Os Impactos Econômicos da Expansão da Produção de Etanol sob a Ótica da Matriz de Contabilidade Social Brasileira

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1 OS IMPACTOS ECONÔMICOS DA EXPANSÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL SOB A ÓTICA DA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL BRASILEIRA jhcuha@esalq.usp.br Apresetação Oral-Estrutura, Evolução e Diâmica dos Sistemas Agroalimetares e Cadeias Agroidustriais JOAQUIM HENRIQUE DA CUNHA FILHO 1 ; JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO 2. 1.ESALQ/USP E BUNGE ALIMENTOS S.A., PIRACICABA - SP - BRASIL; 2.ESALQ/USP, PIRACICABA - SP - BRASIL. Os Impactos Ecoômicos da Expasão da Produção de Etaol sob a Ótica da Matriz de Cotabilidade Social Brasileira Grupo de Pesquisa: Estrutura, Evolução e Diâmica dos Sistemas Agroalimetares e Cadeias Agroidustriais. RESUMO Este trabalho aalisa os impactos ecoômicos da expasão da produção de etaol o Brasil e, a partir da estimação de uma matriz de cotabilidade social (SAM) e da aálise dos seus multiplicadores cotábeis, coclui que choques exógeos de demada sobre o setor sucroalcooleiro provocam impactos relevates detro do próprio setor e as idústrias química, farmacêutica, cosmética, alimetícia e de refiados de petróleo. Coclui também que a produção de etaol é estratégica para a política de emprego, tecológica e de ivestimetos o Brasil. Palavras-chave: Isumo-produto; Matriz de cotabilidade social; Etaol ABSTRACT This work aalyses the ecoomic impacts of ethaol productio expasio i Brazil ad, from a estimated Social Accoutig Matrix (SAM) ad its accoutig multipliers aalysis, it cocludes exogeous demad shocks oto sugarcae idustry cause relevat impacts withi ow idustry ad i chemical, medicie, cosmetic, food ad oil by products idustries. It also cocludes the ethaol productio is strategic for labor, techological ad ivestmets policies i the Brazil. Keywords: Iput-Output; Social accoutig matrix; Ethaol 1 INTRODUÇÃO Os ivestimetos a produção de biocombustíveis o Brasil e o exterior têm apresetado um crescimeto acetuado os últimos aos a medida em que se toraram crescetes as preocupações com o meio-ambiete, com os reflexos ecoômicos dos elevados íveis do preço iteracioal do petróleo e com a depedêcia do forecimeto deste produto a partir de regiões politicamete problemáticas o globo. A cojução destas preocupações criou as codições 1

2 ecessárias para a adoção e difusão do uso de biocombustíveis em escala mudial, etre os quais, destaca-se o etaol. Tal como evideciados corretemete, o etaol tem sido produzido e cosumido como combustível ao redor do mudo e o Brasil é um de seus pricipais produtores globais. Estudos recetes declaram que as perspectivas para a demada mudial por etaol tedem a crescer, passado dos atuais 51 milhões de metros cúbicos para cerca de 64 milhões de metros cúbicos já em 2010 (ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT - OECD, 2007), caracterizado uma possibilidade real de o Brasil torar-se um exportador global do produto. Já o mercado itero brasileiro, o estímulo à demada é resultado da recete expasão da frota de carros bicombustíveis ou flex. No etato, a expasão do setor sucroalcooleiro pode ser limitada devido a uma série de fatores detre os quais figuram-se a capacidade de expasão acioal da cultura de caa-deaçúcar; a ecessidade e dispoibilidade de ivestimetos em moderização e costrução de ovas uidades de produção de açúcar e álcool; a ifra-estrutura ecessária à produção e à comercialização; os impactos o preço do álcool, açúcar e alimetos; o preço do petróleo e seus derivados; a dispoibilidade de eergia elétrica; etre outros. Nesse setido, equato se observa uma vasta literatura sobre pesquisas que evolvem geericamete o desevolvimeto brasileiro do setor sucroalcooleiro, poucas referêcias tratam, com exatidão, os úmeros da expasão deste setor em curto prazo o Brasil, bem como de sua relação com demais setores da ecoomia, o mercado de trabalho, a reda proveiete do cultivo da terra ou a capacidade de formação bruta de capital. Nesse setido, este trabalho irá aalisar os impactos da expasão brasileira da produção de etaol, à luz dos multiplicadores cotábeis da matriz de cotabilidade social do País e verificar os seus reflexos sobre outros setores da ecoomia e fatores primários de produção. 2. O SETOR SUCROALCOOLEIRO NO MUNDO E NO BRASIL As recetes iiciativas para a substituição do uso de combustíveis fósseis por biocombustíveis têm estimulado a produção de etaol globalmete. Esta substituição procura reduzir a depedêcia das ecoomias por petróleo e também mitigar os impactos ambietais proveietes da queima de seus derivados e vêm ocorredo em todo o mudo, com destaque para os Estados Uidos, Europa e Ásia. O ritmo acelerado da expasão da produção de eergia reovável, em particular, o etaol, tem se torado pauta costate a ageda política mudial pricipalmete o que tage a ecessidade de desevolvimeto de ovos mercados para a agricultura e a geração e aumeto de reda para produtores rurais. Nesse setido, OECD (2007), Rothkopf (2007) e FAO (2008) apotam que a produção de matérias-primas devem suprir tato a produção desses biocombustíveis quato a ecessidade de alimetos. Sob a ótica apeas do álcool combustível, a produção brasileira desse produto deverá crescer a taxas crescetes os próximos aos, alcaçado cerca de 47 bilhões de litros em 2016 (OECD, 2007; UNIÃO DA INDÚSTRIA DE CANA-DE-AÇÚCAR - UNICA, 2008). A expectativa de crescimeto de produção desse produto vem acompahada da expasão da área de cultivo de caa o Brasil que deverá crescer, atigido cerca de 11,4 milhões de hectares até 2016 (OECD, 2007; UNICA, 2008). Além disso, espera-se uma alteração o mix de produção baseada a caa, ou seja, o total da caa destiada para a produção de etaol deve passar dos atuais em toro de 55% para mais de 60% em detrimeto da caa destiada à produção de açúcar. 2

3 Em pesquisas desevolvidas juto ao setor sucroalcooleiro, Carvalho (2006) mostrou que a estrutura dual do sistema agroidustrial da caa-de-açúcar (produção cocomitate de açúcar e etaol) o Brasil pode ser capaz de reagir rapidamete às oscilações do mercado, pricipalmete ao iteracioal, determiado mais uma vatagem comparativa do Brasil em relação aos países que apeas produzem açúcar. Outro fator importate a ser destacado é a propagação dos carros flex-fuel que também iflueciaram fortemete as decisões estratégicas de grades motadoras o Brasil. Assim, o Brasil cosolida seu mercado doméstico que acaba atraido a ateção de ivestidores estrageiros, que vêm atuado como itermediários, distribuidores ou produtores, bem como se firma como um possível player mudial do combustível direcioado para o mercado extero que vem se desevolvedo ao a ao. Outra característica do setor sucroalcooleiro o Brasil a ser destacada é sua capacidade de cogeração de eergia elétrica, produzido eergia mais que suficiete para o próprio cosumo das usias de açúcar e álcool, mas também produzido excedetes de eergia que são vedidos as redes de distribuição de eletricidade. Em termos gerais, a expectativa do govero brasileiro, segudo o Plao Nacioal de Agroeergia elaborado pelo Miistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimeto, é de um crescimeto da demada em 1,5 bilhões de litros por ao. Isto represeta um acréscimo de cerca de 30 bilhões de litros à produção brasileira até Este plao cotempla também um aumeto o cosumo e as exportações de açúcar e etaol, requeredo cerca de 220 milhões de toeladas de caa-de-açúcar, além dos atuais 490 milhões de toeladas, podedo implicar a iclusão de cerca de 3 milhões de hectares o cultivo da lavoura de caa aos atuais, equivaletes a 6 milhões de hectares. Além disso, é importate destacar que a atividade agrícola do setor sucroalcooleiro emprega também cerca de produtores idepedetes de caa-de-açúcar com propriedades meores de 150 hectares que produzem cerca de 27% do total da caa-de-açúcar acioal, determiado, portato, outro poto sesível de geração de reda detro da atividade. Outro fator de ifluêcia ao setor sucroalcooleiro remete à legislação ambietal atualmete aplicada, pricipalmete o Estado de São Paulo. As ovas leis, regulametações e acordos proibido a queima da caa como método de despalha tem impactado fortemete a demada por trabalhadores para o corte maual da caa-de-açúcar. Além disso, a produtividade do trabalho com a colheita da caa crua maual é muito reduzida (em média cai de 6 toeladas por dia por empregado para 2,5 toeladas por dia por empregado), o que iviabiliza ecoomicamete sua adoção. Desta forma, pode-se afirmar que o uso de caa crua só é retável se esta for colhida mecaicamete, uma vez que a mecaização o campo tede a se acelerar também em fução do aumeto de competitividade das usias, pricipalmete com o desevolvimeto de máquias meores, mais baratas, e com tecologia que permita a colheita em terreos com maior declividade. Segudo Moraes (2007) aida, isso poderá afetar egativamete a demada por trabalhador a lavoura, pricipalmete aqueles de baixa qualificação, o que implica a expulsão destes trabalhadores da atividade sucroalcooleira. Aida segudo a autora, esse fato pode implicar a ecessidade de qualificação e treiameto desta mão-de-obra, para estar apta à atividades que exijam maior qualificação. Do lado dos ivestimetos, a expectativa é que o úmero de uidades processadoras de caa-de-açúcar o Brasil ultrapasse 600 uidades até o ao de 2017 de acordo com EPE (2008). Para tato é ecessário um aporte fiaceiro para a istalação de ovas usias em toro de US$ 53 bilhões, ou US$ 4,4 bilhões auais. Isto sem cotar com o ivestimeto em atualização e mauteção das usias existetes que, segudo o mesmo trabalho, deve chegar ao volume de 3

4 US$ 41 bilhões em ivestimetos diretos a produção sucroalcooleira. Este ivestimeto deve respoder pelo aumeto de 45% da produção de açúcar do país e de mais de 200% a produção de etaol. A partir desses ivestimetos, uma série de aálises sobre a ifluêcia do setor sucroalcooleiro em outros setores da ecoomia brasileira podem ser desevolvidas. Há que se destacar que o Brasil, a crítica recai sobre a capacidade de abastecimeto do mercado itero, pricipalmete se o ceário iteracioal for o de demada extremamete aquecida e elevação dos preços para o produto e a sua relação sobre o mercado de açúcar. Nesse setido, a ifluêcia da expasão da produção de álcool em outros setores da ecoomia, sua capacidade de criar emprego e reda, sua capacidade de expasão, sua capacidade de criação de excedete, etre outras, são questões que aida devem ser respodidas e são cosideradas o poto cetral deste trabalho. 3 METODOLOGIA Temas que evolvem a aálise de uma ecoomia aberta do poto de vista global pode ser realizada por meio da perspectiva de três diferetes estruturas cotábeis, de acordo com Robiso e Holst (1988) e Sampaio (2000): (1) cota produto e reda acioal, a qual é focalizado o balaço etre os macroagregados ecoômicos; (2) aálise isumo-produto, a qual se focalizam os fluxos itermediários e a composição setorial de produção e demada; e, (3) Matriz de Cotabilidade Social 1 - SAM a qual há uma estrutura que icorpora tato a reda e produto acioal quato iformações de isumo-produto. Os autores afirmam que estas três estruturas têm sido usadas para desevolver coeficietes fixos e multiplicadores lieares que expressam as relações cotábeis existetes etre as cotas que as compõem. Em paralelo, Sampaio (2000) e Robiso e Holst (1988) também destacaram que uma Matriz Isumo-Produto - MIP ão iforma como a reda gerada pelos fatores de produção da atividade ecoômica é apropriada pelas famílias, cosideradas pelos autores como as uidades ecoômicas mais relevates para as decisões de cosumo fial. O cosumo fial, como os outros compoetes da demada fial, aparece como um vetor, tedo, portato, de ser tratado como uma variável exógea os modelos macroecoômicos quado baseados a MIP. Destaque-se que modelos que têm por base uma matriz de cotabilidade social permitem edogeizar o cosumo fial das famílias, possibilitado o cálculo de multiplicadores de impactos mais sesíveis e abragetes que os resultates de uma MIP. Isto ocorre devido ao fato de que são levados em cosideração ão apeas os coeficietes técicos de produção costates da MIP, mas também os coeficietes relativos ao comportameto de cosumo das famílias. Estes multiplicadores, portato, refletem o comportameto do cosumo das famílias detro do processo produtivo (MILLER; BLAIR, 1985; PYATT; ROUND, 1985). É importate destacar, aida, que o modelo multiplicador estático de isumo-produto era a úica tecologia dispoível a década de 1960 que tratava da questão da estrutura ecoômica e foi base para a costrução de modelos diâmicos lieares. Para esses modelos, as suposições de demada e tecologia são simples, mas também são úteis para capturar os elemetos pricipais da iterdepedêcia da ecoomia. Na referida década, foi elaborado um trabalho com modelo multiplicador que costituía uma extesão do modelo isumo-produto, sedo cohecida como SAM. A SAM mostra uma estrutura que explora problemas multissetoriais e macroecoômicos e é cosiderada o poto de partida para a costrução de 1 Neste trabalho utiliza-se a sigla SAM como referêcia ao termo social accoutig matrix que sigifica matriz de cotabilidade social tal como utilizado corretemete a literatura sobre o assuto. 4

5 modelos mais complexos da ecoomia, tais como os modelos aplicados de equilíbrio geral. Nesse setido, escolheu-se como melhor abordagem para se atigir os propósitos deste trabalho a utilização de uma matriz de cotabilidade social para o Brasil com grau de desagregação suficiete para a determiação, por meio do cálculo de seus multiplicadores, das relações existetes etre seus setores ecoômicos e fatores de produção. 3.1 A matriz isumo-produto brasileira para 2004 A obteção da matriz isumo-produto brasileira, foi estimada para ao de 2004 utilizado como referêcia a última versão oficial foi calculada pelo Istituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para o ao de 1996 e uma série de iformações coletadas e elaboradas por órgãos estatísticos oficiais. O processo de atualização e costrução da matriz isumo-produto brasileira cosiderou, também, o detalhameto das atividades ecoômicas divulgadas pelo IBGE, assumido o ovo sistema de cotas acioais proposto pelo órgão, o Sistema de Cotas Nacioais - SCN. Como o IBGE divulga seus resultados em diferetes versões em razão da dispoibilidade das fotes de iformação utilizadas a elaboração das Cotas Nacioais, este trabalho cosidera, portato, as iformações defiitivas mais recetes publicadas por esta etidade, ou seja, os detalhametos das atividades ecoômicas do SCN para o ao de O SCN brasileiro é composto por seis matrizes que expressam os fluxos fiaceiros etre recursos e usos de bes e serviços. Estas matrizes são orgaizadas com iformações sobre produção, oferta, importação (que correspodem às matrizes de recursos) e em cosumo itermediário, demada fial e os compoetes do valor adicioado (que correspodem às matrizes de usos de bes e serviços). Estas matrizes tal como publicadas pelo IBGE são expressas a preços ao cosumidor e precisam ser modificadas para serem expressas a preços básicos 2, correspodedo a um cojuto composto pelas matrizes de produção, de uso, de fatores, de marges, de impostos e de importação. Para, o etato, se calcular a matriz isumo-produto a preços básicos a partir do SCN, as matrizes que compõem este sistema devem ser ajustadas cotabilmete para que possam acomodar esta estimação. Esses ajustes são: a elimiação da colua CIF/FOB da matriz de importação sedo icorporada a cota de exportação; a estimação propriamete dita da MIP de 2004 tedo como base a poderação da MIP de 1996; o balaceameto desta ova MIP por meio do método RAS tal como apresetado em Miller e Blair (1985); e, desagregações ecessárias ao cumprimeto dos objetivos deste trabalho utilizado o coceito de tecologia com base o produto 3, o que exige uma série de ajustes a estrutura da demada itermediária das atividades e ovo balaceameto da MIP. Outra importate modificação a matriz isumo-produto é a desagregação do fator de produção Trabalho em dez categorias, de acordo com faixas de salários. Esta desagregação é importate para a verificação dos efeitos de um choque exógeo sobre o fator trabalho, por exemplo. Da mesma forma, as Famílias também foram desagregadas em dez tipos, agrupadas por faixas de reda. No etato, as iformações sobre reda do trabalho por faixa de salário e 2 A difereça etre preço ao cosumidor e preços básicos reside o fato de que preço ao cosumidor é o somatório dos valores a preço básico mais os impostos idiretos e marges. 3 O coceito de desagregação com tecologia com base o produto, em sítese, refere-se ao caso em que as parcelas utilizadas os processo de desagregação/agregação da matriz isumo-produto são calculadas assumido que a produção total das atividades é feita com proporções fixas de produtos (MILLER; BLAIR, 1985). 5

6 setor de atividade cosistetes com o dispêdio das famílias correspodetes ão estão dispoíveis de maeira direta. Para se coseguir esta correspodêcia, fez uso da metodologia empregada por Ferreira Filho e Horridge (2005). Estes autores processaram cojutamete os micro-dados da PNAD do ao de 2001 e da POF para 1996, ambas publicadas pelo IBGE de forma a obter, de maeira cosistete, um mapeameto etre redimetos tato do trabalho quato ão oriudos do trabalho (redimetos do capital e trasferêcias), por faixa de valor, e a reda dos domicílios correspodetes, também por faixa de valor. Para este trabalho, etretato, foram utilizadas as mesmas bases de micro-dados, etretato, a PNAD para 2004 e a POF para o ao de A metodologia desevolvida por Ferreira Filho e Horridge (2005) gera parcelas de valores de salários e dispêdio das famílias que permitem uma vez aplicados aos valores da MIP 2004, compor a reda das famílias por faixa de redimetos a partir da composição de cada família e, a partir daí, o seu dispêdio, a valores do ao de As trasferêcias do govero às famílias, por faixa de redimetos familiares, e os redimetos de capital ão estão dispoíveis a literatura, assim, seus valores foram assumidos de forma ad hoc, arbitrados iicialmete por meio de parcelas obtidas a partir da PNAD, utilizado a mesma metodologia adotada para a determiação dos salários em relação aos dispêdios das famílias. Embora o valor total do redimeto do capital e o valor dos salários declarado pela PNAD seja recohecidamete subestimado (BARROS et al., 2007), espera-se que a trasformação dos valores em parcelas elimie o problema de viés, dado que as iformações apresetam o mesmo viés para todas as classes de reda e salários. Covém salietar que este é praticamete o úico critério factível para esta fialidade, com base em iformação amostral 4. As parcelas utilizadas para o mapeameto dos salários, por faixa salarial, para as famílias, por categoria de reda familiar, podem ser vistas a Tabela 1. Os valores apresetados a Tabela 1 represetam o percetual dos redimetos de cada faixa de salário (TRAB) destiados a cada faixa de redimeto domiciliar 5 (FAM). É importate destacar que a participação dos salários mais elevados a reda das famílias cresce mootoicamete com a reda. A partir dessas iformações a MIP2004 foi desagregada para o fator trabalho e para as famílias, e ovamete balaceada pelo método RAS. Tabela 1 - Composição da reda familiar (FAM) de acordo com a categoria de salário (TRAB) dos seus membros, em parcelas, Brasil Classes de salários TRAB1 TRAB 2 TRAB 3 TRAB 4 TRAB 5 TRAB 6 TRAB 7 TRAB 8 TRAB 9 TRAB 10 Total Classe de reda familiar FAM 1 0,217 0,146 0, ,009 FAM 2 0,076 0,06 0,164 0,174 0, ,015 FAM 3 0,242 0,203 0,192 0,111 0,206 0,216 0, ,047 FAM 4 0,095 0,088 0,095 0,138 0,083 0,044 0,126 0, ,028 4 Deve-se lembrar, cotudo, que o ajustameto fial requerido para o balaceameto da matriz leva em cota a iformação já existete, ou seja, os balaços cotábeis da MIP, o que cotribui para a qualidade dos resultados. 5 Neste trabalho utiliza-se idistitamete os termos domicílio e família, embora, a rigor, exista uma difereça etre eles. 6

7 FAM 5 0,138 0,147 0,146 0,129 0,161 0,155 0,095 0, ,054 FAM 6 0,09 0,099 0,095 0,111 0,125 0,126 0,121 0,102 0, ,049 FAM 7 0,083 0,13 0,137 0,152 0,17 0,187 0,227 0,248 0, ,107 FAM 8 0,028 0,055 0,058 0,08 0,095 0,109 0,125 0,165 0,207 0,011 0,084 FAM 9 0,019 0,043 0,044 0,062 0,078 0,094 0,116 0,149 0,254 0,107 0,130 FAM 10 0,011 0,029 0,033 0,045 0,049 0,069 0,103 0,144 0,309 0,882 0,476 Total 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 Fote: Ferreira Filho (2008) 6 (iformação pessoal) Uma característica importate do setor alcooleiro, foco deste trabalho, é a sua estrutura de produção, o que iclui a atividade produtora de caa-de-açúcar. Assim, o setor caa-de-açúcar foi desagregado em dois sub-setores, os quais refletem distitas tecologias utilizadas o Brasil, uma utilizada a região Norte-Nordeste, mais itesiva em mão-de-obra e outra utilizada a região Cetro-Sul, capital itesiva em relação à primeira. O processo para esta desagregação iiciou-se com uma aálise da produtividade da produção de caa-de-açúcar o Brasil. Esta aálise cosiderou as produções e áreas cultivadas estaduais a partir de iformações publicadas pelo IBGE para o ao de Nesse setido, o critério assumido é o da divisão por produtividade regioal, agrupadose os estados com alta produtividade basicamete localizados a região Cetro-Sul do País, daí a deomiação desta cota como Caa A e os de baixa produtividade compostos por Estados da região Norte-Nordeste do Brasil, cota que passa a ser deomiada Caa B. Assim, os Estados que tivessem produtividade superior a 69 to/ha foram cosiderados Caa A e os demais Caa B. Os Estados de Roraima, Amapá e Piauí, cotudo, foram excluídos da aálise, por apresetarem produtividade muito baixa. Covém salietar que o critério acima separa a atividade em dois tipos que represetam as médias regioais, e ão ecessariamete exclusivamete sistemas de produção de alta e baixa tecologias. Este é um critério apropriado para este trabalho, uma vez que as demais iformações relevates para aálise ecotram-se dispoíveis ao ível estadual, como é o caso do emprego por estado, por exemplo. O mesmo procedimeto utilizado para a desagregação de salários e dispêdios das famílias para a MIP2004 foi adotado para desagregar o fator trabalho a cultura da caa-deaçúcar. Este fator foi desagregado em 10 categorias ou faixas salariais e tal procedimeto utilizou ovamete como referêcia o trabalho de Ferreira Filho e Horridge (2005). Desta forma, os trabalhadores foram divididos em dez faixas de salário, como uma aproximação para qualificação para a aálise da estrutura da demada por trabalho em cada atividade. A Tabela 2 mostra que a produção de caa-de-açúcar de baixa produtividade, Caa B, é mais itesiva o uso do fator trabalho (parcela de 0,79 a utilização dos fatores primários de produção cotra 0,65 para a Caa A), ao passo que a produção de alta produtividade é mais itesiva o uso de capital. Do poto de vista do retoro ao fator terra, a caa de alta produtividade (Caa A) também apreseta uma parcela maior, represetado o fato de que esta atividade dá-se em terras de melhor qualidade e em regiões ode o fator tem valor maior, tato 6 FERREIRA FILHO, J.B.S. Mesagem recebida por <jhcuha@esalq.usp.br>. Acesso em: 10 ago

8 pela qualidade quato pela localização (a região sudeste e cetro-oeste), em cotraposição à região ordeste, que represeta a maior parte da caa de baixa produtividade. Tabela 2 - Parcelas dos fatores primários as atividades de produção de caa-de-açúcar Fatores primários de produção Caa A Caa B (alta tecologia) (baixa tecologia) Trabalho 0,65 0,79 Capital 0,26 0,16 Terra 0,08 0,05 Total 1,000 1,000 Fote: Ferreira Filho (2008) 7 (iformação pessoal) Desta forma, foi obtida uma MIP com 54 produtos (commodities), cosiderado uma desagregação de 12 produtos agropecuários, icluido uma divisão para a caa-de-açúcar em duas tecologias distitas, a saber: Caa B que é trabalho itesiva e Caa A que é capital itesiva. Desta forma, foi fializado o processo de obteção da MIP2004 com o grau de desagregação desejado para a cotiuidade do processo de estimação da matriz de cotabilidade social brasileira. 3.2 A matriz de cotabilidade social brasileira para 2004 A estimação da SAM 2004 teve como referêcia o trabalho de Ferreira Filho e Cuha- Filho (2008) e resultou em uma matriz composta por 142 lihas e 142 coluas. Os dados referetes às Atividades e Produtos foram obtidos diretamete da MIP2004 estimada, tal como sugeridos em Miller e Blair (1985), Sataa e Campos (1994), Guilhoto et al. (1994), Hewigs et al. (1995) e Sadoulet e Javry (1995). Outras iformações das demais células, cotudo, especialmete o que diz respeito às famílias e govero, foram obtidas de outras fotes das Cotas Nacioais do Brasil. Os valores agregados das Trasferêcias do Govero às Famílias, Necessidade Líquida de Fiaciameto, Impostos Diretos sobre as Famílias e Outros Impostos sobre as Famílias foram verificados fora da MIP2004. Estas iformações foram obtidas das Tabelas Sióticas das Cotas Nacioais publicadas pelo IBGE. Nessas tabelas ecotram-se os valores dos impostos diretos e outros impostos sobre as famílias (Tabela 18 das Cotas Nacioais). A desagregação destas iformações etre as famílias, quado pertiete, foi feita utilizado parcelas de cosumo ou de reda, de acordo com o caso, obtidas da maeira descrita ateriormete. A iexistêcia de iformações oficiais sobre as trasferêcias do govero às famílias e sobre a ecessidade líquida de fiaciameto levou a escolha ad hoc dos valores adotados, que foram arbitrados de forma a garatir a cosistêcia global do sistema. Tal decisão levou em cosideração os valores apresetados em aos ateriores, cosiderado um valor que tivesse a mesma ordem de gradeza. No etato, a cosistêcia global requerida pela SAM estimada permite cocluir que os valores adotados devem ter a ordem de gradeza correta, uma vez que os mesmos toram a mesma aproximadamete balaceada (totais das lihas e coluas idêticos). De forma que as variações etre os valores devem ser margiais. A SAM2004 foi calculada cota a cota, seguido as orietações de Pyatt e Roud (1985), Pyatt (1988), Adrade e Najberg (1997), Sampaio (2000) e Satos (2005) e, posteriormete, realizado o seu balaceameto por meio do processo RAS. A etapa fial de 7 FERREIRA FILHO, J.B.S. Mesagem recebida por <jhcuha@esalq.usp.br>. Acesso em: 10 ago

9 estimação da SAM2004 compreede uma ormalização dos valores estimados para que o PIB estimado iguale-se ao PIB oficial divulgado pelo IBGE para o ao de Esta operação exigiu uma pequea correção os dados 8. Esta ormalização fial resultou em um PIB estimado de R$ milhões, apeas 0,86% superior ao oficial do IBGE, ou seja, uma difereça muito pequea em relação ao PIB oficial do Brasil para este ao. 3.3 Os multiplicadores cotábeis da matriz de cotabilidade social A essêcia de uma matriz de cotabilidade social, tal como uma aálise isumo-produto, é capturar as relações ecoômicas em uma estrutura de equilíbrio geral da ecoomia que permite determiar os efeitos de ifluêcias exteras (PYATT; ROUND, 1985). Como forma de verificação dessas relações ecoômicas, a SAM pode ser decomposta em multiplicadores e, de acordo com Pyatt e Roud (1979), Thorbecke e Jug (1996), Sampaio (2000), Thorbecke (2000), etre outros, apresetar os efeitos diretos, idiretos e iduzidos de um choque extero. Estes multiplicadores trazem cosigo iformações qualitativas sobre as pricipais causas das ligações detro da estrutura ecoômica, e trazem também iformações quatitativas sobre a magitude dos efeitos provocados por choques exteros. Assim, dadas as características da SAM e de seus multiplicadores, esta abordagem cofigura-se em uma opção adequada para a verificação da estrutura ecoômica e a ifluêcia do setor alcooleiro o Brasil, cosiderado as suas relações itersetoriais, o uso dos fatores de produção e os prováveis impactos de uma expasão do setor a ecoomia. A partir de uma SAM são calculados os multiplicadores cotábeis da matriz, coforme sugerido por Pyatt e Roud (1979, 1985), Pyatt (1988) e Thorbecke (2000) e Thorbecke e Jug (1996), etre outros. Em sítese, para esses autores, uma vez que a produção, os fatores e as famílias estejam desagregados formado um sistema cotabilmete balaceado, pode-se cosiderar a SAM como um modelo multisetorial da ecoomia o qual estão itegrados os setores produtivos, as redas e gastos das famílias e o balaço macroecoômico. Assim, além das relações etre a produção e a reda das famílias, também podem ser aalisados a estrutura produtiva e a distribuição da reda e dos fatores de produção. Nesta modelagem, o sistema ecoômico permaece em equilíbrio após o choque margial sobre o vetor das cotas exógeas que se propaga pela ecoomia, assim após essa alteração, uma ova SAM pode ser calculada icorporado este choque matedo a relação em que a soma de cada liha é igual à soma da colua correspodete (THORBECKE, 2000; SADOULET; JANVRY, 1995; SAMPAIO, 2000; TOURINHO et al., 2006). O Quadro 1, abaixo, mostra como a matriz de cotabilidade social pode ser orgaizada para que sejam calculados seus multiplicadores cotábeis seguido as orietações de Pyatt e Roud (1979), Thorbecke (2000) e Touriho et al. (2006). 8 O PIB foi calculado pela ótica do dispêdio e pela ótica da reda. 9

10 Quadro 1 - Separação etre cotas edógeas e exógeas da SAM Fote: Adaptado de Pyatt e Roud (1979) o qual: N = A. yˆ é a matriz de trasações etre as cotas edógeas (represeta os pagametos e recebimetos etre atividades, bes, fatores e famílias); é o vetor ode cada elemeto represeta de soma das lihas de N; X é a matriz de trasações etre as cotas exógeas e edógeas (pagametos de govero, poupaça e resto do mudo para atividades, bes, fatores e famílias); x é o vetor ode cada elemeto represeta a soma da liha correspodete de da matriz X; L = A l. yˆ é a matriz de trasações etre as cotas edógeas e exógeas (pagametos de atividades, bes, fatores e famílias para govero, poupaça (capital) e resto do mudo); l é o vetor ode cada elemeto represeta a soma das lihas de L; R é a matriz de trasações etre cotas exógeas (pagametos e recebimetos etre govero, poupaça e resto do mudo); r é o vetor de soma das lihas de R; y é o vetor (colua) das receitas das cotas edógeas; y' = i. A + i. A. yˆ é o vetor (liha) dos gastos das cotas edógeas; Y y X ( l ) é a matriz (diagoal) de receitas das cotas edógeas; é o vetor (colua) das receitas das cotas exógeas; y' X = i. X + i. R é o vetor (liha) dos gastos das cotas exógeas; A é a matriz de propesões médias a gastar das cotas edógeas; A é a matriz de propesões médias a gastar das cotas exógeas; l A partir das defiições apresetadas o Quadro 1, temos as equações (1) e (2). y = + x (1) y x = l + r (2) Dado que o Quadro 1 mostra a estrutura da SAM para o ao-base, a divisão dos elemetos de cada colua da matriz N (trasações etre as cotas edógeas) pelo gasto total da colua 10

11 correspodete ( y ), resulta a matriz A, que por sua vez forece a propesão média a gastar relacioada ao uso dos recursos detro dessas cotas. A * y 1 (3) = A * y = (4) Cosiderado-se a equação (1) e lembrado-se que = A. y, obtém-se a equação (5). Como resultado tem-se a equação (6), que permite calcular o total das receitas das cotas edógeas ( y ) a partir da demada exógea ( x ), e da matriz de multiplicadores cotábeis M a X = ( I A ) 1 y = A. y x (5) + 1 y = ( I A ). x = M a. x De maeira aáloga, dividido-se os elemetos de cada colua da matriz L(trasações etre as cotas edógeas e exógeas) pelo gasto total ( y ) a colua correspodete, obtém-se a matriz de propesão média a gastar das cotas edógeas as cotas exógeas. Defiido-se essa matriz como A l tem-se que: 1 A L. Y (7) l = L A l. Y Cosiderado-se a equação (2) e otado-se que y 11 (6) = (8) l = A l. y tem-se a equação (9) 9 : = A. y r (9) X l + y X = Al. M a. x + r (10) Fialmete, ao se utilizar a equação (1) em (9), obtém-se a equação (10), que mostra como se pode obter o impacto de mudaças as receitas a partir da matriz de multiplicadores, supodo que a estrutura de gastos da ecoomia ão se altera. Um choque, de acordo com Sampaio (2000) e Saudolet e Javry (1995), é dado por uma mudaça os elemetos das cotas exógeas de forma que o modelo calcula outro equilíbrio das cotas edógeas sedo que os multiplicadores, de forma semelhate aos multiplicadores de isumo-produto, respodem completamete pelo lado da demada. Ao se cosiderar a exogeeidade de algumas cotas, a SAM pode ser trasformada em um modelo multi-setorial da ecoomia o qual estão represetados os setores produtivos, as redas, os gastos das famílias e o balaço macroecoômico, de forma que a reda total é igual à y = A. y x. + 5 OS IMPACTOS DA EXPANSÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA Os efeitos da expasão do setor sucroalcooleiro a ecoomia brasileira podem ser aalisados por meio do cálculo de seus multiplicadores da matriz de cotabilidade social. Estes multiplicadores são capazes de mostrar as diversas relações existetes etre as atividades ecoômicas tato do lado edógeo quato do lado exógeo da ecoomia (SAMPAIO, 2000). 9 Note que: L = A l (I A ) -1 x = A l M a x.

12 Para esta aálise optou-se por um fechameto típico keyesiao para o cálculo dos multiplicadores cotábeis para a SAM2004. A matriz resultate cotém 136 cotas edógeas que iclui todas as atividades produtivas, fatores primários de produção e elemetos da demada fial. Ficam, portato, exógeas 6 cotas, a saber: impostos diretos, outros impostos sobre as famílias, govero, cota capital, estoques e cota resto do mudo. As Figuras 1 e 2 mostram os efeitos da iserção de uma uidade moetária em cada atividade sucroalcooleira, ou seja, Caa A, Caa B, Etaol e Açúcar. Estas figuras mostram que os efeitos desses choques são mais itesos sobre a própria atividade. Cosiderado apeas as atividades de produção de caa-de-açúcar, o efeito multiplicativo da Caa A é praticamete similar ao da Caa B para todas as atividades cotedo ligeiras difereças potuais. Seus pricipais efeitos ocorrem sobre as atividades Elemetos Químicos, Refio de Petróleo, Químicos Diversos, Outros Produtos Alimetícios, Serviços de Utilidade Pública, Comércio, Trasporte, Comuicação, Istituições Fiaceiras, Serviços Prestados às Famílias, Serviços Prestados às Empresas e, por fim, Aluguéis de Imóveis. Secudariamete, pode-se verificar efeitos de meor itesidade as cotas Outros Produtos Agropecuários, Extração Mieral, Extração de Petróleo e Gás, Papel e Gráfica, Fármacos e Perfumaria e, fialmete Serviços Privados Não Mercatis. É importate ressaltar, o etato, que estes efeitos multiplicativos são efeitos pouco sigificativos, ou seja, 5 a 10 vezes meores aquele alcaçado quado aplicado sobre a própria atividade. O comportameto dos multiplicadores também é similar quado se verificam as atividades Etaol e Açúcar. Nestes dois casos, os efeitos multiplicativos também são mais itesos quado a iserção exógea de uma uidade de reda ocorre a própria atividade. Figura 1 - Efeitos de um choque de demada por atividade sucroalcooleira por atividade ecoômica Fote: Dados da pesquisa. 12

13 Figura 2 - Efeitos de um choque de demada por atividade sucroalcooleira por atividade ecoômica Fote: Dados da pesquisa. Destaca-se que a itesidade do efeito a própria atividade do setor de Açúcar é maior quado comparada a itesidade do mesmo efeito provocado sobre o setor de Etaol. Por outro lado, o setor Etaol provoca efeitos ligeiramete superiores em relação ao setor Açúcar quado cosidera-se as outras cotas da SAM. Aalisado-se os multiplicadores dos fatores primários de produção as atividades sucroalcooleiras, verifica-se, de acordo com a Figura 3, um efeito multiplicativo superior aos demais para Caa B para o fator Trabalho em faixas salariais de empregos de meor qualificação. Este comportameto é esperado, uma vez que a cultura da caa-de-açúcar com meor produtividade utiliza este tipo de mão-de-obra o seu processo produtivo. Comparativamete, a situação se iverte ao se verificar íveis salariais mais elevados, categorias superiores a faixa salarial 6, em que a Caa A passa a ter um efeito multiplicativo para Trabalho superior ao da Caa B, exceto a faixa mais elevada, quado este efeito é maior a Caa B. É de se esperar que a caa-de-açúcar produzida com meor produtividade teha este comportameto dado que esta produção está fortemete atrelada às características da produção da região Norte-Nordeste do Brasil ode há uma clara polarização a distribuição das remuerações dos salários, ou seja, ão há muitos trabalhadores que recebem salários as faixas itermediárias de forma que há salários baixos (para trabalhadores de meor qualificação) ou salários altos (de alta qualificação ou remueração atribuída como salário ao proprietário da terra). 13

14 Figura 3 - Efeito de um choque de demada a atividade sucroalcooleira por fator primário de produção Fote: Dados da pesquisa. Cosiderado-se que este modelo adota a hipótese de preços fixos, etão, os efeitos multiplicativos tal como calculados aqui podem ser cosiderados multiplicadores de emprego. Nesse caso, políticas de criação de emprego o campo para trabalhadores de baixa reda têm maior vigor se implatadas em sistemas de produção de meor produtividade (Caa B) com efeitos que chegam a ser até três vezes maior se comparado aos de alta produtividade (Caa A). O uso de fator Trabalho para as atividades Etaol e Açúcar têm efeito multiplicativo praticamete semelhates em faixas salariais de meor qualificação. A partir da faixa salarial 6, a idustria de açúcar passa a apresetar multiplicadores superiores aos da idústria de etaol. Isto deve-se ao fato, já apresetado, de que a idústria de açúcar exige mais mão-de-obra que a de etaol. Em termos dos fatores primários de produção Capital e Terra, verifica-se que a atividade Etaol tem efeito multiplicativo a choques de demada para o fator Capital mais elevados, mostrado-se, com isso, que a cada Real ivestido em etaol tem retoro superior as demais atividades. Outra costatação é de que a produção agrícola, esse caso, tem retoros meores comparado às atividades agroidustriais. Nota-se, aida, um efeito multiplicativo para o fator Terra muito iferior aos ecotrados para Capital. 14

15 A Figura 4 apreseta a repercussão de choques de demada exógeos (iserção de uma uidade moetária) as 54 atividades sobre cada atividade do setor sucroalcooleiro. Destaca-se que ovamete o pricipal efeito multiplicativo ocorre sobre o próprio setor ao qual o choque é aplicado. No etato, as iserções de reda a produção de caa-de-açúcar apresetam reflexos cosideráveis as atividades Etaol e Açúcar, mas a codição iversa ão se verifica, logo, o efeito ão é recíproco. Um choque a atividade Açúcar tem um pequeo reflexo a atividade Etaol, mas a codição oposta ão se verifica. Isto deve-se ao fato de que a produção de açúcar ecessariamete produz mel que é direcioado à produção de etaol. Agetes do setor 10 dizem que cerca de 22% do ATR que é direcioado à produção de açúcar ão é covertido em produto, fica, portato, misturado ao mel que é direcioado à destilaria. A idústria de açúcar também tem alguma suscetibilidade as idústrias de Lácteos e Outros Produtos Alimetícios. Cosiderado Etaol, esta atividade recebe pequeos reflexos as cotas Refiados de petróleo, Químicos Diversos e Fármacos e Perfumaria. As demais cotas têm ifluêcia pouco relevate o setor sucroalcooleiro. Figura 4 - Efeito de um choque de demada por atividade sobre as atividades sucroalcooleiras: SAM 2004 Fote: Dados da pesquisa. 5.2 Os impactos da expasão do setor sucroalcooleiro o Brasil Os multiplicadores da matriz de cotabilidade social permitem algumas iferêcias quato a choques de demada em variáveis exógeas. Nesse setido, pode-se utilizar deste arcabouço para verificar quais seriam os máximos impactos de uma expasão do setor sucroalcooleiro, em especial, a produção de etaol. Um ceário de expasão da produção de etaol o Brasil é costruídos a partir de dados compilados e publicados pelo Miistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimetos do Brasil - MAPA, Uião da Idústria de Caa-de-Açúcar - UNICA e apresetados em EPE (2008). Cabe uma ressalva em relação a esses úmeros. Não é foco deste trabalho discutir a veracidade dos úmeros apresetados em EPE (2008), uma vez que a ecoomia global vem passado por uma 10 Números relacioados a redimetos e produtividade idustriais do setor sucroalcooleiro foram trasmitidos pelo egeheiro Pedro Eduardo Piho de Assis, cosultor e diretor-proprietário da cosultoria em egeharia sucroalcooleira P.A.Sys Egeharia e Sistemas Ltda., localizada em Piracicaba-SP. 15

16 grave crise, e isto, certamete, alterará os progósticos apresetados e defedidos por esta empresa. Nesse caso, utiliza-se o presete ceário de expasão da produção como um exemplo para a aplicação do modelo proposto. Assim, outros ceários podem ser facilmete costruídos, atualizados e, posteriormete, comparados, utilizado-se a mesma metodologia. Neste setido, assumido-se as estimativas apresetadas por EPE (2008), a produção de etaol, em 2004, foi de 15,4 milhões de metros cúbicos e deve chegar a 46,9 milhões de metros cúbicos em 2015, ao-horizote proposto para esta simulação. Este aumeto de produção deve ser, portato, de 204,55%. A partir desta iformação, procedeu-se a exogeização da cota produto Etaol para que fosse possível a aplicação deste choque de produção. Isto é possível justamete devido a uma premissa do modelo que matém os preços fixos e, portato, costates os preços relativos. O aumeto da produção de etaol sugerido de 204,55% com horizote em 2015, de acordo com a Tabela 3, deve provocar um aumeto a atividade etaol de até 184,8% em relação ao seu valor em A oferta e dispêdio com caa deve crescer 68,1% e a atividade caa deve ter um icremeto em 67,7%. Outro destaque é o impacto que o crescimeto da produção de etaol causa a produção e a atividade Elemetos Químicos, os quais ecotram-se os fertilizates. Estes efeitos são maiores que 8%. Isso é reflexo da expasão da cultura da caa-de-açúcar. Essa expasão da caade-açúcar também reflete a produção de açúcar que cresce 4,8% em produto e 4% em atividade. É importate verificar que a remueração aos fatores primários de produção crescem em 3% para Capital, 6,9% para a reda da Terra e em média 2% para as várias categorias do fator Trabalho. As demais cotas sofrem uma ifluêcia pequea de pouco mais de 1%. A primeira iterpretação que pode ser levatada, dado o tamaho do choque proposto, é que o etaol é um produto de ecadeameto reduzido e que, portato, a expasão de sua produção os termos cosiderados tem um impacto relativamete pequeo a ecoomia. O PIB a preço de mercado (PIBpm) de 2004 foi calculado de R$ 1.958,1 bilhões e o mesmo PIBpm estimado após o choque de expasão da produção de etaol, matedo-se costates os demais setores da ecoomia, foi de R$ 1.993,8 bilhões, ou seja, 1,8% maior que o PIBpm iicial. Isso sigifica que a expasão da produção de etaol em 204,55% por si só deve provocar uma expasão o PIBpm a ordem de R$ 35 bilhões de A mesma aálise utilizado-se o PIB a custo de fatores - PIBcf é de uma expasão de quase 2%, o que represeta crescer o PIBcf em aproximadamete R$ 32 bilhões. Comparado-se o PIBpm e o PIBcf, ou seja, a arrecadação do govero, verifica-se que iicialmete esta arrecadação girava em toro de R$ 340,2 bilhões e, após o choque, de R$ 343,9 bilhões. Logo, um acréscimo a arrecadação do govero de quase 1,1%, o que represeta um aumeto de R$ 3,7 bilhões. 16

17 Tabela 3 - Impactos resultates da aplicação do choque 1 Nº Cota % Milhões Milhões Nº Cota % R$ R$ Nº Cota % Milhões R$ 1 Atividade Café 2,1% 172,54 46 Atividade Comércio 2,1% 5.577,33 91 Produto Abate de Aimais 2,2% 898,65 2 Atividade Caa A 67,7% 6.725,55 47 Atividade Trasporte 2,4% 3.605,97 92 Produto Idústria de Laticíios 2,1% 447,71 3 Atividade Caa B 67,7% 1.614,90 48 Atividade Comuicação 2,0% 1.746,78 93 Produto Idustria de Açúcar 4,8% 835,62 4 Atividade Arroz em Casca 2,3% 235,52 49 Atividade Istituições Fiaceiras 1,9% 3.241,24 94 Prod. Fabricação de Óleos Vegetais 3,4% 1.002,12 5 Atividade Trigo em Grão 2,9% 75,46 50 Ativ.Serviço Prestado a Família 2,0% 4.588,35 95 Prod. Outros Produtos Alimetícios 2,7% 2.446,44 6 Atividade Soja em Grão 2,6% 909,20 51 Ativ.Serviço Prestado a Empresa 1,8% 3.202,93 96 Produto Idústrias Diversas 1,8% 212,24 7 Atividade Algodão em Caroço 2,2% 99,44 52 Atividade Aluguel de Imóveis 2,1% 3.465,40 97 Prod.Serviços de Utilidade Pública 2,3% 2.943,90 8 Atividade Milho em Grão 2,4% 303,22 53 Atividade Admiistração Pública 0,1% 360,27 98 Produto Costrução Civil 0,2% 309,95 9 Ativ. Criação de Bovio e Suio 1,8% 580,30 54 Ativ.Serviço Privado Não Mercatil 2,1% 1.251,24 99 Produto Comércio 2,1% 5.430,07 10 Atividade Leite i atura 2,2% 274,71 55 Produto Café 2,0% 86, Produto Trasporte 2,4% 3.507,85 11 Atividade Criação de Aves 2,2% 255,04 56 Produto Caa A 68,1% 6.727, Produto Comuicação 2,0% 1.741,96 12 Ativ. Outros Produtos Agropec. 2,2% 1.410,71 57 Produto Caa B 68,1% 1.615, Produto Istituições Fiaceiras 1,9% 3.288,37 13 Atividade Extração Mieral 2,9% 841,47 58 Produto Arroz em Casca 2,3% 241, Produto Serviço Prestado a Família 2,0% 4.593,84 14 Ativ. Extração de Petróleo e Gás 2,4% 1.252,22 59 Produto Trigo em Grão 3,1% 151, Prod. Serviço Prestado a Empresa 1,8% 3.291,22 15 Ativ. Mierais Não Metálicos 1,2% 381,35 60 Produto Soja em Grão 2,8% 689, Produto Aluguel de Imóveis 2,1% 3.573,85 16 Atividade Siderurgia 1,9% 1.306,01 61 Produto Algodão em Caroço 2,2% 98, Produto Admiistração Pública 0,1% 360,25 17 Atividade Metais Não Ferrosos 1,9% 340,81 62 Produto Milho em Grão 2,4% 279, Prod.Serviço Privado Não Mercatil 2,1% 1.262,65 18 Ativ. Outros Produtos Metalurgicos 1,8% 810,12 63 Prod. Criação de Bovio e Suio 1,8% 563, Fator Trabalho Categoria 1 2,3% 309,17 19 Atividade Máquias e Tratores 1,5% 854,61 64 Produto Leite i atura 2,2% 274, Fator Trabalho Categoria 2 2,4% 620,80 20 Atividade Material Elétrico 1,8% 632,93 65 Produto Criação de Aves 2,2% 240, Fator Trabalho Categoria 3 2,3% 664,26 21 Ativ. Equipameto Eletrôico 1,1% 582,87 66 Prod. Outros Produtos Agropec. 2,2% 1.422, Fator Trabalho Categoria 4 2,3% 543,67 22 Atividade Automóveis 1,6% 1.058,18 67 Produto Extração Mieral 3,6% 739, Fator Trabalho Categoria 5 2,3% 716,30 23 Ativ. Outros Veículos e Peças 1,8% 1.277,77 68 Prod. Extração de Petróleo e Gás 2,4% 1.782, Fator Trabalho Categoria 6 2,5% 1.114,72 24 Atividade Madeira e Mobiliário 1,7% 695,70 69 Prod. Mierais Não Metálicos 1,1% 328, Fator Trabalho Categoria 7 2,4% 1.658,20 25 Atividade Papel e Gráfica 2,0% 1.328,59 70 Produto Siderurgia 1,8% 998, Fator Trabalho Categoria 8 2,2% 1.426,67 26 Atividade Idustria de Borracha 2,0% 289,76 71 Produto Metais Não Ferrosos 1,7% 235, Fator Trabalho Categoria 9 1,9% 2.818,98 27 Atividade Etaol 184,8% ,17 72 Prod. Outros Produtos Metalurgicos 1,8% 831, Fator Trabalho Categoria 10 1,6% 5.236,14 28 Atividade Elemetos Químicos 8,3% 2.796,00 73 Produto Máquias e Tratores 1,3% 819, Fator Capital 3,3% ,18 29 Atividade Refio de Petróleo 2,5% 3.993,19 74 Produto Material Elétrico 1,7% 682, Fator Terra 6,9% 362,67 30 Atividade Quimicos Diversos 2,9% 1.077,16 75 Produto Equipameto Eletrôico 0,9% 740, Previdêcia Oficial e FGTS 2,1% 2.664,96 31 Atividade Fármacos e Perfumaria 2,3% 950,42 76 Produto Automóveis 1,4% 752, Providêcia Privada 2,1% 81,31 32 Atividade Artigos de Plástico 2,5% 763,56 77 Produto Outros Veículos e Peças 1,7% 1.088, Cotribuição Social 0,2% 63,11 33 Atividade Idústria Têxtil 2,4% 841,07 78 Produto Madeira e Mobiliário 1,5% 472, Outros Impostos sobre a Produção 2,5% 657,52 34 Atividade Artigos de Vestuário 2,1% 543,60 79 Produto Papel e Gráfica 2,0% 1.244, Família Categoria 1 2,6% 1.502,11 35 Atividade Fabricação de Calçados 2,1% 499,27 80 Produto Idustria de Borracha 2,0% 296, Família Categoria 2 2,6% 2.497,13 36 Atividade Idústria de Café 2,2% 139,75 81 Produto Elemetos Químicos 8,6% 851, Família Categoria 3 2,3% 4.423,18 37 Ativ. Beeficiameto de Vegetais 2,3% 389,61 82 Produto Refio de Petróleo 2,5% 1.039, Família Categoria 4 2,3% 2.018,93 38 Atividade Abate de Aimais 2,2% 1.236,90 83 Produto Quimicos Diversos 3,0% 5.186, Família Categoria 5 2,2% 3.253,83 39 Atividade Idústria de Laticíios 2,1% 446,38 84 Produto Fármacos e Perfumaria 2,3% 998, Família Categoria 6 2,2% 2.692,58 40 Atividade Idustria de Açúcar 4,0% 980,16 85 Produto Artigos de Plástico 2,5% 1.364, Família Categoria 7 2,1% 4.698,50 41 Ativ. Fabricação de Óleos Vegetais 3,0% 1.245,41 86 Produto Idústria Têxtil 2,4% 779, Família Categoria 8 2,1% 3.608,18 42 Ativ. Outros Produtos Alimetícios 2,7% 2.431,76 87 Produto Artigos de Vestuário 2,1% 720, Família Categoria 9 2,0% 4.411,00 43 Atividade Idústrias Diversas 1,8% 209,91 88 Produto Fabricação de Calçados 2,1% 538, Família Categoria 10 2,1% ,52 44 Ativ. Serviços de Utilidade Pública 2,3% 2.868,95 89 Produto Idústria de Café 2,1% 344, Impostos Idiretos 2,1% 6.241,48 45 Atividade Costrução Civil 0,2% 311,20 90 Prod. Beeficiameto de Vegetais 2,3% 128, Impostos sobre Exportação 2,2% 124, Resto do Mudo 2,2% 6.202,78 Fote: Dados de pesquisa.

18 A expasão da produção de etaol o ível proposto represeta um acréscimo de 31,5 milhões de metros cúbicos a produção de 2004, ou seja, 15,4 milhões de metros cúbicos que sigifica triplicar esta produção. De acordo com Leite e Leal (2007) e UNICA (2008), devem etrar em operação etre 2004 e 2015, cerca de 170 e 190 ovas usias de caa, açúcar e álcool. A capacidade de processameto de caa por essas usias o total deve girar etre 800 e 890 milhões de toeladas de caa por safra. Isso represeta algo etre 10 e 11 milhões de hectares destiados à cultura de caa-de-açúcar. Nesse setido, a partir dos resultados da simulação de expasão da produção de etaol, a remueração ao produto caa-de-açúcar (em seus dois tipos A e B) deve crescer em 68,1%, cosiderado que a produção de caa o Cetro-Sul do país em 2004 foi de 328,7 milhões de toeladas e a região Norte-Nordeste de 57,3 milhões de toeladas. Dado que os preços relativos são fixados, pode-se cosiderar a expasão de 68,1% a remueração como uma aproximação da expasão em volume produzido (guardadas as devidas difereciações em relação a produtividade). Logo, a expasão em volume deve resultar em 552,5 milhões de toeladas para a região Cetro-Sul e 96,3 milhões de toeladas para a região Norte-Nordeste, o que soma 648,8 milhões de toeladas de caa-de-açúcar. De acordo com Heradéz (2008), a produtividade média da cultura de caa é de cerca de 73,9 toeladas de caa por hectare, o que sugere a expasão para cerca de 8,8 milhões de hectares em cultura de caa que, este caso, descosiderado o crescimeto da produção de açúcar e gahos de produtividade. Uma vez que se espera uma ocupação com a cultura de caa-de-açúcar de cerca de 10 milhões de hectares, pode-se cofirmar que os ceários estão covergetes, seja por sua costrução física por meio da estimativa de produção, seja pela metodologia aqui adotada. Em termos de emprego, cosiderado que o emprego formal a produção de etaol em 2004 foi de trabalhadores, a produção de caa A foi de trabalhadores, a caa B foi de trabalhadores e a produção de açúcar foi de trabalhadores (MORAES, 2007), tem-se que a expasão da produção de etaol deve provocar o aumeto de cerca de 197 mil trabalhadores a produção de etaol, cerca de 189 mil empregos a produção de caa A, 70 mil a produção de caa B e 12 mil empregos criados a produção de açúcar, totalizado a criação de cerca de 468 mil empregos diretos. Sob outro efoque, os resultados podem ser vistos de forma absoluta, ou seja, pode-se verificar o crescimeto, em termos moetários, de cada cota edógea da SAM. A Tabela 3 também apreseta a variação absoluta em milhões de reais do choque sobre a produção de etaol. Este efoque mostra que, embora ocorra uma variação pequea em termos relativos, depededo do setor, esta pequea variação pode represetar uma grade volume de recursos que advém da produção de etaol. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O setor sucroalcooleiro apreseta poucos elos em sua cadeia produtiva, iflueciado e sedo iflueciado em maior grau pelos isumos de produção agrícola, fatores primários de produção e atividades que utilizam açúcar e etaol como isumo, ou seja, a idústria de alimetos, os lácteos, os refiados de petróleo (dada a mistura obrigatória de álcool à gasolia), a idustria química, a idustria farmacêutica e a idustria de cosméticos e perfumaria. É de se otar que a depedêcia da produção de açúcar e etaol por caa-de-açúcar, provoca impactos a idústria de fertilizates e defesivos detro da idústria química. Isso é verificado, este trabalho, pelo tamaho de seus multiplicadores em comparação aos de outras atividades da ecoomia. O mesmo ocorre para as atividades que utilizam da produção sucroalcooleira, como isumo. Detro do setor sucroalcooleiro, a produção de açúcar tem ifluêcia a produção de etaol, mas a recíproca, ão é verdadeira. Isso deve-se ao fato de que um subproduto de 18

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