Ciência & Saúde Coletiva ISSN: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

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1 Ciêcia & Saúde Coletiva ISSN: Associação Brasileira de PósGraduação em Saúde Coletiva Brasil Guimarães Tavares, Felipe; Alvares Coimbra Juior, Carlos Everaldo; Moreira Cardoso, Adrey Níveis tesioais de adultos idígeas Suruí, Rodôia, Brasil Ciêcia & Saúde Coletiva, vol. 18, úm. 5, mayo, 2013, pp Associação Brasileira de PósGraduação em Saúde Coletiva Rio de Jaeiro, Brasil Dispoível em: Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista o Redalyc Sistema de Iformação Cietífica Rede de Revistas Cietíficas da América Latia, Caribe, Espaha e Portugal Projeto acadêmico sem fis lucrativos desevolvido o âmbito da iiciativa Acesso Aberto

2 1399 Níveis tesioais de adultos idígeas Suruí, Rodôia, Brasil Blood pressure levels of Suruí idigeous adults i Rodôia, Brazil ARTIGO ARTICLE Felipe Guimarães Tavares 1 Carlos Everaldo Alvares Coimbra Juior 1 Adrey Moreira Cardoso 1 1 Escola Nacioal de Saúde Pública, Fudação Oswaldo Cruz. R. Leopoldo Bulhões 1480, Maguihos Rio de Jaeiro RJ. felipetavares@esp.fiocruz.br Abstract Idigeous peoples i Brazil are experiecig rapid epidemiologic ad utritioal trasitio, with ocommuicable diseases such as hypertesio emergig i their health profile. A crosssectioal study was coducted i 9 Suruí Idia villages (251 subjects) i Rodôia, Brazilia Amazo, i 2005, i order to assess blood pressure levels i adults (>20 years of age), as well as to ivestigate its possible relatioship with utritioal ad socioecoomic status (SES). Mea systolic blood pressure (SBP) ad diastolic blood pressure (DBP) were higher i me. O average, a icrease i SBP of 7.9 mmhg ad of 1.4 mmhg i wome ad me, respectively, was detected. SBP was positively correlated with waisthip ratio (WHR) i both sexes ad with age i wome. DBP showed statistically sigificat correlatios with all athropometric variables, except height ad arm muscle area. The prevalece of hypertesio was 2.8% (M: 2.4%, F: 3.1%), beig higher i subjects > 40 years with PC or high WHR, especially i wome ad also i the group that maifested lower SES. The study cocludes that hypertesio is a emergig health problem amog the Suruí. Key words Blood pressure, Athropometrics, South America Idias, Amazo, Suruí Resumo Os povos idígeas o Brasil viveciam acelerado processo de trasição utricioal e epidemiológica, verificadose a emergêcia de doeças e agravos ão trasmissíveis, como hipertesão arterial (HA). Realizouse, em 2005, um estudo trasversal para descrever os íveis tesioais em adultos (> 20 aos) idígeas Suruí, Rodôia, e ivestigar sua relação com o estado utricioal e o ível socioecoômico (SSE). Foram visitadas 9 aldeias e avaliados 251 idivíduos (87,4% dos elegíveis). As médias de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) foram maiores o sexo masculio e superiores às verificadas em 1988, com icremeto a média da PAS de 7,9 mmhg e de 1,4 mmhg, em mulheres e homes, respectivamete. A PAS correlacioouse positivamete com a razão citura quadril (RCQ) em ambos os sexos, e com a idade, o sexo femiio. A PAD apresetou correlações estatisticamete sigificativas com todas as variáveis atropométricas, exceto com estatura e área muscular do braço. A prevalêcia de HA foi de 2,8% (M: 2,4%; F: 3,1%). Essa prevalêcia foi maior os idivíduos > 40 aos, com perímetro da citura (PC) ou RCQ elevados, sobretudo o grupo femiio e também o grupo de mais baixo de SSE. A HA é um problema de saúde emergete etre os Suruí, devedo receber ateção do sistema de saúde e dos pesquisadores. Palavraschave Pressão arterial, Atropometria, Ídios SulAmericaos, Amazôia, Suruí

3 1400 Tavares FG et al. Itrodução Os povos idígeas o Brasil vêm experimetado um acelerado processo de trasição em saúde caracterizado pela emergêcia de doeças crôicas ão trasmissíveis, com destaque para a obesidade, diabetes mellitus e hipertesão arterial 15. Em sua maioria, pesquisas realizadas ates da década de 1990 sobre íveis tesioais das populações idígeas residetes em aldeias reportavam valores de pressão arterial médios iferiores aos observados a população acioal ão idígea e ausêcia de associação positiva com a idade, bem como iexistêcia de casos de hipertesão arterial 6. Estudos mais recetes, o etato, têm reportado ão somete a elevação dos íveis tesioais com a idade, como também a ocorrêcia de casos de hipertesão arterial em povos idígeas em diversas regiões do país 2,7,8. Nas últimas décadas, a Amazôia tem sido ceário de rápida expasão das últimas froteiras demográficas e ecoômicas do Brasil. Este processo tem tido ampla repercussão sobre a saúde e a utrição das populações idígeas da região. Etre os idígeas Suruí, aida que as doeças ifecciosas e parasitárias, a desutrição proteicocalórica em criaças e a aemia 912 teham grade expressão o ceário epidemiológico da população, registrase a rápida emergêcia da obesidade como um problema de saúde etre os adultos 13,14. Esse cotexto epidemiológico tem sido atribuído à crescete iteração da população com a sociedade evolvete e sua maior depedêcia do mercado regioal para sua subsistêcia, com profudas implicações sobre as práticas alimetares 14. Tedo em vista as trasformações o ceário socioecoômico e a existêcia de estudo que reportou dados de pressão arterial para a população adulta Suruí ao fial da década de , este trabalho tem por objetivo descrever os íveis tesioais atuais a população Suruí adulta e ivestigar sua relação com o estado utricioal e o ível socioecoômico atual, bem como comparar os íveis tesioais médios verificados essa população o presete com aqueles reportados ao fial da década de População e Métodos Os dados aqui apresetados foram coletados o âmbito de uma pesquisa de maior abragêcia que teve por objetivo ivestigar a epidemiologia da tuberculose, parasitoses itestiais e estado utricioal do povo idígea Suruí 10,11,14,16. Na ocasião, foram também coletados dados de pressão arterial em adultos de ambos os sexos com idade > 20 aos, que compuseram o baco de dados para a presete aálise. A pesquisa de campo a qual os dados foram coletados foi realizada etre fevereiro e março de À época, os Suruí somavam 993 idivíduos (sedo 355 > 20 aos de idade) e viviam em oze aldeias situadas a Terra Idígea Sete de Setembro, localizada a divisa dos estados de Rodôia e Mato Grosso. A pressão arterial foi aferida por um mesmo observador, utilizadose um esfigmomaômetro de colua de mercúrio modelo FC110, fabricado pela Focal Corporatio (Kashiwa, Japão). As aferições foram realizadas o braço direito, com maguito padrão para adulto. Durate o procedimeto, os idivíduos permaeciam setados com os pés apoiados o chão. Foram realizadas duas medidas de pressão arterial cosecutivas em cada idivíduo, com itervalo aproximado de dez miutos etre elas. A pressão arterial sistólica (PAS) foi assialada a 1ª fase de Korotkoff e a diastólica (PAD), a 5ª fase. Para os fis de aálise, foram cosiderados como valores de PAS e PAD as médias das duas medidas cosecutivas, corrigidas para o perímetro do braço do idivíduo 17. Os íveis tesioais foram classificados em categorias de pressão arterial segudo os critérios recomedados pelo The Seveth Report of the Joit Natioal Committeeo Prevetio, Detectio, Evaluatio, ad Treatmet of High Blood Pressure (JNC 7) 18, sedo cosiderado hiperteso o idivíduo que apresetasse pressão arterial sistólica (PAS) > 140 mmhg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) > 90 mmhg. Além disso, os idivíduos foram também categorizados os seguites estágios de gravidade: pressão arterial (PA) ormal (PAS < 120 mmhg e PAD < 80 mmhg); préhipertesão (PAS mmhg e PAD 8089 mmhg); hipertesão I (PAS mmhg e PAD 9099 mmhg) e hipertesão II (PAS > 160 mmhg ou PAD > 100 mmhg) 18. Os dados de peso, estatura, perímetro da citura (PC), perímetro do quadril, perímetro braquial e prega cutâea triciptal foram obtidos segudo metodologia recomedada por Lohma et al. 19. A partir dessas variáveis, foram calculados os seguites idicadores utricioais: ídice de massa corporal (IMC), calculado pela fórmula peso (kg)/altura(m 2 ); a razão citura/quadril (RCQ); as áreas muscular e de gordura do braço, estimadas, respectivamete, a partir do

4 1401 perímetro braquial e da prega cutâea triciptal e trasformadas em escores z, segudo Frisacho 20. Maior detalhameto acerca da realização das medições atropométricas o campo ecotrase em Loureço et al. 14. Para a classificação do estado utricioal em categorias de IMC foram cosiderados os seguites potos de corte: IMC < 18,5 kg/m 2 = baixo peso; IMC de 18,5 a 24,9kg/m 2 = peso adequado; IMC de 25,0 a 29,9kg/m 2 = sobrepeso e IMC > 30 kg/m 2 = obesidade 21. Foram cosiderados potos de corte para risco cardiovascular os valores do perímetro da citura (PC) > 94 cm para o sexo masculio e de > 80 cm, para o femiio; e de RCQ > 1 e > 0,85, para os sexos masculio e femiio, respectivamete 22. A população de estudo foi categorizada do poto de vista socioecoômico a partir do Status Socioecoômico (SSE) proposto por Loureço et al. 14, em três íveis: iferior, itermediário e superior. Esses íveis foram defiidos por combiações de scores de graus de ocidetalização dos domicílios, com base em quatro dimesões: (1) materiais utilizados a costrução da casa, icluido piso, parede e cobertura; (2) úmero de dormitórios; (3) preseça de utesílios domésticos (fogão, geladeira, freezer, aparelho de televisão, máquia de lavar roupas e atea parabólica) e (4) preseça de mobiliário doméstico (cama de casal, sofá, guardaroupa e mesa de jatar). Cada chefe de família foi classificado com relação ao ível socioecoômico, que foi posteriormete atribuído aos demais residetes o domicílio 14. Foram descritas as distribuições de frequêcias da população estudada por faixa etária, idicadores utricioais e SSE, segudo sexo. Em seguida, foram descritas médias e respectivos itervalos de cofiaça da PAS e PAD por estratos das variáveis de estudo em ambos os sexos. Para esta aálise, segudo categorias de IMC, foi excluída a categoria de baixo peso, a qual foram classificados apeas dois idivíduos masculios. As difereças de médias etre os sexos foram testadas por meio do teste t de Studet. As proporções foram comparadas por meio do teste quiquadrado (χ 2 ). O grau de correlação etre as variáveis cotíuas foi avaliado por meio do coeficiete de correlação de Pearso, em aálises bivariadas para os sexos separadamete, testadose a sigificâcia estatística através do teste t bicaudal. As aálises foram realizadas utilizadose o software SPSS for Widows (versão 17.0). Cosiderouse o ível de sigificâcia de 5% em todos os testes realizados. Os valores médios e as prevalêcias atuais de PAS e PAD foram comparados aos descritos a mesma população há cerca de dezessete aos 15. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Nacioal de Saúde Pública e pela Comissão Nacioal de Ética em Pesquisa (CONEP) do Coselho Nacioal de Saúde. Recebeu também autorização para igresso em terra idígea emitida pela Fudação Nacioal do Ídio (Fuai). Ates do iício da pesquisa de campo, o projeto foi apresetado às lideraças de cada aldeia para a obteção de auêcia. Além disso, obtevese a autorização verbal do chefe de cada domicílio visitado. Resultados Foram visitadas 9 das 11 aldeias existetes, devido a dificuldades logísticas durate o trabalho de campo. Nas aldeias estudadas, havia 310 idígeas com idade > 20 aos (87,3% da população Suruí dessa faixa etária as 11 aldeias). Mulheres gestates ( = 23) e idivíduos com deficiêcia física que impossibilitasse a utilização do esfigmomaômetro ( = 1) ão foram avaliados. Detre os 6 idivíduos elegíveis para o estudo, 35 ão se ecotravam as aldeias por ocasião da pesquisa de campo. Foram avaliadas 251 pessoas (87,8% dos idivíduos elegíveis). A população apresetou proporções semelhates de homes e mulheres (50,6% de mulheres). A média de idade da população foi de 36,9 aos (DP: 15,5), sedo de 36,8 (DP: 15,4) aos para homes e de 37,1 (DP: 15,6) aos para as mulheres. A estrutura etária correspode a de uma população jovem, com 64,1% (masculio: 64,5%; femiio: 63,8%) dos idivíduos com idade iferior a 40 aos. Não se verificou difereça estatisticamete sigificativa a distribuição por idade etre os sexos (χ 2 = 0,758) (Tabela 1). Variáveis atropométricas Peso e estatura A média de peso foi superior o sexo masculio (masculio: 65,9kg, DP: 10,5; femiio:,9kg, DP: 11,1), assim como a média de estatura (masculio: 16 cm, DP: 4,96; femiio: 147,2 cm, DP: 4,48). Demais idicadores atropométricos (IMC, PC, RCQ) As médias do IMC foram semelhates etre os sexos (masculio: 22,6 kg/m 2 ; femiio: 22,6 Ciêcia & Saúde Coletiva, 18(5): , 2013

5 1402 Tavares FG et al. Tabela 1. Frequêcias de idígeas Suruí com idade maior ou igual a 20 aos por faixa etária, estado utricioal e ídice socioecoômico, segudo sexo, Rodôia, Masculio Femiio Idicadores % % % Valor do p* Faixa etária e mais IMC Baixo peso Peso adequado Sobrepeso Obesidade RCQ Adequada Elevada PC Adequado Elevado SSE Iferior Itermediário Superior ,5 21,0 22,6 12,9 1,6 42,7 46,0 9,7 46,0 54,0 72,6 27,4 30,1 41,6, ,2 23,6 19,7 16,5 0 43,3,6 22,0 15,0 85,0 29,9 70,1 39,5 37,0 23, ,8 22,3 21,1 14,7 0,8 43,0 40,2 15,9 30,3 69,7 51,0 49,0,9 39,2 25,9 0, ,317 Notas: (*) teste do quiquadrado; Abreviações: IMC Ídice de Massa Corporal, RCQ razão cituraquadril; PC perímetro da citura; SSE status socioecoômico. kg/m 2 ). As médias de praticamete todos os demais idicadores atropométricos aalisados foram superiores o sexo masculio (PC masculio: 88,8cm, DP: 9,5; femiio: 87,5 cm, DP: 11,3; RCQ masculio:0,95, DP:6; femiio: 0,92, DP: 7), exceto a da prega cutâea triciptal (PCT), úica a apresetar difereça estatisticamete sigificativa etre os sexos (masculio:14,3cm, DP: 5,7; femiio: 27,0cm, DP: 8,3). Mais da metade dos adultos Suruí apresetou excesso de peso, sedo essa proporção semelhate etre os sexos (p = 0,867). As prevalêcias de obesidade (p = 07), perímetro da citura (PC) (p < 00) e de razão citura/quadril (RCQ) elevados (p < 00) foram sigificativamete maiores etre as mulheres. As frequêcias de idivíduos por categorias dos idicadores atropométricos segudo sexo são apresetadas a Tabela 1. Idicador socioecoômico Cerca de 40% da população foi classificada o ível socioecoômico itermediário. A difereça etre os sexos quato à distribuição da frequêcia de SSE ão foi estatisticamete sigificativa, mas observase maior frequêcia de mulheres o ível socioecoômico iferior (Tabela 1). Pressão Arterial A PAS variou de 90 mmhg a 163 mmhg, com média de 111,7 mmhg (DP: 11,08). A PAD variou de 46 mmhg a 93mmHg, com média de 69,8 mmhg (DP: 8,24). Ambas as médias (PAS e PAD) foram superiores o sexo masculio, embora sem sigificâcia estatística. As médias de PAS e PAD e respectivos itervalos de cofiaça por faixa etária, idicadores utricioais e SSE segudo sexo são apresetadas a Tabela 2. Verificase icremeto da média de PAS o sexo masculio coforme aumeta a

6 1403 Tabela 2. Médias e desviospadrão globais e por sexo de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) segudo estratos de idade deceais, variáveis atropométricas e ível socioecoômico para idígeas Suruí com idade > 20 aos, Rodôia, Idicadores Masculio Média IC 95% PAS Femiio Média IC 95% Valor do p* Ciêcia & Saúde Coletiva, 18(5): , 2013 Faixa Etária e mais IMC Peso adequado Sobrepeso Obesidade RCQ Adequada Elevada PC Adequado Elevado SSE Iferior Itermediário Superior ,0 113,8 112,3 112,8 112,1 112,6 110,9 116,6 110,4 113,6 111,9 112,7 113,1 112,4 112,2 109,1112,9 109,4118,3 106,8117,9 108,1117,4 110,4113,9 109,5115,6 108,6113,3 110,1123,1 108,1112,6 111,0116,3 109,9113,9 108,7116,7 109,3117,0 110,1114,8 108,2116, ,8 107,0 113,8 117,5 111,2 112,04 109,36 112,39 111,2 111,2 108,4 112,4 111,2 112,5 109,6 107,3 112,2 103,7 110,3 107,1 120,6 111,1,0 109,1 113,3 108,1 116,0 106,7 112,0 108,3 116,5 106,6 115,9 108,8 113,6 105,3 111,6 109,7 115,1 107,7 114,7 108,3 116,8 105,6 113,7 0, ,720 0,246 0,490 0,8 0,375 0,252 0,718 0, ,894 0,465 0,952 0,355 PAD Idicadores Masculio Média IC 95% Femiio Média IC 95% Valor do p* Faixa Etária e mais IMC Peso adequado Sobrepeso Obesidade RCQ Adequada Elevada PC Adequado Elevado SSE Iferior Itermediário Superior ,9 72,0 71,5 67,3 70,8 69,0 71,5 76,3 69,5 71,9 69,7 73,8 70,5 71,1 71,8 69,1 72,8 68,7 75,3 68,2 74,9 62,0 72,5 69,4 72,2 67,0 71,1 69,3 73,6 71,6 81,1 67,8 71,3 69,8 74,1 68,1 71,2 70,8 76,9 67,5 75,6 69,2 73,0 68,7 74, ,7 70,2 70,6 69,5 68,8 67,2 69,9 70,1 66,6 69,1 65,5 70,2 67,2 70,5 68,9 64,1 69,3 67,6 72,9 67,0 74,3 66,3 72,7 67,3 70,3 64,7 69,7 67,9 71,8 66,5 73,6 63,1 70,2 67,5 70,8 62,6 68,3 68,5 71,8 64,5 69,9 68,3 72,7 65,3 72,4 07 0,393 0,711 0, ,266 0,291 0, ,107 0,661 0,213 Notas: (*)Teste t studet; Abreviações: IMC Ídice de Massa Corporal, RCQ razão cituraquadril; PC perímetro da citura; SSE status socioecoômico; DP = Desvio Padrão.

7 1404 Tavares FG et al. idade até os 40 aos, equato o sexo femiio, as médias de PAS mais elevadas foram verificadas os estratos de idade acima de 40 aos. As médias masculias de PAS são superiores às femiias os estratos mais joves, fato que se iverte a partir dos 40 aos, quado as médias femiias superam as masculias. A faixa etária de 30 a 39 aos foi a úica a apresetar difereça estatisticamete sigificativa etre as médias de PAS segudo sexos. Em relação à PAD, verificase médias masculias decrescetes a partir dos 30 aos, ao passo que etre as mulheres otase icremeto das médias até os 49 aos. A média de PAD femiia só supera a masculia o estrato de idade de 50 aos e mais. A faixa etária de 20 a 29 aos foi a úica a apresetar difereça estatisticamete sigificativa etre as médias de PAD segudo sexos. As maiores médias de PAS e PAD foram ecotradas etre os idivíduos obesos, em ambos os sexos. Não houve difereças estatisticamete sigificativas etre as médias por sexo de PAS e PAD etre os estratos de IMC. As médias de PAS e PAD foram mais elevadas o sexo masculio, em todos os estratos de IMC. O estrato de obesidade foi o úico a apresetar difereça estatisticamete sigificativa etre as médias de PAD segudo sexos. Em relação à RCQ e ao PC, todas as médias de PAS e PAD foram maiores os estratos cosiderados elevados, com exceção da PAS femiia para a RCQ. Verificouse média de PAD sigificativamete mais elevada o sexo masculio o estrato de RCQ elevada. Verificouse aida, difereça sigificativa etre os sexos em ambas as categorias de PC e média de PAD sigificativamete mais elevada o estrato de PC elevado, etre as mulheres. Em relação ao SSE, ão se verificou difereça estatisticamete sigificativa etre as médias de PAS e PAD etre os diferetes estratos socioecoômicos, em ambos os sexos. A prevalêcia global de hipertesão arterial foi de 2,8%, sedo o valor verificado etre as mulheres (3,1%) superior aos homes (2,4%). Nehum homem foi classificado o estágio de maior gravidade (Estágio 2), equato uma mulher foi classificada este estágio. A prevalêcia de HAS foi maior as faixas etárias mais elevadas, globalmete e o sexo masculio. Nas mulheres, só se verificou hipertesão arterial acima dos 40 aos de idade. A prevalêcia de HAS foi maior em idivíduos com cocetração abdomial de gordura (PC e RCQ elevados) e os estratos de meor ível socioecoômico (Tabela 3). As matrizes de correlação de Pearso segudo sexos são apresetadas a Tabela 4. Nos homes, a PAS correlacioouse sigificativamete com a PAD e com a RCQ. Ressaltase a fraca correlação da PAS com a idade, bem como as correlações iversas, aida que ão sigificativas com perímetro do quadril (PQ), PCT e área de gordura do braço (AGB). A PAD correlacioou Tabela 3. Prevalêcias de ível tesioal idicativo de HAS segudo estratos de idicadores utricioais e socioecoômicos, idígeas Suruí com idade > 20 aos, Rodôia, Idicadores/estratos Homes % Mulheres % % Idade < 30 aos 30 a 39 aos > 40 aos Estrato Nutricioal IMC < 25 IMC > 25 Cocetração abdomial de gordura PC adequado PC elevado RCQ adequado RCQ elevado Nível sócioecoômico I/II (iferior) III (superior) ,8 4,5 3,6 1,4 2,2 2,9 4,5 2,2 3, ,7 7,3 4,5 3,7 4, ,8 6,7 5,5 0,7 1,6 4,1 4,0 3,1 1,7 Notas: Abreviações: IMC Ídice de Massa Corporal, RCQ razão cituraquadril; PC perímetro da citura; HAS: Hipertesão Arterial Sistêmica; JNC 26

8 1405 se de forma estatisticamete sigificativa e com magitudes superiores a 0,22, com praticamete todas as variáveis atropométricas, exceto estatura e área muscular do braço. Ressaltase a correlação iversa da PAD com a idade, aida que sem sigificâcia estatística. Nas mulheres, a PAS correlacioouse sigificativamete com a PAD, idade, PC e RCQ. Vale ressaltar as correlações iversas com perímetro do braço (PB) e AMB, aida que ão sigificativas. A PAD correlacioouse de forma estatisticamete sigificativa e com magitudes superiores a 0,20, com praticamete todas as variáveis aalisadas, exceto idade, estatura e AMB. Na Tabela 5 são apresetadas médias de PAS e PAD e prevalêcias de hipertesão arterial do Ciêcia & Saúde Coletiva, 18(5): , 2013 Tabela 4. Matriz de correlação de Pearso para os adultos Suruí de ambos os sexos, Idade PAS PAD Estatura Peso IMC PC RCQ PQ PB PCT AMB AGB Idade PAS PAD Estatura Peso IMC PC RCQ PQ PB PCT AMB AGB 0,171 0,116 0,266 ** 0,246 ** 18 0,362 ** 0,290 ** 0,223 * 0,299 ** 04 0,0 ** 0,272 ** 0,517 ** 0, ,183 * , ,133 0,486 ** 24 0,1 ** 0,303 ** 0,299 ** 0,227 * 0,249 ** 0,8 ** 0,268 ** 0,136 0,7 ** ,156 0,423 ** 38 0,114 0,177 * 0,329 ** 0, , ,200 * 0,338 ** 0,919 ** 0,877 ** 0,461 ** 0,939 ** 0,860 ** 0,732 ** 0,490 ** 0,796 ** ,261 ** 11 0,942 ** 0,918 ** 0,584 ** 0,896 ** 0,889 ** 0,795 ** 0,461 ** 0,852 ** 0,269 ** 0,209 * 0,9 ** 8 0,825 ** 0,846 ** 0,787 ** 0,845 ** 0,826 ** 0,712 ** 0,460 ** 0,769 ** 0,597 ** 0,269 ** 0,211 * 0,143 0,318 ** 0,384 ** 0,742 ** 0,339 ** 0,5 ** 0,377 ** 0,374 ** 0,424 ** ,220 * 0,254 ** 0,956 ** 0,925 ** 0,801 ** 0,220 * 0,808 ** 0,769 ** 0,376 ** 0,810 ** ,254 ** 0,167 0,911 ** 0,908 ** 0,779 ** 0,8 ** 0,863 ** 0,730 ** 0,689 ** 0,819 ** 0, ,276 ** 03 0,780 ** 0,830 ** 0,697 ** 0,304 ** 0,762 ** 0,836 ** 08 0,987 ** 0,200 * ,302 ** 0,427 ** 0,3 ** 0,323 ** 0,167 0,365 ** 0,496 ** 6 0, ,5 ** 59 0,863 ** 0,894 ** 0,7 ** 0,316 ** 0,830 ** 0,922 ** 0,979 ** 0,131 Nota: Masculio Femiio. (*) pvalor < 5; 2. (**) pvalor < 1; Abreviações: PAS Pressão arterial sistólica, PAD pressão arterial diastólica, IMC ídice de massa corporal, PC perímetro da citura, RCQ razão citura/quadril, PQ perímetro do quadril, PB perímetro braquial, PCT prega cutâea triciptal, AMB área muscular do braço, AGB área de gordura do braço. Tabela 5. Comparação dos valores de média da pressão arterial sistólica e diastólica e prevalêcia de hipertesão etre os aos de 1988 e 2005, para ambos os sexos. Ao do estudo Idicadores 1988 * Média (DP) 2005 Média (DP) Difereças etre os aos Valor do p ** Média de PAS Média Global Média masculia Média femiia Média de PAD Média Global Média masculia Média femiia ,7 (11,5) 103,3 (8,3) 69,6 (7,0) 66,6 (8,2) ,7 (11,1) 112,1 (1) 111,2 (12,0) 69,8 (8,2) 70,8 (8,0) 68,8 (8,4) 1,4 7,9 1,2 2,2 0, ,320 0,106 Prevalêcia 1988* Prevalêcia 2005 Prevalêcia de HAS Global Masculio Femiio % % 2,8 2,4 3,1 2,8% 2,4% 3,1% (*) 15 (**)Test t studet; Abreviações: DP desvio padrão, HAS hipertesão arterial sistêmica, PAS pressão arterial sistólica, PAD pressão arterial diastólica

9 1406 Tavares FG et al. presete estudo, que são comparadas às reportadas o estudo realizado o ao de 1988 com a mesma população 15. Observase que houve uma elevação da média de PAS e PAD etre os aos comparados em ambos os sexos, com maior difereça a PAS para o sexo femiio (7,9 mmhg), sedo a úica a apresetar sigificâcia estatística (p = 00). Em 1988, ão foram ecotrados casos de hipertesão arterial etre os Suruí, ao passo que por ocasião da coleta de dados do presete estudo, a prevalêcia global de hipertesão arterial foi de 2,8%. Discussão A hipertesão arterial ecotrase a lista das mais frequetes morbidades em todo o mudo, estado relacioada ao rápido processo de trasição epidemiológica e utricioal em curso em uma escala global, icluido os povos idígeas. Há poucos estudos sobre a epidemiologia da hipertesão arterial em povos idígeas o Brasil. Até o iício dos aos 90, estudos realizados em populações que aida apresetavam um padrão de alimetação caracterizado por baixa igestão de gorduras e ausêcia de sódio, em sua maioria situadas a Amazôia, reportaram médias de pressão arterial sistólica e diastólica abaixo das verificadas a população brasileira ão idígea, assim como ausêcia de casos de hipertesão arterial 6,8,23,24. Em 1988, os Suruí foram avaliados pela primeira vez em relação à pressão arterial, cofirmado o que viha sedo relatado para povos amazôicos 6. No itervalo de dezessete aos, verificouse icremeto da PAS e da PAD em ambos os sexos, sedo este mais prouciado o sexo femiio, com sigificâcia estatística para a elevação de PAS as mulheres. Nas duas ocasiões (1988 e 2005) as médias de PAS e PAD foram superiores o sexo masculio, mas as difereças das médias etre os sexos dimiuiu etre os aos comparados, passado respectivamete de 7,4 mmhg e 3,0 mmhg, em 1988, para 0,9 mmhg e 2,0 mmhg, em Aida que teha sido verificada elevação dos íveis tesioais médios, a prevalêcia de hipertesão arterial Suruí foi de 2,8%, iferior à verificada a população ão idígea brasileira, a qual a prevalêcia de HAS varia de 22% a % em áreas urbaas Apesar disso, esta é a primeira vez que são reportados casos de hipertesão arterial em idígeas Suruí. Aida que a prevalêcia de hipertesão etre estes teha sido baixa em relação aos grupos comparados, ressaltase que ehum dos idivíduos ivestigados fazia uso de medicação atihipertesiva por ocasião da coleta de dados, pois ão viham sedo acompahados pelo serviço local de saúde. A comparação direta das médias de PAS e PAD Suruí etre os dois iquéritos realizados a etia deve ser feita com cautela, já que ão foi possível fazer a padroização por idade. No itervalo etre as duas ivestigações, a população Suruí pode ter sofrido mudaças a estrutura etária, possivelmete retratado uma estrutura de população meos jovem a coleta mais recete, sedo esperadas, portato, médias mais elevadas de PAS e PAD. A mesma cautela deve ser tomada com relação à comparação direta da prevalêcia de hipertesão arterial Suruí com as de outras populações idígeas e ão idígeas, pois aida que possa ter havido um evelhecimeto populacioal, os Suruí permaecem com estrutura etária jovem (64,1% com idade iferior a 40 aos), sedo esperadas meores prevalêcias desse agravo. Esta situação é corroborada pela prevalêcia mais elevada de hipertesão arterial o grupo etário com idade maior a 40 aos (6,7%). Comparações mais acuradas ecessitariam de padroização por idade. As médias de PAS e PAD verificadas o presete estudo etre os Suruí superam as ecotradas em outras etias idígeas o Brasil 8,23,,29. As médias de PAS e PAD de idígeas Suruí do sexo masculio, reportadas em 1988, já superavam as médias poderadas correspodetes para 11 grupos idígeas sulamericaos 30, ao passo que as médias femiias Suruí eram iferiores. Na presete aálise, as médias femiias se aproximam das masculias e ambas ultrapassam os valores reportados para os 11 grupos, em A superioridade atual dos íveis tesioais médios Suruí pode ser justificada, em parte, por difereças temporais a coleta dos dados. É possível que as populações sulamericaas estudadas à época apresetem, atualmete, íveis tesioais mais elevados e/ou superiores aos Suruí, haja vista a amplitude e a rapidez do processo de trasição epidemiológica e utricioal em curso que afeta profudamete os povos idígeas em território acioal. Etre os Suruí, a prevalêcia de hipertesão arterial foi maior o sexo femiio, ao cotrário do que frequetemete é descrito em populações ão idígeas 27,31,32. Estes resultados coicidem com aqueles reportados para outros povos idígeas o Brasil. Etre os Xavates de Mato Grasso, a prevalêcia de HAS foi de 7,7% e de 5,3%

10 1407 em mulheres e homes, respectivamete 8. Nos Guarai o Estado do Rio de Jaeiro, essas prevalêcias foram de 7,4% e 2,6% 29 e, etre os Tupiiquim o Espírito Sato, de 19,3% e 17,6% 7. Nesses estudos, as difereças de íveis tesioais e prevalêcias de hipertesão arterial etre os sexos têm sido atribuídas a difereças a composição corporal, tal como cocetração abdomial de gordura, assim como a distitos padrões de cosumo alimetar e de atividade física. Em diversas populações ativas da Amazôia 6 verificouse ausêcia de associação positiva etre idade e íveis tesioais. No estudo realizado com os Suruí o fial da década de 1980, a PAS apresetavase iversamete associada à idade em ambos os sexos 15. No presete estudo, detectouse correlação positiva e estatisticamete sigificativa etre idade e PAS o sexo femiio, ao passo que a PAD mostrouse iversamete associada à idade o sexo masculio, aida que ão estatisticamete sigificativa. A comparação dos resultados obtidos os dois estudos realizados etre os Suruí em um itervalo de aproximadamete dezessete aos evidecia que houve uma iversão o setido da associação etre pressão arterial e idade, particularmete o sexo femiio, idicado a existêcia de um processo de trasição em saúde etre os Suruí, viveciado de forma distita etre os sexos. À semelhaça do observado por Bloch et al. 29 e Cardoso et al., as correlações positivas das variáveis atropométricas (RCQ, PC, IMC, peso) obtidas etre os Suruí, sobretudo a cocetração abdomial de gordura, com a PAS e PAD, idicam que o aumeto os íveis pressóricos, pelo meos em parte, está associado ao acúmulo de gordura corporal, especialmete a de deposição cetral. O perfil epidemiológico da população Suruí é caracterizado por apresetar altas prevalêcias de doeças ifecciosas e parasitárias 11,16 e desutrição ifatil 10, elevadas taxas de fecudidade 33, ao mesmo tempo em que se observa o aumeto das prevalêcias de sobrepeso/obesidade em adultos 13,14 e de hipertesão arterial. Ao logo das últimas três décadas, os Suruí passaram por profudas mudaças em suas práticas de produção e cosumo de alimetos, vido a cosumir alimetos ricos em gordura, sal e açúcar. As roças e outras atividades de subsistêcia como a caça, pesca e coleta de produtos florestais, são praticamete iexistetes para parcela expressiva da população atual, o que ocasioa dimiuição da atividade física 13,15,. Coforme descrito ateriormete, esses fatores, agido em cojuto, teriam importate papel a redefiição dos padrões de adoecimeto e o perfil epidemiológico do grupo, abrido espaço para o surgimeto de doeças crôicas. Cosiderações Fiais Os resultados apotam para a ecessidade de elaboração de estratégias para preveir e cotrolar os fatores de risco para hipertesão arterial e outras doeças e agravos ão trasmissíveis, particularmete o grupo femiio. Para isso, seria ecessário o plaejameto e a implemetação de ações que visem discutir e sesibilizar os Suruí acerca das relações etre padrões de cosumo alimetar, particularmete o cosumo de sal, açúcar, alimetos idustrializados, gorduras, e de atividade física e DANT. Além disso, devem ser realizados estudos para idetificar outros fatores de risco associados às DANT, a fim de subsidiar estratégias mais amplas de preveção e promoção à saúde, pautadas em ações sustetáveis de subsistêcia, tedo em vista os recursos dispoíveis o território, a história de cotato e os modos atuais de iteração com o mercado regioal. Ciêcia & Saúde Coletiva, 18(5): , 2013

11 1408 Tavares FG et al. Colaboradores Referêcias FG Tavares participou da coleta de dados, da cocepção do artigo da aálise e iterpretação dos dados, da redação, revisão crítica e aprovação da versão fial do artigo. CEA Coimbra Júior participou a coleta de dados, delieameto do estudo, a iterpretação dos dados, a redação e revisão crítica do artigo e a aprovação de sua versão fial. AM Cardoso participou da cocepção do artigo, a iterpretação dos dados, a redação e revisão crítica do artigo e a aprovação de sua versão fial. Agradecimetos Aos Suruí, pelo apoio durate a pesquisa de campo. Ao Cassius Schel Palhao Silva pela realização dos exames pressóricos e ao Coselho acioal de Desevolvimeto Cietífico e Tecológico (CNPq), pelo apoio fiaceiro ao projeto Coimbra Júior CEA, Satos RV. Emergig health eeds ad epidemiological research i idigeous peoples i Brazil. I: Salzao FM, Hurtado AM, editors. Lost Paradises ad the Ethics of Research ad Publicatio. Oxford: Oxford Uiversity Press; Gimeo SGA, Rodrigues D, Caó EN, Lima EES, Schaper M, Pagliaro H, Lafer MM, Baruzzi RG. Cardiovascular risk factors amog Brazilia Karib idigeous peoples: Upper Xigu, Cetral Brazil, J Epidemiol Commuity Health 2009; 63(4): Cardoso AM, Mattos IE, Koifma RJ. Prevalêcia de diabetes mellitus e da sídrome de resistêcia isulíica os ídios Guaraí do Estado do Rio de Jaeiro. I: Coimbra Júior. CEA, Satos RV, Escobar AL, orgaizadores. Epidemiologia e Saúde dos Povos Idígeas o Brasil. Rio de Jaeiro: Editora Fiocruz; p Oliveira GF, Oliveira TRR, Rodrigues FF, Corrêa LF, Ikejiri AT, Casulari LA. Prevalêcia de diabetes melito e tolerâcia à glicose dimiuída os idígeas da Aldeia Jaguapiru, Brasil. Rev Paam Salud Publica 2011; 29(5): Rocha AKS, Bós AJG, Hutter E, Machado DC. Prevalêcia da sídrome metabólica em idígeas com mais de 40 aos o Rio Grade do Sul, Brasil. Rev Paam Salud Publica 2011; 29(1):4145. FlemigMora M, Coimbra Júior CEA. Blood pressure studies amog Amazoia ative populatios: A review from a epidemiological perspective. Soc Sci Med 1990; 31(5): Meyerfreud D, Goçalves CP, Cuha RS, Pereira AC, Krieger JE, Mill JG. Agedepedet icrease i blood pressure i two differet Native America commuities i Brazil. J Hypertes 2009; 27(9): Coimbra Júior. CEA, Chor D, Satos RV, Salzao FM. Blood pressure levels i Xavate adults from the Pimetel Barbosa Idia Reserve, Mato Grosso, Brasil. Eth Dis 2001; 11(2): Orellaa JDY, Basta PC, Satos RV, Coimbra Júior CEA. Morbidade hospitalar em criaças idígeas Suruí meores de dez aos, Rodôia, Brasil: 2000 a Rev Bras Saúde Mater Ifat 2007; 7(3):1 7. Orellaa JDY, Coimbra Júior CEA, Loureço AEP, Satos RV. Estado utricioal e aemia em criaças Suruí, Amazôia, Brasil. Joral de Pediatria 2006; 82(5): PalhaoSilva CS, Araújo AJG, Loureço AEP, Bastos OMP, Satos RV, Coimbra Júior CEA. Itestial parasitic ifectio i the Suruí Idias, Brazilia Amazo. Iterciecia 2009; (4): Basta PC, Coimbra Júior CEA, Camacho LAB, Satos RV. Risk of tuberculous ifectio i a idigeous populatio from Amazoia, Brazil. It J Tuberc Lug Dis 2006; 10(12):

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