Equivalência Ricardiana e os Efeitos da Política Fiscal na Economia Brasileira

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1 Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal na Economia Brasileira Ricardian Equivalence and he Effecs of Fiscal Policy in he Brazilian Economy Liderau dos Sanos Marques Junior* Resumo: Ese arigo analisa os efeios da políica fiscal na economia brasileira no período de 1995 a Para ano, apresena a hipóese da equivalência ricardiana e discue as objeções eóricas. A parir de uma abordagem de veor auorregressivo (VAR), analisa-se a resposa das variáveis poupança nacional/pib e consumo privado/pib a impulsos nas variáveis de políica fiscal, carga ribuária e consumo do governo/pib. Os resulados indicam que os efeios de choques na carga ribuária não são ricardianos no caso brasileiro. Palavras-chave: Políica fiscal. Equivalência ricardiana. Modelo veor auorregressivo. Absrac: The paper invesigaes he effecs of fiscal policy in Brazilian economy during he period. For ha, presens he ricardian equivalence hypohesis and discuss heoreical objecions. From he vecor auoregressive (VAR) approach, he paper analyzes he reacion of he variables naional saving/gdp and privae consumpion/gdp o impulses in he variables of fiscal policy ax burden and governmen consumpion/gdp. The resuls indicae ha he effecs of shocks in he ax burden are no ricardians in he Brazilian case. Keywords: Fiscal policy. Ricardian equivalence. Vecor auoregressive. JEL Classificaion: C32; E6; E62. 1 Inrodução O debae sobre a imporância da políica fiscal e seus efeios econômicos volou à ona com o plano de esímulo fiscal de 2009 do Presidene Barack Obama no monane de US$ 787 bilhões. Na discussão ravada enre, de um lado, economisas como Paul Krugman e Chrisina Romer, que defendem medidas de políica fiscal para irar a economia nore-americana de uma depressão, e, de ouro lado, auores como John Cochrane, John Taylor e Eugene Fama, que preconizam a ineficácia da políica fiscal em produzir efeios sobre o nível de produo da economia, reapareceu no cenro do debae a hipóese da equivalência ricardiana (HER). * Douor em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Analisa pesquisador em Economia da Fundação de Economia e Esaísica Siegfried Emanuel Heuser (FEE). liderau@fee.che.br MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

2 Na versão de Barro (1989b), a HER propõe que, quando ocorre um aumeno do défici público, a menor poupança do governo é exaamene compensada por um aumeno da poupança privada, de al modo que a poupança nacional (ou domésica) não se alera. Assim, o défici público não em efeios sobre a aividade econômica e, por conseguine, sobre o produo real da economia. Os rabalhos de Barro (1989b), Bernheim (1987), Leiderman e Blejer (1988), Becker e Paalzow (1996), Vieira (2005) e Galí e al. (2007) analisam a HER e discuem suas objeções eóricas. Ademais, esses esudos fazem uma resenha da lieraura empírica que busca esar os efeios econômicos da políica fiscal. A HER é esada considerando-se diversas abordagens, desacando-se as esimações da função consumo agregado e esimações a parir do problema do consumidor de maximização ineremporal da uilidade. Os esudos de Sachsida e Carneiro (2001) e Sachsida e Carlucci (2010) esam a HER com dados da economia brasileira. Todavia, os resulados dos esudos são conflianes. Sachsida e Carneiro (2001) concluem que os agenes respondem às mudanças na dívida pública de modo não compaível com o proposo pelo eorema ricardiano. Já Sachsida e Carlucci (2010), baseando-se em eses de exogeneidade, concluem que não impora a forma de financiameno do governo, os agenes não mudam de comporameno, logo os resulados sugerem a aceiação da HER. Vieira (2005) ambém faz uma resenha dos esudos empíricos que buscam esar a HER e rabalha com dados para a economia brasileira. O auor uiliza dados em ermos per capia e analisa o período do primeiro rimesre de 1991 ao primeiro rimesre de A parir de diferenes procedimenos de eses empíricos, ele conclui que não há validade da HER para o Brasil. A razão básica reside na resrição de liquidez a que esão sujeios grande parcela dos consumidores brasileiros. Mendonça e al. (2009) adoam um deerminado procedimeno de idenificação para analisar os efeios de choques fiscais na economia brasileira. Enre os resulados obidos, desaca-se a conclusão de que um aumeno inesperado do gaso do governo em como resposa um aumeno do consumo privado, o que conraria a HER. Peres e Ellery Jr. (2009) analisam os efeios de choques fiscais do governo cenral sobre a aividade econômica no Brasil no período 1994 a A parir de um veor auorregressivo esruural (SVAR), concluem que a resposa do produo aos choques fiscais é ipicamene keynesiana: é posiiva diane de um choque nos gasos e negaiva no caso de choque nos imposos. Baseando-se em Favero e Giavazzi (2007), Cavalcani e Silva (2010) consideram o papel da dívida pública na evolução das variáveis fiscais no caso da economia brasileira no período de 1995 a Os resulados obidos sugerem que os 216 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

3 efeios de choques fiscais no nível de produo são superesimados quando não se leva em cona a razão dívida/pib no modelo SVAR. Moreira (2010) analisa os efeios da políica fiscal no Brasil para o período do primeiro rimesre de 1995 ao erceiro rimesre de Os resulados indicam que a dívida pública em um papel imporane na deerminação das variáveis demanda real por moeda, razão invesimeno/pib e hiao do produo. Assim, as evidências não corroboram a HER no caso do Brasil. Não se em espaço para analisar cada esudo ressalando os ponos fracos e fores, odavia, a maioria dos esudos sugere que os efeios da políica fiscal não são ricardianos no caso da economia brasileira. O presene rabalho em como objeivos discuir pare da lieraura que analisa os efeios da políica fiscal e apresenar uma análise empírica na qual se esa a validade da HER, com os dados do Brasil, propondo-se a abordagem do modelo veor auorregressivo com correção de erros (VEC). Uiliza-se al abordagem porque permie analisar a resposa das variáveis consumo privado/pib e poupança nacional/pib a choques nas variáveis fiscais (carga ribuária e gasos públicos/pib). Ademais, se analisa se as variáveis em esudo (carga ribuária, gasos públicos/ PIB, consumo privado/pib e poupança nacional/pib) êm uma dinâmica comum e, por conseguine, se êm um componene de longo prazo e um de curo prazo. O período analisado compreende do primeiro rimesre de 1995 ao quaro rimesre de O arigo esá assim dividido: na segunda seção se analisa a HER; na erceira seção discuem-se as diversas objeções eóricas ao argumeno ricardiano; na quara seção são analisadas as rês principais abordagens (ricardiana, neoclássica e keynesiana) que discuem os efeios da políica fiscal; na quina seção aborda-se a pare empírica do rabalho, em que são analisadas as séries rimesrais de consumo do governo, consumo das famílias, carga ribuária e poupança nacional brua (odas em relação ao PIB) para o período que compreende do primeiro rimesre de 1995 ao quaro rimesre de 2009; e, por fim, na quina e úlima seção, ecem-se as considerações finais. 2 A Hipóese da Equivalência Ricardiana Na versão de Barro (1989a, 1989b e 1997), a HER propõe que a políica fiscal não em efeio sobre a aividade econômica. Essa proposição é obida com base no seguine argumeno: dada uma rajeória de gasos públicos, a riqueza líquida das famílias em valor presene não é afeada pela políica fiscal. Os suposos da abordagem ricardiana são os seguines: a) os imposos são do ipo lump-sum; b) o défici público é financiado aravés de emissão de íulos públicos; c) a axa de juros paga pelo governo é a mesma obida pelo seor privado; MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

4 d) os seores (público e privado) êm igual horizone de planejameno; e e) em-se oal cereza sobre a políica fiscal do governo. Becker e Paalzow (1996) expliciam os demais suposos da abordagem: a) os agenes são racionais e êm visão de longo prazo; b) os cusos associados à emissão e ao serviço da dívida são nulos ou irrisórios; c) a rajeória e o valor presene dos gasos do governo não são afeados pela ocorrência de déficis ou superávis públicos; d) o consumo dos agenes é deerminado solucionando-se o problema ineremporal de maximização da uilidade; e) os mercados de capiais ou de crédio são perfeios; e f) odos os mercados enconram-se em equilíbrio e há pleno emprego dos recursos. A resrição orçamenária do governo no período, em ermos reais, é dada por: G r B = T + ( B B ) 1 (1) em que G são os gasos do governo (incluindo ransferências); B -1 é o esoque da dívida pública ao final do período -1; r -1 é a axa de juros real sobre a dívida pública; e T é a receia ribuária. A resrição orçamenária da família represenaiva no período, em ermos reais, é assim expressa: w + v = + c + b + b 1 ( 1+ r 1 ) em que w é o salário real no período ; b é o monane de dívida pública em poder da família ao final do período ; v são as ransferências lump-sum para a família; é o imposo lump-sum sobre a família; e c é o consumo da família no período. O faor valor presene, d, é definido por: (2) d d = (3) 1 1+ r 1 para = 1, 2,... e d 0 = 1. A resrição orçamenária da família em valor presene com horizone finio H é assim expressa: H H H H + d w + d v = d c b d + d H b H (4) 218 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

5 Quando H ende ao infinio, o úlimo ermo, à direia na equação 4, ende a zero. Porano, a resrição orçamenária da família em valor presene com horizone infinio é: 1 b 0 + d w + d v = d c + d (5) No agregado, a riqueza líquida das famílias em valor presene depende da dívida pública inicial, B 0, do valor presene das ransferências e do valor presene dos imposos: B + d V d T (6) Supondo-se V = 0 em cada período, a riqueza líquida das famílias em valor presene depende apenas da dívida pública inicial e do valor presene dos imposos: B d T (7) 0 1 Todavia, da equação 1 e considerando-se que lim ( d H BH ) = 0, ou seja, H que a resrição ineremporal do governo é saisfeia, em-se que a riqueza líquida das famílias em valor presene depende da dívida pública inicial, B 0, do valor presene dos imposos e do valor presene dos gasos: 2 B d T = d G (8) Porano, somene o valor presene dos gasos (dados exogenamene) afea a riqueza líquida das famílias. Por conseguine, as escolhas de consumo das famílias não dependem dos imposos. A forma como o governo financia seus gasos não em efeios reais sobre a economia. Esse resulado é uma versão do eorema da equivalência ricardiana. 1 Leiderman e Blejer (1988) apresenam um modelo de dois períodos. 2 A demonsração dessa afirmação pode ser enconrada em Barro (1989a, p. 203). MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

6 A políica fiscal afeará a riqueza líquida das famílias em valor presene e, consequenemene, as suas decisões de consumo se o valor presene dos imposos for alerado. Isso ocorrerá se o governo alerar o valor presene dos gasos. Assim, alerações nos gasos correnes e fuuros que impliquem mudança no valor presene dos gasos públicos e, por conseguine, no valor presene dos imposos, mesmo saisfazendo-se a resrição ineremporal do governo, produzirão efeios sobre a riqueza líquida das famílias em valor presene. Oura versão do eorema da equivalência ricardiana pode ser exposa considerando dois períodos. Dada uma rajeória de gasos do governo, um core nos imposos hoje gera um défici público cujo financiameno se dá via a emissão de íulos públicos, que, por sua vez, são oalmene adquiridos pelas famílias. Amanhã, a fim de resgaar a dívida pública, o governo eleva os imposos e as famílias pagam essa maior carga de imposos com os íulos públicos comprados onem, acrescidos dos juros. Como o valor presene dos imposos não se alerou, a rajeória de consumo das famílias não foi afeada, porque a aquisição dos íulos públicos não represenou aumeno de riqueza líquida para as famílias. 3 Visando-se expliciar ainda mais o argumeno ricardiano, considere o seguine exemplo: supondo-se que a dívida pública no período zero é igual a zero, ou seja, B 0 = 0, e que, no período 1, o governo reduz a arrecadação de imposos, T 1, em uma unidade $1, isso gera um aumeno da renda disponível agregada das famílias no período 1 em $1 e um défici ambém de $1. O resulado ricardiano implica que as famílias, ao invés de elevarem o consumo em $1, compram esse monane em íulos da dívida pública, B 1 =1. Assim, o défici público é oalmene financiado com dívida pública. As famílias se comporam dessa maneira porque, dada a rajeória de gasos do governo, uma redução em $1 de imposos no período 1 implica aumeno de $1 no valor dos imposos fuuros. Dessa forma, o efeio de al variação sobre o valor presene dos imposos é nulo. Porano, uma redução na poupança do governo levou a um aumeno de igual magniude na poupança privada desejada, de al modo que a poupança nacional não se alerou. Se o valor 3 Noa-se que se a rajeória dos imposos é dada e há um aumeno de gasos públicos no presene, o défici público é financiado por emissão de íulos públicos que são adquiridos pelas famílias; os íulos públicos são adquiridos via redução do consumo correne. Amanhã, a fim de resgaar a dívida pública, o governo reduz os gasos públicos e as famílias elevam o consumo vendendo os íulos comprados onem, acrescidos dos juros. Como o valor presene dos gasos não se alerou, enão a riqueza líquida das famílias em valor presene manem-se inalerada. Galí e al. (2007, p.228) resume assim o eorema: Ceeris paribus, an increase in governmen spending lowers he presen value of afer-ax income, hus generaing a negaive wealh effec ha induces a cu in consumpion. Ese rabalho assume que os consumidores gasam oda a renda correne, assim não omam emprésimos nem poupam. Tal comporameno pode ser aribuído a uma combinação de miopia, fala de acesso aos mercados financeiros e resrições imposas na omada de emprésimos. 220 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

7 presene dos imposos se alerasse, a rajeória de consumo das famílias ambém mudaria. 4 Blanchard (2004) desaca o papel das expecaivas das famílias. Uma longa sequência de déficis públicos, e o consequene aumeno da dívida pública de um país, não são moivos de preocupação desde que a despoupança do governo seja compensada por uma elevação igual da poupança privada, manendo-se a poupança oal inalerada e, por conseguine, o invesimeno da economia. Para que isso ocorra, as famílias omam suas decisões de consumo levando em cona não só a renda aual, mas ambém a renda fuura. Dada a expecaiva de maiores imposos no fuuro, a poupança privada cresce, reduzindo-se o consumo das famílias, de modo a compensar a queda da poupança do governo, manendo-se inalerada a poupança nacional. 3 Objeções Teóricas à Equivalência Ricardiana Barro (1989b), Bernheim (1987), Leiderman e Blejer (1988) e Becker e Paalzow (1996) fazem um apanhado das objeções eóricas à equivalência ricardiana e dos esudos empíricos que esam os efeios econômicos da políica fiscal. A primeira objeção afirma que as pessoas não vivem para sempre, ou seja, o empo de vida é limiado e, porano, não se preocupam com a arrecadação de imposos após a sua more. Em ouras palavras, os agenes êm um horizone de planejameno que não é infinio ou, ao menos, menor do que o do governo. Daí a ausência de elos enre as gerações. Ouros faores aponados para a ausência de elos enre as gerações são: a) a preocupação das famílias com os seus descendenes não é suficienemene fore a pono de deixarem heranças posiivas; b) boa parcela da sociedade não se preocupa em poupar, seja por fala de renda, seja em razão de um comporameno consumisa; c) o empo de vida de cada indivíduo é incero; e d) a ocorrência de choques como doenças, acidenes e falências levam as famílias a não deixar heranças posiivas. 5 Assim, uma geração qualquer corre o risco de não er fundos (íulos mais juros acumulados) suficienes para arcar com o aumeno de imposos necessários para resgaar a dívida assumida. Na presença de incereza quano ao empo de vida, e assumindo a ausência de elos enre gerações ou enre as famílias e seus descendenes, um core de imposos no período correne implicará elevação da riqueza líquida e, por conseguine, do consumo das famílias. Segundo Becker e Paalzow (1996), o mesmo efeio pode ocorrer caso as famílias realizem subsiuições ineremporais incorre- 4 Para uma exposição didáica do argumeno, ver Blanchard (2004) e Heijdra (2009). 5 Essas suposições são mais realisas do que as seguines: a) as famílias ou indivíduos preocupam- -se ano com seus descendenes que deixam heranças posiivas; e b) com cereza, cada geração lega heranças posiivas suficienes para que uma geração qualquer use esses fundos para honrar a dívida passada. MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

8 as e equivocadas dos recursos fuuros em relação aos correnes. Essa suposição é basane razoável considerando-se que as famílias, por diversas razões, perdem oporunidades exisenes hoje ou superesimam a probabilidade de maiores ganhos fuuros. A segunda objeção refere-se às moivações que as famílias êm ao realizarem ransferências para os indivíduos de ouras gerações. Assumindo-se a exisência de ouras moivações para as ransferências volunárias aos descendenes, 6 além do alruísmo, pode aconecer uma siuação em que as ransferências não sejam suficienemene elevadas de modo a compensarem o aumeno de imposos necessário para resgaar a dívida pública legada pelas gerações passadas. Supondo-se um core de imposos hoje capaz de elevar a riqueza líquida das famílias, nesse caso o consumo e a poupança privada se elevam, enreano o aumeno na poupança privada pode não compensar a queda da poupança pública, o que erá como efeio uma redução da poupança nacional. 7 A erceira objeção argumena que os mercados de crédio são imperfeios ou que há resrições à concessão de emprésimos para deerminados seores (ou grupos) em função dos cusos de ransação. Com mercados de crédio perfeios, se a família desejar ransferir renda ao longo do empo, com o objeivo de maximizar ineremporalmene a sua função uilidade, poderá fazê-lo omando emprésimos ou empresando recursos à mesma axa paga pelo governo. Conforme Becker e Paazlow (1996), a suposição de que os mercados de crédio são perfeios esá associada a um ouro suposo, a saber, o de que não exise problema de informação enre os omadores de emprésimos e os inermediários financiadores, assim não é necessário adicionar um prêmio de risco sobre as axas de juros. Conudo, admiindo-se a assimeria de informação enre omadores de emprésimos e inermediários financeiros, haverá diferenes axas de juros para os mais diversos seores ou grupos. Para Becker e Paazlow (1996), mercados de crédio perfeios implicam famílias não sujeias a resrição de liquidez. Se isso fosse verdadeiro, qualquer família poderia compromeer sua renda fuura sem precisar de maiores garanias. Enreano, quando se leva em cona que muias famílias êm pouca ou nenhuma garania, um core de imposos, financiado por dívida, irá aliviar a resrição de liquidez, o que alerará o consumo correne das famílias. 6 Além do alruísmo, a lieraura econômica considera a exisência de ouras moivações, ais como incereza em relação à duração da vida, generosidade e ransferências por more repenina. 7 Numa economia fechada, a redução da poupança nacional implica elevação da axa de juros real e, porano, redução na formação de capial. Numa economia abera e pequena, a implicação seria uma maior enrada de capial esrangeiro, apreciação da axa de câmbio real e, por conseguine, deerioração da cona correne. Em ambas as siuações se êm imporanes efeios econômicos da políica fiscal. 222 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

9 Supondo-se uma economia fechada e dois grupos de agenes, em-se a seguine siuação: o grupo A em fácil acesso ao crédio (grandes empresas, fundos de pensão e famílias de renda ala) e o grupo B em difícil acesso ao crédio (pequenas empresas e famílias de renda baixa). O grupo A e o governo êm a mesma axa de descono, já o grupo B em uma axa de descono maior do que a do governo. Enão, se o governo corar imposos correnes, o grupo A adquire sua pare de íulos públicos e sua riqueza líquida não se alera. Porém, o grupo B melhora de siuação porque lhes é permiido omar emprésimos à axa de juros do governo, o que moiva seus membros a elevar o consumo e o invesimeno correne. No agregado, a referida mudança na políica fiscal eleva a demanda agregada. A quara objeção refere-se ao suposo de que a família represenaiva deém perfeio conhecimeno sobre a equivalência enre imposos correnes e dívida pública como formas alernaivas de financiameno das conas do governo. Assumindo-se perfeio conhecimeno, a família represenaiva sabe que mudanças na políica fiscal não afeam sua riqueza líquida. De acordo com isso, considera-se o seguine exemplo: dada uma axa de juros de mercado de 10%, o imposo no monane de $100 sobre uma família é subsiuído por uma dívida que esabelece a obrigação de um pagameno de $10 em juros por ano. Nesse caso, a mudança de insrumenos de financiameno não afea a riqueza líquida da família. Para Buchanan e Wagner (1999), não se pode negligenciar as exigências em ermos de informação para que a família represenaiva se manenha indiferene quano às formas alernaivas de financiameno do governo. Para a família represenaiva se maner indiferene enre as diferenes formas de financiameno, ela deve conhecer o sisema ribuário, as compeências de arrecadação de cada imposo, assim como o perfil dos diversos ipos de íulos públicos negociados no mercado financeiro. Diane da complexidade de ais assunos, orna-se difícil susenar a indiferença da família represenaiva enre imposos e endividameno público. A quina objeção afirma que a incereza sobre quem recairão os imposos fuuros implica uma ala axa de descono na capialização desses compromissos fuuros. Assim, se houver redução de imposos correnes, a riqueza líquida das famílias alera-se, bem como o comporameno quano ao consumo. Leiderman e Blejer (1988) afirmam que é muio fore supor que as famílias sabem com anecedência quando haverá elevação dos imposos, quais os ipos de imposos que serão majorados e o monane do aumeno da carga ribuária, visando compensar a redução de imposos ocorrida hoje. Em ouras palavras, é muio fore supor que as famílias preveem perfeiamene a sua renda, os imposos e os gasos fuuros do governo. Levando-se em cona ais fones de incereza, a redução de imposos correnes produz mudanças de comporameno em ermos de consumo por pare das famílias, daí se segue que a políica fiscal em efeios econômicos imporanes. MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

10 A sexa objeção argumena que os imposos não são lump-sum, iso é, os imposos recaem sobre uma deerminada base (consumo, parimônio e renda) e, porano, afeam as decisões dos agenes econômicos. Mudanças no iming dos imposos provocam alerações nos preços relaivos de bens de consumo e dos faores de produção e, por conseguine, acarream os efeios subsiuição e renda. 8 Nesse conexo, a políica fiscal afea os incenivos para as pessoas rabalharem, produzirem e consumirem ao longo do empo, bem como as decisões das firmas. Porano, mudanças na políica fiscal não são neuras. Se os imposos não são lump-sum, uma redução hoje, por exemplo, do imposo sobre a renda elevará o esforço de rabalho das famílias no período correne e o reduzirá no fuuro quando o imposo sobre a renda se elevar. Porano, o iming dos imposos em impacos sobre as decisões de consumo e poupança das famílias. A séima objeção afirma que, de um lado, o governo não é um simples coleor de imposos lump-sum e, por ouro lado, os gasos do governo não são lump-sum. De fao, anos os imposos quano os gasos êm efeios sobre a disribuição de renda. Ademais, os gasos do governo não são exógenos como propõe a HER. O monane e a esruura de gasos dependem de decisões políicas, e esas, por sua vez, são afeadas por resulados eleiorais e por pressões de grupos de ineresses. Enão, admiindo-se que a rajeória dos gasos não é dada exogenamene, assim como a rajeória dos imposos, a políica fiscal produz efeios econômicos relevanes. A oiava e úlima objeção leva em cona a probabilidade de um governo promover um caloe da dívida ou adiar a elevação dos imposos e, assim, não honrar seus compromissos com as famílias. Se há incereza sobre o comporameno fuuro do governo em relação à dívida pública, enão, de um lado, as famílias exigirão um prêmio de risco sobre os íulos públicos e, de ouro lado, aquelas avessas ao risco elevarão sua poupança, reduzindo o consumo correne. Porano, a políica fiscal produz efeios econômicos imporanes. A hisória econômica de diversos países mosra que a probabilidade de um governo não honrar seus compromissos não é nula. As objeções sugerem que a políica fiscal impora. Na seção seguine analisam-se os possíveis canais da políica fiscal aravés dos quais são produzidos efeios econômicos. 8 Mudanças nos níveis e nos ipos de imposos ambém provocam os efeios subsiuição e renda. 224 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

11 4 Efeios da Políica Fiscal A lieraura econômica sobre os efeios da políica fiscal sobre os agregados econômicos, em paricular os efeios dos déficis públicos, é basane exensa. 9 De fao, os efeios são ambíguos do pono de visa eórico. Sob o pono de visa neoclássico, uma elevação nos gasos do governo elevará os imposos fuuros sobre as famílias, sendo que al elevação reduzirá o valor presene da renda disponível das famílias e, por conseguine, o consumo privado se reduz. É imporane noar que um aumeno nos gasos do governo acarrea um maior valor presene dos imposos e, por conseguine, uma diminuição do valor presene da renda disponível das famílias desde que a resrição orçamenária ineremporal do governo seja obedecida. Porano, na visão neoclássica, a correlação enre consumo privado e consumo do governo é negaiva. 10 No mundo keynesiano, o aumeno dos gasos públicos ou a redução de imposos eleva a demanda agregada, que, aravés do efeio muliplicador, eleva a renda da economia. Consequenemene, o consumo privado ambém aumena. Embora não seja um pressuposo, o argumeno keynesiano é compaível com a hipóese de equilíbrio orçamenário ineremporal do governo. Porano, na abordagem keynesiana, a correlação enre consumo privado e os gasos públicos é posiiva. 11 Quano à relação enre imposos e consumo privado, ano o pono de visa neoclássico quano o keynesiano concorda que, qualquer que seja a causa de uma elevação dos imposos, o que se espera como efeio é a redução do consumo privado em razão de uma diminuição na renda disponível das famílias. Poran- 9 Bernheim (1989), Barro (1989b), Eisner (1989), Gramlich (1989) e Yellen (1989) esabelecem uma ampla discussão sobre as diferenes abordagens que invesigam os efeios econômicos da políica fiscal. Galí e al. (2007) discuem os efeios da políica fiscal levando em cona somene duas abordagens: a eoria dos ciclos econômicos reais e o modelo IS-LM. 10 Conudo, Cavalcani e Silva (2010) assinalam que o que a visão neoclássica preconiza depende do ipo de ribuos. Se a axação não for disorciva (imposos lump-sum), o aumeno de gasos públicos eleva a ofera de rabalho e, por conseguine, o produo se eleva; se a axação for disorciva, em-se queda do produo porque o aumeno dos gasos públicos gera desesímulo ao rabalho e ao invesimeno. 11 Essa mesma conclusão é obida ao se admiir que o consumo do governo é complemenar ao consumo privado. Supondo-se que o consumo do governo seja direcionado para consiuir um bom sisema legal, nesse caso os consumos, privado e público, são complemenares. Jönsson (2004) observa que um bom sisema legal reduz os cusos de ransação na economia. Como consequência, o consumo privado aumenará. Galí e al. (2007) desenvolvem um modelo de equilíbrio geral esocásico e dinâmico em que uma expansão nos gasos públicos, dadas as rajeórias dos imposos e da axa de juros real, em o poencial de elevar o consumo agregado, resulando em elevação da demanda agregada, do produo e do emprego. Ademais, supondo-se uma rigidez dos preços e que a grande parcela das famílias não se endivida ou poupa, iso é, que as famílias que gasam oda a renda disponível em consumo, os auores enconram evidências de que um choque posiivo nos gasos do governo esá associado a um significaivo aumeno no consumo das famílias. MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

12 o, segundo Jönsson (2004), espera-se uma correlação negaiva enre imposos e consumo privado. Para o auor referido, o mesmo aconece com as ransferências, ou seja, um aumeno nas ransferências leva a uma redução do consumo privado, isso porque se as ransferências aumenam, os imposos ambém se elevam, o que reduz o valor presene da renda disponível das famílias. Consequenemene, o consumo privado é menor. Becker e Paalzow (1996) comenam que, do pono de visa neoclássico, se a redução dos imposos hoje for maior do que o aumeno no valor presene dos imposos fuuros, manendo-se a rajeória dos gasos do governo, enão o consumo e a poupança privada se elevam. Todavia, o aumeno na poupança privada não é suficiene para compensar o declínio na poupança pública, consequenemene a poupança nacional decresce. Evidenemene, o amanho dos efeios mencionados depende da diferença enre a mudança nos imposos hoje e a variação no valor presene dos imposos fuuros. Ainda segundo Becker e Paalzow (1996), do pono de visa keynesiano, uma mudança no iming dos imposos irá afear o consumo privado correne. Caso ocorra uma redução dos imposos hoje, o consumo privado aumena porque a renda disponível correne se elevou e, aravés do efeio muliplicador, a renda aumena. É claro que os efeios sobre o consumo privado dependem do amanho da redução dos imposos. Supondo-se que uma redução dos imposos correnes gere um défici público, que é financiado aravés da emissão de íulos públicos, nessa siuação, se as axas de juros se elevarem, os invesimenos privados se reduzem, diminuindo o impaco sobre a renda gerado pela maior renda disponível. 12 Uma visão alernaiva sobre a relação enre políica fiscal e a rajeória do consumo privado é apresenada por Giavazzi e Pagano (1995). Segundo eles, a políica fiscal aual afea as expecaivas dos agenes sobre a políica fiscal fuura. Assim, uma conração fiscal pode sinalizar uma redução permanene nos gasos do governo e, porano, menores imposos fuuros. 13 Admiindo-se que os imposos são disorcivos, a conração fiscal implica não só maior renda disponível fuura, o que eleva o consumo privado, como ambém, em função de menores disorções, maior esímulo ao invesimeno privado. Assim, a conração fiscal em como efeios a elevação do consumo privado e da aividade econômica. Na visão ricardiana, pressupondo-se equilíbrio orçamenário ineremporal do governo e uma dada rajeória de gasos públicos, uma redução dos imposos 12 Eisner (1989) argumena que o défici não necessariamene desloca o invesimeno privado. Para ele, o aumeno na demanda agregada leva a um aumeno da lucraividade dos invesimenos privados, assim, o que se em é um maior nível de invesimeno privado, dada uma axa de juros. 13 Jönsson (2004) esclarece que períodos de grandes e/ou prolongadas mudanças na políica fiscal podem ser classificados como expansão ou conração fiscal dependendo da mudança no défici fiscal: conração fiscal é quando se em períodos de redução do défici fiscal, e expansão fiscal se caraceriza por períodos de elevação do défici fiscal. 226 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

13 correnes não em efeio sobre o consumo privado, pois a maior renda disponível por pare das famílias é oalmene alocada em íulos públicos, ou seja, a elevação na poupança privada compensa a queda na poupança pública de modo que a poupança nacional maném-se inalerada. Porano, o défici público ou a dívida pública não em efeios sobre a aividade econômica. 14 Na visão neoclássica, diferenemene do que propõe a abordagem ricardiana, as famílias omam suas decisões de consumo sem levar em cona a resrição orçamenária ineremporal do governo. Assim, dada uma rajeória de gasos públicos, uma redução de imposos esimula mais o consumo privado do que a poupança privada. Como o aumeno da poupança privada não compensa a queda na poupança pública, a poupança nacional decresce. Porano, o produo da economia se reduz. Por úlimo, na visão keynesiana, admiindo-se o equilíbrio orçamenário ineremporal, uma redução nos imposos correnes eleva o consumo privado correne e, por cona do efeio muliplicador, a renda da economia. A elevação da poupança privada supera a queda da poupança pública de modo que a poupança nacional se eleva. 15 Muios esudos discuem os efeios da políica fiscal sobre o nível de aividade e apresenam eses sobre a validade da HER. Os esudos empíricos não são conclusivos a respeio dos efeios da políica fiscal sobre o nível de produo. Bernheim (1987), Seaer (1993) e Galí e al. (2007) são exemplos de rabalhos que apresenam resumos das análises empíricas. Para o caso brasileiro, já se fez referência aos rabalhos de Sachsida e Carneiro (2001), Vieira (2005) e Moreira (2010). Na seção seguine propõe-se uma análise empírica que visa invesigar a validade da HER com dados para o Brasil. 5 Análise Empírica A parir da discussão eórica, a HER pode ser resumida em duas proposições: a) dada uma rajeória de gasos públicos, o consumo das famílias não é afeado por mudanças no iming dos imposos; b) dada uma rajeória de gasos públicos, alerações no iming dos imposos afeam a poupança privada, conudo a poupança domésica não se alera. Consequenemene, não se em efeios reais sobre o produo da economia. Enão, com base nas duas proposições eóricas, as variáveis endógenas consideradas na análise VEC são quaro (odas em relação ao PIB): consumo privado 14 De acordo com Barro (1989b), se os agenes percebem os íulos públicos como riqueza líquida, enão um aumeno do défici público esá associado a uma redução da poupança domésica. A redução na poupança nacional gera um aumeno da axa de juros e, por conseguine, a redução do esoque de capial. 15 Conforme Becker e Paalzow (1996), rês suposos são fundamenais para o resulado keynesiano: a) os consumidores em visão de curo prazo, porano não se preocupam com o fuuro; b) os consumidores esão sujeios às resrições de liquidez; e c) a economia opera numa siuação abaixo do pleno de emprego. MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

14 (c); carga ribuária (); gasos (consumo) do governo (g); e poupança nacional (s). Considerando-se esse conjuno de variáveis, a HER pode ser assim reformulada: 16 a) dada a relação gasos públicos/pib, variações na carga ribuária não êm efeios sobre a relação consumo privado/pib; b) dada a relação gasos públicos/pib, a relação poupança nacional/pib (= poupança das famílias + poupança do governo) não é afeada por variações na carga ribuária. Os dados rimesrais do consumo final das famílias, do consumo final da adminisração pública, da poupança nacional brua e do PIB foram obidos em como fone IBGE (2006). Os dados rimesrais da carga ribuária brua em como fone Sanos e al. (2010). O período em análise compreende do primeiro rimesre de 1995 ao quaro rimesre de Não foi possível usar séries mais longas devido à inexisência de dados referenes ao da carga ribuária brua. As séries foram dessazonalizadas pelo méodo X-12 muliplicaivo. 18 O Gráfico 1 apresena a série rimesral do consumo privado (c) sem e com ajuse sazonal (c_sa) em relação ao PIB. A endência da série com ajuse sazonal foi obida aravés do filro de Hodrick-Presco. A série apresena sazonalidade e uma endência de queda a parir de 1999, esabilizando-se em orno de 60% do PIB a parir do segundo rimesre de Deve-se lembrar que a poupança domésica é assim definida: S D = S p + S g, em que S p é a poupança privada e S g é a poupança do governo. A poupança privada é definida da seguine forma: S p = Y T C, em que Y é o produo da economia; T é a arrecadação de ribuos; Y T é a renda disponível do seor privado; e C é o consumo privado. A poupança do governo é definida como: S g = T G, em que G represena os gasos públicos. Subsiuindo-se as definições das poupanças privada e pública na definição da poupança domésica, em-se: S D = Y T C + T G. Dividindo-se por Y, em-se: S D /Y = (Y-T)/Y - C/Y + T/Y - G/Y. Quaro moivos levaram à decisão pela exclusão da variável renda disponível da análise. Primeiro, o VAR ampliado, que inclui a relação renda disponível/pib sugerido pelos criérios de informação de Akaike e Schwarz, com oio defasagens, apresena problemas de insabilidade e auocorrelação nos resíduos. Segundo, o VAR resrio, que exclui a relação renda disponível/pib, com duas defasagens, sugerido pelo criério de informação de Schwarz, saisfaz a condição de esabilidade e não apresena auocorrelação residual. Terceiro, o VAR resrio apresena uma esruura mais parcimoniosa de regressores do que o VAR ampliado. Quaro e úlimo, o ese de Chow indicou mudanças de parâmeros quando se leva em cona a relação renda disponível/pib e se divide a amosra em dois períodos: do primeiro rimesre de 1995 ao quaro rimesre de 1999 (20 observações) e do primeiro rimesre de 2000 ao quaro rimesre de 2009 (60 observações). Uma possível razão para os problemas do VAR ampliado é a visível quebra esruural na série da relação renda disponível/pib, conforme o Gráfico 5 do Anexo A. O dado uilizado referene à renda disponível é o da renda disponível brua, segundo o IBGE (2006). 17 Cabe ressalar que os resulados devem ser lidos com cauela devido ao reduzido amanho da amosra. 18 O pacoe uilizado na análise economérica é o Eviews Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

15 Gráfico 1 - Consumo privado com e sem ajuse sazonal (% do PIB) Fone: Elaboração própria a parir de IBGE (2006). A série rimesral do consumo do governo (g) sem e com ajuse sazonal (g_ SA) em relação ao PIB para o período em análise é mosrada no Gráfico 2. O que se noa é um aumeno da ampliude da sazonalidade a parir de Tal sazonalidade pode ser decorrene do salo no empenho de despesas em dezembro de cada ano por cona dos gasos com o décimo erceiro salário. A endência da série com ajuse sazonal apresena leve redução aé meados de Após ese período, a endência é de recuperação para o paamar inicial em orno de 21% do PIB. Gráfico 2 - Consumo do governo com e sem ajuse sazonal (% do PIB) Fone: Elaboração própria a parir de IBGE (2006). MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

16 A série rimesral da carga ribuária () sem e com ajuse sazonal (_SA) em relação ao PIB é apresenada no Gráfico 3. Enre as séries esudadas, a carga ribuária apresena comporameno sazonal mais níido ao longo de odo o período. A sazonalidade da carga pode esar associada ao padrão sazonal das receias ribuárias por cona de efeios da legislação e da aividade econômica. Além disso, a carga ribuária apresena uma clara endência de crescimeno enre 1995 e 2006, esabilizando-se em orno de 34% a parir de Gráfico 3 - Carga ribuária brua com e sem ajuse sazonal (% do PIB) Fone: Elaboração própria a parir de Sanos e al. (2010). Por úlimo, no Gráfico 4 se em a série rimesral da poupança nacional brua (s) sem e com ajuse sazonal (s_sa) em relação ao PIB. A série da poupança se caraceriza por fores fluuações de um rimesre para o ouro. Ademais, houve uma mudança de endência no período em análise: a poupança decresceu enre 1995 e 2001, apresenou endência de elevação aé 2006 e, após 2007, apresenou leve endência de queda. Conudo, a endência para odo o período é da relação poupança nacional/pib não superar o eo de 18%. 230 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

17 Gráfico 4 - Poupança nacional brua com e sem ajuse sazonal (% do PIB) Fone: Elaboração própria a parir de IBGE (2006). Baseando-se em Pasore e al. (2011), pode-se dividir o período em análise em rês pares. Na primeira, enre 1994 e 2001, em razão da esabilização econômica, houve explosão do consumo privado, o que levou à queda da poupança do seor privado, devido à políica fiscal expansionisa. Por conseguine, a poupança domésica decresceu ao longo do período. Na segunda, enre 2002 e 2006, o superávi fiscal do seor público se elevou a fim de conrolar a relação dívida pública/ PIB, aravés de cores de despesas e elevação de imposos, o que gerou aumeno da poupança domésica. Na erceira e úlima, enre 2007 e 2009, as auoridades elevaram os gasos públicos e esimularam o consumo privado, resulando em queda da poupança domésica. A parir da análise visual dos gráficos, não é possível se er cereza sobre a exisência de raiz uniária. 19 Procedendo-se os eses de raiz uniária (ver Tabelas 2 e 3 no Anexo A), não se rejeia a exisência de raiz uniária para as variáveis em nível. Ao se diferenciar as séries (ver Tabela 4 no Anexo A), os resulados dos eses indicam que as variáveis em primeira diferença são esacionárias, porano os níveis são inegrados de ordem I(1). 20 O próximo passo é realizar a análise de coinegração. Iso é, verifica-se se as séries simulaneamene combinadas geram resíduos esacionários. O ese de coinegração de Johansen propõe dois procedimenos para se deerminar o número de relações de coinegração: o ese raço e o ese máximo auovalor. Os 19 No Anexo A, nas Tabelas 2 e 3 são apresenados os resulados dos eses ADF e DF-GLS de raiz uniária. 20 Cabe lembrar que, mesmo que uma série seja esacionária, ainda assim a análise de coinegração é válida, desde que as demais séries sejam I(1). MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

18 resulados do ese raço indicam uma relação de coinegração a 5%. Enre as cinco especificações do ese de coinegração, considerou-se o caso que admie inercepo no veor de coinegração e endência linear no nível das séries (ver Tabela 5 no Anexo A). Dado que as variáveis coinegram, pode-se esimar o modelo VEC. O modelo especificado incluiu as primeiras diferenças, ΔX, sobre as diferenças defasadas de ΔX -1 e ΔX -2, em que X é o veor das quaro variáveis endógenas. O VEC com duas defasagens, com uma equação de coinegração referene à especificação que admie inercepo no veor de coinegração e endência linear no nível de X, apresena as caracerísicas desejáveis de resíduos não correlacionados e normalmene disribuídos. Na fala de consenso sobre os criérios para a ordenação das variáveis no VEC, assumiu-se a seguine ordenação: g_sa, _sa, c_sa e s_sa. Assim, se considera a relação consumo do governo/pib como a variável mais exógena, enquano a relação poupança nacional/pib como a mais endógena. Jusifica-se al ordenação com base na discussão eórica na qual se assume a rajeória de gasos públicos como dada exogenamene e se propõe que a poupança privada compensa variações na poupança pública, em decorrência de mudanças na carga ribuária, de al modo que a poupança nacional maném-se inalerada. Como o objeivo não é analisar a relação de longo prazo exisene enre as variáveis em esudo, nem analisar os coeficienes de ajusameno, os resulados do modelo VEC com duas defasagens são analisados aravés da função de resposa a impulsos e por meio da decomposição da variância. 21 Com base nos resulados da função de resposa a impulso pode-se avaliar os impacos de choques em qualquer uma das variáveis do sisema, permiindo-se conhecer a direção e o empo de reação das variáveis endógenas aos impulsos de um desvio padrão no sisema. A função de resposa a impulso, aplicada ao VEC com duas defasagens escolhido, foi gerada a parir do méodo de decomposição de Choleski. 22 A Figura 1 apresena o resulado da função de resposa a impulso do consumo privado e da poupança nacional a impulsos de um desvio padrão nas variáveis de políica fiscal. 21 Observa-se que as análises da função de resposa a impulso e da decomposição da variância dependem do ordenameno das variáveis. 22 Uma críica à decomposição de Choleski diz que os efeios dos impulsos variam conforme a ordenação das variáveis no VEC. Conforme Pesaran e Shin (1997), a abordagem da função de resposa a impulsos generalizada não apresena esse problema. Uilizando-se o Eviews 6, gerou-se a função de resposa a impulsos generalizada. Os resulados obidos por ambas as abordagens convergem. Conudo, a função de resposa a impulsos generalizada apresena duas diferenças em relação à função de resposa a impulsos das Figuras 1 e 2: o consumo privado/pib se reduz a impulsos na carga ribuária apenas após o erceiro período; e na resposa acumulada, o consumo privado/pib apresena queda a um choque na carga ribuária apenas após o oiavo período. 232 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

19 Figura 1 - Função de resposa a impulsos na carga ribuária e no consumo do governo: VEC com duas defasagens Fone: Elaboração própria. Na Figura 1, iem a, percebe-se que a relação consumo privado/pib se eleva em resposa a um choque de um desvio padrão na relação consumo do governo/ PIB. Noa-se que o impaco é permanene no horizone de 12 períodos. 23 Em resposa a um choque de um desvio padrão na carga ribuária, iem b, o impaco inicial sobre a relação consumo privado/pib é de elevação. Porém, após o segundo período, a resposa se orna permanenemene negaiva. Assim, pode-se afirmar que a resposa da relação consumo privado/pib a inovações de um desvio padrão na carga ribuária é desfavorável à HER. No iem c, em-se a resposa da relação poupança nacional/pib a um choque de um desvio padrão na relação consumo do governo/pib. A poupança nacional/pib apresena uma resposa negaiva a uma inovação na relação consumo do governo/pib no horizone de empo considerado. No iem d, com exceção do quino período, a resposa da variável poupança nacional/pib a um choque de um desvio padrão na carga ribuária é negaiva ao longo do horizone de empo considerado. Novamene, a resposa da relação poupança nacional/pib aos impulsos na carga ribuária são desfavoráveis à HER. 23 Galí e al. (2007) enconram igual resposa do consumo a uma elevação nos gasos públicos. Segundo os auores referidos, al efeio resula da ineração enre o comporameno de famílias que gasam oda a sua renda (e não poupam ou omam empresado) e a rigidez dos preços. MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

20 A Figura 2 apresena a função de resposa acumulada aos impulsos de um desvio padrão nas variáveis fiscais, ambém aplicada ao VEC com duas defasagens escolhido, a parir do méodo de decomposição de Choleski. Figura 2 - Função de resposa acumulada a impulsos na carga ribuária e no consumo do governo: VEC com duas defasagens Fone: Elaboração própria. Como pode-se noar no iem a da Figura 2, a resposa acumulada do consumo privado a um choque de um desvio padrão no consumo do governo é posiiva e crescene para odo o horizone de empo. A resposa acumulada do consumo privado, iem b, a um impulso de um desvio padrão na carga ribuária é posiiva enre os períodos 1 e 3. Todavia, após o quaro período, a resposa se orna negaiva. A resposa acumulada da poupança nacional a um choque no consumo do governo, iem c, é negaiva para odo o período analisado. Em relação a um choque de um desvio padrão na carga ribuária, iem d, a resposa ambém é negaiva para odo o horizone de empo. No enano, o impaco negaivo sobre a poupança domésica é menos inenso no caso de um choque na carga ribuária do que um choque no consumo do governo. Porano, as resposas acumuladas das variáveis consumo privado/pib e poupança nacional/pib a inovações de um desvio padrão na carga ribuária não corroboram a HER. A decomposição da variância do VEC apresena a parcela de conribuição de cada choque na variância das variáveis endógenas ao longo do horizone de previsão. 234 Análise Econômica, Poro Alegre, ano 33, n. 64, p , se

21 Na Tabela 1 em-se a decomposição da variância do consumo privado/pib e da poupança nacional/pib. No inervalo de empo considerado, a variância da relação consumo privado/pib é explicada em boa medida por inovações na própria variável. Conudo, ao longo do empo, ganham imporância as inovações na relação consumo do governo/pib. A relação poupança nacional/pib em pequena conribuição para a variância do consumo privado/pib, enquano a carga ribuária em uma parcela de conribuição esável ao longo do empo. Tabela 1 - Decomposição da variância do consumo privado/pib e da poupança nacional/pib Consumo privado/pib Poupança nacional/pib Período g_sa _sa c_sa s_sa Período g_sa _sa c_sa s_sa 1 8,63 5,89 85,46 0, ,50 3,39 41,71 22, ,68 3,81 78,41 0, ,11 2,50 45,51 16, ,18 3,24 71,34 0, ,63 2,73 42,66 14, ,02 4,01 63,18 0, ,55 2,57 42,19 14, ,39 4,75 56,97 0, ,42 2,31 40,92 14, ,16 5,03 52,92 0, ,62 2,13 40,33 13, ,84 5,10 50,17 0, ,47 2,05 39,89 13, ,91 5,19 47,98 0, ,04 1,99 39,62 13, ,61 5,31 46,14 0, ,56 1,93 39,33 13, ,01 5,41 44,62 0, ,99 1,87 39,11 13,01 Fone: Elaboração própria. No caso da decomposição da variância da poupança nacional/pib, ambém na Tabela 1, o que chama a aenção é a elevada parcela de conribuição dos impulsos no consumo privado/pib. Noa-se a crescene conribuição das inovações na variável consumo do governo/pib. Por úlimo, observa-se a decrescene conribuição das inovações na carga ribuária para explicar a variância da relação poupança nacional/pib. 6 Considerações Finais Os efeios da políica econômica e, em paricular, os efeios da políica fiscal sobre a economia é um ema recorrene no debae em macroeconomia. A HER surge em qualquer discussão porque esabelece um conjuno claro de proposições esáveis empiricamene. O presene rabalho discue os efeios de choques na políica fiscal sobre as variáveis consumo do governo/pib e poupança nacional/pib para o Brasil no MARQUES JúnioR, L. S. Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal

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