BOLETIM DOS REGISTOS E DO NOTARIADO

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1 BOLETIM DOS REGISTOS E DO NOTARIADO Janeiro II Caderno PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO 1/2005 Proc. nº R.P. 11/2004 DSJ-CT - Registo de acção trato sucessivo 2 Proc. nº R.P. 110/2004 DSJ-CT - Loteamento. Registo das alterações ao alvará emitido ao abrigo do Decreto-Lei nº 289/73, de 6 de Junho. 5 Proc. nº R.P. 237/2004 DSJ-CT - Transacção homologada por sentença transitada em julgado em que se reconhece a nulidade do título que serviu de base ao registo e o próprio registo e se acorda no cancelamento deste Título bastante para o cancelamento do registo nulo. Transacção homologada por sentença transitada em julgado em que os réus reconhecem a validade do contrato promessa de compra e venda de quinhões hereditários celebrado entre o Autor e alguns dos Réus Título bastante para o averbamento de transmissão dos quinhões hereditários. 9 Proc. nº R.P. 258/2004 DSJ-CT - Transacção homologada por sentença transitada em julgado em que se reconhece a nulidade do título que serviu de base ao registo e o próprio registo e se acorda no cancelamento deste Título bastante para o cancelamento do registo nulo. Transacção homologada por sentença transitada em julgado em que os réus reconhecem a validade do contrato promessa de compra e venda de quinhões hereditários celebrado entre o Autor e alguns dos Réus Título bastante para o averbamento de transmissão dos quinhões hereditários. 19 Proc. nº R. Co.9/2004 DSJ-CT - Registo de designação de secretário de sociedade Emolumento devido RERN. 24

2 Nº 1/2005 Janeiro Proc. n.º R. P. 11/2004 DSJ-CT Registo de acção trato sucessivo. 1. Carlos C, identificado nos autos, representado pelo Dr. José LB, Advogado, recorre hierarquicamente do despacho de recusa oposto pela Conservatória do Registo Predial de à Ap. 19 de 10 de Novembro de 2003, que se reporta ao prédio nº 62/ da freguesia de, pedindo que o despacho de recusa seja substituído por outro de remoção das dúvidas. 2. A Ap. 19/ corresponde ao pedido de remoção de dúvidas da Ap. 30/ , e sobre ele recaiu o seguinte despacho: As dúvidas suscitadas na Ap. 30/ não se encontram agora removidas, na verdade o pedido e os réus da acção registada sob a Ap. 29/ não são os mesmos da acção cujo registo se pretende agora remover as dúvidas (artº 69º nº 1 alínea e) do CRP). 3. A Ap. 30/ foi, na verdade, lavrada como provisória por dúvidas com o seguinte fundamento: Por não ter sido chamada à demanda a actual titular inscrita MC, S A (artºs 34 e 70 do CRP). 4. Argumenta o recorrente, em síntese, que propôs duas acções: a primeira contra as sociedades SC Lda e CJ S A e várias pessoas singulares; a segunda, contra as sociedades CJ S A e MC, S A. Na primeira acção pretendia-se a anulação da eventual transmissão do prédio referenciado acima de SC Lda para a sociedade CJ, S A (que hoje se denomina SOG, S A ) ; na segunda acção (que foi intentada já após a transmissão do prédio desta sociedade SOG para a sociedade MCSG, S A ), pedia-se a declaração de nulidade da escritura do aumento do capital desta por realização do mesmo com a entrada do já referido prédio. Portanto, o fundamento desta segunda acção é o da ilegitimidade da transmissão efectuada pela sociedade SOG como consequência da anulação da transmissão a seu favor de que trata a primeira acção. Por isso mesmo, houve que repetir no pedido desta segunda acção os factos que fundamentavam a primeira, pelo que, nessa parte, o objecto das duas acções coincide. A segunda acção foi registada sob a Ap. 30/ , como provisória por natureza; a primeira acção, registada sob a Ap. 29 da mesma data, foi lavrada também como provisória por dúvidas, cuja remoção foi recusada. Não foi tido em conta, assim, que o pedido de anulação da transmissão formulado na primeira acção constituía fundamento da segunda: No que toca à falta de coincidência das partes, é consequência de na primeira acção existirem outros pedidos que não tinham a ver com o prédio, e, na segunda acção, não ser necessário que a sociedade SC, Lda fosse ré, pois só era necessário garantir a eficácia do pedido contra a ré agora titular inscrita. Pelo que não haveria motivo para recusar a remoção das dúvidas, devendo ser substituído tal despacho por outro que as considere removidas. 5. Sustentando a sua posição, o senhor Conservador recorrido começa por fazer o historial da situação tabular da questão, desde a existência de vários registos da mesma acção que caducaram por não ter sido pedida a sua renovação atempada (desde 1990), sendo que a ultima caducidade anotada permitiu a conversão do registo de aquisição a favor da sociedade MC. Pelo que, em sua opinião, a responsabilidade pela situação cabe ao recorrente, por não ter procedido em tempo útil à renovação do primeiro registo de acção que, sendo tal feito, ainda estaria em vigor. Prossegue defendendo que o que está em tabela no presente recurso é a aplicação do princípio do trato sucessivo a esta espécie de registo e não o aproveitamento da segunda acção em favor da primeira, no que toca à identidade de pedidos, objecto e réus. Trazendo à colação, a propósito da necessidade de observar o trato sucessivo em registo de acções, vária doutrina e jurisprudência, termina salientando que, não figurando o titular inscrito MCSG, S A na petição inicial como demandado, o registo da

3 Nº 1/2005 Janeiro acção só poderia ser lavrado como provisório também por dúvidas. 6. O processo é o próprio, o recurso atempado e as partes legítimas, não se afigurando a existência de questões prejudiciais que possam impedir a sua apreciação. Vai, portanto, emitir-se parecer. 7. Vejamos, primeiro, como se apresenta a situação tabular. A descrição da freguesia de (convertida ao sistema informático em 13 de Agosto de 2003), estava desde registada a favor de SC, Lda, tendo sido registada em a sua transmissão a favor de CJ, S.A. (inscrição G-2). Logo em 26 desse mesmo mês, sob a cota F-1, é inscrita acção movida pelo ora recorrente contra a referida sociedade dona inscrita e outros, pedindo-se a anulação da transmissão do prédio para a sociedade (por liquidação da sociedade anteriormente inscrita) e o consequente cancelamento da inscrição G-2. Este registo caducou, sendo esta caducidade anotada em Nesta mesma data é de novo registada a acção, com o mesmo pedido, pela inscrição F-2, que vem novamente a caducar, anotação esta lavrada em , exactamente no dia em que é registada a aquisição do prédio a favor de MC, S.A. ( G-3). Deste registo é interposta reclamação desatendida - e posterior recurso hierárquico, que obtém provimento parcial, embora a inscrição G-3 venha a ser, por rectificação de , requalificada como provisória por natureza (artº 92º nº 2 alínea b). Nessa data, em , é anotada a caducidade da inscrição de acção F-2 e convertida a inscrição G-3. Em é registada, pela terceira vez. E apenas como provisória por natureza a mesma acção (agora sob a cota F-3) e, em (cota F-4) uma outra acção movida pelo recorrente contra a dona inscrita MC e uma outra sociedade, SOG, S.A., pedindo a declaração de nulidade parcial da escritura pela qual, em realização do capital social desta última, lhe foi transmitido este prédio, pedindo-se também o cancelamento da inscrição G-3. Ambas as inscrições F3 e F4 caducaram, anotação lavrada em , data da conversão do prédio ao sistema informático. A inscrição de aquisição nessa data em vigor neste prédio informatizado corresponde à G-3, isto é, a favor de MC. Também nessa mesma data, , são registadas as referidas acções; pela Ap. 29 a que é movida contra MC e SOG ; pela Ap. 30 a movida contra SC, CJ e outros, registo este lavrado também como provisório por dúvidas, cuja remoção foi pedida em , e recusada, tendo dado origem ao presente recurso. 8. A questão levantada pelo senhor Conservador recorrido prende-se com a eventual falta de trato sucessivo de que estará ferida a Ap. 30/130803, uma vez que nela não figura como ré a sociedade dona inscrita, a MC. 9. A solução preconizada para este problema encontrar-se-á na análise da sequência de todo este processo. Com efeito, a primeira vez que vem a registo a acção intentada contra SC e CJ, entre outros, em 1990, (cota F-1), o prédio encontra-se registado a favor desta última sociedade, por transmissão daquela, razão pela qual não foi suscitada qualquer falta de trato sucessivo. Entretanto, caducado o registo, é de novo pedida a inscrição da mesma acção (cota F-2, datada de 1993). Continua o prédio registado a favor de CJ, e não foi oposta qualquer provisoriedade relativa a trato sucessivo. Esta inscrição caduca, novamente, e é outra vez pedido o registo da mesma acção (inscrição F-3, de Dezembro de 1999). Só que, entretanto, em Outubro de 1995, o prédio foi registado a favor de MC, S. A, inscrição esta (G-3) que começou por ser provisória por dúvidas, depois

4 Nº 1/2005 Janeiro requalificada como provisória por natureza - artº 92º nº 2 alínea b) - em consequência de recurso interposto. Todavia, à data do registo da acção (Dezembro de 1999), tal inscrição G-3 era já definitiva. Por isso, não pode deixar de se estranhar que, não tendo sido o dono agora inscrito parte na acção, o pedido tenha sido apenas qualificado como provisório por natureza (artº 92º nº 1 alínea a), em clara violação do princípio do trato sucessivo, manifestando-se um critério completamente diferente do que veio a seguir-se posteriormente. Ainda assim, o senhor Advogado do Autor, na evidente impossibilidade de fazer intervir o dono inscrito MC nessa acção, que já não se encontraria, porventura, na primeira instância, optou por intentar segunda acção, agora contra a MC e contra a SOG, que era então a nova denominação de CJ, impugnando a transmissão do prédio feita pela segunda à primeira. Esta acção veio a registo em Janeiro de 2000, sob a cota F-4, provisoriamente por natureza nos termos da alínea a) do nº 1 do artº 92º. A caducidade de ambos estes registos foi anotada em 13 de Agosto de 2003, data em que o prédio foi convertido ao sistema informático. 10. Nesta mesma data são registadas, outra vez, as referidas acções: sob a Ap. 29 a mais recente, intentada contra o dono inscrito MC e contra a SOG, qualificada como provisória por natureza (Artº 92ºnº 1 alínea a); sob a Ap. 30 a primeira acção, contra SC, CJ, e outros, tendo sido qualificado este pedido como, também, provisório por dúvidas, cuja recusa de remoção originou, como se viu, o presente recurso. Deve dizer-se que não suportamos a tese do senhor Conservador. É que, neste caso concreto, se bem que sob a aparência de falta de trato sucessivo, o que se revela é, mais exactamente, uma interdependência entre as duas acções. Explicando melhor: o Autor, na defesa dos seus objectivos, e tendo em atenção a sequência dos actos de registo de aquisição lavrados, necessita de destruir, digamos, de um modo retroactivo, essa sequência, antes do mais a inscrição a favor de MC, e esta é a razão pela qual fez registar, em primeiro lugar, a acção intentada em momento temporalmente posterior, porque é nesta que figuram como rés as sociedades actualmente dona inscrita e para esta transmitente. E, em apresentação imediatamente a seguir, fez registar a primeira acção intentada (contra MC, CJ e outros). Assim, se obtiver ganho de causa em relação à acção cujo registo tem a Ap. 29, o consequente cancelamento da inscrição G-3 fará com que o prédio se encontre registado, de novo, a favor de CJ, pelo que, então, não se poderá arguir qualquer falta de trato sucessivo. Por esta razão, propendemos para valorizar a relação de interdependência entre as duas apresentações, devendo, em nossa opinião, a Ap. 30 ser requalificada de modo a que, para além de provisória por natureza nos termos da alínea a) do nº 1 do artº 92º, o seja também na previsão da alínea b) do nº 2 do mesmo preceito, eliminandose a provisoriedade por dúvidas. 11. Assim, somos do parecer que o recurso merece provimento parcial, extraindo-se as seguintes Conclusões I - O registo de acção está submetido ao princípio do trato sucessivo, na modalidade de continuidade das inscrições, previsto no artº 34º nº 2 do Código do Registo Predial. II Por esse motivo, o dono inscrito do prédio sobre que a acção incide, à data do respectivo registo, deve ser demandado também no processo judicial respectivo, sob pena de o

5 Nº 1/2005 Janeiro pedido de registo de acção vir a ser qualificado como provisório também por dúvidas. III Não obstante, se vierem a ser pedidos e apresentados em sequência imediata dois registos de acção cujos efeitos cumulados pretendam destruir a cadeia de transmissões lavradas sobre o prédio, - de modo a que a aquisição deste fique registada a favor do primitivo titular inscrito - sendo demandados, numa dessas acções, o actual dono inscrito e noutra aquele de quem este adquiriu, deve ser considerada a relação de dependência entre esses registos, tendo em consideração o resultado que o Autor pretende obter. IV Deste modo, o registo da acção em que seja demandado o actual dono inscrito deve ser qualificado como provisório por natureza (artº 92º nº 1 alínea a) do Código do Registo Predial) ; o registo da acção intentada contra quem àquele transmitiu deverá ser provisório por natureza, não só nos mesmos termos, mas também por dependência (artº 92º nº 2 alínea b) do Código do Registo Predial). Este parecer foi aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de Luís Carlos Calado de Avelar Nobre, relator, Maria Raquel Sobral Alexandre, João Guimarães Gomes de Bastos, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Vitorino Martins de Oliveira. Este parecer foi homologado por despacho do Director-Geral de Proc. nº R.P. 110/2004 DSJ-CT Loteamento. Registo das alterações ao alvará emitido ao abrigo do Decreto-Lei nº 289/73, de 6 de Junho. I- OS FACTOS: 1 - Com base em certidão administrativa demonstrando o teor da segunda alteração ao alvará de loteamento nº 4/83, de 18 de Outubro, a recorrente apresentou em 4 de Março de 2004, sob o nº 8, um pedido de actualização da descrição, por averbamento, cujo conteúdo consistia em desta fazer constar a nova área de cedência obrigatória ao Município ,50 m Dos suportes documentais constantes do processo de recurso hierárquico com interesse para a apreciação da matéria, resulta o seguinte: a descrição predial a actualizar é a nº 482 do Livro B-2, que anuncia a área de m2 (av. nº 10, Ap. 9 de 22 de Outubro de 1982); a operação urbanística autorizada pelo alvará nº 4/83 abrangeu m2, correspondendo: m2 aos 74 lotes constituídos e todos desanexados em 28 de Setembro de 1984 (av. nº 11), e m2 à área destinada à instalação de equipamentos gerais a descrição não contém qualquer menção relativa à segunda área referida em supra Sobre 47 dos lotes constituídos incide inscrição de propriedade a favor da recorrente, encontrando-se os restantes 27 inscritos a favor de terceiros.

6 Nº 1/2005 Janeiro As inscrições de propriedade a favor dos adquirentes dos lotes são anteriores a 28 de Março de Sobre o prédio loteado não foi registada qualquer autorização de loteamento. 4 - Igualmente não o foi qualquer alteração à autorização de loteamento. II - A QUALIFICAÇÃO 1 - A Srª. 1ª Ajudante em exercício recusou o pedido atendendo à natureza do acto requisitado e à manifesta falta de titulação do facto (art. 69º- 1,b) e 2, ambos do CRP). Entendendo estar em causa uma alteração à autorização de loteamento e não uma actualização da descrição, conforme foi requisitado pela recorrente, sustenta que o loteamento deve ser registado com obediência à sucessão das transformações verificadas no processo e considera necessário não apenas o registo da autorização de loteamento contendo todas as especificações como também, seguidamente, o das sucessivas subsequentes alterações que tenham ocorrido, com as posteriores novas especificações. 2- A recorrente reitera a necessidade de trazer a registo a actualização da área da descrição do prédio 482: uma vez que as áreas cedidas não foram registadas no momento da desanexação dos lotes, havendo que fazê-lo agora sob pena de se estarem a manter registralmente na sua esfera mais direitos do que aqueles que ela comporta efectivamente. III - O DIREITO: a) Forma do processo, tempestividade do recurso e legitimidade do recorrente: O processo é o próprio e foi interposto tempestivamente por parte legítima, inexistindo questões que obstem ao seu conhecimento. 1 Data da entrada em vigor do Decreto-Lei nº 448/91, de 29 de Novembro. b) Apreciando: A presente hipótese tem como pano de fundo uma operação de fraccionamento urbanístico autorizada ao abrigo do Decreto-Lei nº 289/73, de 6 de Junho e trazida a registo na vigência do Código do Registo Predial de 1967:- o alvará de loteamento (que serviu de suporte às desanexações dos lotes cuja constituição foi por ele autorizada), sofreu duas alterações que não foram registadas apesar de, entretanto, ter passado a vigorar o novo Código do Registo Predial e a questão que urge resolver consiste em saber como consignar no registo a menção das áreas cedidas para a instalação de equipamentos gerais na sequência de emissão de alvará de loteamento emitido ao tempo do referido Decreto-Lei 289/73. Sobre o assunto oferece-se dizer o seguinte: 1 - Durante a vigência do Código do Registo Predial de 1967 não era prevista a inscrição da autorização de loteamento e a tradução registral das operações urbanísticas efectuadas ao abrigo do Decreto-Lei nº 289/73, de 6 de Junho, consubstanciava-se num averbamento - ou em sucessivos averbamentos - de desanexação dos vários lotes constituídos, ao qual se seguia a abertura das correspondentes descrições, mencionando-se na do prédio originário a área destinada à instalação de equipamentos gerais, se assim o fosse requerido. 2 - O actual Código do Registo Predial, ao submeter a registo a autorização de loteamento e não excepcionando os factos ocorridos anteriormente ao início da sua vigência, é aplicável aos licenciamentos autorizados no domínio de aplicação do Dec.- Lei nº 289/73, de 6 de Junho e ainda não submetidos a registo. 3 - Desta forma e relativamente a alvarás emitidos ao abrigo do supra referido diploma

7 Nº 1/2005 Janeiro legal, que sirvam de base a registos de autorização de loteamento requisitados após a entrada em vigor do actual Código do Registo Predial (registo esse que, obviamente, não deve ser exigido como condição de titulação de negócios jurídicos sobre os lotes), parece poder induzir-se que: no caso do prédio-mãe ter sido todo loteado: a) - se não tiverem sido desanexados quaisquer lotes: a autorização de loteamento é inscrita nos exactos termos em que é prevista nos arts. 2º, nº 1-d), e 54º, ambos do CRP. b) - se já tiverem sido desanexados diversos lotes mas ainda existirem outros por desanexar: a autorização de loteamento é inscrita relativamente a todos os lotes ainda não desanexados nos termos anteriormente referidos e à descrição dos já desanexados é averbado o número do lote que lhes compete no alvará e anotada a cota de referência daquela inscrição. c) - se já tiverem sido desanexados todos os lotes: o processo de publicidade registral que tenha sido composto por uma sucessão de averbamentos de desanexação e abertura de descrições deve ser considerado efectuado em conformidade com as disposições legais então vigentes no caso do prédio-mãe não ter sido todo loteado, seguir-se-ão, com os necessários reajustamentos, os mesmos procedimentos registrais. 4 - Sublinhando prévia e cautelarmente que a natureza instrumental e adjectiva das leis registrais obriga a que o registo dos factos se efectue de acordo com os procedimentos registrais propostos pela lei que vigorar no momento da sua requisição, resulta que, em qualquer das enunciadas situações, a cedência de área para a instalação de equipamentos gerais constitui especificação do alvará, e, como tal, deve ser mencionada na inscrição de autorização de loteamento conforme a determinação dos arts. 93º e 95º, nº 1-f) CRP, não devendo as hipóteses como a do caso concreto (em que a menção da área de cedência foi omitida por falta do respectivo averbamento de actualização da descrição nos termos dos arts. 4º, 86º, 157º e 172º do anterior Código do Registo Predial), serem consideradas excepções à previsão das normas vigentes. 5 - Estando em causa a forma adequada à publicitação de uma alteração (ou diversas alterações) ao alvará de loteamento, dever-se-á distinguir consoante a mesma tenha sido efectuada antes ou depois da entrada em vigor do actual Código do Registo Predial e ainda, no último caso, antes ou depois da entrada em vigor do Decreto- Lei nº 30/93, de 3 de Fevereiro, ou seja: a) - ao tempo do Código do Registo Predial de 1967, apenas eram trazidos a registo os elementos alterados que interferissem com a identificação dos lotes. b) - a 1 de Outubro de 1984 entrou em vigor o actual Código do Registo Predial, cuja alínea d) do nº 1 do art. 2º determinou a sujeição a registo da autorização de loteamento para construção. Nada estipulando relativamente ao registo das alterações de loteamento, entendia-se que a respectiva publicidade deveria ser assegurada através de averbamento de actualização da inscrição de loteamento para construção (arts. 91º e 100º, ambos do CRP). c) - Após as modificações ao Código do Registo Predial introduzidas pelo Decreto-Lei nº 30/93, de 12 de Fevereiro, os aditamentos e as alterações ao alvará de loteamento passaram a elencar os factos sujeitos a registo onde ingressam através de inscrição (arts. 91º, 93º e 95º-1,f) CRP). 6 - Tendo em vista a hipótese de o alvará ser emitido ao abrigo do Dec.-Lei nº 289/73, de 6 de Junho, e alterado após a entrada em vigor do actual Código do Registo Predial, parece ser pacífica a necessidade de publicitação da alteração efectuada 1 (ou alterações efectuadas), na medida 1 Irrelevando saber se através de actualização da inscrição de autorização de loteamento, conforme a previsão inicial do Código do Registo Predial, ou se através de inscrição de

8 Nº 1/2005 Janeiro em que podem ser alteradas a delimitação das características físicas dos lotes descritos e/ou as condições naquele fixadas. 7 - A descrição constitui a identificação do prédio e é sobre ela que assentam direitos oponíveis que se presumem exactos e se celebram validamente actos e negócios jurídicos: logo, as modificações que lhe sejam apostas deverão privilegiar a concretização rigorosa do seu conteúdo e garantir sempre a correlação com os dados inscritos. E, neste particular, compete ao conservador verificar especialmente a identidade dos prédios (lotes) e as novas especificações do alvará (que são vinculativas para os respectivos adquirentes). 8 - Discordando-se da recorrida quando afirma que o prédio 90-J (sobre que incidiu o loteamento), foi todo loteado desde logo inicialmente 2, pode considerar-se pertinente a dúvida que a faz apontar que o acréscimo da área de cedência tem de ser justificado à custa da diminuição de outras áreas... teve de haver mexida (diminuição) nas áreas dos correspondentes lotes, na medida em que: - ou não foi mexida a área dos lotes e o prédio originário não comporta os ora pretendidos 27747,50 m2 para a instalação dos equipamentos gerais 3. - ou, pelo contrário, ela foi conseguida à custa da área dos lotes constituídos. 9 - Importa que a recorrente esclareça e demonstre a razão da divergência para que o registo possa traduzir com exactidão a realidade subjacente e, para tal, eleja a forma adequada de o conseguir: através do processo previsto nos artigos autorização nos termos em que, posteriormente o Decreto-Lei nº 30/93 veio a estabelecer. 2 Tratar-se-á de erro já que o prédio tinha a área de m2 e o loteamento incidiu sobre m2, competindo à entidade recorrida a aclaração da afirmação e sua subsequente apreciação em sede de processo instruído nos termos dos arts. 120º e segs. CRP. 3 A sua área sobrante, incluindo os inicialmente previstos 7594 m2 para equipamentos gerais, é de 25183m2. 120º e seguintes ou conforme o dispositivo dos arts.2º-nº 1,d), 90º e 95º, nº1- f) todos do CRP Ocorrendo sucessivas alterações à operação de loteamento que não tenham sido registadas, o registo deverá publicitá-las de acordo com o disposto nos arts. 2º, nº 1-d) e 95º, nº 1-f) CRP, ou seja, através de tantas inscrições quantas as alterações efectuadas: o totum revolutum resultante duma única inscrição que condensasse em extracto actualizado o alvará e todas as suas posteriores vicissitudes é susceptível de pôr em crise o objecto e a amplitude dos direitos inscritos E nem se diga que unidade do facto (loteamento) e razões de economia e simplificação processual militam a favor duma única inscrição de tudo quanto tenha ocorrido e não tenha sido registado: - não o prevê o art. 99º CRP em posição que demonstra claramente o sinal duma época preocupada com o papel essencial da clareza e transparência no âmbito do urbanismo Pelas razões expostas, afigura-se que o presente recurso deve ser considerado improcedente, fixando-se como Conclusões I - A publicidade dos factos sujeitos a registo é feita de harmonia com os procedimentos registrais propostos pela lei que vigorar no momento em que seja requisitada a sua efectivação. II - Decorrentemente, a alteração de alvará de loteamento emitido ao abrigo do Decreto-Lei nº 289/73, de 6 de Junho, ocorrida após entrada em vigor do actual Código do Registo Predial, é facto sujeito a registo. Este parecer foi aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de Maria Raquel Sobral Alexandre, relatora, Luís Carlos Calado de Avelar Nobre, João

9 Nº 1/2005 Janeiro Guimarães Gomes de Bastos, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Vitorino Martins de Oliveira. Este parecer foi homologado por despacho do Director-Geral de Proc. nº R.P. 237/2004 DSJ-CT Transação homologada por sentença transitada em julgado em que se reconhece a nulidade do título que serviu de base ao registo e o próprio registo e se acorda no cancelamento deste Título bastante para o cancelamento do registo nulo. Transação homologada por sentença transitada em julgado em que os réus reconhecem a validade do contrato promessa de compra e venda de quinhões hereditários celebrado entre o Autor e alguns dos Réus Título bastante para o averbamento de transmissão dos quinhões hereditários. Registos a qualificar: todos têm por objecto mediato o prédio da ficha nº 19/ , da freguesia de 1º- requisitado pela Ap. 24/ : cancelamento da inscrição de aquisição lavrada pela Ap. 01/ ; 2ºrequisitado em e anotado no Diário em (Ap. 11): cancelamento da inscrição da acção lavrada pela Ap. 09/ ; 3ºrequisitado pela Ap. 25/ : aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito a favor de Maria do Céu CAF e outros; 4ºrequisitado pela Ap. 26/ : aquisição a favor do ora recorrente Maurício MMG de quinhões na herança de António FC. Relatório: A - Metade do prédio descrito na ficha nº 19 tem registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito a favor de Maria do Céu CAF, viúva, e de Carla Sofia AC, solteira, maior, por dissolução por morte da comunhão conjugal e sucessão na herança de António FC, marido da Maria do Céu (Ap. 01 de 1999/08/13). Na Secção da Vara Cível de, os ora recorrentes instauraram a acção com processo ordinário nº 4992/03 contra a Maria do Céu, a Carla Sofia e o marido Rui, Maria Luíza FC e Marco AFC, ambos solteiros, maiores, e Zaira FC e marido Luíz FCF, e outros (um casal que ao caso não interessa identificar), acção que aliás foi registada na ficha do prédio pela Ap. 09 de 2003/06/16, onde, além de outros, foram formulados os seguintes pedidos: a) ser declarada a nulidade da escritura de habilitação de 17/11/1998, lavrada no Cartório Notarial de, que considerou as rés Maria do Céu e Carla Sofia como únicas herdeiras do falecido António FC (e que terá sido o título que baseou o respectivo registo de aquisição lavrado pela Ap. 1 de 1999/08/13); b) ser declarada a nulidade e o consequente cancelamento do registo de aquisição lavrado pela Ap. 1 de 1999/08/13; c) ser reconhecida validade ao contrato promessa de compra e venda de quinhão hereditário celebrado entre os Autores e os Réus Maria Luíza, Marco A e Zaira F em 19/11/2002 e, em consequência, ser emitida sentença que produza os efeitos da respectiva declaração negocial. Resulta da petição inicial (art. 27º) que a acção é intentada contra a Maria do Céu e a Carla Sofia por se terem falsamente habilitado como únicas herdeiras de António FC e, nessa qualidade, procedido ao registo dos bens da herança apenas em seu nome (...), através da escritura de habilitação lavrada em 17 de Novembro de 1998 no Cartório Notarial de, que expressamente se impugna (cfr. art.s 12º e 30º - I da p.i.), invocando-se o preceituado no art. 16º do Código do Registo Predial no que tange à nulidade dos registos, apenas em nome das 1ª e 2ª Rés, dos prédios objectos das verbas nºs 4 a 25 descritas em 4 deste articulado (cfr. art. 30º - II da p.i., sendo que o prédio do presente recurso está descrito em 25). Resulta ainda da petição inicial (art. 27º) que a acção é instaurada contra a Maria Luíza, o Marco A e a Zaira F e o marido por serem os

10 Nº 1/2005 Janeiro Autores detentores de um direito de crédito sobre o quinhão hereditário desses herdeiros na mencionada herança, tendo em 19 de Novembro de 2002 aqueles demandados prometido vender ao demandante marido, pelo preço de Euros, do que foi dada quitação, o quinhão hereditário que aqueles detêm na herança por óbito de seu pai António FC (cfr. art. 7º da p.i.), tendo nessa mesma data os mesmos Réus outorgado aos Autores procuração com poderes irrevogáveis e irretratáveis (cfr. art. 8º da p.i.; aliás, a procuração foi junta para o 1º acto de registo e está junta aos autos de recurso), e tendo a acção por fundamento o disposto nos art.s 410º, 830º e 2124º do Código Civil, relativamente ao reconhecimento e cumprimento (execução específica) do contrato promessa de compra e venda de quinhão hereditário celebrado entre os Autores e os 3º a 5º Réus em 19/11/2002 (cfr. art. 30º - III da p.i.). No supracitado processo vieram os Autores e os Réus requerer a ampliação do pedido e transigir. No que toca à ampliação do pedido e à Conservatória ora recorrida, vieram os demandantes requerer a rectificação da inscrição G-4, Ap. 01/990813, descrição nº 19/ (por lapso, escreveu-se nº 0009/090688), para que fiquem a constar como proprietários sem determinação de parte ou direito os 1º a 5º demandados por óbito de António FC (...). No que tange à transacção, demandantes e demandados consignaram o acordo a que chegaram e através do qual puseram fim ao processo, subordinado às seguintes cláusulas: (...) c) Os Réus reconhecem a nulidade da Escritura de Habilitação lavrada em 17/11/1998 no Cartório Notarial de, que considerou as 1ª e 2ª Rés como únicas herdeiras do falecido António FC. d) Autores e Réus reconhecem a nulidade, e o consequente cancelamento dos registos indevidamente efectuados em nome das 1ª e 2ª demandadas nos prédios a seguir identificados: (...) III - na Conservatória do Registo Predial de... Inscrição G-4, Ap. 01/990813, descrição nº 19/ [por lapso escreveu-se nº 0009/090688], respeitante a ½ do prédio urbano sito na Rua do nºs a, na freguesia da.. e) Autores e Réus requerem a rectificação das descrições que a seguir se identificam, passando a constar como proprietários sem determinação de parte ou direito os 1º a 5º demandados por óbito de António FC: (...) III - Na Conservatória do Registo Predial de... Inscrição G-4, Ap. 01/990813, descrição nº 19/ [por lapso escreveu-se nº 0009/090688], respeitante a ½ do prédio urbano sito na Rua nºs a, na freguesia da. (...) i) Todos os Réus reconhecem a validade do contrato promessa de compra e venda de quinhão hereditário celebrado entre os Autores e os 3ª, 4º e 5ª Réus e, em consequência, seja proferida sentença que produza os efeitos da declaração negocial por parte dos ditos demandados, nos termos do art. 830º do Código Civil, para efeitos de registo nas competentes Conservatórias. (...). Por sentença de , transitada em julgado em , foi admitida a ampliação do pedido e foi julgada válida, quer pelo objecto quer pela qualidade das pessoas envolvidas, a transacção, a qual foi homologada e, em consequência, condenadas e absolvidas as partes nos seus precisos termos que foram dados por reproduzidos, tudo ao abrigo do disposto nos art.s 293º, nº 2, 294º e 300º do C.P.C. B - Na Conservatória recorrida e relativamente ao prédio da ficha nº 19 foram pedidos os seguintes actos de registo: 1) cancelamento da inscrição de aquisição lavrada pela Ap. 1 de 1999/08/13 e 2) cancelamento da inscrição de acção lavrada pela Ap. 9 de 2003/06/16, com base em certidão extraída desta acção com processo ordinário nº 4992/03, com cópias da petição inicial, do requerimento de ampliação do pedido e da transacção e da sentença homologatória de ;

11 Nº 1/2005 Janeiro ) Aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito a favor de Maria do Céu, Carla Sofia, Maria Luíza, Marco A e Zaira F, com base em fotocópia da escritura de habilitação lavrada no... Cartório Notarial de... em 16/04/2003; 4) Aquisição a favor do ora recorrente Maurício M dos quinhões de Maria Luíza, Marco A e Zaira F na herança de António, com base na certidão judicial referida para o 1º acto de registo. Os pedidos de registo foram todos eles recusados por despacho de , notificado em , com base na seguinte fundamentação: O 1º acto, porque a declaração de cancelamento só poderá ser consubstanciada em decisão judicial, transitada em julgado art.s 13º, 16º, a), 17º, nº 1, 68º e 69º, nº 1, b), do C.R.P.; O 2º acto, porque, em regra, a extinção da acção decorre da transacção efectuada no processo; contudo, no caso dos autos, e uma vez que com a transacção efectuada as partes não lograram obter o resultado pretendido, a mesma não deverá constituir título bastante para o cancelamento do registo da acção art.s 68º e 69º, nº 2, do C.R.P.; O 3º acto, porque não chegou a ser cancelado o registo de aquisição lavrado pela Ap. 1 de 1999/08/13 art.s 68º e 69º, nº 1, c), do C.R.P.; caso o registo não fosse recusado, teria que ser lavrado provisoriamente por dúvidas, por não constar da escritura de habilitação o estado civil do herdeiro Marco A e por haver divergência quanto ao estado civil da herdeira Zaira entre aquela escritura (solteira, maior) e a requisição de registo (casada) art.s 44º, nº 1, a), 46º, nº 1, a), 68º, 70º e 93º, nº 1, e), do C.R.P.; O 4º acto, por o facto não estar titulado nos documentos apresentados art.s 68º e 69º, nº 1, b), do C.R.P. -, uma vez que da transacção se extraem efeitos meramente obrigacionais, não podendo o referido acordo servir de base à feitura de um registo no qual se espelharia a transmissão do direito de propriedade sobre o prédio em causa ; ainda que o acto não fosse recusado pelo motivo invocado, sempre o averbamento requisitado não poderia ser lavrado porque lhe faltaria o suporte da inscrição que, por ter sido também recusado o 3º acto de registo, não chegou a ser lavrada [cfr. art. 101º, nº 1, e), do C.R.P.]. C - Em foi apresentado na Conservatória recorrida o recurso hierárquico cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. D - A petição de recurso mereceu da Senhora Conservadora recorrida o despacho de sustentação de fls 69/60, cujos termos também aqui se dão por integralmente reproduzidos. E - O processo é o próprio, as partes legítimas, o recurso tempestivo, e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Fundamentação: Apreciemos dialecticamente as posições em confronto. 1 - Quanto ao pedido de cancelamento da inscrição de aquisição lavrada pela Ap. 1 de 1999/08/13. Entendem os recorrentes que estamos perante uma transacção homologada por decisão judicial transitada em julgado, portanto, perante sentença judicial (art. 300º, nº 3, C.P.C.), versando sobre direitos disponíveis (art. 299º, nº 1, à contrario, do C.P.C.), sendo certo que na aludida transacção foi requerido o cancelamento do registo, tendo a pretensão sido apreciada e homologada pelo tribunal. Invocam a seu favor a doutrina (Castro Mendes, in Direito Processual Civil, Vol. III, pág. 13, e Alberto dos Reis, in Código de Processo Civil Anotado, Vol. I, págs. 283 e 405) e a jurisprudência (Acórdãos do STJ de 06/05/1986, de 01/02/1994 e de 21/03/1996, do TRC de 08/10/2002 e do TRP de 09/03/2000, disponíveis na Base de Dados do ITIJ, e ainda parecer deste Conselho emitido no Pº R.P. 50/98, in BRN nº 10/98, págs. 26 e segs.). E, finalmente, que os preceitos legais invocados pela recorrida

12 Nº 1/2005 Janeiro [art.s 13º, 16º, a), 17º, nº 1, e 69º, nº 1, b), do C.R.P.] não se aplicam ao caso sub judice. Defende a recorrida que a situação não se enquadra na esfera dos direitos disponíveis, em que as partes podem livremente transaccionar, sendo certo que a nulidade da escritura de habilitação e do registo correspondente apenas poderá ser decretada através de sentença judicial que aprecie o mérito da causa e tenha transitado nos termos legais. Pela nossa parte, entendemos que o título é suficiente para o cancelamento do registo. O registo definitivo constitui presunção iuris tantum de que o direito existe e pertence ao titular inscrito, nos precisos termos em que o registo o define (art. 7º, C.R.P.). É a fé pública registral, na sua dupla vertente (integralidade aspecto negativo; e exactidão aspecto positivo) 1. A nulidade do registo só pode ser invocada depois de declarada por decisão judicial com trânsito em julgado (art. 17º, nº 1, do C.R.P.). É o reconhecimento de que «aos registos nulos é concedido o privilégio da fé pública registral (positiva) desde a sua data até à data do registo de propositura da acção de anulação (...)» 2. Mas tal não impede que as partes acordem acerca da invalidade do negócio jurídico ou do acto jurídico (cfr. art.s 291º, nº 1, e 295º, do Cód. Civil). Em tal caso, o acordo constituirá título para o cancelamento do registo do facto (negócio ou acto jurídico). Afigura-se-nos que se o titular inscrito concede na nulidade do facto jurídico a sentença constitutiva (que declara a nulidade do registo) torna-se dispensável. É que a decisão judicial que declara a nulidade pressupõe um conflito entre as partes sobre a validade do facto jurídico. Inexistindo litígio a decisão judicial não é relevante. No caso dos autos, os réus reconheceram a nulidade da escritura de habilitação e autores e réus reconheceram a nulidade do registo. O que significa que todos estão de acordo em que a habilitação é falsa e o registo do facto é nulo. E não vale a pena apurar se o que é nulo é a 1 Cfr. Carlos Ferreira de Almeida, in Publicidade e Teoria dos Registos, pág Cfr. Carlos Ferreira de Almeida, ob. citada, pág escritura de habilitação ou antes o acto jurídico (habilitação) que a escritura titula (para nós é evidente que é o acto jurídico que é nulo). Como também se nos afigura despiciendo saber se estamos perante uma nulidade substantiva ou uma nulidade registral (para nós trata-se de uma nulidade substantiva, mas a qualificação da nulidade será indiferente à solução do problema). Ainda no caso dos autos, o acordo sobre a nulidade da habilitação e sobre a nulidade do registo do facto foi homologado por sentença transitada em julgado. Temos, portanto, uma sentença que, não tendo embora declarado a nulidade do registo, apreciou a validade do acordo sobre a nulidade do facto e sobre a nulidade do registo desse facto e condenou as partes no cumprimento das suas cláusulas. Não podemos, assim, salvo o devido respeito, concordar com a recorrida. A nosso ver, a sentença constitutiva da nulidade do registo não é exigível quando exista acordo das partes sobre o ponto. E a sentença que julgou válida a transacção não pode ser questionada pelo conservador, designadamente quanto à (in)disponibilidade dos direitos dela objecto (aliás, a nosso ver claramente disponíveis nos pontos ora em questão, da nulidade da habilitação e da nulidade do registo deste facto). Temos, portanto, título para o cancelamento do registo de aquisição. 2 - Segue-se a qualificação do pedido de cancelamento do registo da acção. Os recorrentes entendem que deverá tal acto ser necessariamente efectuado após e em consequência do atendimento às razões suscitadas pelos recorrentes inerentes ao recurso dos anteriores despachos. A recorrida reproduziu a argumentação alinhada no despacho de qualificação. E esclareceu que, por mero lapso, não se procedeu à anotação deste pedido de cancelamento no livro diário, tendo sido autorizada a anotação do pedido de cancelamento (...) no dia 12 de Maio, no final das apresentações de registo recebidas ao balcão.

13 Nº 1/2005 Janeiro Desdobremos a nossa apreciação em dois pontos. 1º ponto: a apresentação do pedido de registo. Não questionamos a bondade da solução de anotar, tardiamente, no Diário os documentos apresentados para registo. Nem nos vamos pronunciar sobre a questão, deveras complexa e delicada, de saber qual a data dos registos ou seja, a data que determina a prioridade dos registos (cfr. art.s 6º e 77º, do C.R.P.) cujos documentos foram apresentados/recebidos (obviamente com a respectiva requisição registral) na conservatória em determinada data mas em que a respectiva anotação no Diário ocorreu ulteriormente. O que aqui apenas pretendemos é sublinhar que no procedimento adoptado na Conservatória recorrida, se bem ajuizamos, está subjacente o entendimento de que a data do registo é a da anotação no Diário da apresentação dos documentos, e não a data do acto material da sua entrega/recebimento na conservatória. Nesta perspectiva, não terá suporte legal o procedimento de seguir na feitura dos registos a ordem da dependência dos factos que deles são objecto (se entre esses factos existir dependência, bem entendido cfr. art. 75º, C.R.P.). A recorrida, num ponto, foi coerente com o seu raciocínio. A última recusa a ser anotada na ficha foi precisamente a do pedido de cancelamento do registo da acção. Mas, noutro ponto, existe, salvo o devido respeito, manifesta incoerência. É que a qualificação do pedido de cancelamento do registo da acção é simultânea com os restantes pedidos e de acordo com a ordem da requisição. A coerência mandava que o pedido de cancelamento do registo da acção fosse apreciado «pela ordem de anotação no Diário» (art. 75º, nº 1, C.R.P.), portanto, após a qualificação do último pedido de registo do dia , naturalmente depois de já estarem qualificados os registos das Aps. 24, 25 e 26, de º ponto: o cancelamento do registo da acção. Diz-nos o nº 4 do art. 59º do C.R.P.: «O cancelamento do registo provisório de acção é feito com base em certidão da decisão, transitada em julgado, que absolva o réu do pedido ou da instância, a julgue extinta ou a declare interrompida». E a al. d) do art. 287º do C.P.C. estabelece que a instância se extingue com a transacção. Em face do normativo citado, a falta de exegese levar-nos-ia a concluir que a extinção da instância autoriza o cancelamento do registo provisório da acção. Mas não é assim. Há que entender o nº 4 do art. 59º do C.R.P. em termos convenientes 3. Como justamente observa Catarino Nunes 4 «a transacção pode dar lugar a um cancelamento ou a uma conversão; ou novo registo». Fixemo-nos no caso dos autos, ou seja, nos pedidos formulados na acção e no conteúdo da transacção relativamente ao prédio a que este recurso se refere. Com facilidade se constata que no que toca ao prédio dos autos os autores obtiveram na transacção a satisfação de todos os pedidos que haviam formulado na acção 5. O que tanto basta para nos colocarmos na confortável e convicta posição de negarmos a possibilidade legal de o registo da acção ser cancelado. O cancelamento deste registo traduziria uma publicidade registral enganadora. Nos termos expostos, somos de opinião de que o pedido de cancelamento do registo da acção 3 Cfr. Catarino Nunes, in Código do Registo Predial anotado, 1968, pág. 362, a propósito da norma similar do art. 134º do código de Obra e local citados na nota anterior. 5 Não está neste momento em causa a qualificação do registo da acção. Mas não podemos deixar de opinar porque tal se revela necessário à exposição do nosso raciocínio que a respectiva inscrição é omissa quanto aos pedidos das alíneas b) e f), ou seja, quanto ao pedido de que a Maria do Céu, a Carla Sofia, a Maria Luíza, o Marco A e a Zaira F são os únicos herdeiros de António FC, e quanto ao pedido de que metade do prédio integra a herança indivisa deste. A omissão destes pedidos no extracto da inscrição da acção retira eficácia e coerência à publicidade registral e causaria certamente especiais dificuldades de enquadramento registral se os ora recorrentes tivessem enveredado na instância pelo caminho que, a nosso ver, se revelaria mais curto e certeiro: pura e simplesmente, a conversão do registo provisório da acção. Ao tema voltaremos no texto.

14 Nº 1/2005 Janeiro deve ser recusado, mas com fundamento na al. b) do nº 1 do art. 69º do C.R.P.: é manifesto que o facto não está titulado nos documentos apresentados. Mas importa relembrar o que ficou assente no ponto anterior: o pedido de cancelamento do registo da acção deve ser o último a ser requalificado. Voltaremos, portanto, ao tema. 3 - Pela Ap. 25, de , os ora recorrentes formularam o pedido de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito de metade 6 do prédio a favor dos herdeiros de António FC. Relembremos o fundamento da recusa: foi antes recusado o cancelamento da inscrição de aquisição lavrada pela Ap. 1 de 1999/08/13. Os recorrentes alegam que com a feitura dos registos anteriores, decorrente da procedência do recurso, deixa de haver impedimento à feitura também deste registo. A recorrida também se limita a manter a recusa e a respectiva fundamentação. Pela nossa banda, impõe-se um breve comentário. De direito, invocou-se no despacho de qualificação a al. c) do nº 1 do art. 69º do C.R.P. (presumimos o 1º segmento: o facto já está registado). Mas, salvo o devido respeito, não podemos concordar. Não é o mesmo facto que foi objecto do registo da Ap. 1 de 1999/08/13. Tal implicaria que fossem os mesmos os sujeitos e o objecto. Ora, os sujeitos activos são diferentes. De qualquer modo, a recusa não se justificaria. A nosso ver, a qualificação correcta seria a provisoriedade por natureza consagrada na al. d) do nº 2 do art. 92º do C.R.P. Como se nos afigura que o registo de aquisição lavrado pela Ap. 1 de 1999/08/13 deve ser cancelado, então não se justificará a provisoriedade por natureza. E a provisoriedade por dúvidas, com os fundamentos alegados pela recorrida? 6 A metade ficou no tinteiro, mas cremos que, no contexto da requisição (maxime dos pedidos anteriores), não é sustentável que o pedido se refere a todo o prédio. Relativamente ao estado civil do herdeiro Marco A, é verdade que o mesmo não figura na escritura de habilitação de E, embora figure na procuração lavrada no Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro, o certo é que em rigor este documento não foi relacionado para o registo em causa. Relativamente ao estado civil da herdeira Zaira F, também é verdade que o mesmo não está comprovado. Sendo certo que tem sido doutrina pacífica deste Conselho que após a qualificação do registo não é possível a junção, designadamente aos autos de impugnação daquela qualificação, de novos documentos com vista a uma requalificação favorável à pretensão dos impugnantes. Em face do exposto, somos de opinião de que este registo deverá ser efectuado provisoriamente por dúvidas 7. 7 Em face dos pedidos de registo formulados e dos documentos apresentados, afigura-se-nos que este é o tratamento registral adequado à pretensão dos interessados. Mas não podemos deixar de reconhecer que a situação dos autos é deveras complexa e nem sempre prima pela transparência. É o que brevitatis causa tentaremos demonstrar. Como já se referiu na nota anterior, os ora recorrentes formularam na acção o pedido de reconhecimento de que as 1ª, 2ª, 3ª, 4º e 5ª demandados fossem declarados únicos herdeiros de António FC [al. b), que não foi transcrita no Relatório] e todos os intervenientes nos autos reconheceram e declararam que os 1ª, 2ª, 3ª, 4º e 5ª demandados são os únicos herdeiros do dito de cujus [al. b) da transacção]. Apesar disso, o registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito a favor dos herdeiros reconhecidos não é requisitado nem pela via do averbamento de conversão da inscrição da acção (caso em que se colocaria um delicado problema, porque o correspondente pedido não figura na inscrição) nem pela via da inscrição com base na transacção e respectiva sentença homologatória, mas antes com base numa escritura de habilitação que, se bem ajuizamos, já estava lavrada quando a acção foi proposta (a data da distribuição é de ). Será que os ora recorrentes tiveram receio de que a transacção, apesar de homologada por sentença transitada em julgado, não fosse considerada título bastante para aquele registo de aquisição? Porquê? Porque se transigiu sobre direitos indisponíveis? São questões a que, obviamente, não temos aqui que dar resposta. O que está em causa é a qualificação do registo com base na escritura de habilitação. E sobre ela já nos pronunciámos. Também não podemos deixar passar em claro a contradição a nosso ver clara entre o pedido formulado na al. d) da

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