APLICAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE ANÁLISE DE RISCO NA BOVESPA: O D-CAPM

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "APLICAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE ANÁLISE DE RISCO NA BOVESPA: O D-CAPM"

Transcrição

1 APLICAÇÃO E UM NOVO MOELO E ANÁLISE E RISCO NA BOVESPA: O -CAPM Perre Lucena 1 e 2 Rua Farme de Amoedo, 77 Apto. 203 Ipanema CEP: Ro de Janero/RJ Brasl Tel.: (21) E-malperrelucena@uol.com.br Luz Felpe Jacques da Motta 1 Rua Marques de São Vcente, Gávea CEP: Ro de Janero/RJ Brasl Tel.: (21) E-mal: lfelpe@ag.puc-ro.br 1 Pontfíca Unversdade Católca do Ro de Janero - PUC-Ro IAG Escola de Negócos CEP: Ro de Janero/RJ Brasl 2 Unversdade Federal de Pernambuco UFPE epartamento de Cêncas Admnstratvas CEP: Recfe/PE Brasl Resumo: O presente trabalho tem como objetvo apresentar uma nova modelagem de avalação de rsco, alternatva ao Modelo CAPM, aplcada no mercado de captas braslero, conhecda como -CAPM. O modelo consdera como rsco apenas a parte negatva dos retornos, já que os agentes preferem receber retornos mas postvos. Os resultados encontrados demonstram que os dos modelos apresentam resultados nconsstentes quando aplcados ao mercado aconáro braslero, pos ferem um dos prncpas pressupostos da teora fnancera, que dz que os nvestmentos mas arrscados devem apresentar hstórcos de retornos mas elevados. As conclusões do trabalho também ndcam que o modelo não apresenta a mesma efcáca quando aplcados a mercados que também apresentam problemas com o Modelo CAPM tradconal. Palavras-chave: CAPM, -CAPM, BOVESPA, semdesvo, downsde rsk, mercados emergentes. REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out 2004

2 Aplcação de um novo modelo de análse de rsco na bovespa: O -CAPM APLICAÇÃO E UM NOVO MOELO E ANÁLISE E RISCO NA BOVESPA: O -CAPM 1 Introdução Nos últmos anos, novas modelagens de meddas de rsco para atvos em países emergentes vêm sendo apresentadas. Algumas delas foram testadas emprcamente e com certa consstênca nos seus resultados. A mas recente é a apresentada por Estrada (2002b), na qual se consderam apenas os retornos negatvos, ou seja, assumndo que nvestdores vêem como rsco apenas a possbldade de perda monetára. Ao longo das últmas décadas, uma quase ntermnável dscussão vem acontecendo sobre a adequabldade do uso do beta como medda de rsco. Empírca por natureza, esta dscussão foca na melhor (ou por) capacdade do beta em explcar os retornos dos atvos, quando comparado a outras meddas de rsco. A maor parte dos trabalhos publcados tende a colocar em segundo plano a questão da orgem do beta como medda de rsco, ou seja, de um equlíbro no qual os nvestdores mostram comportamento do tpo méda-varânca ( meanvarance behavor ), onde somente retorno esperado e varânca de retornos são sufcentes para defnr a alocação de recursos. Estrada (2002b) argumenta que a varânca é uma medda questonável por duas razões: prmero, nós necesstamos de dstrbuções de retornos smétrcas e, segundo, nós podemos aplcá-la dretamente quando estas dstrbuções provêm de famílas de dstrbuções específcas (das quas a normal é um dos casos). Estas duas premssas são, emprcamente, altamente questonáves. A semvarânca de retornos, prossegue Estrada (2002b), é uma melhor medda de rsco por váras razões: () nvestdores não aprecam volatldade negatva, mas gostam de volatldade postva (retornos maores do que o esperado); () a semvarânca é mas útl do que a varânca quando as dstrbuções de retornos são smétrcas, e () a semvarânca combna em uma medda a nformação provenente de duas estatístcas, varânca e skeness, permtndo desta manera o uso de um modelo de um só fator. Admtndo que os nvestdores mostram comportamento do tpo médasemvarânca, somos levados a uma medda alternatva de rsco, o downsde beta, e ao modelo -CAPM, conforme desenvolvdo por Estrada (2002b). Neste artgo pretendemos realzar uma replcação do teste feto por Estrada (2002a) e Estrada (2002b) para os mercados emergentes, com a dferença que pretendemos calcular e testar o downsde beta para as REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

3 Perre Lucena & Luz Felpe Jacques da Motta empresas negocadas na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BOVESPA), e consderando o seu índce como um ndcador representatvo de todo o mercado. Alguns testes semelhantes a este que estamos propondo foram realzados em outros países emergentes, com bons resultados, como o apresentado por Lopez e Garca (2002), que realzam uma replcação para as ações de empresas negocadas na bolsa de valores mexcana. Este trabalho se dvde em 4 partes, além da ntrodução. Na prmera parte, fazemos um referencal teórco dos modelos fnanceros, e sua lgação com o downsde rsk, além de uma análse crítca dos problemas subentenddos no modelo. Na segunda parte, descrevemos a metodologa dos testes, com as varáves e amostra trabalhadas. No capítulo segunte são apresentados os resultados e sua análse. Por fm, dscorremos sobre as conclusões deste trabalho. 2 Referencal Teórco (O Modelo) O -CAPM, proposto por Estrada (2002b), ncorpora bascamente os mesmos pressupostos do CAPM orgnal, com a dferença de que seu coefcente de rsco só consdera como relevante para estudo a parte negatva dos retornos, consderada pelos analstas realmente como rsco de perda. Esta afrmação realmente faz sentdo na medda em que rsco é concetuado como a possbldade de perda fnancera. O que estamos propondo é bascamente uma comparação entre os dversos ndcadores de rscos, consderados como parâmetros sgnfcatvos para análse de retornos, como a volatldade (medda através do desvo-padrão), o beta, a sem-varânca e o beta -CAPM. Exste uma espéce de consenso de que uma relação entre rsco e retorno é raconalzada pelos nvestdores, e que uma relação dreta deve ser verfcada. A medda de varação de um atvo mas utlzada sera o desvo padrão (σ ) dos seus retornos mensas, dado por: σ I = Ε[( R t µ ) 2 ] (1) Onde R t é o retorno do atvo no mês t e µ a méda artmétca dos retornos do atvo durante todo o período estudado. Neste caso, é a fórmula comumente usada para desvo-padrão, sendo a esperança matemátca das dferenças entre os retornos e sua méda. REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

4 Aplcação de um novo modelo de análse de rsco na bovespa: O -CAPM O beta do Modelo CAPM do atvo é calculado por: σ β = σ m 2 m (2) Onde σ m é a covarânca entre os atvos e o índce médo de mercado, no nosso caso consderado o IBOVESPA, e 2 σ m a varânca do índce de mercado. Este beta é utlzado como medda do rsco sstemátco dos títulos e representa a reação do atvo a determnado fenômeno de mercado. O rsco meddo pela varação negatva dos atvos é representado pelo desvo-padrão da parte negatva dos retornos. É conhecdo como downsde standard devaton of returns, ou semdevaton. É dado pela segunte fórmula: S = E Mn[( µ ), { R t (3) Neste caso, todos os valores postvos da dferença entre o retorno e a sua méda são gualados a zero. O que o modelo deseja apontar é que apenas os retornos negatvos são mportantes na análse, já que o própro conceto de rsco está relaconado a perdas fnanceras. esta forma, espera-se que a segunte condção seja atendda: S σ Vsto que estamos um número menor ou gual de dferenças pelo mesmo número de observações, pos algumas serão postvas e serão consderadas como zero. A cosemvarânca do mercado com o atvo, que também precsamos calcular para encontrar o beta do modelo -CAPM é dada por: S m = E{ Mn[( Rt µ ),0] Mn[( Rm µ (4) Onde R t, µ, R m e µ m são os retornos do atvo no período t, a méda do retorno do atvo, o retorno médo de mercado e méda artmétca dos retornos do mercado, respectvamente. O beta do modelo -CAPM é dado, então, por: S = S Onde S m é a cosemvarânca e S 2 M a semvarânca do mercado. β M 2 M (5) REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

5 Perre Lucena & Luz Felpe Jacques da Motta entro do modelo CAPM, faríamos a substtução do beta anterormente calculado pelo novo beta, fcando assm o modelo: E R ) = R + β ( E( R ) R ) (6) ( f m f Onde E(R ) é o retorno exgdo pelo atvo, R f é o retorno oferecdo pelos atvos lvres de rsco e E(R m ) o retorno esperado do mercado, no nosso caso o retorno esperado do IBOVESPA. Estrada (2002a) qus com este modelo fornecer uma nova metodologa, exclundo o que mutos não consderam como rsco, que á a parte postva da volatldade dos retornos. Ele chegou a resultados estatstcamente mas sgnfcatvos do que a relação lnear proposta pelo CAPM tradconal para países emergentes, o que supostamente podera sugerr uma modelagem mas adequada. Ele utlzou os mesmos coefcentes de rsco que apresentaremos a segur, e quando colocados conjuntamente em uma mesma regressão, apenas o downsde beta fo consderado como sgnfcante. Os resultados encontrados também mostram que o novo coefcente de rsco proposto é mas conservador que o beta do CAPM tradconal. O retorno exgdo é maor em torno de 2,5% em méda. Estrada (2002a) trabalhou com grupos de carteras de países, o que pode ter vesado o teste realzado. Lopez e Garca (2002) realzaram o mesmo teste, porém com atvos ndvduas, como o que realzamos neste trabalho, e sem maores conclusões subjetvas, apenas apresentando a tabela de resultados. 3 Metodologa Este paper tem como objetvo prncpal a replcação de um teste realzado por Estrada (2002b) para o mercado aconáro braslero. A dferença consste no fato de que consderamos aqu ações de empresas, e no trabalho realzado orgnalmente se utlzaram índces médos de mercado. Os dados utlzados nesta pesqusa foram coletados junto ao banco de dados do sstema da Economátca Amostra Utlzamos como amostra representatva do mercado braslero 51 ações negocadas na BOVESPA. Consderamos apenas as ações que não tveram sére nterrompda de retornos mensas, desde feverero de Vale ressaltar que mutas ações tveram seus lançamentos após esta data, como é o caso do setor de telefona, mas não foram retradas por ser de extrema mportânca, e porque pretendíamos trabalhar com a méda de retornos e com seu REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

6 Aplcação de um novo modelo de análse de rsco na bovespa: O -CAPM desvo-padrão, não perdendo consstênca neste caso. A ncatva de retrar da amostra as ações com sére ncompleta advém do pressuposto de que ela não possura lqudez sufcente para representar o mercado como um todo. A escolha da data ncal se deu também pelo fato de que ses meses antes teve níco o Plano Real, e os dados anterores deveram ser deflaconados e poderam conter dstorções. e toda manera, esta sére é razoavelmente extensa e pode ser trabalhada sem problemas. Utlzamos o preço de fechamento em reas para o cálculo do retorno mensal das ações. O cálculo dos retornos fo feto através da segunte fórmula: R t P = ln( P t t 1 ) (7) Onde P t é o preço de fechamento do atvo no mês t e P t-1 é o preço de fechamento no mês anteror a t. Como o prncpal crtéro utlzado para a nclusão da ação de determnada empresa no índce IBOVESPA é o seu volume de negocação, e a maora das ações em nossa amostra também compõe este índce, demonstra-se que a amostra seleconada realmente representa o mercado braslero. Para o cálculo da méda de cada ação totalzamos um máxmo de 98 meses, porém em alguns casos este número é sensvelmente menor devdo o níco das negocações em mercado aberto ter ncado após esta data. Não retramos essas ações pelo fato de que a maora das ações das empresas de telefona só ncou suas atvdades no fm de 1998, devdo à csão da Telebrás em váras empresas de telecomuncação no momento de sua prvatzação. Como o mercado braslero de ações é composto em grande parte por ações destas companhas, retrá-las da amostra prejudcaram os resultados que seram encontrados, na medda em que as ações de maor lqudez não se faram representadas. 3.2 As hpóteses Como desejamos verfcar a possbldade de utlzação do modelo proposto por Estrada (2002b) como um novo ndcador de rsco, remos comparar seus resultados com os do CAPM orgnal. Incalmente estaremos apresentando a correlação entre quatro meddas de volatldade e rsco com a méda dos retornos dos atvos, para que se comprove o pressuposto de que o rsco está dretamente e postvamente relaconado com o retorno médo dos atvos. Essa é uma restrção amplamente aceta pelo meo acadêmco e pelo mercado fnancero. Faremos posterormente uma sére de regressões smples para verfcação das seguntes varáves explcatvas soladamente: desvo-padrão, beta do atvo, semdesvo e beta REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

7 Perre Lucena & Luz Felpe Jacques da Motta do modelo -CAPM. Neste caso poderemos observar se os comportamentos raconas vêm sendo segudos pelos nvestdores brasleros. Em seguda daremos o mesmo tratamento (regressão) para verfcação da hpótese de que o mercado de telefona pode ser solado do mercado, por ter comportamento dferencado do restante dos atvos. Neste caso faremos duas regressões, uma só para o setor de telefona e outra para o restante dos atvos. Estrada (2002a) realzou teste semelhante, porém solando os países desenvolvdos dos países emergentes, encontrando resultados surpreendentes, como o de que a relação rsco-retorno é mas consstente em países emergentes do que em países já desenvolvdos. Serão apresentados também o retorno exgdo para cada atvo, dado o modelo CAPM tradconal e o retorno exgdo caso utlzássemos o beta -CAPM. Consderamos como retorno de atvo lvre de rsco a remuneração da caderneta de poupança, que estava em 0,97% em abrl de 2003 (como não houve mudanças sgnfcatvos nos doze meses anterores, optamos pela taxa prevsta para o mês de abrl de 2003), e a méda mensal do IBOVESPA nos anos pesqusados, que fo de 1,09% ao mês. esta manera, podemos comparar os retornos exgdos e verfcar se o modelo é mas ou menos conservador do que o CAPM tradconal. 4 Apresentação e Análse dos Resultados Encontrados 4.1 A Relação entre Rsco e Retorno A prmera verfcação que realzamos dz respeto à correlação exstente entre as médas de retornos dos atvos desde feverero de 1995 e abrl de esta feta, temos 98 observações mensas para 51 atvos, no total de observações. Vale ressaltar que alguns atvos não possuem sére completa, pos foram ncluídos na Bolsa após a data ncal escolhda. Os atvos também apresentam comportamentos dferencados em relação aos retornos médos, sto é, alguns possuem retorno médo postvo e outros possuem retorno médo negatvo. Os quatros ndcadores de rsco trabalhados foram: desvo-padrão, beta, semdesvo e beta -CAPM. E o retorno médo fo consderado a méda artmétca dos retornos de cada um dos atvos. Na Tabela 1, são mostradas as correlações dos retornos dos atvos em relação às 4 meddas de rsco seleconadas. REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

8 Aplcação de um novo modelo de análse de rsco na bovespa: O -CAPM Tabela 1 Matrz de Correlação com todos os atvos seleconados R médo σ β S β R médo 1 σ -0,345 1 β -0,215 0,678 1 S -0,434 0,947 0,726 1 β -0,182 0,666 0,999 0,711 1 Como podemos verfcar, os ndcadores apresentam resultados nconsstentes com a Teora Fnancera, pos há correlação negatva com o retorno médo. Espera-se que atvos mas arrscados ofereçam hstorcamente retornos mas altos para compensar o rsco mas elevado. Este resultado se mostra nconsstente com o encontrado por Estrada (2002b) para os países, que apresentam correlações postvas, que era o de se esperar para o mercado. Investmentos mas arrscados deveram apresentar retornos hstórcos mas elevados.quando dvdmos em 2 grupos de ações (com e sem empresas de telefona), e trabalhamos soladamente cada um deles, a matrz de correlação é a que segue: Tabela 2 Matrz de Correlação de Empresas de Telefona e Restantes Telefona R médo s b S β R médo 1 σ -0,477 1 β -0,413 0,813 1 S -0,690 0,930 0,712 1 β -0,355 0,801 0,998 0,683 1 Restantes R médo s b S β R médo 1 σ -0,366 1 β -0,207 0,488 1 S -0,372 0,941 0,652 1 β -0,178 0,471 0,999 0,636 1 Como podemos ver, quando separamos as empresas, as correlações também não se mostram consstentes. Em resumo, não há mudanças sgnfcatvas. Este fenômeno talvez se explque pelo fato de que nos últmos anos exstram resultados consderados extremos na BOVESPA, como a forte alta de 1999, com a desvalorzação cambal, e a forte queda verfcada a partr do ano de Se consderarmos estes fatores como anormas de mercado, outro teste deverá ser realzado quando a BOVESPA voltar a seu valor esperado médo, mas REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

9 Perre Lucena & Luz Felpe Jacques da Motta não fzemos uma análse só com os dados anterores ao período ctado por acredtar que se esse comportamento ocorreu, ele deve constar deste teste que estamos realzando. 4.2 A Análse de Regressão Para a verfcação da potencaldade do modelo proposto, e sua comparação com o Modelo CAPM orgnal, Estrada (2002a) faz uma regressão lnear com aqueles quatro ndcadores de rsco estudados anterores. A equação tem o segunte formato: RM = γ + γ VR + ε (8) 0 1 Onde RM é a méda de retorno do atvo, e VR o valor da varável de rsco do atvo. Os resultados das 4 regressões são apresentados na tabela a segur: Tabela 3 Resultado das Regressões com todas as empresas estudadas VR g 0 t-stat g 1 t-stat R 2 R 2 Ajustado σ 0,034 3,422-0,152-2,572 0,119 0,101 β 0,021 2,565-0,014-1,539 0,046 0,027 S 0,038 4,310-0,247-3,374 0,189 0,172 β 0,020 2,305-0,007-1,295 0,033 0,013 Como podemos ver, os resultados encontrados ncalmente nos levam a crer que o modelo tradconal do CAPM e o -CAPM proposto por Estrada (2002b) possuem problemas estatístcos que comprometem sua vabldade. O prmero ponto que devemos levantar é a baxa explcabldade das varáves explcatvas estudadas. A mas razoável de todas é o semdesvo, mas mesmo assm sem consstênca econômca, pos a nclnação é negatva. Vale ressaltar alguns pontos específcos: Os dos modelos, o -CAPM e o CAPM tradconal apresentaram baxo poder de explcabldade, além dos testes t de prmera ordem não serem sgnfcatvos. O teste realzado por Estrada (2002b) apresentou teste t sgnfcatvo e razoável R 2 ; Os testes apresentaram nterceptos sgnfcatvos, o que a pror prejudca anda mas o modelo; Os coefcentes de determnação destes testes foram muto nferores aos encontrados por Estrada (2002a), o que não auxla nossa análse. Isto pode ter acontecdo justamente por uma nexstênca de uma relação lnear quando aplcamos o mesmo modelo no caso do Brasl. Como não é de nteresse deste trabalho a formulação de um novo modelo, mas sm a aplcação da proposção de Estrada (2002a), transformações matemátcas não foram realzadas. REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

10 Aplcação de um novo modelo de análse de rsco na bovespa: O -CAPM Quando rodamos dos modelos dstntos, comparando as varáves de rsco do CAPM com o -CAPM, encontramos os seguntes resultados: Tabela 4: Resultados para a regressão MR =g 0 +g 1 VR 1 +g 2 VR 2 +e VR γ 0 t-stat γ 1 t-stat γ 2 t-stat R 2 R 2 Ajustado σ/s 0,032 3,392 0,281 1,620-0,590-2,638 0,231 0,199 β/β -0,0001-0,021-1,149-8,694 0,709 8,598 0,624 0,609 E quando rodamos todas as varáves em um únco modelo, os resultados são: Tabela 5: Resultados para a regressão MR =g 0 +g 1 VR 1 +g 2 VR 2 +g 3 VR 3 +g 4 VR 4+ e γ 0 t- stat σ/ S /β/β 0,00-0 0,04 γ 1 t- stat 0,08 6 γ 2 t-stat γ 3 t-stat γ 4 t- stat -0, ,71 0,68 1, ,67-0,12 7 6,80 0,62 8 R 2 R 2 Ajustado 0,596 Como mostramos nas tabelas acma, quando rodamos soladamente os betas, eles não se mostraram sgnfcantes, ao contráro de quando rodamos o modelo com os índces conjuntamente. Porém, sto pode ser explcado por uma possível multcolneardade apresentada pelo modelo. Neste caso, o coefcente de determnação aumenta muto em relação aos testes anterores. Estrada (2002a) encontrou resultados muto mas sgnfcatvos do que o que nós quando aplcados aos países emergentes de uma manera geral. Além de resultados estatstcamente mas sgnfcantes na regressão, os seus resultados corroboram com a teora econômca tradconal na relação dreta rsco e retorno. Estrada (2002a) sugere em seu trabalho que o -CAPM pode funconar melhor, pos é mas conservador do que o CAPM tradconal. Em seus resultados empírcos, sugere um retorno exgdo médo anual 2,5% acma do exgdo pelo CAPM tradconal. Também encontramos retornos exgdos mas altos para o -CAPM, porém os resultados deste modelo, quando aplcados apenas ao mercado braslero, se mostraram contradtóros e nconsstentes. As dferenças entre as nossas conclusões e as sugerdas por Estrada (2002a) podem estar relaconadas a város fatores, que são: o modelo pode funconar bem para carteras médas de mercados de captas, ou mesmo para carteras, e não para atvos ndvduas; REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

11 Perre Lucena & Luz Felpe Jacques da Motta o modelo pode apresentar falhas quando comportamentos persstentes negatvos de retornos ocorrem, como é o nosso caso; o modelo não se adequara a mercados de captas de lqudez mas baxa, ou de concentrações em algumas ações, como é o caso do Brasl. 4.3 Resultados Indvduas por Ação Tabela 6 Retornos Mensas Exgdos das Ações da BOVESPA com o CAPM e o - CAPM Códgo da Ação Beta b CAPM -CAPM ferença ACES4 0,80 1,27 1,07% 1,12% 0,06% AMBV4 0,66 1,11 1,05% 1,10% 0,05% ARCZ6 0,62 1,03 1,04% 1,09% 0,05% BBC4 0,84 1,39 1,07% 1,14% 0,07% BRAP4 0,59 1,00 1,04% 1,09% 0,05% BBAS3 0,66 1,07 1,05% 1,10% 0,05% BRTP3 0,64 1,06 1,05% 1,10% 0,05% BRTP4 0,77 1,26 1,06% 1,12% 0,06% BRTO4 1,07 1,76 1,10% 1,18% 0,08% CLSC6 0,97 1,57 1,09% 1,16% 0,07% CMIG3 0,76 1,25 1,06% 1,12% 0,06% CMIG4 0,99 1,62 1,09% 1,16% 0,08% CESP4 0,92 1,49 1,08% 1,15% 0,07% CGAS5 0,79 1,28 1,06% 1,12% 0,06% CPLE6 1,20 1,95 1,11% 1,20% 0,09% CRTP5 0,93 1,51 1,08% 1,15% 0,07% ELET3 1,12 1,82 1,10% 1,19% 0,08% ELET6 1,10 1,79 1,10% 1,18% 0,08% ELPL4 1,17 1,91 1,11% 1,20% 0,09% EMBR4 0,60 0,99 1,04% 1,09% 0,05% EBTP3 1,20 1,94 1,11% 1,20% 0,09% EBTP4 1,32 2,11 1,13% 1,22% 0,09% GGBR4 0,99 1,63 1,09% 1,17% 0,08% INEP4 0,99 1,63 1,09% 1,17% 0,08% PTIP4 0,52 0,85 1,03% 1,07% 0,04% ITAU4 0,81 1,35 1,07% 1,13% 0,06% ITSA4 0,74 1,23 1,06% 1,12% 0,06% KLBN4 0,59 0,98 1,04% 1,09% 0,05% LIGH3 0,92 1,46 1,08% 1,14% 0,07% PETR3 1,15 1,90 1,11% 1,20% 0,09% PETR4 1,11 1,83 1,10% 1,19% 0,09% SBSP3 1,20 1,95 1,11% 1,20% 0,09% CSNA3 0,66 1,11 1,05% 1,10% 0,05% CSTB4 0,79 1,30 1,06% 1,13% 0,06% REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

12 Aplcação de um novo modelo de análse de rsco na bovespa: O -CAPM CRUZ3 0,41 0,70 1,02% 1,05% 0,03% TCSL3 1,29 2,12 1,12% 1,22% 0,10% TCSL4 1,14 1,86 1,11% 1,19% 0,09% TCOC4 1,10 1,82 1,10% 1,19% 0,09% TLCP4 1,25 2,03 1,12% 1,21% 0,09% TNEP4 1,17 1,94 1,11% 1,20% 0,09% TNLP3 0,91 1,50 1,08% 1,15% 0,07% TNLP4 1,03 1,70 1,09% 1,17% 0,08% TMAR5 0,83 1,34 1,07% 1,13% 0,06% TMCP4 0,89 1,48 1,08% 1,15% 0,07% TLPP4 0,81 1,33 1,07% 1,13% 0,06% TSPP4 1,45 2,34 1,14% 1,25% 0,11% TBLE3 0,58 0,94 1,04% 1,08% 0,04% TRPL4 0,84 1,37 1,07% 1,13% 0,06% USIM5 0,79 1,28 1,06% 1,12% 0,06% VCPA4 0,60 0,99 1,04% 1,09% 0,05% VALE5 0,58 0,97 1,04% 1,09% 0,05% Méda 0,90 1,47 1,08% 1,15% 0,07% 5 Conclusões Fnas Este trabalho teve como objetvo prncpal uma replcação empírca de uma nova modelagem apresentada para mensuração do rsco, proposta por Estrada (2002b), conhecda como -CAPM. Como demonstrado, os coefcentes de rsco para este novo modelo não se mostraram adequados para o mercado braslero de ações. Ao realzar este trabalho, tínhamos a expectatva de encontrar resultados mas satsfatóros do que os encontrados pelo Modelo CAPM em dversos trabalhos anterores, com aplcações à BOVESPA. e certa forma surpreende-nos os resultados encontrados, que mostraram que os atvos que possuem uma méda hstórca de retornos mas elevada também possuem menor volatldade, apresentando enorme nconsstênca econômca. evemos aqu comentar a pouca robustez dos resultados. O excesso de retornos negatvos nos últmos 2 anos, e anda o excesso de retorno postvo no níco de 1999, com a desvalorzação cambal pratcada pelo governo braslero podem explcar a pouca vabldade empírca do Modelo CAPM no mercado braslero. O -CAPM segue esta tendênca, porém com resultados sensvelmente melhores, onde uma aplcação empírca semelhante encontrou resultados muto sgnfcatvos (Lopez e Garca, 2002). O que encontramos, em resumo, foram resultados mas conservadores para o - CAPM. Na verdade a dferença encontrada entre o retorno exgdo utlzando o modelo orgnal e o -CAPM é mínma. Porém, vale ressaltar que a proposta é relevante na medda REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

13 Perre Lucena & Luz Felpe Jacques da Motta em que utlza como pressuposto um aspecto já consderado no mercado fnancero pelos agentes, onde se confgura como rsco a parte negatva dos retornos. O que deve ser relatado também é que o -CAPM nada mas sera do que um fltro que melhora os resultados do CAPM, mas também não se aplcam quando o modelo tradconal tem pouca explcação. Os pressupostos seram bascamente os mesmos, e uma vez rompdos, apresentam resultados semelhantes, ou pouco sgnfcatvos. Acredtamos que com a normalzação dos resultados na BOVESPA poderemos realzar testes com resultados estatstcamente mas sgnfcantes e coerentes. Logcamente não retramos da amostra este período, pos o mesmo podera dstorcer os resultados. Como sugestão de pesqusas futuras fca a replcação deste teste para os mercados latno amercanos. 6 Bblografa BOIE, Z., MERTON, R. Fnance. New Jersey: Prentce-Hall, p. ESTRAA, J. Mean-Semvarance behavor (II): the -CAPM. Workng Paper, IESE Busness School, 2002a. p ESTRAA, J. Systematc rsk n emergng markets: the -CAPM. Emergng Markets Revew, n.3, p , p , ESTRAA, J. The cost of equty n emergng markets: a downsde rsk approach. Emergng Markets Quarterly, p.19-30, Fall, LOPEZ, O.C., GARCIA, F.J.H. -CAPM en Mexco: Un modelo alternatvo para estmar el costo de captal. IPAE Busness School, Méxco, p.1-7. MACKINLAY, A.C. Multfactor models do not explan devatons from the CAPM. Journal of Fnancal Economcs, n.38, p. 3-28, MARKOWITZ, H. M. Portfolo selecton. Journal of Fnance, v.7, n.1, p , Mar SHARPE, W. F. Captal asset prces: A theory of market equlbrum under condtons of rsk. Journal of Fnance, v.19, n.3, p , Set REAd Edção 41 Vol. 10 No. 5, set-out

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16%

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16% Análse de Rsco 1 RISCO Rsco possbldade de perda. Quanto maor a possbldade, maor o rsco. Exemplo: Empresa X va receber $ 1.000 de uros em 30 das com títulos do governo. A empresa Y pode receber entre $

Leia mais

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo 3 Metodologa de Avalação da Relação entre o Custo Operaconal e o Preço do Óleo Este capítulo tem como objetvo apresentar a metodologa que será empregada nesta pesqusa para avalar a dependênca entre duas

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

CÁLCULO DO RETORNO ESPERADO DA CARTEIRA DE MERCADO E DO RETORNO DO ATIVO LIVRE DE RISCO PARA O BRASIL

CÁLCULO DO RETORNO ESPERADO DA CARTEIRA DE MERCADO E DO RETORNO DO ATIVO LIVRE DE RISCO PARA O BRASIL ESCOLA FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBÁ INSTITUTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO CÁLCULO DO RETORNO ESPERADO DA CARTEIRA DE MERCADO E DO RETORNO DO ATIVO LIVRE DE RISCO PARA O BRASIL Dego

Leia mais

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência.

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência. MODELO DE REGRESSÃO DE COX Os modelos de regressão paramétrcos vstos anterormente exgem que se suponha uma dstrbução estatístca para o tempo de sobrevvênca. Contudo esta suposção, caso não sea adequada,

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Prof. Lorí Val, Dr. UFRG Insttuto de Matemátca

Leia mais

2 Referencial Teórico

2 Referencial Teórico Referencal Teórco O obetvo deste capítulo é apresentar os concetos de rsco, correlação e dversfcação no contexto da Teora oderna de Carteras e os últmos estudos a respeto das correlações entre mercados

Leia mais

NOÇÕES SOBRE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR SIMPLES

NOÇÕES SOBRE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR SIMPLES NOÇÕES SOBRE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR SIMPLES 1 O nosso objetvo é estudar a relação entre duas varáves quanttatvas. Eemplos:. Idade e altura das cranças.. v. Tempo de prátca de esportes e rtmo cardíaco

Leia mais

Gabarito da Lista de Exercícios de Econometria I

Gabarito da Lista de Exercícios de Econometria I Gabarto da sta de Exercícos de Econometra I Professor: Rogéro lva Mattos Montor: eonardo enrque A. lva Questão Y X y x xy x ŷ ˆ ˆ y ŷ (Y - Y ) (X - X ) (Ŷ - Y ) 360 00-76 -00 35.00 40.000 36-4 30.976 3076

Leia mais

RAD1507 Estatística Aplicada à Administração I Prof. Dr. Evandro Marcos Saidel Ribeiro

RAD1507 Estatística Aplicada à Administração I Prof. Dr. Evandro Marcos Saidel Ribeiro UNIVERIDADE DE ÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINITRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ADMINITRAÇÃO RAD1507 Estatístca Aplcada à Admnstração I Prof. Dr. Evandro Marcos adel Rbero

Leia mais

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA CAPÍTULO DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA. A MÉDIA ARITMÉTICA OU PROMÉDIO Defnção: é gual a soma dos valores do grupo de dados dvdda pelo número de valores. X x Soma dos valores de x número de

Leia mais

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap A técnca de computação ntensva ootstrap O termo ootstrap tem orgem na expressão de língua nglesa lft oneself by pullng hs/her bootstrap, ou seja, alguém levantar-se puxando seu própro cadarço de bota.

Leia mais

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR 1 CORRELAÇÃO E REGREÃO LINEAR Quando deseja-se estudar se exste relação entre duas varáves quanttatvas, pode-se utlzar a ferramenta estatístca da Correlação Lnear mples de Pearson Quando essa correlação

Leia mais

EXERCÍCIO: VIA EXPRESSA CONTROLADA

EXERCÍCIO: VIA EXPRESSA CONTROLADA EXERCÍCIO: VIA EXPRESSA CONTROLADA Engenhara de Tráfego Consdere o segmento de va expressa esquematzado abaxo, que apresenta problemas de congestonamento no pco, e os dados a segur apresentados: Trechos

Leia mais

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental.

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

Uma Contribuição para Determinação do Custo de Capital do Setor Elétrico

Uma Contribuição para Determinação do Custo de Capital do Setor Elétrico 2 a 25 de Agosto de 2006 Belo Horzonte - MG Uma Contrbução para etermnação do Custo de Captal do etor Elétrco Leandro Fonseca de Olvera Escola Poltécnca / UFRJ lolvera82@gmal.com André Asss de alles Escola

Leia mais

REGRESSÃO NÃO LINEAR 27/06/2017

REGRESSÃO NÃO LINEAR 27/06/2017 7/06/07 REGRESSÃO NÃO LINEAR CUIABÁ, MT 07/ Os modelos de regressão não lnear dferencam-se dos modelos lneares, tanto smples como múltplos, pelo fato de suas varáves ndependentes não estarem separados

Leia mais

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas 3.6. Análse descrtva com dados agrupados Em algumas stuações, os dados podem ser apresentados dretamente nas tabelas de frequêncas. Netas stuações devemos utlzar estratégas específcas para obter as meddas

Leia mais

PRESSUPOSTOS DO MODELO DE REGRESSÃO

PRESSUPOSTOS DO MODELO DE REGRESSÃO PREUPOTO DO MODELO DE REGREÃO A aplcação do modelo de regressão lnear múltpla (bem como da smples) pressupõe a verfcação de alguns pressupostos que condensamos segudamente.. Os erros E são varáves aleatóras

Leia mais

Associação entre duas variáveis quantitativas

Associação entre duas variáveis quantitativas Exemplo O departamento de RH de uma empresa deseja avalar a efcáca dos testes aplcados para a seleção de funconáros. Para tanto, fo sorteada uma amostra aleatóra de 50 funconáros que fazem parte da empresa

Leia mais

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO CORRELAÇÃO E REGRESSÃO Constata-se, freqüentemente, a estênca de uma relação entre duas (ou mas) varáves. Se tal relação é de natureza quanttatva, a correlação é o nstrumento adequado para descobrr e medr

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Economia/Ponta Grossa, PR. Palavras-chave: CAPM, Otimização de carteiras, ações.

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Economia/Ponta Grossa, PR. Palavras-chave: CAPM, Otimização de carteiras, ações. A CONSTRUÇÃO DE CARTEIRAS EFICIENTES POR INTERMÉDIO DO CAPM NO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO: UM ESTUDO DE CASO PARA O PERÍODO 006-010 Rodrgo Augusto Vera (PROVIC/UEPG), Emerson Martns Hlgemberg (Orentador),

Leia mais

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE LIQUIDEZ E GANHOS DE ARBITRAGEM NO MERCADO DE OPÇÕES DA TELEBRÁS APÓS O PLANO REAL. 1 - Introdução

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE LIQUIDEZ E GANHOS DE ARBITRAGEM NO MERCADO DE OPÇÕES DA TELEBRÁS APÓS O PLANO REAL. 1 - Introdução ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE LIQUIDEZ E GANHOS DE ARBITRAGEM NO MERCADO DE OPÇÕES DA TELEBRÁS APÓS O PLANO REAL 1 1 - Introdução Mutos nvestdores reconhecem a relevânca da lqudez dos atvos fnanceros em decsões

Leia mais

Análise de Regressão Linear Múltipla VII

Análise de Regressão Linear Múltipla VII Análse de Regressão Lnear Múltpla VII Aula 1 Hej et al., 4 Seções 3. e 3.4 Hpótese Lnear Geral Seja y = + 1 x 1 + x +... + k x k +, = 1,,..., n. um modelo de regressão lnear múltpla, que pode ser escrto

Leia mais

Testes não-paramétricos

Testes não-paramétricos Testes não-paramétrcos Prof. Lorí Val, Dr. http://www.mat.ufrgs.br/val/ val@mat.ufrgs.br Um teste não paramétrco testa outras stuações que não parâmetros populaconas. Estas stuações podem ser relaconamentos,

Leia mais

Algarismos Significativos Propagação de Erros ou Desvios

Algarismos Significativos Propagação de Erros ou Desvios Algarsmos Sgnfcatvos Propagação de Erros ou Desvos L1 = 1,35 cm; L = 1,3 cm; L3 = 1,30 cm L4 = 1,4 cm; L5 = 1,7 cm. Qual destas meddas está correta? Qual apresenta algarsmos com sgnfcado? O nstrumento

Leia mais

UNIDADE IV DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO (DIC)

UNIDADE IV DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO (DIC) UNDADE V DELNEAMENTO NTERAMENTE CASUALZADO (DC) CUABÁ, MT 015/ PROF.: RÔMULO MÔRA romulomora.webnode.com 1. NTRODUÇÃO Este delneamento apresenta como característca prncpal a necessdade de homogenedade

Leia mais

Ccapm condicional com aprendizagem

Ccapm condicional com aprendizagem SÃO PAULO, SP JAN./FEV. 2013 ISSN 1518-6776 (mpresso) ISSN 1678-6971 (on-lne) Submssão: 8 fev. 2012. Acetação: 8 ago. 2012. Sstema de avalação: às cegas dupla (double blnd revew). UNIVERSIDADE PRESBITERIANA

Leia mais

4.1 Modelagem dos Resultados Considerando Sazonalização

4.1 Modelagem dos Resultados Considerando Sazonalização 30 4 METODOLOGIA 4.1 Modelagem dos Resultados Consderando Sazonalzação A sazonalzação da quantdade de energa assegurada versus a quantdade contratada unforme, em contratos de fornecmento de energa elétrca,

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ 1 É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

Covariância na Propagação de Erros

Covariância na Propagação de Erros Técncas Laboratoras de Físca Lc. Físca e Eng. omédca 007/08 Capítulo VII Covarânca e Correlação Covarânca na propagação de erros Coefcente de Correlação Lnear 35 Covarânca na Propagação de Erros Suponhamos

Leia mais

Programa do Curso. Sistemas Inteligentes Aplicados. Análise e Seleção de Variáveis. Análise e Seleção de Variáveis. Carlos Hall

Programa do Curso. Sistemas Inteligentes Aplicados. Análise e Seleção de Variáveis. Análise e Seleção de Variáveis. Carlos Hall Sstemas Intelgentes Aplcados Carlos Hall Programa do Curso Lmpeza/Integração de Dados Transformação de Dados Dscretzação de Varáves Contínuas Transformação de Varáves Dscretas em Contínuas Transformação

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UFC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CAEN EVIDÊNCIA EMPÍRICA DO MODELO CAPM PARA O BRASIL FABRINI OLIVEIRA MATOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UFC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CAEN EVIDÊNCIA EMPÍRICA DO MODELO CAPM PARA O BRASIL FABRINI OLIVEIRA MATOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UFC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CAEN EVIDÊNCIA EMPÍRICA DO MODELO CAPM PARA O BRASIL FABRINI OLIVEIRA MATOS FORTALEZA CEARÁ 006 FABRINI OLIVEIRA MATOS EVIDÊNCIA EMPÍRICA

Leia mais

ESTUDO DE MODELOS PARA AJUSTE E PREVISÃO DE UMA SÉRIE TEMPORAL

ESTUDO DE MODELOS PARA AJUSTE E PREVISÃO DE UMA SÉRIE TEMPORAL Revsta Matz Onlne ESTUDO DE MODELOS PARA AJUSTE E PREVISÃO DE UMA SÉRIE TEMPORAL Valera Ap. Martns Ferrera Vvane Carla Fortulan Valéra Aparecda Martns. Mestre em Cêncas pela Unversdade de São Paulo- USP.

Leia mais

Curso de extensão, MMQ IFUSP, fevereiro/2014. Alguns exercício básicos

Curso de extensão, MMQ IFUSP, fevereiro/2014. Alguns exercício básicos Curso de extensão, MMQ IFUSP, feverero/4 Alguns exercíco báscos I Exercícos (MMQ) Uma grandeza cujo valor verdadero x é desconhecdo, fo medda três vezes, com procedmentos expermentas dêntcos e, portanto,

Leia mais

Variação ao acaso. É toda variação devida a fatores não controláveis, denominadas erro.

Variação ao acaso. É toda variação devida a fatores não controláveis, denominadas erro. Aplcação Por exemplo, se prepararmos uma área expermental com todo cudado possível e fzermos, manualmente, o planto de 100 sementes seleconadas de um mlho híbrdo, cudando para que as sementes fquem na

Leia mais

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média.

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média. Estatístca Dscplna de Estatístca 0/ Curso de Admnstração em Gestão Públca Profª. Me. Valéra Espíndola Lessa e-mal: lessavalera@gmal.com Meddas de Dspersão Indcam se os dados estão, ou não, prómos uns dos

Leia mais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO Área Centfca Curso Matemátca Engenhara Electrotécnca º Semestre º 00/0 Fcha nº 9. Um artgo da revsta Wear (99) apresenta dados relatvos à vscosdade do óleo e ao desgaste do aço maco. A relação entre estas

Leia mais

Análise Exploratória de Dados

Análise Exploratória de Dados Análse Exploratóra de Dados Objetvos Análse de duas varáves quanttatvas: traçar dagramas de dspersão, para avalar possíves relações entre as duas varáves; calcular o coefcente de correlação entre as duas

Leia mais

MOQ-14 PROJETO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS LISTA DE EXERCÍCIOS 1 REGRESSÃO LINEAR SIMPLES

MOQ-14 PROJETO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS LISTA DE EXERCÍCIOS 1 REGRESSÃO LINEAR SIMPLES MOQ-14 PROJETO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS LISTA DE EXERCÍCIOS 1 REGRESSÃO LINEAR SIMPLES 1. Obtenha os estmadores dos coefcentes lnear e angular de um modelo de regressão lnear smples utlzando o método

Leia mais

BBR - Brazilian Business Review E-ISSN: X FUCAPE Business School Brasil

BBR - Brazilian Business Review E-ISSN: X FUCAPE Business School Brasil BBR - Brazlan Busness Revew E-ISSN: 1807-734X bbronlne@bbronlne.com.br FUCAPE Busness School Brasl Veras Machado, Márco André; Res Machado, Márca Lqudez e precfcação de atvos: evdêncas do mercado braslero

Leia mais

Estatística II Antonio Roque Aula 18. Regressão Linear

Estatística II Antonio Roque Aula 18. Regressão Linear Estatístca II Antono Roque Aula 18 Regressão Lnear Quando se consderam duas varáves aleatóras ao mesmo tempo, X e Y, as técncas estatístcas aplcadas são as de regressão e correlação. As duas técncas estão

Leia mais

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EPERIMENTOS Professor: Rodrgo A. Scarpel rodrgo@ta.br www.mec.ta.br/~rodrgo Prncípos de cração de modelos empírcos: Modelos (matemátcos, lógcos, ) são comumente utlzados na

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Val, Dr. vall@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ Em mutas stuações duas ou mas varáves estão relaconadas e surge então a necessdade de determnar a natureza deste relaconamento. A análse

Leia mais

Contabilometria. Aula 8 Regressão Linear Simples

Contabilometria. Aula 8 Regressão Linear Simples Contalometra Aula 8 Regressão Lnear Smples Orgem hstórca do termo Regressão Le da Regressão Unversal de Galton 1885 Galton verfcou que, apesar da tendênca de que pas altos tvessem flhos altos e pas axos

Leia mais

ELEMENTOS DETERMINANTES DA RENTABILIDADE DAS CARTEIRAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BRASILEIRAS

ELEMENTOS DETERMINANTES DA RENTABILIDADE DAS CARTEIRAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BRASILEIRAS ELEMENTOS DETERMINANTES DA RENTABILIDADE DAS CARTEIRAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BRASILEIRAS Ms. Renê Coppe Pmentel Unversdade de São Paulo e Mackenze End.: Av. Lucano Gualberto,

Leia mais

6 Análises de probabilidade de ruptura de um talude

6 Análises de probabilidade de ruptura de um talude 6 Análses de probabldade de ruptura de um talude 6.. Introdução No presente capítulo, apresentam-se prevsões de probabldades de ruptura para o talude de jusante da Barragem de Benguê mostrada na fgura

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE O RISCO IDIOSSINCRÁTICO E O RISCO SISTEMÁTICO DE MERCADOS EMERGENTES

CONSIDERAÇÕES SOBRE O RISCO IDIOSSINCRÁTICO E O RISCO SISTEMÁTICO DE MERCADOS EMERGENTES CONSIDERAÇÕES SOBRE O RISCO IDIOSSINCRÁTICO E O RISCO SISTEMÁTICO DE MERCADOS EMERGENTES André Asss de Salles Unversdade Federal do Ro de Janero - UFRJ asalles@nd.ufrj.br Adrana Lu Unversdade Federal do

Leia mais

Figura 8.1: Distribuição uniforme de pontos em uma malha uni-dimensional. A notação empregada neste capítulo para avaliação da derivada de uma

Figura 8.1: Distribuição uniforme de pontos em uma malha uni-dimensional. A notação empregada neste capítulo para avaliação da derivada de uma Capítulo 8 Dferencação Numérca Quase todos os métodos numércos utlzados atualmente para obtenção de soluções de equações erencas ordnáras e parcas utlzam algum tpo de aproxmação para as dervadas contínuas

Leia mais

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média.

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média. Estatístca Dscplna de Estatístca 0/ Curso Superor de tecnólogo em Gestão Ambental Profª. Me. Valéra Espíndola Lessa e-mal: lessavalera@gmal.com Meddas de Dspersão Indcam se os dados estão, ou não, prómos

Leia mais

UMA ABORDAGEM ALTERNATIVA PARA O ENSINO DO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS NO NÍVEL MÉDIO E INÍCIO DO CURSO SUPERIOR

UMA ABORDAGEM ALTERNATIVA PARA O ENSINO DO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS NO NÍVEL MÉDIO E INÍCIO DO CURSO SUPERIOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EATAS DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA UMA ABORDAGEM ALTERNATIVA PARA O ENSINO DO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS NO NÍVEL MÉDIO E INÍCIO DO CURSO SUPERIOR

Leia mais

Métodos Avançados em Epidemiologia

Métodos Avançados em Epidemiologia Unversdade Federal de Mnas Geras Insttuto de Cêncas Exatas Departamento de Estatístca Métodos Avançados em Epdemologa Aula 5-1 Regressão Lnear Smples: Estmação e Interpretação da Reta Tabela ANOVA e R

Leia mais

Regressão Linear Simples by Estevam Martins

Regressão Linear Simples by Estevam Martins Regressão Lnear Smples by Estevam Martns stvm@uol.com.br "O únco lugar onde o sucesso vem antes do trabalho, é no dconáro" Albert Ensten Introdução Mutos estudos estatístcos têm como objetvo estabelecer

Leia mais

7 - Distribuição de Freqüências

7 - Distribuição de Freqüências 7 - Dstrbução de Freqüêncas 7.1 Introdução Em mutas áreas há uma grande quantdade de nformações numércas que precsam ser dvulgadas de forma resumda. O método mas comum de resumr estes dados numércos consste

Leia mais

BEKAERT, G.; HARVEY, C. Emerging Equity Market Volatility. Journal of Financial Economics, n.43, p.29-77, 1997.

BEKAERT, G.; HARVEY, C. Emerging Equity Market Volatility. Journal of Financial Economics, n.43, p.29-77, 1997. 6 Bblografa BACA, S.; GABE, B.; WEISS,. The rse of sector effects n major equty markets. Fnancal Analysts Journal - Assocaton for Investment anagement and esearch, p.34-40, set./out. 000. BEKAET, G.; HAVEY,

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE DIVERSIFICAÇÃO NA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

UM ESTUDO SOBRE DIVERSIFICAÇÃO NA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO UM ESTUDO SOBRE DIVERSIFICAÇÃO A BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO Autores: André Luz Oda, Mara Carlota Morandn Senger e Alexandre oboru Chára Resumo O artgo estuda a redução de rsco que podera ter sdo obtda

Leia mais

2 Metodologia de Medição de Riscos para Projetos

2 Metodologia de Medição de Riscos para Projetos 2 Metodologa de Medção de Rscos para Projetos Neste capítulo remos aplcar os concetos apresentados na seção 1.1 ao ambente de projetos. Um projeto, por defnção, é um empreendmento com metas de prazo, margem

Leia mais

Índices de Concentração 1

Índices de Concentração 1 Índces de Concentração Crstane Alkmn Junquera Schmdt arcos André de Lma 3 arço / 00 Este documento expressa as opnões pessoas dos autores e não reflete as posções ofcas da Secretara de Acompanhamento Econômco

Leia mais

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CIÊNCIAS ECONÔMICAS ECONOMETRIA (04-II) PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS Exercícos do Gujarat Exercíco 5 Capítulo Capítulo Exercíco 3 4 5 7 0 5 Capítulo 3 As duas prmeras demonstrações

Leia mais

MODELOS DE REGRESSÃO PARAMÉTRICOS

MODELOS DE REGRESSÃO PARAMÉTRICOS MODELOS DE REGRESSÃO PARAMÉTRICOS Às vezes é de nteresse nclur na análse, característcas dos ndvíduos que podem estar relaconadas com o tempo de vda. Estudo de nsufcênca renal: verfcar qual o efeto da

Leia mais

AULA 4. Segundo Quartil ( Q observações são menores que ele e 50% são maiores.

AULA 4. Segundo Quartil ( Q observações são menores que ele e 50% são maiores. Estatístca Aplcada à Engenhara AULA 4 UNAMA - Unversdade da Amazôna.8 MEDIDA EPARATRIZE ão valores que separam o rol (os dados ordenados) em quatro (quarts), dez (decs) ou em cem (percents) partes guas.

Leia mais

Cap. IV Análise estatística de incertezas aleatórias

Cap. IV Análise estatística de incertezas aleatórias TLF 010/11 Cap. IV Análse estatístca de ncertezas aleatóras Capítulo IV Análse estatístca de ncertezas aleatóras 4.1. Méda 43 4.. Desvo padrão 44 4.3. Sgnfcado do desvo padrão 46 4.4. Desvo padrão da méda

Leia mais

4 Otimização e Diversificação: o Binômio Risco-Retorno

4 Otimização e Diversificação: o Binômio Risco-Retorno 4 Otmzação e Dversfcação: o Bnômo Rsco-Retorno O alto dnamsmo e a crescente sofstcação do mercado fnancero mundal fazem com que os nvestdores tenham o constante desafo de utlzarem estratégas que maxmzem

Leia mais

Estudo quantitativo do processo de tomada de decisão de um projeto de melhoria da qualidade de ensino de graduação.

Estudo quantitativo do processo de tomada de decisão de um projeto de melhoria da qualidade de ensino de graduação. Estudo quanttatvo do processo de tomada de decsão de um projeto de melhora da qualdade de ensno de graduação. Rogéro de Melo Costa Pnto 1, Rafael Aparecdo Pres Espíndula 2, Arlndo José de Souza Júnor 1,

Leia mais

Eventos coletivamente exaustivos: A união dos eventos é o espaço amostral.

Eventos coletivamente exaustivos: A união dos eventos é o espaço amostral. DEFINIÇÕES ADICIONAIS: PROBABILIDADE Espaço amostral (Ω) é o conjunto de todos os possíves resultados de um expermento. Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral. Evento combnado: Possu duas ou

Leia mais

Resumos Numéricos de Distribuições

Resumos Numéricos de Distribuições Estatístca Aplcada à Educação Antono Roque Aula Resumos umércos de Dstrbuções As representações tabulares e grácas de dados são muto útes, mas mutas vezes é desejável termos meddas numércas quanttatvas

Leia mais

CONCEITOS INICIAIS DE ESTATÍSTICA MÓDULO 2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA - ELEMENTOS Prof. Rogério Rodrigues

CONCEITOS INICIAIS DE ESTATÍSTICA MÓDULO 2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA - ELEMENTOS Prof. Rogério Rodrigues CONCEITOS INICIAIS DE ESTATÍSTICA MÓDULO DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA - ELEMENTOS Prof. Rogéro Rodrgues I) TABELA PRIMITIVA E DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA : No processo de amostragem, a forma de regstro mas

Leia mais

2 Modelos de Otimização sob Incerteza 2.1. Introdução

2 Modelos de Otimização sob Incerteza 2.1. Introdução 2 Modelos de Otmzação sob Incerteza 2.. Introdução Modelos de programação matemátca são comumente utlzados para solução de problemas de programação da produção, de logístca, de schedulng e de planejamento

Leia mais

PESQUISA EM MERCADO DE CAPITAIS. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. (colaboração de Prof. Claudio Cunha)

PESQUISA EM MERCADO DE CAPITAIS. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. (colaboração de Prof. Claudio Cunha) PESQUISA EM MERCADO DE CAPITAIS Prof. Patrca Mara Bortolon, D. Sc. (colaboração de Prof. Claudo Cunha) Cap. 15 Testes Empírcos de Modelos de Equlíbro ELTON, E.; GRUBER, M.; BROWN, S., GOETZMANN, W. Moderna

Leia mais

Estudo de Eventos: Procedimentos e Estudos Empíricos

Estudo de Eventos: Procedimentos e Estudos Empíricos Estudo de Eventos: Procedmentos e Estudos Empírcos Wagner Moura Lamouner 1 Else MOntero Noguera RESUMO O prncpal objetvo deste trabalho é dscutr as aplcações e os pontos fundamentas da metodologa de estudo

Leia mais

Análise de Regressão Linear Múltipla IV

Análise de Regressão Linear Múltipla IV Análse de Regressão Lnear Múltpla IV Aula 7 Guarat e Porter, 11 Capítulos 7 e 8 He et al., 4 Capítulo 3 Exemplo Tomando por base o modelo salaro 1educ anosemp exp prev log 3 a senhorta Jole, gerente do

Leia mais

Análise Exploratória de Dados

Análise Exploratória de Dados Análse Exploratóra de Dados Objetvos Análse de duas varáves quanttatvas: obter uma reta que se ajuste aos dados segundo o crtéro de mínmos quadrados; apresentar outros crtéros para a determnação de uma

Leia mais

Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados

Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados Gráfcos de Controle para Processos Autocorrelaconados Gráfco de controle de Shewhart: observações ndependentes e normalmente dstrbuídas. Shewhart ao crar os gráfcos de controle não exgu que os dados fossem

Leia mais

ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA TEMPORAL: UM NOVO MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE TEMPORAL DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO

ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA TEMPORAL: UM NOVO MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE TEMPORAL DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO Anas Eletrônco ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA TEMPORAL: UM NOVO MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE TEMPORAL DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO Anderson Takash Hara, Heraldo Takao Hashgut, Antôno Carlos Andrade

Leia mais

Probabilidade e Estatística I Antonio Roque Aula 4. Resumos Numéricos de Distribuições

Probabilidade e Estatística I Antonio Roque Aula 4. Resumos Numéricos de Distribuições Probabldade e Estatístca I Antono Roque Aula Resumos umércos de Dstrbuções As representações tabulares e grácas de dados são muto útes, mas mutas vezes é desejável termos meddas numércas quanttatvas para

Leia mais

Modelagem do crescimento de clones de Eucalyptus via modelos não lineares

Modelagem do crescimento de clones de Eucalyptus via modelos não lineares Modelagem do crescmento de clones de Eucalyptus va modelos não lneares Joselme Fernandes Gouvea 2 Davd Venanco da Cruz 3 Máco Augusto de Albuquerque 3 José Antôno Alexo da Slva Introdução Os fenômenos

Leia mais

PROVA DE ESTATÍSTICA & PROBABILIDADES SELEÇÃO MESTRADO/UFMG 2010/2011

PROVA DE ESTATÍSTICA & PROBABILIDADES SELEÇÃO MESTRADO/UFMG 2010/2011 Instruções: PROVA DE ESTATÍSTICA & PROBABILIDADES SELEÇÃO MESTRADO/UFMG 00/0 Cada uestão respondda corretamente vale (um) ponto. Cada uestão respondda ncorretamente vale - (menos um) ponto. Cada uestão

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia de Viseu. Fundamentos de Estatística 2006/2007 Ficha nº 7

Escola Superior de Tecnologia de Viseu. Fundamentos de Estatística 2006/2007 Ficha nº 7 Escola Superor de Tecnologa de Vseu Fundamentos de Estatístca 006/00 Fcha nº. Um artgo da revsta Wear (99) apresenta dados relatvos à vscosdade do óleo e ao desgaste do aço maco. A relação entre estas

Leia mais

8 - Medidas Descritivas

8 - Medidas Descritivas 8 - Meddas Descrtvas 8. Introdução Ao descrevemos um conjunto de dados por meo de tabelas e gráfcos temos muto mas nformações sobre o comportamento de uma varável do que a própra sére orgnal de dados.

Leia mais

5 Relação entre Análise Limite e Programação Linear 5.1. Modelo Matemático para Análise Limite

5 Relação entre Análise Limite e Programação Linear 5.1. Modelo Matemático para Análise Limite 5 Relação entre Análse Lmte e Programação Lnear 5.. Modelo Matemátco para Análse Lmte Como fo explcado anterormente, a análse lmte oferece a facldade para o cálculo da carga de ruptura pelo fato de utlzar

Leia mais

METOLOGIA. 1. Histórico

METOLOGIA. 1. Histórico METOLOGIA A Sondagem da Construção Cvl do RS é uma sondagem de opnão empresaral realzada mensalmente e fo crada pela Confederação Naconal da Indústra (CNI) com o apoo da Câmara Braslera da Indústra da

Leia mais

Caderno de Fórmulas em Implementação. SWAP Alterações na curva Libor

Caderno de Fórmulas em Implementação. SWAP Alterações na curva Libor Caderno de Fórmulas em Implementação SWAP Alterações na curva Lbor Atualzado em: 15/12/217 Comuncado: 12/217 DN Homologação: - Versão: Mar/218 Índce 1 Atualzações... 2 2 Caderno de Fórmulas - SWAP... 3

Leia mais

Regressão Múltipla. Parte I: Modelo Geral e Estimação

Regressão Múltipla. Parte I: Modelo Geral e Estimação Regressão Múltpla Parte I: Modelo Geral e Estmação Regressão lnear múltpla Exemplos: Num estudo sobre a produtvdade de trabalhadores ( em aeronave, navos) o pesqusador deseja controlar o número desses

Leia mais

O Modelo CAPM e o Modelo de Elton e Gruber para a composição da carteira de investimento

O Modelo CAPM e o Modelo de Elton e Gruber para a composição da carteira de investimento O Modelo CAPM e o Modelo de Elton e Gruber para a composção da cartera de nvestmento Dmtre de Carvalho Pós-graduado, MBA-nanças, UPIS Rcardo José Stefan Mestre em ADPUB (GV) e Professor da UPIS Introdução

Leia mais

Sinézio Fernandes Maia Professor Adjunto do Departamento de Economia da UFPB

Sinézio Fernandes Maia Professor Adjunto do Departamento de Economia da UFPB SETOR BANCÁRIO BRASILEIRO NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2009 A JULHO DE 2010: AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DE RISCO E RETORNO COM ABORDAGEM NAS TEORIAS DE MARKOWITZ E SHARPE Alza Slva de Lma Estudante de Pós-graduação

Leia mais

Eixo Temático: Estratégia e Internacionalização de Empresas. PRECIFICAÇÃO DE ETFs BRASILEIROS. BRAZILIAN ETFs PRICING

Eixo Temático: Estratégia e Internacionalização de Empresas. PRECIFICAÇÃO DE ETFs BRASILEIROS. BRAZILIAN ETFs PRICING Exo Temátco: Estratéga e Internaconalzação de Empresas RESUMO PRECIFICAÇÃO DE ETFs BRASILEIROS BRAZILIAN ETFs PRICING Bruno Mlan e Paulo Sergo Ceretta O objetvo deste estudo é verfcar, com base nos tradconas

Leia mais

Correlações cruzadas em mercadorias brasileiras: um estudo econofísico

Correlações cruzadas em mercadorias brasileiras: um estudo econofísico VIII ERMAC 8 o Encontro Regonal de Matemátca Aplcada e Computaconal 0- de Novembro de 008 Unversdade Federal do Ro Grande do Norte Natal/RN Correlações cruzadas em mercadoras brasleras: um estudo econofísco

Leia mais

5 Métodos de cálculo do limite de retenção em função da ruína e do capital inicial

5 Métodos de cálculo do limite de retenção em função da ruína e do capital inicial 5 Métodos de cálculo do lmte de retenção em função da ruína e do captal ncal Nesta dssertação serão utlzados dos métodos comparatvos de cálculo de lmte de retenção, onde ambos consderam a necessdade de

Leia mais

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS Depto de Físca/UFMG Laboratóro de Fundamentos de Físca NOTA II TABELAS E GRÁFICOS II.1 - TABELAS A manera mas adequada na apresentação de uma sére de meddas de um certo epermento é através de tabelas.

Leia mais

Variável discreta: X = número de divórcios por indivíduo

Variável discreta: X = número de divórcios por indivíduo 5. Análse descrtva com dados agrupados Em algumas stuações, os dados podem ser apresentados dretamente nas tabelas de frequêncas. Netas stuações devemos utlzar estratégas específcas para obter as meddas

Leia mais

Notas de aulas de Sistemas de Transportes (parte 4)

Notas de aulas de Sistemas de Transportes (parte 4) 1 Notas de aulas de Sstemas de Transportes (parte 4) Helo Marcos Fernandes Vana Tema: Demanda por transportes (2. o Parte) Conteúdo da parte 4 1 Acuráca (ou precsão) nas prevsões da demanda 2 Modelos sequencas

Leia mais

Flambagem. Cálculo da carga crítica via MDF

Flambagem. Cálculo da carga crítica via MDF Flambagem Cálculo da carga crítca va MDF ROF. ALEXANDRE A. CURY DEARTAMENTO DE MECÂNICA ALICADA E COMUTACIONAL Flambagem - Cálculo da carga crítca va MDF Nas aulas anterores, vmos como avalar a carga crítca

Leia mais

AS CARTEIRAS DE INVESTIMENTO E A SEMIVARIÂNCIA

AS CARTEIRAS DE INVESTIMENTO E A SEMIVARIÂNCIA AS CARTEIRAS DE INVESTIMENTO E A SEMIVARIÂNCIA chrstóvão thago de brto neto Professor Adjunto II do Programa de Engenhara de Produção da Unversdade Federal do Ro Grande do Norte (UFRN) - E-mal: brto@ufrnet.br

Leia mais

DELINEAMENTOS EXPERIMENTAIS

DELINEAMENTOS EXPERIMENTAIS SUMÁRIO 1 Delneamentos Expermentas 2 1.1 Delneamento Interamente Casualzado..................... 2 1.2 Delneamento Blocos Casualzados (DBC).................... 3 1.3 Delneamento Quadrado Latno (DQL)......................

Leia mais

METODOLOGIA DO ÍNDICE DIVIDENDOS BM&FBOVESPA (IDIV)

METODOLOGIA DO ÍNDICE DIVIDENDOS BM&FBOVESPA (IDIV) METODOLOGIA DO ÍNDICE DIVIDENDOS 02/01/2018 SUMÁRIO 1 OBJETIVO... 3 2 TIPO DE ÍNDICE... 3 3 ATIVOS ELEGÍVEIS... 3 4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO... 3 5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO... 4 6 CRITÉRIO DE PONDERAÇÃO... 5

Leia mais

5 Implementação Procedimento de segmentação

5 Implementação Procedimento de segmentação 5 Implementação O capítulo segunte apresenta uma batera de expermentos prátcos realzados com o objetvo de valdar o método proposto neste trabalho. O método envolve, contudo, alguns passos que podem ser

Leia mais

4. Conceitos de Risco-Retorno, diversificação e índices de desempenho de Fundos de Investimento

4. Conceitos de Risco-Retorno, diversificação e índices de desempenho de Fundos de Investimento 4. Concetos de Rsco-Retorno, dversfcação e índces de desempenho de Fundos de Investmento O alto dnamsmo e a crescente sofstcação do mercado fnancero mundal fazem com que os nvestdores tenham o constante

Leia mais

Aula Características dos sistemas de medição

Aula Características dos sistemas de medição Aula - Característcas dos sstemas de medção O comportamento funconal de um sstema de medção é descrto pelas suas característcas (parâmetros) operaconas e metrológcas. Aqu é defnda e analsada uma sére destes

Leia mais

Tabela 1. Porcentagem de crianças imunizadas contra DPT e taxa de mortalidade de menores de 5 anos para 20 países, 1992.

Tabela 1. Porcentagem de crianças imunizadas contra DPT e taxa de mortalidade de menores de 5 anos para 20 países, 1992. Regressão Lnear Algumas vezes estamos nteressados não apenas se exste assocação entre duas varáves quanttatvas x e y, mas nós temos também uma hpótese a respeto de uma provável relação de causa e efeto

Leia mais