TEXTO PARA DISCUSSÃO N 368 CURVAS DE SALÁRIOS DINÂMICAS: UM ESTUDO DOS DETERMINANTES DA HISTERESE DO DESEMPREGO NO BRASIL

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1 TEXTO PARA DISCUSSÃO N 368 CURVAS DE SALÁRIOS DINÂMICAS: UM ESTUDO DOS DETERMINANTES DA HISTERESE DO DESEMPREGO NO BRASIL Robero Sanolin Mariângela Furlan Anigo Ouubro de 2009

2 Ficha caalográfica S237c 2009 Sanolin, Robero. Curvas de salários dinâmicas: um esudo dos deerminanes da hiserese do desemprego no Brasil / Robero Sanolin; Mariângela Furlan Anigo - Belo Horizone: UFMG/Cedeplar, p. (Texo para discussão ; 368) 1. Mercado de rabalho Brasil. 2. Desemprego - Brasil. 2. Salários Brasil. I Anigo, Mariângela Furlan. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Cenro de Desenvolvimeno e Planejameno Regional. III. Tíulo. IV. Série. CDD 2

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO REGIONAL CURVAS DE SALÁRIOS DINÂMICAS: UM ESTUDO DOS DETERMINANTES DA HISTERESE DO DESEMPREGO NO BRASIL Robero Sanolin Mesre em Economia pela UFV e Douorando em Economia pelo CEDEPLAR/UFMG rsanolin@cedeplar.ufmg.br Mariângela Furlan Anigo Mesre e Douoranda em Economia pelo CEDEPLAR/UFMG. maanigo@cedeplar.ufmg.br. CEDEPLAR/FACE/UFMG BELO HORIZONTE

4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO DETERMINANTES DO DESEMPREGO DE LONGO PRAZO METODOLOGIA Modelo Empírico Esraégia Economérica Fone de dados e variáveis selecionadas RESULTADOS E DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

5 RESUMO O presene arigo em por objeivo esimar elasicidades salário/desemprego de longo prazo e verificar quais grupos de indivíduos são mais aingidos pelo fenômeno de hiserese no desemprego. Para ano, são uilizados dados da Pesquisa Nacional de Amosra por Domicílios (PNAD) de seis regiões meropolianas São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizone e Poro Alegre enre os anos de 1997 e Os resulados obidos por meio de um modelo de Curva de Salário Dinâmica revelam ampla flexibilidade salarial no mercado de rabalho. No enano, quando a análise se concenra apenas nos rabalhadores formais ese resulado se invere, sinalizando que a hiserese provém da rigidez dos salários dese seor. Também foi possível consaar que rabalhadores do sexo masculino, brancos e com 9 anos ou mais de esudo são menos aingidos pelo desemprego de longo prazo causado, enre ouros moivos, pela flexibilidade nos salários deses grupos. Palavras Chaves: Mercado de Trabalho, Curva de Salário Dinâmica, Desemprego, Hiserese ABSTRACT This work esimaes elasiciy wage/long-erm unemploymen and checking which individuals groups are more affeced by unemploymen hyseresis phenomenon, using Household Sample Naional Survey (PNAD) published by he Brazilian Bureau of Geography and Saisics (IBGE) of six meropolian regions - São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizone e Poro Alegre beween 1997 and Behind of model of Dynamic Wage Curve, he resuls show srong wage flexibiliy in labor marke. However, analyzing only formal workers, his resul show ha hyseresis originaes of wage rigidiy. In addiion, i was observed ha men, whies and individuals wih higher educaion levels are less affeced by long-erm unemploymen caused of wage flexibiliy hese groups, among oher reasons. Key words: Labor Marke, Dynamic Wage Curve, Unemploymen, Hyseresis. Classificação JEL: E24 - J51 - J60 5

6 1. INTRODUÇÃO Mais de uma década após a esabilização dos preços, o desemprego ainda permanece ema fundamenal nos debaes da políica econômica brasileira. De acordo com hipóese da Curva de Phillips sabe-se que a permanência de uma axa de desemprego mais elevada reflee o cuso social pago pela esabilização da inflação. Esa idéia remee ao rabalho seminal de PHILLIPS (1958) e no segundo momeno a FRIEDMAN (1968) e PHELPS (1958) que definiram a inflação como procedene do desajuse enre axa de desemprego correne e a NAIRU (Non-Acceleraing Inflaion Rae of Unemploymen), a axa de desemprego de equilíbrio ou naural. Nese senido, compreender os deerminanes esruurais da NAIRU orna-se indispensável para adoção de políicas que busquem minimizar o problema do desemprego, ao mesmo empo em que a regra de políica moneária adoada pelo Brasil, o inflaion argeing, em como objeivo principal assegurar a esabilidade dos preços. Enquano o modelo de Curva Phillips proposo por FRIEDMAN (1968) e PHELPS (1958) advoga uma NAIRU fixa ao longo do empo, as eorias que pressupõem rigidez salarial moivadas por barganhas salariais, possibiliaram uma nova abordagem eórica, pela qual a NAIRU poderia sofrer deslocamenos na presença de choques sobre a demanda e a ofera. Esa idéia é denominada hiserese do desemprego, e foi paricularmene uilizada para descrever o desemprego crescene e persisene na Europa Pós-Choque do Peróleo, durane as décadas de 1970 e 1980, em conraposição a um equilíbrio de baixa axa de desemprego alcançado pelos EUA nesa mesma época. A explicação para esa divergência focaliza-se no amanho da flexibilidade salarial enre os países: maior flexibilidade ende a ser acompanhada de axas de desemprego menos persisenes. Na úlima década, o Brasil ambém passou por noórias fluuações econômicas que se refleiram, além de ouros faores, inensamene no desempenho do mercado de rabalho 1. Uma das caracerísicas marcanes observadas nese período foi o aumeno das axas de desemprego, em que a evolução desfavorável dese, na década de 1990, foi ainda agravada pela elevação simulânea da duração média do fenômeno, pelas fores alerações ocorridas na composição do mesmo, passando a aingir os mais diversos segmenos da força de rabalho e pela sua manuenção em paamares elevados. A problemáica do desemprego ganhou grande relevância nos anos 1990 e em ocupado lugar de desaque no debae econômico nacional. Busca-se, desa forma, enender os reflexos desas adversidades sobre a persisência do desemprego e como a flexibilidade ou não dos salários no Brasil orna-se imporane para explicar ese fenômeno. Nese senido, a conribuição dese arigo é esimar a Curva de Salário Dinâmica, baseado em BLANCHFLOWER & OSWALD (1994), que permie ober elasicidades de longo prazo do desemprego sobre os salários elucidando o quão imporane é a flexibilidade dos salários na redução da persisência do desemprego no longo prazo. Além disso, na enaiva de ornar mais clara a relação enre salários e desemprego considerar-se-á esa relação segundo grupos socioeconômicos. 1 As sucessivas crises mundiais e desvalorizações nas economias emergenes crise do sudese asiáico em novembro de 1997 e a crise na Rússia em seembro de 1998 choque de energia elérica e grande aumeno nos preços dos alimenos de março a agoso de 2001 agravada pela depreciação cambial devido ao aaque errorisa de 11 de seembro. Em 2002, houve a crise argenina e a crise de confiança devido às eleições presidenciais. Após 2003, reorna-se à esabilidade devido ao crescimeno das exporações de commodiies agrícolas associado ao fluxo de capial exerno, o que por sua vez apreciou o câmbio e maneve a axa de inflação esável. 6

7 O arigo esá dividido em cinco seções, considerando esa inrodução. Na próxima seção, apresena-se uma revisão da lieraura sobre os deerminanes do desemprego de longo prazo. Na erceira e na quara seções são descrios a meodologia e os resulados obidos e, na úlima, descrevemse algumas considerações gerais sobre o rabalho. 2. DETERMINANTES DO DESEMPREGO DE LONGO PRAZO A possibilidade de deslocamenos da NAIRU na presença de choques de demanda e/ou ofera foi abordada pela primeira vez em BLANCHARD & SUMMERS (1986). Ese processo foi denominado hiserese e significa que a NAIRU não é independene da axa de desemprego correne, dependendo, ao conrário, do hisórico do desemprego de forma que um longo período de alo desemprego provoca o aumeno do mesmo. A hiserese do desemprego é uma hipóese alernaiva à primeira geração de rabalhos que relacionam axa de desemprego e inflação: na versão radicional da Curva de Phillips pressupõe-se que os mercados de rabalho esão em compeição perfeia, com salários e preços flexíveis. Nese âmbio, uma plena flexibilidade salarial implica uma NAIRU consane no longo prazo e, nese caso, após algum choque significaivo, a economia convergirá novamene para a mesma axa de desemprego de equilíbrio anerior. Os argumenos de hiserese relaxam a hipóese de compeição perfeia e a persisência do desemprego se orna função de persisências salariais. A validade da hiserese depende, assim, da suposição de modelos de concorrência imperfeia no mercado de rabalho, basicamene modelos efficiency wages e insiders-ousiders, que êm como resulado básico a rigidez dos salários nominais (LINDBECK & SNOWER, 1987, 1989; BLANCHARD & SUMMERS, 1988; BALL 1997). BLANCHARD & DIAMOND (1994) esenderam o efeio causado pela hiserese por meio da composição do desemprego sobre a deerminação do salário. Eles parem do pressuposo que as firmas ao receberem vários candidaos qualificados realizam rankings para conraá-los. Nese ranking as firmas priorizam aquelas pessoas que esão desempregadas a menos empo. Para ano, consideram que as decisões de conraação não afeam os rabalhadores conraados, mas deerminam quais rabalhadores serão conraados, afeando, assim, a disribuição do desemprego. Dese modo, assumem que a duração do desemprego é uilizada como o único criério na conraação das firmas. Os auores observam que o ranking em implicações imporanes em que a axa de saída do desemprego é dada como uma função decrescene da duração e o efeio da duração do desemprego na axa de saída é mais fore nas recessões. E, os desempregados de longo prazo são muio menos prováveis de serem conraados do que os desempregados de curo prazo, ou seja, o rabalhador que sobrevive mais empo no desemprego ende a ficar mais esigmaizado uma vez que as firmas endem a não conraá-lo. Com uma suposição alernaiva, porém com implicações equivalenes às enconradas por BLANCHARD e DIAMOND (1994), PISSARIDES (1992) assume que há uma deerioração das habilidades dos rabalhadores com a duração do desemprego, de forma que, enquano os rabalhadores são conraáveis, a firma prefere aqueles que esão desempregados por um empo menor. Por meio de um modelo de busca por emprego, o auor mosra que longas durações no desemprego desencorajam a aberura de novos empregos pelas firmas, dado que iso implica menor qualidade do 7

8 pool de desempregados. A ocorrência de um choque negaivo no emprego em um dado período reduz a conraação e, assim, prolonga a duração do desemprego, levando à perda de algumas qualificações dos rabalhadores desempregados e, por conseqüência, eses se ornam menos araivos para as firmas, conribuindo para reduzir a ofera de posos de rabalho no próximo período e, conseqüenemene, ampliando a duração do desemprego. Nesse senido, as firmas conraam aqueles rabalhadores desempregados com menor duração no desemprego, dado que quano mais empo o rabalhador permanece desempregado, maior será a perda de habilidades desenvolvidas por reinamenos no processo de rabalho ou mesmo em cursos écnicos e profissionalizanes. Por sua vez, MONTGOMERY (1991) considera o papel da esruura social, dada pelo padrão de vínculos sociais enre os indivíduos na deerminação dos resulados do mercado de rabalho. Por meio de um modelo de seleção adversa, o auor mosra que os rabalhadores que esão bem conecados com relação às informações de vagas no mercado de rabalho podem se submeer às melhores vagas que os rabalhadores deficienemene conecados. E, rabalhadores que se enconram no esado de desemprego, e endem a permanecer por muio empo nese esado, perdem capacidade de se maner aualizado sobre as informações de vagas no mercado de rabalho e, perdem, assim, a possibilidade de enconrar melhores vagas do que os demais. No que ange aos esudos empíricos relaivos ao comporameno e aos faores causadores da hiserese do desemprego no Brasil, GOMEZ & SILVA (2006) deecam a hiserese no desemprego, indicando, assim, alo grau de persisência do desemprego no Brasil meropoliano (São Paulo, Belo Horizone, Salvador, Poro Alegre e Recife), com exceção apenas do Rio de Janeiro. Por sua vez, PORTUGAL & MADALOZZO (1998) e LIMA (2003) verificaram que a NAIRU sofreu deslocamenos ao longo do empo. Os resulados aponaram que, após 1996, a axa de desemprego correne da economia brasileira foi aproximadamene igual a axa de desemprego de equilíbrio, o que per se, poderia ser um indício da presença da hiserese nas fluuações da axa de desemprego. Os rabalhos que se dedicaram a compreender a esruura de flexibilidade salarial do mercado de rabalho brasileiro oferecem ambigüidades. CARNEIRO (1995, 1997) e AMADEO (1993, 1994) apresenaram evidências de uma esruura de rigidez salarial não desprezível no Brasil. CARNEIRO & HENLEY (1994) verificaram que no longo prazo o processo de deerminação de salários nominais no Brasil exibe considerável grau de insider power, à medida que os salários são deerminados pelo poder de mercado dos empregadores, em vez de seguirem as fluuações da aividade econômica. Por ouro lado, um elevado grau de flexibilidade salarial e de conraação da mão de obra foi obido em BARROS e al. (1997) e CORSEUIL e al. (2002), os quais aponam que o mercado de rabalho brasileiro é caracerizado por uma flexibilidade de conraação da mão de obra superior a de países indusrializados e que esa flexibilidade não é homogênea enre seores e empresas de amanhos disinos. Somando-se a iso, BARROS & MENDONÇA (1997) mosraram que o Brasil sofreu ainda uma significaiva flexibilidade salarial e, ao longo dos anos 1990, inroduziu novos componenes de flexibilização das relações de rabalho, por meio de modalidades alernaivas de conraos e erceirização como evidenciaram CHAHAD (2002) e CACCIAMALI & BRITO (2002). Todavia, uma ampla flexibilidade salarial orna quesionável a presença de hiserese do desemprego em uma economia. Como já mencionado, a ocorrência do fenômeno de hiserese esá associado às imperfeições no mercado de rabalho, que por sua vez, causam a rigidez nos salários e não permiem o ajuse no mercado de rabalho mediane grandes fluuações econômicas. 8

9 Nese senido, o modelo empírico a seguir, objeiva subsidiar a avaliação de uma hipóese global, qual seja, se a caracerísica preponderane na esruura salarial nas regiões meropolianas do Brasil segue um padrão de maior flexibilidade ou de rigidez. As écnicas economéricas para reduzir o problema da endogeneidade enre o salário e a axa de desemprego serão incorporadas em conformidade ao modelo empírico proposo. Além disso, serão apresenadas sisemaicamene as hipóeses subjacenes ao modelo da Curva de Salário Dinâmica. O objeivo é mosrar a esreia relação que pode exisir enre grau de flexibilidade dos salários e a presença (ou ausência) da hiserese na axa de desemprego de uma economia. 3. METODOLOGIA 3.1. Modelo Empírico A persisência do desemprego é explicada por BLANCHFLOWER & OSWALD (1994) por meio de uma Curva de Salário que descreve relações negaivas enre níveis de desemprego e salários quando esas variáveis são expressas em ermos locais. Segundo os auores, a curva sineiza o fao de um indivíduo empregado em uma área de alo desemprego ganhar menos que um indivíduo idênico que rabalha em uma região com baixa escassez de emprego. A especificação para a Curva de Salário é feia de acordo com a seguine equação: w = α X + βu + d + f + e (1) ir ir r r ir em que w ir é o logarimo da axa de salário por pessoa i observada no mercado de rabalho local r no período, u r é o logarimo da axa de desemprego no mercado de rabalho r no período, X ir é um conjuno de variáveis que mensuram as caracerísicas do individuo i (como, por exemplo, sexo, idade, educação, experiência), d r e f são, respecivamene, inercepos não resrios para diferenes mercados e períodos de empo, e e ir é o ermo de erro. A ocorrência da Curva de Salário, conudo, poderia implicar falseameno da Curva de Phillips. Em ermos gerais, na Curva de Phillips o salário real é consane e os salários nominais endem a se ajusar mediane diferenças enre a axa de desemprego correne e a axa de desemprego naural. Por sua vez, a Curva de Salário prevê um salário real diferene enre as regiões e foremene dependene da axa de desemprego local. Nese senido, a Curva de Salário expressa uma relação negaiva enre nível de salários e axa de desemprego, ao passo que a Curva de Phillips capura a relação negaiva enre o crescimeno dos salários (inflação salarial) e a axa de desemprego. Auores como ROBERTS (1997), BLANCHARD & KATZ (1997, 1999), MONTUENGA- GÓMEZ & RAMOS-PARREÑO (2003) procuram reconciliar a Curva de Phillips e a Curva de Salário, derivando uma Curva de Phillips aumenada com o veor de correção de erros para a produividade do ipo Sargan 2. De acordo com BLANCHARD & KATZ (1997, 1999), a Curva de Phillips aumenada em a seguine especificação: 2 Ver Sargan (1964). 9

10 e ( w w 1 ) = a + ( p p 1) λ ( w 1 p 1 y 1) βu + ε (2) em que y é o logarimo do nível de produividade, e p o nível de preços da economia. Se λ é posiivo, esa equação implica ajuse do salário real para um nível deerminado pela produividade e pela axa de desemprego vigene, mesmo que iso demore algum empo. Cabe desacar que a equação salarial da Curva de Phillips padrão resringe o parâmero λ igual a zero. A equação (2) pode ser jusificada por modelos represenaivos de compeição imperfeia que causam a rigidez do mercado de rabalho (CARD, 1995). A hipóese de salário eficiência (SHAPIRO & STIGLITZ, 1984; AKERLOF & YELLEN, 1990) considera que os empregadores deliberadamene omam a decisão de pagar salários acima daqueles deerminados no equilíbrio de mercado como forma de esimular a produividade mais ala via aumeno da axa de esforço empreendida pelo rabalhador na produção, ou seja, a produividade individual é função crescene do salário real. Já o desemprego aua como um mecanismo que previne rabalhadores de gazeear quando os cusos de moniorameno são muio alos para o empregador. Em regiões com alas axas de desemprego, os salários podem ser menores, porque os incenivos para gazeear são reduzidos pela menor probabilidade de ober um emprego, quando o individuo que gazeeia é deecado e despedido. Pelo conrário, em lugares onde o desemprego é mais baixo, os incenivos para gazeear são mais alos, dado a probabilidade mais ala de se ober um novo emprego. Em modelos de barganha salarial (DIAMOND, 1982; LINDBECK & SNOWER, 1989, PISSARIDES, 1990) a exisência de fricções (cusos de conraação e dispensa) no mercado de rabalho é fone de negociação dos agenes, conduzindo a uma parilha da renda gerada enre empregadores e empregados. Nas regiões com ala axa de desemprego, o poder de barganha dos rabalhadores insiders é resrio, porque exisem poucas oporunidades de ober um emprego, resulando, assim, em menores negociações salariais. Do pono de visa alernaivo, esa eoria esende ao fao de que as uniões não cuidam somene dos salários dos seus membros, mas, ambém, reduzem o número de pessoas desempregadas a serem conraadas, que poderiam ambém conduzir a menores salários. Uma relação negaiva enre salários e axa de desemprego em uma região de alo de desemprego é esabelecida sob ambas as inerpreações. O processo coleivo de barganha salarial deve ser considerado a principal causa do deslocameno da axa de desemprego, dado que a presença do insiders evia qualquer ipo de ajusameno insanâneo do salário e inroduz, porano, um subsancial grau de persisência salarial. CARD (1995) indica que a Curva de Salário deve ser raada como uma nova possibilidade eórica, de conribuições relevanes para a Economia, dado que ela se baseia essencialmene em modernos eoremas de compeição imperfeia. Quando se confrona a Curva de Salário com a demanda por rabalho, obém-se um quase-equilíbrio caracerizado pela exisência de desemprego involunário e um nível de salários acima daquele obido no equilíbrio de mercado. Por ouro lado, a hipóese original da Curva de Phillips sugere que o desemprego deermina a axa de mudança dos salários, ao passo que a especificação de BLANCHFLOWER & OSWALD (1994) implica que o desemprego deermina o nível de salários. Aribuindo um índice regional, r, a equação (2) pode ser reescria como: e w r, = ar + p λ ( wr, 1 p 1 y 1) βur, + ε r, (3) 10

11 Esa equação pode ser esimada, com dados em painel, apenas subsiuindo odos os ermos que não variam no empo, mas são comuns em odos os mercados, por efeios fixos do empo. O modelo economérico consise em esimar a mudança no logarimo nominal dos salários em cada índice r sobre: o log do salário nominal defasado; a axa de desemprego no mercado; e dummies de empo e regiões. Subsiuindo w r, = wr, wr, 1 a equação (3) pode ser reescria da seguine forma: w r, ar + ( 1 λ ) wr, 1 βur, + d + ε r, = (4) em que o coeficiene auoregressivo capura a dinâmica do modelo. A equação (4) expressa, assim, uma combinação enre a Curva de Phillips e a Curva de Salário uma vez que os dois casos exremos podem ser alcançados: (i) se a expressão ( 1 λ ) for igual a 0, iso é, λ = 1, as pressuposições da Curva de Salário (1) sobrepujariam as hipóeses da expressão agregada da Curva de Phillips, que deve-se ser reajusada com o veor de correção de erro para a produividade; (ii) se a expressão ( 1 λ ) é igual a 1, λ = 0, reornaria-se para a radicional a Curva de Phillips e a Curva de Salário não acrescenaria nenhuma informação relevane. (iii) O caso inermediário ( 0 λ 1) represena a Curva de Salário Dinâmica, em que o impaco de mudanças regionais passadas do desemprego em efeios superiores a um período e, conseqüenemene, a elasicidade de longo prazo do desemprego pode ser expressa por β / λ. De acordo com BLANCHARD & KATZ (1997, 1999), o valor 0 λ 1 é consisene com as formulações eóricas de compeição imperfeia no mercado de rabalho, em que a produividade da economia êm influência sobre a deerminação dos salários. Embora MONTUENGA-GÓMEZ & RAMOS-PARREÑO (2003) ressalem que a eoria econômica ainda fornece poucos elemenos que ajudam a inerprear a sensibilidade de λ, deerminar se λ se enconra mais próximo de zero ou de um orna-se uma quesão imporane por vários aspecos. Em primeiro lugar, a esimaiva fornece elemenos sobre a naureza do salário de reserva e a dependência dos salários correnes sobre os salários defasados. Em segundo lugar, fornece um guia empírico para modeladores de políica econômica ao avaliar o efeio de choques sobre a inflação de preços e sobre o rade-off inflação-desemprego. Assim, se o desemprego esá relacionado a variações salariais (Curva de Phillips), choques sobre a ofera afeariam emporariamene a inflação de preços, ao passo que se o desemprego esá associado aos níveis salariais, enão os choques coninuariam a afear as barganhas salariais e a inflação de preços nos períodos poseriores. Além disso, na enaiva de mensurar o papel de aribuos individuais, a equação pode ser esimada separadamene para diferenes sub-grupos populacionais considerando-se idade, sexo, raça e escolaridade. Espera-se ober diferenes elasicidades na Curva de Salário corroborando, assim, esudos como de BLANCHFLOWER & OSWALD (1994) e CARD (1995) que enconraram esimaivas de diferenes elasicidades para sub-grupos socioeconômicos disinos. 11

12 Finalmene, BLANCHARD & KATZ (1999) argumenam que os parâmeros λ e β deerminam a NAIRU da economia. Tomando-se a seguine idenidade: w p = y x (5) em que x represena qualquer faor que diminua os salários que as firmas podem pagar (consisene com o lucro zero para mercados de compeição perfeia ou um equilíbrio mark-up para mercados não compeiivos) condicionado ao nível da ecnologia. Combinando as equações (4) e (5) e ignorando erros de expecaivas, iso é, subsiuindo e p por p, obém-se a axa de desemprego de equilíbrio ( u ): u 1 β ( a y + x + λx + ε ) = 1 (6) Se for assumido que ano x quano y são consanes no empo, e ε é igual a zero, obém-se a equação reduzida para a axa de desemprego de equilíbrio: u * = 1 β ( a + λx) (7) Desa forma, o modelo implica uma axa de desemprego de equilíbrio deerminada pela inversa da elasicidade de longo prazo do desemprego, β / λ e, assim, quano maior for o valor desa elasicidade em módulo, maior será a flexibilidade salarial e menor a axa de desemprego de equilíbrio Esraégia Economérica De acordo com as hipóeses esabelecidas no modelo empírico, o modelo economérico deve esimar consisenemene os coeficienes relaivos à equação (4). No enano, indivíduos no mesmo mercado de rabalho podem parilhar alguns componenes da variância que não esão ineiramene aribuídos em cada uma de suas caracerísicas medidas (X ir ) ou na axa de desemprego local. Nese caso, o componene de erro e ir, como especificado na equação (1) seria posiivamene correlacionado enre os indivíduos do mesmo mercado local, e as esimaivas convencionais viesariam o efeio desemprego significaivamene para baixo, ornando o modelo inconsisene (MOULTON, 1990). Para eviar eses problemas, BLANCHFLOWER & OSWALD (1994), BALTAGI e al. (2000), sugerem uma simples agregação omando as médias de odos os indivíduos no mercado r no período como variáveis a serem uilizadas nas esimaivas. 12

13 Além disso, um problema que ocorre freqüenemene na esimação de modelos dinâmicos com dados em painel é a perda da consisência dos esimadores convencionais quando N. O esimador de efeios fixos orna-se inconsisene, com T fixo, porque a ransformação wihin origina uma correlação de ordem 1/T enre a variável dependene defasada e o ermo de perurbação. Adicionalmene, a heerogeneidade específica de cada região orna a variável dependene defasada no painel, ano nas especificações de efeios fixos como de efeios aleaórios, correlacionada com o ermo de erro composo. O procedimeno padrão uilizado para esimar um painel dinâmico, especificamene de curos períodos e amplo número de cross secions, como aqui é proposo, é baseado em ARELLANO & BOND (1991). O algorimo consise em ransformar o modelo em primeiras diferenças (removendo os efeios individuais), e em seguida induzir um processo de média móvel de primeira-ordem (MA (1)) nos ermos de erros idiossincráicos. Os coeficienes são esimados pelo Méodo de Momenos Generalizados (GMM) e o problema da endogeneidade é raado com écnicas de variáveis insrumenais que incluem recursivamene odos os valores passados das variáveis endógenas do modelo. Dado o resulado de equilíbrio obido na equação (7) em que o grau de flexibilidade salarial deermina a axa de desemprego de equilíbrio, pode-se concluir que as esimaivas devem ser implemenadas considerando a variável axa de desemprego como variável endógena. Porano a equação a ser esimada é dada por: w r, = γ wr, 1 + β ur, + d 0 + ε r, (9) em que é o símbolo de primeira diferença (por exemplo, w, = w, w, 1 ), o coeficiene do salário defasado fornece negaivo ( β < 0 ). γ = 1 λ ; e, espera-se, que o coeficiene da variável desemprego seja As condições de orogonalidade desejadas no GMM são dadas por: r r r E [ w ] = E[ u ε ] 0 ε em que s < ( 1) (10) r, s r, s r, s r, s = em que para s 2 no caso em que ε é um MA (1), pressupõe-se ausência de auocorrelação enre r, s variáveis dependenes e independenes com a primeira diferença do disúrbio idiossincráico. A esimação é realizada em dois passos. No primeiro, assume-se que ε i seja independene e homocedásico ano enre as unidades r quano enre os períodos e, no segundo, as hipóeses de homocedasicidade e independência são relaxadas de modo que os resíduos obidos no primeiro passo são usados para consruir uma esimaiva consisene da mariz de variância-covariância. A consisência do esimador GMM depende dos valores defasados das variáveis explicaivas comporarem-se como insrumenos válidos na regressão a ser esimada. Para ano, ARELLANO & BOND (1991) sugerem que a especificação do modelo seja examinada por meio de um ese de auocorrelação de segunda ordem nos resíduos, e um ese de validade das resrições de sobre-idenificação (validade da exclusão dos insrumenos) fornecida pelo Tese de Sargan. As hipóeses nulas de ambos os eses são de que os insrumenos uilizados são válidos. 13

14 A esaísica do ese de sobre-idenificação de Sargan, que capa os desvios das resrições de momeno em excesso, em disribuição assinóica. Esa resrição é esada uilizando criérios da função GMM, que em formulação baseada sobre o recálculo dos resíduos após a esimação da equação (9). n n q = uˆ i Z i W Z iuˆ i (11) i= 1 i= 1 q em uma disribuição assinoicamene insrumenos subraído o número de parâmeros esimados. 2 χ com graus de liberdade (Df) igual ao número de 3.3. Fone de dados e variáveis selecionadas A fone de dados empregada nese rabalho é a Pesquisa Nacional por Amosra de Domicílios (PNAD) do Insiuo Brasileiro de Geografia e Esaísica (IBGE). As regiões meropolianas e os municípios auo-represenaivos da PNAD são aqueles que êm probabilidade igual a 1 de esarem na amosra, no enano, a represenaividade esaísica garanida pelo IBGE esá resria apenas para as regiões meropolianas. Os municípios considerados não auo-represenaivos são aqueles que incorrem em probabilidade de esarem na PNAD e não em represenaividade esaísica garanida. Por ese moivo, opou-se pela exclusão dos municípios auo-represenaivos e não auorepresenaivos, dada a não confiabilidade esaísica desas unidades de análise. Desare, procurou-se isenar o modelo do problema de viés de aenuação, inconsisência causada pelo erro de medida das variáveis independenes que diminui o valor dos coeficienes esimados. Nese conexo, o banco de dados foi consruído sobre axas médias de desemprego de seis regiões meropolianas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizone, Salvador, Recife e Poro Alegre, o que permie maner vínculos comparaivos com os resulados enconrados por rabalhos que mensuram a flexibilidade salarial no Brasil. Os aribuos individuais considerados esão divididos em 10 sub-grupos: (i) sexo: homens e mulheres; (ii) raça: brancos e não brancos (negros e pardos); (iii) idade: 18 a 34 anos, 35 a 49 anos e indivíduos enre 50 e 64 anos de idade; e, (iv) escolaridade: 0 a 4 anos de esudo, 5 a 8 anos de esudo, e 9 anos ou mais de esudos. Forma-se por fim um pseudo painel de 216 cross secions e o período considerado para a consrução dese banco esende-se de 1997 a Para o compuo do desemprego considerou-se odos os indivíduos da amosra que esavam desocupados na daa da pesquisa e que procuraram emprego na semana, no mês ou no ano de referência. Para a consrução da axa média de salário hora foram reirados da amosra os indivíduos regisrados na PNAD como funcionários públicos esauários, miliares, empregadores, dado que nesas siuações o mecanismo de dinâmica salarial não esá sujeio as forças do mercado de rabalho como prevê o arcabouço eórico uilizado nese rabalho. Além disso, as esimaivas foram realizadas considerando diferenças enre o seor formal e informal da economia, sendo o seor formal composo por empregados e rabalhadores domésicos com careira, e o seor informal formado pelos empregados e rabalhadores domésicos sem careira e rabalhadores cona própria. 14

15 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 descreve as esaísicas de média e desvio padrão das variáveis salário hora e desemprego. Por meio da decomposição da variância, observa-se que o desvio-padrão nas cross secions (beween) superou o desvio-padrão enre os anos (wihin), mosrando, assim, que as fluuações do salário hora e do desemprego regionais foram mais relevanes que as variações emporais. TABELA 1 Esaísicas descriivas, média e desvio padrão da axa de salário e desemprego. Dados Anuais, Variáveis Média Desvio Padrão Salário Hora (w) overall 3,615 3,054 beween 2,816 wihin 1,189 Taxa de Desemprego (u) overall 11,268 7,336 beween 6,299 wihin 3,781 Fone: Elaboração Própria com dados da PNAD Para melhor compreender os faores que geram as diferenças de elasicidades do desemprego de longo prazo enre os grupos considerados repora-se na Tabela 2 as esaísicas descriivas de média e desvio padrão para cada um dos grupos sócio-econômicos esudados. 15

16 TABELA 2 Esaísicas Descriivas médias (µ) e desvio padrão (σ ) da axa de salário e desemprego de Regiões Meropolianas, incluem rabalhadores informais. Dados Anuais , exclusive 2000 Modelo (3) (4) (5) (6) Variáveis µ σ µ σ µ σ µ σ Salário Hora (w) overall 4,10 3,41 3,04 2,15 2,80 1,45 4,34 3,68 beween 2,79 1,82 1,32 3,30 wihin 1,90 1,13 0,67 1,70 Taxa de Desemprego (u) overall 8,92 5,02 13,61 8,45 12,31 7,52 10,21 6,99 beween 3,91 7,48 6,17 5,60 wihin 3,21 3,95 4,34 4,41 Modelo (7) (8) (9) Variáveis µ σ µ σ µ σ Salário Hora (w) overall 2,56 1,29 3,66 2,52 4,48 3,93 beween 1,04 2,06 2,92 wihin 0,77 1,45 2,64 Taxa de Desemprego (u) overall 17,74 7,51 9,09 4,68 6,96 4,23 beween 3,71 2,43 2,06 wihin 6,54 4,01 3,70 Modelo (10) (11) (12) Variáveis µ σ µ σ µ σ Salário Hora (w) overall 2,10 1,47 2,47 0,98 6,13 3,45 beween 0,67 0,62 2,20 wihin 1,31 0,76 2,72 Taxa de Desemprego (u) overall 12,09 7,60 11,90 7,59 9,82 6,55 beween 4,82 5,86 5,41 wihin 5,90 4,87 3,74 Fone: Elaboração Própria com dados da PNAD Noa: (3) Apenas homens; (4) Apenas mulheres; (5) Apenas não brancos; (6) Apenas brancos; (7) Indivíduos com idade enre 18 e 34 anos, (8) Indivíduos com idade enre 35 e 49 anos; (9) Indivíduos com idade enre 50 e 64 anos; (10) Indivíduos com 0 a 4 anos de esudo; (11) Indivíduos com 5 a 8 anos de esudo; (12) Indivíduos com 9 anos ou mais de esudo. De forma geral, a análise das médias salariais do seor formal brasileiro, permie observar que homens, indivíduos brancos e mais escolarizados recebem, em média, uma axa de salário relaivamene maior do que os ouros grupos, ao mesmo empo em que endem a conviver, em média, com axas de desemprego mais baixas. As diferenças salariais descrias sugerem que indivíduos que possuem menor desvio padrão wihin êm salários inferiores à média global referene à Tabela1, a recíproca é verdadeira. Em ermos percenuais, as mulheres recebem aproximadamene 16% a menos que a média global de salário hora, indivíduos não brancos 20%, indivíduos com idade enre 18 a 34 anos 27%, e indivíduos enre 0 a 4 anos de esudo 43%. Enre os grupos de maior desvio padrão wihin e menor axa de desemprego média, homens recebem 16% a mais do que a média global, brancos 21%, indivíduos enre 50 e 64 anos 26%, e com 9 anos de esudo ou mais 76%. As esimaivas são apresenadas a seguir (Tabelas 03 e 04). Foram esimados doze modelos na enaiva de capar alerações no desemprego de equilíbrio de acordo com grupos socioeconômicos disinos. Considerando a imporância da informalidade no mercado de rabalho brasileiro e por se acrediar que ese seor deenha especificidades próprias que possam gerar resulados diferenes dos alcançados para o Brasil como um odo, resringe-se na Tabela 04 a amosra apenas aos rabalhadores formais. 16

17 Tano para o Brasil (Tab.03) como somene para o seor formal (Tab.04), os eses de Sargan e de auocorrelação de segunda ordem revelam boas adequações aos modelos considerados, além disso, os sinais esão de acordo com a eoria apresenada quando os coeficienes são esaisicamene significaivos. Ao se comparar as Tabelas 3 e 4 é possível verificar que o modelo (1), o qual agrega odos os grupos socioeconômicos considerados na amosra em como resulado mais expressivo a perda de flexibilidade dos salários ao se reirar os rabalhadores informais da amosra de salários. O modelo esimado sugere que a axa de desemprego de longo prazo da economia brasileira, a NAIRU, é minimizada devido à presença de rabalhadores informais, em que a elasicidade de longo prazo é de - 0,15. Conudo, ao se considerar apenas os rabalhadores formais, a elasicidade reduz-se para -0,05. Considerando as especificações alernaivas, o modelo (2) resringe a amosra aos anos de 2001 a 2005, na enaiva de observar se a mesma dinâmica se maném com a queda conínua e subsancial da desigualdade de renda brasileira observada de 2001 a De acordo com o relaório Sobre a Recene Queda da Desigualdade no Brasil, divulgado pelo IPEA (2006), as causas imediaas desa queda são as caracerísicas demográficas, ransferência de renda, remuneração de aivos e acesso ao mercado de rabalho. Diane das esimaivas do modelo (2), pode-se concluir que a dinâmica não se alerou mesmo com a queda da desigualdade. Por sua vez, o segundo conjuno de resulados, modelos de (3) a (12), diferencia as elasicidades do desemprego de longo prazo em grupos sócio-econômicos. Nas Tabelas 3 e 4, deecam-se as maiores elasicidades salário-desemprego de longo prazo para agrupamenos de indivíduos do sexo masculino, cor branca, e especialmene, para os mais escolarizados. Nese senido, na presença de fluuações econômicas, a axa de desemprego neses grupos é menos persisene, ano no âmbio de mercado de rabalho formal como em conjuno para o seor formal e informal. Por sua vez, mulheres, negros e indivíduos menos escolarizados apresenam, relaivamene ao grupo anerior, baixa elasicidade salário-desemprego de longo prazo, e por isso, incorrem em axas de desemprego de longo prazo mais persisenes. 17

18 TABELA 3 Equações de Dinâmicas Salariais das Regiões Meropolianas do Brasil, com a inclusão de informais. Dados Anuais Modelos (1) (2) (3) (4) (5) (6) w r, 1-0,062-0,04 0,048-0,204-0,166*** -0,152 (0,05) (0,05) (0,08) (0,14) (0,06) (0,14) u r, -0,151*** -0,132*** -0,193*** -0,112* -0,164*** -0,194*** (0,03) (0,03) (0,06) (0,07) (0,04) (0,06) Consane 0,097*** 0,095*** -0,023-0,039 0,110*** 0,054* (0,01) (0,01) (0,02) (0,05) (0,02) (0,03) Elas. Long. Prazo λ / β -0,151-0,132-0,193-0,112-0,141-0,194 Tese de Sargan 2 χ (15) 19,45 18,48 14,37 8,52 16,22 15,08 p-valor 0,1939 0,1858 0,4975 0,9011 0,3677 0,4455 Auo z 0,29 0,50-0,04 1,19-0,87-0,97 p-valor 0,7731 0,6201 0,9676 0,2330 0,3853 0,3318 Modelos (7) (8) (9) (10) (11) (12) w r, 1 0,178** -0,078-0,132** -0,007-0,016-0,096 (0,08) (0,06) (0,06) (0,04) (0,06) (0,06) u r, -0,142*** -0,224*** -0,037-0,056*** -0,176*** -0,469*** (0,04) (0,04) (0,04) (0,02) (0,03) (0,05) Consane -0,04 0,085*** 0,081*** 0,088*** 0,076*** 0,070*** (0,03) (0,01) (0,02) (0,01) (0,01) (0,02) Elas. Long. Prazo λ / β -0,173-0, ,056-0,176-0,469 Tese de Sargan 2 χ (15) 14,01 18,35 10,90 18,79 21,17 20,54 p-valor 0,5250 0,2445 0,7594 0,2233 0,1314 0,1521 Tese de Auocorrelação z 2,22 0,97-0,71-0,18 0,43 0,38 p-valor 0,0261 0,3314 0,4784 0,8559 0,6679 0,7009 Fone: Elaboração Própria com dados da PNAD Noa: coeficienes significanes a 10% (***), a 5% (**) e a 1% (*) e erros padrões enre parêneses. Noa 2: Todos os modelos incluem variáveis dummies de empo Noa 3: Variáveis incluídas: (1) Todos os indivíduos do modelo enre 1997 a 2005; (2) Todos os indivíduos a parir 2001, inclusive; (3) Apenas homens; (4) Apenas mulheres; (5) Apenas não brancos; (6) Apenas brancos; (7) Indivíduos com idade enre 18 e 34 anos, (8) Indivíduos com idade enre 35 e 49 anos; (9) Indivíduos com idade enre 50 e 64 anos; (10) Indivíduos com 0 a 4 anos de esudo; (11) Indivíduos com 5 a 8 anos de esudo; (12) Indivíduos com 9 anos ou mais de esudo. 18

19 TABELA 4 Equações Dinâmicas Salariais das Regiões Meropolianas do Brasil, sem a inclusão de informais. Dados Anuais Modelos (1) (2) (3) (4) (5) (6) w 0,117** 0,135** 0,214*** -0,0431 0,107* 0,081 r, 1 (0,060) (0,065) (0,081) (0,061) (0,056) (0,060) u r, -0,048** -0,039* -0,052** -0,0413-0,021-0,065** (0,019) (0,022) (0,026) (0,025) (0,020) (0,029) Consane 0,081*** 0,079*** 0,069*** 0,081*** 0,085*** 0,079*** (0,008) (0,008) (0,010) (0,008) (0,008) (0,008) Elas. Long. Prazo λ / β -0,054-0,045-0, ,065 Tese de Sargan 2 χ (15) 14,36 13,81 16,41 8,52 21,91 11,53 p-valor 0,498 0,464 0,355 0,901 0,110 0,713 Tese de Auocorrelação z 0,11 0,22-0,04-0,29-0,84 0,46 p-valor 0,910 0,825 0,967 0,772 0,403 0,643 Modelos (7) (8) (9) (10) (11) (12) w -0,030 0,078 0,128** -0,059-0,056 0,286*** r, 1 (0,048) (0,083) (0,065) (0,048) (0,059) (0,096) u r, -0,049-0,008-0,086*** -0,033** 0,012-0,085* (0,032) (0,021) (0,028) (0,016) (0,019) (0,050) Consane 0,091*** -0,004-0,016 0,112*** 0,086*** 0,061*** (0,006) (0,017) (0,037) (0,008) (0,011) (0,009) Elas. Long. Prazo λ / β ,099-0, ,119 Tese de Sargan 2 χ (15) 20,54 21,38 11,09 20,50 8,40 10,85 p-valor 0,152 0,125 0,746 0,153 0,907 0,763 Tese de Auocorrelação z -0,66 2,18-0,64 1,12-1,76 0,31 p-valor 0,511 0,029 0,519 0,261 0,077 0,757 Fone: Elaboração Própria com dados da PNAD Noa: coeficienes significanes a 10% (***), a 5% (**) e a 1% (*) e erros padrões enre parêneses. Noa 2: Todos os modelos incluem variáveis dummies de empo Noa 3: Variáveis incluídas: : (1) Todos os indivíduos do modelo enre 1997 a 2005; (2) Todos os indivíduos a parir 2001, inclusive; (3) Apenas homens; (4) Apenas mulheres; (5) Apenas não brancos; (6) Apenas brancos; (7) Indivíduos com idade enre 18 e 34 anos, (8) Indivíduos com idade enre 35 e 49 anos; (9) Indivíduos com idade enre 50 e 64 anos; (10) Indivíduos com 0 a 4 anos de esudo; (11) Indivíduos com 5 a 8 anos de esudo; (12) Indivíduos com 9 anos ou mais de esudo. 19

20 À luz da Tabela 2, uma possível explicação para resulados das flexibilidades nas esimaivas dos sub-grupos podem ser aribuídas a maior variabilidade das médias salariais e das axas de desemprego nos grupos que deém as maiores axas de salários. Ese resulado indica que as variáveis de salário e desemprego deses grupos de maior elasicidade ambém êm maior variabilidade ao longo do empo (wihin) em relação aos indivíduos que apresenaram menores elasicidades. Ese diagnósico é relevane para a consisência dos resulados obidos nas esimaivas, uma vez que sugerem que os grupos de indivíduos que incorreram em maior variabilidade salarial ao longo do período iveram menores axas de desemprego no período analisado. Nese senido, a hiserese não deve ser raada como um fenômeno disribuído uniformemene, sendo ao conrário, um fenômeno que ainge as camadas populacionais que jusamene recebem as menores médias salariais. Adicionalmene, os grupos que êm baixas axas de elasicidade (mulheres, negros e indivíduos menos escolarizados) são aqueles que apresenam conjunamene menores axas de salários, como evidencia a Tabela 2. Iso pode ocorrer porque eses grupos podem não apresenar espaço para que seus salários sejam ainda mais reduzidos no seor formal e, por ese moivo, acabam convivendo com axas de desemprego mais persisenes. Em ouras palavras, mulheres, negros e indivíduos menos escolarizados, ano em momenos de expansão econômica, quano em momeno de crise, apresenam salários mais baixos e com pouca variabilidade ao longo do empo. A Tabela 4, a seguir, repora evidências empíricas inernacionais de esudos realizados em ouros países. Os rabalhos avaliam que os EUA êm ala flexibilização salarial, al resulado é reflexo das insiuições rabalhisas nos EUA que são consideradas mais brandas quano a livre negociação enre rabalhadores e empresários. Por ouro lado, os países europeus êm coeficienes menores, conudo, são caracerizados pelo amplo aparao de leis de proeção ao rabalhador que conduzem à rigidez salarial. 3 As esimaivas dos parâmeros da Curva de Salário Dinâmica, apresenadas na Tabela 4, em geral, aponam um coeficiene auoregressivo dos EUA próximo de 1, iso é, λ mais próximo de 0. Por sua vez, os países europeus êm λ mais próximo a 1. As esimaivas do parâmero β, em valor absoluo, endem ser maiores nos EUA, o que ambém suporam a conclusão de que os países europeus êm menos flexibilidade salarial. TABELA 4 Valores esimados de λ e β para os EUA e alguns países europeus Auores Países Ano λ β β / λ BLANCHFLOWER & EUA ,44-0,10-0,23 OSWALD (1994) R.U ,93-0,08-0,08 BLANCHARD & KATZ (1996) EUA ,09-0,083-0,92 BELL e al. (2002) R.U ,46-0,05-0,10 BARTH e al. (2002) EUA ,28-0,12-0,42 R.U ,10-0,1 Noruega ,28-0,03-0,02 ALBÆK, e al. (2000) Escandinávia ,48-0,001-0,002 3 Para uma discussão sobre o assuno ver MONTUENGA-GÓMEZ & RAMOS-PARREÑO (2003). 20

21 Baseado nese benchmark é possível afirmar que os resulados enconrados para o Brasil, considerando em conjuno o seor formal e informal, são consisenes com alguma flexibilidade salarial causada por variações na axa de desemprego. Por ouro lado, ao se excluir os rabalhadores informais consaa-se que o Brasil em inflexibilidade salarial, o que susena os resulados de CARNEIRO (1995, 1997) e AMADEO (1993, 1994) e CARNEIRO & HENLEY (1994). Desa forma, os coeficienes reporados na Tabela 4 são consisenes com os efeios de hiserese já deecados nas axas de desemprego de economia brasileira por GOMEZ & SILVA (2006). O fao do coeficiene auoregressivo do salário esar mais próximo de 0 evidencia que a dinâmica inflacionária brasileira deve ser formalizada por modelos microeconômicos que maném uma esruura de concorrência imperfeia no mercado de rabalho, logo, que pressupõem rigidez nos salários. Percebe-se, assim, que o seor de rabalho formal no Brasil apresena um comporameno mais semelhane aos países europeus, embora com menor inensidade. Especificamene, iso sugere que o desemprego maném links com os níveis salariais, e não apenas com as variações salariais como prevê a radicional Curva de Phillips. Desa forma, o enendimeno do fenômeno de hiserese no Brasil apona que as fones deerminanes da persisência do desemprego ocorrem principalmene no âmbio do mercado de rabalho formal, devido à inflexibilidade salarial observada, e, que as caracerísicas individuais, considerando ambém diferenes aribuos produivos, são preponderanes para deerminar quais os grupos permanecem na hiserese nos períodos poseriores a fluuações macroeconômicas adversas. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ese arigo buscou conribuir para o enendimeno da causas do desemprego de longo prazo no Brasil por meio da esimaiva de uma Curva de Salário Dinâmica, enre os anos de 1997 e 2005 uilizando seis regiões meropolianas brasileiras São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizone e Poro Alegre. Na enaiva de capar um comporameno diferenciado da flexibilidade salarial, a esimação das axas salariais foi realizada para o Brasil como um odo, considerando os seores formal e informal, e somene para o seor formal. As esimaivas globais expressam a forma de como o mercado de rabalho reage na presença de fluuações econômicas o rabalhador brasileiro apresena alguma flexibilidade com relação a seu salário, porém, a esruura do emprego formal não segue o mesmo padrão. Quando a análise se concenra no seor formal brasileiro, observa-se fore rigidez salarial ao passo que alguma flexibilidade salarial é observada com a inclusão dos rabalhadores informais. Além disso, ao se analisar especificamene a relação enre salários e desemprego segundo aribuos individuais, consaa-se que os homens, os brancos e os indivíduos mais escolarizados êm axas salariais mais flexíveis, e, por isso, menos persisência do desemprego no longo prazo. Assim, embora os fundamenos microeconômicos que susenam a hiserese baseiem-se expliciamene na inflexibilidade salarial associada à esigmaização dos empregadores por indivíduos desempregados por longos períodos ou ainda, por quesões de barganhas salariais resulanes do processo de conluio enre rabalhadores, as evidências empíricas obidas nese rabalho permiem concluir que os aribuos individuais ambém explicam a permanência no desemprego de longo prazo. 21

22 Consaa-se que a hiserese ainge jusamene aqueles indivíduos com menores rendimenos e que a exensiva flexibilização pode diminuir as axas de desemprego neses grupos específicos. Conudo, como os salários deses grupos são mais baixos, a flexibilização ende a piorar ainda mais as condições de vida deses rabalhadores em empos de recessão. Nese senido, aumenar a flexibilização do mercado do rabalho pode reduzir a endência do aumeno do desemprego após choques recessivos, dado que o efeio de hiserese não é propagado quando há possibilidade de livre negociação enre rabalhadores e empresários em orno de condições de rabalho. No enano, em ermos de bem-esar do rabalhador, ese resulado é enganoso. Ao se pensar na redução da axa de desemprego, não se pode esquecer dos incenivos sociais que esão associadas às leis rabalhisas. Não parece que uma significaiva flexibilização do mercado de rabalho seja a saída para a melhoria da qualidade de vida dos rabalhadores com menor axa de salário, ao conrário, a reversão dese quadro esá associada à provisão de políicas que aumenem o invesimeno em capial humano o que, por conseguine, enderá a gerar uma maior qualificação e capaciação dos rabalhadores. 22

23 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBÆK, K. R.; ASPLUND, S.; BLOMSKOG, E.; BARTH, B.; GUDMUNDSSON, V.; KARLSSON, E.; STRØJER MADSEN. Dimensions of he Unemploymen Relaionship in he Nordic Counries: Wage Flexibiliy wihou Wage Curves. Research in Labor Economics, Vol. 19: , (2000). AKERLOF, G.; YELLEN, J. The Fair Wage-Effor Hypohesis and Unemploymen. Quarerly Journal of Economics. 105(2): , AMADEO, E. J. Do relaive wages ogeher wih Relaive Prices? Revisa Brasileria de Economia, 47(1): 33-52, AMADEO, E. J. Bargaining Power, Mark-up Power, and Wage Differenials in Brazil. Cambridge Journal of Economics, 18: , ARELLANO, M.; BOND, S. Some ess of specificaion for fanel daa: Mone-Carlo evidence and an applicaion o employmen equaions. Review of Economic Sudies, 58: , BALTAGI, B.; BLIEN, U.; WOLF, K. (2000). The Eas German wage curve Economics Leers 69: 9 14, BALL, L. Desiflaion and he NAIRU. NBER working paper 5520, BARROS, R. P.; CRUZ, L. E. M; FOGUEL, M.; MENDONÇA, R. Uma avaliação empírica do grau de flexibilidade do mercado de rabalho brasileiro. Planejameno e Políicas Públicas (IPEA), v. 15, BARROS R. P; MENDONÇA R. S. Flexibilidade do mercado de rabalho brasileiro: uma avaliação empírica. Rio de Janeiro: IPEA, Texo para Discussão n. 452, BARTH, E., BRATSBERG, B., NAYLOR, R.; RAAUM, O. Explaining Variaions in Wage Curves: Theory and Evidence, memorandum 03/2002, Universiy of Oslo, Norway, BELL, B., NICKELL, S. AND QUINTINI, G. Wage equaions, wage curves and all ha. Labour Economics 9: , (2002). BLANCHARD, O. J.; DIAMOND, P. Ranking, Unemploymen duraion and wages. Review of Economic Sudies, v.61, n.208, p , Jul BLANCHARD, O.; KATZ, L. Wha do we know and we do no know abou he naural rae of unemploymen. Journal of Economic Perspecives, 11(1): 51 73, BLANCHARD, O.; KATZ, L. Wage dynamics: reconciling heory and evidence. American Economic Review 89: 69 74, BLANCHARD, O.J.; SUMMERS, L.H. Hyseresis and he European Unemploymen Problem. NBER Working Papers n. 1950, BLANCHARD, O; SUMMERS, L. Beyond he Naural Rae Hypohesis. American Economic Review, American Economic Associaion, vol. 78(2), pages , May,

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