Pº R.P.70/2013 STJC-CC

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1 Pº R.P.70/2013 STJC-CC Recorrente: Manuel L. Recorrida: Conservatória do Registo Predial de... Ato impugnado: Recusas dos registos pedidos pelas Ap. 7, 8.., 8. e 8 de 2013/07/18. Sumário: Registo de penhora de direito de superfície provisório por natureza nos termos do art.92º/2/a) do CRP Extinção do direito de superfície na vigência daquele registo - Novo pedido de registo do direito de superfície a favor do superficiário inicial(executado), por alteração do prazo pelo qual o direito fora constituído. Relatório 1. Situação registal à data dos pedidos de registo: Ap. de 1988/06/06 Aquisição a favor do Município de.... Ap. de 1996/05/24 Pacto de preferência a favor de Petróleos., S.A. Em contrato de prorrogação do prazo do direito de superfície. Ap.. de 2012/07/09 Provisória por natureza ( art.92º/2/a)) Penhora a favor de Manuel L.., em execução contra L Futebol Clube Titular inscrito: C P. Petróleos,S.A.. 2. Pedidos de registo feitos pela solicitadora Filomena C, agente de execução, em 2013/07/18, mediante utilização de duas requisições de registo, uma (nº 7 ) para o primeiro pedido e outra (nº 70 ) para os restantes. Ap. 7 - Conversão da inscrição de penhora, mediante apresentação de prova da citação, nos termos do art. 119º do CRP, de C P Petróleos, S.A. e declaração desta, no sentido de que o direito de superfície de que era titular, caducou em , conforme se pode verificar pela Ap.../ de 15/07/2003 e de que na sequência da caducidade, operada, a plena propriedade do prédio indicado nos autos bem como do imóvel, designadamente das edificações aí implantadas, pertence ao Município de.. Ap.8 - Cedência do direito de superfície a favor de L Futebol Clube. Ap.8 - Alteração do contrato de cedência do direito de superfície. Ap.8 - Alteração do contrato de cedência do direito de superfície.

2 Para os últimos três pedidos indicados foram apresentados, indiscriminadamente, os seguintes documentos: Contrato de cedência em direito de superfície de 28 de setembro de , Alteração ao contrato de cedência em direito de superfície, de 26 de abril de 1999 e Alteração ao contrato de cedência em direito de superfície, de 1 de outubro de 2009, todos outorgados pelo Município de. e pelo L. Futebol Clube perante o Notário Privativo do mesmo Município. Do dito contrato consta a cedência pelo período de 20 anos, a contar da data do mesmo obrigação do superficiário: A parcela de terreno cedida deverá ser com equipamento desportivo ou outros fins conducentes à angariação de receitas para o L Futebol Clube - prazo que foi sucessivamente dilatado pelas ditas alterações, respetivamente por mais 20 anos, a contar do termo do prazo inicial, e por mais 10 anos, a contar do termo do prazo da prorrogação anterior. 3. Os indicados registos foram todos recusados: O da Ap. 7 : ), pois o documento junto pela então titular do direito de superfície «C P. Petróleos, S.A.», e que foi junto ao pedido de registo para efeitos de conversão, não é documento bastante para proceder à conversão nos termos do nº 3 do artigo 119º do Código do Registo Predial. A C P. Petróleos, S.A. não diz que o direito não lhe pertence, antes diz que o direito caducou, se extinguiu pelo decurso do prazo, pelo que não existe direito de superfície, o que existe é um prédio em a propriedade plena é pertença de um terceiro, que no caso é o Município de.. Assim, entendemos que não há título para converter a penhora. Artigos: 68º e 69º nº 1 al. b) do Código de Registo Predial. 1 Este contrato havia servido de título ao registo do direito de superfície da Ap / Ulteriormente, pela Ap /240596, foi registado o direito de superfície a favor de Petróleos, S.A., com a seguinte menção: com a faculdade de construir e manter um posto de abastecimento de combustíveis, pelo prazo de vinte anos a contar de 28 de setembro de 1992, por compra. Com base na mesma apresentação foi registado o pacto de preferência supra referido no texto. A cota de referência desta inscrição encontrava-se trancada na ficha em suporte de papel, mas foi extratada para a ficha em suporte informático. Ulteriormente ainda, pela Ap.../150703, foi registado o direito de superfície a favor de C P.. Petróleos, S.A., com a seguinte menção: com a faculdade de manter um posto de abastecimento de combustíveis, até 27 de setembro de 2012, por compra. A inscrição indicada em último lugar foi cancelada já depois de efetuado o registo de penhora, pela Ap.. de 2013/07/03.

3 O da Ap.8 : Recusado do registo do direito de superfície, nos termos do artigo 69º nº 1 al. c), 1º segmento do Código de Registo Predial, uma vez que o facto que se pretende registar já esteve registado e entretanto foi requerido e efetuado o seu cancelamento pelo decurso do prazo, pelo que não se pode proceder de novo ao seu registo, sob pena de se estarem a desvirtuar as regras do Registo Predial. Os das Aps.8 e 8..: Recusado o registo de alteração do prazo do direito de superfície, uma vez que foi recusado o ato registo do direito de superfície que lhe serviria de suporte. Artigo: 68º e 69º nº 2 do Código de Registo Predial. 4. No dia 23 de agosto de 2013 foi interposto o presente recurso hierárquico por Manuel L, sujeito ativo da inscrição de penhora, a que couberam as ap.s nºs. a 2, no qual se conclui: Nestes termos, e nos demais de Direito que V. Ex.cia doutamente suprirá, deve o presente despacho de recusa de registo de conversão da penhora referente à Ap. 7.. de 2013/07/18 Req, ser alterado e substituído por outro que converta em definitivo a penhora requerida, com as legais consequências, nomeadamente com as consequentes alterações em conformidade nas Aps e 8.. de 2013/07/18 Req.. Alegou, em síntese, que: 2 Trata-se de um requerimento único, dirigido ao Presidente do IRN, I.P., cujo preparo foi de 300, ao qual foram atribuídos quatro números de apresentação, tendo cada uma destas dado origem a uma anotação autónoma de interposição de recurso hierárquico. É o seguinte o teor do introito do requerimento: Ap.7 de 2013/07/18 Req.. Ap.8..,8.. e 8.. de 2013/07/18- Req. ( ) Manuel L., interessado com os demais sinais id. nas apresentações em epígrafe, notificado dos despachos de qualificação dos registos proferidos pela Senhora Conservadora do Registo Predial de.., deles não se conformando, vem interpor o presente( ). A apresentação do recurso foi efetuada por telecópia (pelo advogado que subscreveu o requerimento em representação do dito Manuel L..), meio ao tempo previsto ( art.s 41º-B e 41º-C/2 do CRP) como um dos meios possíveis de apresentação dos pedidos de registo em geral ( por advogados, notários, solicitadores e câmaras de comércio e indústria). No Pº nº 177/2008 SJC-CT, disponível em (Doutrina), foi tratada à questão da apresentação de recurso hierárquico por telecópia, nesse tempo em que existia aquela previsão e em que era subsidiariamente aplicável ao recurso hierárquico a Código de Procedimento Administrativo ( art. 147º-B do CRP). O D.L. nº 125/2013, de 30 de agosto, cuja entrada em vigor ocorreu em 1 de setembro de 2013, alterou a redação do dito artigos 41º-B e revogou aquele nº 2 do art. 41º-C e art. 147-B, tendo sido eliminada a telecópia como meio de apresentação de pedidos de registo e tendo o CPA deixado de se aplicar subsidiariamente, passando a estar prevista no art. 156º a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil.

4 a) O Conservador do Registo Predial só pode recusar o registo quando o ato for nulo 3 ; b) Juntou ao pedido de conversão três escrituras 4, das quais resulta que demonstrado que o direito de superfície existe e vai continuar a existir até 2042/09/28; c) A C P. Petróleos, S.A. declara que o seu direito caducou em 27/09/2012 e não que o direito de superfície caducou; d) Perante o registo pelo titular inscrito da caducidade do seu direito de superfície, nada mais deveria restar à Senhora Conservadora que não fosse registar as escrituras de constituição do direito de superfície pelo Município de. a favor do L. Futebol Clube tal como lhe foi pedido e pago e a consequente conversão da penhora em definitivo; e) A recusa de conversão deve ser objeto de investigação criminal e competente procedimento civil, atentas as despesas que obriga o interessado a despender danos emergentes, como o impede de receber aquilo a que tem direito lucros cessantes. 5. No despacho a que se refere o art. 142º-A/1 do Código de Registo Predial(CRP), cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos, foram sustentadas todas as decisões de recusa impugnadas. Questões prévias: Como vimos, o recurso tem por objeto quatro decisões de recusa - uma de conversão, outra de registo de cedência do direito de superfície e duas outras de alterações do contrato de cedência em direito de superfície - proferidas sobre pedidos de registo formulados em duas requisições de registo - uma para o 1º e outra para os restantes -, tendo sido interposto pelo sujeito ativo da inscrição de penhora( exequente ) e não pela apresentante dos pedidos de registo em causa, suscitando este circunstancialismo as três questões prévias seguintes: A Delimitação do objetiva do recurso. 3 Citou-se nº 1 do Sumário do Ac. da Relação de Coimbra nº 1610/11.6T2AVR.C1, de , mas a citação mostra-se totalmente descontextualizada; basta, para o constatar, citar o nº 2 do mesmo Sumário - Se o ato submetido a registo for anulável, o Conservador não o pode recusar ou lavrá-lo provisoriamente por dúvidas e ter presentes os restantes casos de recusa previstos no art. 69º do CRP. 4 Apenas constam mencionadas na segunda requisição.

5 Não há dúvida de que nos encontramos perante um único requerimento de recurso, no qual se mostram indicadas não só as respetivas apresentações, mas também as duas requisições que serviram de suporte aos pedidos 5. O facto, isoladamente considerado, de as alegações se mostrarem centradas na impugnação da recusa da conversão do registo de penhora, poderia admitir que se suscitasse a dúvida acerca da inclusão ou exclusão das outras decisões no âmbito da impugnação 6, mas, em face da mencionada indicação das apresentações no início do requerimento, da expressa referência às mesmas na conclusão do recurso [ ( )com as consequentes alterações em conformidade nas Aps. 8,8. e 8 de 2013/07/18 Req.. ] e da conexão estabelecida entre todos os pedidos de registo, consideramos que é de dar por inquestionável aquela inclusão. B - Unidade do processo A apresentante dos pedidos de registo em tabela poderia ter utilizado uma única requisição, mas optou por utilizar duas, e ter-se-á equivocado ao ter apresentado em 1º lugar o pedido de conversão da inscrição de penhora e de seguida os restantes pedidos. Ainda assim, só razões ligadas à utilização da aplicação informática levaram ao hiato existente entre o número da apresentação do 1º pedido e os números das restantes. É patente a conexão existente entre todos os pedidos, levando em conta a provisoriedade por natureza do registo de penhora cujo objeto se mostra inscrito a favor de pessoa diversa do executado - e o objetivo pretendido com o registo do direito de superfície a favor do executado, isto é, a conversão daquele registo. É manifesto, no plano da instância, que os pedidos constantes da 2ª requisição são instrumentais do constante da 1ª requisição. Exceção feita ao plano formal, que em princípio levaria a dar por afastada a possibilidade de consideração da unidade do processo de impugnação, tudo o resto aponta para essa unidade: mesmo prédio, mesmo apresentante e conexão existente entre os pedidos 7. 5 Efetuada a apresentação nestes termos, caberia ter considerado uma única apresentação, efetuando uma única anotação no Diário e uma única anotação na ficha, que, como é óbvio, teria que mencionar todas as qualificações impugnadas, e não, como fez a recorrida, considerar tantas apresentações quantas as decisões impugnadas, cada uma delas a dar lugar a uma anotação própria. 6 Foi o que se passou com a recorrida, que a assumiu no despacho de sustentação. 7 Como por diversas ocasiões este Conselho tem deixado entendido, o princípio da coincidência entre o âmbito do processo de recurso hierárquico e o âmbito do processo de registo não tem caráter absoluto, podendo, em razão da verificação de concretos elementos de conexão, darem-se por regularmente impugnadas num único processo de impugnação diversas decisões registrais, inclusive no caso que os respetivos pedidos

6 C- Legitimidade do recorrente Parece-nos suficientemente claro que os pedidos de registo foram todos efetuados na qualidade de agente de execução, apesar da falta de indicação dessa qualidade (solicitador de execução) nas requisições de registo, por ser o que decorre do título apresentado no pedido de conversão do registo de penhora e da manifesta conexão entre todos os pedidos, que permite inclusive dar por seguro que só por mero lapso não foi aquela conversão pedida em último lugar. Consideramos, assim, de dar por afastada, inclusive quanto aos pedidos formulados na segunda requisição, a hipótese de o apresentante não ter atuado em nome próprio como solicitador de execução -, mas em representação tácita do exequente como simples solicitador -, ao abrigo do disposto no art. 39º/2/b) do CRP. Assim sendo, deve considerar-se que o recorrente exequente no processo executivo em causa não dispõe de legitimidade para a presente impugnação, ao contrário do que aconteceria se a situção fosse enquadrável na previsão do dito art. 39º/2/b). Tem sido este o entendimento deste Conselho - Cfr. Pºs R.P. 13/2012 SJC- CT e R.P. 97/2012 SJC-CT 8, para cuja fundamentação remetemos concretamente manifestado em situações de impugnação de decisões de recusa de conversão de registos de penhora, no âmbito da comunicação prevista no art. 119º/3 do CRP 9. Mesmo que fosse de considerar-se que, apesar do tipo de documento apresentado, o pedido de conversão do registo de penhora não foi efetuado ao abrigo ao art. 119º/3, já que o que se pretendeu foi efetuar o registo em falta, de direito de superfície a favor do executado, entendemos que a qualidade de solicitador de execução constante do documento junto, dando por assente que essa qualidade lhe confere legitimidade para pedir aquele registo prévio em nome próprio e o consequente normal pedido de conversão, torna inevitável a consideração de que interveio em nome próprio. Perante a indicada falta de legitimidade, impõe-se-nos propor a rejeição do recurso (art. 173º/c) do Código de Procedimento Administrativo, ex vi do artigo 147º-B do CRP, em vigor à data da interposição), sem embargo de, como tem sido prática deste Conselho, apreciarmos de seguida a questão de fundo, sem pretender interferir com as tenham sido formulados numa diversidade de requisições - Cfr. entre outros, os Pºs R.P. 106/2007 DSJ-CT, R.P. 260 e 261/2008 SJC-CT e R.P. 200/2009 SJC-CT, disponíveis em (Doutrina). 8 Disponíveis em (Doutrina) 9 Cfr. Pºs R.P. 13/2012 SJC-CT e R.P. 97/2012 SJC-CT, disponíveis em (Doutrina)

7 decisões tomadas, mas numa perspetiva de colaboração, com vista à resolução do caso concreto. Nota prévia: o facto de terem sido utilizadas duas requisições de registo e de, desrespeitando a ordem de dependência dos factos objeto dos pedidos, ter sido apresentado em primeiro lugar (1ª requisição) o pedido de conversão, quando cumpria tê-lo apresentado em último lugar, não impede a qualificação dos pedidos por aquela ordem, como determina o nº 4 do art. 75º do CRP 10, sendo, assim, esse o enquadramento dos pedidos que vamos ter como o adequado, na apreciação a que vamos proceder, nos termos da seguinte Deliberação 1. O facto de ter caducado o registo do direito de superfície temporário pelo decurso do prazo não impede que o mesmo volte a ser registado, no caso em que, ainda antes de aquele prazo ter terminado, proprietário do solo e superficiário tenham procedido à alteração do prazo de duração daquele direito e o novo prazo não se tenha ainda esgotado Interpretado extensivamente, como se defendeu no Pº C.P. 72/2010 SJC-CT, disponível em (Doutrina). 11 Parece-nos que anotação de caducidade é o ato de registo adequado a traduzir a extinção do direito de superfície temporário, pelo decurso do prazo (art. 1536º/1/c) do CC), ao abrigo do disposto no art. 11º/1 e 4 e não o cancelamento, que foi o procedimento adotado in casu. Como vimos supra, em resultado da extinção do direito de superfície constituído na cedência feita ao L Futebol Clube (que este transmitiu à Petróleos., S.A., que por sua vez o transmitiu à C P. Petróleos, S.A. ), o proprietário do solo (Município de ) voltou a proprietário pleno. É o que nos é dito pelo registo predial. Contrariando o que é manifestado pela situação tabular - de notar que, à data da 1ª daquelas alterações, o direito de superfície se encontrava inscrito a favor da Petróleos., S.A. e, à data da 2ª, o mesmo direito se encontrava inscrito a favor da C P. Petróleos, S.A. - pretende-se publicitar que afinal o direito de superfície constituído a favor do L Futebol Clube não se extinguiu, porque o termo final inicialmente convencionado (28 de setembro de 2012), foi posterior e sucessivamente alterado para 28 de setembro de 2032 e para 28 de setembro de 2042, tendo-se dado a extinção apenas o direito de superfície da C P. Petróleos, S.A., adquirido à Petróleos., S.A.. Abstraindo do histórico posterior à inscrição do direito de superfície, não se suscitaria qualquer dúvida quanto à pretensão de registar novamente o direito de superfície a favor do L Futebol Clube. Caducado o registo pelo prazo inicialmente fixado, mas tendo sido alterado o respetivo contrato de cedência, alargando o prazo, registar-se-ia agora quanto ao prazo restante, impondo-se apenas a necessidade de convolação dos três pedidos para um único, de constituição do direito de superfície pelo prazo correspondente ao termo final fixado. Supondo que aquele histórico da situação registral esteja em desacordo com a realidade material situação para que apontam aquelas alterações do contrato de constituição do direito de superfície e

8 2. Obsta, porém, à efetuação daquele novo registo como definitivo, a incerteza quanto à efetiva existência do direito que se pretende registar, criada pela constatação de que ocorreu o registo, ainda que já caducado, de transmissão daquele direito de superfície por parte do superficiário inicial 12. que poderia inclusive explicar a existência do pacto de preferência a favor da Petróleos., S.A., a designação utilizada no registo de transmissão do direito de superfície a favor da mesma Petróleos., S.A. e a menção nesse registo de um conteúdo do direito diverso do constante do registo inicial - teríamos que dar por pressuposto que não ocorreu propriamente uma pura e integral transmissão do direito de superfície por parte do L Futebol Clube. No entanto, só perante prova documental do título que serviu de base ao registo de direito de superfície a favor da Petróleos., S.A. será possível saber qual foi o objeto da compra e venda celebrada entre o L Futebol Clube e a Petróleos., S.A. e apreciar da sua (i)legalidade e da (in)adequação da respetiva tradução registral, mas esta não é matéria que esteja aqui em tabela. 12 Verdadeiramente em tabela está aqui a questão de saber se é possível ou não efetuar novamente o registo do direito de superfície agora para o tempo correspondente às prorrogações - ignorando os registos anteriormente lavrados na base de realidade material diferente daquela, com o argumento de que nenhum dos registos em causa se encontra já em vigor, por terem caducado. O princípio da legalidade determina que a viabilidade do pedido de registo deve ser apreciada em face das disposições legais aplicáveis, dos documentos apresentados e dos registos anteriores. Pergunta-se: só dos registos anteriores em vigor ou de todos Cfr. Pº R.P. 214/2004 DSJ-CT, disponível em (Doutrina), onde se defendeu a irrelevância dos documentos que serviram de base a registo provisório entretanto caducado - ou seja, mesmo daqueles que tendo sido lavrados definitivamente, tenham caducado? O natural é que, no comum das situações, a questão não se coloque, pois que a regra será certamente a da coincidência entre a realidade registral e a realidade substantiva, o que torna altamente improvável a verificação de situação de interferência negativa da realidade registral, cujos efeitos de extinguiram por caducidade, com a realidade substantiva que entretanto se pretende fazer ingressar no registo. Mas, como não raras vezes acontece, a riqueza da realidade substantiva encarrega-se de nos surpreender com as situações mais inusitadas, o que aconselha que se evite um tratamento abstrato da questão e nos fiquemos por admitir que essa interferência negativa pode suceder, a qual só caso a caso pode ser indagada. Ora, parece-nos que a situação dos autos configura um caso em que, no âmbito do princípio da legalidade, deve dar-se por manifestada aquela interferência, não no plano do trato sucessivo - a propriedade plena mostra-se definitivamente registada a favor do cedente do direito de superfície -, mas porque a realidade registral histórica (mas que ao tempo das alterações do contrato de constituição do direito era ainda uma realidade vigente) provoca incerteza quanto à própria existência do direito de superfície. Efetivamente, o registo diz-nos que existiu um direito de superfície, inicialmente do L Futebol Clube, depois da Petróleos., S.A. e finalmente da C P. Petróleos, S.A. que afastaria a legitimidade do L Futebol Clube para proceder às alterações dos prazos, numa data em que já não era superficiário - e dos documentos apresentados resulta que o L Futebol Clube nunca deixou de ser superficiário. Assim, embora dando por afastada a exigência de retificação de eventuais inexatidões dos registos lavrados e entretanto caducos, parece-nos que só com a apresentação do título que serviu de base ao registo a favor da Petróleos., S.A. pode ser ultrapassada aquela incerteza e formado um juízo definitivo de absoluta

9 3. Lavrada provisoriamente por natureza (art.92º/2/a) do CRP) inscrição de penhora do direito de superfície temporário, pelo facto de este direito se mostrar inscrito a favor de pessoa diversa do executado 13, não pode a mesma ser convertida mediante apresentação de declaração do titular inscrito, (in)viabilidade do registo pedido(considerando a necessária convolação dos três pedidos feitos, como supra referimos). 13 De acordo com o disposto no art. 1528º do Código Civil(CC), o direito de superfície pode ser constituído por contrato, testamento ou usucapião. A constituição do direito de superfície está sujeita a registo, cuja inscrição deve conter as obrigações do superficiário, na parte regulada pelo título, a causa e a duração, quando determinada ( art.s. 2º/1/a) e 95º/1/b) do CRP). O direito de superfície, perpétuo ou temporário, é transmissível por ato entre vivos ou por morte e pode ser objeto de oneração, nomeadamente pela incidência de penhora ( art.s 1534º do CC e art. 821º do Código de Processo Civil). Com exceção daquela que for efeito de transferência de património de um ente coletivo para outro, a transmissão do direito de superfície é registada por inscrição - de aquisição do direito de superfície ( art. 2º/1/a) do CRP) - transferindo-se para esta os efeitos do registo de constituição ( art.s 10º, 91º/1 e 101º/1/g) do CRP). Em face das menções incluídas nos registo e tendo em conta que foram trancadas (ainda na ficha em suporte de papel) as cotas relativas às inscrições de direito de superfície a favor do L Futebol Clube e da Petróleos., S.A., podemos constatar que, in casu, primeiro se registou a constituição do direito de superfície a favor do L Futebol Clube e depois se registaram duas aquisições daquele direito de superfície, primeiro a favor da Petróleos., S.A. e depois a favor da C P. Petróleos, S.A., apesar de, quanto às aquisições, a menção do facto registado ( direito de superfície ) não traduzir rigorosamente a designação legal supra indicada. À data do pedido de registo de penhora encontrava-se em vigor a inscrição a favor da C P. Petróleos, S.A., de aquisição do direito de superfície que havia sido constituído a favor do L Futebol Clube, e a qualificação acomodou-se, como não podia deixar de ser, a essa situação registral não contrariada ou posta em dúvida pelo respetivo título - ou seja, não podia ser influenciada por realidade substantiva diversa que, a existir, estava fora do registo e da qual não havia sinal no título apresentado. Vimos anteriormente que o que é manifestado pela situação registral é implicitamente posto em causa pelos pedidos de registo de cedência do direito de superfície e de alterações do contrato de cedência, e pelos documentos que os instruíram. O registo de penhora do direito de superfície é efetuado provisoriamente por natureza, nos termos do disposto no art. 92º/2/a) do Código de Registo Predial, se esse direito se mostrar inscrito a favor de pessoa diversa do executado. Aquela provisoriedade por natureza e o meio de suprimento de registo que lhe está associado (art. 119º do CRP) assentam na possibilidade de existência de uma desatualização da situação registal, permitindo que, mostrando-se essa desatualização confirmada pela declaração de ciência do titular inscrito - de que o bem penhorado não lhe pertence - ou pelo seu silêncio, seja efetuado registo definitivo sem efetuar o registo a favor do executado. Numa situação como a dos presentes autos, a qualificação do registo de penhora do direito de superfície com aquele caráter provisório tem subjacente que o L Futebol Clube possa ter readquirido o direito de superfície e que esteja em falta o respetivo registo, situação com a qual se mostraria coerente a

10 emitida no âmbito ao art. 119º/3 do CRP, de que conste que o direito de superfície de que era titular caducou (referindo-se inclusive que foi efetuado o registo da extinção desse direito e que o titular inscrito do solo passou a proprietário pleno) 14, sem embargo de, mostrando-se previamente pedido o registo a favor do executado, a inscrição poder vir a ser convertida nos termos normais de cumprimento do princípio do trato sucessivo declaração que fosse prestada pela C P. Petróleos, S.A., antes da extinção, de que o direito não lhe pertencia. 14 Cfr. o que se disse na nota anterior. 15 É pacífico que a provisoriedade por natureza em causa não afasta a possibilidade de conversão fora do âmbito do indicado nº 3 do art. 119º, pelo que, mostrando-se previamente pedido o registo em falta a favor do executado (ou assim devendo ser considerado, apesar de pedido depois, como para o caso supra considerámos em Nota prévia), a impossibilidade de conversão da inscrição de penhora ao abrigo daquela disposição legal, não impede que, vindo aquele registo a ser efetuado com caráter definitivo, a mesma possa ser convertida, por estar cumprido o trato sucessivo. No caso de o registo a favor do executado ser qualificado como provisório por dúvidas, solução para a qual anteriormente apontámos, impor-se-ia requalificar o registo de penhora para a provisoriedade por natureza da alínea b) do nº 2, eliminando a referência ao titular inscrito, cuja sorte (conversão ou caducidade) passaria a ficar dependente da que viesse a caber à inscrição de direito de superfície (conversão ou caducidade/cancelamento, respetivamente) art. 92º/7 e 8 do CC. É certo que a indicada requalificação não se encontra prevista no CRP, mas consideramos presentes as mesmas razões justificativas da requalificação admitida nos mencionados nºs 7 e 8 (cfr. integração analógica prevista no art. 10º2/ do CC). 16 É evidente que esta possibilidade de conversão pressupõe que a inscrição de penhora ainda se encontre em vigor, tal como nos é manifestado pela situação registral e como está pressuposto no pedido de conversão e na qualificação que lhe coube. O ponto, como os anteriores, é discutível, mas não está em discussão e, tendo sido proposta a rejeição do presente recurso e levando em conta a natureza daí decorrente para a apreciação das questões de fundo mera colaboração para a resolução do caso concreto, como se referiu supra, pág. 7 - não deve essa apreciação exceder o âmbito das questões discutidas nos autos. Ficamo-nos, assim, por deixar nota sem intenção de tomar posição sobre a matéria, conjeturando apenas que seja possível defender entendimentos diversos - de que a situação registral traduz o entendimento de que a penhora não cabe no âmbito do art. 1539º do CC (extinção dos direitos reais constituídos sobre o direito de superfície temporário) ou que, cabendo, a extinção teria que ser registada por cancelamento e não por anotação de caducidade, como se procedeu quanto à inscrição do direito de superfície, e ainda de que a inscrição de penhora deve subsistir inalterada( referindo o anterior titular inscrito do direito de superfície, quando deixou de estar inscrito direito de superfície e o titular inscrito do solo assumiu tabularmente a posição de proprietário pleno).

11 Deliberação aprovado em sessão do Conselho Consultivo de 21 de novembro de Luís Manuel Nunes Martins, relator. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente do Conselho Diretivo em

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