. lim n5 2 n n! + cim. = 0. Não si d escl de sucessões directmente - plic-se critério visto 5. lim nn 3 n = 0: tmbém não si d escl de sucessões directmente. n! Em gerl: lim nn n nn n! = 0, se > e e lim n n! = +, se < e. Indeterminções de tipo potênci: 0 0, 0,. Lidremos com ests indeterminções mis gerlmente no contexto ds funções em R. Um exemplo importnte que já virm é:. lim ( + n) n = e: é indeterminção. Mis gerlmente, se u n +, v n R e v n u n 0, então ( lim + v ) un n = e. u n 32

33 CDI-I o S 206/7 NOTA: O número e pode definir-se como o limite d sucessão cim: prov-se que sucessão é crescente e que os seus termos estão em [2, 3[, logo será convergente, e o seu limite denomin-se por e. Tmbém veremos que e = lim As indeterminções 0 0 e 0 vêm por vezes d riz índice n: se n 0, define-se se n = 0, constnte, então se n 0, por enqudrmento, n k=0 k!. u n = n n = ( n ) n, n N. lim n = lim n = 0 =. lim n n = 0 =. se n 0 ou n, temos indeterminções 0 0 ou 0. Veremos como levntr est form de indeterminção em gerl qundo virmos funções em R. 33

34 CDI-I o S 206/7 Aul 0 2/0/206 (cont.) 2 Funções Reis: Limite e Continuidde Vmos pssr gor o estudo de funções com domínio qulquer D R, f : D R. Começmos por rever lguns conceitos conhecidos que usremos n cdeir. O conjunto D diz-se o domínio de f e R é o conjunto de chegd. O contrdomínio ou imgem de f é ddo por CD f = f (D) = { f (x) : x D}. Por vezes escrevemos CD f = f (D). Em gerl, ddo um subconjunto A D, escrevemos - corresponde à imgem dos pontos de A. f (A) = { f (x) : x A} f diz-se limitd (mjord / minord) se CD f é limitdo (mjordo / minordo) em R, ou sej, se existem M, m R tis que m f (x) M, pr qulquer x D. Define-se, qundo existm, sup f = sup CD f, inf f = inf CD f, mx f = mx CD f, min f = min CD f. 0 O gráfico de f é um subconjunto do plno R 2 G( f ) = {(x, f (x)) R 2 : x D}. ( f é limitd o seu gráfico está entre dus rects horizontis y = m e y = M.) f diz-se pr se f ( x) = f (x), e ímpr se f ( x) = f (x) pr todo x D f (ssumindo que o domínio é simétrico). f é monóton crescente (em D) se (estritmente se f (x 2 ) > f (x )). f é monóton decrescente se (estritmente se f (x 2 ) < f (x )). x 2 > x f (x 2 ) f (x ), pr todos x, x 2 D x 2 > x f (x 2 ) f (x ), pr todos x, x 2 D Notem que se D = N, i.e, se f é um sucessão, definição cim é equivlente à que demos f (n + ) f (n), pr n N. Em R não é verdde! Aliás, qulquer função periódic de período verific f (x + ) f (x) e não é monóton ( menos que sej constnte). Exercício: dê um exemplo de f tl que f (x + ) > f (x), pr todo x R + e f não é crescente. 0 Estes máximo e mínimo serão mis trde qulificdos como bsolutos. 34

35 CDI-I o S 206/7 Exemplos:. f (x) = x 2 + pr, minord min f = (minimiznte em x = 0), não mjord, decrescente em ], 0], crescente em [0, + [, CD f = f (R) = [, + [. 2. f (x) = (x ) 3 não é pr nem ímpr (simétric em relção x = ), não minord nem mjord, crescente em R, CD f = f (R) = R. 3. f (x) = x, D f = R \ {0}, ímpr, não mjord, não minord, crescente em ], 0[ e em ]0, + [, não monóton em R \ {0}, CD f = f (R \ {0}) = R \ {0}. Veremos: 4. Função de Hevisde, se x 0 H(x) = 0, se x < 0. Limitd, monóton crescente (não estritmente), CD H = H(R) = {0, }. 5. Função de Dirichlet, se x Q d(x) = 0, se x Q. Limitd, não monóton, pr, periódic com qulquer período rcionl (d(x + r) = d(x), pr qulquer x R, r Q), CD d = {0, }. Grnde prte ds funções que considermos neste curso são dds por soms, produtos e composição ds chmds funções elementres: polinomiis e rcionis, exponenciis e logritmics, trigonométrics e sus funções inverss. Reprem que, sem ser no cso ds polinomiis e rcionis (que só envolvem soms, produtos e quocientes) não sbemos de fcto clculá-ls, nem defini-ls rigorosmente, ind. NOTA: Assumiremos conhecids s principis proprieddes dests clsses de funções, lgums dels veremos / justificremos o longo do semestre. É IMPORTANTE reverem ests clsses e conhecerem os seus gráficos - ver por exemplo, Folhs de CDI-I, Secção 2.2, ou livro J. P. Sntos - secção 3. Fremos qui pens um revisão breve. Clsses de funções elementres: 35

36 CDI-I o S 206/7. Funções polinomiis f (x) = 0 + x n x n, D f = R, no máximo n zeros (rever fctorizção). Gráficos: f (x) = x p, p pr, e p ímpr f (x) = (x 2 4)(x + ), f (x) = (x 2 4)( x 2 ) 2. Funções rcionis: f (x) = p(x) q(x), com p(x), q(x) polinomiis, D f = {x R : q(x) 0} Gráficos: f (x) =, p pr, e p ímpr xp f (x) = + x Funções trigonométrics: podem definir-se geometricmente prtir do circulo trigonométrico: sen x, cos x com D = R, periódics com período 2π, sen ímpr, cos pr, e tmbém tods periódics de período π. tn x = sen x cos x, sec x = cos x, D = R \ { π 2 + kπ, k Z} cotg x = cos x sen x, cosec x = sen x, D = R \ {kπ, k Z}, Fórmul fundmentl: sen 2 x + cos 2 x =, dividindo por cos 2 x, temos tmbém + tg 2 x = cos 2 x = sec2 x. (Relembrr outrs fórmuls trigonométrics: sen(2x) = 2 sen x cos x, cos 2x = cos 2 x sen 2 x - usremos). 4. Função exponencil: f (x) = e x, com D f = R, contrdomínio R +. Pr já, pode definir-se como e x = lim n ( + x n) n, ou definindo logritmo e tomndo invers. Temos: Temos tmbém que e x + x, x R. e x+y = e x e y, (e x ) y = e xy e x crescente em R. Outrs exponenciis: x = e x ln. Notem que se 0 < < então x é decrescente em R. 5. Função logritmo: f (x) = ln x com D f = R +, contrdomínio R. Pr já, pode definir-se como invers de e x, ou geometricmente: ou definindo primeiro e p q com p q Q e fzendo ex = sup{e p q : p/q < x}. 36

37 CDI-I o S 206/7 se >, ln é áre d região de ordends positivs bixo do gráfico de /x, com x entre e, se <, é negtivo d áre. 2 Temos ln(xy) = ln(x) + ln(y), ln(x y ) = y ln x., ln x crescente em R +. Temos tmbém que ln x x, x R +. Outros logritmos: log x = ln x. ln Potêncis: pr x > 0 e α R, define-se x α := e α ln x. Aul 4/0/206 Operções lgébrics: f : D f R, g : D g R então f ± g, f g : D f D g R, f g : D f {x D g : g(x) 0} R. Composição: f : D f R, g : D g R então f g : {x D g : g(x) D f } R, ( f g)(x) = f (g(x)). É clro que est operção não é comuttiv: f g g f em gerl! Exemplos:. Domínio de f (x) = tg x + cot x: D f = D tg D cot em que D tg = {x R : cos x 0} = {x R : x π 2 + kπ, k Z} logo D f = {x R : x k π 2, k Z}. 2. Domínio de f (x) = 3. f (x) = x, g(x) = x, h(x) = 2x + : D f = R \ {0}, D g = R + 0, D h = R, D cot = {x R : sen x 0} = {x R : x kπ, k Z} sen x cos x + tg(2x): D f = R \ { kπ 4 : k Z}. f f (x) = x, g g(x) = 4 x, h h = 4x + 3, h g(x) = 2 x + g h(x) = 2x + D h g = R + 0 = D g (porque D h = R), D g h = {x : 2x + R + } = [ /2, + [. 0 2 Neste cso, o número e poderi definir-se como bciss tl que áre =, ie, tl que ln e =. 37

38 CDI-I o S 206/7 4. Domínio de f (x) = ln(4 x 2 ): D f =] 2, 2[. Função invers Dd f : D R, queremos inverter plicção f, ou sej, se x f (x) = y, queremos recuperr o vlor x prtir do vlor y = f (x), pr definir um função É clro que: y x = f (y) sse y = f (x). i) A equção y = f (x) tem solução se, e só se, y CD f = f (D), ou sej o domínio de f será CD f ; ii) x só fic unívocmente determindo prtir de y f (D) se f for injectiv, ou sej, se x x 2 f (x ) f (x 2 ), pr todo x D. Neste cso, equção f (x) = y tem no máximo um solução em D (se existir, é únic). Exercício: Se f é estritmente monóton, então é injectiv. O recíproco não é verdde: por ex. f (x) = /x é injectiv, ms é não monóton em D = R \ 0 (porquê?) Definição 2.. Dd f : D R injectiv, CD f = f (D), define-se função invers de f como f : f (D) D R, y f (y) = x tl que f (x) = y. É clro que temos sempre, qundo definids, ( f f )(y) = y, y D f = CD f, ( f f )(x) = x, x D f, ( f g) = g f. (Relembrem que o gráfico de um função e d su invers são simétricos em relção à rect y = x.) Pode ver-se tmbém (Exercício) que f crescente / decrescente em D f crescente / decrescente em f (D). NOTA: f diz-se sobrejectiv se CD f = R, ssumindo f : D R, 3 ou sej equção f (x) = y tem sempre, pelo menos, um solução em D, pr qulquer y R. f : D R diz-se bijectiv se for injectiv e sobrejectiv. Neste cso, equção f (x) = y tem sempre solução únic em D, pr todo y R e respectiv função invers está definid em R. Exemplos:. f (x) = x p, p ímpr, é sobrejectiv, su invers é f : R R tl que f (y) = p y y = x p x = p y. 3 f : A B diz-se sobrejectiv se f (A) = B, ou sej, se imgem é todo o conjunto de chegd B - ddo. 38

Notas das Aulas Teóricas de CDI-I

Notas das Aulas Teóricas de CDI-I Nots ds Auls Teórics de CDI-I Prof. Responsável: Ctrin Crvlho, o Semestre de 205/206 Aul 5/9/205 Informções sobre cdeir: págin Fénix. Números Reis e Sucessões Nests primeirs uls vmos ver como se pode definir

Leia mais

Elementos de Análise - Lista 6 - Solução

Elementos de Análise - Lista 6 - Solução Elementos de Análise - List 6 - Solução 1. Pr cd f bixo considere F (x) = x f(t) dt. Pr quis vlores de x temos F (x) = f(x)? () f(x) = se x 1, f(x) = 1 se x > 1; F (x) = se x 1, F (x) = x 1 se x > 1. Portnto

Leia mais

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2011/12 LMAC, MEFT, MEBIOM

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2011/12 LMAC, MEFT, MEBIOM AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I o SEMESTRE 0/ LMAC, MEFT, MEBIOM. Aul 6 de Setembro de 0 Apresentção. José Mtis (responsável) Págin d cdeir: https://fenix.ist.utl.pt/disciplins/cdi6/0-0/-semestre

Leia mais

2.4 Integração de funções complexas e espaço

2.4 Integração de funções complexas e espaço 2.4 Integrção de funções complexs e espço L 1 (µ) Sej µ um medid no espço mensurável (, F). A teori de integrção pr funções complexs é um generlizção imedit d teori de integrção de funções não negtivs.

Leia mais

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Lingugem Mtemátic AULA 1 1 1.2 Conjuntos Numéricos Chm-se conjunto o grupmento num todo de objetos, bem definidos e discerníveis, de noss percepção ou de nosso entendimento, chmdos

Leia mais

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2017/18 MEAER

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2017/18 MEAER AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I o SEMESTRE 07/8 MEAER. Aul Apresentção. José Mtis (responsável) Págin d cdeir: https://fenix.tecnico.ulisbo.pt/disciplins/cdi7/07-08/-semestre

Leia mais

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes 1 Equções de Segundo Gru Bhskr e su turm Cícero Thigo B Mglh~es Um equção do segundo gru é um equção do tipo x + bx + c = 0, em que, b e c são números reis ddos, com 0 Dd um equção do segundo gru como

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prov Escrit de MATEMÁTICA A - o Ano 0 - Fse Propost de resolução GRUPO I. Como comissão deve ter etmente mulheres, num totl de pessos, será constituíd por um único homem. Logo, como eistem 6 homens no

Leia mais

Área entre curvas e a Integral definida

Área entre curvas e a Integral definida Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Áre entre curvs e Integrl definid Sej S região do plno delimitd pels curvs y = f(x) e y = g(x) e s rets verticis x = e x = b, onde f e g são funções

Leia mais

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2007/08 LCEIC-TAGUS, LCERCI, LCEGI E LCEE

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2007/08 LCEIC-TAGUS, LCERCI, LCEGI E LCEE AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I o SEMESTRE 007/08 LCEIC-TAGUS, LCERCI, LCEGI E LCEE MIGUEL ABREU. Aul 6 de Setembro de 007 Apresentção. Miguel Abreu (responsável)

Leia mais

Prova 1 Soluções MA-602 Análise II 27/4/2009 Escolha 5 questões

Prova 1 Soluções MA-602 Análise II 27/4/2009 Escolha 5 questões Prov 1 Soluções MA-602 Análise II 27/4/2009 Escolh 5 questões 1. Sej f : [, b] R um função limitd. Mostre que f é integrável se, e só se, existe um sequênci de prtições P n P [,b] do intervlo [, b] tl

Leia mais

Aula 27 Integrais impróprias segunda parte Critérios de convergência

Aula 27 Integrais impróprias segunda parte Critérios de convergência Integris imprópris segund prte Critérios de convergênci MÓDULO - AULA 7 Aul 7 Integris imprópris segund prte Critérios de convergênci Objetivo Conhecer dois critérios de convergênci de integris imprópris:

Leia mais

1. Conceito de logaritmo

1. Conceito de logaritmo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA Logritmos Prof.: Rogério

Leia mais

Capítulo IV. Funções Contínuas. 4.1 Noção de Continuidade

Capítulo IV. Funções Contínuas. 4.1 Noção de Continuidade Cpítulo IV Funções Contínus 4 Noção de Continuidde Um idei muito básic de função contínu é de que o seu gráfico pode ser trçdo sem levntr o lápis do ppel; se houver necessidde de interromper o trço do

Leia mais

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i Integrl Noção de Integrl. Integrl é o nálogo pr unções d noção de som. Ddos n números 1, 2,..., n, podemos tomr su som 1 + 2 +... + n = i. O integrl de = té = b dum unção contínu é um mneir de somr todos

Leia mais

Folhas. Cálculo Diferencial e Integral I MEEC, MEAmb 2 o semestre 2008/09

Folhas. Cálculo Diferencial e Integral I MEEC, MEAmb 2 o semestre 2008/09 Folhs Cálculo Diferencil e Integrl I MEEC, MEAmb 2 o semestre 2008/09 Miguel Abreu Rui Loj Fernndes Mnuel Ricou Deprtmento de Mtemátic Instituto Superior Técnico 28 de Agosto de 2009 DMIST - 2008 Conteúdo

Leia mais

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que:

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que: Cpítulo 8 Integris Imprópris 8. Introdução A eistênci d integrl definid f() d, onde f é contínu no intervlo fechdo [, b], é grntid pelo teorem fundmentl do cálculo. Entretnto, determinds plicções do Cálculo

Leia mais

Os números racionais. Capítulo 3

Os números racionais. Capítulo 3 Cpítulo 3 Os números rcionis De modo informl, dizemos que o conjunto Q dos números rcionis é composto pels frções crids prtir de inteiros, desde que o denomindor não sej zero. Assim como fizemos nteriormente,

Leia mais

(x, y) dy. (x, y) dy =

(x, y) dy. (x, y) dy = Seção 7 Função Gm A expressão n! = 1 3... n (1 está definid pens pr vlores inteiros positivos de n. Um primeir extensão é feit dizendo que! = 1. Ms queremos estender noção de ftoril inclusive pr vlores

Leia mais

1. Sejam R e S duas relações entre os conjuntos não vazios E e F. Então mostre que

1. Sejam R e S duas relações entre os conjuntos não vazios E e F. Então mostre que 2 List de exercícios de Álgebr 1. Sejm R e S dus relções entre os conjuntos não vzios E e F. Então mostre que ) R 1 S 1 = (R S) 1, b) R 1 S 1 = (R S) 1. Solução: Pr primeir iguldde, temos que (, b) R 1

Leia mais

CONJUNTOS NUMÉRICOS NOTAÇÕES BÁSICAS. : Variáveis e parâmetros. : Conjuntos. : Pertence. : Não pertence. : Está contido. : Não está contido.

CONJUNTOS NUMÉRICOS NOTAÇÕES BÁSICAS. : Variáveis e parâmetros. : Conjuntos. : Pertence. : Não pertence. : Está contido. : Não está contido. CONJUNTOS NUMÉRICOS NOTAÇÕES BÁSICAS,,... A, B,... ~ > < : Vriáveis e prâmetros : Conjuntos : Pertence : Não pertence : Está contido : Não está contido : Contém : Não contém : Existe : Não existe : Existe

Leia mais

Cálculo de Limites. Sumário

Cálculo de Limites. Sumário 6 Cálculo de Limites Sumário 6. Limites de Sequêncis................. 3 6.2 Exercícios Recomenddos............... 5 6.3 Limites de Funções.................. 7 6.4 Exercícios Recomenddos...............

Leia mais

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2009/10 MEC & LEGM

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2009/10 MEC & LEGM AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I o SEMESTRE 009/0 MEC & LEGM MIGUEL ABREU E RUI LOJA FERNANDES. Aul de Setembro de 009 Apresentção. Rui Loj Fernndes (responsável)

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I 2 o Teste - LEAN, MEAer, MEAmb, MEBiol, MEMec

Cálculo Diferencial e Integral I 2 o Teste - LEAN, MEAer, MEAmb, MEBiol, MEMec Cálculo Diferencil e Integrl I o Teste - LEAN, MEAer, MEAmb, MEBiol, MEMec de Junho de, h Durção: hm Apresente todos os cálculos e justificções relevntes..5 vl.) Clcule, se eistirem em R, os limites i)

Leia mais

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2014/15 LMAC, MEBIOM, MEFT MIGUEL ABREU E RUI LOJA FERNANDES

AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1 o SEMESTRE 2014/15 LMAC, MEBIOM, MEFT MIGUEL ABREU E RUI LOJA FERNANDES AULAS TEÓRICAS DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I o SEMESTRE 04/5 LMAC, MEBIOM, MEFT MIGUEL ABREU E RUI LOJA FERNANDES. Aul 5 de Setembro de 04 Apresentção. Miguel Abreu (responsável)

Leia mais

Cálculo Infinitesimal. Gabriela Chaves

Cálculo Infinitesimal. Gabriela Chaves Cálculo Infinitesiml Gbriel Chves versão de Agosto de ii Índice Índice iii Proprieddes básics dos números. Operções de dição e multiplicção...................................... Relção de ordem.................................................

Leia mais

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido MTDI I - 7/8 - Integrl de nido 55 Integrl de nido Sej f um função rel de vriável rel de nid e contínu num intervlo rel I [; b] e tl que f (x) ; 8x [; b]: Se dividirmos [; b] em n intervlos iguis, mplitude

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas. CÁLCULO L1 NOTAS DA DÉCIMA SÉTIMA AULA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Resumo. Nest ul, utilizremos o Teorem Fundmentl do Cálculo (TFC) pr o cálculo d áre entre dus curvs. 1. A áre entre dus curvs A

Leia mais

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 1

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 1 Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Teorem Fundmentl do Cálculo - Prte Neste texto vmos provr um importnte resultdo que nos permite clculr integris definids. Ele pode ser enuncido como

Leia mais

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0 Módulo de um Número Rel Ddo um número rel, o módulo de é definido por:, se 0 = `, se < 0 Observção: O módulo de um número rel nunc é negtivo. Eemplo : = Eemplo : 0 = ( 0) = 0 Eemplo : 0 = 0 Geometricmente,

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR Equações Lineares na Álgebra Linear EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS

ÁLGEBRA LINEAR Equações Lineares na Álgebra Linear EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS Equção Liner * Sej,,,...,, (números reis) e n (n ) 2 3 n x, x, x,..., x (números reis) 2 3 n Chm-se equção Liner sobre

Leia mais

Exercícios. setor Aula 25. f(2) = 3. f(3) = 0. f(11) = 12. g(3) = 14. Temos: 2x 1 = 5 x = 3 Logo, f(5) = 3 2 = 9

Exercícios. setor Aula 25. f(2) = 3. f(3) = 0. f(11) = 12. g(3) = 14. Temos: 2x 1 = 5 x = 3 Logo, f(5) = 3 2 = 9 setor 07 070409 070409-SP Aul 5 FUNÇÃO (COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES) FUNÇÃO COMPOSTA Sej f um função de A em B e sej g um função de B em C. Chm-se função compost de g com f função h definid de A em C, tl que

Leia mais

FÓRMULA DE TAYLOR USP MAT

FÓRMULA DE TAYLOR USP MAT FÓRMULA DE TAYLOR USP MAT 5 SEVERINO TOSCANO DO REGO MELO. Polinômios de Tylor A ret tngente o gráfico de um função f derivável em um ponto define função de primeiro gru que melhor proxim função em pontos

Leia mais

6 Cálculo Integral. 1. (Exercício VI.1 de [1]) Considere a função f definida no intervalo [0, 2] por. 1 se x [0, 1[ 3 se x ]1, 2]

6 Cálculo Integral. 1. (Exercício VI.1 de [1]) Considere a função f definida no intervalo [0, 2] por. 1 se x [0, 1[ 3 se x ]1, 2] 6 Cálculo Integrl. (Eercício VI. de []) Considere função f definid no intervlo [, ] por se [, [ f () = se = 3 se ], ] () Mostre que pr tod decomposição do intervlo [, ], s soms superior S d ( f ) e inferior

Leia mais

x 0 0,5 0,999 1,001 1,5 2 f(x) 3 4 4,998 5,

x 0 0,5 0,999 1,001 1,5 2 f(x) 3 4 4,998 5, - Limite. - Conceito Intuitivo de Limite Considere função f definid pel guinte epressão: f - - Podemos obrvr que função está definid pr todos os vlores de eceto pr. Pr, tnto o numerdor qunto o denomindor

Leia mais

CÁLCULO I. Apresentar a técnica de integração por substituição; Utilizar técnicas apresentadas no cálculo integral.

CÁLCULO I. Apresentar a técnica de integração por substituição; Utilizar técnicas apresentadas no cálculo integral. CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeid Auls n o 8: Técnics de Integrção I - Método d Substituição Objetivos d Aul Apresentr técnic de integrção por substituição; Utilizr técnics presentds

Leia mais

1 ÁLGEBRA MATRICIAL 1.1 TIPOS ESPECIAIS DE MATRIZES. Teorema. Sejam A uma matriz k x m e B uma matriz m x n. Então (AB) T = B T A T

1 ÁLGEBRA MATRICIAL 1.1 TIPOS ESPECIAIS DE MATRIZES. Teorema. Sejam A uma matriz k x m e B uma matriz m x n. Então (AB) T = B T A T ÁLGEBRA MATRICIAL Teorem Sejm A um mtriz k x m e B um mtriz m x n Então (AB) T = B T A T Demonstrção Pr isso precismos d definição de mtriz trnspost Definição Mtriz trnspost (AB) T = (AB) ji i j = A jh

Leia mais

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 2

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 2 Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Teorem Fundmentl do Cálculo - Prte 2 No teto nterior vimos que, se F é um primitiv de f em [,b], então f()d = F(b) F(). Isto reduz o problem de resolver

Leia mais

NOTA DE AULA. Tópicos em Matemática

NOTA DE AULA. Tópicos em Matemática Universidde Tecnológic Federl do Prná Cmpus Curitib Prof. Lucine Deprtmento Acdêmico de Mtemátic NOTA DE AULA Tópicos em Mtemátic Fonte: http://eclculo.if.usp.br/ 1. CONJUNTOS NUMÉRICOS: 1.1 Números Nturis

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Área entre Curvas. Objetivos da Aula. Aula n o 24: Área entre Curvas, Comprimento de Arco e Trabalho. Calcular área entre curvas;

CÁLCULO I. 1 Área entre Curvas. Objetivos da Aula. Aula n o 24: Área entre Curvas, Comprimento de Arco e Trabalho. Calcular área entre curvas; CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeid Aul n o : Áre entre Curvs, Comprimento de Arco e Trblho Objetivos d Aul Clculr áre entre curvs; Clculr o comprimento de rco; Denir Trblho. 1 Áre entre

Leia mais

SÉRIES DE FOURIER. 1. Uma série trigonométrica e sua sequência das somas parciais (S N ) N são dadas por

SÉRIES DE FOURIER. 1. Uma série trigonométrica e sua sequência das somas parciais (S N ) N são dadas por SÉRIES DE FOURIER 1. Um série trigonométric e su sequênci ds soms prciis (S N ) N são dds por (1) c n e inx, n Z, c n C, x R ; S N = n= c n e inx. Tl série converge em x R se (S N (x)) N converge e, o

Leia mais

Propriedades Matemáticas

Propriedades Matemáticas Proprieddes Mtemátics Guilherme Ferreir guifs2@hotmil.com Setembro, 2018 Sumário 1 Introdução 2 2 Potêncis 2 3 Rízes 3 4 Frções 4 5 Produtos Notáveis 4 6 Logritmos 5 6.1 Consequêncis direts d definição

Leia mais

Folhas. Cálculo Diferencial e Integral I LEGM/MEC 1 o semestre 2013/14

Folhas. Cálculo Diferencial e Integral I LEGM/MEC 1 o semestre 2013/14 Folhs Cálculo Diferencil e Integrl I LEGM/MEC 1 o semestre 2013/14 Miguel Abreu Rui Loj Fernndes Mnuel Ricou Deprtmento de Mtemátic Instituto Superior Técnico 25 de Novembro de 2013 DMIST - 2013 Conteúdo

Leia mais

Objetivo. Integrais de funções vetoriais. Conhecer a integral de funções vetoriais; Aprender a calcular comprimentos de curvas parametrizadas;

Objetivo. Integrais de funções vetoriais. Conhecer a integral de funções vetoriais; Aprender a calcular comprimentos de curvas parametrizadas; Funções vetoriis Integris MÓDULO 3 - AULA 35 Aul 35 Funções vetoriis Integris Objetivo Conhecer integrl de funções vetoriis; Aprender clculr comprimentos de curvs prmetrizds; Aprender clculr áres de regiões

Leia mais

Introdução ao estudo de equações diferenciais

Introdução ao estudo de equações diferenciais MTDI I - 2007/08 - Introdução o estudo de equções diferenciis 63 Introdução o estudo de equções diferenciis Existe um grnde vriedde de situções ns quis se desej determinr um quntidde vriável prtir de um

Leia mais

Progressões Aritméticas

Progressões Aritméticas Segund Etp Progressões Aritmétics Definição São sequêncis numérics onde cd elemento, prtir do segundo, é obtido trvés d som de seu ntecessor com um constnte (rzão).,,,,,, 1 3 4 n 1 n 1 1º termo º termo

Leia mais

1 A Integral de Riemann

1 A Integral de Riemann Medid e Integrção. Deprtmento de Físic e Mtemátic. USP-RP. Prof. Rfel A. Rosles 22 de mio de 27. As seguintes nots presentm lgums limitções d integrl de Riemnn com o propósito de justificr construção d

Leia mais

TECNÓLOGO EM CONSTRUÇÃO CIVIL. Aula 7 _ Função Modular, Exponencial e Logarítmica Professor Luciano Nóbrega

TECNÓLOGO EM CONSTRUÇÃO CIVIL. Aula 7 _ Função Modular, Exponencial e Logarítmica Professor Luciano Nóbrega 1 TECNÓLOGO EM CONSTRUÇÃO CIVIL Aul 7 _ Função Modulr, Eponencil e Logrítmic Professor Lucino Nóbreg FUNÇÃO MODULAR 2 Módulo (ou vlor bsolutode um número) O módulo (ou vlor bsoluto) de um número rel, que

Leia mais

Introdução à Integral Definida. Aula 04 Matemática II Agronomia Prof. Danilene Donin Berticelli

Introdução à Integral Definida. Aula 04 Matemática II Agronomia Prof. Danilene Donin Berticelli Introdução à Integrl Definid Aul 04 Mtemátic II Agronomi Prof. Dnilene Donin Berticelli Áre Desde os tempos mis ntigos os mtemáticos se preocupm com o prolem de determinr áre de um figur pln. O procedimento

Leia mais

Recordando produtos notáveis

Recordando produtos notáveis Recordndo produtos notáveis A UUL AL A Desde ul 3 estmos usndo letrs pr representr números desconhecidos. Hoje você sbe, por exemplo, que solução d equção 2x + 3 = 19 é x = 8, ou sej, o número 8 é o único

Leia mais

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido 3.1.1. Definição, Propriedades e Exemplos

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido 3.1.1. Definição, Propriedades e Exemplos 3. Cálculo integrl em IR 3.. Integrl Indefinido 3... Definição, Proprieddes e Exemplos A noção de integrl indefinido prece ssocid à de derivd de um função como se pode verificr prtir d su definição: Definição

Leia mais

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A.

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A. MÓDULO - AULA Aul Técnics de Integrção Substituição Trigonométric Objetivo Conhecer técnic de integrção chmd substituição trigonométric. Introdução Você prendeu, no Cálculo I, que integrl de um função

Leia mais

Conjuntos Numéricos. Conjuntos Numéricos

Conjuntos Numéricos. Conjuntos Numéricos UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA.. Proprieddes dos números

Leia mais

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Módulo I: Cálculo Diferencial e Integral

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Módulo I: Cálculo Diferencial e Integral Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz Universidde de São Pulo Módulo I: Cálculo Diferencil e Integrl Teori d Integrção e Aplicções Professor Rent Alcrde Sermrini Nots de ul do professor Idemuro

Leia mais

FUNÇÕES. Mottola. 1) Se f(x) = 6 2x. é igual a (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 5. 2) (UNIFOR) O gráfico abaixo. 0 x

FUNÇÕES. Mottola. 1) Se f(x) = 6 2x. é igual a (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 5. 2) (UNIFOR) O gráfico abaixo. 0 x FUNÇÕES ) Se f() = 6, então f ( 5) f ( 5) é igul () (b) (c) 3 (d) 4 (e) 5 ) (UNIFOR) O gráfico bio 0 () não represent um função. (b) represent um função bijetor. (c) represent um função não injetor. (d)

Leia mais

CAPÍTULO 5 - ESTUDO DA VARIAÇÃO DAS FUNÇÕES

CAPÍTULO 5 - ESTUDO DA VARIAÇÃO DAS FUNÇÕES CAPÍTULO 5 - ESTUDO DA VARIAÇÃO DAS FUNÇÕES 5.- Teorems Fundmentis do Cálculo Diferencil Os teorems de Rolle, de Lgrnge, de Cuch e regr de L Hospitl são os qutro teorems fundmentis do cálculo diferencil

Leia mais

MAT Complementos de Matemática para Contabilidade - FEAUSP 1 o semestre de 2011 Professor Oswaldo Rio Branco de Oliveira INTEGRAL

MAT Complementos de Matemática para Contabilidade - FEAUSP 1 o semestre de 2011 Professor Oswaldo Rio Branco de Oliveira INTEGRAL MAT 103 - Complementos de Mtemátic pr Contbilidde - FEAUSP 1 o semestre de 011 Professor Oswldo Rio Brnco de Oliveir INTEGRAL Suponhmos um torneir bert em um recipiente e com velocidde de escomento d águ

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 13 de Fevereiro de 2015 Prte I Álgebr Liner 1 Questão: Sejm

Leia mais

ESTUDO SOBRE A INTEGRAL DE DARBOUX. Introdução. Partição de um Intervalo. Alana Cavalcante Felippe 1, Júlio César do Espírito Santo 1.

ESTUDO SOBRE A INTEGRAL DE DARBOUX. Introdução. Partição de um Intervalo. Alana Cavalcante Felippe 1, Júlio César do Espírito Santo 1. Revist d Mtemátic UFOP, Vol I, 2011 - X Semn d Mtemátic e II Semn d Esttístic, 2010 ISSN 2237-8103 ESTUDO SOBRE A INTEGRAL DE DARBOUX Aln Cvlcnte Felippe 1, Júlio Césr do Espírito Snto 1 Resumo: Este trblho

Leia mais

Aula 29 Aplicações de integrais Áreas e comprimentos

Aula 29 Aplicações de integrais Áreas e comprimentos Aplicções de integris Áres e comprimentos MÓDULO - AULA 9 Aul 9 Aplicções de integris Áres e comprimentos Objetivo Conhecer s plicções de integris no cálculo d áre de um superfície de revolução e do comprimento

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Funções denidas por uma integral

CÁLCULO I. 1 Funções denidas por uma integral CÁLCULO I Prof. Mrcos Diniz Prof. André Almeid Prof. Edilson Neri Júnior Prof. Emerson Veig Prof. Tigo Coelho Aul n o 26: Teorem do Vlor Médio pr Integris. Teorem Fundmentl do Cálculo II. Funções dds por

Leia mais

IFRN Campus Natal/Central. Prof. Tibério Alves, D. Sc. FIC Métodos matemáticos para físicos e engenheiros - Aula 02.

IFRN Campus Natal/Central. Prof. Tibério Alves, D. Sc. FIC Métodos matemáticos para físicos e engenheiros - Aula 02. IFRN Cmpus Ntl/Centrl Prof. Tibério Alves, D. Sc. FIC Métodos mtemáticos pr físicos e engenheiros - Aul 0 Séries de Fourier 3 de gosto de 08 Resumo Neste ul, vmos estudr o conceito de conjunto completo

Leia mais

Folhas. Cálculo Diferencial e Integral I LMAC/MEBiom/MEFT 1 o semestre 2015/16

Folhas. Cálculo Diferencial e Integral I LMAC/MEBiom/MEFT 1 o semestre 2015/16 Folhs Cálculo Diferencil e Integrl I LMAC/MEBiom/MEFT o semestre 205/6 Miguel Abreu Rui Loj Fernndes Mnuel Ricou Deprtmento de Mtemátic Instituto Superior Técnico 6 de Setembro de 205 DMIST - 205 Conteúdo

Leia mais

1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos. 2 Funções reais de variável real: limites e continuidade. 3 Cálculo diferencial em R

1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos. 2 Funções reais de variável real: limites e continuidade. 3 Cálculo diferencial em R Índice Cálculo I Engenhri Electromecânic Funções reis de vriável rel: generliddes e eemplos Funções reis de vriável rel: ites e continuidde 3 Cálculo diferencil em R António Bento Deprtmento de Mtemátic

Leia mais

1 Conjuntos Finitos e Infinitos

1 Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Finitos e Infinitos. Números Nturis Definição O conjunto N dos nturis é tl que Existe s : N N injetiv tl que Im (s) = N {}; } X N X = N s (X) X Teorem 2 (Princípio d Bo Ordenção) } A N A possui

Leia mais

CÁLCULO I. Teorema 1 (Teorema Fundamental do Cálculo I). Se f for contínua em [a, b], então. f(x) dx = F (b) F (a) x dx = F (b) F (a), x dx = x2 2

CÁLCULO I. Teorema 1 (Teorema Fundamental do Cálculo I). Se f for contínua em [a, b], então. f(x) dx = F (b) F (a) x dx = F (b) F (a), x dx = x2 2 CÁLCULO I Prof. Mrcos Diniz Prof. André Almeid Prof. Edilson Neri Júnior Aul n o 5: Teorem Fundmentl do Cálculo I. Áre entre grácos. Objetivos d Aul Apresentr o Teorem Fundmentl do Cálculo (Versão Integrl).

Leia mais

Instituto Politécnico de Bragança Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Análise Matemática I Frequência

Instituto Politécnico de Bragança Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Análise Matemática I Frequência Instituto Politécnico de Brgnç Escol Superior de Tecnologi e Gestão Análise Mtemátic I Frequênci Durção d prov: h min Dt: // Tolerânci: 5 min Cursos: EQ, IG, GEI Resolução Grupo I g π. ) Considere função

Leia mais

Teorema 1. Seja A um anel comutativo. Então A é um domínio de integridade se e somente se A é isomorfo a um subanel de um corpo.

Teorema 1. Seja A um anel comutativo. Então A é um domínio de integridade se e somente se A é isomorfo a um subanel de um corpo. 1. Domínios Um domínio de integridde (ou simplesmente domínio) é um nel comuttivo unitário A tl que se, b A e b = 0 então = 0 ou b = 0. Por exemplo Z e Z[X] são domínios e mis em gerl se A é um domínio

Leia mais

V ( ) 3 ( ) ( ) ( ) ( ) { } { } ( r ) 2. Questões tipo exame Os triângulos [ BC Da figura ao lado são semelhantes, pelo que: BC CC. Pág.

V ( ) 3 ( ) ( ) ( ) ( ) { } { } ( r ) 2. Questões tipo exame Os triângulos [ BC Da figura ao lado são semelhantes, pelo que: BC CC. Pág. António: c ; Diogo: ( ) i e ; Rit: e c Pág Se s firmções dos três migos são verddeirs, firmção do António é verddeir, pelo que proposição c é verddeir e, consequentemente, proposição c é fls Por outro

Leia mais

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Comprimento de rco Considerefunçãof(x) = (2/3) x 3 definidnointervlo[,],cujográficoestáilustrdo bixo. Neste texto vmos desenvolver um técnic pr clculr

Leia mais

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 3

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 3 Prov Mtemátic QUESTÕES OBJETIVAS QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. UEM Comissão Centrl do Vestibulr Unificdo MATEMÁTICA 0 Considere n um número nturl.

Leia mais

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 2

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 2 Prov Mtemátic QUESTÕES OBJETIVAS QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. UEM Comissão Centrl do Vestibulr Unificdo MATEMÁTICA 0 Colocm-se qutro cubos de

Leia mais

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4 Prov Mtemátic QUESTÕES OBJETIVAS QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. UEM Comissão Centrl do Vestibulr Unificdo MATEMÁTICA 0 Considere s funções f e

Leia mais

Equações diofantinas lineares a duas e três variáveis

Equações diofantinas lineares a duas e três variáveis Equções diofntins lineres dus e três vriáveis Eudes Antonio Cost Fbino F. T. dos Sntos Introdução O objetivo deste rtigo é presentr teori básic envolvid ns equções diofntins lineres dus e três incógnits

Leia mais

Integrais Duplas em Regiões Limitadas

Integrais Duplas em Regiões Limitadas Cálculo III Deprtmento de Mtemátic - ICEx - UFMG Mrcelo Terr Cunh Integris Dupls em egiões Limitds Ou por curiosidde, ou inspirdo ns possíveis plicções, é nturl querer usr integris dupls em regiões não

Leia mais

4. Teorema de Green. F d r = A. dydx. (1) Pelas razões acima referidas, a prova deste teorema para o caso geral está longe

4. Teorema de Green. F d r = A. dydx. (1) Pelas razões acima referidas, a prova deste teorema para o caso geral está longe 4 Teorem de Green Sej U um berto de R 2 e r : [, b] U um cminho seccionlmente, fechdo e simples, isto é, r não se uto-intersect, excepto ns extremiddes Sej região interior r([, b]) prte d dificuldde n

Leia mais

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON PROFJWPS@GMAIL.COM MATRIZES Definição e Notção... 11 21 m1 12... 22 m2............ 1n.. 2n. mn Chmmos de Mtriz todo conjunto de vlores, dispostos

Leia mais

1 O Conjunto dos Números Reais

1 O Conjunto dos Números Reais O Conjunto dos Números Reis O primeiro conjunto numérico que considermos é o Conjunto dos Números Nturis. Este conjunto está relciondo com operção de contgem: N = {0,,, 3,...}. Admitiremos conhecids s

Leia mais

Aula 10 Estabilidade

Aula 10 Estabilidade Aul 0 Estbilidde input S output O sistem é estável se respost à entrd impulso 0 qundo t Ou sej, se síd do sistem stisfz lim y(t) t = 0 qundo entrd r(t) = impulso input S output Equivlentemente, pode ser

Leia mais

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 1

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 1 Prov Mtemátic QUESTÕES OBJETIVAS QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. UEM Comissão Centrl do Vestibulr Unificdo GABARITO MATEMÁTICA 0 Considere equção

Leia mais

Usando qualquer um dos métodos de primitivação indicados anteriormente, determine uma primitiva de cada uma das seguintes funções. e x e 2x + 2e x + 1

Usando qualquer um dos métodos de primitivação indicados anteriormente, determine uma primitiva de cada uma das seguintes funções. e x e 2x + 2e x + 1 Instituto Superior Técnico Deprtmento de Mtemátic Secção de Álgebr e Análise CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I LEIC-ALAMEDA o SEM. 7/8 6 FICHA DE EXERCÍCIOS I. Treino Complementr de Primitivs. CÁLCULO INTEGRAL

Leia mais

IME MATEMÁTICA. Questão 01. Calcule o número natural n que torna o determinante abaixo igual a 5. Resolução:

IME MATEMÁTICA. Questão 01. Calcule o número natural n que torna o determinante abaixo igual a 5. Resolução: IME MATEMÁTICA A mtemátic é o lfbeto com que Deus escreveu o mundo Glileu Glilei Questão Clcule o número nturl n que torn o determinnte bixo igul 5. log (n ) log (n + ) log (n ) log (n ) Adicionndo s três

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prov Escrit de MATEMÁTICA A - o Ano 08 - Fse Propost de resolução Cderno... Como eperiênci se repete váris vezes, de form independente, distribuição de probbiliddes segue o modelo binomil P X k n C k p

Leia mais

XXVIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA PRIMEIRA FASE NÍVEL 3 (Ensino Médio) GABARITO

XXVIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA PRIMEIRA FASE NÍVEL 3 (Ensino Médio) GABARITO XXVIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA PRIMEIRA FASE NÍVEL 3 (Ensino Médio) GABARITO GABARITO NÍVEL 3 ) C 6) B ) C 6) D ) D ) C 7) B ) D 7) A ) D 3) C 8) B 3) A 8) D 3) D 4) A 9) B 4) C 9) D 4) E 5)

Leia mais

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES POLINOMIAIS

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES POLINOMIAIS EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES POLINOMIAIS Um dos grndes problems de mtemátic n ntiguidde er resolução de equções polinomiis. Encontrr um fórmul ou um método pr resolver tis equções er um grnde desfio. E ind hoje

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prov Escrit de MATEMÁTICA A - 1o Ano 017-1 Fse Propost de resolução GRUP I 1. s números nturis de qutro lgrismos que se podem formr com os lgrismos de 1 9 e que são múltiplos de, são constituídos por 3

Leia mais

Conjuntos Numéricos e Operações I

Conjuntos Numéricos e Operações I Conjuntos Numéricos e Operções I Ao estudr o livro, o luno está sendo conduzido pel mão do utor. Os exercícios lhe fornecem o ensejo de cminhr mis solto e, ssim, ir gnhndo independênci. Pr quem está convencido

Leia mais

Módulo 02. Sistemas Lineares. [Poole 58 a 85]

Módulo 02. Sistemas Lineares. [Poole 58 a 85] Módulo Note em, leitur destes pontmentos não dispens de modo lgum leitur tent d iliogrfi principl d cdeir Chm-se à tenção pr importânci do trlho pessol relizr pelo luno resolvendo os prolems presentdos

Leia mais

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c.

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c. EQUAÇÃO DO GRAU Você já estudou em série nterior s equções do 1 gru, o gru de um equção é ddo pelo mior expoente d vriável, vej lguns exemplos: x + = 3 equção do 1 gru já que o expoente do x é 1 5x 8 =

Leia mais

Integral imprópria em R n (n = 1, 2, 3)

Integral imprópria em R n (n = 1, 2, 3) Universidde Federl do Rio de Jneiro Instituto de Mtemátic Deprtmento de Métodos Mtemáticos Integrl Imprópri Integrl imprópri em R n (n =,, 3) Autores: Angel Cássi Bizutti e Ivo Fernndez Lopez Introdução

Leia mais

Aula 20 Hipérbole. Objetivos

Aula 20 Hipérbole. Objetivos MÓDULO 1 - AULA 20 Aul 20 Hipérbole Objetivos Descrever hipérbole como um lugr geométrico. Determinr su equção reduzid no sistem de coordends com origem no ponto médio entre os focos e eixo x como o eixo

Leia mais

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x? INTEGRAIS DEFINIDAS O Prolem d Áre Como determinr áre d região S que está so curv y = f(x) e limitd pels rets verticis x =, x = e pelo eixo x? Um idei é proximrmos região S utilizndo retângulos e depois

Leia mais

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x? INTEGRAIS DEFINIDAS O Prolem d Áre Como determinr áre d região S que está so curv y = f(x) e limitd pels rets verticis x =, x = e pelo eixo x? Um idei é proximrmos região S utilizndo retângulos e depois

Leia mais

RESPOSTAS DA LISTA 2 - Números reais: propriedades algébricas e de ordem

RESPOSTAS DA LISTA 2 - Números reais: propriedades algébricas e de ordem List de Mtemáti Bási 009- (RESPOSTAS) 4 RESPOSTAS DA LISTA - Números reis: proprieddes lgéris e de ordem Pr filitr onsult, repetimos qui os xioms e s proprieddes lgéris e de ordem listds em ul. À medid

Leia mais

Atividade Prática como Componente Curricular

Atividade Prática como Componente Curricular Universidde Tecnológic Federl do Prná Gerênci de Ensino e Pesquis Deprtmento Acdêmico de Mtemátic Atividde Prátic como Componente Curriculr - Propost - Nome: Mtrícul: Turm: Justique su respost, explicitndo

Leia mais

Matemática /09 - Integral de nido 68. Integral de nido

Matemática /09 - Integral de nido 68. Integral de nido Mtemátic - 8/9 - Integrl de nido 68 Introdução Integrl de nido Sej f um função rel de vriável rel de nid e contínu num intervlo rel I = [; b] e tl que f () ; 8 [; b]: Se dividirmos [; b] em n intervlos

Leia mais

4.2. ME TODO DE LAGRANGE

4.2. ME TODO DE LAGRANGE Cpítulo 4 Interpolção 4. Introdução Ddos n + pontos do plno P 0 = (x 0, y 0 ), P = (x, y ),, P n = (x n, y n ), tis que x i x j se i j, nosso principl objetivo neste cpítulo é encontrr um função f (x)

Leia mais

Cálculo integral. 4.1 Preliminares

Cálculo integral. 4.1 Preliminares Cpítulo 4 Cálculo integrl 4. Preinres Considere um decomposição do intervlo [, ] R em su-intervlos d orm [x, x ], [x, x ],..., [x n, x n ], onde = x < x < < x n < x n = e n N. Por um questão de simplicidde,

Leia mais