Análise do trade-off na produção de açúcar e álcool nas usinas da região Centro-Sul do Brasil

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1 ANÁLISE DO TRADE-OFF NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL NAS USINAS DA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL WAGNER MOURA LAMOUNIER; MÁRIO FERREIRA CAMPOS FILHO; AURELIANO ANGEL BRESSAN; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS BELO HORIZONTE - MG - BRASIL wagner@face.ufmg.br APRESENTAÇÃO SEM PRESENÇA DE DEBATEDOR COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS Análse do trade-off na produção de açúcar e álcool nas usnas da regão Centro-Sul do Brasl Grupo de Pesqusa: Comercalzação, Mercados e Preços Agrícolas RESUMO O estudo do trade-off na produção de açúcar e álcool nas usnas da regão Centro-Sul do Brasl demonstra como ocorreu a decsão alocatva de produção nas undades que produzram conjuntamente estes dos produtos nas safras , , e Os produtos açúcar e álcool são orundos da cana-de-açúcar que representa cerca de 80% do custo de produção desses dos produtos (planto, colhea, moagem e preparo do caldo). O Brasl é o maor produtor e exportador desses produtos no mundo e o únco que produz açúcar e álcool em grande escala e dervados do mesmo nsumo produtvo. O estudo demonstrou como ocorreu a composção do mx de produção de acordo com os snas de mercado representados pelos preços dos produtos. Palavras-chave: Agrondústra canavera, açúcar, álcool, modelo SUR, preços. 1. O COMPLEXO INDUSTRIAL CANAVIEIRO 1.1 INTRODUÇÃO Atvdade secular no Brasl, a cultura da cana-de-açúcar representa hoje uma das mas mportantes fontes de renda da agrcultura braslera. Essa matéra prma possu um número e vasto campo de produtos que a utlzam como nsumo de produção. Desde a smples garapa, almentação para bovnos, passando pela popular cachaça, bem como a 1

2 produção de álcool, açúcar e energa de bomassa, todos têm na cana-deaçúcar, sua prncpal matéra prma. Segundo o Mnstéro da Agrcultura, a maor parte da cana plantada em terróro braslero é destnada à agrondústra canavera. Na safra , foram moídas cerca de 381 mlhões de toneladas de cana para produção de açúcar e álcool. Este total representou cerca de 9% do total de cana produzda pelo Brasl nesse período, algo em torno de 416 mlhões de toneladas. Segundo Moraes (004), o Brasl é o únco país produtor de açúcar do mundo que produz o álcool em escala ndustral. De acordo com o Mnstéro da Agrcultura há 347 usnas e destlaras cadastradas que estão espalhadas por estados da federação. A produção sucroalcoolera é dvdda em duas grandes regões, a regão Norte-Nordeste e a regão Centro-Sul. Cerca de 75%, ou 59, das undades ndustras estão localzadas na Regão Centro-Sul, enquanto o restante, 88 undades, se localza na regão Norte/Nordeste. A moagem de cana do Centro-Sul representa cerca de 85% da moagem total do país, o que mostra as dspardades entre as duas regões. Segundo Alves (00), essas regões apresentam vocações, estratégas e níves de competvdade dferentes. A safra da regão Centro-Sul compreende o período entre mao e dezembro enquanto a safra na regão Norte-Nordeste va de setembro a março. Essa característca faz com que o país seja abastecdo com açúcar e álcool o ano ntero. TABELA 1 Produção de cana-de-açúcar, açúcar e álcool na safra nas usnas com destlaras anexas do Centro-Sul Estados Cana-de-açúcar (t) Açúcar (t) Álcool total (m3) Espíro Santo Goás Mato Grosso Mato Grosso do Sul Mnas Geras Paraná Ro de Janero São Paulo Total (Anexas) Total (Centro-Sul) Fonte: Elaboração própra a partr de UNIÃO DA AGROINDÚSTRIA DE SÃO PAULO (UNICA), (abr. 001 nov. 004). Nota: Produção acumulada até A TAB. 1 apresenta os números de produção das usnas com destlaras anexas da safra da regão Centro-Sul do país até a segunda qunzena de novembro. Desagregada por estado, a tabela mostra que São Paulo é o maor produtor de cana, açúcar e álcool da regão, segudo pelo Paraná, Mnas Geras (cana e açúcar) e Mato Grosso (álcool). A dferença entre o total apresentado pela regão Centro-Sul e o total apresentado pelas usnas com destlaras anexas, equvale à produção das destlaras autônomas, que produzem somente álcool. O Brasl é o maor produtor de açúcar do mundo. Segundo o Mnstéro da Agrcultura, a produção de açúcar braslera na safra fo de cerca de 6 mlhões

3 de toneladas. De acordo com os dados do Departamento de Agrcultura dos Estados Undos (USDA), na safra o país produzu cerca de 0% da produção mundal de açúcar, segudo pela Unão Européa, com cerca de 14% da produção, e pela Índa 1, que produzu algo em torno de 10% da produção. A regão Centro- Sul do Brasl respondeu por 83% da produção braslera enquanto a regão Norte-Nordeste respondeu por 17%. Uma usna de açúcar moderna oferece aos seus clentes uma grande varedade de açúcares que podem ser produzdos de acordo com as especfcações solcadas. O tpo mas comum produzdo é o açúcar crstal, responsável por 49% de todo o açúcar produzdo na safra na regão Centro-Sul. Outro tpo de açúcar muo produzdo pelas usnas do Centro-Sul é o Very Hgh Polarzaton (VHP), que representou 44% do total de açúcar produzdo na safra O açúcar VHP, que é destnado, bascamente, à exportação, apresenta uma cor amarelada e tem como destno refnaras de açúcar em dversos países mportadores do açúcar braslero. Como resultado da dversfcação e da busca de novos clentes, sejam eles ndustras ou consumdores fnas, outros tpos de açúcares como o orgânco e o líqudo foram desenvolvdos. Além desses tpos, é mportante menconar que a produção de açúcar refnado pelas usnas, na sua forma de amorfo ou granulado, vem crescendo a cada safra com a nstalação de refnaras de açúcar anexas às própras usnas. Do mesmo modo, o país também é o maor produtor mundal de álcool. Na safra , cerca de qunze blhões de lros foram produzdos, sendo que 88% deste total fo produzdo pela regão Centro-Sul do país. O restante, cerca de 1%, fo produzdo pelas undades da regão Norte/Nordeste. O álcool braslero é produzdo sobre duas formas, andro e hdratado. O álcool andro é utlzado na mstura com a gasolna A 3 na proporção de 5%, podendo varar em um ponto percentual para cma ou para baxo. O combustível resultante é chamado de gasolna C e comercalzado nos mlhares de postos de combustíves em todo o país. O outro tpo, álcool hdratado, é utlzado dretamente nos veículos com motores a álcool. Cerca de 53% do álcool produzdo na safra na regão Centro-Sul fo de álcool andro, sendo o restante de hdratado. O Brasl também é o maor exportador de açúcar e de álcool do mundo mantendo cerca de 37% e 50%, respectvamente, do mercado lvre mundal desses dos produtos. Além dsso, o país é o mas competvo na produção de açúcar, produzndo-o com o menor custo entre seus concorrentes. Segundo Elsabete Seródo 4, a regão Centro-Sul tnha um custo por volta de US$ 98,4 por tonelada na safra , enquanto que a regão Norte/Nordeste produzu a um custo de US$ 180/t. Com relação aos demas produtores mundas, a Unão Européa, segunda maor produtora de açúcar do mundo, tnha um custo em torno de US$ 568,/t, a Austrála de US$ 191,9/t, a Talânda de US$ 1 A safra ndana fo atípca. O país sofreu com uma seca que resultou em uma quebra de safra. A produção que, na safra fo de 15,5 mlhões de toneladas de açúcar, cau para 13,5 mlhões de toneladas na safra A maor parte do açúcar refnado é produzda a partr do açúcar crstal nas refnaras de açúcar, undades estas separadas das usnas de açúcar. 3 A gasolna A é adqurda pelas dstrbudoras de combustíves nas refnaras de petróleo. A mstura de álcool andro à gasolna é fea pelas dstrbudoras e o combustível resultante é chamado de gasolna C. 4 SERODIO, Elsabete. O açúcar do Brasl: prncpas mercados, prncpas barreras, prncpas problemas. São Paulo: UNICA, 004. Power Pont apresentado ao Conselho Dretor da UNICA em 0 jan Documento do acervo admnstratvo da UNICA. 3

4 04,7/t, a Índa de US$ 90,3/t e os Estados Undos de US$ 3,7/t quando produzdo com cana-de-açúcar e US$ 507,1, quando produzdo através da beterraba. Na agrondústra canavera, város subprodutos resultantes dos processos de produção de açúcar e álcool podem ser comercalzados elevando a recea da usna e otmzando o processo de produção de açúcar e álcool. O bagaço da cana pode ser utlzado para geração de energa mecânca e elétrca para manter o funconamento da própra usna 5 ou então, para a produção de bagaço hdrolsado, um complemento nutrconal para confnamento de gado. Do processo de decantação do caldo da cana na produção do álcool resulta a torta de fltro, que pode ser utlzada como adubo na lavoura. Já do processo de fermentação alcoólca, é extraída a levedura seca, muo utlzada como ngredente para ração anmal, devdo ao seu alto valor calórco. E do processo de destlação do álcool resulta a vnhaça, utlzada na fertrrgação da lavoura, e o óleo fúsel, utlzado na ndústra químca e de cosmétcos. Da produção do açúcar, resulta o melaço que pode ser utlzado para produção de álcool ou então pode ser comercalzado para as váras ndústras de almentos que o utlzam com matéra-prma. A FIG. 1 apresenta uma reprodução smplfcada do funconamento de uma usna com destlara anexa. Pode-se observar que uma undade produtora do setor apresenta a possbldade de produzr tanto açúcar como álcool em uma mesma planta ndustral destnando o caldo resultante da moagem da cana para produção de um ou do outro produto. É mportante salentar também, que o mel resdual ou melaço, subproduto resultante da produção de açúcar, pode ser destnado também para a produção de álcool. USINA COM DESTILARIA ANEXA MOAGEM DA CANA CALDO DA CANA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR PRODUÇÃO DE ÁLCOOL AÇÚCAR CRISTAL AÇÚCAR VHP OUTROS TIPOS DE AÇÚCAR MEL RESIDUAL (MELAÇO) ÁLCOOL ANIDRO ÁLCOOL HIDRATADO 5 A chamada co-geração de energa torna a maora das usnas do Brasl auto-sufcentes em energa. Algumas possuem um excedente que é venddo às concessonáras de energa da regão onde estão localzadas. 4

5 FIGURA 1 - Fluxograma da produção de açúcar e álcool Fonte: Elaboração própra. 1. O PROBLEMA E SUA IMPORTÂNCIA De acordo com Alves (00), uma das mas mportantes característcas da ndústra sucroalcoolera é a flexbldade de sua produção. As usnas que possuem destlaras anexas podem dreconar o caldo da cana orundo da moagem para produção de açúcar ou para produção de álcool. O processo de produção de açúcar e álcool começa com a chegada da cana-deaçúcar à usna. Após a pesagem e a retrada de amostra para análse laboratoral, a cana é levada para o processo de preparo para moagem onde é lavada. Depos, a cana va para as moendas 6 para que seja extraído o caldo. A quantdade de caldo destnado à produção de cada um dos produtos dependerá da estratéga de comercalzação de cada undade produtora. Dentro do setor exstem usnas que, hstorcamente, prvlegam a produção de açúcar e exstem outras que prvlegam a produção de álcool. De acordo com Macedo (005), 80% do custo de produção de açúcar e álcool, compreendem as etapas de produção, lmpeza, moagem da cana e o tratamento do caldo. Segundo Marjotta-Mastro (00), essa flexbldade na composção do mx é um nstrumento que possbla aos produtores redreconarem sua produção frente aos snas do mercado, sto é, frente aos possíves ganhos com a produção de açúcar e álcool. Os agentes que tomam a decsão formam expectatvas com relação aos preços esperados e as quantdades demandadas de açúcar e álcool, externa e nternamente. Contudo, se por um lado o mercado pode guar as decsões empresaras, por outro, as decsões não devem ser desvnculadas de um planejamento de longo prazo, para o açúcar e álcool, de cada undade, pos grande parte do fnancamento do setor sucroalcoolero é realzado pela assnatura de contratos de longo prazo de fornecmento de açúcar para as grandes traders que atuam em terróro braslero. O açúcar é um produto que faz parte da cesta básca além de ser uma commody negocada no mercado à vsta e futuro naconal e nternaconal. Já o álcool é um produto dreconado, em grande parte, ao mercado de combustíves. De acordo com Marjotta- Mastro (00) qualquer varável relevante desses mercados, que são bastante dstntos, deve ser consderada na análse do setor. Moraes (004) ressalta que a cadea produtva da cana-de-açúcar é caracterzada pela flexbldade de gerar produtos lgados a mercados tão dstntos como o do açúcar e álcool, tornando o funconamento da cadea bastante complexo. Além dsso, outra característca dessa cadea produtva é a orgem agrícola do prncpal nsumo, a cana-deaçúcar. Dessa forma, o setor está sujeo aos rscos clmátcos, fossanáros e a sazonaldade da produção que nfluem dretamente na quantdade e qualdade de matéra prma que chega a usna. Segundo Moraes (004), a decsão de produzr açúcar, álcool andro ou álcool hdratado, que na época do Instuto do Açúcar e Álcool 7 era estabelecda pelos Planos de 6 Algumas usnas já possuem uma tecnologa mas avançada com a utlzação de um equpamento chamado de dfusor ao nvés do uso da moenda. Esse equpamento utlza o processo de dfusão (separação por osmose) na extração da cana, consegundo assm uma maor extração de caldo. Já as moendas utlzam o processo de moagem da cana. 7 O Instuto de Açúcar e Álcool (IAA) fo crado na década de 1930 com o objetvo de regular o mercado de açúcar va alternatvas de uso da cana para produção de outros produtos como o álcool. Tnha o controle das quotas de produção além de regular os preços da cana, do açúcar e do álcool. Em 1990 o IAA fo 5

6 Safra do governo federal, é atualmente uma decsão tomada pelos empresáros do setor que, de forma geral, consdera como varáves de decsão, os preços relatvos dos produtos. Contudo, essa flexbldade é lmada pela capacdade nstalada ndvdual de produção de cada um dos produtos. Dessa forma, a possbldade de escolha entre açúcar e álcool torna a decsão sobre oferta bastante complexa, pos envolve város mercados que se nteragem e funconam como um sstema de vasos comuncantes. Portanto, o setor sucroalcoolero é caracterzado pela produção de dos produtos dstntos que possuem mercados totalmente dferentes. Exste um trade-off entre produzr açúcar ou produzr álcool no processo de decsão das usnas. A decsão de aumentar a produção de açúcar, dada uma quantdade constante de cana, afetará, necessaramente, a quantdade de álcool produzda e a decsão de elevar a produção de álcool, dada uma quantdade constante de cana dentro da undade ndustral, nterferrá na produção de açúcar. Dessa forma, a análse dos determnantes desse trade-off entre açúcar e álcool torna-se mportante tanto para o setor produtvo quanto para o mercado. É esse trade-off que defnrá o mx de produção do setor, sendo necessára a análse do comportamento da produção ao longo da safra para compreender o processo decsóro de sua defnção, prncpalmente no curto prazo. Dversas varáves relatvas aos mercados de açúcar e álcool afetam a composção do mx de produção e defnem o aumento da quantdade produzda de um produto em detrmento da produção do outro. De acordo com Marjotta-Mastro (00), as varáves relatvas à demanda externa de açúcar e álcool, assm como as varáves determnantes da demanda nterna, precsam ser ncorporadas a análse. Assm, a análse do comportamento do setor ao longo da safra com relação à defnção do mx de produção entre açúcar e álcool pelos empresáros do setor torna-se muo mportante para a decsão alocatva como forma de otmzação das receas desses empresáros. Do mesmo modo, este estudo é de grande vala para o governo. Através da análse prospectva pode-se entender o comportamento do setor produtvo ao longo da safra frente às varações dos preços tanto do álcool como do açúcar. Dessa forma, pode-se ter a garanta de que não haverá falta desses produtos dentro do mercado braslero, prncpalmente no período de entressafra, possblando ao governo atuar junto ao setor enquanto as usnas estverem em período de safra. 1.3 OBJETIVOS Objetvo geral O objetvo geral do presente trabalho é analsar o processo decsóro de curto prazo segundo o qual as usnas de açúcar e álcool dreconaram a cana-de-açúcar para usos alternatvos, ou seja, para a produção de açúcar ou para a produção de álcool durante as safras , , e Este trabalho analsará o trade-off das usnas com destlaras anexas da regão Centro-Sul do Brasl entre a produção destes dos produtos, de acordo com as snalzações do mercado representadas pelos preços dos produtos Objetvos específcos Especfcamente, pretende-se com esta pesqusa: a) analsar a competvdade técnca entre açúcar e álcool durante o processo produtvo; extnto elmnando as quotas de produção. Durante a década de 1990 os preços passaram a ser lberados e defndos pelo mercado. 6

7 b) avalar a nfluênca do preço à vsta e futuro ao produtor de açúcar e álcool na defnção do trade-off entre açúcar e álcool nos dversos estados produtores; c) analsar a competvdade econômca entre açúcar e álcool durante o processo produtvo. METODOLOGIA E DADOS.1 REFERENCIAL TEÓRICO Segundo Beatte e Taylor (1985), o prncípo econômco da produção de multprodutos por uma frma rá depender das característcas do fator de produção, sto é, se o fator é alocável ou não alocável no processo produtvo. Por fator alocável entende-se um fator x utlzado na produção de z j que pode ser dstngudo do montante do fator utlzado na produção de z k, para j k. Defne-se x j como o montante do nsumo x alocado na produção de z j. Se dos produtos forem produzdos através de um mesmo fator, x 1, o total utlzado de nsumo pode ser expresso pela equação (.1): x1 x11 x1 (.1) De acordo com Beatte e Taylor (1985) a representação matemátca para a função de produção para o caso de multprodutos, assumndo dos produtos e um únco fator de produção, sendo este alocável, pode ser escra pela forma mplíca abaxo: F ( z1, z, x) 0 (.) Dado que toda a quantdade do fator de produção é alocado (.1), a função de produção (.) pode ser escra de forma nversa, onde o montante do fator utlzado é expresso em termos da quantdade de cada produto produzdo, z 1 e z. x h ( z 1, z ) (.3) Para defnr a combnação ótma dos dos produtos a ser produzda com uma determnada quantdade fxa do fator de produção (no presente caso, a combnação ótma da produção de açúcar e álcool a ser produzda com uma determnada quantdade de canade-açúcar), torna-se necessáro ntroduzr o conceo de camnho de expansão da produção. Esse conceo mplca na defnção dos pontos, ou da combnação dos produtos z 1 e z, com preços respectvamente guas a p 1 e p, que maxmzarão a recea da frma montantes fxos do fator de produção. Em geral, no caso de competção perfea, a recea total da frma com dos produtos será dada pela segunte equação: RT p1z1 p z (.4) A recea total pode ser maxmzada sujeo à restrção x = x 0 (.3), utlzando a função Lagrangeana a segur: 0 LRT p1 z1 p z x hz1, z (.5) e as condções de prmera ordem seram dadas por LRT p1 h1 0 z1 LRT p h 0 (.6) z LRT 0 x hz1, z 0 Utlzando as duas prmeras equações de (.6) para elmnar, é obtda a condção necessára para maxmzação da recea. 7

8 (.7) ou z Curva de Transformação do produto Inclnação= -h 1/h p1 h1 p1 h 1 (.8) p Assm, RM 1 p1 h1 x z1 1/( z1 / x) z x TTP1, (.9) RM p h x z 1/( z / x) z1 x em que RM 1 e RM são as receas margnas dos produtos z 1 e z, respectvamente e TTP1, é a taxa de transformação dos produtos, que mostra quanto se deve sacrfcar a produção de um dos bens para se elevar a produção do outro em uma undade. As condções de prmera ordem requerem que a lnha de sorecea seja tangente à curva de transformação de produtos no ponto ótmo. O conjunto desses pontos de tangênca entre as curvas de transformação de produtos e as retas de soreceas é chamado de camnho da expansão da produção representada pela FIG.. h p h Camnho da expansão do produto Isorecea Inclnação= -p 1/p 0 FIGURA - Camnho da expansão do produto com competção de mercado perfea Fonte: Elaboração própra z Da solução de (.6) são obtdas as equações de oferta condconada dos produtos: c c z j z j ( p1, p, x) j 1,. (.10) De acordo com Beatte e Taylor (1985), as funções representadas em (.10) são chamadas de funções de oferta condconada dos produtos porque dependem do nível do fator x e dos preços de todos os bens produzdos pela frma. O outro conceo mportante abordado por Beatte e Taylor (1985), é o de nterdependênca econômca dos produtos. De acordo com esses autores, dos produtos são consderados economcamente nterdependentes se a mudança no preço de um produto nfluencar a quantdade produzda do outro produto. Segundo a defnção: c a) se z j pk 0 z j e z k são economcamente competvos para j k e j,k = 1,; c b) se z j pk 0 z j e z k são economcamente ndependentes para j k e j,k = 1,; c c) se z j pk 0 z j e z k são economcamente complementares para j k e j,k = 1,. 8

9 . MODELO EMPÍRICO Para estmação das equações de oferta condconada (.10) fo utlzada uma modelagem para dados em panel, sendo especfcamente utlzado o modelo chamado de regressões aparentemente não-relaconadas (ANR ou SUR, de seemngly unrelated regressons). Usar um modelo deste tpo possblará a análse da oferta condconada para cada undade federatva do Centro-Sul. Assm será possível analsar quas estados apresentam maores e menores sensbldades às mudanças nos preços de açúcar e álcool. Adaptando a equação (.10) para cada produto do setor estudado com o modelo geral para dados em panel e utlzando as varáves na forma logarítmca tem-se: c ln S AÇ 0 1 ln psaç pfbraç pfnyaç p ln 3 ln 4 ln SAL (.11) 5 ln pfal x u 6 ln 1 e c ln S AL 0 1 ln psal pfal psaç p ln 3 ln 4 ln FBRAÇ (.1) ln 5 ps FNYRAÇ x u 6 ln c c onde S AÇ e S AL são a oferta (produção) de açúcar e álcool do estado no tempo t. Do mesmo modo, psaç e p SAL são os preços à vsta de açúcar e álcool calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economa Aplcada (CEPEA), pfbraç e p FBRAL são os preços futuros do contrato com prmero vencmento de açúcar e álcool andro da Bolsa de Mercadoras e Futuros (BM&F), pfnyaç é o preço futuro do contrato com prmero vencmento de açúcar da New York Board of Trade (NYBOT) e por fm, x é a quantdade de cana moída no estado no período t. De acordo com Hll et all (1999), no modelo geral, os nterceptos e os parâmetros podem dferr para cada estado em cada período de tempo. Dessa forma, o modelo não pode ser estmado em sua forma corrente, porque há mas parâmetros desconhecdos do que observações. Um caso especal do modelo geral é o modelo SUR. Assume-se neste modelo que os parâmetros da função de oferta condconada dferem entre os dversos estados, mas seram constantes no tempo. Assm, os parâmetros das equações (.11) e (.1) seram: (.13) e (.14) Reescrevendo (.11) e (.1) e consderando que o empresáro consdera como varável de decsão com relação a preços, os preços do período anteror, tem-se: c ln S AÇ 0 1 ln psaç pfbraç pfnyaç p ln 3 ln 4 ln SAL 1 (.15) 5 ln pfal x u e ln c S AL 0 1 ln psal pfal psaç p ln 3 ln 4 ln FBRAÇ (.16) ln5 ps FNYRAÇ x u 1 6 ln Como um dos objetvos do trabalho é a análse do trade-off entre a produção de açúcar e álcool, as equações (.15) e (.16) devem ser escras com a varável explcada representada pela relação entre a quantdade de açúcar e álcool produzda no período t. 9

10 S ln S c AÇ c AL ln p 5 0 FAL 1 ln p 1 x 6 Assm, de (.15) e (.16) tem-se: SAÇ 1 u 1 ln p FBRAÇ 1 ln p 3 FNYAÇ 1 ln p 4 SAL 1 (.17) Segundo Hll et all (1999) as pressuposções do modelo SUR são as seguntes: a) todos os erros aleatóros têm médas zero; E ( u 1 ) 0 (.18) E ( u ) 0 b) em cada equação, a varânca do erro é constante, mas vara de equação para equação; Var ( u1 ) 1 Var ( u ), mas 1 (.19) c) ausênca de autocorrelação entre os erros de cada equação e de uma equação para outra, para períodos dferentes de tempo; Cov( u1 s, u1 k ) Cov( u1 s, uk ) 0 s k (.0) d) a correlação entre os erros das dferentes equações para o mesmo período de tempo é dferente de zero. Cov ( u1, u ) E( u1, u ) 1 0 (.1) De acordo com Hll et all (1999), a últma pressuposção é a prncpal característca do modelo SUR. O termo 1 é chamado de correlação contemporânea. Ela será dferente de zero, pos as varáves dependentes do sstema são smlares e assm sofrerão mpactos smlares dos mesmos fenômenos aleatóros omdos nas equações. Quando se trabalha com MQO, a nformação sem a presença de correlação contemporânea em um sstema de equações é muo mportante para que a estmatva solada das equações seja sufcente e os estmadores de MQO apresentem varânca mínma. Se houver correlação contemporânea os parâmetros estmados para o modelo SUR terão erros-padrão, estatístcas t e, conseqüentemente, valor-p mas confáves. Não haverá vantagem em estmar o sstema pelo método SUR apenas quando houver ausênca de correlação contemporânea e/ou quando todas as varáves explcatvas forem dêntcas (varáves e observações). Anda segundo Hll et all (1999), mínmos quadrados e SUR produzem estmatvas guas quando as varáves explcatvas de cada equação forem dêntcas. Contudo, esse não é o caso do modelo proposto acma, pos o modelo de oferta condconada apresenta varáves explcatvas dêntcas, como é o caso dos dados de preços assm como uma varável explcatva que dfere de estado para estado como é o caso da varável cana total moída ( x ) em cada estado. Para testar a presença ou não de correlação contemporânea para um modelo com a presença de mas de duas equações aplca-se o segunte teste: H 0 j 0 j versus H A j 0 (.) a) Estmar separadamente por MQO cada equação e construr-se a matrz de varânca e covarânca dos termos de erros de cada equação; b) Calcular-se os coefcentes de correlação ( r j ). A estatístca correspondente será gual a T vezes a soma de todas as correlações ( T ( r ) ) para j, sendo T gual ao tamanho da amostra; n j1 j 10

11 c) a dstrbução de probabldade, sob H 0, é uma dstrbução ququadrado com graus de lberdade guas ao número de correlações ( n ); d) caso seja > que n, rejea-se a hpótese nula de ausênca de correlação entre os erros das equações..3 DADOS E SOFTWARES UTILIZADOS.3.1 Dados de produção Os dados estatístcos que foram utlzados no presente trabalho foram referentes à produção qunzenal das usnas produtoras de açúcar e álcool da regão Centro-Sul do país. As usnas fornecem os dados de produção, saídas e estoques acumulados de açúcar e álcool, além do total de cana moída perodcamente durante toda qunzena da safra e da entressafra. Esses dados são encamnhados ao órgão públco responsável pelo setor, o Mnstéro da Agrcultura, Pecuára e Abastecmento e também às entdades que representam o setor, como os sndcatos patronas de cada estado. Este trabalho analsou o período compreenddo entre as safras de e As qunzenas seleconadas foram estabelecdas de acordo com o período de safra da regão Centro-Sul do país que compreende o ntervalo entre os meses de mao a novembro. É possível que exstam usnas que comecem a operar no níco de abrl, como há a possbldade de se estender a safra para o mês de dezembro. Contudo o mas comum nesta regão é uma safra começando no fnal do mês de abrl e níco de mao e encerrando ao fnal do mês de novembro, ou até no níco do mês de dezembro, antes do período de chuvas no Centro-Sul do país. Dessa forma serão analsados sete meses, constundo quatorze qunzenas por safra. De acordo com a proposta deste trabalho, foram utlzados somente os dados referentes às undades que produzram açúcar e álcool ao mesmo tempo. Essas undades representaram cerca de 90% da moagem de cana de toda a regão Centro- Sul do país nesse período. Os dados de produção foram obtdos através dos Boletns Qunzenas de Safra elaborados pela Unão da Agrondústra Canavera de São Paulo (UNICA) e separados por estados do Centro-Sul: Espíro Santo, Goás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Mnas Geras, Paraná, Ro de Janero e São Paulo. O Estado de Santa Catarna não possuía usna de açúcar e álcool nesse período e o Estado do Ro Grande do Sul possuía apenas uma destlara de álcool. O próxmo passo consstu em encontrar a produção de cana, açúcar e álcool total 8 qunzenal em cada estado. Essa produção fo obtda subtrando o total da produção acumulada da qunzena atual no estado analsado, da produção acumulada até a qunzena anteror do mesmo estado. Para encontrar a produção da prmera qunzena da sére de cada safra referente ao mês de mao, fo precso utlzar os dados da segunda qunzena de abrl. Somente para a safra não fo possível levantar esses dados, pos não exstam regstros consoldados da produção de açúcar e álcool da segunda qunzena de abrl de 00. Com os cálculos já realzados, os dados de produção foram transformados para a escala logarítmca com o objetvo de estmar as elastcdades de produção. 8 A produção de álcool total é encontrada através da soma da produção do álcool andro com a produção do álcool hdratado. 11

12 .3. Dados de preços Os dados sobre preços do açúcar e do álcool que foram utlzados na elaboração do presente trabalho estão resumdos no QUADRO 1. Devdo à perodcdade qunzenal dos dados de produção, fo precso transformar os dados referentes a preço em médas qunzenas. Optou-se por trabalhar com uma méda smples para os dados de preços. Com relação ao preço à vsta de álcool cabe uma ressalva. Como a perodcdade do ndcador é semanal, fo precso crar uma regra para o cálculo da méda qunzenal. Se a semana analsada possuísse quatro das pertencentes a uma dada qunzena e um da apenas pertencente a uma outra qunzena posteror ou anteror, esta semana sera utlzada no cálculo da méda qunzenal da qunzena em que os quatro das forem pertencentes, sendo retrada do cálculo da méda da outra qunzena. Consderou-se que um da apenas não nfluencara de forma sgnfcante o ndcador semanal e por conseqüênca o ndcador qunzenal. Além dsso, algumas semanas apresentaram dos das pertencentes a uma qunzena e três das pertencentes a outra qunzena. Nesses casos, o preço médo da semana fo utlzado no cálculo da méda das duas qunzenas. Portanto para esses casos a méda qunzenal fo estabelecda pela méda de três semanas. Além dessa pequena regra crada para o cálculo da méda qunzenal dos preços do álcool, optou-se por utlzar apenas a sére de preços de álcool andro descartando a sére de preço do álcool hdratado. Essas duas séres apresentam índce de correlação muo alto para o período analsado, cerca de 0,98. Portanto, a utlzação dos dos ndcadores produzra, pratcamente, o mesmo resultado, e podera mplcar em multcolneardade, sendo nteressante descartar um deles. A opção pelo uso do preço do álcool andro deve-se à maor partcpação deste álcool na produção total do setor. QUADRO 1 Descrção dos dados sobre preços utlzados Produto Classfcação Perodcdade Fonte Característca Açúcar À vsta Dára CEPEA/ESALQ Tpo crstal R$ / SACA DE 50 kg Açúcar Futuro Prmero BM&F Tpo crstal Açúcar Futuro vencmento Prmero vencmento NYBOT Álcool À vsta Semanal CEPEA/ESALQ Álcool Futuro Fonte: Elaboração própra. Prmero vencmento BM&F US$ / SACA DE 50 kg Açúcar branco Cents de US$ / lbra peso Álcool andro R$ / lro Álcool andro R$/m 3 Com relação aos dados de preços à vsta foram feos os descontos dos mpostos ncdentes sobre os ndcadores de preço de cada produto ndcados na metodologa de apuração de cada um deles. Procurou-se, portanto, trabalhar com os dados que refletssem o real faturamento da usna lvre de mpostos, taxas e contrbuções. Além dsso, os dados referentes a preços a vsta são do Estado de São Paulo, estado que representa mas 75% da produção do Centro-Sul, sendo formador de preço para toda a regão. Já com relação aos preços futuros dos produtos, optou-se por trabalhar com os preços referentes ao vencmento do prmero contrato de cada produto cotado nas respectvas bolsas. Optou-se também por transformar todos os preços de álcool em R$ por metro cúbco e todos os preços de açúcar em R$ por toneladas com o objetvo de trabalhar com a 1

13 mesma undade de medda. Os ndcadores que se apresentaram em dólares amercanos foram convertdos em reas pela méda qunzenal da taxa de câmbo comercal, preço de venda, cotação de fechamento Ptax do dólar dos EUA. Foram utlzados os preços nomnas, já que a nflação braslera apresentou-se controlada e em níves baxos no período analsado. Além dsso, a análse fo fea, separadamente, para cada safra, compreendendo apenas sete meses de cada ano. Como últmo passo antes da estmação dos modelos, todas as séres de preços foram transformadas para a escala logarítmca de acordo com o objetvo da análse que envolve a análse de elastcdades. QUADRO Varáves utlzadas na pesqusa Varáves Descrção lprac Logarmo da produção qunzenal de açúcar. lpral Logarmo da produção qunzenal de álcool total. lprca Logarmo da moagem qunzenal de cana. lacal Logarmo da dvsão entre a produção qunzenal de açúcar sobre a de álcool. lpacs Logarmo do preço à vsta ao produtor do açúcar no mercado nterno. lpacf Logarmo do preço futuro do açúcar na BM&F. lpacn Logarmo do preço futuro do açúcar na Bolsa de Nova York. lpals Logarmo do preço à vsta ao produtor do álcool andro no mercado nterno. lpalf Logarmo do preço futuro do álcool andro na BM&F. Fonte: Elaboração própra. As fontes dos dados de preços utlzados foram: o Centro de Estudos Avançados em Economa Aplcada (CEPEA) da Esalq/USP de Praccaba; a Bolsa de Mercadora e Futuros (BM&F), a New York Board of Trade (NYBOT) além do Banco Central do Brasl. Para estmação dos modelos empírcos fo utlzado o software Econometrc Vews 4.1 da QMS. O QUADRO apresenta a relação das varáves utlzadas e suas respectvas descrções 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Teste de correlação contemporânea O modelo de oferta condconada preva o uso de todos os preços à vsta e futuros cados anterormente. Contudo, ao se estmar os modelos, contendo os preços do mercado futuro da BM&F, não foram encontrados resultados sgnfcatvos. Uma das hpóteses que explcara esses resultados é a pequena lqudez que os contratos de açúcar crstal e álcool andro apresentaram na BM&F nas safras analsadas, o que pode ser um ndíco de que os empresáros do setor anda não os utlzam como parâmetros para tomada de decsão no curto prazo. Assm, foram retradas das estmatvas as varáves de preço futuro de açúcar e álcool da BM&F. Os resultados dos testes de correlação contemporânea estão apresentados na TAB. Os testes foram feos para as equações (.15), (.16) e (.17), já descartadas as varáves de preço do mercado futuro da BM&F. TABELA Teste de correlação contemporânea, Estatístca Modelo equação (.15) 9,70* 45,91* 69,67* 4,4* Modelo equação (.16) 9,14* 43,86* 4,69** 43,64* 13

14 Modelo equação (.17) 18,13*** 35,70** 41,93** 6,5 Graus de lberdade Fonte: Resultados da pesqusa. Nota: * Sgnfcante a 1% ** Sgnfcante a 5% *** Sgnfcante a 10% Ao nível de sgnfcânca de 1%, a hpótese nula de ausênca de correlação contemporânea fo rejeada em todos os períodos para a análse do modelo de oferta de açúcar (equação.34). Para o modelo de oferta de álcool (equação.35), todos os períodos apresentaram correlação contemporânea ao nível de sgnfcânca de 5%. Já no caso da equação (.36), modelo para a relação produção açúcar/álcool, os resultados do teste demonstram que exste correlação contemporânea para as três prmeras safras analsadas ao nível de sgnfcânca de 10%, mas que para a safra a hpótese nula de não exstênca de correlação contemporânea fo acea. Portanto, para esta safra, especfcamente, o modelo SUR não sera o melhor modelo a ser utlzado. Devdo a não produção de açúcar e álcool durante todas as qunzenas das safras , e em alguns estados, a modelagem SUR não abrangerá todas as undades federatvas analsadas em algumas safras. Somente foram utlzados os dados para os estados que apresentaram produção durante as quatorze qunzenas Modelagem SUR O modelo da equação (.17) apresenta o trade-off da produção de açúcar e álcool. Assm, se for observado um aumento na relação, pode-se conclur que a produção de açúcar cresceu frente à produção de álcool. Caso seja observada uma queda na relação, pode-se conclur que a produção de álcool apresentou um crescmento em relação à produção de açúcar. O objetvo do modelo é dentfcar se os preços de açúcar e álcool provocaram mudança de curto prazo na relação de produção açúcar/álcool, ou seja, como o preço de um produto com uma defasagem afetou a relação de produção entre os dos produtos que competem pelo mesmo nsumo produtvo. As tabelas a segur apresentam as abrevaturas dos nomes dos estados além das varáves pesqusadas com seus respectvos resultados. Para o Estado do Espíro Santo fo utlzada a sgla ES, para Goás, GO, para Mato Grosso, MT, para Mato Grosso do Sul, MS, para Mnas Geras, MG, para Paraná, PR, para Ro de Janero, RJ e para São Paulo, SP. As meddas de ajustamento dos modelos (R ) apresentaram-se satsfatóras para todos os modelos pesqusados. Na TAB. 3 são apresentados os valores das estmatvas para a safra A quantdade de cana moída qunzenal afetou posvamente a relação produção qunzenal de açúcar/álcool em GO e negatvamente e MS, apesar do valor encontrado ser próxmo de 0 (-0,06). Para os demas estados, os coefcentes não apresentaram sgnfcânca estatístca. O preço à vsta de açúcar com um defasagem (lpacs(-1)) apresentou sgnfcânca apenas em MS, onde um aumento de 1% no preço do açúcar levou a uma queda da relação produção açúcar/álcool em 3,58%. TABELA 3 Modelo SUR para a safra equação (.17) Varável: lacal GO MS MG PR SP lprca 0,757-0,06 0,09 0,009-0,018 (0,000) (0,07) (0,441) (0,894) (0,86) 14

15 lpacs(-1) -1,136-3,58-0,63 1,560-0,09 (0,404) (0,044) (0,906) (0,80) (0,87) lpacn(-1) 0,511 3,534-0,404 0,393 0,919 (0,40) (0,000) (0,749) (0,584) (0,166) lpals(-1) 0,801 1,475 1,950-0,10 1,146 (0,319) (0,18) (0,186) (0,888) (0,173) Fonte: Resultados da pesqusa. Nota: P-valor é apresentado abaxo da estmatva entre parênteses. O coefcente da constante fo sgnfcatvo, mas omdo dos resultados. R = 0,848 R ajustado = 0,779. Assm como o preço à vsta, o preço futuro do açúcar na bolsa de Nova York (lpacn(-1)) apresentou sgnfcânca apenas para MS. Um aumento (queda) do preço futuro de 1% levou a um aumento (queda) da relação em 3,534%. O preço à vsta do álcool com uma defasagem (lpals(-1)) não apresentou sgnfcânca estatístca para nenhum dos estados nesta safra. A TAB. 4 apresenta os resultados para a safra A relação produção qunzenal de açúcar/álcool apresentou uma queda com o aumento da quantdade de cana moída em ES, MS, MG e PR. A maor queda ocorreu em PR (-0,346) e a menor queda ocorreu em MS (-0,07). A varável lpacs(-1) afetou negatvamente a relação em ES (- 0,868) e novamente em MS (-3,669). A varável lpacn(-1) afetou posvamente a relação em ES, MS, MG e RJ. A relação apresentou-se nelástca em ES e RJ, ou seja, coefcente menor que um, e elástca nos outros dos estados. Já lpals (-1) afetou posvamente a relação em MS e negatvamente MG e RJ. Isto sgnfca que um aumento do preço do álcool na qunzena anteror levou a uma dmnução da relação, elevando a produção de álcool frente à produção de açúcar. Varável: lacal TABELA 4 Modelo SUR para a safra equação (.17) ES GO MS MG PR RJ SP lprca -0,9 0,057-0,07-0,37-0,346-0,07-0,14 (0,000) (0,49) (0,000) (0,08) (0,000) (0,0) (0,37) lpacs(-1) -0,868-0,977-3,669-0,365-0,676-0,415-0,081 (0,017) (0,147) (0,000) (0,460) (0,396) (0,19) (0,933) lpacn(-1) 0,467 0,5 1,109 1,154 0,196 0,69-0,781 (0,05) (0,56) (0,069) (0,000) (0,665) (0,001) (0,16) lpals(-1) -0,077-0,19 1,840-0,977 0,599-0,778 0,438 (0,808) (0,81) (0,007) (0,017) (0,366) (0,010) (0,553) Fonte: Resultados da pesqusa. Nota: P-valor é apresentado abaxo da estmatva entre parênteses. O coefcente da constante fo sgnfcatvo, mas omdo dos resultados. R = 0,940 R ajustado = 0,91. Os resultados para a safra estão apresentados na TAB. 5. A relação produção qunzenal de açúcar/álcool aumentou com o aumento da quantdade de cana moída qunzenalmente em MT, MG e SP e cau com aumento da cana em ES. A varável lpacs(-1) afetou posvamente a relação, ou seja, aumentou a produção de açúcar frente a produção de álcool em GO e MT, e afetou negatvamente, a produção em MS, PR e SP. A varável lpacn(-1) apresentou mpacto posvo na relação em ES, GO, PR e SP e 15

16 apresentou mpacto negatvo em MT e MG. A relação fo afetada negatvamente com o aumento de lpals(-1) em GO, MT e fo afetada posvamente em MS, MG, PR e SP. Varável: lacal TABELA 5 Modelo SUR para a safra equação (.17) ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca -0,97-0,00,388 0,88 0,69-0,009-0,084 0,191 (0,053) (0,74) (0,000) (0,13) (0,001) (0,87) (0,47) (0,000) lpacs(-1) -1,8,141 1,875 -,993-0,380-1,100 1,135-0,619 (0,583) (0,000) (0,000) (0,009) (0,636) (0,000) (0,161) (0,039) lpacn(-1),851 1,148-9,378 1,563-1,587 1,54 0,451 0,368 (0,00) (0,000) (0,000) (0,151) (0,034) (0,000) (0,541) (0,087) lpals(-1) 0,787 -,446-8,141 1,498 1,07 0,578-0,6 0,39 (0,634) (0,000) (0,000) (0,074) (0,054) (0,004) (0,318) (0,079) Fonte: Resultados da pesqusa. Nota: P-valor é apresentado abaxo da estmatva entre parênteses. O coefcente da constante fo sgnfcatvo, mas omdo dos resultados. R = 0,95 R ajustado = 0,891. Os resultados para a safra estão apresentados na TAB. 6. A relação produção qunzenal de açúcar/álcool respondeu posvamente ao aumento da quantdade de cana moída em ES, GO, MG e RJ. O modelo não apresentou conclusão sobre lpacs(-1). A relação respondeu negatvamente ao aumento em lpacn(-1) em MG. Nesta safra pôde ser observada uma maor nterferênca dos preços à vsta do álcool na queda da relação. Ele nterferu negatvamente em ES, RJ e SP, o maor estado produtor. Varável: lacal TABELA 6 Modelo SUR para a safra equação (.17) ES GO MS MG PR RJ SP lprca 0,354 0,414 0,43 0,960 0,065 0,08 0,09 (0,037) (0,000) (0,555) (0,001) (0,680) (0,015) (0,659) lpacs(-1) 0,738 0,160,017 0,950 0,378 0,437 1,153 (0,183) (0,790) (0,184) (0,55) (0,463) (0,18) (0,17) lpacn(-1) -0,153-1,06-1,079 -,887 0,484 0,060 0,50 (0,830) (0,17) (0,634) (0,001) (0,485) (0,835) (0,539) lpals(-1) -1,070 0,89-1,19 0,45-0,578-0,576-1,413 (0,001) (0,49) (0,339) (0,53) (0,13) (0,000) (0,000) Fonte: Resultados da pesqusa. Nota: P-valor é apresentado abaxo da estmatva entre parênteses. O coefcente da constante fo sgnfcatvo, mas omdo dos resultados. R = 0,91 R ajustado = 0,87. A segur são apresentados nas tabelas 7 e 8 os resultados para os modelos de oferta condconada de açúcar e de álcool. Através da nterpretação dos resultados desses modelos é possível conclur sobre a questão da nterdependênca econômca dos produtos. Tanto a produção de açúcar quanto a produção de álcool responderam posvamente ao 16

17 aumento da quantdade de cana moída qunzenalmente em pratcamente todos os estados. E mas, a resposta da produção de açúcar apresentou-se maor que a resposta da produção de álcool com algumas exceções. Contudo, o que nteressa nesse ponto do trabalho, não é a resposta da produção ao aumento ou dmnução do nsumo e sm a resposta da produção ao aumento ou dmnução dos preços dos produtos. No QUADRO 3 estão resumdos por estado, as safras onde foram encontradas ocorrêncas de competvdade econômca na produção de açúcar e álcool. Pode-se perceber que o Estado de São Paulo fo o estado que apresentou um maor número de safras onde a produção de açúcar fo afetada negatvamente pelo aumento do preço do álcool no mercado à vsta. Já o Estado do Paraná fo aquele que apresentou um maor número de safras onde a produção de álcool fo afetada pelo aumento do preço do açúcar no mercado à vsta naconal e/ou no mercado futuro de Nova York. Pode-se se destacar também os Estados do Espíro Santo e do Ro de Janero com número grande de ocorrêncas. Contudo estes estados possuem uma produção muo pequena ao contráro de Paraná e São Paulo. TABELA 7 Modelo SUR (equação (.15)), Modelo SUR para a safra * Varável endógena: lprac ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca - 1,496-0,506 0,70 1,177-0,953 (0,000) (0,000) (0,001) (0,000) (0,000) lpacs(-1) - -4, ,13-3,1 -, ,393 (0,003) (0,170) (0,071) (0,191) (0,035) lpacn(-1) - 0,887 -,131 0,95-0, ,003 (0,186) (0,009) (0,3) (0,405) (0,995) lpals(-1) - 0, ,418 1,17 0,86-0,86 (0,513) (0,804) (0,85) (0,419) (0,198) Modelo SUR para a safra ** Varável endógena: lprac ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca 0,645 0,788-0,659 0,5 0,6 0,748 0,679 (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) lpacs(-1) -0,37-1, ,86-0,608-0,514-0,09 0,745 (0,444) (0,014) (0,000) (0,117) (0,358) (0,68) (0,150) lpacn(-1) 0,193 0,858 -,378 0,961 0,361 0,588-0,199 (0,49) (0,016) (0,054) (0,000) (0,86) (0,059) (0,555) lpals(-1) -0,733-0,407-3,64-0,761-0,388-1,19-1,95 (0,054) (0,385) (0,003) (0,0) (0,410) (0,009) (0,00) Modelo SUR para a safra *** Varável endógena: lprac ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca 0,087 0,8,730 1,00 1,087 0,963 0,777 1,054 (0,58) (0,008) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) lpacs(-1) 1,146 1,987 13,64-1,15 0,87 0,355 1,384 0,66 (0,14) (0,000) (0,000) (0,319) (0,058) (0,176) (0,018) (0,070) 17

18 lpacn(-1) 1,146,098-8,681 0,59-0,867-0,41 0,577-0,657 (0,065) (0,000) (0,000) (0,638) (0,0) (0,091) (0,77) (0,07) lpals(-1) -1,088 -,704-9,161-0,170-0,584-0,307-1,871-0,600 (0,098) (0,000) (0,000) (0,849) (0,069) (0,096) (0,000) (0,07) Modelo SUR para a safra **** Varável endógena: lprac ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca,694 1,740-7,571,176 1,435 1,038 1,339 (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) lpacs(-1) 0,814 0, ,858 0,690 1,117 1,700 1,619 (0,11) (0,391) (0,756) (0,309) (0,18) (0,066) (0,089) lpacn(-1) -1,10 0, ,411 0,17 1,169,030 1,835 (0,16) (0,450) (0,061) (0,866) (0,184) (0,046) (0,088) lpals(-1) 0,056 0,580-4,681-0,155-0,130-0,676-1,017 (0,853) (0,097) (0,40) (0,640) (0,744) (0,13) (0,033) Fonte: Resultados da pesqusa.. Nota: P-valor é apresentado abaxo da estmatva entre parênteses. Os coefcentes das constantes foram sgnfcatvos, mas omdos dos resultados. * R = 0,89, R ajustado= 0,751. ** R = 0,98, R ajustado= 0,973. *** R = 0,986, R ajustado= 0,980. **** R = 0,869, R ajustado= 0,810. TABELA 8 Modelo SUR (equação (.16)), Modelo SUR para a safra * Varável endógena: lpral ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca - 0,845-0,773 0,955 1,058-0,985 (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) lpacs(-1) - -1, ,645-1,750 -, ,418 (0,163) (0,479) (0,098) (0,001) (0,508) lpacn(-1) - 0,60-0,873 0,944 0, ,303 (0,109) (0,066) (0,178) (0,615) (0,335) lpals(-1) - 0,616-0,16 0,789 1,860-0,613 (0,155) (0,707) (0,74) (0,000) (0,17) Modelo SUR para a safra ** Varável endógena: lpral ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca 0,87 0,79-0,740 0,804 0,996 0,799 0,963 (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) lpacs(-1) 0,346-0, ,867-0,037 0,353 0,069 1,673 (0,18) (0,987) (0,08) (0,90) (0,564) (0,848) (0,158) lpacn(-1) -0,10 0,431-1,143-0,74 0,090-0,04 0,138 (0,183) (0,114) (0,148) (0,11) (0,803) (0,846) (0,858) lpals(-1) -0,431-0,645-1,611 0,009-1,157-0,86 -,448 (0,096) (0,11) (0,06) (0,980) (0,09) (0,400) (0,009) Modelo SUR para a safra *** Varável endógena: lpral ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca 1,001 0,500 0,831 0,574 0,696 0,969 1,05 0,959 (0,000) (0,000) (0,000) (0,006) (0,000) (0,000) (0,000) (0,000) lpacs(-1),90-0,678-0,474 1,553 0,486 1,100-0,47 0,64 18

19 (0,040) (0,53) (0,105) (0,149) (0,436) (0,000) (0,648) (0,010) lpacn(-1) -1,199 0,889 0,095 0,349 0,585-1,03-0,085-0,808 (0,077) (0,084) (0,708) (0,730) (0,73) (0,000) (0,866) (0,000) lpals(-1) -1,800 0,089-0,00-1,760-1,176-0,659-0,643-0,517 (0,04) (0,834) (0,994) (0,08) (0,013) (0,000) (0,118) (0,005) Modelo SUR para a safra **** Varável endógena: lpral ES GO MT MS MG PR RJ SP lprca 1,147 0,979-0,780 0,56 1,35 0,893 1,58 (0,000) (0,000) (0,000) (0,134) (0,000) (0,000) (0,000) lpacs(-1) -0,01 0,088-0,664 0,553 0,8 0,436-0,40 (0,964) (0,678) (0,046) (0,163) (0,468) (0,06) (0,610) lpacn(-1) -0,845-0, ,130 1,499-1,553-0,709-1,309 (0,0) (0,9) (0,779) (0,000) (0,000) (0,000) (0,01) lpals(-1) 0,85 0,6-0,4-0,67 0,939 0,686 1,143 (0,000) (0,098) (0,379) (0,138) (0,000) (0,000) (0,000) Fonte: Resultados da pesqusa. Nota: P-valor é apresentado abaxo da estmatva entre parênteses. Os coefcentes das constantes foram sgnfcatvos, mas omdos dos resultados. * R = 0,997, R ajustado= 0,996. ** R = 0,98, R ajustado= 0,974. *** R = 0,991, R ajustado= 0,987. **** R = 0,990, R ajustado= 0,986. Produção de açúcar Produção de álcool QUADRO 3 Competvdade econômca na produção de açúcar e álcool ES GO MT MS MG PR RJ SP s.00/03 s.003/04 s.003/04 s.004/05 Fonte: Resultados da pesqusa s.003/04 s.003/04 - s.00/03 s.003/ s.00/03 s.001/0 s.003/04 s.001/0 s.003/04 s.004/05 s.00/03 s.003/04 s.004/05 s.00/03 s.003/04 s.004/05 s.003/04 s.004/05 O QUADRO 4 apresenta a questão da complementaredade econômca da produção dos produtos. A complementaredade ocorre quando o aumento (queda) do preço do produto que concorre pelo fator de produção provoca o aumento (queda) da produção do outro produto. Pode-se perceber que a produção de açúcar aumentou com o aumento do preço do álcool em apenas uma safra em dos estados, GO e MS. Já a produção de álcool aumentou com o aumento do preço do açúcar em város estados com destaque para o Estado de Mato Grosso do Sul. Para entender do porque desse resultado é precso lembrar que, de certa forma, a produção de álcool possu uma parcela que é complementar à produção de açúcar, quando ele é produzdo através do melaço. QUADRO 4 Complementaredade econômca na produção de açúcar e álcool ES GO MT MS MG PR RJ SP Produção de açúcar - s.004/05 - s.00/ Produção s.001/0 s.003/04 s.003/04 - de álcool s.004/05 s.004/05 s.003/04 s.004/05 s.003/04 Fonte: Resultados da pesqusa 19

20 4 CONCLUSÕES O setor sucroalcoolero braslero é o únco do mundo que produz, em grande escala, açúcar e álcool ao mesmo tempo. O país é o maor produtor e exportador mundal desses dos produtos, o que capaca o Brasl como prncpal player do mercado mundal de açúcar e álcool. A maor parte das usnas sucroalcooleras brasleras produzem açúcar e álcool ao mesmo tempo a partr do mesmo nsumo produtvo, a cana-de-açúcar. Dessa forma, o estudo do processo do trade-off de curto prazo que ocorre na produção dos produtos nas undades produtvas torna-se mportante. Fo mplementada no presente trabalho, a análse do efeo da varação dos preços dos produtos na relação de produção açúcar/álcool, para os város estados da regão Centro-Sul. Utlzando um modelo SUR para dados em panel, fo observado que os preços de açúcar e álcool afetaram a relação de produção em apenas alguns estados e durante safras pontuas, sto é, não apresentaram uma regulardade. Além dsso, fo observado que em város casos, o aumento (queda) do preço do açúcar levou a uma dmnução (aumento) da relação dos produtos, ou seja, uma queda (aumento) da produção de açúcar frente à de álcool. O mesmo ocorreu com a produção de álcool, o que pode sugerr que a varável preço pode não ter grande nfluênca na decsão alocatva de curto prazo do empresáro. O modelo de oferta condconada de açúcar para cada estado em separado mostrou que houve competvdade econômca na produção de açúcar em pelo menos uma safra analsada em todos os estados com exceção do Mato Grosso do Sul, com destaque para o Estado de São Paulo, com três ocorrêncas. Já o modelo para a produção de álcool apresentou competvdade econômca para todos os estados, com exceção de Goás e Mato Grosso. Neste modelo o destaque fcou para o Estado do Paraná com três ocorrêncas. Outras varáves, senão os preços dos produtos ao longo da safra deverão nterferr na escolha do empresáro entre produzr um produto em detrmento do outro. As varáves de demanda de açúcar e álcool, a capacdade nstalada, a taxa de câmbo, o hstórco de comercalzação juntamente com a estrutura comercal que cada usna possu são característcas que devem ser ncorporadas em uma futura análse, para se melhor quantfcar a magnude e as característcas com que esse trade-off pode ocorrer. O setor sucroalcoolero braslero, com mas de trezentas usnas em operação, apresenta empresas com característcas bastante dstntas. Dentro do setor há grandes, médas e pequenas empresas com grandes dspardades entre s. Um trabalho que analsasse a decsão alocatva em cada uma dessas classes de produtores também sera de grande vala para o setor. Fnalmente, sugestão fnal para novos trabalhos sera a análse dos determnantes de longo-prazo do trade-off entre a produção de açúcar e álcool no Brasl. 5 REFERÊNCIAS ALVES, Luclo Rogero Aparecdo. Transmssão de preços entre produtos do setor sucroalcoolero do Estado de São Paulo p. Dssertação (Mestrado) Escola Superor de Agrcultura Luz de Queroz, Unversdade de São Paulo, Praccaba, 00. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Câmbo e capas estrangeros Dsponível em: < Acesso em: 03 out BEATTIE, Bruce. R.; TAYLOR, C. Robert. The economcs of producton. New York: Jonh Wley, BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS (BM&F). Sstema de recuperação de nformações Dsponível em: < Acesso em: 10 ago

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