P.º n.º R.P. 37/2010 SJC-CT Constituição do direito de superfície sobre parte de prédio. Prova matricial. PARECER

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1 P.º n.º R.P. 37/2010 SJC-CT Constituição do direito de superfície sobre parte de prédio. Prova matricial. PARECER 1. Sobre o prédio n.º.../, da freguesia de, 1 com a área de ,80 m2, inscrito a favor de e agora descrito como prédio misto, composto por eucaliptal e edifício térreo destinado a habitação, por efeito do averbamento de actualização realizado a coberto da ap. de / /, existem os seguintes registos de direito de superfície: Sujeito activo Parcela urbana Conteúdo do direito Construção de um prédio urbano com a (ap..., de / / m2 parcela área máxima de 210 m2 (pedido de 1 informação prévia n.º../ ) (ap., de / / m2 Construção de um prédio urbano com a área máxima de 335,47 m2 (pedido de informação prévia n.º / ) (ap., de / / m2 Construção de um prédio urbano com a área máxima de 250 m2 (pedido de informação prévia n.º / ) TOTAL m Seguem-se outros direitos de superfície, cada um sobre uma parcela delimitada do prédio a que se atribuiu uma designação própria, e que consistem na constituição e manutenção de plantação de cultura hortícola, frutícola, forrageira e afins, ocupando, no conjunto, m2 do prédio. 2. Os registos a que se referem os autos foram pedidos em / /, pelas aps. e, pela Sra. Notária, ora recorrente, e publicitam provisoriamente por dúvidas, o 1 O prédio esteve descrito sob o n.º / /, da freguesia de 1

2 primeiro, o direito de superfície sobre uma parcela de terreno com a área de m2 (parcela - ) e uma parcela de terreno com a área de m2 (parcela ), e o segundo, o direito de superfície sobre uma parcela de terreno com a área de m2 (parcela - ), consistindo, ambos os direitos, na faculdade de fazer e manter plantação de culturas hortícolas, frutícolas, forrageiras e afins A instruir os pedidos estiveram, quanto à ap. a escritura pública lavrada em / / e a caderneta predial rústica relativa ao artigo, secção, e quanto à ap...., a escritura pública lavrada em / / e a mesma caderneta predial rústica, e o facto que aparece mencionado no impresso de modelo aprovado que serviu de suporte a cada um dos pedidos é: «Registo de aquisição a favor de», com referência ao prédio n.º da freguesia de, concelho de 2.2. A provisoriedade por dúvidas dos mencionados registos foi alicerçada na falta de apresentação da prova matricial referente à parte urbana do prédio, dando lugar à interposição do presente recurso hierárquico, no qual se aduz, em síntese, que: a) aquando da realização dos actos o prédio era rústico; b) o documento em falta já se encontrava no serviço de registo competente no momento em que os registos foram pedidos, pelo que poderia ter sido suprida a sua omissão; c) a parte urbana do prédio não pertence ao dono do solo, e, tratando-se de obra realizada no exercício do direito de superfície, não é susceptível de alterar a natureza do prédio pertencente ao fundeiro, que continua a ser proprietário de um prédio rústico No despacho de sustentação, que aqui se dá por reproduzido, dá-se resposta aos argumentos esgrimidos pela recorrente, reafirmando-se a natureza mista do prédio e dizendo-se, no essencial, que: o que releva é a realidade predial existente à data dos pedidos de registo, não aquela que serviu de base à outorga do título; a utilização dos documentos arquivados que se invoca em sede de recurso pressupõe a sua menção no pedido; e a natureza mista do prédio implica o acerto emolumentar, de modo a ser cobrada a diferença entre os 250,00 devidos e os 50,00 euros pagos. Questões iniciais 1. Antes de entrar na apreciação do mérito, alguma coisa importa dizer acerca da situação tabular, pois, em face do que retratam as fichas n.º /, da freguesia de 2

3 , e n.º /, da freguesia de, o direito de superfície inscrito pela ap., de / /, e o direito de superfície inscrito pela ap., de / /, incidem sobre parcelas de terreno (2550 m m2) que, ao que parece, compõem a totalidade do prédio n.º (5 500 m2), desanexado do prédio n.º, pelo que, se assim for, comprovadamente, há que remover da ficha deste prédio o conjunto dos factos que já não lhe dizem respeito (em virtude de não abrangerem a totalidade da coisa, mas apenas a parte que, por fraccionamento material e jurídico, se autonomizou, passando a integrar uma descrição privativa e diversa), sugerindo-se para o efeito que seja efectuada em cada uma das inscrições a indicação da ficha em que foram transcritas, passando-se a informação a «Histórico» Porque na ficha n.º / ficaram a constar as cotas referentes àquelas aps., de / /, e, de / /, em vez da reprodução, por cópia, dos registos respectivos, também parece avisado regularizar a informação mediante a passagem a «Histórico» das cotas, substituindo-as pelas inscrições em causa, com o exacto conteúdo com que foram lançadas na ficha n.º E, também em benefício da clareza, caberá esclarecer, no registo lavrado a coberto da ap. de / /, que se trata da aquisição do direito de superfície a que se refere a ap., de / /, sem, no entanto, passar a «Histórico» esta apresentação, porquanto é da inscrição respectiva que se colhe o conteúdo do direito, o prazo e as obrigações reguladas no título. 2. Agora, quanto aos concretos actos de registo sobre que versam os autos, não deixamos de notar que nem o pedido de registo a que se refere a ap., de / /. nem a inscrição respectiva, respeitam o princípio da especialidade, dado que da 2 Embora não se conceba um direito de superfície que tenha por objecto partes de uma pluralidade de coisas, sem que com essas partes se constitua uma coisa una, e apesar dos indícios que julgamos poder recolher dos factos de a área desanexada e registada a favor de corresponder à soma das parcelas que constituem o objecto dos direitos de superfície, e de não ter sido feito senão sobre a ficha n.º / a transmissão do direito de superfície registado a coberto da ap., de / / (cfr. ap., de / / ), não deixamos de recomendar uma análise cuidada de todos os documentos que serviram de base à desanexação, de modo a confirmar, ou infirmar, que os direitos em causa não integram já a situação jurídica do prédio n.º e que, portanto, a totalidade do solo alheio a que respeitam não se insere já na descrição deste aludido prédio. 3 Cfr. o ponto III do despacho n.º 70/

4 escritura pública se retira que foram efectivamente constituídos dois direitos de superfície, cada um deles a incidir sobre a sua parcela de terreno, como, aliás, não poderia deixar de ser em face do princípio da unidade ou da unicidade do objecto que caracteriza os direitos reais de gozo Donde, apesar da unicidade do suporte documental, caberia ter pedido dois actos de registo, distinguindo-se cada um factos jurídicos a inscrever 5 através do seu objecto material, já que os sujeitos, activo e passivo, são os mesmos, dando assim cumprimento à regra de que a cada facto jurídico (a cada manifestação da vontade de constituir um direito real) deve corresponder uma apresentação distinta e uma inscrição privativa (artigos 60.º/5 e 99.º, a contrario, do CRP) E, perante o incumprimento do princípio da especialidade 7, deveria ter sido recusado o registo apresentado a coberto da ap., posto que, estando documentados dois factos com o mesmo sujeito activo e a incidir sobre partes do mesmo prédio, não estava o serviço de registo em condições de optar por um ou 4 Cfr. Manuel Henrique Mesquita, Direitos Reais, p Nem sempre é fácil dizer o que realmente constitui o objecto da inscrição, pois, a propósito da registabilidade, umas vezes, fala-se de factos jurídicos, outras vezes, de direitos ou de efeitos jurídicos, mas, como propõe Oliveira Ascensão, Reais, 5.ª edição, p. 341, tem de se entender que a lei quer sempre designar os factos que produzem os efeitos jurídicos ou actuam sobre os direitos ou relações mencionados no elenco do artigo 2.º e que são esses factos o objecto da inscrição. 6 Não obstante tratar-se de actos entre os mesmos sujeitos e de ser idêntica a estrutura negocial patenteada na escritura pública apresentada, não deixamos de descortinar dois feixes de direitos e de obrigações, cada um deles dirigido a um direito real diferenciado. Não está em causa um acto de vontade de conteúdo unitário, ainda que apto a produzir efeitos jurídicos diversos (como, por exemplo, na compra e venda de vários prédios entre os mesmos sujeitos), mas a ordenação de relações jurídicas diferenciadas, cada qual com o seu objecto material e o seu conjunto de poderes jurídicos e vinculações, que, ao mesmo tempo, se modela a propósito de cada um dos novos direitos criados e que vêm limitar o direito do transmitente ou causante. 7 Embora não seja provável, em face do que dispõe o artigo 8.º-B/1/b) do CRP, é possível equacionar que se tenha querido pedir o registo de um único facto, mas, nesse caso, sobraria sempre a incerteza acerca do objecto da instância, ou seja, de qual dos factos, documentados no mesmo suporte formal, se pretendia o registo. 4

5 por outro dos factos que foram objecto de um só e do mesmo pedido de registo (artigo 69.º/2 do CRP) Não foi isso que aconteceu, pois a inscrição não deixou de ser efectuada, ainda que provisoriamente por dúvidas por falta de prova matricial, e assim, não sendo a actuação de molde a determinar a invalidade do registo, é, ao menos, necessário espelhar nas tábuas que se trata de dois direitos de superfície, dizendo-se, em «texto livre», que sobre cada uma das parcelas incide um direito de superfície com a causa, o conteúdo, as obrigações e o prazo indicados. Apreciação do mérito 1. Já vimos que o obstáculo colocado à realização dos registos, nos termos requeridos, radica no entendimento de que a prova matricial a efectuar há-de reportar-se ao prédio tal como se encontra descrito, com parte urbana e parte rústica, independentemente de, por um lado, o objecto negocial ou o quid sobre que incide o efeito jurídico (direito de superfície) corresponder apenas a uma parcela da parte rústica do prédio e de, por outro lado, a natureza urbana da restante parte do prédio advir da incorporação de obra correspondente ao exercício de outro direito de superfície, anteriormente criado (ap., de / / ) E quanto a esta perspectiva do problema, também a nós nos parece que a reconciliação entre a matriz e a descrição visa acreditar a existência física do prédio configurado no título, na matriz e no registo, mesmo que o facto jurídico que, em concreto, se pretenda fazer ingressar nas tábuas se dirija apenas a parte da coisa 8 Vd. parecer proferido no processo n.º R.P. 52/99 DSJ-CT, publicado no BRN 10/99, II caderno. 9 Do extracto deste averbamento devia ter ficado a constar que o edifício foi construído no exercício do direito de superfície, como se propõe no processo R.P. 56/98 DSJ-CT, publicado no BRN n.º 9/98, II Caderno, nota 44, citado pela recorrente, embora não custe admitir que esse dado pudesse também ter sido publicitado através da actualização da inscrição (passagem do direito de superfície ao seu segundo momento). Seja como for, o que importa acentuar é que faz falta à clara compreensão da situação registal do prédio que se informe acerca da pertinência da obra ao direito de superfície, sobretudo neste caso, em que subsistem na ficha de registo mais de um direito de superfície a permitir a edificação e em que a área ocupada por este tipo de direitos está longe de esgotar a área total do prédio. 5

6 descrita: o que se procura harmonizar com a matriz é a descrição, e esta respeita ao prédio, no seu todo Temos presente que a incidência do direito real sobre toda a coisa não se assume como característica essencial dos direitos reais, já que a lei, por vezes, admite a existência de direitos reais sobre partes de uma coisa, e que o direito de superfície é justamente um dos tipos que consente um objecto limitado à parte do prédio do fundeiro necessária à construção ou implantação (artigo 1525.º do CC), mas, vendo a questão no plano do direito de superfície a inscrever, não havendo desmembramento físico e jurídico da parte do solo que constitui o seu objecto inicial 10, não se pode dizer que este direito real incide sobre um prédio, senão sobre uma parte determinada de um prédio É claro que importa ao registo sinalizar o objecto de cada relação jurídica inscrita 11, o que, no primeiro momento do direito de superfície, passará por concretizar, no extracto da inscrição respectiva, os elementos que permitam determinar a parcela de solo a que se dirige a faculdade de fazer construção ou plantação em que aquele direito se consubstancia, e, após o implante, ou seja, quando o direito atinge o seu segundo momento, por actualizar a descrição do prédio de modo a reflectir a realidade material existente e a pertinência da obra ou plantação efectuada ao direito do superficiário (dizendo-se expressamente, no extracto do averbamento de actualização, que o implante resulta do exercício do direito de superfície) Segundo Carvalho Fernandes, Lições de Direitos Reais, pp. 412/418, a maneira de ser do direito de superfície comporta dois momentos: no primeiro momento, ao superficiário é reconhecida a faculdade de, por acto dependente de sua simples vontade, e sem possível interferência do fundeiro, fazer o implante em terreno alheio, e, portanto, o solo, o edifício ou o subsolo alheio constitui o objecto do direito; depois, executado o implante, o superficiário adquire ipso facto o direito de superfície no seu segundo momento, e o objecto principal deste direito é a obra ou a plantação feitas ou adquiridas. 11 Como sublinha Carvalho Fernandes, Lições..., p. 97, a lei do registo só se refere a prédios, e não a todas as coisas imóveis abrangidas na enumeração do artigo 204.º do CC, porém, a partir dos actos de registo é possível estabelecer a situação jurídica das coisas imóveis, uma vez que estas mantêm sempre uma ligação com um prédio, seja ele rústico ou urbano. 12 Cfr. nota 9 supra. 6

7 1.4. Mas, tal como o direito de superfície não pode ser concebido independentemente da propriedade do fundeiro, também o seu objecto principal (a obra ou plantação) não pode desligar-se do solo e assumir a qualidade de prédio autónomo dentro de uma descrição registal mais ampla 13 : a descrição registal continua a comportar um só prédio, que inclui uma parte delimitada do território e as construções nela incorporadas, e não tantos «retratos físicos, económicos e fiscais» autónomos quantas as partes do prédio que constituem objecto autónomo dos direitos reais publicitados, como se de uma multiplicidade de fólios reais se tratasse Donde é por referência ao prédio descrito, enquanto unidade espacial, com os seus implantes (obras ou plantações), que há-de fazer-se a harmonização a que alude o artigo 28.º do CRP, pois é a existência deste prédio (a sua concreta área e configuração), do qual faz parte integrante a parcela de terreno objecto do direito de superfície e à volta do qual «se agrupam todos os actos que [ ] definem a sua situação jurídica», que interessa reconciliar com a realidade fiscal No caso em apreço, o prédio, com a incorporação do edifício construído no exercício do direito de superfície, passou a apresentar uma parte rústica e uma parte urbana, com autonomia económica, pelo que, devendo ser havido como misto 13 Como esclarece Armindo Ribeiro Mendes, O Direito de Superfície, pp. 37/38, no caso de superfície há apenas um prédio em que um terceiro que não seja o seu proprietário tem o poder de aí cultivar e manter plantações ou de aí fazer e manter uma obra, pois a nossa tradição jurídica repudia em absoluto e o nosso ordenamento impede que se possa falar de uma construção (seja ou não de edifício) ou duma plantação enquanto tais como prédios, sendo o solo sempre um outro prédio. 14 Nem a parte do solo alheio que constitui o objecto do direito de superfície no seu primeiro momento, nem o implante (a obra ou a construção) são prédios, senão partes conexas de um bem, o prédio, relativamente às quais, em desvio ao princípio da individualização, se admite a qualidade de objecto de direitos reais autónomos. E mesmo quando se dá o desmembramento do objecto do direito de propriedade, através da alienação a que alude o artigo 1528.º do CC, o proprietário priva-se de parte da coisa, mas o prédio não deixa de ser composto pelo solo e pela plantação ou construção idealmente separada, e é esse o objecto da descrição registal. 15 Com efeito, ainda que cada uma das partes do prédio correspondente a um concreto direito de superfície receba autonomia fiscal, através de um artigo matricial privativo, não cobrará relevância acertar a área que consta desta matriz privativa com a que consta da ficha de registo, se não pudermos conhecer e acertar, primeiro, a extensão da parcela de território na qual se insere o objecto do direito de superfície, enquanto faculdade de construir ou plantar, ou da coisa na qual se alicerça o implante pertencente ao superficiário. 7

8 (artigo 5.º/2 do CIMI), a prova matricial pertinente teria de respeitar tanto à matriz cadastral rústica (actualizada, com a menção da parcela urbana) como à matriz urbana, correspondente à obra com o solo no qual se acha implantada Acontece que a prova matricial referida no despacho de qualificação havia sido feita perante o serviço de registo há menos de um ano e, portanto, em face do que dispõe o artigo 31.º/5 do CRP, não cobrava razão exigi-la de novo para os registos a que se referem os autos E ainda que assim não fosse, estando em causa matéria probatória coberta pela atitude procedimental activa que, a título excepcional e por via da reforma do registo predial levada a cabo pelo Decreto-Lei n.º 116/2008, se atribuiu ao serviço de registo, competiria sempre a este (serviço de registo) obter, oficiosamente, a prova da situação matricial, nos termos previstos nos nºs 2 e 3 do artigo 31.º do CRP Como bem aduz o recorrido, a partir do momento em que no solo rústico é implantado um edifício com autonomia económica, o prédio passa a assumir natureza urbana, ao menos, na parte que incorpora o edifício e o terreno que lhe sirva de logradouro, estando esta porção do solo verdadeiramente afectada à construção urbana. 17 Aquando da qualificação do averbamento a que se refere a ap...., de / /, teria sido ajustado colocar antes o problema da falta de harmonização das matrizes entre si, dado que parece não ter sido demonstrada a participação para alteração da matriz cadastral, de modo a constar a afectação urbana de parte da área nela indicada (cfr. a este propósito o parecer proferido no processo n.º 20/93 R.P. 4, publicado no BRN n.º 6/2001, II Caderno). 18 O conteúdo literal do artigo 31.º do CRP coloca mesmo a questão de saber que valor pode ser atribuído ao documento matricial junto pelo interessado e, na hipótese de o mesmo poder ser considerado para efeitos de prova matricial, qual o seu prazo de validade. Sem embargo de ser outro o significado mais imediato da letra da lei, para nós, este normativo não deve ser interpretado no sentido de que, a despeito da junção do documento, o conservador há-de sempre aceder à base de dados e confirmar a informação em tempo real, pois, se tivesse sido esse o pensamento do legislador, mal se compreenderia que se aceitasse como boa a verificação da situação matricial feita no título há menos de um ano. Agora, quanto à validade do documento, a verdade é que o prazo a que se refere o n.º 5 do artigo 31.º do CRP não se reporta senão à vigência da apreciação probatória exercida pela entidade tituladora ou por um serviço de registo, que cobre os actos subsequentes que venham a ser realizados dentro daquele lapso temporal e os dispensa, assim, da prova matricial. Cremos, contudo, que não poderá deixar de valer o prazo de um ano previsto no artigo 44.º/2 do CRP, pois terá sido essa a vigência do documento matricial pressuposta naquele n.º 5 do 8

9 2.2. Logo, não será pertinente invocar aqui o artigo 43.º/2 do CRP, que tem em vista dispensar o interessado da apresentação material do documento, permitindolhe a junção por remissão para o documento arquivado (visa-se, portanto, disciplinar o oferecimento de documentos já arquivados) 19, ou o artigo 73.º do CRP, que se situa num momento em que os elementos de prova de junção ou de recolha oficiosa (artigos 31.º e 43.º /5 do CRP) já estão (devem estar) no processo e se dirige ao suprimento de deficiências ou omissões de elementos que caberia ao interessado carrear para o processo de registo Do que se trata, verdadeiramente, é da exigência de uma prova (matricial) que, em regra, cabe ao serviço de registo obter (artigo 31.º do CRP), mas que, no caso, deve ser dispensada por já ter sido feita perante o serviço de registo há menos de um ano. 3. E quanto às consequências emolumentares, é verdade que o prédio é uno e tem a natureza mista, porém, não podemos ignorar que os factos a inscrever respeitam apenas à parte rústica do prédio e, nessa medida, não haverá razões para decidir que é devido mais emolumento do que o cobrado: quando, no Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado (RERN), se prevê um emolumento menor para factos relativos a prédios rústicos, o que realmente se tem é vista é o objecto material da relação jurídica publicitada, ou o concreto «objecto de utilização» do artigo 31.º para efeitos de dispensa da apresentação da prova matricial que tenha sido já feita no título (com base em documento emitido com antecedência não superior a um ano) ou perante serviço de registo (por acesso à base de dados ou mediante obtenção do documento junto do serviço de finanças, ou ainda, por identidade de razão, por exibição do documento matricial emitido com antecedência não superior a um ano). 19 No caso em apreço, em face das disposições conjugadas dos artigos 26.º/2 e 31.º/5 do CRP e 93.º/5 do CIMI, parece que nem sequer faria falta depositar electronicamente a prova matricial que serviu de base ao averbamento de construção. 20 Com efeito, a instrução oficiosa do processo de registo (atribuição do dever de juntar ou obter determinados documentos ao serviço de registo), não se confunde com o suprimento de deficiências do processo (superação do deficit de instrução a cargo do interessado). 21 Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 31.º do CRP, a falta de prova matricial só consubstanciará deficiência do processo para efeitos do disposto no artigo 73.º do CRP se a inscrição na matriz, a declaração para inscrição ou o pedido de alteração ou rectificação não existirem, pois, se assim for, é ao interessado que compete diligenciar no sentido de a tornar possível. 9

10 direito em causa (que, no caso dos autos, corresponde a parcelas rústicas do prédio, uma por cada direito de superfície) Pois apesar de o RERN ter sido orientado segundo um princípio de proporcionalidade (artigo 3.º do RERN), que demanda que o emolumento seja proporcional ao custo efectivo do acto, atenta a sua natureza e complexidade, com a tributação emolumentar prevista no artigo 21.º/2.14 do RERN não deixou de se introduzir uma ponderação excepcional da utilidade económico-social do acto de registo, porém, limitada à consideração equitativa do valor económico tendencialmente reduzido do objecto material do facto jurídico correspondente Por isso, em matéria emolumentar, é na consideração do objecto inicial do direito de superfície que importa aplicar o RERN, já que se trata de actos de registo que compõem a situação jurídica do prédio mas que, do ponto de vista do sujeito passivo da tributação emolumentar, não implicam mais do que a aquisição de um direito sobre uma parcela do solo rústico do prédio misto. 4. Finalmente, embora não esteja em tabela, por não ter constituído matéria controvertida nos autos, e, como tal, não mereça tratamento como objecto do recurso, não podemos deixar de notar que cada um dos direitos de superfície constituídos consistem na faculdade de fazer e manter plantação de culturas hortícolas, frutícolas, forrageiras e afins Ora, como tem sido acentuado pela doutrina, o regime de superfície, no seu momento dominial, não se conforma com um objecto não duradouro, já que a faculdade da manter plantação implica uma ideia de projecção dessa faculdade no tempo, que não se ajusta a plantações de duração efémera, sazonal ou, mesmo, anual 22, como será, normalmente, o caso das plantações hortícolas e forrageiras Donde, apesar da natureza duradoura da plantação frutícola, o facto de se considerar também um tipo de plantação tendencialmente sazonal teria justificado 22 Carvalho Fernandes, Lições, p Cfr., entre outros, Carvalho Fernandes, ob. e p. cit., Oliveira Ascensão, Reais, 5.ª edição, p. 528, e, em especial, Pires de Lima e Antunes Varela, Código Civil Anotado, III, 2.ª edição com a colaboração de Henrique Mesquita, p. 591, dizendo expressamente que as plantações hortícolas, pela sua sazonalidade, não podem ser objecto do direito de superfície. 10

11 a exigência de alguma densificação do objecto principal dos direitos de superfície em apreço, de modo a ver confirmada a sua adequação ao tipo real em causa Pelo exposto, somos de parecer que o recurso deve proceder, firmando-se as seguintes CONCLUSÕES I- A prova matricial a que se refere o artigo 31.º do Código do Registo Predial deve respeitar ao prédio, na sua totalidade, com a natureza rústica, urbana ou mista definida na matriz e na descrição, independentemente de o facto submetido a registo incidir apenas sobre parte do objecto da descrição registal, dado que é por referência ao prédio, enquanto parcela do território, que há-de obter-se a harmonização prevista no artigo 28.º do mesmo Código. II- Em face do disposto nos nºs 2 e 3 do artigo 31.º do Registo Predial, compete ao serviço de registo obter a prova matricial necessária para a realização de actos de registo mediante acesso directo à informação constante da base de dados das entidades competentes, ou, em caso de impossibilidade, por solicitação oficiosa e gratuita do documento às referidas entidades. III- É, porém, dispensada a prova matricial para os cancelamentos de registo e ainda se já tiver feita perante serviço de registo ou no acto sujeito a registo há menos de um ano. IV A tributação emolumentar prevista no artigo 21.º/2.14 do Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado deve ser aplicada 24 Com efeito, admite-se a possibilidade de estarem em causa plantações que, por via de novas técnicas, sejam de molde a beneficiar permanentemente o terreno e a alterar a capacidade produtiva do prédio em que se integram, e que não devam inserir-se na classificação de plantação de ciclo produtivo efémero normalmente atribuída às plantações hortícolas e afins, mas fazia bem que tal especificidade tivesse ficado a constar do título como forma de clarificar o preenchimento do tipo real em apreço. 11

12 tendo em conta o objecto material do facto inscrito ou o objecto de utilização do direito publicitado, pelo que estando em causa um direito que incida apenas sobre parte de um prédio misto, o emolumento devido pelo acto de registo deve ser cobrado de acordo com a classificação rústica, urbana ou mista da parcela abrangida. Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 23 de Junho de Maria Madalena Rodrigues Teixeira, relatora, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Luís Manuel Nunes Martins, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, António Manuel Fernandes Lopes, João Guimarães Gomes Bastos, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

13 FICHA P.º R.P. 37/2010 SJC-CT SÚMULA DAS QUESTÕES TRATADAS Princípio da especialidade: Unidade da inscrição Direito de superfície sobre parte do prédio Desanexação da parte correspondente ao objecto do direito de superfície (i). actualização da informação em vigor sobre o remanescente Averbamento de construção de edifício constituído no exercício do direito de superfície menção especial Direito de superfície sobre a parte rústica de prédio misto Prova matricial necessária Dever de obtenção da prova matricial Instrução oficiosa versus Suprimento de deficiências Dispensa de prova matricial Tratamento emolumentar tendo em conta o objecto material da relação jurídica 13

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