Impactos de Políticas de Desoneração do Setor Produtivo:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Impactos de Políticas de Desoneração do Setor Produtivo:"

Transcrição

1 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo: Uma Avaliação a Parir de um Modelo de Gerações Superposas Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani Napoleão Luiz Cosa da Silva Resumo O objeivo dese rabalho é conribuir para o debae sobre a forma ideal de desoneração do seor produivo, aravés da simulação de diferenes medidas de reforma ribuária no País, a parir de um modelo de equilíbrio geral com gerações superposas, calibrado para o Brasil. Busca-se, em paricular, comparar medidas de desoneração do faor rabalho e medidas de desoneração do faor capial, ambas compensadas por aumenos na ribuação do consumo, no que ange a seus impacos esperados sobre o PIB, acumulação de capial e nível de bem-esar no País. De acordo com os resulados obidos, a desoneração do faor capial pode levar a aumenos subsanciais de capial e produo relaivamene à desoneração do faor rabalho. Ambas as políicas devem gerar perdas de bem-esar para as gerações mais velhas exisenes no momeno da reforma ribuária e ganhos de bem-esar para as gerações fuuras, mas os efeios sobre as gerações inermediárias podem ser basane disinos em cada caso. Palavras-Chave políica fiscal, desoneração ribuária, gerações superposas Absrac This paper aims o conribue o he debae on he bes way o reduce he ax burden on he producion secor in Brazil, by simulaing an overlapping generaions model calibraed o he counry s economy. Our focus is on he comparison of he macroeconomic and welfare impacs brough abou by policies ha reduce he ax burden on labour and policies based on he reducion of he ax burden on capial. According o our resuls, reducing he ax burden on capial may lead o subsanial gains in erms of capial accumulaion and GDP relaive o reducing he burden on labour. Boh ypes of policies mus generae welfare losses o elderly generaions alive when he reform akes place and welfare gains o fuure generaions, bu he effecs on inermediae generaions may differ subsanially under each policy. Keywords fiscal policy, ax reform, overlapping generaions JEL Classificaion E60, H20 Os auores agradecem os comenários dos paricipanes de seminário realizado no IPEA, onde uma versão anerior do rabalho foi apresenada, bem como as sugesões de um parecerisa anônimo. Insiuo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). marco.cavalcani@ipea.gov.br. Insiuo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). napoleao.silva@ipea.gov.br. Endereço para conao: Av. Presidene Anônio Carlos 5 Rio de Janeiro RJ. CEP: (Recebido em maio de Aceio para publicação em abril de 200). Es. econ., São Paulo, v. 40, n. 4, p , OUTUBRO-DEZEMBRO 200

2 944 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo Inrodução É quase consensual enre os economisas brasileiros que o sisema ribuário nacional apresena várias disorções que prejudicam o desempenho econômico do País. Enreano, não parece haver concordância com relação às medidas prioriárias a serem adoadas visando reformar o sisema. Uma das quesões em abero diz respeio à desoneração do seor produivo nacional; a maioria das proposas recenes de reforma ribuária inclui algum subconjuno de medidas visando al objeivo, mas a naureza dessas medidas varia subsancialmene enre as diversas proposas. Em paricular, é possível classificar as proposas de desoneração do seor produivo em duas caegorias: medidas que buscam basicamene reduzir a ribuação sobre o faor rabalho, como a subsiuição de pare da conribuição previdenciária por um imposo sobre o valor adicionado (IVA) do ipo consumo, e medidas que visam desonerar principalmene o faor capial, como a redução na ribuação do invesimeno produivo e a redução na ribuação indirea sobre bens de capial (AFONSO; VARSANO, 2004; SILVA e al., 2004; EC 42 de 2003 e SPE-MF, 2007). A fala de consenso acerca da forma ideal de desoneração do seor produivo reflee, em pare, a incereza relaiva aos impacos macroeconômicos e de bem-esar que cada ipo de medida acarrearia. O objeivo dese rabalho é conribuir para o melhor enendimeno dessa quesão, aravés da simulação de diferenes medidas de reforma ribuária no País a parir de um modelo de equilíbrio geral com gerações superposas (OLG, na sigla em inglês), na linha de Auerbach e Kolikoff (987). Em paricular, busca-se comparar medidas de desoneração do faor rabalho e medidas de desoneração do faor capial, ambas compensadas por aumenos na ribuação do consumo, no que ange a seus impacos esperados sobre o PIB, acumulação de capial e nível de bem-esar no País. Cabe desacar que, no conexo dos modelos OLG desenvolvidos a parir do rabalho pioneiro de Auerbach e Kolikoff (987), algumas das consequências qualiaivas de se ribuar mais foremene deerminada base ribuária são relaivamene previsíveis. Em paricular, é razoável esperar que, no longo prazo, a economia acumule mais capial e ainja níveis mais elevados de produo em um sisema ribuário que onere mais foremene o consumo relaivamene às aividades produivas, ou o faor rabalho relaivamene ao faor capial. Além disso, quano maior a ribuação do consumo relaivamene à produção, maiores devem ser os ganhos de bem-esar das gerações mais novas, que podem decidir sobre quano rabalhar, consumir e poupar, em comparação com as gerações mais velhas, que apenas consomem o esoque de capial acumulado no passado. Enreano, ainda que alguns dos resulados de mudanças ribuárias sejam previsíveis em ermos qualiaivos, as magniudes desses efeios podem variar significaivamene em função das caracerísicas específicas Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

3 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 945 da economia analisada. Além disso, ouros resulados de ineresse não são necessariamene óbvios, nem mesmo em ermos qualiaivos; por exemplo, os impacos de bem-esar de uma reforma ribuária que envolva a redução da ribuação sobre o capial, compensada pelo aumeno da ribuação do consumo, são ambíguos, e dependem de forma crucial das caracerísicas da economia. Nesse senido, a realização de exercícios de simulação de diferenes regimes ribuários a parir de um modelo calibrado para a economia brasileira incorporando, em paricular, imporanes aspecos da demografia do País, pode fornecer imporanes insighs sobre alguns dos efeios diferenciados que esraégias alernaivas de reforma ribuária poderiam acarrear para o País. Vale desacar que exise uma exensa lieraura recene sobre os possíveis impacos de reformas ribuárias e previdenciárias no Brasil: Barreo e Oliveira (995, 200), Barreo (997), Lannes Jr. (999), Lannes Jr. e Oliveira (998), Ellery Junior e Bugarin (2003), Ferreira (2004) e Vigna (2006) avaliaram os impacos de reformas no sisema de previdência social; Ferreira e Araújo (999), Lledo (2005) e Fochezao e Salami (2009) avaliaram os impacos de proposas de reformas no sisema ribuário nacional; e Menezes e Barreo (999) e Teles e Andrade (2006) simularam os efeios conjunos de reformas ribuárias e previdenciárias. Essa lieraura, porém, não se preocupou em comparar dealhadamene os possíveis impacos macroeconômicos e de bem-esar de diferenes políicas de desoneração do seor produivo. O presene rabalho conribui, assim, para preencher essa lacuna. Além disso, o rabalho inova em relação aos esudos aneriores para o Brasil no que se refere à especificação do modelo de simulação, que incorpora cusos de ajusameno do capial e incereza quano ao empo de vida de cada geração, e à calibragem do mesmo, baseada nas novas Conas Nacionais divulgadas em 2007 e na ábua de moralidade por idade do IBGE, que permie capar aspecos da esruura demográfica do País, ignorados em rabalhos aneriores. O rabalho esá esruurado em cinco seções, além desa Inrodução: a seção 2 discue os mecanismos aravés dos quais diferenes medidas de reforma ribuária poderiam acarrear, no conexo de um modelo OLG padrão, impacos sobre as variáveis macroeconômicas e níveis de bem-esar da população; a seção 3 descreve o modelo eórico uilizado na análise; a seção 4 apresena os parâmeros uilizados e os procedimenos de calibração do modelo; a seção 5 discue os resulados dos exercícios de simulação, e a seção 6 ece os comenários finais. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

4 946 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo 2 Mudanças Tribuárias em Modelos OLG: Breve Revisão da Teoria Nas simulações a serem discuidas a seguir, serão analisados dois exercícios básicos de desoneração do seor produivo: no primeiro, a alíquoa do ribuo sobre a renda do rabalho será reduzida, sendo a perda de arrecadação resulane compensada pelo aumeno na ribuação sobre o consumo das famílias; no segundo exercício, haverá redução da alíquoa do ribuo sobre o lucro das empresas, ambém compensada pelo aumeno na ribuação do consumo. Traa-se, porano, de exercícios de mudança compensada de base ribuária: em ambos os casos, reduz-se a ribuação da produção relaivamene ao consumo, sendo que, no primeiro caso, reduz-se ambém a ribuação do faor rabalho relaivamene ao capial, enquano que, no segundo caso, ocorre o inverso. No conexo dos modelos OLG desenvolvidos a parir do rabalho de Auerbach e Kolikoff (987), algumas das consequências qualiaivas de se ribuar mais foremene deerminada base ribuária são razoavelmene conhecidas. Em paricular, ais modelos preveem que: a) A desoneração da produção relaivamene ao consumo deve levar, no longo prazo, à maior acumulação de capial e a níveis mais elevados de produo, além de gerar ganhos de bem-esar para as gerações mais novas, relaivamene às mais velhas. A razão básica para ais efeios esá associada ao fao de que a mudança ribuária em quesão promove uma redisribuição dos recursos da economia em favor das gerações mais novas, cujos rendimenos dependem mais foremene das aividades produivas. Isso explica direamene os ganhos relaivos de bem-esar dessas gerações. Além disso, dada a maior propensão a consumir das gerações mais velhas, que reflee seu empo de vida resane mais curo, 2 essa redisribuição de recursos em como consequência a redução do consumo agregado e a elevação da ofera de rabalho e da poupança agregada e, porano, o aumeno do esoque de capial e do produo da economia. b) A desoneração do faor capial relaivamene ao faor rabalho ambém deve levar, no longo prazo, a maiores níveis de capial e produo na economia, devido fundamenalmene ao efeio subsiuição associado ao baraeameno relaivo do capial. Sob al políica, ocorre uma redisribuição de recursos favorável, principalmene, às gerações inermediárias exisenes na daa de implemenação da políica, que deêm maiores esoques de capial, e possivelmene ambém às gerações que deverão nascer no fuuro e poderão se beneficiar do maior esoque de capial na economia. Ver, em especial, Auerbach e Kolikoff (987, cap.5). 2 E ambém o fao de que, no modelo básico, não há heranças. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

5 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 947 Cabe noar que as magniudes dos efeios acima dependem crucialmene de ceras caracerísicas da economia analisada, em paricular da esruura demográfica do país e do amanho relaivo do governo. A imporância da esruura demográfica esá associada ao fao de que, no caso de mudanças ribuárias compensadas, os efeios renda da políica decorrem da redisribuição dos recursos enre as diversas gerações de indivíduos, e não de um efeio global para o seor privado; logo, a expecaiva de vida de cada geração, que deermina o peso que cada geração aribui ao consumo correne vis-à-vis ao consumo fuuro, e o amanho relaivo de cada geração, que esabelece seu peso na população oal e no seor privado como um odo, são elemenos cruciais na deerminação do efeio líquido de medidas de reforma ribuária. Por sua vez, a relevância do amanho do governo na economia represenado pela fração do PIB consumida pelo governo decorre do fao de que o impaco da axação disorciva na geração de ineficiência econômica aumena de forma não linear com a magniude das alíquoas ribuárias; consequenemene, quano maior o grau inicial de axação, maiores devem ser os ganhos de eficiência (e, porano, de produo) a serem auferidos na ransição para sisemas baseados em imposos menos disorcivos por exemplo, na passagem de um sisema baseado na axação da produção para um sisema baseado na axação do consumo. 3 O Modelo O modelo de simulação uilizado é um modelo dinâmico de equilíbrio geral com gerações superposas que inclui rês seores: famílias, seor de produção e governo. Traa-se de uma exensão do modelo com cusos de ajusameno do capial de Auerbach e Kolikoff (987), ao qual é adicionada incereza quano ao empo de vida de cada família, conforme Jokisch e Kolikoff (2007). 3. Seor Famílias Em cada pono no empo, o seor famílias é composo por 55 gerações superposas de adulos. Elas vivem no máximo 55 períodos (anos). A cada ano nascem famílias da primeira geração e morrem famílias de odas as ouras gerações. A axa de moralidade de cada geração, de um ano para o ano seguine, é definida pela probabilidade condicional de cada geração viver mais um ano. As preferências individuais são idênicas e as diferenças enre os indivíduos surgem em função das diferenes gerações a que perencem. As famílias fazem decisões ineremporais sobre consumo e lazer e não recebem nem deixam heranças de forma volunária. 3 3 A riqueza deixada pelos que morreram é disribuída igualmene enre odas as famílias vivas em um dado período de empo. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

6 948 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo As preferências de cada família são represenadas por uma função uilidade separável e invariane no empo, encadeada e com elasicidade consane de subsiuição (CES). A função de uilidade ineremporal é dada por: U ( ) ( ) 55 γ pu = () γ = +δ Onde u é dado por: ρ ρ ρ = +α u c l (2) Na equação (2), c e l correspondem ao consumo e ao lazer dos indivíduos com a idade. O lazer é medido como uma fração do monane máximo de empo que um indivíduo pode rabalhar em um dado ano. O parâmero γ corresponde à elasicidade de subsiuição ineremporal, ρ represena a elasicidade de subsiuição inraemporal enre consumo e lazer, δ é a axa de descono, α represena o peso dado ao lazer na função uilidade e p represena a probabilidade de uma família viver períodos. Cada família escolhe os caminhos do consumo e lazer visando maximizar sua função de uilidade ineremporal, sujeia à sua resrição orçamenária. Em cada período, as famílias decidem quano rabalhar e quano consumir. Os rendimenos do rabalho e do capial, não uilizados para consumo, são poupados e adicionados ao esoque de aivos das famílias. A resrição orçamenária é definida pelo requerimeno de que o valor presene do consumo ao longo da vida seja menor ou igual ao valor presene dos rendimenos ao longo da vida: 55 = m= ( ) ( )( ) ( ) rm ym w e h l l y s c c b + τ τ τ τ +τ + + PVB 0 (3) onde r é a axa de juros no ano, w é a axa de salário no ano e e represena um faor de ajuse que permie que o rendimeno varie com os diferenes níveis de habilidades das famílias de diferenes idades. A alíquoa do ribuo sobre a renda do rabalho é represenada por τ l, a alíquoa do ribuo sobre o consumo é dada por τ c e τ y represena a alíquoa dos imposos sobre a renda geral, cuja base é uma combinação enre a renda do rabalho e a do capial, que não pode ser facilmene idenificada; τ s represena a alíquoa das conribuições para a seguridade social e Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

7 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 949 PVB é o valor presene das ransferências recebidas do sisema de seguridade social a íulo de aposenadorias. O sisema de seguridade é do ipo de reparição simples, ou seja, não capializado (PAYG), segundo o qual as aposenadorias pagas em cada período são financiadas pelos indivíduos que rabalham naqueles mesmos períodos. O ermo b represena a herança recebida das famílias que morreram no ano, onde supomos que a riqueza deixada pelos que morreram no ano é disribuída igualmene enre odos os que permaneceram vivos no ano. O ermo h represena a doação oal de rabalho de uma família da geração. Ese ermo cresce a cada ano a uma axa consane dada pela axa de progresso écnico φ: 4 h h ( ) = +φ (4) Além da resrição orçamenária, emos a resrição de que a ofera de rabalho do indivíduo, a cada período, não pode ser negaiva: l h, (5) A maximização da função uilidade ineremporal (), sujeia à resrição orçamenária (3) e à resrição sobre o rabalho (5), fornece as condições de primeira ordem para o consumo e o lazer: ρ γ +δ p c +α l c =λ + r τ +τ, =, 2,...,55 m= ( ) ( ) ρ ρ ρ ρ m ( ym ) ( c ) (6) ρ γ +δ +α α =λ + m τym τl τy τ s +µ m= (7) ( ) ( ) ρ ρ ρ ρ p c l l r ( ) we( ) =,2,...,55 onde λ é o preço sombra (muliplicador de Lagrange) da resrição orçamenária ineremporal e represena o valor presene em ermos de uilidade de uma unidade adicional de renda. Na equação (7), µ represena o salário sombra no ano. Ele é igual a zero, se o indivíduo decide oferar um monane posiivo de rabalho, e é diferene de zero, se o indivíduo decide não rabalhar no ano. Seu monane é 4 Esa forma de inserir progresso écnico no modelo significa que uma mesma geração fica mais eficiene a cada ano. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

8 950 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo definido pela diferença enre o salário ao qual o indivíduo oferaria um monane posiivo de rabalho e o salário efeivo (w e ). Dividindo (6) por (7) e rearranjando os ermos obemos: l we = c ( ) τ τ τ +µ l y s ( ) α +τ c ρ (8) Esa equação fornece uma relação enre o consumo no período e o lazer no mesmo período. Subsiuindo (8) em (6) obemos: ρ γ ( ) ( ) γ ρ ( ρ ) ρ ( ) ( ) ( ) +δ pc +α w =λ + r τ +τ, =, 2,...,55 m ym c m= (9) onde: ( ) we τ τ τ +µ w = l y s ( +τ ) c Dividindo a equação (9), para o período, pela equação (9), para o período -, e rearranjando os ermos, obemos a equação de ransição para o consumo do indivíduo: ( ) γ ρ γ ρ γ ( ρ + r ) τy p ρ +τ c +α w c = c ( ), 2,3,...,55 ρ ρ = ( +δ ) p +τ c w +α (0) onde: ( ) we τ τ τ +µ w = l y s ( +τ ) c Noe que a relação p /p - represena a probabilidade condicional de uma família da geração - viver mais um ano. Subsiuindo (8) em (0) obemos a equação de ransição para o lazer do indivíduo: Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

9 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 95 ( ) γ ρ γ γ ρ ( ρ ) ρ y +τ c +α ρ ( ρ p ) +δ +τ c +α w w ρ + r τ p w w l = l, = 2,3,...,55 ( ) () 3.2 Seor de Produção A economia possui um único seor de produção que se compora compeiivamene. A função de produção uiliza capial e rabalho para ober o produo agregado por meio de uma ecnologia com reornos consanes de escala. O capial é homogêneo enquano o rabalho difere somene em seu grau de eficiência. Nese caso, odas as formas de rabalho são subsiuos perfeios, porém, indivíduos de diferenes idades oferam diferenes monanes do mesmo insumo rabalho em um dado ano. Esa diferença é represenada pelo ermo e. 5 O esoque de capial apresena cusos de ajusameno convexos, o que implica que, quano maior a axa de invesimeno, maior será o cuso de ajusameno. 6 A função de produção possui o formao padrão Cobb-Douglas e a renda é dada por: 2 θ θ I Y = AK L 0,5ψ (2) K onde Y é o produo agregado líquido do cuso de ajusameno, K é o capial agregado e L é o rabalho agregado; θ é a paricipação do capial na produção e A é uma consane. O segundo ermo na equação represena o cuso de ajusameno do capial, onde ψ é um parâmero e I é o invesimeno no período. Além disso, o capial perence aos indivíduos e é oferado a cada período para as firmas, juno com o rabalho. Os lucros do seor produivo são ribuados segundo a seguine regra: ( ) T =τ Y wl β I (3) EMP e onde T EMP é o imposo sobre as empresas, τ e é a alíquoa dese imposo e β represena o porcenual do invesimeno que é deduível do imposo. Nese conexo, as condições de equilíbrio são dadas por: θ K w = ( θ) A L 5 Noe que o ermo e varia para cada geração. Para uma mesma geração ele é fixo ao longo do empo. O ermo que varia ao longo do empo é h. 6 A inrodução de cusos de ajusameno do capial faz o invesimeno se ajusar de forma mais suave no modelo. Ese ajusameno mais suave esá de acordo com o comporameno do invesimeno observado nas economias reais. (4) Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

10 952 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo q I = β τ + ( τ ) ψ (5) K e e θ 2 K I rq = ( τ ) θ A + 0,5ψ + q q e + L K (6) onde q é o valor de uma unidade do capial exisene. A equação (4) represena a igualdade enre salário real e produo marginal do rabalho. A equação (5) represena uma condição de arbiragem enre o preço de uma unidade do capial exisene (q ) e o preço de reposição de uma unidade nova de capial (segundo membro da equação). Ese é definido pela unidade menos as deduções permiidas pela depreciação (β τ e ) mais o cuso de ajusameno marginal que é plenamene deduível do imposo. A equação (6) represena a condição de arbiragem, onde o reorno de se invesir o monane q na dívida do governo é igual ao reorno de uma unidade adicional de capial, que é dado pelo produo marginal do capial líquido de imposos (primeiro ermo do segundo membro da equação) mais o ganho de capial (q + - q ). 3.3 O Seor Governo O governo arrecada imposos para financiar seus gasos em bens e serviços. O modelo não considera efeios indireos dos gasos sobre as famílias e supõe, por simplicidade, que a axa de crescimeno do consumo do governo seja igual à axa de crescimeno do PIB. Além disso, exise um sisema de seguridade social separado e independene do resane do governo, que arrecada imposos sobre a folha de salários e realiza pagameno de benefícios. O resulado anual do sisema de seguridade é ransferido para o resane do governo; se o sisema em um défici no ano, ese é financiado pelo resane do governo; no caso de um superávi, o mesmo é apropriado pelo resane do governo. A variação do endividameno do governo oal (incluindo a seguridade) é dada por: onde: ( ) D D = G + S + r τ D T (7) + y ( ) EMP SEG T = τ +τ w L +τ C +τ r K + T + T ransf (8) l y c y Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

11 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 953 Nas equações acima, D é a dívida do governo no ano, G é o gaso do governo em bens e serviços, S são os pagamenos do sisema de seguridade, r D corresponde aos juros sobre a dívida, T é a arrecadação líquida de ribuos, C é o consumo agregado, T SEG represena as conribuições para o sisema de seguridade e ransf represena as ransferências do governo (exclusive ransferências de juros e do sisema de seguridade). A subsiuição sucessiva em (7) para variando de 0 aé N fornece: N N r ( ) T r ( ) + τ = + τ ( G + S ) + D0 m ym m ym = 0 m= 0 = 0 m= 0 N + r τ = 0 ( ) D y N (9) Supomos que a axa de crescimeno da dívida seja menor do que a axa de juros para N suficienemene grande, ou seja, que a dívida não possa crescer a uma axa igual ou superior à axa de juros indefinidamene. Nese caso, o úlimo ermo da equação (9) ende a zero quando N ende a infinio. A resrição orçamenária do governo em (9) se reduz ao requerimeno de que o valor presene da arrecadação de ribuos seja igual ao valor presene dos gasos do governo mais o valor inicial da dívida: + rm ( τ ym ) T = + rm ( τ ym ) ( G + S ) + D0 (20) = 0 m= 0 = 0 m= o Sisema de Seguridade Social A seguridade social é modelada separadamene do resane do governo descrio acima. O sisema de seguridade é definido como um sisema de reparição simples, ou seja, não capializado (pay-as-you-go). Os benefícios da seguridade são recebidos a parir dos 46 anos de idade (em orno de 66 anos se considerarmos o empo real) e coninuam aé a more do indivíduo aos 55 anos (75 anos em empo real). Os benefícios são relacionados a uma média dos rendimenos passados. No modelo, a média dos rendimenos ao longo dos primeiros 45 anos de vida é chamada de AIME. A axa de reposição R relaciona AIME aos benefícios da seguridade. Definindo AIME como a média da geração que alcança a idade de 46 no ano emos: j= ( ) 45 w 46 + j, jej h 46 + j, j l 46 + j, j AIME = (2) 45 Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

12 954 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo onde w,j e l,j represenam, respecivamene, o salário e o lazer de um indivíduo com a idade j no ano o primeiro índice represena o ano e o segundo represena a geração. 7 O benefício recebido a cada ano aé a idade de 55 pela geração que alcançou a idade de 46 no ano, B, esá relacionado à AIME por: B = R AIME (22) Nese caso, a despesa oal anual do sisema de seguridade é dada por: 9 S = N B (23),46+ i i i= 0 A receia anual do sisema de seguridade é dada por: ( ) 45 SEG =τs, j, j j, j, j j= T N w e h l (24) Nese sisema, supomos que os rabalhadores raam as conribuições para a seguridade social como ribuos marginais, onde ribuos adicionalmene pagos não geram benefícios adicionais. Além disso, os evenuais déficis do sisema são financiados pelo resane do governo. 3.4 Equilíbrio de Mercado As condições de equilíbrio no mercado de rabalho são dadas por: 55 ( ) L = N e h l (25), j j, j j= O lado esquerdo de (25) represena a demanda agregada por rabalho do seor produor e o lado direio represena a ofera agregada das famílias. O ermo N,j represena a população de idade j no ano. A riqueza líquida das famílias no ano é dada por: 55 A = N A (26), j, j j= 7 Nesa subseção, esamos raando expliciamene as variáveis com índices que diferem no empo e na geração, o que não foi feio nas subseções aneriores por moivos de simplificação da noação. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

13 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 955 onde A,j é a riqueza líquida do indivíduo (família) com j anos de idade no ano. O equilíbrio no mercado de capiais é dado por: 55 K = N A D (27), j, j j= Como na equação (25), o lado esquerdo represena a demanda agregada por capial do seor produivo e o lado direio represena a ofera agregada de capial obida, deduzindo-se, da riqueza líquida das famílias, o nível de endividameno do governo. O equilíbrio enre ofera e demanda agregadas no mercado de bens é dado por: onde: C + I + G = Y (28) 55 C = N c (29), j, j j= C é a demanda agregada de consumo e I é a demanda agregada de invesimeno. 3.5 Solução do Modelo Analisa-se o equilíbrio do modelo sob expecaivas racionais. As famílias escolhem as sequências de consumo, lazer e poupança dadas suas expecaivas sobre salários, axas de juros e alíquoas ribuárias presenes e fuuras. Dadas as suas expecaivas, as firmas escolhem, a cada período, os níveis óimos de capial e rabalho. O caminho esperado dos imposos deve saisfazer a resrição orçamenária ineremporal. Além disso, os mercados de rabalho e capial devem se equilibrar quando as expecaivas ex ane dos preços são iguais às sequências de preços de equilíbrio observadas ex pos. O equilíbrio é dado pelo sisema de equações não lineares formado pelas equações de comporameno das famílias, do seor produivo e do governo. A solução é obida pela uilização do méodo ieraivo de Newon-Raphson (ver, por exemplo, DOCQUIER; LIÉGEOIS, 2004). Para ober a solução, supomos que as alerações no regime de políica ribuária não sejam anecipadas pelas famílias e firmas. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

14 956 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo 4 Calibração do Modelo O procedimeno de calibração adoado consise em especificar os valores de odos os parâmeros do modelo (exceo os parâmeros de preferências das famílias) e, em seguida, ajusar os parâmeros da função uilidade, de modo a ober uma solução do modelo próxima do resulado observado da economia em dado ano. As variáveis uilizadas para ajusar a economia são: consumo, poupança, esoque de capial, axa de juros, arrecadação oal, arrecadação da seguridade social, dívida pública e consumo do governo. Uma descrição dealhada da meodologia de calibração dese ipo de modelo pode ser enconrada em Lledo (2005). A Tabela 2, a seguir, apresena os valores de alguns dos principais parâmeros uilizados e os compara com os rabalhos de Lledo (2005) e Ferreira (2004). Os parâmeros ecnológicos foram calculados a parir dos dados observados para a economia brasileira no ano de A axa de crescimeno da população foi obida por meio da axa observada para o ano de Os demais parâmeros (com exceção dos parâmeros relacionados às preferências) foram obidos a parir da lieraura nacional sobre o ema. Os parâmeros da função uilidade foram ajusados para ober um equilíbrio inicial do modelo próximo do comporameno observado da economia brasileira no ano de 2004, como descrio pelas conas nacionais fornecidas pelo IBGE. Tabela Parâmeros Uilizados no Modelo Parâmero Definição Modelo (Lledo,2005) (Ferreira,2004) η Taxa de crescimeno da população 0,045 0,09 0,09 ρ Elasicidade de subsiuição inraemporal,5,5,0 γ Elasicidade de subsiuição ineremporal 0,70 0,40 0,305 α Ponderação de preferência por lazer 0,25 0,25 0,36 δ Taxa de descono 0,025 0,02 0,05 A Parâmero ecnológico,00,00 0,89 θ Paricipação do capial na renda 0,30 0,50 0,50 A Tabela mosra que os valores dos parâmeros uilizados no modelo esão próximos dos valores uilizados em Ferreira (2004) e Lledo (2005), ainda que a elasicidade de subsiuição ineremporal e a axa de descono uilizadas no modelo sejam superiores aos valores uilizados por aqueles auores. As diferenças nesses parâmeros são explicadas, em grande medida, pela inrodução, no modelo, de incereza quano ao empo de vida das famílias. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

15 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 957 Na Tabela, pode-se observar que a paricipação do capial na renda uilizada no modelo é de 30%, enquano os ouros auores uilizam uma paricipação de 50%. Esa discrepância é explicada, em pare, pela fala de dados sobre a renda dos auônomos. No cálculo da renda nacional, o IBGE idenifica dois grupos de rendimenos: rendimenos exclusivos do rabalho e excedene operacional. Denro do excedene operacional esão conidos os rendimenos dos auônomos e os demais rendimenos. Os demais rendimenos são rendas exclusivas do capial, mas o rendimeno dos auônomos é um rendimeno miso, que inclui rendas do capial e rendimenos do rabalho, pois, para ese rendimeno, o IBGE não possui informação das parcelas referenes ao rabalho e ao capial separadamene. Logo, o valor do parâmero θ depende da hipóese sobre a divisão da renda dos auônomos enre capial e rabalho; no presene rabalho, supõe-se que oda a renda dos auônomos perença ao faor rabalho. As probabilidades condicionais de sobrevida das famílias foram obidas das ábuas compleas de moralidade do IBGE para o ano de 2004 e esão expressas no Anexo A. Os valores dos parâmeros resanes esão expressos na Tabela 2 a seguir. Tabela 2 Demais Parâmeros do Modelo Parâmero Definição Modelo e j Rendimenos das habilidades e j = exp(a + bj + cj 2 ) β Parâmero de dedução ribuária do invesimeno 0, ψ Parâmero do cuso de ajuse 0,4 φ Taxa de progresso écnico 0,02 τ y Alíquoa do imposo sobre renda geral 0,047 τ s Alíquoa da conribuição para seguridade 0,05 τ l Alíquoa do imposo sobre renda do rabalho 0,06 τ e Alíquoa do imposo sobre lucro das empresas 0,083 a = -0,23 b = 0,0529 c = -0, O parâmero β supõe que a legislação permie, em média, uma dedução de 0% do invesimeno da base do imposo sobre o lucro das empresas, em função da depreciação esperada. As alíquoas ribuárias efeivas foram calculadas a parir dos dados das conas nacionais de 2004 fornecidos pelo IBGE. A alíquoa τ s corresponde às conribuições previdenciárias. A alíquoa τ e corresponde ao imposo de renda pessoa jurídica, conribuição social sobre o lucro líquido e imposos indireos cobrados sobre bens de capial (basicamene PIS e COFINS cobrados sobre bens de capial). A classificação de imposos indireos cobrados sobre bens de capial como ribuos sobre as empresas leva em consideração que esses imposos não oneram o consu- Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

16 958 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo mo das famílias, onerando, na realidade, o invesimeno das empresas. A alíquoa τ l é calculada, basicamene, a parir da arrecadação observada da conribuição do salário-educação, conribuições para o sisema S (SESC, SESI, SENAI,ec.) e FGTS. O imposo sobre renda geral, cuja alíquoa é τ y, inclui imposos que incidem sobre o rabalho e o capial, cuja idenificação separada exija hipóeses adicionais relaivamene arbirárias. Nessa caegoria, esão, basicamene: o imposo de renda pessoa física, o imposo de renda reido na fone, IPTU, IPVA e CPMF. O imposo sobre o consumo, cuja alíquoa é τ c, inclui os imposos indireos cobrados sobre os bens de consumo das famílias: ICMS, IPI, PIS, COFINS, ec. A alíquoa desse imposo não é um parâmero do modelo, e sim uma variável endógena que se ajusa para maner a relação dívida/pib consane. O procedimeno de calibração permie que a alíquoa desse imposo e sua arrecadação no modelo sejam muio próximas dos valores observados para as mesmas em A Tabela 3, a seguir, descreve o equilíbrio inicial do modelo (esado esacionário) e o ajuse do mesmo em relação ao comporameno observado da economia brasileira em Tabela 3 Ajuse do Modelo em Relação à Economia Brasileira em 2004 Brasil em 2004 Brasil em 2004 Modelo em % PIB em %y em %y Consumo 59,8 85,9 Imposos sobre consumo 5,9 22,8 Consumo líquido de imposos 43,9 63, 62, Poupança brua 8,5 26,5 Poupança líquida 6,5 9,3 9,9 Capial 300,0 287,0 Taxa de juros real 8,0 8,0 9,6 Arrecadação oal 32,8 47,2 Arrecadação líquida 2 29, 4,8 38,2 Arrecadação da seguridade 5,2 7,4 7,4 Dívida pública 49,3 70,8 73,3 Consumo do governo 9,2 27,6 28,0 Noas: Y é definido como a renda nacional disponível líquida a cuso de faores. 2 Arrecadação oal deduzida da correção moneária sobre a dívida pública. Observa-se que o modelo esá razoavelmene bem calibrado com relação aos dados observados para a economia brasileira em Cabe ressalar que o conceio de produo uilizado no modelo é o de renda nacional disponível líquida a cusos de faores, de modo que devem ser comparados os valores observados na erceira coluna Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

17 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 959 (Brasil em % de Y) com os valores do esado esacionário inicial do modelo (quara coluna); por exemplo, os valores do consumo (62,% de Y) e poupança líquida (9,9% de Y), no modelo, esão bem ajusados aos valores observados (63,% de Y e 9,3% de Y, respecivamene). 5 Exercícios de Simulação As medidas de desoneração do seor produivo consideradas nas simulações a seguir classificam-se em duas caegorias básicas: medidas que buscam reduzir a ribuação sobre o faor rabalho e medidas que visam desonerar principalmene o faor capial. No conexo do modelo eórico apresenado acima, as medidas de desoneração do faor rabalho serão represenadas pela redução na alíquoa do ribuo sobre a renda do rabalho (τ l ) exercício, enquano que as medidas de desoneração do capial serão represenadas pela redução na alíquoa do ribuo sobre o lucro (τ e ) exercício 2. Também serão apresenados, para fins de comparação, os resulados de um erceiro exercício de simulação, baseado na redução do imposo sobre a renda geral (τ y ) que equivale ao caso de redução proporcional nos ribuos sobre as rendas do rabalho e do capial. 8 Em odos os casos, as alíquoas serão reduzidas na magniude necessária para gerar uma redução da receia ribuária em % do PIB; além disso, ais mudanças de políica serão compensadas aravés do aumeno da alíquoa do imposo sobre o consumo (τ c ), de al forma que a redução na arrecadação de uma base ribuária seja compensada pelo aumeno da arrecadação na oura base, manendo a dívida pública, como proporção do PIB, consane ao longo do empo. Os Gráficos, 2 e 3 resumem os principais resulados das simulações. O Gráfico apresena, para os rês exercícios ribuários considerados, a variação do esoque de capial na economia ao longo do empo, relaivamene ao nível observado no equilíbrio de seady-sae original (anes de qualquer aleração no sisema ribuário). Em conformidade com os efeios eóricos discuidos na seção 2, as rês medidas de desoneração da produção levam à maior acumulação de capial em relação ao equilíbrio inicial, sendo que al efeio é maior no caso da redução do imposo sobre o capial (que gera um novo esoque de capial cerca de 4% maior do que no equilíbrio inicial) relaivamene à redução do imposo sobre o rabalho (que gera um aumeno de aproximadamene %); a redução no imposo sobre a renda geral leva, por moivos óbvios, a um resulado inermediário. É ineressane noar que a magniude da diferença nas rajeórias do esoque de capial sob os exercícios e 8 Dado que o imposo sobre o rabalho incide sobre uma base ribuária significaivamene maior do que o imposo sobre o capial, os resulados desse exercício acabam se assemelhando aos resulados do exercício de desoneração apenas do rabalho. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

18 960 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo 2 parece basane expressiva, o que sugere que, para um país com as caracerísicas da economia brasileira, a desoneração do faor capial pode levar a aumenos subsanciais de capial e produo relaivamene à desoneração do faor rabalho. 4,0 Variação em relação ao seady-sae original (%) 3,0 2,0,0 0, Anos Redução do imposo sobre o rabalho Redução do imposo sobre o capial Redução do imposo sobre a renda Gráfico Trajeória do Esoque de Capial Sob Cada Exercício Tribuário (Variação em Relação ao Equilíbrio Original, em %) Esa conclusão é confirmada no Gráfico 2, que mosra a variação do PIB sob cada exercício ribuário, em relação ao equilíbrio inicial. No caso da redução do imposo sobre o capial, o PIB converge para um novo nível de equilíbrio, % maior do que no equilíbrio inicial, ao passo que a redução do imposo sobre o rabalho gera um ganho de produo de apenas 0,4% aproximadamene. Tal resulado esá, evidenemene, associado ao esoque de capial significaivamene maior sob o exercício, relaivamene ao exercício 2. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

19 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 96,2 Variação em relação ao seady-sae original (%),0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0-0, Anos Redução do imposo sobre o rabalho Redução do imposo sobre o capial Redução do imposo sobre a renda Gráfico 2 Trajeória do PIB Sob Cada Exercício Tribuário (Variação em Relação ao Equilíbrio Original, em %) O Gráfico 3 apresena os impacos das alerações ribuárias em quesão sobre o bem-esar de cada geração. Essa avaliação é realizada pela mensuração da mudança esperada de bem-esar ao longo da vida de cada geração, definida como o aumeno porcenual na doação de rabalho plena, ao longo da vida resane, 9 requerida sob o regime ribuário inicial, para gerar o mesmo nível de uilidade obido após a mudança do regime ribuário. 0 Se o acréscimo é posiivo para uma geração específica, isso significa que a mesma esá em melhor siuação após a aleração ribuária, pois o nível de uilidade aingido na nova siuação é superior ao máximo que a geração aingiria, dada sua riqueza inicial, sob o regime ribuário original. No gráfico, cada geração é idenificada pela diferença enre o ano de seu nascimeno e o ano em que a aleração ribuária foi realizada. Assim, por exemplo, a geração 36 corresponde aos indivíduos que nasceram 36 anos anes da aleração, enquano que a geração 9 corresponde aos indivíduos nascidos nove anos após a aleração ribuária. 9 No momeno em que a aleração ribuária é realizada. 0 Esa medida é um ipo de medida de variação equivalene do bem-esar. Ela compara dois ponos na função uilidade indirea com mérica moneária. Esa função é definida como a função gaso do problema do consumidor descrio no modelo. Nese caso, a função gaso depende dos preços e da função uilidade indirea (obida a parir da função uilidade direa descria no modelo). A variação equivalene é um ipo mais geral de medida de aleração do bem-esar e geralmene é diferene do excedene do consumidor. Eles somene são iguais quando a função uilidade é quase linear. Para maiores dealhes, vide Varian (992). Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

20 962 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo Gráfico 3 Níveis de Bem-Esar Sob Cada Exercício Tribuário, por Geração (Variação em Relação ao Equilíbrio Original, em %) De acordo com o gráfico, os rês exercícios ribuários apresenam em comum o fao de que as gerações mais velhas, exisenes no momeno da aleração ribuária, sofrem perda de bem-esar em função dessa aleração, ao passo que odas as gerações, nascidas pelo menos 0 anos após a reforma, obém ganhos de bem-esar. Conudo, apesar desse resulado em comum, os exercícios considerados apresenam diferenças no que se refere às magniudes dos ganhos e perdas dessas gerações exremas, bem como padrões de disribuição inergeracional de ganhos e perdas basane disinos no que se refere às gerações inermediárias. Em paricular, observa-se que: i) A redução do imposo sobre o rabalho (e, em menor grau, sobre a renda geral) gera ganhos de bem-esar significaivamene maiores para as gerações fuuras, relaivamene à redução do ribuo sobre o capial. ii) No caso da desoneração do faor rabalho (e ambém sobre a renda geral), a variação de bem-esar enre gerações é quase monoônica, sendo que odas as gerações com menos de anos, no momeno da aleração ribuária, auferem ganhos de bem-esar, enquano que as gerações mais velhas sofrem perdas. iii) No caso da desoneração do capial, apenas as gerações nascidas 0 anos ou mais após a aleração ribuária obêm ganhos de bem-esar, enquano que odas as gerações nascidas anes disso perdem bem-esar. É ineressane observar, porém, que as perdas de bem-esar, para essas gerações, não variam de forma monoônica Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

21 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 963 com a idade; em especial, as perdas de bem-esar, para as gerações nascidas enre aproximadamene 25 e 0 anos anes da aleração ribuária, são menores do que as perdas observadas para as gerações nascidas anes disso, ou mais próximo do momeno da reforma. O resulado (i) acima pode ser explicado pelo fao de que, apesar dos maiores níveis de capial e produo no longo prazo, o regime de desoneração do capial se caraceriza por axação elevada de ambos: o consumo e o rabalho, levando a menores níveis de uilidade das gerações fuuras. Por sua vez, a diferença enre os resulados (ii) e (iii) esá associada fundamenalmene à flexibilidade de cada geração para reagir e adapar-se a cada um dos novos regimes ribuários. No caso da redução do imposo sobre o rabalho (e aumeno do imposo sobre o consumo), a regra é relaivamene simples: as gerações que ainda rabalham endem a rabalhar mais. Quano mais empo de vida resane houver, maior será a capacidade dessas gerações desfruarem do maior produo gerado pelo aumeno da axa de poupança, o que ende a compensá-las parcialmene pelo aumeno do preço efeivo do consumo; surge, assim, uma relação monóona decrescene enre idade e variação de bem-esar. No caso da redução do imposo sobre o capial (e aumeno do imposo sobre o consumo), há dois efeios operando: de um lado, o baraeameno relaivo do capial leva a maior produção e maior consumo fuuro, beneficiando as gerações mais novas (que poderão usufruir desse maior produo); de ouro lado, algumas gerações inermediárias, que já conseguiram acumular ceros níveis de capial, são beneficiadas pela redução na ribuação da renda advinda desse faor, o que compensa parcialmene o fao de suas vidas resanes não serem ão longas. O resulado líquido é a curva em formao de u inverido do gráfico. 6 Conclusão Nese rabalho, buscou-se conribuir para o debae sobre a forma ideal de desoneração do seor produivo, aravés da simulação de diferenes medidas de reforma ribuária no País a parir de um modelo de equilíbrio geral com gerações superposas, calibrado para o Brasil. Buscou-se, em paricular, comparar medidas de desoneração do faor rabalho e medidas de desoneração do faor capial, ambas compensadas por aumenos na ribuação do consumo, no que ange a seus impacos esperados sobre o PIB, acumulação de capial e nível de bem-esar no País. De acordo com os resulados obidos, a desoneração do faor capial pode levar a aumenos subsanciais de capial e produo relaivamene à desoneração do faor Vale noar que esse resulado se maném basicamene alerado quando se adoam os valores dos parâmeros da função uilidade uilizados nos rabalhos de Lledo (2005) e Ferreira (2004). Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

22 964 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo rabalho. Ambas as políicas devem gerar perdas de bem-esar para as gerações mais velhas exisenes no momeno da reforma ribuária e ganhos de bem-esar para as gerações fuuras, mas os efeios sobre as gerações inermediárias podem ser basane disinos em cada caso. Vale ressalar algumas das principais limiações do modelo usado nese esudo como insrumeno de avaliação de reformas ribuárias. Primeiro, a hipóese de concorrência perfeia pode não ser a mais adequada, caso a economia inclua muios seores produivos com poder de mercado para a fixação de preços; a consideração explícia da exisência de poder de mercado poderia alerar a sensibilidade das decisões de produção a variações ribuárias, gerando efeios agregados diferenes daqueles enconrados no esudo. Segundo, o modelo não considera a possibilidade de diferenças enre os indivíduos de uma mesma geração ignorando, por exemplo, a possibilidade de que famílias pobres perencenes a cera geração possam er comporameno diferene de famílias ricas da mesma geração. Uma análise mais rica, que incluísse diferenças inrageracionais, poderia levar a resulados disinos no que se refere à evolução esperada dos agregados macroeconômicos e, principalmene, à análise de bem-esar. Terceiro, a hipóese de ausência de heranças volunárias resringe a flexibilidade dos aposenados para reagirem a mudanças na ribuação sobre o consumo. Quaro, a adoção de uma função de produção neoclássica, que ignora a possibilidade de crescimeno endógeno, pode subesimar a magniude dos impacos macroeconômicos de alerações ribuárias. Preende-se, em rabalhos fuuros, avançar na análise de reformas ribuárias aravés do uso de um modelo eórico que incorpore um ou mais desses aspecos. Referências AFONSO, José R. R.; VARSANO, Ricardo. Reforma ribuária: sonhos e frusrações. In: GIAMBIAGI, Reis; URANI, André. (Org.). Reforma no Brasil: balanço e agenda. Rio de Janeiro: Nova Froneira, AUERBACH, Alan J.; KOTLIKOFF, Laurence J. Dynamic fiscal policy. Cambridge: Cambridge Universiy Press, 987. BARRETO, Flávio. Três ensaios sobre reforma de sisemas previdenciários. Tese (Douorado em Economia) Fundação Geúlio Vargas, Rio de Janeiro, 997. BARRETO, Flávio; OLIVEIRA, Luiz G. S. Aplicação de um modelo de gerações superposas para a reforma da previdência no Brasil: uma análise de sensibilidade no esado esacionário. Anais do XVII Enconro Brasileiro de Economeria, Salvador-BA, SBE, Transição para regimes previdenciários de capialização e seus efeios macroeconômicos de longo prazo no Brasil. Esudos Econômicos, v. 3, n., 200. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

23 Marco Anônio Freias de Hollanda Cavalcani, Napoleão Luiz Cosa da Silva 965 DOCQUIER, Frédéric; LIÉGEOIS, Philippe, Simulaing compuable overlapping generaions models wih TROLL. Compuaional Economics, v. 23, p. -9, ELLERY JUNIOR, Robero de G.; BUGARIN, Mira N. S. Previdência social e bem esar no Brasil. Revisa Brasileira de Economia, v. 57, n., FERREIRA, Pedro C. G.; ARAÚJO, Carlos H. V. Reforma ribuária efeios alocaivos e impacos de bem-esar. Revisa Brasileira de Economia, v. 53, n. 2, 999. FERREIRA, Pedro C. G.; NASCIMENTO, Leandro G. do. Welfare and growh effecs of alernaive fiscal rules for infrasrucure invesmen in Brazil. Ensaios Econômicos EPGE, nov FERREIRA, Sérgio G. Social securiy reforms under an open economy: he Brazilian case. Revisa Brasileira de Economia, v. 58, n. 3, FOCHEZATTO, Adelar; SALAMI, Carlos R. Avaliando os impacos de políicas ribuárias sobre a economia brasileira com base em um modelo de equilíbrio geral de gerações superposas. Revisa Brasileira de Economia, v. 63, n.3, JOKISCH, Sabini; KOTLIKOFF, Laurence J. Simulaing he dynamic macroeconomic effecs of he fairax. The Naional Tax Journal, LANNES JR., Osmar P. Aspecos macroeconômicos da reforma da previdência social no Brasil: duas análises em equilíbrio geral com resrições ao crédio. Tese (Douorado em Economia) Fundação Geúlio Vargas, Rio de Janeiro, 999. LANNES JR., Osmar P.; OLIVEIRA, Luiz G. S. Avaliação dos efeios de bem-esar associados à mudança do regime previdenciário: uma análise de equilíbrio geral compuável na presença de resrições ao crédio. Anais do XX Enconro Brasileiro de Economeria, Viória-ES, SBE, 998. LLEDO, Vicor D. Tax sysems under fiscal adjusmen: a dynamic CGE analysis of he Brazilian ax reform. IMF Working Paper, July Menezes, Francisco M.S.; Barreo, Flávio A. Reforma ribuária no Brasil: lições de um modelo de equilíbrio geral aplicado. Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. especial, p , dez SILVA, Napoleão L. C. da; TOURINHO, Ocávio A. F.; ALVES, Yann L. B. O impaco da reforma ribuária na economia brasileira: uma análise com o modelo CGE. In: Texo para Discussão n o 056, IPEA, Rio de Janeiro, nov TELES, Vladimir K.; ANDRADE, Joaquim P. Reformas ribuária e previdenciária e a economia brasileira no longo prazo. Revisa Brasileira de Economia, v. 60, n., p , VARIAN, Hal R. Microeconomic analysis, New York: W. W. Noron, 992. VIGNA, Bruno Z. A previdência social brasileira após a ransição demográfica: simulações de proposas de reforma. Anais do XXXIV Enconro Nacional de Economia, Salvador-BA, ANPEC, Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez.. 200

24 966 Impacos de Políicas de Desoneração do Seor Produivo ANEXO A Tabela A Idades Probabilidades de More Idades Probabilidades de More Exaas enre Duas Idades Exaas Exaas enre Duas Idades Exaas (X) Q (X, N) (Por Mil) (X) Q (X, N) (Por Mil) 2, ,630 22, ,040 23, ,495 24, , , , , , , , , , ,226 57, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,24 Fone: IBGE - COPIS. Noas: N=; Q(X, N) = Probabilidades de more enre as idades exaas X e X + N. Es. econ., São Paulo, 40(4): , ou.-dez. 200

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Reforma Previdenciária e Impacos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Em dezembro de 998 foi sancionada a Emenda Consiucional número 0, que modificou as regras exisenes no sisema de Previdência Social.

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site 2/mar/ 27 A Revisão do PIB Affonso Celso Pasore pasore@acpasore.com Maria Crisina Pinoi crisina@acpasore.com Leonardo Poro de Almeida leonardo@acpasore.com Terence de Almeida Pagano erence@acpasore.com

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. A eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4 Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 207 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 4 Gerações Superposas em Tempo Conínuo Na ausência de de

Leia mais

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Expecaivas, consumo e Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 16 16.1 Consumo A eoria do consumo foi desenvolvida na década de 1950 por Milon Friedman, que a chamou de eoria do consumo da renda permanene,

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se aposentar? Ricardo Brito e Paulo Minari

Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se aposentar? Ricardo Brito e Paulo Minari Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? Ricardo Brio e Paulo Minari Educação Financeira no Brasil e no Mundo São Paulo Dezembro 2015 Roeiro: 1. Moivação 2. Modelo 3. Parâmeros

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. 5 Inrodução Produo nacional, lucros e invesimeno em um modelo simplificado Modificações no invesimeno e

Leia mais

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Políica fiscal: Um resumo Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 26 2006 Pearson Educaion Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard 26.1 Capíulo 26: Políica fiscal um resumo Resrição orçamenária do governo

Leia mais

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS Capíulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES ONETÁRIAS EXÓGENAS 2.. INTRODUÇÃO Nese capíulo analisamos uma economia similar à considerada no capíulo anerior, mas com a diferença

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário Kalecki,

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda O efeio muliplicador e a disribuição de renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da

Leia mais

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade 3 Uma meodologia para validação esaísica da análise écnica: a busca pela homogeneidade Ese capíulo em como objeivo apresenar uma solução para as falhas observadas na meodologia uilizada por Lo e al. (2000)

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica Problema de conrole óimo com equações de esado P-fuzzy: Programação dinâmica Michael Macedo Diniz, Rodney Carlos Bassanezi, Depo de Maemáica Aplicada, IMECC, UNICAMP, 1383-859, Campinas, SP diniz@ime.unicamp.br,

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país 57 4 Análise Empírica As simulações apresenadas no capíulo anerior indicaram que a meodologia desenvolvida por Rigobon (2001 é aparenemene adequada para a análise empírica da relação enre a axa de câmbio

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

Produtividade, Carga Tributária e Setor Informal: Uma Abordagem da Década de 1990 no Brasil (Parte II)

Produtividade, Carga Tributária e Setor Informal: Uma Abordagem da Década de 1990 no Brasil (Parte II) emas de economia aplicada 31 Produividade, Carga Tribuária e Seor Informal: Uma Abordagem da Década de 1990 no Brasil (Pare II) Julia Passabom Araujo (*) 1 Inrodução A Produividade Toal dos Faores (PTF)

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira Seção: Macroeconomia Revisa Economia & Tecnologia (RET) Volume 9, Número 4, p. 51-60, Ou/Dez 2013 Choques esocásicos na renda mundial e os efeios na economia brasileira Celso José Cosa Junior* Resumo:

Leia mais

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009 TIR Taxa Inerna de Reorno LCF 685-Economia de Recursos Floresais 2009 TIR: Taxa Inerna de Reorno AT Taxa Inerna de Reorno (TIR)de um projeo é aquela que orna o valor presene das receias menos o valor presene

Leia mais

DIFERENCIAL DE INFLAÇÃO E CONVERGÊNCIA REAL DE PORTUGAL*

DIFERENCIAL DE INFLAÇÃO E CONVERGÊNCIA REAL DE PORTUGAL* Arigos DIFERECIAL DE IFLAÇÃO E COVERGÊCIA REAL DE PORUGAL* Paulo Brio** Isabel Hora Correia*** Ese rabalho ena medir de que modo a convergência real observada em Porugal na década de 9 pode er conribuído

Leia mais

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio 3 Fluxos de capiais e crescimeno econômico: o canal do câmbio Nese capíulo exploraremos as implicações de um imporane canal de ransmissão pelo qual um volume maior de fluxos de capiais exernos enre países

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

4 Modelo de fatores para classes de ativos

4 Modelo de fatores para classes de ativos 4 Modelo de aores para classes de aivos 4.. Análise de esilo baseado no reorno: versão original (esáica A análise de esilo baseada no reorno é um procedimeno esaísico que visa a ideniicar as ones de riscos

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

5 Método dos Mínimos Quadrados de Monte Carlo (LSM)

5 Método dos Mínimos Quadrados de Monte Carlo (LSM) Méodo dos Mínimos Quadrados de Mone Carlo (LSM) 57 5 Méodo dos Mínimos Quadrados de Mone Carlo (LSM) O méodo LSM revela-se uma alernaiva promissora frene às radicionais écnicas de diferenças finias e árvores

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Quesão: Suponha que um governo de direia decida reduzir de forma permanene o nível do seguro desemprego. Pede-se: a) Quais seriam

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 2011 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 5 Crescimeno com Inovações Horizonais (Inpu Varieies) 1-

Leia mais

FINANÇAS EMPRESARIAIS I

FINANÇAS EMPRESARIAIS I 8. Invesimeno em Obrigações 1 8.1. Aspecos gerais 8.2. O cupão 8.3. Reembolso de um emprésimo obrigacionisa Bibliografia: Canadas, Naália (1998), A Maemáica do Financiameno e das Aplicações de Capial,

Leia mais

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários 3 A ormação de Preços dos uuros Agropecuários Para avaliar a formação de preços nos mercados fuuros agropecuários é necessária uma base de comparação Para al base, esa disseração usa os preços que, em

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549 Capíulo 2 Soluções: Medição da Acividade Económica Exercício 24 (PIB pelaópica da despesa) i. Usando os valores da abela que consa do enunciado, a solução das várias alíneas é imediaa, basando para al

Leia mais

Cap. 5 - Tiristores 1

Cap. 5 - Tiristores 1 Cap. 5 - Tirisores 1 Tirisor é a designação genérica para disposiivos que êm a caracerísica esacionária ensão- -correne com duas zonas no 1º quadrane. Numa primeira zona (zona 1) as correnes são baixas,

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

Equivalência Ricardiana e os Efeitos da Política Fiscal na Economia Brasileira

Equivalência Ricardiana e os Efeitos da Política Fiscal na Economia Brasileira Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal na Economia Brasileira Ricardian Equivalence and he Effecs of Fiscal Policy in he Brazilian Economy Liderau dos Sanos Marques Junior* Resumo: Ese arigo

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6]

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6] 4 O Fenômeno da Esabilidade de Tensão [6] 4.1. Inrodução Esabilidade de ensão é a capacidade de um sisema elérico em maner ensões aceiáveis em odas as barras da rede sob condições normais e após ser submeido

Leia mais

4 Método de geração de cenários em árvore

4 Método de geração de cenários em árvore Méodo de geração de cenários em árvore 4 4 Méodo de geração de cenários em árvore 4.. Conceios básicos Uma das aividades mais comuns no mercado financeiro é considerar os possíveis esados fuuros da economia.

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez Universidade Federal de Peloas UFPEL Deparameno de Economia - DECON Economia Ecológica Professor Rodrigo Nobre Fernandez Capíulo 6 Conabilidade Ambienal Nacional Peloas, 2010 6.1 Inrodução O lado moneário

Leia mais

Produto Financeiro Complexo

Produto Financeiro Complexo Adverências ao Invesidor BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A. Sociedade Abera Sede: Praça D. João I, 28, Poro Ma. CRC do Poro sob o nº único de marícula e idenificação fiscal: 501.525.882 Capial Social: 6.064.999.986

Leia mais

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO Luiz Henrique Paraguassú de Oliveira 1, Paulo Robero Guimarães Couo 1, Jackson da Silva Oliveira 1, Walmir Sérgio da Silva 1, Paulo Lyra Simões

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA PDE: lucro, consumo e invesimeno 1. KLECK: DEMND EFETV, CCLO E TENDÊNC 1.1. Disribuição, Lucro e Renda PDE: lucro, consumo e invesimeno Kalecki, TDE, cap. 3 eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança

Leia mais

Características dos Processos ARMA

Características dos Processos ARMA Caracerísicas dos Processos ARMA Aula 0 Bueno, 0, Capíulos e 3 Enders, 009, Capíulo. a.6 Morein e Toloi, 006, Capíulo 5. Inrodução A expressão geral de uma série emporal, para o caso univariado, é dada

Leia mais

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel MAEMÁICA APLICADA AO PLANEJAMENO DA PRODUÇÃO E LOGÍSICA Silvio A. de Araujo Socorro Rangel saraujo@ibilce.unesp.br, socorro@ibilce.unesp.br Apoio Financeiro: PROGRAMA Inrodução 1. Modelagem maemáica: conceios

Leia mais

3 Estudo da Barra de Geração [1]

3 Estudo da Barra de Geração [1] 3 Esudo da Barra de eração [1] 31 Inrodução No apíulo 2, raou-se do máximo fluxo de poência aiva e reaiva que pode chear à barra de cara, limiando a máxima cara que pode ser alimenada, e do possível efeio

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

Curso Gabarito Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Curso Gabarito Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Curso Gabario Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips Prof.: Anonio Carlos Assumpção Produo, Desempreo e Inflação Ese exemplo (capíulo 7 Blanchard) baseia-se em rês relações: A lei de Okun, que relaciona

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 1 III Congresso da Sociedade Poruguesa de Esaísica Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 Políicas Ópimas e Quase-Ópimas de Inspecção de um Sisema Sujeio a Falhas Cláudia Nunes, João Amaral Deparameno de Maemáica,

Leia mais

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas Conceios Iniciais Ese capíulo esá dividido em rês seções. A primeira explica conceios básicos que serão usados de forma recorrene ao longo da pesquisa como noação e alguns ermos écnicos. A segunda seção

Leia mais

Modelo de Solow com Memória

Modelo de Solow com Memória Trabalho apresenado no XXXVII CNMAC, S.J. dos Campos - SP, 217. Proceeding Series of he Brazilian Sociey of Compuaional and Applied Mahemaics Modelo de Solow com Memória João Plínio Juchem Neo 1 Cenro

Leia mais

DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO:

DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO: FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ECONOMIA DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO:

Leia mais

Information. Séries de Tempo. José Fajardo. EBAPE- Fundação Getulio Vargas. Agosto 2011

Information. Séries de Tempo. José Fajardo. EBAPE- Fundação Getulio Vargas. Agosto 2011 Informaion Séries de Tempo José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo Prf. José Faardo Informaion Ph. D in Mahemaical Economics (IMPA-Brazil) Mahemaical Finance, Financial

Leia mais

DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO RESUMO

DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO RESUMO DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO Luiz Carlos Takao Yamaguchi 1 Luiz Felipe de Oliveira Araújo 2 RESUMO O modelo eia de aranha é uma formulação que ena explicar o comporameno da produção agropecuária

Leia mais

Prof. Carlos H. C. Ribeiro ramal 5895 sala 106 IEC

Prof. Carlos H. C. Ribeiro  ramal 5895 sala 106 IEC MB770 Previsão usa ando modelos maemáicos Prof. Carlos H. C. Ribeiro carlos@comp.ia.br www.comp.ia.br/~carlos ramal 5895 sala 106 IEC Aula 14 Modelos de defasagem disribuída Modelos de auo-regressão Esacionariedade

Leia mais

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

Demonstração do cálculo da base de incidência tributária por diferença de curvas

Demonstração do cálculo da base de incidência tributária por diferença de curvas arigo ARTIGO Demonsração do cálculo da base de incidência ribuária por diferença de curvas O objeivo dese rabalho é demonsrar a base ribuária sobre derivaivos para PIS, Cofins, CSLL e IRPJ, com base na

Leia mais

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais.

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais. FB 2006 Economia para Advogas: Microeconomia. Lisa de exercícios sobre peso moro imposo e de barreiras comerciais. Robero Guena de Oliveira 12 de junho de 2011 1. O merca de pizza se caraceriza por uma

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Economeria Semesre 00.0 6 6 CAPÍTULO ECONOMETRIA DE SÉRIES TEMPORAIS CONCEITOS BÁSICOS.. ALGUMAS SÉRIES TEMPORAIS BRASILEIRAS Nesa seção apresenamos algumas séries econômicas, semelhanes às exibidas por

Leia mais

5 MERCADO FUTURO DE ENERGIA ELÉTRICA

5 MERCADO FUTURO DE ENERGIA ELÉTRICA 5 MERCADO FUTURO DE ENERGIA ELÉTRICA O mercado fuuro permie fixar / limiar o preço fuuro dos produos aravés de conraos e dessa forma permie aos agenes de produção e consumo gerenciar a incereza sobre o

Leia mais

Introdução às Medidas em Física

Introdução às Medidas em Física Inrodução às Medidas em Física 43152 Elisabeh Maeus Yoshimura emaeus@if.usp.br Bloco F Conjuno Alessandro Vola sl 18 agradecimenos a Nemiala Added por vários slides Conceios Básicos Lei Zero da Termodinâmica

Leia mais

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Os ponos de equilíbrio de um modelo esão localizados onde o gráfico de + versus cora a rea definida pela equação +, cuja inclinação é (pois forma um ângulo

Leia mais

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco Função de risco, h() 3. Função de risco ou axa de falha Manuenção e Confiabilidade Prof. Flavio Fogliao Mais imporane das medidas de confiabilidade Traa-se da quanidade de risco associada a uma unidade

Leia mais

Índice de Avaliação de Obras - 15

Índice de Avaliação de Obras - 15 Índice de Avaliação de Obras - 15 Assim sendo e de modo idênico ao apresenado na meodologia do ID, o cumprimeno do que foi programado indica no Índice de Avaliação de Obras, IAO, ambém o valor 1 (hum).

Leia mais

Nota Técnica Atuarial. Plano de Benefício Definido Saldado

Nota Técnica Atuarial. Plano de Benefício Definido Saldado Noa Técnica Auarial Plano de Benefício Definido Saldado Julho de 2010 ÍNDICE 1 - OBJETIVO...2 2 - HIPÓTESES ATUARIAIS...2 3 - MODALIDADE DOS BENEFÍCIOS...3 4 REGIMES FINANCEIROS E MÉTODOS ATUARIAIS...3

Leia mais

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo.

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo. Inrodução ao Conrole Óimo: Oimização de funções e funcionais. Oimização paramérica. Problema de conrole óimo com empo final fio. Oimização Deerminação de uma ação que proporciona um máimo de benefício,

Leia mais

4 Modelo teórico Avaliação tradicional

4 Modelo teórico Avaliação tradicional 4 Modelo eórico 4.1. Avaliação radicional Em economia define-se invesimeno como sendo o ao de incorrer em um cuso imediao na expecaiva de fuuros reornos (DIXIT e PINDYCK, 1994). Nesse senido as empresas

Leia mais

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1.

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1. 1. (Unesp 017) Um cone circular reo de gerariz medindo 1 cm e raio da base medindo 4 cm foi seccionado por um plano paralelo à sua base, gerando um ronco de cone, como mosra a figura 1. A figura mosra

Leia mais