ANÁLISE MULTIDIMENSIONAL DE POBREZA PARA AS MESO E MICRORREGIÕES DE MINAS GERAIS

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1 ANÁLISE MULTIDIMENSIONAL DE POBREZA PARA AS MESO E MICRORREGIÕES DE MINAS GERAIS Helger Marra Lopes 1 Paulo Brígido Rocha Macedo 2 Aa Flávia Machado 3 Palavras-chave: idicador de pobreza; pobreza relativa RESUMO Apesar de vários estudos de pobreza utilizarem aida a abordagem uidimesioal padrão baseada a reda, um crescete úmero de trabalhos aborda o problema através de um poto de vista multidimesioal uma evidêcia da extraordiária ifluêcia da liha de pesquisa chamada Huma Capabilities, proposta e desevolvida por Amartya Se. Este trabalho segue a perspectiva multidimesioal o tratameto da pobreza em Mias Gerais, usado diversas iformações do Ceso Demográfico 2000, do Atlas da Crimialidade de Belo Horizote e do Atlas do Desevolvimeto Humao o Brasil que dispoibilizam iformações ecoômicas e sociais para uidades de aálise idividual e domiciliar. Estas iformações podem ser agregadas a ível muicipal bem como a maiores íveis de agregação geográfica. A metodologia efatiza o grau de dissemiação de algus atributos básicos de bem estar etre as famílias, poderado-os pelos seus respectivos íveis de escassez e, aida, permite a aálise por atributo e por domicílio. O trabalho iclui, o cálculo do idicador de pobreza, variáveis de saúde, crime, escolaridade, iserção o mercado de trabalho, ifra-estrutura domiciliar e reda e cosidera as meso e microrregiões de Mias Gerais como íveis de agregação geográfica. Os resultados idicam que as ordeações de pobreza calculadas são afetadas pela iclusão de atributos adicioais em sua costrução, corroborado a hipótese de que o ídice de pobreza uidimesioal, baseado a reda ão é suficiete para idetificar a extesão da pobreza uma determiada população. 1 CEDEPLAR/UFMG 2 CEDEPLAR/UFMG

2 1. Itrodução A diâmica da pobreza tem sido objeto de um úmero crescete de estudos os últimos aos. E a evolução quatitativa dos estudos de pobreza é acompahada por uma revolução qualitativa o que diz respeito à abordagem e mesuração da mesma. O camiho que o tema percorre vai de uma abordagem de pobreza em que uma dada reda moetária defie um limite separador etre pobres e ão-pobres até uma abordagem de pobreza relativa e multidimesioal que trabalha com iformações dos idivíduos, de domicílios e da sociedade. Este trabalho se ispira a idéia da abordagem das Capacitações de Amartya Se, que cosidera os relacioametos existetes uma sociedade como fucioametos e pressupõe essecial aalisar as capacitações dos idivíduos o tocate à participação em tais fucioametos. Obviamete, esta é uma discussão que aida terá muitos desdobrametos podedo seguir uma gama de diferetes percursos de acordo com a determiação de tais fucioametos e capacitações. Vale ressaltar, etretato, que ão existem pesquisas de ampla represetatividade desehadas especificamete para implemetar esta abordagem. Assim, utilizam-se, aqui, dados de diversas fotes com o ituito de aalisar o feômeo da pobreza de forma multidimesioal. O trabalho se propõe a abordar dimesões idividuais, domiciliares e sociais que possam, de alguma forma, represetar situações de vulerabilidade dos idivíduos. Pretede-se apresetar comparações etre idicadores uidimesioais e multidimesioais, objetivado aalisar a robustez dos idicadores tradicioais de pobreza. A metodologia utilizada este trabalho faz uso da chamada Teoria de Fuzzy Sets (TFS), que permite o cálculo de idicadores para cada atributo em separado bem como para cada uidade de aálise, além de possibilitar agregá-los um idicador sítese (idicador de pobreza multidimesioal). A implemetação da metodologia de Idicador de Pobreza Multidimesioal utiliza como atributos Reda, Escolaridade, Atividade/ocupação, Ifra-estrutura do domicílio, Saúde e Crimialidade. Os idicadores são calculados para as meso e microrregiões de MG. Os resultados podem fudametar sugestões de formulação de políticas públicas, a medida em que permitem a idetificação de ecessidades prioritárias. O trabalho iclui mais quatro seções além desta itrodução. A seguda seção apreseta a evolução do coceito de pobreza. A terceira seção traz a metodologia utilizada, fote de dados e 3 CEDEPLAR/UFMG 1

3 o tratameto ao qual foram submetidas as variáveis. A quarta seção aalisa os resultados obtidos e a última seção apreseta cosiderações fiais. 2. Evolução do coceito de pobreza 2.1. Pobreza moetária absoluta As medidas de pobreza podem ser divididas em medidas moetárias e ão-moetárias. A abordagem moetária iclui as chamadas lihas de idigêcia e pobreza. A primeira caracterizase pelo valor moetário ecessário para a aquisição de uma cesta de alimetos que deteha a quatidade calórica míima à sobrevivêcia. A liha de pobreza é o valor da liha de idigêcia acrescido do motate moetário capaz de arcar com despesas básicas de trasporte, vestuário e moradia. Estas são medidas absolutas de pobreza que possibilitam a idetificação do cotigete de pobres de um país. Segudo HOFFMANN (2000) e ROCHA (2001), o coceito absoluto de pobreza é importate o Brasil, uma vez que existe um eorme úmero de pessoas o país que ão têm suas ecessidades básicas atedidas. Uma vatagem deste tipo de idicador é facilitar a comparação iteracioal. Por exemplo, cosiderado a liha de idigêcia como sedo um dólar por dia e a liha de pobreza dois dólares por dia, é possível saber a posição relativa dos países o quesito pobreza. Estes idicadores são importates, pois ressaltam a falta de recursos ecessários à reprodução, até física, mostrado uma importate coseqüêcia social da pobreza. Rocha (2001) observa que as melhores estimativas de pobreza são aquelas derivadas iteiramete dos dados de pesquisas de orçametos familiares. Argumeta que a utilização de liha de pobreza por cosumo observado e reda obtida pelo Ceso Demográfico ou PNAD tede a superestimar a pobreza, pois estas bases de dados tedem a subestimar a reda. Ademais, as pesquisas de orçameto familiar (ENDEF, POF) tedem a coduzir o iformate a forecer um valor mais preciso da reda devido a uma ivestigação mais detalhada da despesa. Não existe orma para estipular o cosumo míimo adequado de bes ão-alimetares. Mas é muito importate defiir lihas de pobreza e de idigêcia difereciadas por regiões, dadas as disparidades regioais, o tocate a preços e a estruturas de cosumo. Um úico coeficiete de Egel 4 para todo o país ão permite avaliar os difereciais de custo de vida etre as diversas 4 Relação etre gastos alimetares e ão-alimetares 2

4 áreas. Isto é especialmete verdadeiro para o Brasil, um país com eorme extesão territorial, ode as disparidades regioais são fortemete acetuadas. Por outro lado, segudo ROCHA (2001), existe coseso que é a reda familiar que defie a pobreza, e ão a reda idividual. Isto porque um idivíduo pode ser membro de uma família rica em que ão existe escassez moetária de bes ou serviços, mas se fosse aalisada sua reda idividual ele poderia ser cosiderado pobre. A pricipal crítica à liha de pobreza é do ível de bem-estar dos idivíduos ser determiado por um cojuto complexo de fatores psicossociais e ão somete pela reda. No etato, aida de acordo com a autora, esta crítica perde valor a medida em que as pesquisas domiciliares, cada vez mais, ivestigam uma grade variedade de variáveis socioecoômicas. Assim, é possível defiir quem e quatos são os pobres e determiar o perfil desses idivíduos ou famílias. De acordo com a autora, a liha de pobreza é uma abordagem que cabe bem ao caso brasileiro devido seu ível de urbaização e desevolvimeto da sociedade de cosumo, fazedo da reda a melhor proxy do ível de bem estar Pobreza moetária relativa A abordagem moetária iclui aida os idicadores de pobreza relativa. A pobreza relativa situa o idivíduo a sociedade. Por este coceito, são cosiderados pobres aqueles cujas redas são iferiores a 40%, 50% ou 60% da reda mediaa ou média. No que diz respeito à defiição de pobreza, HOFFMANN (2000) ressalta que, se o coceito tiver uma cootação relativa, o mesmo deve se cofudir com o de desigualdade ecoômica. Neste setido, o autor cosidera ser mais iteressate defiir pobreza de maeira absoluta. Se cosiderarmos que a pobreza está ligada à percepção do idivíduo quato a sua própria codição social, etão se tora iteressate tratar a pobreza de forma relativa. Idivíduos absolutamete ão pobres, mas relativamete pobres, ou que se sitam pobres, dado o padrão de vida médio da população em que vivem, podem ão ser estimulados à participação social. Ao ão se icluírem socialmete passam a ão participar da vida política, ecoômica e social de sua comuidade, apesar de possuírem pleas codições para tal. Em fução destas características, esses idivíduos tedem a exercer o mesmo papel social dos idivíduos absolutamete pobres. 3

5 2.3. Pobreza ão-moetária Os bes ão-moetários afetam o bem estar dos idivíduos de modo que a liha de pobreza por si só é limitada. SEN (1988) argumeta que esta medida tede, por exemplo, a superestimar a pobreza rural, uma vez que a solidariedade é maior o campo do que as grades cidades, possibilitado uma dimiuição da miséria. Ademais, a liha de pobreza ão leva em cota os efeitos exteros produzidos pelo estado ou pela idústria. Pode-se perceber que a seguridade social ou a degradação do meio-ambiete é percebida de forma distita, depededo da classe social ou local de moradia. Uma outra maeira de tratar a pobreza seria a partir da abordagem da ão satisfação de algumas ecessidades básicas (SALAMA & DESTREMAU,1999). Esta abordagem cosidera essecial o acesso a algus bes, de modo que sem estes, os cidadãos ão seriam capazes de usufruírem uma vida miimamete diga. Água potável, rede de esgoto, coleta de lixo, acesso ao trasporte coletivo, educação são bes imprescidíveis para que os idivíduos possam levar vidas saudáveis e teham chaces de iserção a sociedade. Esta abordagem tem como característica pricipal a uiversalidade, uma vez que estas são ecessidades de todo e qualquer idivíduo. Mesmo com alguma dificuldade, as ecessidades básicas isatisfeitas (NBI) são mesuráveis e sua satisfação é beéfica ecoomicamete, a medida em que aumeta a produtividade dos idivíduos. De todo modo, a arbitrariedade se faz presete, uma vez que é ecessário estipular quais são essas ecessidades básicas além de um piso para as mesmas. Os idivíduos são cosiderados pobres caso possuam uma quatidade meor que o piso de determiada dimesão cosiderada Pobreza multidimesioal : abordagem das capacitações As várias faces da pobreza requerem um idicador de abordagem multidimesioal e que leve em cosideração a situação auto-avaliada, ou seja, como o idivíduo percebe sua própria situação social. A abordagem das capacitações defie a pobreza relativamete à capacidade dos idivíduos de exercerem suas liberdades bem como de fazerem respeitar seus direitos, aalisado as diferetes formas de distribuição e acesso aos recursos privados e coletivos. É importate focalizar ão somete os direitos sociais, bem como os direitos civis e políticos (SEN, 1988). Esta abordagem é mais abragete que a abordagem das ecessidades básicas, porque cosidera o acesso dos idivíduos aos bes públicos em geral, além da possibilidade dos idivíduos 4

6 exercerem sua cidadaia e represetatividade social 5. Um idicador de pobreza com estas características pode ser chamado relativo subjetivo, porque cosidera o setimeto de pobreza percebido pelos idivíduos e tede a avaliar a situação dos cidadãos uma sociedade específica. O Programa das Nações Uidas para o Desevolvimeto (PNUD) usa este arcabouço como base coceitual e metodológica em seus estudos sobre pobreza. SALAMA & DESTREMAU (1999) assialam que um bom idicador de pobreza deve levar em cosideração os diversos aspectos da pobreza com o ituito de proporcioar um melhor etedimeto da questão e, assim, permitir a costrução de um plao de ação eficiete o que diz respeito a este eorme problema social. Etretato, a dispoibilidade de dados relativos à percepção dos próprios idivíduos quato á pobreza é, aida, fortemete limitada. Em geral, ão existem iformações com vasta abragêcia que cotemplem este tipo de dados. COMIM & BAGOLIN (2002) cometam que, embora a oção de pobreza o cotexto da abordagem das capacitações sigifique ausêcia de capacitação para participar de algus fucioametos existetes as sociedades, ão se pode iferir que os pobres teham, ecessariamete, perfeita capacidade de aalisar as causas de sua própria codição de pobreza e, mais aida, de defiir prioridades o tratameto da pobreza. Etretato, como bem observa SEN (1988), o esforço para a caracterização do bem estar e da liberdade das pessoas tede a aumetar a demada por dados e iformação capazes de captar o desevolvimeto através deste coceito. Não se pode, etretato, subestimar as dificuldades de operacioalização da chamada Capability Approach que, como assialado por COMIM (2001), é o grade desafio deste arcabouço aalítico. Fazedo uso da abordagem das capacitações, o PNUD apresetou, em 1990, um ovo idicador multidimesioal, qual seja, o Idicador de Desevolvimeto Humao (IDH). O IDH tem o objetivo de caracterizar aspectos fudametais do desevolvimeto humao, ressaltado as oportuidades que os idivíduos devem preseciar a vida de forma a permiti-los ter a opção de iserção social. O IDH é a média matemática de três variáveis: saúde/logevidade; ível de educação; PIB real em dólares por paridade poder de compra. SEN (1988) observa que o coceito de crescimeto ecoômico ão deve ser cofudido com a de desevolvimeto ecoômico. É esperado que o crescimeto do PIB melhore as codições de vida da população; o etato, existem outras variáveis que determiam, também, as codições 5 O espaço iformacioal mais vasto que esta abordagem exige deve cosiderar que são relevates apeas aquelas alterativas/atributos que os idivíduos valorizam, e ão qualquer alterativa/atributo. 5

7 de vida dos idivíduos. Estas variáveis ão podem ser igoradas pelo coceito de desevolvimeto. Algumas variáveis como crime e violêcia podem estar relacioadas de maeira perversa com o PIB, por exemplo. A prosperidade material pode ão represetar o bem estar social, de modo que esta discussão deve passar pelo aspecto distributivo. 3. Metodologia O exercício de mesurar íveis de pobreza iclui dificuldades como determiar o que deve ser icluído como compoete o idicador (caracterizado uma dimesão do mesmo), e aida, atribuir pesos a estes compoetes. Em geral, ambas as tarefas geram debates itesos e cotrovérsias. A determiação do úmero de dimesões e sua atureza são tão mais difíceis quato mais desigual é uma sociedade. Este é o caso de países como o Brasil ode eorme diversidade humaa, de valores e de ecessidades, está presete. Neste setido, defiir pobreza uma região pode ser bastate diferete de fazê-lo em outra. O mesmo acotece com a defiição de prioridades, o que é refletido a poderação atribuída a estas dimesões. É atural que uma sociedade específica prefira seguraça à alimetação, equato outra teha preferêcia iversa. SEN (1992,p.48) ota que:...if a uderlyig idea has a essetial ambiguity, a precise formulatio of that idea must try to capture that ambiguity rather tha lose it. Isto auxilia a caracterização da problemática que evolve a mesuração da pobreza. Neste setido, aida que exista coseso sobre quais são as dimesões da pobreza bem como sobre a ordeação destas dimesões, a icorporação de possíveis ambigüidades à metodologia de costrução de idicadores de pobreza está loge de se cocretizar. De todo modo, para desevolver uma aálise multidimesioal da pobreza, covém defiir as dimesões da pobreza de acordo com atributos que idiquem alguma forma de exclusão/pobreza das famílias, ou uidade de aálise em questão. Esta represetação pode ser sumariada por um vetor X=(X 1,...,X j,...,x m ) que iclui como atributos variáveis ecoômicas, demográficas, sociais, etc. Este trabalho implemeta uma aálise multidimesioal da pobreza baseada a chamada Teoria de Fuzzy Sets (TFS), que tem sido empregada em um úmero de trabalhos recetes sobre exclusão social como COSTA (2002). A TFS possibilita a costrução de um ídice de pobreza em fução de m dos atributos cotidos em X. Dada uma população A={a 1,...,a i,...,a } composta 6

8 por famílias 6, cosideram-se famílias pobres aquelas que apresetam algum grau de pobreza em pelo meos um dos m atributos de X. Tais famílias compõem B de pobres, que é um subcojuto de A. O grau ou itesidade de pobreza x ij da i-ésima família (i=1,...,) referete ao j-ésimo atributo (j=1,...,m) para o cojuto B é dado por : µ B [ X j ( ai )] = xij, 0 x 1 ij A iterpretação do idicador é a seguite: x ij =1, se a i-ésima família ão é dotada do j-ésimo atributo; x ij =0, se a i-ésima família é dotada do j-ésimo atributo; 0< x ij <1, se a i-ésima família é dotada do j-ésimo atributo em algum grau etre plea dotação (0) e carêcia total (1). 7 O ídice de pobreza da i-ésima família µ B (a i ), ou seja, o grau ou itesidade de pobreza da i- ésima família para o cojuto B é defiido como uma média poderada de x ij, m m µ B( ai ) = xijwj w j j= 1 j= 1, ode w j é o peso referete ao j-ésimo atributo defiido como: w j = log x i= 1 ij i 0, sedo i o peso ou fator de expasão amostral da i-ésima observação desta amostra. Tem-se, aida, o requerimeto de que i = 1 x ij i > 0, ão. está ormal o que sigifica que um atributo j dispoível a todas a famílias ão é cosiderado (x ij =0 para todo i), uma vez que esta dimesão ão represeta escassez a sociedade aalisada. No caso do atributo ão estar dispoível para ehuma família, o peso do mesmo é zero dado que x ij =1 para todo i o que faria x ij i = i = 1. O ídice de pobreza µ B (a i ) mede o grau de pobreza da i-ésima família como uma fução poderada dos m atributos. Esta é uma medida do grau de exclusão social, de privação relativa e 6 Vale também para outra uidade de aálise. 7

9 de ão-dotação de algumas capacitações relativas a i-ésima família, privação que a impede de gozar de um ível de vida razoável o que diz respeito à sociedade em que vive. O peso w j referete ao j-ésimo atributo cosidera a itesidade da privação do atributo j e é defiido por uma fução iversa do grau de privação do atributo em questão. Quato meor o úmero de famílias ão dotadas de um determiado atributo maior o peso deste atributo 8. Notese que está implícita a forma fucioal deste peso a oção de pobreza relativa. Efim, o ídice de pobreza da população µ B Idicador Poderado pela Carêcia (IPC) é a média poderada das razões de pobreza das famílias (µ B (a i )): µ B = i= 1 µ B ( a i ) i i= 1 i A estrutura de fuzzy set permite também o cálculo de um ídice de pobreza uidimesioal para cada atributo j cosiderado. Equato o ídice de pobreza da i-ésima família µ B (a i ) é a média de x ij poderada por w j, o ídice de pobreza uidimesioal do atributo j é a média de x ij poderada por i : µ B ( X j ) = x ij i i = 1 i = 1 i Fazedo uso do quociete acima para todos os atributos, é possível se obter o ídice de pobreza multidimesioal da população µ B através da média de µ B (X j ) poderada por w j : µ B = i= 1 µ B ( ai ) i i = µ B ( X j ) w j i= 1 m j= 1 m j= 1 w j Assim, quato maior for o valor do ídice de pobreza, ou seja, quato mais próximo de 1, maior é a pobreza relativa da população em aálise Fote de Dados e Variáveis São três as fotes de dados utilizadas: a) a amostra de 25% do Ceso Demográfico de 2000, b) Atlas da Crimialidade de Belo Horizote: Diagósticos, Perspectivas e Sugestões de Programas de Cotrole, e c) dados do Atlas de Desevolvimeto Humao o Brasil. 7 A existêcia de íveis variados de pobreza, e ão simplesmete dois grupos (pobres e ão pobres), represeta uma formulação iteressate, pricipalmete em ambietes ode existem alta volatilidade das situações das uidades de aálise. Por exemplo, se as famílias têm um alto risco de etrar e sair da codição de pobre. 8 Peso com estas características foi proposto por Cerioli e Zai (1990) 8

10 O Atlas da Crimialidade de Belo Horizote é desevolvido pelo Cetro de Estudos em Crimialidade e Seguraça Pública (CRISP), órgão ligado à UFMG. Os dados do CRISP utilizados este trabalho são forecidos pela Polícia Militar de Mias Gerais (PMMG) e abragem todos os muicípios de MG. Etretato, para efeito de estudos logitudiais, as iformações de algus muicípios estão agregadas aos seus respectivos muicípios de origem coforme a divisão política-admiistrativa do estado de Mias Gerais em O Atlas do Desevolvimeto Humao do Brasil é um projeto cojuto do Istituto de Pesquisa Ecoômica Aplicada (IPEA), Fudação João Piheiro (MG) e o Programa das Nações Uidas para o Desevolvimeto (PNUD). O Atlas foi atualizado pelos dados do Ceso de 2000 e segue o padrão do primeiro Atlas. Defiiu-se, a partir dos dados do Ceso Demográfico, quatro atributos para compor o idicador de pobreza proposto: 1) reda domiciliar per capita; 2) ifra-estrutura domiciliar; 3) ível de escolaridade domiciliar; 4) percetual de moradores em situação precária. Da base de dados do CRISP, foram obtidos dados sobre crime e, as iformações de saúde, do Atlas do Desevolvimeto Humao do Brasil. Para algus atributos foram costruídas tipologias específicas que permitissem seu equadrameto a metodologia apresetada Tratameto das variáveis Do uiverso de iformações do Ceso Demográfico, foram excluídos os domicílios situados a área rural e os domicílios particulares improvisados e os domicílios coletivos. Embora haja distição etre a pobreza urbaa e rural, optou-se por ão cosiderar a seguda área este trabalho, em virtude das dificuldades de defiir valores para os atributos de ifra-estrutura. Por exemplo, ão ter acesso ao abastecimeto rede geral de água em áreas rurais ão sigifica ausêcia deste atributo como uma medida de pobreza, ao passo que, os cetros urbaos, o ão acesso é idicador de privação de bem-estar das famílias. Ademais, ão foram cosiderados domicílios particulares improvisados e coletivos, porque, o Ceso Demográfico, a reda é somete iformada para os domicílios particulares. O primeiro atributo, reda domiciliar per capita, é defiido pela divisão etre a reda total do domicílio e o úmero de moradores do mesmo. A costrução do idicador caracteriza como pobre (grau de pobreza =1), o domicílio que possuía reda per capita igual ou iferior à liha de 9

11 pobreza, 9 ão pobre (grau de pobreza =0) o domicílio cuja reda per capita era igual ou superior à média etre a reda mediaa e a reda média da população em aálise. O domicílio que detém reda per capita etre estes dois extremos é cosiderado itermediário a classificação de pobreza (grau de pobreza etre 0 e 1), sedo que quato mais próxima a reda domiciliar per capita estiver da liha de pobreza, mais próximo de 1 é o grau de pobreza atribuído a este domicílio 10. O grau de pobreza itermediário foi defiido como: x ij = 1 [( y a) ( b a) ] i ode x ij é o grau de pobreza da família i quato à reda, y i é a reda da família i, a é liha de pobreza da população em aálise e b é a média etre a reda mediaa e a reda média da população em aálise. O atributo ifra-estrutura domiciliar é composto por quatro variáveis cesitárias: existêcia de baheiros, forma de abastecimeto de água, destio do lixo e ilumiação elétrica. Se o domicílio é dotado de baheiro recebe valor (grau de pobreza) igual a 0 este quesito, caso cotrário recebe valor 1. Se a forma de abastecimeto de água é por rede geral, valor igual a 0, caso cotrário, 1. Quato ao destio do lixo, se o domicílio é atedido por algum serviço de limpeza recebe valor 0, em caso cotrário, valor 1. Se o domicílio possuía ilumiação elétrica assume valor 0 e se ão o possuir, o valor atribuído é 1. Somado estes quatro valores, é possível defiir os domicílios segudo o grau de pobreza relativo ao atributo ifra-estrutura. Se a soma das quatro variáveis é igual a 0, etão o domicílio é cosiderado ão pobre, uma vez que este domicílio é dotado dos quatro compoetes de ifra-estrutura. Se a soma for igual a 4, o domicílio é cosiderado itegralmete pobre, pois ão é dotado de ehum compoete da ifra-estrutura. No caso da soma ser igual a 3, 2, ou 1, o grau de pobreza do domicílio é 0,75, 0,5 e 0,25, respectivamete. O terceiro atributo, ível de escolaridade domiciliar, é avaliado por itermédio da costrução de tipologia para a educação dos moradores. Este atributo cosidera a escolaridade míima requerida para uma determiada faixa etária. Assim, para o morador com ível de escolaridade compatível com sua idade, ou ível de escolaridade maior do que o requerido, atribui-se valor 9 O valor utilizado para a liha de pobreza, o estudo para o Brasil, é uma média dos valores das lihas de pobreza urbaas das grades regiões brasileiras, em valores de 2001, apresetados por Rocha (2003), pág Vale ressaltar que utilização da reda domiciliar per capita ão capta os acotecimetos itra-domiciliares, ou seja, em um domicílio ode apeas uma pessoa possui redimeto ão ulo, poderia ocorrer que os demais idivíduos teham sua liberdade limitada, a medida em que ão têm poder de decisão sobre a composição dos gastos domiciliares. Todavia, a utilização da reda domiciliar per capita evita de ser cosiderado pobre um estudate pertecete a uma família rica. 10

12 igual a zero, caso cotrário, o valor é igual a 1. No cotexto desta metodologia, isto sigifica que o idivíduo com ível de escolaridade compatível com sua idade (igual ou maior) é cosiderado ão pobre o atributo educação. Desse modo, atribui-se grau de pobreza igual a 0 aos idivíduos de 7 a 9 aos com primário icompleto; aos idivíduos de 10 a 13 aos com primeiro grau icompleto; aos idivíduos de 14 a 17 aos com segudo grau icompleto e aos idivíduos maiores de 18 aos com segudo grau completo 11. O grau de pobreza do domicílio é a média aritmética simples dos valores atribuídos aos moradores do domicílio, podedo assumir qualquer valor o itervalo [0, 1]. Assim, um domicílio que possui todos os moradores com ível educacioal compatível com a idade é cosiderado ão pobre, equato um domicílio ode ehum morador detiha ível educacioal compatível com a idade é cosiderado pobre. E para os domicílios que se ecotram o itervalo destes dois extremos, o valor atribuído ao grau de pobreza é também o obtido o cálculo da média. Para a costrução do percetual de moradores em situação precária são, também, criadas tipologias para os moradores o que diz respeito à idade e à codição de atividade e de ocupação dos idivíduos. Quato às codições de atividade e de ocupação, os idivíduos podiam ser cosiderados ocupados, desempregados ou iativos. Se o idivíduo trabalhou remuerado a semaa de referêcia é cosiderado ocupado. Se o idivíduo ão trabalhou remuerado, mas tomou providêcia para coseguir trabalho, é classificado como desempregado. E se a pessoa ão teve trabalho remuerado a semaa de referêcia em tomou providêcia para coseguir emprego, etão é defiida como iativa. Cosideramos que um morador está em codição precária (valor=1) se ele têm dezoito aos ou meos e está ocupado ou desempregado bem como se ele é maior de dezoito aos e está desempregado. Por outro lado, idivíduos com dezoito aos ou meos que estão iativos, ou idivíduos maiores de dezoito aos que estão ocupados ou iativos 12, são cosiderados em situação ão precária (valor=0). O atributo percetual de moradores em situação precária é a média aritmética simples dos valores atribuídos aos moradores dos domicílios. 11 Não é exigida escolaridade para meores de sete aos. Por isso, todos os idivíduos esta faixa etária recebem valor igual a zero este atributo. 12 A iatividade é uma codição de atividade defiida o Ceso Demográfico pela ausêcia e ão procura de trabalho em um período de referêcia de sete dias. Parte, o etato, deste cotigete assim defiido pode, a verdade, ecotrar-se esta codição devido ao desâimo de busca de emprego em um mercado de trabalho em cotração. Neste caso, idivíduos com mais de dezoito aos iativos podem estar em uma situação precária e ão em situação favorável, mas ifelizmete, ão cotamos com outras variáveis o questioário que os possibilitem este cotrole. 11

13 Os atributos referetes a crime e a saúde apeas foram icluídos para o estudo de Mias Gerais devido à dispoibilidade de dados. O atributo crime é composto por cico modalidades de crime cotra pessoas 13, quais sejam estupro, homicídio, tetativa de homicídio, roubo e roubo à mão armada. Estas modalidades foram somadas e divididas pelo úmero de habitates do muicípio. Desta forma obteve-se o úmero de crimes cotra a pessoa por muicípio. A média de ocorrêcia de crime os muicípios mieiros é de 0, por habitate e observa-se que aproximadamete 70% dos muicípios têm taxa de crimialidade abaixo da média. Para que este atributo fosse iserido o idicador utilizado de forma compatível com os demais, recorreu-se ao seguite tratameto: os muicípios foram divididos em cico grupos quato à crimialidade de forma que cada quitil recebeu grau de associação com a pobreza de forma crescete: os 20% com maior taxa de crimialidade obtiveram grau de associação com a pobreza igual a 1; os 20% de seguda maior taxa de crimialidade, 0,75; os 20% de terceira maior taxa de crimialidade, 0,50; os 20% de quarta maior taxa de crimialidade 0,25 e os 20% com meor taxa de crimialidade, zero. Para aalisar a dimesão da pobreza relacioada ao estado de saúde utilizam-se dados de mortalidade ifatil. Da mesma forma que as demais variáveis, o idicador de saúde é trasformado em valores etre 0 e 1. Como o taxa de mortalidade ifatil em Mias Gerais varia de 11 até 71 mortes por criaças ascidas vivas, os muicípios foram ordeados de forma crescete e foram atribuídos 10 graus distitos de associação com a pobreza, tal como mostra a Tabela Não foi cosiderada a modalidade de crime cotra patrimôio devido à atureza do problema em questão. Esta modalidade de crime, por defiição, só pode ser praticada cotra idivíduos que possuem patrimôio, que por sua vez são, a grade maioria dos casos, pessoas que estão egajadas socialmete e meos vuleráveis. Assim, ão poderiam ser cosideradas pobres o cotexto utilizado este trabalho. 12

14 Tabela 1 Grau de pobreza em relação à mortalidade Mortalidade/1000 Grau de pobreza 11 a 17 0,1 17 a 23 0,2 23 a 29 0,3 29 a 35 0,4 35 a 41 0,5 41 a 47 0,6 47 a 53 0,7 53 a 59 0,8 59 a 65 0,9 65 a 71 1 Como dito ateriormete, os dados de crime e saúde têm dispoibilidade restrita ao estado de Mias Gerais. Deste modo, o cálculo do idicador de pobreza para o país utiliza apeas os quatro atributos costruídos a partir dos dados do Ceso Demográfico. Por outro lado, o estudo das meso e microrregiões de MG cota com as seis dimesões apresetadas. Vale ressaltar que o muicípio é o meor ível de agregação para os dados de saúde e crime. Como as uidades de coleta de dados do Ceso Demográfico são idivíduos e domicílios, para que se utilizem os dois cojutos de iformações, é ecessária a trasformação da iformação domiciliar em iformação muicipal - que é feita através da média dos valores dos domicílios poderados pelo fator de expasão da amostra do Ceso Demográfico. O tratameto estatístico utiliza como uidade de aálise o muicípio para determiar ordeações das meso e microrregiões o estado, em termos de idicadores de pobreza. 13

15 4. Resultados 4.1. Aálise exploratória dos dados Uma aálise da variável reda domiciliar per capita mostra que MG está abaixo da média do Brasil. A reda domiciliar per capita média do Brasil, em 2000, era de R$ 367,98, equato em MG, R$335,83. No Brasil, 88.89% 14 dos domicílios tiham redimeto per capita de até R$395 e o mesmo percetual de domicílios em MG registrava um redimeto per capita de até R$337,75. Pode-se dizer que, aproximadamete, 90% dos domicílios mieiros possuíam reda domiciliar per capita abaixo da média do estado. Tato em MG quato o Brasil, 55.56% dos domicílios tiham reda per capita de cerca R$150, ou seja, o valor de um salário míimo vigete o período. No Brasil, 16,12% dos domicílios, em média, ão são dotados de ifra-estrutura a forma como este atributo foi costruído. Dos quatro compoetes do atributo ifra-estrutura (baheiro, água, lixo e ilumiação elétrica), o item abastecimeto de água é o de maior escassez os domicílios. Um total de 22% dos domicílios brasileiros ão é abastecido por rede geral de água e 20% ão são atedidos por qualquer serviço de limpeza. Além do mais, 16% dos domicílios brasileiros ão têm baheiro e 5% ão têm ilumiação elétrica. Em MG, o compoete serviço de limpeza é o de maior escassez. Assim, uma parcela de 21% dos domicílios ão tem atedimeto de serviço de limpeza, 17% ão são servidos por rede geral de abastecimeto de água, 9% dos domicílios ão possuem baheiro e 4% ão são dotados de ilumiação elétrica. Estes compoetes implicam um idicador geral de ausêcia de ifra-estrutura para 12% dos domicílios mieiros que apresetam, em média, um melhor ível de ifra-estrutura que o país como um todo. No que diz respeito à codição de atividade e de ocupação dos idivíduos, percebe-se que o estado de MG é bastate represetativo do país como um todo. Por exemplo, ambos, apresetam aproximadamete, 30% dos idivíduos em situação precária do poto de vista de atividade e ocupação: as duas populações têm o mesmo percetual de idivíduos que trabalharam remuerados e de idivíduos que tomaram providêcia para coseguir trabalho a semaa de referêcia. Esta mesma represetatividade acotece o atributo educação: tato a população de 14 Este percetual ão foi escolhido aleatoriamete. Ele é fruto da resposta do pacote estatístico a uma solicitação dos limites de reda de cada decil da população. A impossibilidade de divisão em decis exatos retora este tipo de aproximação. 14

16 MG quato a do Brasil têm, em média, 4,9 aos de estudo, e aproximadamete 60% dessas populações ão apresetam ível de escolaridade compatível com a idade. Não há estatísticas de crimialidade dispoíveis para o país como um todo e comparáveis àquelas coletadas para MG, por isso apeas o estado é o foco da aálise deste atributo. A pricipal característica da crimialidade é a distribuição desigual de ocorrêcias crimiais etre os muicípios mieiros. Por exemplo, o ao de 2000, ocorreram 84 registros de ocorrêcias de crimes cotra a pessoa por muicípio em MG. Apeas quatro muicípios apresetam registros de crimes cotra a pessoa acima de 1500 ocorrêcias. O muicípio de Belo Horizote é o muicípio com maior úmero de ocorrêcias, sedo que, o ao de 2000, ocorreram aproximadamete registros destes crimes a capital, o que correspode a 40% do total de registros de crimes em todo o estado. Em segudo lugar, está o muicípio de Cotagem com 6201 registros, seguido de Uberlâdia e Betim com 4144 e 2627 registros, respectivamete. Apeas 11 muicípios apresetam mais de registros, equato 90% dos muicípios cotam com meos de 50 registros de crimes cotra a pessoa. É iteressate examiar as estatísticas de crimialidade em termos da metodologia de divisão geográfica do IBGE, que divide MG em 12 mesorregiões e 66 microrregiões. A mesorregião Metropolitaa Belo Horizote e a Triâgulo/Alto Paraaíba respodem por 65% e 11% dos registros de crimes o estado, respectivamete. As seis mesorregiões com meor ocorrêcia de crimes respodem, jutas, por apeas 5%do total de crimes. A microrregião de meor registro de ocorrêcia de crimes é a de Grão Mogol, seguida de Matea, Pium-í. A microrregião de Diamatia é a sexta de meor icidêcia de crime, equato a de Belo Horizote e Uberlâdia são as de maior icidêcia. A microrregião de Belo Horizote é resposável por mais de 60% dos registros de crimes do estado. As estatísticas acima são úmeros ão corrigidos pela desidade populacioal. Uma aálise do úmero de registros de crimes por habitates mostra que a região metropolitaa de Belo Horizote tem uma taxa de crimialidade meor que o Noroeste de Mias e o Vale do Mucuri. No que diz respeito à taxa de mortalidade ifatil, o estado de MG cota, em média, com 31 mortes por mil criaças ascidas vivas. A microrregião de meor taxa de mortalidade ifatil é a de Pará de Mias (16,38), seguida das microrregiões de Poços de Caldas (17,58), Araxá (19,60), Patos de Mias (20,08) e Frutal (20,16). A microrregião de maior taxa é a de Nauque (54,34), 15

17 seguida de Almeara (49,19), Peçaha (48,32) e Salias (47,09). A microrregião que iclui a capital ocupa 36ª posição com taxa de 29,80. As mesorregiões de meores taxas de mortalidade ifatil são Triâgulo Mieiro/Alto Paraaíba e Oeste de Mias equato as maiores taxas estão o Vale do Mucuri, Jequitihoha e Norte de Mias. Observa-se que a mesorregião que iclui Belo Horizote matém o mesmo padrão de posição relativa da microrregião que iclui a capital, situado-se uma posição itermediária e bastate próxima da média do estado Idicadores multidimesioais Ordeação dos idicadores para as mesorregiões de MG Esta seção apreseta os resultados da computação de IPM obtidos para as mesorregiões de MG. Como os dados relativos a Saúde e Crimialidade são iformados em ível de muicípio, e este é o meor ível de agregação com que se pode trabalhar, os demais dados foram trasformados em iformação muicipal para que todos os atributos teham uidades de aálise compatíveis, possibilitado o cálculo de idicadores multidimesioais. O procedimeto de agregação dos dados domiciliares por muicípio utiliza a média das iformações domiciliares poderada pelos pesos dos respectivos domicílios. A metodologia adotada calcula, para cada mesorregião, idicadores que se difereciam pelos atributos que os compõem, com exceção do idicador Headcout Ratio 15, que é a razão dos idivíduos pobres o total de idivíduos em uma sociedade. O passo seguite é ordear as mesorregiões de forma crescete, de acordo com o grau de pobreza para cada método utilizado. Este exercício tem o ituito de verificar o comportameto das ordeações das mesorregiões quato ao ível de pobreza quado diferetes composições de atributos são utilizadas o cálculo dos idicadores. Esta ordeação possibilita, também, verificar quão robusto é um idicador uidimesioal de pobreza que cosidere apeas o atributo reda, comparado o resultado obtido do procedimeto clássico de se defiir uma liha moetária de pobreza a determiação do Headcout Ratio (H) com aquele computado com base a metodologia Idicador Poderado pela Carêcia (IPC). A Tabela 8 abaixo apreseta os resultados das ordeações mesorregiões de acordo com os diversos idicadores cosiderados: 15 Proporção de idivíduos cuja reda se situa abaixo da liha de pobreza. 16

18 Tabela 2 Ordeação das mesorregiões por método de costrução do idicador Reda Mesorregião H Reda Reda Crime Reda Educação Saúde Educação Saúde Crime Todos Atributos Um paralelo etre a ordeação obtida através do idicador Headcout Ratio e do idicador com todos os atributos mostra forte mudaça a posição relativa da mesorregião Metropolitaa de Belo Horizote (3107). De acordo com o Headcout Ratio, a mesorregião é a seguda meos pobre, apeas ficado em pior situação que a mesorregião Triâgulo/Alto Paraaíba (3105). Etretato, a ordeação obtida através do idicador que iclui todos os seis atributos apreseta a mesorregião Metropolitaa de Belo Horizote como a sexta mais pobre. As mesorregiões Cetral Mieira (3106), Campo das Vertetes(3111) e Sul/Sudoeste de Mias (3110) alteram três posições, sedo que esta última deixa de ser classificada como a quarta mesorregião meos pobres para ocupar o lugar da mesorregião meos pobre. Apeas as mesorregiões Vale do Rio Doce (3108) e Oeste de Mias (3109) ão mudam sua posição relativa. A comparação etre o método que iclui apeas o atributo reda e aquele que iclui todos os atributos (ambos utilizado a metodologia deste trabalho) revela comportameto iteressate em duas mesorregiões. São elas: a mesorregião Cetral Mieira (3106) e Campo das Vertetes (3111). Estas duas mesorregiões trocam suas posições a ordeação de pobreza, sedo que uma 17

19 estava em 4º e a outra em 8º. Isto correspode a dizer que a mesorregião Cetral Mieira passa do terço meos pobre para o terço mais pobre das mesorregiões de MG. O iverso ocorre com a mesorregião Campo das Vertetes. Aida, a mesorregião Metropolitaa Belo Horizote (3107) deixa de ser a quita mesorregião meos pobre para torar-se a sexta mesorregião mais pobre. A iclusão do atributo de crime o idicador uidimesioal de pobreza que cosidera apeas reda tem um efeito diâmico que merece ser destacado. A mesorregião Campo das Vertetes (3111), que é a 8ª mesorregião meos pobre, cosiderado-se apeas o atributo reda, passa a ser cosiderada a mesorregião meos pobre. Por outro lado, a mesorregião Triâgulo/Alto Paraaíba (3105) é a meos pobre quato à reda, e se juta à metade mais pobre. A mesorregião Jequitihoha (3103) passa da 10ª para a 5ª posição e a mesorregião Noroeste de Mias (3101) da 7ª para 11ª posição. Mostra-se, etão, que a partir do mometo que o atributo crime passa a ser cosiderado uma dimesão da pobreza ocorre uma drástica mudaça o ceário da pobreza em Mias Gerais. A mesorregião Metropolitaa de Belo Horizote (3107) apreseta aida maior alteração em sua posição relativa a comparação etre o idicador Headcout Ratio e aquele que iclui os atributos reda e crime. Neste caso ela muda seis posições, passado da seguda mesorregião meos pobre para a quita mais pobre. Este fato demostra como a crimialidade piora a situação dos moradores desta localidade. O mesmo ocorre com a mesorregião Triâgulo/Alto Paraaíba (3105) que deixa de ser a região meos pobre para pertecer à metade mais pobre do estado. Por outro lado, duas outras regiões percorrem o camiho iverso: Jequitihoha (3103) e Campo das Vertetes (3111) que passam da região mais pobre para a quita meos pobre e da sétima meos pobre para a meos pobre, respectivamete. O idicador que iclui os atributos reda, educação e saúde compoetes do IDH apreseta estabilidade a ordeação das mesorregiões comparativamete ao Headcout Ratio, com exceção das mesorregiões Metropolitaa de Belo Horizote (3107) e Campo das Vertetes (3111). A primeira piora quatro posições e a seguda melhora três posições. Isto sigifica que a mesorregião Metropolitaa de Belo Horizote é dotada relativamete mais de reda do que de educação e saúde se comparada com a mesorregião Campo das Vertetes. As mudaças as posições relativas das mesorregiões ão corroboram com a robustez do idicador uidimesioal de pobreza que cosidera apeas o atributo reda. O exercício feito para as mesorregiões mostra que a iclusão de outras variáveis, que podem ser cosideradas 18

20 como dimesões da pobreza, modifica o ceário da pobreza. A seguir, este exercício é feito para as microrregiões de MG objetivado realçar os resultados ecotrados para as mesorregiões do estado Ordeação dos idicadores para as microrregiões de MG Esta subseção apreseta o comportameto das microrregiões de acordo com diferetes coceitos de pobreza. Da mesma forma que a subseção aterior, as iformações domiciliares foram trasformadas em muicipais para serem compatibilizadas com as iformações de saúde e crime. Mias Gerais é composta por 66 microrregiões de acordo com a divisão do Ceso Demográfico. A aálise para as microrregiões, por represetar um ível de agregação meor que as mesorregiões, permite uma observação mais detalhada das características locais. Neste setido, os idicadores tedem a ressaltar as especificidades de cada lugar e, com isso, promover uma variação as ordeações das microrregiões tato maior, quato mais distitas forem as características regioais. A comparação etre as ordeações do idicador que iclui apeas Reda e aquele que egloba todos os atributos revela que 38 microrregiões mudam ao meos 5 posições a ordeação e 17 microrregiões mudam ao meos 10 posições. As microrregiões de Sata Rita do Sapucaí (31053) e de São Loureço (31054) passam das 21ª e 19ª posições para as 4ª e 2ª posições, respectivamete. Por outro lado, a microrregião de Bom Despacho (31026), que detém a 14ª posição, quado o idicador iclui apeas o atributo Reda, passa a ocupar a 30ª posição com a iclusão de todos os atributos. A microrregião Belo Horizote (31030) muda 21 posições, saido da 11ª posição para a 32ª. Esta é a região que sofre maior alteração em sua posição relativa o que evidecia quato um idicador moetário tede a subestimar a codição de pobreza da microrregião de Belo Horizote. 19

21 Tabela 3 Ordeação das microrregiões por método de costrução do idicador Reda Educação Saúde Reda Educação Saúde Crime Todos Atributos Microrregião H Reda Reda Crime cotiuação 20

22 Tabela 3 Ordeação das microrregiões por método de costrução do idicador Reda Educação Saúde Reda Educação Saúde Crime Todos Atributos Microrregião H Reda Reda Crime Um padrão de alteração aida maior ocorre um paralelo etre o tradicioal Headcout Ratio e o idicador que iclui todos os atributos. Das 66 microrregiões, 44 mudam ao meos 5 posições e 28 modificam ao meos 10 posições. A microrregião que sofre maior alteração é a de Adrelâdia (31055) saido da 53ª para a 23ª. A microrregião de Belo Horizote (31030), que é cosiderada a quita meos pobre a classificação do idicador Headcout Ratio, tora-se a 32ª microrregião meos pobre quado todos os atributos são cosiderados, ou seja, passa a fazer parte da metade mais pobre do estado. Esta mesma diâmica acotece com a microrregião de Ipatiga (31039) que muda da 23ª para a 45ª posição. Esta aálise sugere que o Headcout Ratio tede a subestimar fortemete a codição de pobreza da microrregião que iclui a capital. É iteressate aalisar as modificações as posições relativas quado se utiliza um idicador de Reda e um idicador que cosidera as variáveis que compõem o IDH, ou seja, Reda, Escolaridade e Saúde. Verifica-se que 44 microrregiões mudam ao meos 5 posições e 18 21

23 microrregiões alteram ao meos 10 posições. Destas, seis têm suas posições alteradas em ao meos 15 posições. São elas: São Sebastião do Paraíso (31048), Pará de Mias (31029), Belo Horizote (31030), Uberaba (31022), Ituiutaba (31017) e Grão Mogol (31008), sedo que esta última passa de microrregião mais pobre de MG (66ª) para a 42ª posição a classificação, ou seja, gaha 24 posições. Em cotrapartida, a microrregião de Belo Horizote deixa de ser a 11ª microrregião meos pobre para se colocar a posição de 27ª microrregião meos pobre o estado. Uma aálise que mostra grades variações as ordeações é a que compara o idicador com apeas o atributo Reda icluído e o idicador que cosidera os atributos Reda e Crime. Observa-se que detre as 66 microrregiões, 36 mudam ao meos 15 posições e 29 delas mudam ao meos 20 posições. A microrregião de Belo Horizote (31030) sofre grade variação ido da 11ª posição para a 37ª a ordem crescete de pobreza o estado, e a microrregião de Patos de Mias (31020) piora seu status deixado a 6ª posição para se posicioar o 33º lugar. As microrregiões de Araxá (31023) e Frutal (31021) mudam 33 posições e a microrregião de Motes Claros (31007) passa do 56º lugar, ou seja, etre as dez regiões mais pobres, para o 20º lugar. Merece destaque a diâmica da microrregião de Pedra Azul (31013) que, cosiderado apeas o atributo reda, é a quarta microrregião mais pobre e, cosiderado os atributos reda e crime, passa a ser a 12ª microrregião meos pobre. Etretato, o maior ível de modificações ecotrado é a comparação etre o idicador Headcout Ratio e o costruído com os atributos Reda e Crime. Esta comparação mostra que 34 microrregiões alteram ao meos 20 posições a ordeação e 10 delas mudam ao meos 30 lugares. Detre as que sofreram maiores mudaças estão as microrregiões de Uberlâdia (31018), Pará de Mias (31029), Belo Horizote (31030), Ouro Preto (31033) e Ipatiga (31039). 22

24 5. Cosiderações Fiais O caráter multidimesioal da pobreza leva à ecessidade de um idicador que teha uma correspodete abordagem multidimesioal. Com este ituito, este trabalho costroi um idicador de pobreza que atede tato à sua atureza multidimesioal, quato à característica de iclusão/exclusão social de cada dimesão cosiderada. Trata-se de uma aplicação do Idicador de Pobreza Multidimesioal, baseado a Teoria dos Fuzzy Sets e discutido em Costa (2002), a dados brasileiros. Defiem-se seis atributos para compor o idicador de pobreza proposto: 1) Reda domiciliar per capita; 2) Ifra-estrutura domiciliar; 3) Escolaridade domiciliar; 4) Atividade/ocupação; 5) Saúde; e 6) Crimialidade. No que diz respeito ao tratameto da pobreza por um Idicador apeas de Reda relativamete a um Idicador de Pobreza Multidimesioal, verifica-se que as duas abordages ão descrevem o mesmo ceário de pobreza. De fato, existem grades alterações de ceário quado se passa do arcabouço uidimesioal para o multidimesioal. A aálise dos idicadores para as meso e microrregiões mieiras mostra que, de acordo com a abordagem utilizada, as regiões podem ocupar posições bastate distitas. Em algus casos, pode ocorrer que uma região cosiderada a meos pobre, de acordo com uma metodologia, passe a fazer parte da metade mais pobre do estado. SEN (1988) observa a ecessidade de liberdade de escolha efetiva para se caracterizar o desevolvimeto ecoômico e social, o que requer a costrução de sociedades com direitos sociais, civis e políticos em seu setido pleo. Estas escolhas defiem um cojuto de atributos. As comparações feitas etre idicadores baseados em diferetes abordages discutidas este trabalho permitem se aalisar a multidimesioalidade da pobreza como forma de se obter um melhor etedimeto deste eorme problema social. Embora o trabalho teha atureza exploratória, demostra o potecial da metodologia, que tem duas qualidades iestimáveis: 1) permite tratar os diversos compoetes (atributos) de bem estar cuja privação caracteriza o estado de pobreza; 2) sumaria os diversos idicadores uidimesioais em um ídice sítese poderado os mesmos pelo seu grau de uiversalização de acesso a sociedade. 23

TEXTO PARA DISCUSSÃO N 223 INDICADOR DE POBREZA: APLICAÇÃO DE UMA ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL AO CASO BRASILEIRO

TEXTO PARA DISCUSSÃO N 223 INDICADOR DE POBREZA: APLICAÇÃO DE UMA ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL AO CASO BRASILEIRO TEXTO PARA DISCUSSÃO N 223 INDICADOR DE POREZA: APLICAÇÃO DE UMA AORDAGEM MULTIDIMENSIONAL AO CASO RASILEIRO Helger Marra Lopes Paulo rígido Rocha Macedo Aa Flávia Machado Outubro de 2003 Ficha catalográfica

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