Averigue o Tribunal onde pende a ação de anulação referida e comunique ao referido processo a presente decisão.

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1 P.º n.º R.P.126/2012 SJC-CT Registo de ação de impugnação pauliana, com inclusão do pedido de cancelamento do registo do facto impugnado, encontrando-se registada ação de divisão de coisa comum. Cancelamento daquele registo com base em despacho judicial proferido na sequência de compra e venda do prédio na ação de divisão de coisa comum. (In)certeza quanto à identidade entre o objeto da ordem de cancelamento e o registo da ação. PARECER 1., ora recorrente, pediu on-line o cancelamento da inscrição de ação da Ap. de 2010/08/27, incidente sobre os prédios descritos sob os nºs... e... da freguesia de, concelho de Ao pedido coube a Ap. de 2012/09/17, distribuída à Conservatória do Registo Predial de Foram apresentadas duas certidões emitidas pelo 1º Juízo do Tribunal Judicial de, respetivamente com o teor da ata de audiência e julgamento, do despacho de adjudicação e do título de transmissão e com o teor de despacho de 23 de abril de 2012, que é o seguinte: Os adquirentes do imóvel cuja divisão se pretendeu nestes autos, vieram requerer o cancelamento dos ónus e encargos pendentes sobre o referido imóvel descrito na Conservatória do Registo Predial de sob a ficha nº da freguesia de, nomeadamente do registo de ação que pede a anulação da venda de 1/3 do referido prédio a O A venda judicial do imóvel faz cessar todos os ónus sobre o mesmo, devendo, por isso tal registo ser cancelado o que se determinará. Mas, atento o registo da ação de anulação da venda a um dos comproprietários, impõe-se que o valor que este teria de receber com a venda, nestes autos, seja mantido nos autos, sob pena de se esvaziar a garantia patrimonial que o Autor da ação de anulação pretende com a mesma. Face ao exposto, determino o cancelamento de todos os registos de ónus e ação pendentes sobre o imóvel descrito na Conservatória do Registo Predial de... sob a ficha nº da freguesia de, nomeadamente ao registo da ação que pede a anulação da venda de 1/3 do referido prédio a O, mais determino que o valor depositado nestes autos seja mantido no mesmo suspendendo-se a sua entrega aos comproprietários até que transite em julgado a decisão de anulação registada sobre o referido imóvel.

2 Averigue o Tribunal onde pende a ação de anulação referida e comunique ao referido processo a presente decisão. 2. Situação registral: a) Descrição, respeitante a prédio rústico com m2, inscrito na matriz sob o artigo da Secção C: Anotação à descrição, pela Ap. de 2012/03/05: A DESANEXAR O PRÉDIO DESCRITO SOB O Nº ; Ap. de 2010/03/26 [provisória por natureza (art.92º/1/a)]: ação interposta por Manuel P e mulher, Palmira, contra Olga L, Rosel, Tília e Vítor M, com o seguinte pedido: Adjudicação ou venda deste prédio, pondo termo à situção de indivisão. Os sujeitos passivos(réus) Tília, Rosel e Vítor M..., intervêm na qualidade de herdeiros de do titular inscrito Augusto ; Ap. de 2010/08/27 [ provisória por natureza (art. 92º/1/a)],: ação, movida por Marcolino contra Cândida e marido, César M, Júlia, Manuel J e mulher, Olga Maria, Olga L e Rute, com os seguintes pedidos: a) Ser declarada a ineficácia dos contratos de compra e venda titulados pelas escrituras referidas em relação e na medida do necessário para que o AUTOR obtenha o pagamento do seu crédito; b) Devem os R.R. RUTE e OLGA L ser condenadas a não poderem oporse a que o AUTOR execute no seu património os bens objeto das referidas vendas; c) Deve ser ordenado o cancelamento dos respetivos registos de aquisição a favor das R.R. RUTE e OLGA L, bem como todos os atos de registo posteriores aos mesmos ; Ap. de 2011/06/24: Decisão Judicial da ação da Ap. supra referida, mostrando-se mencionados como sujeitos ativos Jorge e Manuel P e como sujeitos passivos Olga L, Rosel, Tília e Vítor M...; no final consta ainda a menção convertida; Ap. de 2011/09/26: servidão administrativa, cujo encargo é a passagem de gasoduto de gás natural; Ap. de 2012/03/05 [ provisória por natureza(art. 92º/2/b)]: Ónus de não fracionamento, pelo prazo de 10 anos; b) Descrição,, respeitante a prédio urbano (terreno para construção urbana) com 5.000m2: Menção na descrição: A DESANEXAR DO PRÉDIO ; Reprodução da inscrição da mencionada inscrição de ação da Ap. ;

3 Reprodução da mencionada inscrição de servidão administrativa; Ap. de 2012/03/05 [provisória por natureza (art. 92º/2/b)]: aquisição a favor do mencionado Jorge M, por divisão de coisa comum com os também mencionados Manuel P e mulher, Palmira; Ap. de 2012/03/05 [provisória por natureza (art. 92º/2/b)]: ónus de não fracionamento supra indicado; Pela Ap. de 2012/07/02 encontra-se anotada recusa de conversão. 3. O pedido de cancelamento mereceu a qualificação de recusa, nos seguintes termos: Conforme decorre do nº 4 do artigo 59º do C.R.P. o cancelamento do registo provisório de ação é feito com base em certidão da decisão transitada em julgado que absolva o réu do pedido ou da instância, a julgue extinta ou a declare interrompida e indicação do respetivo trânsito em julgado. No caso do registo agora requerido o documento apresentado para basear o cancelamento da inscrição atrás referida é uma certidão emitida pelo Tribunal Judicial de referente ao processo nº em que são intervenientes como A.A. Manuel P e mulher e R.R. Olga L e outros, enquanto que na ação que agora se pretende cancelar são A.A. Marcolino e R.R. Júlia e outros. Decorre do acabado de mencionar que o documento agora apresentado é uma certidão de um processo que não diz respeito à Ap. de 2002/08/27. Na verdade e compulsando os documentos que serviram de base à referida inscrição, verifico que o processo que lhe diz respeito é o do 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de, sendo por isso necessário que a certidão que baseie o cancelamento seja emitida pelo Tribunal com referência a este processo. Assim, nos termos do artigo 69º, nº 1 b) do C.R.P. recusa-se o registo de cancelamento da inscrição de Ação Ap. de 2010/08/27 requerido. Artigos 68º e 69º, nº 1 b) do C.R.P. 4. Da recusa foi interposto o presente recurso, pela Ap. de 2012/10/17, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos, alegando-se, em síntese que: a) Nos termos do disposto no artigo 824º do Código Civil, nº 2( aqui aplicável à adjudicação por força do disposto no artigo 826º do Código Civil) dispõe que«os bens são transmitidos livres»; b) Por sua vez, dispõe o artigo 900º, nº 2 do Código de Processo Civil, interpretado com as devidas adaptações, «2- e este procede ao registo do facto e, oficiosamente, ao cancelamento das inscrições inscritas relativas aos direitos que tenham caducado, nos termos do nº 2 do artigo 824º do Código Civil ;

4 c) Por outro lado, o Código do Registo Predial estabelece o PRINCÍPIO DA PRIORIDADE DOS REGISTOS no artigo 6º ; d) A recorrida deveria ter procedido oficiosamente ao cancelamento, na dependência do registo a que procedeu com base na venda judicial ocorrida na ação de divisão de coisa comum, nos termos dos artigos 6º e 101º/5 do C.R.P.; e) A ação de divisão de coisa comum ( Pº nº )foi registada primeiro que a ação a que se reportou o pedido de cancelamento( Pº nº ); f) A venda ocorreu no âmbito do Pº nº, tendo sido apresentadas a certidão judicial de adjudicação do imóvel e a certidão judicial do despacho, transitado em julgado, que ordenou expressamente o cancelamento e a suspensão da entrega do produto da venda enquanto não transitar em julgado a decisão que vier a ser proferida no âmbito da respetiva ação; g) Ao contrário do que se refere no douto despacho recorrido os requerentes do registo não têm obrigação de esperar por uma decisão, com trânsito em julgado no processo nº 2081, para que, nos termos do artigo 59º, nº 4 do CTRP, que a Ex.ma Conservadora enumera, proceder ao cancelamento da ação ap. 3179, cancelamento esse que foi ordenado no âmbito do processo ; h) Nesta conformidade( ) a decisão recorrida deverá ser revogada, porquanto é ilegal, viola uma decisão judicial e, mais do que isso, viola o Princípio da prioridade dos registos. 5. Em despacho proferido ao abrigo do art. 142º-A/1 do Código do Registo Predial, cujos termos aqui se dão também por integralmente reproduzidos, a Senhora Conservadora sustentou a qualificação impugnada, acrescentando à fundamentação que fizera constar do despacho de recusa o seguinte: O Sr. Juiz não manda cancelar concretamente a referida inscrição de ação Ap. de 2010/08/27, e refere que a inscrição de ação a cancelar será aquela em que se pede a anulação da venda de 1/3 do prédio a Olga L. Compulsada referida inscrição de ação verifica-se que em parte alguma do pedido é mencionada a anulação da venda de 1/3 do prédio à Olga. Na impossibilidade de se aferir com certeza a que registo o Sr. Dr. Juiz se refere na decisão e uma vez tratar-se de um registo a efetuar por averbamento que não pode ser lavrado provisoriamente a única alternativa que se nos impôs foi a de recusar o registo Artigo 101º, nº 2, g) e nº 3 do C.R.P..

5 Saneamento: o processo é o próprio, as partes legítimas, o recurso tempestivo, e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Pronúncia 1. No despacho de qualificação o fundamento da recusa foi a manifesta falta de título (art. 92º/1/b) do C.R.P.), mas no despacho de sustentação a recorrida abandonou esse juízo radical e ficou-se pela incerteza sobre qual a inscrição a que se refere a ordem de cancelamento, colocando como fundamento da recusa o facto de o averbamento de cancelamento não poder ser lavrado com caráter provisório, embora não tendo expressamente invocado o nº 2 do dito artigo 69º, mas apenas o art. 101º, nº 2, g) e nº 3 do C.R.P.). A recorrente defende que o cancelamento deveria ter sido efetuado oficiosamente na dependência do registo de conversão de ação invocando o disposto nos artigos 824º/2 e 826º do Código Civil, no art. 900º/2 do Código de Processo Civil e nos artigos 6º e 101º/5 do C.R.P. - e que, não o tendo sido, não poderá deixar de o ser perante a decisão judicial apresentada, que o ordenou. Literalmente, o despacho não identifica qualquer inscrição a cancelar, limitando-se a determinar o cancelamento de todos os registos de ónus e ações impendentes ( ) nomeadamente do registo da ação que pede a anulação da venda de 1/3 do referido prédio a Olga L ( ). Não há dúvida que, idealmente, uma decisão que ordena o cancelamento de um registo e que se destina a constituir o respetivo título, deve identificar esse registo. Contudo, perante aquela omissão, não deve, à partida, considerar-se irremediavelmente afastada a possibilidade de a decisão constituir título para registo, tudo dependendo do resultado a que se chegar pela apreciação de todos os elementos a convocar no âmbito do princípio da legalidade, maxime do próprio registo objeto do pedido de cancelamento (art. 68º do C.R.P., quando se refere a registos anteriores). Estranhos à qualificação do pedido de cancelamento devem ser, por princípio, os registos que, sendo anteriores ao registo da ação, foram já levados em conta na qualificação deste. O ponto de partida, no plano dos documentos apresentados, é indiscutivelmente fornecido pela decisão, ao dizer que o registo de ação a cancelar é aquele de que consta o mencionado pedido de anulação de venda.

6 2. À primeira vista seria de dar por afastada aquela identidade, pois constatase que não consta do registo de ação qualquer pedido de anulação de venda de 1/3 a Olga L... Diga-se, aliás, que a forma como está indicado o primeiro dos pedidos não permite conhecer (e a função do registo é dar a conhecer cfr. art. 1º do C.R.P.) qual ou quais os atos impugnados, pois o seu objeto está identificado apenas pela expressão contratos de compra e venda titulados pelas escrituras referidas ; de duas uma, ou o título não permitia tal identificação, facto que não foi tido em conta na qualificação, ou foi o registo que ficou incompleto, enfermando, por isso, de inexatidão ( art. 18º do C.R.P.) 1. Digamos que é desde logo a própria inexatidão do registo a dificultar a averiguação da identidade entre pedido constante do registo e o indicado na decisão de cancelamento. Certo é que não consta do registo pedido de anulação de qualquer venda, mas antes um pedido de declaração de ineficácia de contratos de compra e venda, acompanhado, consequencialmente, de pedido de cancelamento Da leitura e conjugação de todos os pedidos mencionados na inscrição, resulta suficientemente seguro que nos encontramos perante ação de impugnação pauliana, sem embargo da contradição existente entre os dois primeiros e o último, já que o cancelamento do registo dos factos impugnados não é efeito que possa ser retirado da natureza e efeitos da impugnação pauliana, que não é uma ação de invalidade, subsistindo o direito na titularidade do adquirente no negócio jurídico objeto de impugnação. É certo que, em face da alteração introduzida ao art. 3º do C.R.P. pelo D.L. nº 116/2008, de 4 de julho e a ação foi registada depois da entrada em vigor dessa alteração a ação pauliana passou a estar sujeita a registo, embora não obrigatório; mas passou-o a estar com a natureza e efeitos que resultam do direito substantivo, que não sofreu alteração 2. 1 Em face dos sujeitos passivos, da pluralidade de contratos de compra e venda mencionados e da menção de que a inscrição abrange 10 prédios, supomos que se terá reproduzido em todos os prédios a mesma menção dos sujeitos e do pedido, sem se ter limitado a menção à parte que dizia respeito a cada prédio. Mesmo que assim se tivesse procedido, deveria ainda ter-se identificado o concreto negócio jurídico objeto de impugnação, igualmente apenas na parte respeitante a cada prédio. 2 Cfr. Pº R.P. 116/2009 SJC-CT, disponível em

7 Isto é, o facto de a ação de impugnação pauliana estar atualmente sujeita a registo, não consente que se dê por irrelevante que o pedido correspondente à impugnação seja acompanhado, numa relação de causa/efeito de pedido de invalidação e/ou de cancelamento do registo do facto impugnado, tendo em conta a segurança do comércio jurídico imobiliário 3. Não tendo constituído fundamento de qualificação desfavorável não são os mesmos os efeitos do registo de uma ação de invalidade, com o qual seria coerente o pedido de cancelamento, e os de uma ação de impugnação pauliana 4 - ficou antecipada a oponibilidade da decisão final de procedência do pedido de cancelamento do registos de aquisição a favor das RR Rute e Olga. Proferida essa decisão, já não poderia ser colocado obstáculo ao seu registo (cfr. princípios da prioridade e da presunção, previstos nos art.s 5º e 6º do C.R.P.) Continuando, como em relação aos pontos anteriores, a não estar em causa a qualificação do registo da ação, é incontornável a necessidade de uma breve apreciação do seu sentido, relativamente à situação registral anterior, e do seu alcance, relativamente aos atos de registo subsequentes. Por um lado temos que o registo foi efetuado provisoriamente apenas nos termos da alínea a) do nº 1, dando como indiferente o registo da ação de divisão de coisa comum da Ap. mas, por outro, aquela provisoriedade por natureza veio a determinar a provisoriedade do registo de aquisição do prédio, também provisoriamente por natureza, mas agora por incompatibilidade, nos termos da alínea b) do nº À data do registo da ação encontravam-se em vigor as seguintes inscrições de aquisição sobre o prédio 5 : Ap. de 2002/12/27, de aquisição de 1/3 a 3 Antes da mencionada alteração do art. 3º do C.R.P. - ou seja, num tempo em que era controvertida, na jurisprudência e na doutrina, a questão de saber da sujeição ou não a registo da ação de impugnação pauliana, sem embargo de ser dominante a tese da não sujeição a registo - o S.T.J. [ Acórdão uniformizador), nº 3/2001], publicado no Diário da República, I Série-A, de 9 de fevereiro de 2001), fixou no plano da decisão judicial e quanto à inclusão na petição inicial de ação de impugnação pauliana do pedido de declaração de nulidade ou anulação do ato impugnado, a seguinte jurisprudência: Tendo o autor, em ação de impugnação pauliana, pedido a declaração de nulidade ou a anulação do ato jurídico impugnado, tratando-se de erro na qualificação jurídica do efeito pretendido, que é a ineficácia do ato em relação ao autor ( nº 1 do art. 616º do Código Civil), o juiz deve corrigir oficiosamente tal erro e declarar tal ineficácia, como permitido pelo artigo 664º do Código de Processo Civil. 4 No âmbito da função qualificadora não cabe um dever de correção com o alcance que ele tem no plano da decisão judicial ( cfr. jurisprudência firmada no acórdão referido na nota anterior). 5 Que passaram a histórico com o registo da decisão final da ação de divisão de coisa comum.

8 favor de Olga L, por compra a Júlia; Ap. de 2003/10/16, de aquisição de 1/3 a favor de Augusto, por partilha da herança de Manuel F ; e Ap. de 2005/07/19, de aquisição de 1/3 a favor Palmira, por partilha da herança de Francisco L Considerando que o registo da ação de divisão de coisa comum torna oponível a terceiros, desde a data do seu registo, o efeito extintivo ou dissolutivo da relação de compropriedade decorrente da divisão que venha a ser decretada na decisão final 6, e considerando o princípio da prioridade ( art. 6º do C.R.P.), será o efeito do registo desta ação alheio ao efeito do registo da ação registada posteriormente? A resposta não pode deixar de ser negativa, mas não foi essa a que foi dada na qualificação pois, como vimos, o registo ficou provisório por natureza apenas nos termos da alínea a) do nº 1. A mencionada natureza da impugnação pauliana não pode levar a considerarlhe inaplicável o princípio do trato sucessivo 7 e muito menos o pode no caso em que, ainda que indevidamente, lhe tenham sido conferidos efeitos extintivos do ato, em razão do expresso pedido de cancelamento. A provisoriedade por natureza da alínea b) do nº 2 é a qualificação legalmente imposta para o caso de incompatibilidade de registo com registo provisório em vigor. Sendo convertido este último, em princípio dá-se a caducidade daquele (art. 92º/6 e 7 do C.R.P.). Não tivesse sido considerado indiferente o registo da ação de divisão de coisa comum, os efeitos do registo da ação que agora se pretende ver cancelada já se teriam extinto por caducidade e o registos que na sua dependência foram lavrados provisoriamente por natureza nos temos da alínea b) do nº 2 já teriam sido convertidos (nº 8 do referido art.92º) Estranho é que a indiferença a montante, tenha acabado por resultar em incompatibilidade a jusante, com a qualificação do registo de aquisição do prédio como provisório por natureza nos termos da alínea b) do nº 2. 6 No Pº R.P. 124/97 DSJ-CT, in BRN nº 4/98 (Caderno II) 6 conclui-se, inter allia, o seguinte I- O Registo Predial perspetiva a divisão de coisa comum como mera causa de efeitos translativos ou atributivos, que a lei sujeita a registo enquanto factos de aquisição (derivada) dos direitos adjudicados aos excomproprietários. II Todavia, para a registabilidade da ação que visa proceder a essa divisão, o que releva é prevenir, fazendo retroagir a sua oponibilidade a terceiros à data do registo da ação, o efeito extintivo ou dissolutivo da relação de compropriedade decorrente da divisão que venha a ser decretada na decisão final. 7 Cfr. Pº nº 111/92 R.P.4, in BRN nº 8/2002(Caderno II).

9 Ainda que, a montante, a qualificação meramente ao abrigo da alínea a) do nº 1 tenha tido por base o entendimento de que o registo da ação pauliana não está sujeito ao princípio do trato sucessivo (e que fosse de dar por não formulado o pedido de cancelamento e, logo, por não escrita a sua menção no registo), temos dificuldade em entender a razão, a jusante, da qualificação do posterior registo de aquisição como provisório por natureza, por incompatibilidade, dada a referida natureza da ação pauliana Visto o conteúdo da inscrição de ação, a qualificação que mereceu e a qualificação que provocou no seguinte registo de aquisição, importa agora responder à questão supra enunciada, de saber se apesar de não constar da decisão judicial a identificação registral da ação e de o registo não incluir a menção de pedido de anulação da venda de 1/3 à Olga, se pode, com suficiente segurança, concluir que o objeto da ordem de cancelamento é a inscrição de ação em causa. Inclinamo-nos para responder afirmativamente, dando desde logo por assente que não cabe na função qualificadora sindicar o mérito da decisão judicial 9. Concorrem para a formação daquele juízo de identidade: a) Apenas os sujeitos ativos e passivos (Olga e Júlia) da inscrição de aquisição de 1/3 da Ap.... de 2002/12/27 são réus na ação; b) O facto registado na referida inscrição é a aquisição de 1/3 a favor da Olga por compra à Júlia; c) O pedido de cancelamento inclui o registo de aquisição a favor da Olga; 8 Cfr. Pº 73/92 R.P.4, in BRN nº 7/2002( Caderno II). 9 Não fora a mencionada exclusão do âmbito da função qualificadora e estaríamos confrontados com a necessidade de apreciar a singularidade da situação, na parte em que configura uma ordem de cancelamento proferida na sequência de venda em ação especial de divisão de coisa comum e não em venda em execução. O teor da decisão judicial permite perceber que o cancelamento teve por fundamento o disposto no art. 824º do Código Civil (ex vi o art. 463º do C.P.C.), não sendo, assim, de colocar qualquer obstáculo de ordem tabular à execução da decisão. Não fosse a indicada exclusão e se concluíssemos pela aplicação ao caso do disposto naquele art. 824º, colocar-se-ia também a questão de saber se o registo da decisão proferida na ação de divisão de coisa comum que no caso consubstanciou o registo da própria aquisição por compra -, poderia ter determinado o cancelamento oficioso do registo da ação de impugnação pauliana, por aplicação do disposto no art. 900º/2 do C.P.C.. Para lá do que começamos por afirmar, não está em tabela a qualificação do registo da decisão judicial da ação de divisão de coisa comum, além de que, como ficou dito no texto quanto à qualificação do registo da ação pauliana, a provisoriedade por natureza nos termos da alínea b) do nº 2, teria determinado a cessação dos seus efeitos pela via da caducidade do próprio registo.

10 d) A decisão de cancelamento foi proferida a requerimento dos adquirentes do prédio na ação de divisão de coisa comum - a outra ação registada para lá da de impugnação pauliana - os quais concretizaram ( nomeadamente ), de entre ónus ou encargos pendentes sobre o prédio, um registo de ação, que era o único existente para lá daquele; e) À utilização do vocábulo anulação em vez de ineficácia não pode ser atribuído sentido que afaste a existência de identidade, por um lado porque a inscrição inclui um pedido de cancelamento que só pode ser coerente como efeito de invalidade (não mencionada no registo; não sabemos se mencionada no título) e, por outro, por ser frequente a errada qualificação jurídica do efeito pretendido com a impugnação pauliana 10 ( admitimos que o juiz tenha reproduzido o vocábulo utilizado no indicado requerimento). Ou seja, consideramos que existe grau de certeza suficiente de que a decisão se refere àquela inscrição e não a qualquer outra. Refira-se, como nota final, que se não tivesse sido possível alcançar tal juízo, se imporia propor que fosse ordenada a instauração de processo de retificação, de acordo com o que supra observámos quanto à falta de especificação do objeto da impugnação e quanto à exclusiva inclusão do fundamento da alínea a), do nº 1, do art. 92º do C.R.P., na qualificação como provisório por natureza. Na sequência do exposto, propomos a procedência da presente impugnação, firmando as seguintes Conclusões 1. O registo da ação de impugnação pauliana deve incluir a menção do negócio jurídico objeto da impugnação e, abrangendo mais do que um prédio e não existindo coincidência desse objeto e respetivos sujeitos, deve incluir apenas o conteúdo relativo a cada prédio, sob pena de incerteza quanto ao âmbito da presunção derivada do registo e do objeto da prevalência conferida pelo principio da prioridade, prejudicando a segurança do comércio jurídico imobiliário ( art.s 1º, 6º, 7º e 91º/1 do C.R.P.). 10 Cfr. Acórdão mencionado na nota 3.

11 2. Ordenado judicialmente o cancelamento de registo de ação sem indicação da respetiva identificação registral, esse facto não deve determinar, por si só, um juízo irremediável de incerteza quanto ao objeto da decisão, nomeadamente quando é identificado o pedido e, pelo seu confronto com o que consta do registo que se pediu que seja cancelado e pela consideração da situação registral, seja possível concluir, com suficiente grau de certeza, pela identidade entre objeto da decisão e objeto do pedido de registo. Parecer aprovado em sessão do Conselho Consultivo de 23 de maio de Luís Manuel Nunes Martins, relator, António Manuel Fernandes Lopes, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente do Conselho Diretivo em

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