Pº R.Co.18/2012 SJC-CT
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- Bernardo Lobo Branco
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1 Pº R.Co.18/2012 SJC-CT Recorrente: S Construções Lda. Sumário: Retificação de registo de encerramento de liquidação, lavrado no âmbito do disposto art. 24º/6 do Regime Jurídico dos Procedimentos Administrativos de Dissolução e Liquidação de Entidades Comerciais (RJPADLEC) Relatório 1. Encontrando-se já registadas a sentença de declaração de insolvência ( Insc. 7, pela Ap / ) e a decisão judicial de encerramento do processo de insolvência( Insc.9, pela Ap / ), a Conservatória do Registo Predial e Comercial de efetuou o registo de encerramento da liquidação ( Insc. 10, pela Ap / ), no qual se mencionou a decisão, de 2011/07/27, no sentido de foi declarado o encerramento da liquidação no âmbito do procedimento administrativo de liquidação, não tendo resultado do processo de insolvência, nem tendo sido comunicada à Conservatória a existência de qualquer ativo a liquidar. Da referida decisão consta que teve por fundamento de direito o disposto no artigo 234º/4 do Código de Insolvência e Recuperação de Empresas (CIRE) e nos artigos 15º/5/i) e 24º/6 do Regime Jurídico dos Procedimentos Administrativos de Dissolução e Liquidação de Entidades Comerciais (RJPADLEC) e, por fundamento de facto, a comunicação do Tribunal de que o processo foi encerrado por insuficiência de bens, não havendo lugar ao rateio final. A decisão termina com a menção de que a decisão transita imediatamente devendo de seguida lavrar-se oficiosamente registo do encerramento da liquidação. Na mesma data daquela inscrição 10 foi registado ( pela Ap..) o cancelamento da matrícula (Insc. 11). 2. Pela Ap.../ foi requerida a retificação do registo de encerramento da liquidação, em que, em síntese, se alegou :
2 a) Que o despacho judicial que declarou o encerramento do processo de insolvência refere expressamente que as consequências do encerramento são as previstas no art. 233º/1 e 2 do CIRE; b) Que, assim, a requerente assumiu totais poderes sobre o seu património, atividade e negócios, e que, nesse sentido tem vindo a cumprir com todas as suas obrigações legais, nomeadamente fiscais; c) Que tomou conhecimento do encerramento da liquidação através de consulta de certidão permanente; d) Que não pode ser liquidada como o foi, pois não só nunca foi notificada para o efeito, como ainda detém património, nomeadamente 2 veículos automóveis ; e) Que teria que ter sido obrigatoriamente notificada para o efeito e não o foi, tendo sido preterida formalidade essencial que gera a nulidade do próprio ato ; f) Que, assim, o registo é inexato, por ter sido indevidamente lavrado, pelo que deve ser retificado em conformidade, nomeadamente determinando a sua anulação ou nulidade. Requereu a inquirição, como testemunha, da administradora da insolvência. 3. Efetuada a anotação no livro-diário, foram averbados o levantamento da inscrição de cancelamento da matrícula e a pendência de retificação, às indicadas inscrições 11 e 10, respetivamente. Depois de levadas a cabo diversas diligências instrutórias, foi lavrado despacho de indeferimento da retificação pretendida, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos, do qual consta, em síntese, a seguinte fundamentação: a) Nos termos dos artigos 36º e seguintes do CIRE a declaração de insolvência tem por efeito, entre outros, a dissolução da entidade comercial; b) Que a dissolução não significa extinção, a qual só ocorre com o encerramento da liquidação (art. 234º do CIRE e art. 160º/2 do CSC); c) Que foi registada a sentença que declarou a insolvência, bem como o encerramento do processo de insolvência, por insuficiência de bens e direitos suscetíveis de ser liquidados; d) Que a instauração oficiosa do procedimento de liquidação se fundou no disposto no art. 234º/4 do CIRE e art. 15º/5/i) do RJPADLEC; e) Foi solicitada ao Tribunal informação sobre se a entidade em causa possuía bens para satisfazer as custas do processo de liquidação e restantes
3 dívidas, tendo a resposta sido dada por meio de certidão judicial, onde para lá de se reproduzir a sentença de declaração de insolvência e a decisão de encerramento do processo, se certificou que nos presentes autos não haverá rateio uma vez que o processo foi encerrado por insuficiência de bens ; f) Que a requerente não foi notificada para o procedimento, por força do disposto no art. 24º/6 do RJPADLEC, donde decorre não haver lugar à nomeação de liquidatários, transitando a decisão imediatamente em julgado e devendo ser lavrado oficiosamente o registo de encerramento da liquidação e o cancelamento da respetiva matrícula; g) Que não se trata de registo inexato ou indevidamente lavrado ( artigos 22º/1, 23º e 82º/1 do Código do Resisto Comercial). 4. Daquela decisão de indeferimento foi interposto o presente recurso, cujos termos aqui se dão também por integralmente reproduzidos, no qual, para lá de se repetir a fundamentação que se fizera constar do requerimento de retificação, se alegou ainda, em síntese, que: a) A decisão de indeferimento do pedido de retificação não foi precedida de audiência (art. 267º/5 da Constituição da República Portuguesa, artigos 100º a 105º do Código de Procedimento Administrativo e art. 91º/5 do CRCom), estando ferida de nulidade; b) Se tivesse tido conhecimento da pendência do processo de liquidação teria prestado caução para satisfazer os encargos do mesmo; c) Lhe é essencial a manutenção da capacidade e personalidade jurídicas nos termos do art. 233º/1 e 2 do CIRE pois tem pendente impugnação judicial de liquidações do IRC, que corre no Tribunal Administrativo e Fiscal da Braga( Pº 705/11.OBeBrg.), a qual improcederá e perderá o seu efeito útil caso se confirme a presente dissolução e liquidação oficiosas. 5 A decisão de indeferimento foi sustentada em despacho proferido em cumprimento do disposto nos artigos 92º/1 e 101º-B/1 do CRCom, cujos termos se dão aqui por integralmente reproduzidos. Questão prévia A retificação do registo de encerramento da liquidação da sociedade S Construções, Lda. foi requerida pela própria sociedade a que respeita o registo, já extinta por efeito do mesmo registo, por força do disposto no art. 160º/2 do
4 Código das Sociedades Comerciais (CSC), que determina que A sociedade considera-se extinta, mesmo entre os sócios e sem prejuízo do disposto nos artigos 162º a 164º, pelo registo do encerramento da liquidação. Temos, assim, uma situação sui generis, em que a pessoa coletiva indicada como requerente da retificação representada por advogado, no exercício de poderes conferidos por procuração outorgada em data (15 de fevereiro de 2011) anterior à do registo do encerramento da liquidação (29 de julho de 2011) - se mostra extinta por efeito ( constitutivo ) do indicado registo, mas que deixará de o estar se a retificação pretendida se vier a concretizar, com efeitos retroativos à data do registo. A natureza do objeto do pedido de retificação que, em caso de deferimento, significará, o ressuscitar da sociedade com efeitos retroativos à data do registo de encerramento da liquidação, e o interesse público subjacente ao processo especial de retificação de registo, que constitui fundamento da oficiosidade prevista no art.82º/1 do CRCom, que dispõe que Os registos inexatos e os registos indevidamente lavrados devem ser retificados por iniciativa do conservador logo que tome conhecimento da irregularidade, ou a pedido de qualquer interessado, ainda que não inscrito, apontam claramente no sentido de dar por presente o pressuposto da legitimidade, quer para o pedido de rectificação, quer para a presente impugnação da decisão de indeferimento desse pedido. Saneamento: o recurso é tempestivo, e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Pronúncia 1. Quanto à invocada nulidade da decisão de indeferimento do pedido de retificação, pelo facto de não ter sido cumprido o disposto no art. 91º/5 do CRCom, basta referir que a) esse nº 5 - que determinava que Concluída a produção de prova e efetuadas as diligências que oficiosamente sejam ordenadas, dispõem os interessados do prazo de três dias para apresentar alegações foi revogado pelo D.L. nº 116/2008, de 4 de julho, e b) que não tem aqui aplicação o disposto no Código de Procedimento Administrativo( art.s 100º a 105º), já que o diploma subsidiariamente aplicável ao processo especial de retificação é o Código de Processo Civil( cfr. art. 81º/1 do CRCom), que não prevê aquela apresentação de alegações.
5 Não tem assim, neste ponto, razão o recorrente. 2. A letra da lei não deixa margem para dúvidas quanto ao facto de que o encerramento do processo de insolvência de sociedade comercial por insuficiência da massa insolvente não faz cessar o efeito da dissolução produzido pela declaração de insolvência (cfr. art. 141º/1/e) do CSC). Efetivamente, quando a alínea a) do nº 1 do art. 233º do CIRE determina que cessam todos os efeitos que resultam da declaração de insolvência, recuperando o devedor o direito de disposição dos seus bens e livre gestão dos seus negócios, ressalva expressamente a aplicação do disposto no artigo 234º do mesmo CIRE às sociedades comerciais (sem prejuízo ( ) do disposto no artigo seguinte). Ora, fora os casos de regresso à atividade previstos nos seus números 1 e 2, que não estão aqui em tabela, o que o dito art.234º ( nº 4) determina é que No caso de encerramento por insuficiência da massa insolvente, a liquidação prossegue nos termos do regime jurídico dos procedimentos administrativos de dissolução e liquidação das entidades comerciais, devendo o juiz comunicar o encerramento e o património da sociedade ao serviço de registo competente. Obviamente que o facto de remeter para um regime ( RJPADLEC) que inclui o procedimento administrativo de dissolução, não significa que esteja a dar por cessado o efeito da dissolução produzido pela declaração de insolvência; está a remeter apenas para a parte desse regime que respeita ao procedimento administrativo de liquidação, embora utilizando a designação legal comum a ambos. A justificação para o que acabámos de dizer está no facto de parecer resultar entendimento contrário do requerimento de retificação e do recurso, nomeadamente quando no ponto 18 deste se refere que Se assim é para toda e qualquer decisão que, de algum modo, seja suscetível de afetar o cidadão, muito mais o será quando ESSA DECISÃO É A SUA PRÓPRIA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO, como acontece no presente caso e na respetiva conclusão se pede que se ordene a revogação da douta decisão impugnada, substituindo-a por outra que declare que o ato de registo da dissolução e liquidação da sociedade é inexato( ). Uma coisa é o registo do facto que tem por efeito a dissolução da sociedade a declaração de insolvência e outra é o registo do facto que tem por efeito a sua extinção, ou seja, o encerramento da liquidação. 3. Ao pretender indicar, no requerimento de retificação, o vício de que padecerá o registo de encerramento de liquidação, a recorrida considera-o inexato,
6 por ter sido indevidamente lavrado com base em decisão nula, por ter sido preterida formalidade essencial nunca foi notificada para o efeito sem indicar qual a disposição legal que impõe a sua notificação. Já no requerimento de recurso invoca o artigo 267º/5 da Constituição, os artigos 100º a 105º do CPA e os artigos 8º, 9º, 11º/5, 17º e 25º do RJPADLEC No Pº C.Co.20/2012 SJC-CT 1, em que se tratava de saber, inter allia, se no caso de instauração oficiosa do procedimento administrativo de liquidação em que a verificação da insuficiência da massa insolvente se deu já no curso do processo de insolvência (art.s 230º/1/d) e 232º do CIRE) e resultando da comunicação do tribunal a existência de ativos que permitam suportar os encargos do procedimento, deve ou não ter lugar a notificação prevista no art. 17º/1/a)/2 do RJPADLEC, respondeu-se negativamente, considerando que as finalidades da notificação dar a conhecer a instauração do processo e estabelecer o ativo e passivo - já estavam asseguradas. Ora, se assim é para aquele caso, como entendemos que deve ser, o mesmo deve aplicar-se ao caso de inexistência de ativos suficientes para suportar os ditos encargos - como resulta inequivocamente da conjugação do disposto nos nºs 1 a 5 com o disposto no nº 6, todos artigo 24º do RJPADLEC (artigo cuja epígrafe é Regime especial de liquidação oficiosa) - em que a declaração de encerramento da liquidação é imediata No processo anteriormente mencionado não foi apreciada, por não estar em tabela, a questão de saber se a decisão imediata de encerramento da liquidação cabe na previsão do art. 25º do RJPADLEC, isto é, se deve ser notificada e se é impugnável judicialmente nos termos do art.12º. O elemento literal aponta indiscutivelmente no sentido de que deve responder-se negativamente a ambas as questões, pois que se refere à decisão que é proferida no prazo de cinco dias após a conclusão dos atos de liquidação e partilha, que não têm lugar no caso em apreciação. Se a lei tivesse pretendido submeter ambas as decisões ao mesmo regime, ter-se-ia expressado, ainda que imperfeitamente, de outra forma, mediante a inserção de algum elemento gramatical de que fosse possível retirar um mínimo de correspondência com aquela intenção ( art. 9º/2 do Código Civil). Entendemos, no entanto, que aquele alcance da previsão legal, resultante do elemento gramatical, não sai beliscado pelo ratio legis. 1 Disponível em (Doutrina)
7 De facto, dizendo a lei (art.24º/6 do RJPADLEC) que a declaração de encerramento da liquidação só não é imediata se resultar do processo de insolvência a existência de ativos que permitam suportar os encargos com o procedimento, e não existindo esses ativos, notificavam-se os interessados para que? Para poderem impugnar judicialmente o cálculo que determinou a conclusão de insuficiência? Não nos parece. Convém, por outro lado, ter presente que a comunicação do tribunal se segue a decisão de encerramento do processo de insolvência transitada em julgado, proferida depois de ouvidos a sociedade, os credores e a assembleia de credores. Que sentido faria proceder à notificação dos interessados, dando-lhes conhecimento de decisão que é mero efeito de outra decisão à qual já tiverem oportunidade de se opor - o encerramento do processo de insolvência, com consequente prosseguimento da liquidação no serviço de registo - e considerar impugnável judicialmente - tal decisão, se a outra já transitou em julgado? 4. Decorre do exposto que entendemos que o recurso - que é da decisão de indeferimento do pedido de retificação - deve improceder, pois que o registo de encerramento da liquidação não enferma de qualquer inexatidão ( O registo inexato é o que se mostre lavrado em desconformidade com o título que lhe serviu de base ou enferme de deficiências provenientes desse título que não sejam causa de nulidade art. 23º do CRCom), nem de nulidade suscetível de ser retificada nos termos do processo especial de retificação de registo previsto nos artigos 81º a 93º-D do CRCom (Os registos indevidamente efetuados que sejam nulos nos termos das alíneas b) e d) do nº 1 do artigo 22º podem ser cancelados com o consentimento dos interessados ou em execução de decisão tomada neste processo[art. 82º/2]; O registo por transcrição é nulo quando tiver sido lavrado com base em títulos insuficientes para a prova legal do facto registado ou quando tiver sido assinado por pessoa sem competência funcional, salvo do disposto no artigo 369º do Código Civil, e não possa ser confirmado[art.22º/1/a) e d)] É certo que foi invocada a nulidade da própria decisão que titulou o registo em causa, concluindo-se o requerimento de recurso no sentido de que seja declarado que o ato de registo da liquidação da sociedade é inexato, tendo sido indevidamente lavrado por essa conservatória, ordenando-se a sua retificação em conformidade, nomeadamente determinando a sua anulação. Já nos pronunciámos supra sobre a invocada falta de notificação da sociedade que, segundo o recorrente, é causa de nulidade da decisão, mas cumpre acrescentar que mesmo que se entendesse que a decisão que declarou o encerramento da liquidação estava sujeita ao regime de notificação e impugnação
8 constante do art. 25º do RJPADLEC, no âmbito do processo de retificação do registo desse facto apenas se poderia apreciar da nulidade desse registo ao abrigo dos indicados artigos 22º/1/b) e 82º/2 do CRCom, ou seja porque tivesse sido lavrado com base em título insuficiente, neste caso porque a decisão ainda não tinha caráter definitivo. No entanto, procedendo em tal hipótese a impugnação da decisão de indeferimento do pedido de retificação e embora fossem canceladas as inscrições 10 e 11, caberia ao serviço de registo proceder à notificação dos interessados em falta e de duas uma, ou a decisão vinha a ser judicialmente impugnada ou não: na primeira hipótese, prosseguiria o processo de liquidação ou seria novamente registado o encerramento da liquidação, consoante procedesse ou improcedesse a impugnação; no segundo caso seria novamente registado o encerramento da liquidação. Por outro lado, mesmo que se entendesse que havia lugar também à notificação prevista no art. 17º do RJPADLEC e que fosse de considerar nula a decisão de encerramento do procedimento por esse motivo, essa nulidade só poderia ser invocada na impugnação judicial que da mesma decisão se viesse a interpor. Em consonância com o exposto, propomos a improcedência do recurso, firmando as seguintes Conclusões 1. Instaurado oficiosamente o procedimento de liquidação, no caso em que o tribunal comunicou ao serviço de registo o encerramento do processo de insolvência de sociedade comercial por insuficiência da massa insolvente e o valor do respetivo património, o conservador deve declarar imediatamente o encerramento daquele procedimento no caso de resultar inexistência de ativos suficientes que permitam suportar os encargos com o mesmo, não havendo lugar à notificação da sua instauração ( cfr. artigos 15º/5/i), 17º/1/a/2 e 24º/6 do RJPADLEC e art.º 234º/4 do CIRE). 2. Aquela decisão não está sujeita à notificação nem é impugnável ao abrigo da previsão do art. 25º/2/3 do RJPADLEC, que respeita exclusivamente a decisão de encerramento proferida após os atos de liquidação e partilha.
9 3. Terminada a instrução do processo especial de retificação de registo, a decisão sobre o pedido de retificação deve ser proferida no prazo de 10 dias, não havendo lugar à audiência prévia dos interessados, que não está prevista nem no regime legal daquele processo ( cfr. artigos 81º a 93º-D, maxime o art. 91º, do CRCom) nem no Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente( cfr. art. 81º/1 do CRCom). Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 25 de outubro de Luís Manuel Nunes Martins, relator, Carlos Manuel Santana Vidigal, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, Ana Viriato Sommer Ribeiro, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em
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