WORKING PAPERS IN APPLIED ECONOMICS

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1 Unversdade Federal de Vçosa Departamento de Economa Rural WORKING PAPERS IN APPLIED ECONOMICS COMO COMPENSAR E INCENTIVAR OS MUNICÍPIOS A PROTEGER E CONSERVAR O MEIO AMBIENTE? O CASO DO ICMS ECOLÓGICO EM MINAS GERAIS Lucany L. Fernandes, Alexandre B. Coelho, Elane A. Fernandes e João Eustáquo de Lma WP - 06/2009 Vçosa, Mnas Geras Brazl 1

2 Como compensar e ncentvar os muncípos a proteger e conservar o meo ambente? O caso do ICMS Ecológco em Mnas Geras Resumo Lucany Lma Fernandes 1 Alexandre Bragança Coelho 2 Elane Aparecda Fernandes 3 João Eustáquo de Lma 4 O ICMS Ecológco, crado em 1991 no Estado do Paraná, surgu da revndcação dos muncípos que sentam que suas economas eram prejudcadas pelas restrções de uso do solo, orgnadas por serem manancas de abastecmento para muncípos vznhos ou por ntegrarem Undades de Conservação. Dessa forma, o poder públco estadual sentu a necessdade de reformular os crtéros de dstrbução do ICMS, favorecendo estes muncípos com recursos adconas. Em Mnas Geras, o ICMS Ecológco fo crado, em 1995, através da Le Robn Hood. No sentdo de verfcar o mpacto desse nstrumento, esse artgo teve como objetvo analsá-lo nas suas funções de compensação e ncentvo aos muncípos mneros. Os resultados obtdos mostram que esse nstrumento compensa a maor parte dos muncípos, mas vem perdendo sua mportânca nos últmos anos. Quanto ao ncentvo, o ICMS Ecológco realmente ncentva a preservação e a conservação do meo ambente, pos há uma relação dreta entre o montante recebdo e o crescmento de áreas protegdas nos muncípos mneros. Palavras Chaves: ICMS Ecológco, Mnas Geras, Modelo de Dados em Panel e Undades de Conservação. How to encourage local governments to engage n conservaton actons? The case of the Ecologcal ICMS n Brazl Abstract The ecologcal ICMS was frst used to dstrbute a share of the ICMS revenue n the state of Parana n Ths poneer experence orgnated from countes clams whch argued that ther economes were harmed by land use restrctons, manly because they were watershed protecton areas or ther terrtory was part of a conservaton unt. Respondng to these clams, the state government changed the ICMS allocaton crtera, favorng those countes wth added funds. In the Mnas Geras State, the Ecologcal ICMS was mplemented n 1995 wth the Robn Hood Law. The objectve of ths study was to evaluate the Ecologcal ICMS n Mnas Geras as an nstrument for compensaton and ncentve. Results showed the creaton of a conservaton unt would compensate most of Mnas Geras countes because of the Ecologcal ICMS, although the attractveness of the conservaton opton has been declnng systematcally over the years. Regardng the ncentve effect of the Ecologcal ICMS, results showed that the Ecologcal ICMS really compensates and ncentves Mnas Geras countes to preserve the envronment because there s a drest relatonshp between the amount receved from Ecologcal ICMS and the growth of protected areas n Mnas Geras countes. Keywords: Ecologcal ICMS, Mnas Geras, Panel Data Model, Conservaton Unts. 1 Mestre em Economa Aplcada pela Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: lucanyufv@yahoo.com.br 2 Professor da Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: acoelho@ufv.br 3 Professora da Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: eafernandes@ufv.br 4 Professor ttular do Departamento de Economa Rural da Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: jelma@ufv.br 2

3 1. Introdução O Imposto sobre Crculação de Mercadoras e Servços (ICMS) é um mposto estadual sobre o valor adconado de bens e servços. A Consttução de 1988 determnou que 25% das recetas do ICMS deveram ser transferdas dos estados para os muncípos que os compõem. A Consttução também estpulou que, no mínmo, 75% desta receta transferda devera ser dstrbuída de acordo com o valor adconado gerado em cada muncípo 5 e o restante sera dstrbuído de acordo com crtéros de alocação que cada estado achasse mas convenente ao seu caso específco. Os ndcadores usados normalmente eram baseados no tamanho da população, área do muncípo e produção prmára local. Em 1991, o crtéro ecológco passou a ser utlzado para dstrbur parte destes recursos no Estado do Paraná. Esta experênca ponera orgnou-se da revndcação dos muncípos que sentam que suas economas eram prejudcadas pelas restrções de uso do solo, orgnadas por serem manancas de abastecmento para muncípos vznhos ou por ntegrarem Undades de Conservação. Dessa forma, o poder públco estadual sentu a necessdade de reformular os crtéros de dstrbução do ICMS, favorecendo estes muncípos com recursos adconas. Apesar de o ICMS Ecológco nascer sob a égde da compensação, sua característca mas mportante é consttur-se num mecansmo de ncentvo à conservação ambental, representando uma promssora alternatva na composção dos nstrumentos de polítca públca para a conservação ambental no Brasl (LOUREIRO, 2002). Após a experênca do Paraná, os Estados de São Paulo (1993), Mnas Geras (1995), Rondôna (1996), Amapá (1996), Ro Grande do Sul (1997), Mato Grosso (2000), Mato Grosso do Sul (2000), Pernambuco (2000), Tocantns (2002) e Ro de Janero (2007) também mplantaram o ICMS Ecológco, com pequenas modfcações entre eles. A Tabela 1 mostra os 5 Para cada muncípo, o valor adconado mede a produção econômca do muncípo, traduzda pela dferença entre o somatóro das notas fscas de venda e o somatóro das notas fscas de compra. 3

4 estados com legslações já aprovadas, a dstrbução percentual e os crtéros atuas de dstrbução dos recursos do ICMS Ecológco dos estados brasleros. Em Mnas Geras, o ICMS Ecológco fo crado através da Le Complementar Estadual número /95, chamada de Le Robn Hood. O modelo mnero, além do crtéro ambental, nclu outros como: patrmôno cultural, educação, produção de almentos, número de habtantes por muncípo, 50 muncípos mas populosos, receta própra muncpal, saúde e área geográfca (MINAS GERAIS, 1995). Tabela 1. Estados brasleros que possuem ICMS Ecológco mplementado e os percentuas para o repasse de recursos fnanceros, 2008 CRITÉRIOS (%) Undades de Conservação, Coleta e destnação Controle de quemadas, Manancas de abastecmento ESTADO terras ndígenas fnal de lxo, combate a públco de água e outras áreas esgoto ncêndos, especalmente protegdas conservação manejo do solo. Paraná 2, ,5 São Paulo 0, Mnas Geras 0,5 0,5 - - Rondôna 5, Amapá 1, Ro Grande do Sul 7, Mato Grosso do 5, Sul Pernambuco 1,0 5,0 - - Mato Grosso 5,0 2,5 Tocantns 3,5 3,5 6,0 - Ro de Janero 1,1 0,6-0,8 Fonte: PARANÁ (1991); SÃO PAULO (1993); MINAS GERAIS (1995); RONDÔNIA (1996); AMAPÁ (1996); RIO GRANDE DO SUL (1997); MATO GROSSO (2000); MATO GROSSO DO SUL (2000); PERNAMBUCO (2000); TOCANTINS (2002); RIO DE JANEIRO (2007). Dentre os crtéros para repartção do ICMS aos muncípos mneros, o crtéro ambental (ICMS Ecológco) representa 1% dos recursos, dvddo em 2 sub-crtéros. O prmero refere-se às Undades de Conservação. A le destna 0,5 % aos muncípos que abrgam espaços especalmente protegdos. O sstema engloba áreas públcas ou prvadas das três esferas de governo, que são cadastradas junto à Secretara de Estado de Meo Ambente e Desenvolvmento Sustentável, após a avalação técnca do Insttuto Estadual de Florestas. O 4

5 segundo sub-crtéro refere-se ao sstema de tratamento ou dsposção fnal de lxo urbano e tratamento de esgoto santáro, destnando 0,5% do total dos recursos a serem repassados aos muncípos que possuem sstema de tratamento ou dsposção fnal de lxo urbano que atenda pelo menos 70% da população, ou sstema de tratamento de esgoto santáro que atenda pelo menos 50% da população 6 (NUNES, 2003). A Fgura 1 apresenta o total de ICMS Ecológco repassado aos muncípos mneros e o número de muncípos que recebem o ICMS Ecológco, no período de 1997 a Pode-se observar que o valor repassado aos muncípos aumentou consderavelmente neste período. Em 2007, foram repassados aos muncípos R$ 41,04 mlhões referentes ao crtéro ecológco, um aumento de aproxmadamente 68,29% em relação a Com relação ao número de muncípos que recebem o ICMS Ecológco, observa-se que no período analsado o número cresceu consderavelmente. No ano de 2007, hava 366 muncípos mneros, dos 853 que compõem o estado, que recebam o ICMS Ecológco, um aumento de aproxmadamente 198% em relação a número de muncípos total de ICMS Ecológco Fonte: Fundação João Pnhero. Fgura 1. Total de ICMS Ecológco repassado aos muncípos mneros, em R$,. Número de muncípos mneros que recebem o ICMS Ecológco, período 1997 a No ano de 2000, hava 23 e 212 muncípos que recebam o ICMS Ecológco através dos crtéros saneamento e Undades de Conservação, respectvamente. Em 2007, hava 104 e 310. Para maores detalhes ver Fernandes (2008). 5

6 Dante do exposto, observa-se que o ICMS Ecológco é um nstrumento mportante que pode ser utlzado como fonte de recursos adconas para muncípos que possuam Undades de Conservação ou tratamento de lxo ou esgoto. São necessáros assm mas estudos sobre este tema, já que a lteratura exstente é bastante escassa 7. Para avalar os efetos do ICMS Ecológco nos muncípos mneros, este trabalho teve como objetvo geral avalar o mpacto do ICMS Ecológco na preservação ambental no Estado de Mnas Geras, no período de 1997 a Especfcamente, pretende-se determnar se a transferênca de recursos pelo crtéro ecológco se traduzu efetvamente em aumento das ncatvas locas de gestão ambental e como o ICMS Ecológco nfluenca na escolha entre preservação e produção aos muncípos. Este artgo contém, além dessa ntrodução, mas três seções. A próxma descreve a metodologa utlzada na análse dos dados. Na tercera, são dscutdos os prncpas resultados encontrados, e a últma descreve as conclusões obtdas. 2. Metodologa Na metodologa deste trabalho, foram utlzados cálculos para obter o índce consoldado de produção e de preservação para todos os muncípos mneros e o modelo de dados em panel para verfcar qual a relação entre a área protegda e o valor do ICMS Ecológco recebdo através do sub-crtéro Undades de Conservação. A metodologa será apresentada nas seções seguntes Sstemátca do cálculo do índce de partcpação dos muncípos mneros no ICMS Ecológco 7 Ver Fernandes (2008) para uma revsão da lteratura sobre o tema. 6

7 De acordo com a Le /00 (Le Robn Hood), o ICMS Ecológco é decomposto em duas partes. Uma dz respeto ao saneamento ambental (ICMS A ) e outra a Undade de Conservação (ICMS C ). A soma das duas partes, ICMS A + ICMS C = x * ICMS T (1) em que x é a parcela alocada para fns de preservação do meo ambente (a partr de 1998, x=0,0025) e ICMS T é o total arrecadado do ICMS. Em seguda, defne-se I j, índce de partcpação do muncípo j no total do ICMS Ecológco, como sendo: I j = ISA j + IC j (2) em que ISA j é o índce de saneamento ambental do muncípo j e IC j é o índce de conservação do muncípo j. O valor obtdo pelo muncípo do ICMS é dado por I j * x * ICMS T. O Índce de Saneamento Ambental pode ser obtdo pela segunte expressão: ISA j = (1/N) * ICMS A, respetando a condção ICMS A (0,5 * x * ICMS T ) e (ISA j * x * ICMS T ) CP j (3) em que N é o número de muncípos que possuem undades autorzadas pelo COPAM para tratamento de esgoto ou para tratamento de lxo e CP j é o custo de mplantação da undade de tratamento de esgoto e/ou lxo do muncípo j. O Índce de Conservação para o muncípo j é: IC j = FCM j / j FCM j (4) em que FCM j é o fator de conservação do muncípo j. 7

8 A expressão do fator de conservação, por sua vez, pode ser obtda: FCM j = (AEuc j /Am j )* F q (5) em que AEuc j é a área equvalente ocupada pelas Undades de Conservação no muncípo j; Am j é a área total do muncípo j e F q é um fator de qualdade que assume valores de 0,1 a 1. Esse fator é relatvo à qualdade físca da área, plano de manejo, nfra-estrutura, entorno protetor, estrutura de proteção e fscalzação etc. Em Mnas Geras, este fator de qualdade assume valor gual a um. É mportante observar que a área equvalente ocupada pelas Undades de Conservação no muncípo j pode ser estruturada da segunte manera: AEuc j = EE j + RB j + APAI j + 0,9PAQ j + 0,9RPPN j + 0,7FLO j + 0,5AI j + 0,1APE j + 0,1 ZVS j + 0,025APAII j (6) em que EE j é a área da estação ecológca 8 no muncípo j; RB j é a área da reserva bológca no muncípo j; ZVS j é a zona de vda slvestre no muncípo j; PAQ j é a área ocupada com parques no muncípo j; RPPN j é a área ocupada por reserva partcular do patrmôno natural no muncípo j; FLO j é a área ocupada com floresta naconal, estadual ou muncpal no muncípo j; AI j é a área ocupada com reserva ndígena no muncípo j; APE j é a área de proteção especal no muncípo j; APAI j é a área de proteção ambental que dspõe de zoneamento ecológco-econômco no muncípo j; e, APAII j é a área de proteção ambental que não dspõe de zoneamento ecológco-econômco no muncípo j Compensação 8 Ver Anexo B para a defnção das áreas de conservação descrtas. 8

9 Mutas áreas protegdas nos muncípos são federas ou estaduas e, assm, os governos locas têm geralmente pouca nfluênca na desgnação destas áreas. Isso afeta a capacdade de o muncípo desenvolver atvdades produtvas e gerar renda. Dessa forma, a função de compensação do ICMS Ecológco é mportante. Uma forma de determnar se os muncípos estão sendo adequadamente compensados é medr qual a perda econômca gerada pela ntrodução de áreas de preservação ambental. Isto só sera possível pela análse das áreas preservadas de cada muncípo e o cálculo do valor adconado perddo. Esta abordagem é quase nvável pela dsponbldade de dados exstentes. Uma abordagem alternatva é usar o valor adconado por hectare de cada muncípo como ndcador do potencal econômco que é perddo quando uma área de terra é retrada do processo produtvo para fns de conservação. Dessa forma, o cálculo do ICMS perddo pela preservação de uma área, confrontado com o montante recebdo pelo muncípo com o ICMS Ecológco, fornecerá um ndcador de compensação recebda com o ICMS Ecológco (GRIEG-GRAN, 2000). O cálculo será realzado para muncípos com áreas protegdas e muncípos sem estas áreas e serão analsados 2 cenáros. 1. Uso produtvo de uma área de 1000 ha a qual gerara um valor adconado gual a méda comum para o muncípo. A méda é calculada pela dvsão do valor adconado total do muncípo pela área total do muncípo. 2. Uma opção de conservação, sto é, a cração de uma área protegda de 1000 ha. Nos dos próxmos tens, será dscutdo como é realzado o cálculo para o aumento de 1000 ha de área produtva e protegda Aumento de 1000 ha de área produtva Consdere um muncípo, o qual pertence ao Estado de Mnas Geras, que recebe num determnado ano t, o valor do ICMS (denotado por ICMS ). O índce consoldado ncal (IC) do muncípo é: 9

10 ICMS IC = (7) ICMSt em que ICMS t é o total de ICMS destnado aos muncípos. Com um aumento de 1000 ha na área produtva, o índce consoldado (IC) passa a ser: NIC ICMS + ICMS NICMS = (8) t em que NIC é o novo índce consoldado do muncípo, ICMS é o ICMS recebdo pelo muncípo, ICMS é a varação no ICMS do muncípo devdo ao aumento de 1000 ha de área produtva e NICMS t é o novo total de ICMS destnado aos muncípos 9. A varação do ICMS ( ICMS ) pode ser calculada da segunte forma: ICMS = VA depos VA antes (9) em que VA depos é o total que o muncípo recebe de ICMS pelo crtéro de valor adconado depos da adção de 1000 ha de área produtva e VA antes é o total de ICMS que o muncípo recebe através do crtéro valor adconado sem a adção de 1000 ha de área produtva. Tem-se que: VA * antes = IA * x ICMSt (10) em que IA é o índce antgo (antes da cração da área produtva), x é o peso aplcado ao valor adconado 10 e ICMS t é o total de ICMS destnado aos muncípos. O índce antgo (IA ) pode ser calculado da segunte forma: Va Va IA = (11) t 9 O aumento de área produtva em 1000 ha na geração de ICMS no estado é muto pequena, assm não é precso calcular este mpacto para cada muncípo. Dessa forma, a mudança prncpal ocorrerá nos índces de valor adconado para cada muncípo (equação 13) e consderar-se-á que NICMS t = ICMS t, ou seja, consderar-se-á o tamanho do bolo fxo, mudando apenas a repartção das fatas. 10 Por exemplo, no ano de 1997 o valor de x é de 0,8346. Para os outros anos, os valores estão anexo A. 10

11 em que Va é o total de ICMS que o muncípo recebe através do crtéro valor adconado e Va t é o ICMS recebdo por todos os muncípos mneros através do crtéro valor adconado. VA I * x * ICMS depos = (12) n t em que I n é o novo índce de valor adconado, o qual pode ser calculado da segunte forma: I n = Va Va t Va * ha Va * ha (13) em que Va é o ICMS dstrbuído ao muncípo através do crtéro valor adconado, ha é a área total do muncípo e Va t é o ICMS recebdo por todos os muncípos mneros através do crtéro valor adconado. A varação do índce consoldado de produção pode ser calculado subtrando a expressão (7) da (8) Aumento de 1000 ha na área protegda 11 Consdere que o índce consoldado (IC) do muncípo num determnado ano é calculado utlzando-se a expressão (7). Com o aumento de 1000 ha da área protegda, o novo valor do ICMS (denotado por ICMS novo ) passará a ser: ICMS novo = ICMS + ICMSE ) (14) ( em que (ICMSE ) é a varação do ICMS Ecológco no muncípo devdo ao aumento de 1000 ha na área protegda. Para calcular o valor da (ICMSE ), utlza-se a expressão abaxo: ( ICMSE ) = I *0,005* ICMS (15) em que I é o índce de conservação do muncípo. t 11 Este aumento de 1000 ha na área protegda são para áreas com fator de conservação gual a 1, como por exemplo, as estações ecológcas e as reservas bológcas. 11

12 passou a ser: Este índce de conservação do muncípo (I ) pode ser calculado pela expressão (4). Como a área protegda aumentou em 1000 ha, o fator de conservação do muncípo = AEuc FCM * Am F q (16) O fator de conservação do estado pode ser escrto da segunte forma: 1000 AEuc. (17) FCM = * Fq + * Fq Am Am A expressão (17) é válda, pos se pressupõe que só o muncípo aumenta sua área, ceters parbus. O novo índce consoldado (NIC ) devdo ao aumento da área protegda pode ser expresso por: NIC = ICMS + ( ICMSE ). (18) ICMS t A varação no índce consoldado de preservação é calculada subtrando a expressão (18) da expressão (7). Depos de calculada a varação do índce consoldado tanto para o aumento da área protegda quanto para o aumento da área produtva, basta dvdr a varação do índce consoldado de produção pela varação do índce consoldado de preservação. Se o valor for maor que um, é melhor para o muncípo produzr e se for menor que um, é melhor o muncípo preservar. 2.3 Incentvo Um dos objetvos do ICMS Ecológco fo o de ncentvar a cração de novas áreas protegdas e melhorar a qualdade das áreas exstentes. Para verfcar se o ICMS Ecológco 12

13 levou a uma maor preservação ambental, o efeto sobre as áreas protegdas em Mnas Geras será mensurado por meo de um modelo de regressão com dados em panel, nos anos de 2000 e Determnantes da área protegda Segundo Pndyck e Rubnfeld (2004), dados em panel são um conjunto longtudnal que nclu uma amostra de entdades ndvduas (famílas, muncípos, frmas, cdades etc.) ao longo de um período de tempo. É uma combnação de séres temporas com dados de corte transversal. Neste estudo, o modelo estmado é o segunte: Y β β β β β VA + µ t = 1+ 2PIBPRIMARIO t + 3VICMSEt + 4POPULAÇÃOt + 5 (19) em que: Y t é a área protegda no muncípo, no período t, (em hectares). Ela refere-se às Undades de Conservação estaduas, muncpas, federas e partculares pertencentes ao muncípo. PIBPRIMARIO t é o PIB do setor prmáro do muncípo no período t, (em reas). Espera-se snal negatvo, pos à medda que va aumentando o PIB do setor prmáro, maor tende a ser o desmatamento de áreas e assm menor a área protegda. VICMSE t é o valor do ICMS Ecológco recebdo pelo muncípo no período t, através do sub-crtéro Undades de Conservação, (em reas). Espera-se snal postvo, pos quanto maor o valor que o muncípo receber de ICMS Ecológco, através do sub-crtéro Undades de Conservação, maor tende a ser a sua preservação. t t 13

14 POPULAÇÃO t é o número de habtantes que possu o muncípo, no período t. Espera-se um snal negatvo, pos pressupõe-se que quando há um aumento populaconal, maor será o desmatamento da área para a expansão de áreas de morada, estradas e servços. VA t é ICMS recebdo pelo muncípo através do crtéro valor adconado fscal (em reas). Espera-se que VA apresente um snal negatvo, pos quanto maor o ICMS do crtéro valor adconado que o muncípo receber, maor será a sua atvdade econômca e conseqüentemente menor tende a ser a área protegda. µ é o erro aleatóro. t Neste estudo, será estmado o modelo por efetos fxos e efetos aleatóros. Para escolher qual é o melhor modelo será utlzado o teste de Hausman Fonte de dados Foram utlzados dados anuas, do período de 1997 a 2007, para as seguntes varáves: área das Undades de Conservação cadastradas junto à Secretara de Meo Ambente e Desenvolvmento Sustentável (SEMAD); o valor do ICMS dstrbuído a todos os muncípos; o valor do ICMS Ecológco repassado aos muncípos e o ICMS dstrbuído aos muncípos através do crtéro valor adconado fscal foram obtdos junto a Fundação João Pnhero. Para as varáves: população, Produto Interno Bruto e área dos muncípos utlzou-se dados obtdos no ste do Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE). Somente a varável Produto Interno Bruto fo obtda no período de 1999 a 2005 devdo à dsponbldade de dados. Todos os valores monetáros foram deflaconados pelo Índce Geral de Preços Dsponbldade Interna IGP-DI, da Fundação Getúlo Vargas. 12 Para maores detalhes, ver Grffths et al. (1992). 14

15 3. Resultados e Dscussão 3.1. O ICMS Ecológco como mecansmo de compensação aos muncípos mneros Uma das prncpas justfcatvas para cração do ICMS Ecológco fo a necessdade de compensação aos muncípos que têm áreas em seu terrtóro ocupadas por Undades de Conservação com dversos graus de restrção. Esses muncípos não podem utlzar estas áreas para atvdades econômcas tradconas, lmtando dessa forma o seu desenvolvmento e a sua arrecadação de mpostos (VEIGA NETO, 2000). Desta forma, procurou-se verfcar se o ICMS Ecológco vem realmente compensando os muncípos que possuem em seu terrtóro Undades de Conservação. Para sto, utlzou-se mudanças no índce de ICMS Consoldado para um aumento de 1000 hectares de área protegda e 1000 hectares para área produtva para todos os muncípos mneros no período de 1999 a Os resultados obtdos encontram-se na Tabela 2. A análse fo feta em relação à mportânca econômca do muncípo, medda através do Produto Interno Bruto. Para sto, classfcou-se os muncípos em: nível de renda baxa, méda, méda a alta e alta. O valor do PIB para cada uma destas categoras fo, respectvamente, de: até R$ ; de R$ ,01 a R$ ; de R$ ,01 a R$ e de R$ ,01 em dante 13 (Tabela 2). A Fgura 2 apresenta a porcentagem de muncípos mneros (méda de 1999 a 2005) com opção de preservar ou produzr, segundo o nível de renda. 13 Observa-se, no ano de 2005, que exstam 619 muncípos com nível de renda baxa, 148 muncípos com nível de renda méda, 43 muncípos com renda méda a alta e 43 muncípos com renda alta (IBGE, 2007). 15

16 Tabela 2. Porcentagem de muncípos mneros, segundo o PIB, com opção de preservar ou produzr, período de 1999 a 2005 PIB Opção Méda até preservar 98,37 94,92 93,26 89,64 83,41 81,86 84,81 89,47 produzr 1,63 5,08 6,74 10,36 16,59 18,14 15,19 10, ,01 a preservar 40,99 28,97 23,45 19,18 11,85 11,94 16,89 21,90 produzr 59,01 71,03 76,55 80,82 88,15 88,06 83,11 78, ,01 a preservar 2,56 7,69 9,09 6,25 3,03 4,88 4,65 5,45 produzr 97,44 92,31 90,91 93,75 96,97 95,12 95,35 94, ,01 em dante preservar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,33 0,33 produzr 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 97,67 99,67 Fonte: Resultados da Pesqusa. 16

17 Para o grupo de muncípos com renda baxa, tem-se, em méda, que 89,47% preferram preservar uma determnada área. Ao longo do período analsado, observa-se que a opção de preservar é muto atratva para estes muncípos. É mportante salentar que, em 1999, 98,37% destes muncípos optaram por preservar e, em 2005, este percentual ca para 84,81%. Essa queda é causada pelo aumento do número de muncípos que recebem o ICMS Ecológco e conseqüente redução do repasse desse recurso por muncípo e também pelo crescmento econômco que aumentou a atratvdade da decsão de produzr dos muncípos. % de muncípos (méda de 1999 a 2005) até ,01 a ,01 a ,01 em dante preservar produzr Fonte: Resultados da pesqusa. Fgura 2. Porcentagem de muncípos mneros com opção de preservar ou produzr, segundo o nível de renda, méda de 1999 a Para os muncípos com nível de renda méda, tem-se que somente 21,90% seram compensados com os recursos do ICMS Ecológco, em méda, se eles crassem uma área protegda de 1000 hectares. De 1999 a 2005, observa-se novamente que a atratvdade da opção produtva é cada vez maor. Para os muncípos com nível de renda méda a alta, tem-se que 94,55% dos muncípos seram compensados pela escolha da opção produtva, em méda. Para os muncípos com renda alta, os resultados obtdos apresentaram-se de acordo com o esperado. Tem-se, em méda, que 99,67% destes muncípos optaram pela atvdade produtva. De

18 a 2004, 100% destes muncípos optaram por produzr e em 2005, este percentual cau 97,67%. Verfcou-se que, para os muncípos menores (pequenos e médos) e os muncípos com nível de renda baxa, a opção de proteger uma determnada área é mas vantajosa do que a opção produtva em termos de recebmento de renda de ICMS. Assm, crar uma área protegda compensara a maor parte dos muncípos mneros em termos de recebmento de renda do ICMS através do crtéro ambental, embora se observe que a atratvdade da opção de proteger uma determnada área vem dmnundo muto com o passar dos anos, devdo à porcentagem dstrbuída aos muncípos ser fxa ao longo do tempo O ICMS Ecológco como mecansmo de ncentvo aos muncípos mneros O ICMS Ecológco fo crado também com o objetvo de ncentvar os muncípos a preservarem suas Undades de Conservação e, além dsso, ncentvá-los a crarem novas áreas protegdas. Para efeto da legslação, essas áreas têm que ser cadastradas junto à Secretara de Meo Ambente e Desenvolvmento Sustentável (SEMAD), após a avalação técnca do Insttuto Estadual de Florestas (IEF), para receberem os recursos do ICMS Ecológco. Na Fgura 3, tem-se o total de área protegda (em hectare) de todas as Undades de Conservação cadastradas em Mnas Geras, no período de 1997 a Observa-se que a área protegda vem crescendo bastante desde 1997, com um aumento de, aproxmadamente, 400% até Em 1997, a área protegda do estado era, aproxmadamente, 1,14 mlhões de hectares e, em 2006, este valor subu para 4,93 mlhões de hectares. De 2006 para 2007, houve uma queda no total da área protegda, que segundo nformações recebdas da Fundação João Pnhero, se deve a falhas no recadastramento destas Undades de Conservação. 18

19 área protegda anos Fonte: Fundação João Pnhero Fgura 3. Total da área protegda (em hectares) no Estado de Mnas Geras, anos 1997 a 2007 Euclydes e Magalhães (2006) verfcaram que, até dezembro de 1995, hava 109 Undades de Conservação e, em 2005, este valor passou para 440. As áreas de proteção ambental muncpas foram as que tveram um maor aumento, passando de 6 para 155 somente neste período. O aumento destas áreas fez com que o total da área protegda no estado crescesse mas de 60% e elas dexaram de representar apenas 0,7% do total da área protegda para representarem 40% em menos de dez anos (Quadro 1). Observa-se que com o ICMS Ecológco, mutos muncípos acharam nteressante a déa de crarem Undades de Conservação dentro de seu terrtóro, pos, ao preservarem estas áreas, eles receberam uma compensação fnancera. 19

20 Quadro 1. Cração de Undades de Conservação, antes e depos da cração do ICMS Ecológco Cração de Undades de Conservação Proteção Integral Até dez/1995 Até dez/2005 Total EEE EEF EEM RBE RBF RBM PAQE PAQF PAQM Zona de Vda Slvestre Total Uso Sustentável Até dez/1995 Até dez/2005 Total APAE APAF APAM FLOE FLOM FLONA RPPNE RPPNF REDES Total Áreas protegdas Até dez/1995 Até dez/2005 Total APEE APEM Total Áreas Indígenas Fonte: EUCLYDES e MAGALHÃES (2006). Nota: O sgnfcado de cada uma das sglas encontra-se no anexo B e as letras M, E e F no fnal de cada sgla, sgnfca muncpal, estadual e federal. Segundo Vega Neto (2000), um ponto nteressante neste crescmento de muncípos habltados fo o fato de que o crescmento aconteceu devdo não só à cração real de novas Undades de Conservação, mas também devdo à procura do órgão ambental pelos muncípos para cadastramento de áreas pré-exstentes, mas não regulamentadas, trazendo já uma mportante conseqüênca do ICMS Ecológco: a preocupação com a regulamentação das áreas de conservação Relação entre a área protegda e o valor do ICMS Ecológco (sub-crtéro Undades de Conservação) 20

21 Para saber qual a relação entre a varável dependente área protegda 14 e as varáves explcatvas (valor adconado, PIB-prmáro, população e valor do ICMS Ecológco recebdo através do sub-crtéro Undades de Conservação), fo estmada a equação (19). Estmou-se o modelo com efetos fxos e com efetos aleatóros. As estatístcas descrtvas para as varáves do modelo estão na Tabela 3. Tabela 3. Estatístcas descrtvas para as varáves do modelo de dados em panel Varável Área PIB-prmáro População VA VICMSE protegda Méda 4.356, , , ,67 Medana 0, , ,8 0,00 Máxmo , , ,20x Mínmo 0,00 0,00 825, , ,4 Desvo Padrão , , , ,25 Fonte: Resultados da Pesqusa. O prmero teste utlzado para a escolha do modelo fo o teste de Chow, que possblta escolher entre o modelo sem efetos e o modelo de efetos fxos (Tabela 4). A estatístca calculada rejetou a hpótese nula de que todos os parâmetros de nterceptos sejam guas, ou seja, o modelo por dados agrupados não é o melhor, sendo acetas as estmatvas obtdas com o modelo rrestrto ou de efetos fxos. A próxma etapa consstu em comparar o modelo de efetos aleatóros com um modelo com ausênca de efetos, por meo do teste LM de Breusch e Pagan. O valor tabelado a 1% de confança para a estatístca de χ 2 com 1 grau de lberdade é de 6,63, menor portanto que o valor calculado da estatístca LM (429,88). Rejeta-se, assm, a hpótese nula do modelo com ausênca de efetos, o que resulta na preferênca pelo modelo de efetos aleatóros. A últma etapa fo utlzar o teste proposto por Hausman, para verfcar qual o efeto é mas ndcado, efetos fxos ou aleatóros. O valor calculado da estatístca fo de 13,04, maor que o valor do χ 2 tabelado com 4 graus de lberdade a 5% de probabldade (9,49). Portanto, 14 Incalmente, a proposta do trabalho sera trabalhar com a área desmatada de todos os muncípos de Mnas Geras, ao nvés da área protegda. Como não houve dsponbldade de dados referentes à área desmatada, optou-se por utlzar a área protegda. 21

22 rejeta-se a hpótese nula de que o modelo de efetos aleatóros é melhor. Optou-se, então, pelo modelo de efetos fxos. Os resultados encontrados para o modelo de efetos fxos podem ser observados na Tabela 4. Tabela 4. Função área protegda dos muncípos mneros estmada com presença de efetos fxos, ano de 2000 e 2005 Varáves Coefcente Erro padrão Valor-p CONSTANTE 3971,11*** 13,2264 0,0000 VICMSE 0,0414*** 0,0007 0,0000 PIBPRIMARIO 0,0023*** 7,32x10-5 0,0000 VA -1,30x10-5 *** 7,27x10-7 0,0000 POPULAÇÃO -0,0199*** 0,0007 0,0000 R 2 0,9981 Estatístca F 509,87*** 0,0000 Hausman 13,04** 0,0111 LM 429,88*** 0,0000 BG 848 *** Whte 24,14 NS Chow 5,89*** Fonte: Resultados da Pesqusa. *** sgnfcatvo a 1%; ** sgnfcatvo a 5%; *sgnfcatvo a 10%; NS não sgnfcatvo Hausman: χ 2 (4; 5%) = 9,49 LM: χ 2 (1; 1%) = 6,63 BG: N = 853, p = 5, χ 2 (5; 1%)=15,09 Whte: N = 1706, p = 14, χ 2 (14; 1%) = 29,14 Chow: F (852; 849; 1%) = 1,00. Com relação à presença de autocorrelação, utlzou-se o teste de Breusch-Godfrey, em que a hpótese nula é que o modelo proposto na Tabela 4 não apresente autocorrelação, contra a hpótese alternatva que o modelo tenha autocorrelação. A estatístca do teste fo de 848, sendo maor que o valor χ 2 tabelado com 5 graus de lberdade a 1% de probabldade; logo, rejeta-se a hpótese nula e o modelo apresenta problemas de autocorrelação. Entretanto, preferu-se não corrg-lo, pos o mesmo possu somente duas observações temporas. Para verfcar se o modelo de efetos fxos tem problemas de heterocedastcdade, utlzou-se o teste de Whte. O valor calculado fo de 24,14 e o valor do χ 2 tabelado com 14 graus de lberdade a 1% de probabldade fo de 29,14. Como o valor calculado fo menor que 22

23 o valor crítco tabelado, não se rejeta a hpótese nula que o modelo é homocedástco. Portanto, o modelo de efetos fxos não apresenta problemas de heterocedastcdade. Pode-se notar que todas as varáves foram estatstcamente sgnfcatvas. O valor do R 2 fo bastante alto, mostrando que 99,81% da varação na área protegda são explcadas pelas varáves VA, POPULAÇÃO, PIBPRIMARIO e VICMSE. A varável PIBPRIMARIO apresentou snal postvo dferente do esperado. Dado um aumento de R$ 1000,00 no PIB prmáro, a área protegda aumenta em 2,3 hectares. A varável ICMS dstrbuído aos muncípos através do crtéro valor adconado (VA) apresentou snal negatvo, conforme o esperado. Seu efeto, entretanto, fo bastante reduzdo. Dado um aumento de R$ 1000,00 no ICMS recebdo através do crtéro valor adconado, a área protegda dmnu em apenas 0,013 hectares. A varável POPULAÇÃO apresentou snal negatvo em relação à área protega, ou seja, dado um aumento de 1000 habtantes, a área protegda dmnu em 19,9 hectares. Isso era esperado, pos quando há um aumento populaconal, espera-se também um maor desmatamento para a expansão de áreas de morada, estradas e servços. Confrmando a expectatva ncal, o valor do ICMS Ecológco através do sub-crtéro Undades de Conservação apresentou snal postvo em relação à área protegda. Um aumento de R$1000,00 no valor que o muncípo recebe de ICMS Ecológco através do sub-crtéro Undades de Conservação faz com que a área protegda aumente em 41,4 hectares. Isto mostra a mportânca do ICMS Ecológco para a preservação e conservação do meo ambente, funconando como forte ncentvo para a cração de novas áreas protegdas (Undades de Conservação). 4. Conclusões O ICMS Ecológco fo um nstrumento novador crado no Estado do Paraná em Em Mnas Geras, ele fo crado em 1995 com o objetvo de compensar e ncentvar os 23

24 muncípos que possuíam Undades de Conservação ou aqueles que possuem sstemas de dsposção e tratamento de lxos e esgotos santáros, destnando a eles 1% dos recursos do ICMS. Assm, dante dos resultados obtdos pode-se conclur que o ICMS Ecológco é um mportante mecansmo de compensação e ncentvo aos muncípos mneros. Com relação ao mecansmo de compensação, verfcou-se que, para os muncípos com nível de renda baxa, a opção de proteger uma determnada área é mas vantajosa do que a opção produtva em termos de recebmento de renda de ICMS. Assm, crar uma área protegda compensara a maor parte dos muncípos mneros em termos de recebmento de renda do ICMS através do crtéro ambental, embora se observe que a atratvdade da opção de proteger uma determnada área vem dmnundo muto com o passar dos anos, devdo à porcentagem dstrbuída aos muncípos ser fxa ao longo do tempo. Com relação ao mecansmo de ncentvo do ICMS Ecológco através do sub-crtéro Undades de Conservação, observou-se que, no período de 1997 a 2006, a área protegda teve um aumento de 400% em relação a Além dsso, o número de muncípos que receberam o ICMS Ecológco cresceu consderavelmente nesse período, mostrando a mportânca do crtéro ecológco para eles. Verfcou-se, também, que quanto maor o valor do ICMS Ecológco que o muncípo recebe através do sub-crtéro Undades de Conservação, maor tende a ser a sua área protegda. Isto mostra a mportânca que o ICMS Ecológco possu para a conservação e preservação do meo ambente. Assm, pode-se conclur que o ICMS Ecológco vem ncentvando os muncípos mneros a crarem Undades de Conservação. Recomenda-se que haja uma reformulação nos crtéros da Le Robn Hood para que se aumente o percentual de ICMS Ecológco destnado aos muncípos mneros, de forma que não seja comprometda a efcáca de seu estímulo para os muncípos se engajarem em ações de preservação. Além dsso, é necessáro que se coloque em prátca o fator que analsa a 24

25 qualdade das Undades de Conservação, para que o aumento nas estatístcas da área total dessas Undades se traduza efetvamente em ganho ambental para o Estado de Mnas Geras. 5. Referêncas Bblográfcas AMAPÁ. Le n 322, de 23 de dezembro de Aprova o ICMS Ecológco. Dáro Ofcal do Estado, Macapá, EUCLYDES, A.C.P., MAGALHÃES, S.R.A., Consderações sobre a categora de manejo Área de Proteção Ambental (APA) e o ICMS Ecológco em Mnas Geras. In: XII Semnáro sobre a economa mnera. Dsponível em: Acesso em setembro de FERNANDES, L.L. ICMS Ecológco como mecansmo de dstrbução, compensação e ncentvo no Estado de Mnas Geras. Vçosa, MG. DER-UFV, f. Dssertação (Mestrado em Economa Aplcada). FJP - FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Dsponível em: Acesso em 11/08/2007. GRIEG-GRAN, M. Fscal ncentves for bodversty conservaton: The ICMS Ecológco n Brazl. Dscusson Paper Internatonal Insttute for Envronment and Development, London, UK GRIFFITHS, W.E.; HILL, R.C.; JUDGE, G.G. Learnng and Practcng Econometrcs. New York: John Wley & Song, Inc, 1992, 866p. IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Dsponível em: Acesso em set LOUREIRO, W. Contrbução do ICMS Ecológco à conservação da bodversdade no Estado do Paraná. Curtba, PR, UFPR f.; Dssertação (Doutorado em Cêncas Florestas). MATO GROSSO DO SUL. Le n 2193, de 18 de dezembro de Dspõe sobre o ICMS Ecológco e dá outras provdêncas. Dáro Ofcal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MATO GROSSO. Le Complementar n 73, de 07 de dezembro de Dspõe sobre os crtéros de dstrbução da parcela de receta do ICMS e dá outras provdêncas. Dáro Ofcal do Mato Grosso, Cuabá, MINAS GERAIS. Le n , de 28 de dezembro de Dspõe sobre a dstrbução da parcela de receta do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos muncípos, de que trata o ncso II do parágrafo únco do artgo 158 da Consttução Federal, e dá outras provdêncas. Dáro Ofcal do Estado de Mnas Geras, Belo Horzonte,

26 . Le n , de 27 de dezembro de Dspõe sobre a dstrbução da parcela de receta do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos muncípos, de que trata o ncso II do parágrafo únco do artgo 158 da Consttução Federal, e dá outras provdêncas. Dáro Ofcal do Estado de Mnas Geras, Belo Horzonte, NUNES, L.H.C. ICMS Ecológco: revsão crítca dos crtéros de dstrbução do produto da arrecadação dos mpostos pertencentes aos muncípos. Belo Horzonte, MG Fundação João Pnhero f.; Dssertação (Mestrado em Admnstração Públca). PARANÁ. Le Complementar n 9491, de 21 de dezembro de Estabelece crtéros para fxação dos índces de partcpação dos muncípos no produto de arrecadação do ICMS. Dáro Ofcal do Estado do Paraná, Curtba, PERNAMBUCO. Le n Redefne os crtéros de dstrbução da parte do ICMS que cabe aos Muncípos e dá outras provdêncas. Dáro Ofcal do Estado de Pernambuco, Recfe, PINDYCK, R.S., RUBINFELD, D.L. Econometra Modelos & Prevsões. Ro de Janero: Campus, 4ª edção, 2004, 726 p. RIO DE JANEIRO. Le n 5100, de 4 de outubro de Altera a Le n 2.664, de 27 de dezembro de 1996, que trata da repartção aos muncípos da parcela de 25% do produto da arrecadação do ICMS, nclundo o crtéro de conservação ambental, e dá outras provdêncas. Dáro Ofcal do Estado do Ro de Janero, Ro de Janero, RIO GRANDE DO SUL. Le n de 17 de novembro de Dspõe sobre a parcela do produto de arrecadação do Imposto Relatvo à Crculação de Mercadoras e Servços (ICMS) pertencentes aos muncípos. Dáro Ofcal do Estado do Ro Grande do Sul, Porto Alegre, RONDÔNIA. Le Complementar n 147 de 15 de janero de Dscplna a dstrbução das parcelas do Imposto sobre Operações Relatvas à Crculação de Mercadoras (ICMS), destnadas aos muncípos. Dáro Ofcal do Estado de Rondôna, Porto Velho, SÃO PAULO. Le n 8510, de 29 de dezembro de Altera a Le 3201, de 23 de dezembro de 1981, que dspõe sobre a parcela, pertencente aos muncípos, do produto de arrecadação do ICMS. Dáro Ofcal do Estado de São Paulo, São Paulo, TOCANTINS. Le n 1323/02. Dspõe sobre o ICMS ecológco. Dáro Ofcal do Tocantns, Palmas, VEIGA NETO, F.C. Análse de ncentvos econômcos nas polítcas públcas para o meo ambente - O caso do ICMS Ecológco em Mnas Geras. Ro de Janero, R.J. Unversdade Federal Rural do Ro de Janero, f. Dssertação (Mestrado em Desenvolvmento, Agrcultura e Socedade). 26

27 Anexo A Quadro 1A. Crtéros de alocação de recursos do ICMS em Mnas Geras e respectvos percentuas, Antes do Depos do ICMS Ecológco ICMS Ecológco Crtéro A partr de 2005 Valor adconado 93,96 88,05 83,46 79,49 79,55 79,62 79,632 79,644 79,656 79,668 79,68 Muncípos 0,11 1,5 0,75 0,11 0,11 0,11 0,110 0,110 0,110 0,110 0,110 mneradores Cota mínma 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 Mateus Leme 0,30 0,20 0,18 0,14 0,09 0,05 0,032 0,024 0,016 0,008 0 Mesquta 0,12 0,09 0,08 0,06 0,04 0,02 0,016 0,012 0,008 0,004 0 Área geográfca 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 População 0,67 2,04 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 50 muncípos com 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 maor população Educação 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Produção de 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Almentos Patrmôno cultural 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Meo ambente 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Saúde 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Receta própra 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 muncpal Total Fonte: Les Estaduas n /95 e n 13803/00. 27

28 Anexo B Defnção das áreas de conservação presentes no estudo. a) Estação Ecológca (EE): é uma undade de conservação que tem como objetvo a preservação da natureza e a realzação de pesqusas centífcas. É probda a vstação públca, exceto com objetvo educaconal e a pesqusa centífca, b) Reserva Bológca (RB): tem como objetvo a preservação ntegral da bota e dos demas recursos naturas exstentes em seus lmtes, sem nterferênca humana dreta, c) Zona de vda slvestre (ZVS): tem o objetvo de proteger ambentes naturas onde se asseguram condções para a exstênca ou reprodução de espéces ou comundades da flora local e da fauna resdente ou mgratóra, d) Área ocupada com parques (PAQ): são áreas geográfcas extensas e delmtadas, dotadas de atrbutos naturas excepconas, Destnam-se a fns centífcos, culturas, educaconas e recreatvos, condconada a vstação públca mas com restrções específcas, São de domíno públco, e) Reserva Partcular do Patrmôno Natural (RPPN): é uma área prvada, gravada com perpetudade, com o objetvo de conservar a dversdade bológca no Brasl e promover a educação ambental, para que as futuras gerações possam desfrutar do prvlégo de uma natureza conservada, f) Área ocupada com floresta naconal, estadual ou muncpal (FLO): são áreas de domíno públco, federal, estadual ou muncpal, cradas com o objetvo de alar conservação e manejo de áreas naturas e plantadas, vsando pesqusar e dssemnar espéces florestas produtvas, g) Área ocupada com reserva ndígena (AI): não são consderadas undades de conservação, foram ncluídas nos cálculos para o ICMS Ecológco, porque mplcam em um nível de restrção de uso do solo que justfca sua nclusão, h) Área de Proteção Especal (APE): é uma área de conservação que vsa a proteção de manancas, patrmôno pasagístco e arqueológco, ) Área de Proteção Ambental (APAI): é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, E tem como objetvos báscos proteger a dversdade bológca, dscplnar o processo de ocupação e assegurar a sustentabldade do uso dos recursos naturas, Neste estudo, fcou sendo defnda APAI como área de proteção ambental que dspõe de zoneamento ecológco-econômco e APAII que não dspõe de zoneamento ecológco-econômco, 28

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