WORKING PAPERS IN APPLIED ECONOMICS

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1 Unversdade Federal de Vçosa Departamento de Economa Rural WORKING PAPERS IN APPLIED ECONOMICS Efetos redstrbutvos e determnantes de recebmento do ICMS Ecológco pelos muncípos mneros Lucany L. Fernandes, Alexandre B. Coelho, Elane A. Fernandes e João Eustáquo de Lma WP - 07/2009 Vçosa, Mnas Geras Brazl 1

2 Efetos redstrbutvos e determnantes de recebmento do ICMS Ecológco pelos muncípos mneros Lucany Lma Fernandes 1 Alexandre Bragança Coelho 2 Elane Aparecda Fernandes 3 João Eustáquo de Lma 4 Resumo O ICMS Ecológco fo um nstrumento novador crado no Estado do Paraná em Em Mnas Geras, ele fo crado em 1995 por meo da Le Robn Hood, com o objetvo de compensar e ncentvar os muncípos que possuíam Undades de Conservação ou aqueles que possuem sstemas de dsposção e tratamento de lxos e esgotos santáros, destnando a eles 1% dos recursos do ICMS. No sentdo de verfcar o mpacto deste nstrumento, esse artgo teve como objetvo analsar a mudança na dstrbução do ICMS aos muncípos mneros pela ntrodução do crtéro ecológco. Procurou-se também avalar os determnantes da probabldade de os muncípos receberem o ICMS Ecológco. Os resultados obtdos mostram que este recurso como mecansmo de dstrbução benefca apenas poucos muncípos, prncpalmente os menores e com baxo nível de renda, e prejudca a maora. Já a sua probabldade de recebmento vara postvamente com a área dos muncípos e o ICMS recebdo através do crtéro valor adconado. A mesorregão a qual o muncípo pertence também é mportante na probabldade de recebmento deste recurso. Palavras-Chaves: ICMS Ecológco, Mnas Geras, Modelo Logt, Dstrbução. Dstrbutonal effects and determnants of recevng Ecologcal ICMS among Mnas Geras countes Abstract The ecologcal ICMS was frst used to dstrbute a share of the ICMS revenue n the state of Parana n In the Mnas Geras State, the Ecologcal ICMS was mplemented n 1995 wth the Robn Hood Law. The objectve of ths study was to evaluate the change n the ICMS dstrbuton n Mnas Geras caused by the ntroducton of the ecologcal crteron. Results showed that the dstrbutonal effects were small manly due to the small percentage allocated to countes, beneftng manly poor and small countes and harmng most countes. A logt model was estmated to check the determnants of countes on recevng the Ecologcal ICMS. Results showed that countes area and the ICMS amount receved by the value-added crteron had postve effect on the recevng probablty. Regonal varables were also mportant. Keywords: Ecologcal ICMS, Mnas Geras, Logt Model, Dstrbuton 1. Introdução O Imposto sobre Crculação de Mercadoras e Servços (ICMS) é um mposto estadual sobre o valor adconado de bens e servços. A Consttução de 1988 determnou que 25% das recetas do ICMS deveram ser transferdas dos estados para os muncípos que os compõem. 1 Mestre em Economa Aplcada pela Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: lucanyufv@yahoo.com.br 2 Professor da Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: acoelho@ufv.br 3 Professora da Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: eafernandes@ufv.br 4 Professor ttular do departamento de economa rural da Unversdade Federal de Vçosa. E-mal: jelma@ufv.br 2

3 A Consttução também estpulou que, no mínmo, 75% desta receta transferda devera ser dstrbuída de acordo com o valor adconado gerado em cada muncípo 5 e o restante sera dstrbuído de acordo com crtéros de alocação que cada estado achasse mas convenente ao seu caso específco. Os ndcadores usados normalmente eram baseados no tamanho da população, área do muncípo e produção prmára local. Em 1991, o crtéro ecológco passou a ser utlzado para dstrbur parte destes recursos no Estado do Paraná. Esta experênca ponera orgnou-se da revndcação dos muncípos que sentam que suas economas eram prejudcadas pelas restrções de uso do solo, orgnadas por serem manancas de abastecmento para muncípos vznhos ou por ntegrarem Undades de Conservação. Dessa forma, o poder públco estadual sentu a necessdade de reformular os crtéros de dstrbução do ICMS, favorecendo estes muncípos com recursos adconas. Apesar de o ICMS Ecológco nascer sob a égde da compensação, sua característca mas mportante é consttur-se num mecansmo de ncentvo à conservação ambental, representando uma promssora alternatva na composção dos nstrumentos de polítca públca para a conservação ambental no Brasl (LOUREIRO, 2002). Em Mnas Geras 6, o ICMS Ecológco fo crado através da Le Complementar Estadual número /95, chamada de Le Robn Hood. O modelo mnero, além do crtéro ambental, nclu outros como: patrmôno cultural, educação, produção de almentos, número de habtantes por muncípo, 50 muncípos mas populosos, receta própra muncpal, saúde e área geográfca (MINAS GERAIS, 1995). Para o crtéro ambental, a le destna 0,5 % do ICMS aos muncípos que possuem undades de conservação e 0,5% aos muncípos que possuem sstema de tratamento ou 5 Para cada muncípo, o valor adconado mede a produção econômca do muncípo, traduzda pela dferença entre o somatóro das notas fscas de venda e o somatóro das notas fscas de compra. 6 Além do Estado Paraná e de Mnas Geras, outros Estados como: São Paulo (1993), Rondôna (1996), Amapá (1996), Ro Grande do Sul (1997), Mato Grosso (2000), Mato Grosso do Sul (2000), Pernambuco (2000) e Tocantns (2002) mplantaram o ICMS Ecológco com pequena modfcação entre eles. 3

4 dsposção fnal de lxo urbano que atenda pelo menos 70% da população, ou sstema de tratamento de esgoto santáro, que atenda pelo menos 50% da população 7 (NUNES, 2003). O ICMS Ecológco fo ntroduzdo através da dmnução do peso do crtéro de valor adconado 8. Ao mudar os crtéros de dstrbução, mutos muncípos com Undades de Conservação aumentaram sua receta. Entretanto, é mportante observar que mutos muncípos perderam receta pelo fato de o crtéro de valor adconado ter perddo mportânca 9. Além dsso, para muncípos consderados pequenos ou de pouca expressão econômca, o repasse ecológco representou mas de 20% do repasse total feto pelo estado, sendo uma fonte mportante de recursos (GRIEG-GRAN, 2000). Dante desse contexto, tornase relevante analsar, de forma detalhada, como o crtéro ecológco repercute na receta dos muncípos mneros, procurando compreender como se dstrbu as perdas e os ganhos dos muncípos. Este trabalho tem como objetvo geral analsar a mudança na dstrbução do ICMS aos muncípos mneros pela ntrodução do crtéro ecológco. Especfcamente pretende-se avalar os determnantes da probabldade de os muncípos receberem o ICMS Ecológco. Este artgo contém, além dessa ntrodução, mas três seções. A próxma descreve a metodologa utlzada na análse dos dados. Na tercera, são dscutdos os prncpas resultados encontrados, e a últma descreve as conclusões obtdas. 2. Metodologa 2.1. Dstrbução do ICMS Ecológco A ntrodução do ICMS Ecológco fo feta pela redução de outros crtéros, especalmente o crtéro de valor adconado. Dessa forma, é necessáro, em prmero lugar, 7 Ver anexo A para entender como este montante é dstrbuído para cada muncípo. 8 Ver anexo B. 9 Greg-Gran (2000), ao analsar os dados de Mnas Geras em 1998, concluu que 86 muncípos com Undades de Conservação foram benefcados com aumento de receta pela ntrodução do ICMS Ecológco, enquanto 38 muncípos perderam receta pela dmnução do crtéro de valor adconado. 4

5 analsar o efeto da ntrodução do ICMS ecológco na porcentagem total de ICMS que cada muncípo recebe, o chamado índce consoldado. Entretanto, mudanças no índce consoldado são resultados de város fatores, e não só do ICMS ecológco. Segundo Greg-Gran (2000), é necessáro examnar como a ntrodução de um novo crtéro e, em partcular, o crtéro ecológco afeta a arrecadação dos muncípos, de forma a ndcar os ganhadores e os perdedores neste processo. Uma comparação fo realzada entre índces atuas dos muncípos mneros e aqueles que resultaram nos seguntes cenáros: 1. Aplcação de um peso de 100% para o valor adconado, sto é, o ICMS sera redstrbuído completamente na base do valor adconado. 2. Stuação pré-robn Hood com a elmnação do crtéro ecológco e de outros crtéros ntroduzdos pela Le Robn Hood (população, área geográfca, educação, produção de almentos, patrmôno cultural, receta própra muncpal e saúde) e um aumento de 14,71% 10 no peso aplcado ao valor adconado. 3. Stuação pré-robn Hood e um peso de 1% aplcado ao crtéro ecológco. A construção destes 3 cenáros objetvou separar o efeto do crtéro ecológco de outros fatores. Dessa forma, uma desagregação das mudanças no índce consoldado por cada fator (valor adconado, índce ecológco, outros crtéros) fo feto, procurando solar o efeto de cada um, mostrando qual o mpacto do ICMS ecológco na receta dos muncípos de Mnas Geras Determnantes do recebmento do ICMS Ecológco Para saber os determnantes da probabldade de receber o ICMS Ecológco, será utlzado o modelo logt que se basea na utlzação da Função de Dstrbução Acumulada 10 Este valor refere-se à porcentagem destnada à Le Robn Hood nos anos de 1998 a No ano de 1997, o valor é de 10,04%. 5

6 Logístca (FDAL), a qual possu assíntotas em zero e em 1, garantndo probabldades estmadas dentro desse ntervalo (GUJARATI, 2006). A expressão para este modelo é dada pela equação (1): P 1 = E ( Y = 1) = F ( X β ) = (1) ( X β ) 1 + e em que P representa a probabldade do muncípo receber o ICMS Ecológco; X β é um índce 11 que representa as característcas deste muncípo; são os muncípos que compõem o total de observações da amostra utlzada; e e é a base de logartmos naturas, que é aproxmadamente gual a 2,718. Reescrevendo-se (1) tem-se: P = Z Z 1 e = (2) Z 1+ e 1+ e em que Z =X β. Se P é a probabldade do muncípo receber o ICMS Ecológco, então (1-P ) é a probabldade de ele não receber esse mposto, o qual pode ser expresso por: 1 1 P = (3) Z 1+ e A relação entre P e (1-P ) pode ser escrta da segunte forma: P 1 P 1+ e = 1+ e Z Z = e Z (4) em que P 1 P é a razão de chances a favor de receber o ICMS Ecológco, ou seja, a razão da probabldade de que um muncípo receba o ICMS Ecológco contra a probabldade de ele não receber. 11 Este índce é o valor da regressão estmada para cada muncípo, consderando-se as varáves explcatvas que foram ncluídas no modelo, ou seja, X β = β 0 + β 1 X β K X K, em que os β s são os parâmetros estmados e os X s, as varáves ndependentes consderadas. 6

7 Para lnearzar os parâmetros na expressão (4), aplca-se o logartmo natural em ambos os lados da equação, obtendo-se: P L = ln = Z P 1 ou = ln P L = 1 P X β (5) A equação (5) representa o logartmo da razão de chances, conhecdo como modelo logt (L ). O modelo (1) é estmado pelo método da máxma verossmlhança. Substtundo X β pelas varáves explcatvas utlzadas neste trabalho, tem-se o segunte modelo: L = β + β VA + β AREA+ β ANALF+ β PO + α D + α D α D α D α D α D α D α D 9 + α D α D α D ε (6) A defnção das varáves presentes no modelo (6) é a segunte: VA é o ICMS recebdo pelo muncípo através do crtéro valor adconado (em reas). O snal esperado é negatvo, pos quanto maor ICMS recebdo através do crtéro valor adconado, maor a atvdade econômca do muncípo, maor degradação ambental e, portanto, menor probabldade de recebmento do ICMS Ecológco. AREA é a área total do muncípo (em hectares). Espera-se que esta varável apresente snal postvo, pos quanto maor a área de um muncípo, maores as chances de possur em seu terrtóro áreas protegdas. ANALF é a taxa de analfabetsmo de 15 anos ou mas. Não há nenhuma expectatva a pror sobre o efeto da escolardade da população do muncípo sobre a probabldade de recebmento. 7

8 PO é o tamanho da população. Espera-se que o snal desta varável seja negatvo, pos quanto maor a população de um muncípo, maor a pressão sobre os recursos naturas e menor a probabldade de recebmento do ICMS Ecológco. D j (j = 1, 2,...,11) são varáves Dummes, sendo que elas se referem a localzação do muncípo, com o grupo-base representando Zona da Mata (D 1, mesorregão Campos das Vertentes; D 2, Central Mnera; D 3, Jequtnhonha; D 4, metropoltana de Belo Horzonte; D 5, Noroeste de Mnas; D 6, Norte de Mnas; D 7, Oeste de Mnas; D 8, Sul e Sudoeste de Mnas; D 9, Trângulo Mnero e Alto do Paranaíba; D 10, Vale do Mucur; D 11, Vale do Ro Doce 12 ). Espera-se que as varáves D 1, D 2, D 3, D 5, D 6, D 7, D 8, D 9, D 10 apresentem um snal negatvo e D 4 e D 11 tenham um snal postvo 13. ε é o erro aleatóro. Para calcular o efeto margnal sobre P de uma varável explcatva contínua em cada ponto, é precso dervar a equação (1) em relação à varável explcatva de nteresse. Utlzando a regra do quocente do cálculo dferencal, tem-se: ( X β ) P 1 ( e ) = β.. (7) K ( X β ) ( X β ) X (1+ e ) (1+ e ) K Observando que o 2 termo à dreta da expressão (7) é P e o tercero é (1-P ), tem-se que: P X K = β P.(1 P ) K. (8) A expressão (8) sgnfca, em pontos percentuas, a varação na probabldade de um muncípo receber o valor do ICMS Ecológco, dada uma mudança na varável ndependente X, mantendo-se as demas constantes. 12 Estas 12 regões são aquelas utlzadas pelo IBGE. 13 Em 2005, as mesorregões Metropoltana de Belo Horzonte, Vale do Ro Doce e Zona da Mata possuíam, respectvamente, 65,71%, 52,94% e 50,35% de seus muncípos recebendo o ICMS Ecológco. Todas as demas regões apresentaram percentuas bem nferores a estes, o que determnara a expectatva em relação ao snal das varáves dummes. 8

9 Com relação ao efeto margnal sobre as varáves bnáras, ele é calculado da segunte forma: EM P[( y = 1/ x = 1)] P[( y = 1/ x = 0)] (9) xk = k k em que: EM é o efeto margnal da varável bnára xk x ; P [( y 1/ x = 1)] é a k = k probabldade de o muncípo receber o ICMS Ecológco quando x = 1; P [( y 1/ x = 0)] é a probabldade de o muncípo receber o ICMS Ecológco quando x = 0. k k = k 2.3. Fonte dos dados Esse trabalho utlzou dados anuas, no período de 1997 a 2007, para as seguntes varáves: o valor do ICMS dstrbuído a todos os muncípos; o valor do ICMS Ecológco repassado aos muncípos e o ICMS dstrbuído aos muncípos através do crtéro valor adconado fscal. Esses dados foram obtdos junto a Fundação João Pnhero. Para as varáves: população, Produto Interno Bruto e área dos muncípos, utlzou-se dados obtdos no ste do Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE). A varável Produto Interno Bruto fo obtda no período de 1999 a 2005 devdo a dsponbldade de dados. Já a taxa de analfabetsmo de 15 anos ou mas fo obtda no ste do Insttuto Naconal de Estudos e Pesqusas Educaconas (INEP) no ano de Todos os valores monetáros foram deflaconados pelo Índce Geral de Preços Dsponbldade Interna IGP-DI, da Fundação Getúlo Vargas. 3. Resultados e Dscussão 3.1. Efetos redstrbutvos do ICMS Ecológco Para determnar quas foram os muncípos ganhadores e perdedores depos da cração da Le Robn Hood, construu-se três cenáros hpotétcos e comparou-os com a stuação atual, utlzando a metodologa vsta na seção 2.1. A construção destes três cenáros fo feta 9

10 para separar o efeto do crtéro ecológco dos outros crtéros, verfcando assm qual fo o mpacto do ICMS Ecológco nas recetas dos muncípos mneros. Classfcou-se os muncípos por tamanho e o resultados encontram-se na Tabela 1. Com relação à população, classfcaram-se os muncípos em pequenos, médos, médos a grandes e grandes, com populações, respectvamente, na faxa de até habtantes, de a habtantes, de a habtantes e de habtantes em dante 14. Os resultados encontrados estão na Tabela 1. Os resultados médos obtdos na comparação entre o prmero cenáro (em que o valor adconado é o únco crtéro) e a Le Robn Hood mostraram que 3,22% dos muncípos com população até habtantes estaram em melhor stuação que o cenáro atual. Já com a Le Robn Hood (cenáro atual), a porcentagem aumenta para 96,78%. Para os muncípos médos, 18,76% estaram melhor com o prmero cenáro e 81,24% estaram melhores com a Le Robn Hood. Para os muncípos de médo a grandes, 64,23% optaram pelo prmero cenáro e 35,77% optaram pelo cenáro atual. E para os muncípos grandes, 79,23% estaram em melhores condções com o prmero cenáro e apenas 20,77% estaram melhores no cenáro atual. Estes resultados podem ser vstos também na Fgura 1. Assm, a Le Robn Hood com todos os seus crtéros favorece realmente os muncípos menores. 14 Observa-se, no ano de 2007, que exstam 493 muncípos consderados pequenos, 296 consderados médos, 38 consderados médos a grandes e 26 muncípos consderados grandes (IBGE, 2007). 10

11 Tabela 1. Porcentagem de muncípos mneros, segundo a população, em stuação favorável a cada um dos cenáros, méda 1997 a 2007 população ano cenáros até a a em dante 1 cenáro 3,22 18,76 64,23 79,23 atual 96,78 81,24 35,77 20,77 méda 2 cenáro 4,91 19,91 53,47 66,81 atual 95,09 80,09 46,53 33,19 3 cenáro 7,18 20,31 47,92 57,12 atual 92,82 79,69 52,08 42,88 Fonte: Resultados da Pesqusa. O 2 cenáro é aquele em que ocorre a stuação pré-robn Hood, exstndo somente os crtéros: valor adconado, muncípos mneradores, cota mínma, Mateus Leme e Mesquta 15. Os valores médos encontrados na Tabela 1 mostraram que 4,91% dos muncípos pequenos ganharam com o 2 cenáro e 95,09% ganharam com a Le Robn Hood. Já para os muncípos médos, 19,91% estaram em melhores condções com o 2 cenáro e 80,09% com o cenáro atual. Para os muncípos médos a grandes, 53,47% ganharam com o 2 cenáro e 46,53% ganharam com a Le Robn Hood. Para os muncípos grandes, 66,81% ganharam com o 2 cenáro e 33,19% ganharam com o cenáro atual. Os resultados confrmam assm que a Le Robn Hood benefca os muncípos menores, pos dmnu o peso do crtéro de valor adconado na dstrbução de ICMS. 15 Ver anexo B para as porcentagens de cada crtéro. 11

12 % de muncípos em melhor stuação (méda de 1997 a 2007) até a a em dante 1 cenáro 2 cenáro 3 cenáro Fonte: Resultados da pesqusa. Fgura 1. Comparação entre os três cenáros e a Le Robn Hood, utlzando a população, méda de 1997 a O 3 cenáro ndca a stuação pré-robn Hood com um peso de 1% aplcado ao crtéro ecológco, mostrando o mpacto do ICMS Ecológco sem os outros crtéros presentes nessa le. Os valores médos encontrados na Tabela 1 mostraram que 7,18% dos muncípos pequenos ganharam com o 3 cenáro e 92,82% ganharam com a Le Robn Hood. Já para os muncípos médos, 20,31% estaram em melhores condções com o 3 cenáro e 79,69% com o cenáro atual. Os muncípos médos a grandes, 47,92% ganharam com o 3 cenáro e 52,08% ganharam com a Le Robn Hood. Para os muncípos grandes, 57,12% ganharam com o 3 cenáro e 42,88% ganharam com o cenáro atual. Assm, a Le Robn Hood benefca realmente os muncípos menores e o ICMS Ecológco soznho, sem os outros crtéros da Le Robn Hood, tem um mpacto pequeno no ganho obtdo pelos muncípos. A Tabela 2 mostra o número de muncípos em stuação favorável em cada um dos cenáros. Em relação aos valores médos obtdos nesta tabela, tem-se que 111 muncípos ganharam com o 1 cenáro e 742 ganharam com a Le Robn Hood. Greg-Gran (2000), consderando o cenáro atual em janero de 1998, obteve que 740 muncípos ganharam com a stuação atual comparado ao cenáro em que somente o valor adconado fo dstrbuído, 12

13 resultado parecdo com que fo obtdo neste trabalho. Portanto, observa-se, em todo o período analsado, que a Le Robn Hood, ao retrar peso do crtéro de valor adconado, benefcou a maor parte dos muncípos mneros, especalmente os muncípos menores. Tabela 2. Número de muncípos mneros em stuação favorável a cada um dos cenáros no período 1997 a 2007 ano 1 cenáro atual 2 cenáro atual 3 cenáro atual méda Fonte: Resultados da Pesqusa. Na comparação realzada entre o 2 cenáro e o atual, os valores médos obtdos mostraram que 116 muncípos estaram em melhor stuação com o 2 cenáro e 737 muncípos com o cenáro atual (Tabela 2). Isto mostra a mportânca de todos os crtéros contdos na Le Robn Hood. Segundo Greg-Gran (2000), o número de muncípos que ganharam com essa le fo de 725 comparados com a stuação pré-robn Hood. Assm, em todo o período analsado, observa-se que a Le Robn Hood fo realmente efetva em seus objetvos, benefcando os muncípos menores. Os valores médos obtdos na comparação entre o 3 cenáro e o atual, mostraram que 125 muncípos ganharam com o 3 cenáro e 728 ganharam com o cenáro atual, mostrando que os outros crtéros são mas mportantes que o ICMS Ecológco na dstrbução do montante entre os muncípos. Observa-se também que, como o percentual do ICMS Ecológco permaneceu fxo e o número de muncípos cresceu, a fata destnada a cada muncípo fo fcando cada vez menor. 16 Estes valores são arredondados. 13

14 Para verfcar o mpacto do ICMS Ecológco sem os outros crtéros presentes na Le Robn Hood, optou-se pela comparação entre o 2 cenáro (stuação pré-robn Hood) e o 3 cenáro (stuação pré-robn Hood com um peso de 1% aplcado ao crtéro ecológco). Os resultados encontrados estão presentes na Tabelas 3. Para estes resultados, optou-se também em separar os muncípos por tamanho. Tabela 3. Porcentagem dos muncípos, segundo a população, em stuação favorável a cada um dos cenáros, período de 1997 a 2007 população a ano cenáros até a em dante cenáro 47,02 46,01 41,67 55,00 3 cenáro 52,98 53,99 58,33 45, cenáro 47,89 40,00 42,86 61,90 3 cenáro 52,11 60,00 57,14 38, cenáro 47,61 44,85 44,44 59,09 3 cenáro 52,39 55,15 55,56 40, cenáro 83,14 81,62 88,89 91,30 3 cenáro 16,86 18,38 11,11 8, cenáro 82,05 78,55 86,49 91,30 3 cenáro 17,95 21,45 13,51 8, cenáro 77,82 77,62 84,21 87,50 3 cenáro 22,18 22,38 15,79 12, cenáro 73,15 72,92 83,33 96,15 3 cenáro 26,85 27,08 16,67 3, cenáro 69,01 68,84 86,84 96,15 3 cenáro 30,99 31,16 13,16 3, cenáro 67,51 67,27 86,84 92,31 3 cenáro 32,49 32,73 13,16 7, cenáro 67,39 65,70 82,50 88,89 3 cenáro 32,61 34,30 17,50 11, cenáro 68,97 70,61 78,95 88,46 3 cenáro 31,03 29,39 21,05 11,54 méda 2 cenáro 66,51 64,91 73,37 82,55 3 cenáro 33,49 35,09 26,63 17,45 Fonte: Resultados da Pesqusa. Os valores médos obtdos na Tabela 3 mostram que 66,51% dos muncípos pequenos estaram melhores com o 2 cenáro e 33,49% com o 3 cenáro. Para os muncípos médos, tem-se que 64,91% estaram em melhor stuação com o 2 cenáro e 35,09% com o 3 cenáro. Para os muncípos médos a grandes, 73,37% ganharam com o 2 cenáro e 26,63 ganharam com o 3 cenáro. E para os muncípos grandes, 82,55% ganharam com o 2 14

15 cenáro e 17,45% ganharam com o 3 cenáro (Fgura 2). Assm, a stuação pré-robn Hood, sem o ICMS Ecológco, sera melhor para a maor parte dos muncípos mneros, embora para os muncípos pequenos e médos este percentual seja um pouco menor. % de muncípos em melhor stuação (méda de 1997 a 2007) até a a em dante população 2 cenáro 3 cenáro Fonte: Resultados da pesqusa. Fgura 2. Comparação entre o 2 cenáro e o 3 cenáro, utlzando a população, méda de 1997 a A Fgura 3 apresenta os resultados do 2 e 3 cenáros para os muncípos que efetvamente recebem o ICMS Ecológco. Pode-se observar que em todo o período analsado, a maor parte dos muncípos que recebem o ICMS Ecológco sera benefcada com o 3 cenáro, embora exstam muncípos que perderam com este cenáro, mesmo recebendo o ICMS Ecológco, pos perderam receta pela dmnução do peso do crtéro de valor adconado. Portanto, do grupo de muncípos que recebem o ICMS Ecológco, exstem mas ganhadores do que perdedores. 15

16 % de muncípos que recebem o ICMS Ecológco méda período 2 cenáro 3 cenáro Fonte: Resultados da Pesqusa Fgura 3. Porcentagem dos muncípos que recebem o ICMS Ecológco em cada um dos cenáros, período 1997 a Com relação aos efetos redstrbutvos do ICMS Ecológco, pode-se conclur que ele realmente benefca mas ntensamente os muncípos menores e com baxos níves de renda, mas seu mpacto é pequeno pelo reduzdo valor de seu percentual (1%). Entretanto, há mas perdedores do que ganhadores com o ICMS Ecológco, mesmo entre os muncípos com baxo nível de renda e menores. Isso é explcado pela dmnução do peso do crtéro de valor adconado e pelo fato de o ICMS Ecológco ser recebdo por menos de 50% dos muncípos Os determnantes da probabldade de recebmento do ICMS Ecológco Conforme proposto na metodologa, utlzou-se o modelo logt para verfcar quas os determnantes da probabldade de recebmento do ICMS Ecológco. Estmou-se o modelo cujos resultados encontram-se na Tabela 4. Pode-se notar que oto das dezesses varáves são sgnfcatvas: ÁREA, VA, D1, D2, D5, D6, D8 e D9. O snal das varáves, em sua maora, está de acordo com a teora econômca, apenas para a varável valor adconado (VA), o snal fo dferente do esperado. O valor calculado para o teste da razão de verossmlhança fo altamente sgnfcatvo, logo exste uma relação entre a varável dependente recebe e as demas varáves explcatvas (Tabela 4). 16

17 Tabela 4. Resultados do modelo logt para todos os muncípos mneros, ano 2005 Varável Coefcente Erro padrão Teste Z Valor-p CONSTANTE -0,1493 NS 0,3345-0,4463 0,6554 AREA 0,000005*** 0, ,9982 0,0001 VA 0, *** 0, ,9982 0,0001 ANALF -0,0081 NS 0,0163-0,4965 0,6195 PO -0, NS 0, ,5507 0,5818 D1-0,9077** 0,4118-2,2044 0,0275 D2-0,9744** 0,4438-2,1954 0,0281 D3-0,6457 NS 0,4125-1,5656 0,1175 D4 0,2652 NS 0,2760 0,9608 0,3367 D5-1,5626** 0,6436-2,4279 0,0152 D6-1,0584*** 0,3805-2,7814 0,0054 D7-0,52 NS 0,3629-1,4328 0,1519 D8-0,5196** 0,2486-2,0895 0,0367 D9-1,7561*** 0,3992-4,3995 0,0000 D10-0,92 NS 0,5761-1,5969 0,1103 D11-0,382 NS 0,2906-1,3146 0,1887 Razão de Versossmlhança 108,398 0,0000 Obs. com (Y=1)= 366 Obs com (Y=0)=487 R 2 Mc Fadden 0,093 Fonte: Resultados da Pesqusa. *** sgnfcatvo a 1%; ** sgnfcatvo a 5%; *sgnfcatvo a 10%; NS não sgnfcatvo. Sobre as qualdades estatístcas do modelo, observou-se que esse apresentou um poder de prevsão de 65,30%. Consderando somente as prevsões de os muncípos receberem o ICMS Ecológco, esse índce é de 37,43%. Quanto ao não recebmento do ICMS Ecológco, este valor é de 86,24%. A nterpretação dos coefcentes é dfícl no modelo logt e fo feta através dos efetos margnas 17 das varáves (Tabela 5). Em relação à varável área, o efeto margnal sobre a probabldade de o muncípo receber o ICMS Ecológco fo postvo, conforme esperado. Um aumento em hectare na área, mantdas as demas varáves constantes 18, faz com que a probabldade do recebmento do ICMS Ecológco fque aumentada em apenas 0,127 pontos 17 Conforme dscutdo na metodologa, o efeto margnal das varáves explcatvas no modelo logt não é constante. Os efetos margnas foram calculados no ponto médo da amostra. Com relação às varáves qualtatvas, o cálculo fo obtdo através da equação (9), enquanto para as varáves contínuas utlzou-se a equação (8). 18 Para o cálculo do efeto margnal, esta pressuposção é feta para todas as varáves. 17

18 percentuas. Assm, muncípos maores têm maor probabldade de recebmento, pos eles possuem maor área sujeta a transformação em áreas de proteção. Com relação à varável valor adconado, esperava-se que o seu efeto margnal fosse negatvo, porque muncípos mas rcos possuem geralmente mas áreas degradadas, dfcultando o recebmento do ICMS Ecológco, o que não fo confrmado pelos resultados. Uma explcação possível para este comportamento é que grandes muncípos mneros como Belo Horzonte, Betm, Contagem, Uberlânda, Ipatnga, Uberaba, Juz de Fora, Itabra, Nova Lma e Ouro Preto, que são muncípos que geram um alto valor adconado, possuem em seu terrtóro Undades de Conservação ou possuem sstema de tratamento ou dsposção fnal de lxo urbano e tratamento de esgoto santáro, recebendo assm um montante de ICMS Ecológco. O snal postvo encontrado sgnfca que um aumento em R$ 1000,00 no valor adconado faz com que a probabldade do recebmento do ICMS Ecológco fque aumentado em apenas 0,0032 pontos percentuas. Tabela 5. Efeto margnal para as varáves seleconadas Varável Efeto Margnal Erro Teste Z Valor-p padrão AREA 0, *** 0,0000 4,00 0,000 VA 0, *** 0,0000 3,54 0,000 ANALF -0,002 NS 0, ,50 0,619 PO -0, NS 0,0000-0,55 0,582 D1-0,2231** 0,0975-2,29 0,022 D2-0,2387** 0,1037-2,30 0,021 D3-0,1596 NS 0,1011-1,58 0,115 D4 0,0612 NS 0,0631 0,97 0,332 D5-0,3624*** 0,1229-2,95 0,003 D6-0,2580*** 0,0878-2,94 0,003 D7-0,1283 NS 0,0897-1,43 0,152 D8-0,1282** 0,0608-2,11 0,035 D9-0,3963*** 0,075-5,28 0,000 D10-0,2260* 0,1361-1,66 0,097 D11-0,0938 NS 0, ,188 Fonte: Resultados da Pesqusa. *** sgnfcatvo a 1%; ** sgnfcatvo a 5%; *sgnfcatvo a 10%; NS não sgnfcatvo. 18

19 As seguntes varáves dummes, D1, D2, D5, D6, D8 e D9 apresentaram efetos margnas sgnfcatvos e negatvos, o que sgnfca que se o muncípo pertencer a uma destas mesorregões (Campos das Vertentes, Central Mnera, Noroeste de Mnas, Norte de Mnas, Sul e Sudoeste e Trângulo Mnero e Alto do Paranaíba, respectvamente), a probabldade de ele receber o ICMS Ecológco em relação à Zona da Mata (mesorregão padrão) dmnu, respectvamente, em 22,31; 23,87; 36,24; 25,80; 12,82 e 39,63 pontos percentuas. Este resultado era esperado, pos, em 2005, 50,35% dos muncípos da Zona da Mata receberam o ICMS Ecológco, enquanto que nas mesorregões: Campos das Vertentes, Central Mnera, Noroeste de Mnas, Norte de mnas, Sul e Sudoeste e Trângulo Mnero e Alto do Paranaíba este valor fo, respectvamente, de: 30,56%, 33,33%, 47,37%, 29,21%, 41,78% e 36,92%. Assm, a maor parte dos muncípos da Zona da Mata recebe o ICMS Ecológco e os muncípos com as mesmas característcas localzados em outras mesorregões têm probabldade menor de receber esse recurso. As varáves dummes D3, D4 D7, D10 e D11 foram não sgnfcatvas, ndcando que se o muncípo pertencer, respectvamente, a uma destas mesorregões (Jequtnhonha, Metropoltana de Belo Horzonte, Oeste de Mnas, Vale do Mucur e Vale do Ro Doce) não há nfluênca na probabldade de receber o ICMS Ecológco, comparado com a mesorregão da Zona da Mata. Em relação à varável que mede o índce de analfabetsmo do muncípo, ela se mostrou não sgnfcatva. Isto sgnfca que muncípos com alta e baxa taxa de analfabetsmo têm a mesma probabldade de receber o ICMS Ecológco. A varável tamanho da população também fo não sgnfcatva, ndcando que ela não é mportante como determnante do recebmento do ICMS Ecológco, pos tanto muncípos pequenos quanto grandes podem possur em seu terrtóro Undades de Conservação ou trabalharem com a questão do saneamento ambental para recebmento dos recursos do ICMS Ecológco. 19

20 Assm, as varáves quanttatvas AREA e VA e as varáves qualtatvas D1, D2, D5, D6, D8 e D9 (relaconadas ao muncípo pertencer, respectvamente, às mesorregões: Campos das Vertentes, Central Mnera, Noroeste de Mnas, Norte de Mnas, Sul e Sudoeste de Mnas e Trângulo Mnero e Alto do Paranaíba, sendo a Zona da Mata a varável de controle) foram as prncpas determnantes da probabldade de o muncípo receber o ICMS Ecológco. 4. Conclusões Com relação aos efetos redstrbutvos do ICMS Ecológco, pode-se conclur que ele benefca mas ntensamente os muncípos menores, mas seu mpacto é pequeno pelo reduzdo valor de seu percentual (1%). Entretanto, há mas perdedores do que ganhadores com o ICMS Ecológco, mesmo entre os muncípos menores e com baxo nível de renda. Isso é explcado pela dmnução do peso do crtéro de valor adconado e pelo fato de o ICMS Ecológco ser recebdo por menos de 50% dos muncípos. Já a probabldade de recebmento do ICMS Ecológco vara postvamente com a área dos muncípos e o ICMS recebdo através do crtéro valor adconado. A mesorregão a qual o muncípo pertence também é mportante na probabldade de recebmento deste recurso. Recomenda-se que haja uma reformulação nos crtéros da Le Robn Hood para que se aumente o percentual de ICMS Ecológco destnado aos muncípos mneros, de forma que não seja comprometda a efcáca de seu estímulo para os muncípos se engajarem em ações de preservação. 5. Referêncas Bblográfcas FJP - FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Dsponível em: Acesso em 11/08/

21 GRIEG-GRAN, M. Fscal ncentves for bodversty conservaton: The ICMS Ecológco n Brazl. Dscusson Paper Internatonal Insttute for Envronment and Development, London, UK GUJARATI, D. N. Econometra básca. 4.ed. São Paulo: Campus, p. IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Dsponível em: Acesso em set INEP Insttuto Naconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera. Dsponível em: Acesso em 14/01/2008. LOUREIRO, W. Contrbução do ICMS Ecológco à conservação da bodversdade no Estado do Paraná. Curtba, PR, UFPR f.; Dssertação (Doutorado em Cêncas Florestas). MINAS GERAIS. Le n , de 28 de dezembro de Dspõe sobre a dstrbução da parcela de receta do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos muncípos, de que trata o ncso II do parágrafo únco do artgo 158 da Consttução Federal, e dá outras provdêncas. Dáro Ofcal do Estado de Mnas Geras, Belo Horzonte, NUNES, L.H.C. ICMS Ecológco: revsão crítca dos crtéros de dstrbução do produto da arrecadação dos mpostos pertencentes aos muncípos. Belo Horzonte, MG Fundação João Pnhero f.; Dssertação (Mestrado em Admnstração Públca). 21

22 Anexo A Sstemátca do cálculo do índce de partcpação dos muncípos mneros no ICMS Ecológco De acordo com a Le /00 (Le Robn Hood), o ICMS Ecológco é decomposto em duas partes. Uma dz respeto ao saneamento ambental (ICMS A ) e outra a Undade de Conservação (ICMS C ). A soma das duas partes, ICMS A + ICMS C = x * ICMS T (1) em que x é a parcela alocada para fns de preservação do meo ambente (a partr de 1998, x=0,0025) e ICMS T é o total arrecadado do ICMS. Em seguda, defne-se I j, índce de partcpação do muncípo j no total do ICMS Ecológco, como sendo: I j = ISA j + IC j (2) em que ISA j é o índce de saneamento ambental do muncípo j e IC j é o índce de conservação do muncípo j. O valor obtdo pelo muncípo do ICMS é dado por I j * x * ICMS T. O Índce de Saneamento Ambental pode ser obtdo pela segunte expressão: ISA j = (1/N) * ICMS A, respetando a condção ICMS A (0,5 * x * ICMS T ) e (ISA j * x * ICMS T ) CP j (3) em que N é o número de muncípos que possuem undades autorzadas pelo COPAM para tratamento de esgoto ou para tratamento de lxo e CP j é o custo de mplantação da undade de tratamento de esgoto e/ou lxo do muncípo j. O Índce de Conservação para o muncípo j é: 22

23 IC j = FCM j / j FCM j (4) em que FCM j é o fator de conservação do muncípo j. A expressão do fator de conservação, por sua vez, pode ser obtda: FCM j = (AEuc j /Am j )* F q (5) em que AEuc j é a área equvalente ocupada pelas Undades de Conservação no muncípo j; Am j é a área total do muncípo j e F q é um fator de qualdade que assume valores de 0,1 a 1. Esse fator é relatvo à qualdade físca da área, plano de manejo, nfra-estrutura, entorno protetor, estrutura de proteção e fscalzação etc. Em Mnas Geras, este fator de qualdade assume valor gual a um. É mportante observar que a área equvalente ocupada pelas Undades de Conservação no muncípo j pode ser estruturada da segunte manera: AEuc j = EE j + RB j + APAI j + 0,9PAQ j + 0,9RPPN j + 0,7FLO j + 0,5AI j + 0,1APE j + 0,1 ZVS j + 0,025APAII j (6) em que EE j é a área da estação ecológca no muncípo j; RB j é a área da reserva bológca no muncípo j; ZVS j é a zona de vda slvestre no muncípo j; PAQ j é a área ocupada com parques no muncípo j; RPPN j é a área ocupada por reserva partcular do patrmôno natural no muncípo j; FLO j é a área ocupada com floresta naconal, estadual ou muncpal no muncípo j; AI j é a área ocupada com reserva ndígena no muncípo j; APE j é a área de proteção especal no muncípo j; APAI j é a área de proteção ambental que dspõe de zoneamento ecológco-econômco no muncípo j; e, APAII j é a área de proteção ambental que não dspõe de zoneamento ecológco-econômco no muncípo j. 23

24 Anexo B Quadro 1B. Crtéros de alocação de recursos do ICMS em Mnas Geras e respectvos percentuas, Antes do Depos do ICMS Ecológco ICMS Ecológco Crtéro A partr de 2005 Valor adconado 93,96 88,05 83,46 79,49 79,55 79,62 79,632 79,644 79,656 79,668 79,68 Muncípos 0,11 1,5 0,75 0,11 0,11 0,11 0,110 0,110 0,110 0,110 0,110 mneradores Cota mínma 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 Mateus Leme 0,30 0,20 0,18 0,14 0,09 0,05 0,032 0,024 0,016 0,008 0 Mesquta 0,12 0,09 0,08 0,06 0,04 0,02 0,016 0,012 0,008 0,004 0 Área geográfca 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 População 0,67 2,04 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 50 muncípos com 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 maor população Educação 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Produção de 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Almentos Patrmôno cultural 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Meo ambente 0,33 0,67 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Saúde 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Receta própra 0,67 1,33 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 muncpal Total Fonte: Les Estaduas n /95 e n 13803/00. 24

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