MÉTODOS DE DETECÇÃO ALTERNATI- VOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MÉTODOS DE DETECÇÃO ALTERNATI- VOS"

Transcrição

1 Capíulo 5 MÉTODOS DE DETECÇÃO ALTERNATI- VOS 5. INTRODUÇÃO Nese capíulo são apresenados méodos de deecção de ouliers, alernaivos ao méodo baseado no ese das razões de verosimilhanças referido no capíulo anerior. A primeira esraégia de diagnósico consise no esudo do comporameno dos resíduos em presença de conaminação segundo uma meodologia desenvolvida por Rosado (984). Lee e Hui (993), no conexo de um modelo AR(p), propuseram uma esraégia de deecção de ouliers adiivos com base nos elemenos da diagonal da mariz de projecção, designadas como medidas de alavanca ("leverages"). A écnica de diagnósico consegue ainda idenificar ouliers inovadores e é paricularmene eficaz quando esão presenes múliplos e consecuivos ouliers. Ouro méodo de deecção no quadro dos modelos auoregressivos AR(p), relaivamene simples de implemenar consise nas esaísicas Q, proposas por Abraham e Chuang (989), as quais consiuem uma medida do efeio da eliminação das observações oulier no valor esimado dos resíduos. Uma vanagem desas esaísicas raduzse na possibilidade não só de deecar mas ambém disinguir um AO de um IO. Os auores propuseram ainda um procedimeno, em quaro eapas, para modelar as séries emporais em presença de ouliers, no qual um processo ARMA(p,q) é aproximado por um AR(p+q). 76

2 Uma oura perspeciva direcamene relacionada com a anerior, embora diferene, consise na deecção de ouliers influenes. Iso porque um oulier pode ou não afecar consideravelmene as esimaivas dos parâmeros do modelo, como sejam os coeficienes ARMA e a variância do ruído. Nesse senido, apresenamos um conjuno de méodos e medidas de diagnósico de observações influenes. Como vimos no capíulo, a presença de ouliers numa série pode er efeios dramáicos no valor esimado das auocorrelações, paricularmene em séries emporais de cura duração, o que pode er implicações nefasas na fase de idenificação do modelo da meodologia de Box e Jenkins. Nessas circunsâncias, Chernick, Downing e Pike (98) propuseram, anes de iniciada a meodologia, o cálculo da mariz da função de influência das auocorrelações de modo a idenificar ouliers influenes. Peña (990) no quadro dos modelos ARMA, apresenou esaísicas indicadoras de AO e IO que êm fore influência no valor dos coeficienes esimados, as quais se baseiam na subsiuição das observações discordanes por valores inerpolados. Esas medidas de diagnósicos são paricularmene eficazes na deecção de ouliers isolados. No enano a exisência de múliplos e consecuivos ouliers coloca problemas aos méodos de deecção. Iso porque o efeio de um único oulier num grupo pode ser oculado pelo efeio de ouros ouliers siuados na vizinhança. Ese comporameno pode ser viso como uma forma de "masking". Nesse senido, Yaawara e Lin (994) propuseram uma esaísica de diagnósico de observações influenes que permie deecar múliplos ouliers. Num exenso arigo Bruce e Marin (989) propuseram duas medidas de diagnósico para os modelos ARMA, baseadas na eliminação de observações e medição da aleração nas esimaivas dos parâmeros. O diagnósico DV mede as alerações na variância esimada do ruído, e o diagnósico DC mede a aleração nos coeficienes ARMA esimados em presença de ouliers. É ainda proposo uma esraégia de deecção baseada num procedimeno de eliminação ieraiva, em presença de múliplos e 77

3 consecuivos ouliers. Por úlimo, Ledoler (990) aplicou às séries emporais as medidas de deslocameno da verosimilhança inroduzidas por Cook (986, 987), as quais medem a influência das perurbações nas esimaivas dos parâmeros pela aleração provocada no logarimo da função de verosimilhança. Com base nelas Ledoler (990) propôs uma esaísica simples de diagnósico das observações influenes. 5. UM TESTE SIMPLES DE DISCORDÂNCIA Como vimos aneriormene, o comporameno dos resíduos, obidos a parir da esimação pelo méodo dos MQ dos parâmeros do modelo subjacene à série emporal, pode ser um indicador da presença de ouliers, numa eapa preliminar de diagnósico. Um criério inroduzido por Rosado (984) designado por Méodo GAN (méodo baseado no Modelo Generaivo com Alernaiva Naural como modelo de discordância) permie inroduzir um alo grau de objecividade na resolução de problemas com ouliers, em paricular nos eses de homogeneidade que, em úlima análise, podem conduzir à rejeição ou aceiação de uma observação da amosra. Nesse rabalho, o auor aborda o esudo das observações discordanes com formulação do problema de deecção de ouliers para uma disribuição especificada à priori baseado em criérios de máxima verosimilhança. No caso de uma amosra de observações x,...,x n perencenes a uma população X com disribuição normal em que se supõe conhecido o parâmero µ podemos formular as seguines hipóeses em ermos de modelo de discordância por σ: - H 0 é a hipóese de homogeneidade, iso é, as observações x,...,x n são provenienes de uma população X com disribuição N ( µσ, ) 78

4 - H j é a hipóese alernaiva com x j observação discordane, ou seja, x j em disribuição N ( µσ, ) para algum j =,..., n. O auor esudou os casos em que os parâmeros σ e σ são ou não conhecidos (i) σ e σ conhecidos Considerando σ e σ e conhecidos, sob a hipóese nula de homogeneidade das observações, eremos, L 0 n n = Π f ( xi, µ, σ) = n exp ( xi µ ) (5..) i= σ π σ i= ( ) e, sob a hipóese alernaiva H j, Lj = Π f ( xi, µ, σ ) f ( x j, µ, σ ) = n exp i j n σ σ ( π ). i j x i µ + σ x j µ σ (5..) O méodo GAN propõe enão, a esaísica de deecção de ouliers, ou ( σ ) S = max σ j ( σ ) S = min σ j x x j µ σ j µ σ se σ< σ (5..3) se σ< σ. (5..4) 79

5 Sendo no primeiro caso S > c a região de regeição do ese de homogeneidade nas observações x,...,xn e no segundo caso S < c. Os ponos críicos são obidos a parir de n c = F (( α ) ) se σ< σ χ e n c = F ( ( α ) ) se σ< σ. χ É de referir que ese modelo vai salienar como candidao a oulier uma observação vulgarmene não considerada. Traa-se de x ( µ ), a observação mais próxima de µ, no caso em que σ< σ. Quando σ> σ os candidaos a oulier são os usualmene esudados x () e x ( n). (ii) σ conhecido e σ desconhecido Sob esas condições para os parâmeros de dispersão e sob H 0 emos, n = exp ( x µ ), (5..5) σ π σ L0 n i i = ( ) e, o máximo da função de verosimilhança sob H j, L j = ( ) n n σ σ π exp i j x i x j µ µ σ σ, (5..6) com σ = x j µ esimador de máxima verosimilhança para σ sob H j. O ese de homogeneidade, nesa siuação, conduz-nos à esaísica 80

6 S = max j σ x j µ exp. (5..7) x µ σ j Sendo S > c a região de regeição. Nese caso, somos novamene conduzidos ao esudo da observação x ( µ ), para além das observações radicionalmene esudadas x () e x ( n). (ii) σ e σ desconhecidos Ese é o caso mais próximo da realidade no esudo de discordância de ouliers por σ. Assim sob a hipóese nula eremos que esimar σ por, n σ = ( x i µ ) = s ( µ ) (5..8) n i = e sob a hipóese alernaiva esimamos σ por, σ = ( µ ) ( µ ) x i = sj (5..9) n i j e σ por, ( ) σ = x j µ. (5..0) Os máximos da função de verosimilhança sob a hipóese nula e alernaiva, são respecivamene, 8

7 L 0 = n n exp ( s( µ ) π ) (5..) e L j = n exp n. (5..) x µ µ π j n ( sj( )) ( ) Dese modo, obemos a esaísica, S = min j ( x j µ ) ( x i µ ) i ( x j µ ) ( x i µ ) i n (5..3) Sendo S < c a respeciva região de rejeição. Mendes (993) consruiu abelas dos ponos críicos para a esaísica. Nese caso as observações candidaas a oulier são x ( µ ), x () e x ( n). Considerando que numa série emporal x ( n) =,...,, cujo modelo subjacene é um ARMA(p,q), os e são variáveis aleaórias independenes idenicamene disribuídas ( ) N 0,σ, podemos assim numa primeira fase de diagnósico idenificar ouliers aravés do esudo da série dos resíduos aplicando o Méodo GAN. Há no enano que er em aenção que um oulier pode afecar o valor de mais do que um resíduo, dada a correlação que exise enre as observações, como vimos nos capíulos e 3. Nomeadamene no caso de múliplos e consecuivos ouliers, esa disorção poderá ser significaiva afecando a análise. 8

8 Exemplo 5. No inuio de ilusrar a aplicação do Méodo, consideremos o seguine exemplo em que o processo subjacene à série segue um modelo AR(): x = 05. x + e, e os e s são variáveis aleaórias iid N ( 00,. ). Foi simulada uma série de dados com n = 00 na qual foi inroduzido um oulier adiivo com efeio ω = em T = 50. Na figura 5. emos a série dos residuos que se obem da esimação dos parâmeros do modelo. Fig Série dos resíduos Aplicando o programa (veja-se pono 7..) que nos permie calcular o valor da esaísica (5..3) obemos o seguine "oupu": 83

9 *********************************************** DETECÇÃO DE OUTLIERS ********************************************** OBSERVAÇÃO RESÍDUO ESTATÍSTICA VALOR CRITICO A 5% VALOR CRITICO A %.0000 Assim no resíduo correspondene à observação T = 50, obemos como era de esperar um valor basane reduzido. Nese caso, como o valor da esaísica é inferior ao valor críico, considerando quer um nível de confiança a 5% ou a %, emos uma indicação que o resíduo é proveniene de uma observação oulier. 5.3 MEDIDAS DE ALAVANCA DA AMOSTRA Vimos no capíulo que dada uma colecção de observações z, z,...,, considerando que z segue um modelo AR(p), pode-se represenar o processo como z n z = x φ + e. (5.3.) com x = ( z, z,..., z p ) e φ = ( φ φ ) emos ( n p) equações,..., p. Considerando as n observações, Z = Xφ + e, (5.3.) onde Z = ( zp+,..., zn), e = ( ep+ en),..., e 84

10 zp zp... z zp+ zp... z X = z z... z n n n p x p x = p x + + n 0 0 / 0 0. Enão o esimador dos mínimos quadrados de φ é dado por φ = ( XX ) XZ, (5.3.3) e os valores ajusados são dados por Z= Xφ = X( X X) X Z = HZ, (5.3.4) com H= X( X X) X. A mariz dos resíduos é obida considerando R = ( I H) Z. Vamos chamar a H mariz de projecção, análoga àquela considerada na regressão linear. Designamos o elemeno da diagonal da mariz H, h, por h em que = x ( X X) x (5.3.5) h Os elemenos fora da diagonal de H, são designados por h ij. Lee e Hui (993) no conexo de um modelo AR(p), sugeriram um procedimeno de deecção de ouliers com base no esudo dos elemenos da diagonal da mariz de projecção, conhecidas como medidas de alavanca da amosra. Os elemenos da diagonal da mariz H apresenam as seguines propriedades imporanes: 85

11 (i) 0 h (ii) Supondo que h é elevado (próximo de ). Como h = h + h j, j enão h j 0 ou h j 0, j j, quando h. Na forma escalar, pode-se escrever z = h z + hjzj. j Segue-se que z é dominado pelo ermo h z quando h. Enão, h pode ser inerpreado como uma medida do efeio alavanca induzido em z por z. (iii) Considerando que quando n, n ( XX ), em que é a mariz de covariâncias de x. Defina-se p d = x x, = p+,..., n (5.3.6) em que d corresponde à disância de Mahalanobis enre x e o vecor nulo (ou no caso geral o vecor média dos x `s). Como, nh = x XX x n p d quando n. 86

12 Enão com n elevado, examinar os h `s equivale a examinar os d `s. Dese modo, h pode ser considerado uma escala aproximada (dividindo por n) da disância de Mahalanobis enre x e o vecor nulo. Para a deecção de ouliers em processos AR(p), dada a dependência que se verifica enre as observações, é a o posição relaiva de z, z,..., z p+ no espaço de dimensão p que nos ineressa e não apenas a posição de z. Consequenemene, deve- = z, z,..., z, como base de deecção mos esudar o afasameno do vecor x ( p ) das observações oulier. A discussão do pono (ii) sugere que se uilize h para deecar o vecor oulier x. Recorde-se que = x ( X X) x. Supondo que z é discordane, essa observação h afecará x, x+,..., x+ p e como al h, h+,..., h+ p serão empolados. Enão, se h 3 p apresena um valor reduzido (z, z,..., z não são ouliers) e h é elevado, podese idenificar z como um possível oulier. No caso de ouliers consecuivos, uma sequência de h `s erá valores disorcidos. O número exaco de ouliers será no enano difícil de deerminar por inspecção. Dado que d em uma disribuição χ ( p) quando a disribuição do ruído é Gaussiana, Hau e Hau e Tong ciados por Lee e Hui (993) sugeriram, como insrumeno de deecção de ouliers, a consrução do gráfico da série emporal dos nh `s e a sua comparação com o valor criico a 5% da disribuição de referência. Conudo, segundo Lee e Hui (993), o gráfico da série emporal dos nh `s é inadequado para avaliar com precisão o efeio alavanca. Dese modo, sugeriram um procedimeno de deecção de ouliers com base num simples exame dos h `s. No enano, h não pode ser quanificado pela disribuição de referência χ ( p). De faco, a disribuição conjuna dos h `s é inraável. Para ulrapassar esa dificuldade, 87

13 Lee e Hui (993) propuseram um disposiivo gráfico que permie idenificar as observações ouliers com base nas esaísicas ordenadas dos h `s em conjuno com um envelope consruído por simulação. O procedimeno de diagnósico consise nas seguines eapas: (i) Esimar φ e σ a parir da série observada (conaminada) e calcular as medidas de alavanca da amosra; (ii) Simular m pseudo colecções de dados (de Z ) baseados nos φ e σ esimados; (iii) Para cada colecção, calcular os ( n p) valores ordenados das esaísicas alavanca h () i ; (iv) Colocar num gráfico o máximo e o mínimo de cada esaísica de ordem das m réplicas em conjuno com os valores da amosra ordenados. O envelope simulado formado pelos dois vecores ( n p) de esaísicas de ordem de máximos e mínimos é consruído para ajudar na inerpreação das alavancas da amosra. Na ausência de ouliers, espera-se que os valores da amosra se siuem denro dos limies do envelope. Ouliers poenciais surgirão à direia, no gráfico, como disanes ponos isolados. Se algum dos valores observados cair fora dos limies do envelope, rejeiamos a hipóese de que não exisem ouliers. Normalmene são necessários valores de m = 9 simulações para esar o máximo efeio alavanca observado a um nível de significância de aproximadamene 5%. Num modelo AR(p) com k ouliers consecuivos nos períodos T, T+,..., T+ k, a T+ T+ T+ k+ p sequência h, h,..., h será considerada significaiva pelo envelope. Consequenemene, o número exaco de ouliers, k, e a sua localização T, T+,..., T+ kpo- de ser deerminada. Segundo Lee e Hui (993), o procedimeno é eficaz na deecção de ouliers adiivos em modelos auoregressivos, embora a écnica proposa se aplique ambém a ou- 88

14 liers inovadores. O méodo, segundo os auores, é paricularmene eficaz quando esão presenes múliplos e consecuivos ouliers. Para esar as medidas de alavanca, nomeadamene verificar o seu comporameno em presença de múliplos AO e de um IO, consideremos os seguines exemplos em que o processo subjacene à série segue o modelo AR() do exemplo 5.: Exemplo 5. Foi simulada uma série de dados com n = 00 na qual foram inroduzidos dois ouliers adiivos com efeio ω = em T = 50 e T = 5. Na figura 5. emos a série conaminada resulane da inrodução dos dois AO. Os esimadores dos mínimos quadrados são φ = e σ = Na figura 5.3 emos o gráfico dos resíduos. Como se pode ver emos rês resíduos com valores elevados r 50, r 5, r 5. Assim, poderíamos concluir erradamene que z 5 é um oulier, se apenas considerássemos os resíduos como méodo de diagnósico. Ese efeio é o chamado efeio de "smearing". Fig Série conaminada 89

15 Fig Resíduos esimados Resíduos esimados resíduos Examinando as medidas de alavanca da amosra, h, na figura 5.4, verificamos que o período 5 conribui com o valor mais elevado h 5 = 034., ocorrendo o segundo mais elevado em h 5 = 08.. Dese modo, x 5 = z 5 e x 5 = z 50 poderão ser considerados ouliers. 90

16 Fig Medidas de alavanca O gráfico do envelope simulado é dado na figura 5.5. Confirma-se que h 5 e h 5 apresenam valores significaivos comparaivamene aos máximos obidos nas 9 simulações. Finalmene, como os h `s são reduzidos para 50 e 53, idenificamos com sucesso por ese méodo, duas observações oulier consecuivas, z 50 e z 5. Fig Envelope simulado 9

17 Exemplo 5.3 No caso da série simulada conaminada com um oulier inovador, o seu efeio corresponde ambém a inroduzido em T = 50 (veja-se a figura 5.6). Os esimadores dos mínimos quadrados são φ = 05. e σ = Na figura 5.7 emos o gráfico dos resíduos, como se pode verificar emos apenas um valor elevado r 50. Repare-se que nese caso não se verifica o efeio de "smearing". Fig Série conaminada Fig Resíduos esimados 9

18 Resíduos esimados resíduos Examinando as medidas de alavanca, h, na figura 5.8, verificamos que o período 5 conribui com o valor mais elevado, h 5 = 0. 75, no enano emos ainda o período 5 com um valor basane significaivo, h 5 = 07.. Dese modo, x 5 = z 50 poderá evenualmene ser considerado uma observação oulier, e ficamos na dúvida acerca de x 5 = z 5. Fig Medidas de alavanca O gráfico do envelope simulado é dado na figura 5.9. Confirma-se que h 5 pode ser considerado significaivo relaivamene aos máximos das 9 simulações. Por ouro 93

19 lado, poderíamos ainda concluir erradamene que z 5 é ambém um oulier dado que h 5 apresena um valor significaivo. Fig Envelope simulado Em conclusão o méodo das medidas de alavanca funciona relaivamene bem na deecção de múliplos e consecuivos AO e de um IO isolado. Embora nese úlimo caso com algumas reservas. 5.4 ESTATÍSTICAS Q 5.4. Consrução das esaísicas Q Na regressão linear assume-se que as observações z são independenes. Uma observação pode ser eliminada sem afecar as seguines e a eliminação de uma equação em (5.3.) equivale a eliminar uma observação. No conexo das séries emporais, isso já não é verdade. Uma observação suspeia, z T, esá envolvida não só numa equação mas nas p + equações consecuivas de (5.3.). Enão pode ser necessário eliminar não só uma mas p + equações. 94

20 Suponha-se que exise uma observação suspeia em = T. A mariz X e os vecores Z e R podem-se decompor como se segue: X X = X X Z Z = Z Z 3 3 R R = R R ( ) T p p k p, ( n T k) p ( T p) k, ( n T k) 3 ( T p) k, ( n T k) onde k é o numero de equações a eliminar. Os resíduos, R, podem-se exprimir na forma decomposa como I H H H R = H I H H H H I H Z Z, (5.4.) Z 3 em que H X ( X X) ij = i X j i, j = 3,,. (5.4.) Seguindo a sugesão de Drapper e John (98) para siuações de regressão, os auores consideram as esaísicas 95

21 Q k T ( ) ( ) = R I H R (5.4.3) e ( k T ) AP = Q RSS I H, (5.4.4) k( T) ( ) onde RSS é a soma do quadrado dos resíduos. Quando k =, R = r T, e quando k = p+, R = ( rt,..., rt+ p). Q k( T) pode ser decomposo em dois ermos: ( ) = RR + Q k( T) φ φ * ( XX XX 3 3)( φ φ * ) + = Qk ( T) + Qk( T), (5.4.5) * onde φ = ( XX + XX ) ( XZ + XZ ) é o esimador de φ após a eliminação de k equações. Por simulação os auores concluíram que as esaísicas Q k, Q k, e Q k são indicadores úeis dos ouliers. Dado que o comporameno amosral de AP é difícil de inerprear, consideraram apenas as esaísicas Q. Em siuações práicas a posição de oulier pode não ser conhecida. Dese modo, o procedimeno de deecção sugerido requer que Q k(), Q k( ) e Q k( ) sejam calculados para odos os = p+ p+ ( n k + ) n k p+ inversões da mariz ( I H ) da mariz ( I H ),,...,, e iso implica ( ), o que pode consiuir um problema. Se os elemenos fora da diagonal, h ij, são reduzidos em valor absoluo, os auores propõem que se considere a seguine aproximação, na qual não é exigida nenhuma inversão da mariz: + k k() i i i= ( ) Q r h. (5.4.6) 96

22 Esa aproximação é geralmene adequada para grandes amosras. Uma vez obido Q k(), Q k( ) pode ser calculado subraindo Q k( ) = RR de Q k(). Veja-se que quando k = (eliminando uma observação) o valor exaco e a aproximação são os mesmos Comporamenos das esaísicas Q em presença de ouliers Consideremos os modelos paraméricos geradores de ouliers. Para um oulier adiivo emos T (AO) z = x +ωξ ( ), (5.4.7) onde ω é uma consane e x segue um modelo AR(p). Alernaivamene pode-se considerar o modelo para um oulier inovador ( T ) (IO) z = φ ( B)( e + ωξ ) (5.4.8) As esaísicas definidas em (5.4.3) e (5.4.4) são funções dos r `s e dos h [ ( ) i i =,..., + k ]. O seu comporameno é diferene para os ouliers adiivos e inovadores. Assim, podem ser usadas não apenas para deecar mas ambém para disinguir um AO de um IO. Um AO suspeio no período = T afecará z T aravés de ω em (5.4.3) e consequenemene r T e assim z T i + por φω( i = 0 p φ = ) i i + por ψ ω( ) ψ( B) = φ( B) = ψ B ψ B Λ.,,..., ;. Um IO afecará r T por ω em (5.4.7) o i i = 0,,..., onde ψ i é o coeficiene de B i em Consideremos um processo AR(). Supondo k = ; enão n n = ht = zt z Q ( T)= rt zt z, Q ( T)= rt, e H =, ( ) = 97

23 ( ( )) Q ( T)= rt zt z = r h h T T T T. Q depende apenas de r T, enquano que Q e Q dependem de r T e de h T, conudo h T é relaivamene reduzido comparado com, e o comporameno de Q é dominado por r T. Por ouro lado, h ( h ) T é uma função monóona de h T e é uma medida da disância de X ao cenro do elipsóide formado por ( XX + XX ). Assim o comporameno de Q 3 3 depende de rtzt. Se o oulier em = T é um AO, enão r T e r T + são afecados, e assim Q ( T ), Q ( T ) Q T +, Q ( T ) e Q ( T + ) são mais elevados comparados com os resanes. Por ouro lado, ( ) e Q ( T + ) são influenciados pelo oulier em = T, embora muias vezes o mais elevado seja o úlimo, dado que r T + e z T são afecados pelo oulier. Se o oulier é do ipo IO, enão apenas r T é afecado, o que implica que Q ( T ) e Q ( T ) são mais elevados comparados com os ouros. O comporameno de Q ( T ) é menos fiável, dado que as observações z T,..., z são odas afecadas. n T O comporameno das esaísicas para processos de ordem superior ( p ) é similar e esá sumariado na Tabela 5.. Em geral, segundo Abraham e Chuang (989), experiências de simulação indicam que Q k (ou Q k ) é mais úil para deecar ouliers do que Q k. 98

24 Esaísicas IO AO Q, Q eliminando uma equação ( ) k =. Q, eliminando uma equação ( ) k =. Q ( p ) +, Q ( p+ ), eliminando p + equações k = p+. ( ) Q ( p+), eliminando p + k = p+. equações ( ) Valores elevados em = T e reduzidos os resanes. Os valores em = T, T+,... são afecados (pouco fiáveis). Valores elevados em = T p, T p+,..., T, e reduzidos os resanes. Os valores em = T p,..., T,... são afecados (pouco fiáveis). Os valores em = T, T+,..., T+ p são afecados. Os valores em = T, T+,..., T+ p são afecados. Os valores em = T p, T p+,..., T+ p são afecados, com o maior valor em = T. Os valores em = T p, T p+,..., T+ p são afecados, com o maior valor em = T. Tabela 5. - Comporamenos das esaísicas Q considerando um oulier em = T Exemplo 5.4 Consideremos o exemplo de Abraham e Chuang (989) em que o modelo de base é um AR() x = 05. x + e, e os e s são variáveis aleaórias iid N ( 0, ). Simulámos duas séries de dados com n = 00, e foram inroduzidos respecivamene um AO e um IO no momeno T = 80 de efeio ω = 45.. Calculámos enão as esaísicas Q, respecivamene, Q k( T) e Q k( T), correspondendo à eliminação de uma observação k = e k = p+ = observações. 99

25 (AO) Fig Esaísica Q ( ) Fig Esaísica Q ( ) 00

26 Fig Esaísica Q ( ) Fig Esaísica Q ( ) No caso da série conaminada pelo AO, Q 80 ( ) e Q 8 ( ) apresenam valores elevados (figura 5.0). Por ouro lado, Q ( 80) em um valor reduzido e Q ( 8) é basane elevado (figura 5.). Segundo os auores, ese comporameno indicia a presença de um AO. É de noar ainda que com k =, ou seja eliminando observações, Q 79 ( ), Q 80 ( ) e Q 8 ( ) apresenam valores elevados (figura 5.), bem como Q ( 80) e Q ( 8) (figura 5.3). 0

27 (IO) Fig Esaísica Q ( ) Fig Esaísica Q ( ) 0

28 Fig Esaísica Q ( ) Fig Esaísica Q ( ) Na série conaminada com um IO, como seria de esperar, Q 80 ( ) e Q ( 80) apresenam valores elevados. No enano, Q ( ) apresena ouros valores elevados o que indica que ese gráfico é menos fiável na idenificação de ouliers (como aliás é referido pelos auores). Com k = emos Q 79 ( ) e Q 80 ( ) elevados. Ese é um comporameno ípico dos IO. 03

29 5.4.3 Disribuições assinóicas Para idenificar a localização dos ouliers, Abraham e Chuang (989) inroduziram as esaísicas max Q k(), max Qk () e max Qk (), dai que seja necessário idenificar as suas propriedades amosrais. As disribuições exacas da amosra são difíceis de idenificar, dese modo apela-se à eoria das grandes amosras. σ Se não houver ouliers, φ p converge em probabilidade para φ( φ φ) p σ, com σ n = ( ) ( ) = p+ e z z n p. Os resíduos r convergem em probabilidade para e e os elemenos da mariz H convergem para 0 à medida que n aumena. Enão + k p * Qk() Qk() = ei σ χ ( k) (5.4.9) i= e Q p * p Qk, Q k () 0, k() () p * max Qk() max Q k (), e p * max Qk max Q k, (5.4.0) () () onde χ ( k) * k =, enão { Q k() } represena a disribuição do qui-quadrado com k graus de liberdade. Se é uma sequência de variáveis χ () iid, e é uma sequência de variá- veis dependenes χ ( k) para k. Caso : k =. Considere-se F (). como a função de disribuição acumulada de σ χ() e τ = m F( C m ( τ ) ), com m= n p e C m ( τ ) é um valor criico. Enão [ ] Pr max Q * () ( ) C exp( ) m τ τ à medida que m. (5.4.) 04

30 Dado um nível de significância α, o valor criico ( ) C τ pode ser obido considerando ( ( ) ) C ( τ ) = F + ln ( α) m. (5.4.) m k * Também max Q () e max Q () êm a mesma disribuição assinóica que max Q (). Caso : k. Seja F k (). a função de disribuição acumulada de σ χ k. Enão ( ) Pr * max ( ) exp( ) Qk() C τ m v τ, (5.4.3) [ ( )] onde, para algum v( 0< v ) e para cada τ > 0, m F C m ( τ ) τ à medida que m= n p k +. Dado um nível de significância α, emos τ = ln( α ) valor criico ( ) C m τ pode ser obido por v, e o ( ( ) ( )) C ( ) F ( ) m τ = + ln α vm. (5.4.4) * Agora max Qk () e max Q k() êm a mesma disribuição assinóica que max Q k() em (5.4.3) Com p desconhecido As esaísicas de diagnósico foram obidas sob a hipóese de que a ordem p do processo é conhecida. Conudo na práica, pode não ser ese o caso. Enão uma esraégia basane comum é ajusar um processo de ordem superior. Vejamos enão qual o comporameno das esaísicas Q quando um ( ) Supondo que Z = ( zp+, zp+,..., zn) * * AR p, p p é ajusado aos dados. 05

31 0 0 X * = B C e onde V A 0 = 0 C, z z... z z z... z B =... z z... z * * * p p p p+ * * * p + p p p n n n p 0 0 0, z z C = p z... z... z ,... z * p p * p+ n p * n p e z p... z A = z *... z * p p p Enão os esimadores dos MQ de φ = ( φ φ ) * esimadores dos MQ de φ = ( φ,..., φ φ,..., φ * ) = ( φ, φ ),..., p obêm-se como em (5.3.3), e os + p p p são dados por * * * * φ = ( ) ( X X ) X Z. (5.4.5) N = 0 *, onde 0 é um vecor ( p p) de zeros. Enão Seja agora φ ( φ ) * * * φ φ ( ) ( ) R = Z Xφ. Segue-se que z z ( ) = N X X V R, com o vecor de resíduos do verdadeiro modelo dado por * * * * * = + x X X X V R e 06

32 ( ) * * * * * r = r + * x X X X R ( p ), onde z * é o valor ajusado e r * é resíduo correspondene à esimaiva * * = z,..., z *. Segundo os auores, pode-se de- * / monsrar que r = r + Ο ( n ) p φ, e x ( p ) para > p *. Espera-se enão que os resíduos do verdadeiro e do modelo esimado se comporem da mesma maneira para > p *. O comporameno das esaísicas Q depende, nese caso, de r * * e de H (ou de h * quando são usadas aproximações). Enão Q k, Q k, e Q k êm basicamene o mesmo comporameno que aquela da abela 5., com p subsiuído por p * Um procedimeno ieraivo de esimação Abraham e Chuang (989) propõem ainda um procedimeno ieraivo em quaro eapas para modelar séries emporais na presença de ouliers na qual um processo ARMA é aproximado por um processo AR, com deecção e ajusameno dos ouliers. Se z segue um processo ARMA(p,q), ese processo pode ser represenado por uma aproximação auoregressiva * p z = πiz i + e, (5.4.6) i= para um qualquer desfasameno p *. Se o processo é puramene auoregressivo p * = p. Caso conrário os coeficienes π são obidos a parir de φ ( B) π ( B) = θ ( B) e, por causa da inveribilidade de ( ) θ B, eses coeficienes decaem e ornam-se praicamene 0 para algum desfasameno p *. 07

33 Dese modo, supondo que o modelo subjacene à série emporal é um ARMA(p,q) esse processo pode ser aproximado por um AR(p+q). Na práica, para deecção de ouliers, os auores descobriram que esa pode ser uma boa aproximação. Assim a esraégia de consrução do modelo, proposo pelos auores, começa com a esimação de um processo AR de ordem suficienemene elevada, propondo os seguines procedimenos de consrução do modelo, baseados nos méodos de deecção de ouliers referidos aneriormene: Eapa Usar uma qualquer écnica de selecção de modelos para idenificar uma primeira enaiva de ordem ( p q ),, a qual pode não coincidir com a verdadeira ordem ( pq, ). Escolha-se p * p + q. Eapa : Deecção dos ouliers. Esime-se π = ( π,..., π * ) k = e k p pelo méodo dos MQ e calcule-se Q k (e/ou Q k ) para = p * +. Deermine-se o oulier e o seu ipo baseado nos gráficos de Q k (e/ou Q k, Q k ). Os eses de significância baseados no máximo desas esaísicas podem ambém ser usadas. Se não houver ouliers vamos para a eapa 4; caso conrário vamos para a eapa 3. Eapa 3: Limpando a série. Seja T a posição do oulier idenificado na eapa. Se o oulier é do ipo AO, eliminese ( T p ) * equações aé T de (5..) para ober as esimaivas %π. Ajusemos enão a 08

34 T -ésima observação, considerando-a um valor omisso, usando a média esimada de z T condicional a odas as ouras observações, Ez ( T z, T) ; ou seja, subsiuímos z por %z = z, T ( z + z ) * p η j j j j= = ~ +, = T, (5.4.7) com η~ j * p π~ π~ π~ i= = * p + π~ j i i+ j i= i * ( j =,..., p ). Por ouro lado, se o oulier for do ipo IO, elimine-se a T -ésima equação de (5.4.) para esimar %π, e ajusar as observações como se segue: %z = z, T = z r%, = T = z % ψ r%, T, (5.4.8) T T onde %r é o resíduo correspondene à esimaiva %π e %ψ j é o coeficiene de B j * p ( * p ) ψ~ B ψ~ B = π~ B π~ B / /. em Eapa 4: Especificação Use-se a série limpa na especificação e esimação dos parâmeros do modelo final. 09

35 5.5 DIAGNÓSTICO BASEADO NA FUNÇÃO DE INFLUÊNCIA DAS AUTO- CORRELAÇÕES Chernick, Downing e Pike (98) sugeriram que deveriam ser procurados ouliers influenes examinando a mariz da função de influência das auocorrelações esimadas. O parâmero, S, pode ser considerado dependene da função de disribuição F, S( F). A função de influência de um esimador depende do parâmero a esimar, do vecor de observações cuja influência esá a ser medida e da sua função de disribuição de probabilidades, e é dada segundo Hampel (974), pela equação seguine quando o limie da direia exise I( F, S( F), x) = lim ε 0 [ S( ( ε) F+ εδx) S( F) ]. (5.5.) ε Nese equação, x é o pono de ineresse no espaço das observações, ε é um número real posiivo e δx é a função de disribuição que em oda a sua massa de probabilidades concenrada no pono x. Consideremos uma série emporal discrea z z,,..., z n. Seja { I jk }, a mariz da função de influência das auocorrelações do ipo n m, em que n é o número de observações e m é o desfasameno (m deverá ser consideravelmene menor que n), cujo elemeno de ordem ( jk, ) é uma função de (, k, ( j, j k) ) I H ρ y y +, (5.5.) em que y i é a observação esandardizada y ( z ) i = µ σ, µ e σ são a média e o desvio padrão de z i, ρ k é a auocorrelação de ordem k e H é a função de disribuição bivariada de ( y j y j k ) i, + com média nula, variância uniária e covariância ρ k. Os auores argumenam que o elemeno de ordem ( jk, ) da função de influência é dado por 0

36 yy j j+ k ρ ( y + y + ) k j j k, (5.5.3) Dese modo com base na expressão anerior, pode-se calcular a influência de qualquer par de observações, desfasadas k períodos, na esimaiva de ρ k. Quando ρ k, σ, e µ não são conhecidos, podem ser usadas esimaivas. Definindo U jk, = y j + y j+ k y y ρk ρ k j j k (5.5.4) e V jk, = y j + y j+ k y y + + ρk ρk j j k. (5.5.5) É fácil de ver que ( ρ ) U V = y y k j, k j, k j j+ k ρ ( y + y + ) k j j k e porano ( ρ ( + )) = ( ρ ) I H,, y, y U, V, k j j k k j k j k. (5.5.6) Para um processo Gaussiano esacionário com µ, σ e ρ k odos conhecidos, U jk, e V jk, são independenes N ( 0) ( ),. Dese modo a disribuição de I H, k, ( yj, yj k) ρ + é de fácil raameno pois resula de uma consane por um produo de variáveis aleaórias normais. Esa disribuição pode enão ser usada para deerminar quais os valores da fun-

37 ção de influência invulgarmene elevados em ermos absoluos face a um deerminado valor críico. Com base na forma como o oulier influencia as auocorrelações, os auores propuseram enão um procedimeno visual de deecção. Assim, na mariz da função de influência { I jk, } as esimaivas da função excedendo em valor absoluo o valor críico deverão subsiuídas por ( ) + ou ( ) dependendo do sinal da esimaiva. As ouras observações são deixadas em branco. Fig Mariz da função de influência das auocorrelações Considere-se o exemplo da figura 5.8. A observação y influencia várias esimaivas da auocorrelação com desfasamenos diferenes. Surge no cálculo de cada elemeno na linha da mariz e ambém nos elemenos da diagonal das linhas aneriores começando na coluna da linha e coninuando para cima e para a direia. Um oulier erá, pois, uma influência posiiva ou negaiva muio grande em cada esimaiva da auocorrelação. Em consequência, se muias das observações na linha e na diagonal [ ] superior ( ) ( ),,,... são elevados em valor absoluo, concluímos que y é um oulier, como é o caso que se verifica no exemplo.

38 5.6 MEDIDAS DE INFLUÊNCIA DE PEÑA Peña (98, 990) consruiu esaísicas indicadoras das observações, nomeadamene ouliers adiivos e inovadores, que êm fore influência no valor dos coeficienes ARMA esimados. Esaísicas essas que se baseiam na subsiuição das observações discordanes por valores inerpolados. No arigo de Peña (98) é considerado um processo AR(p), no arigo de (990) as esaísicas proposas são generalizadas a um modelo ARMA(p,q) Para ouliers adiivos Suponha-se que x segue um processo ARMA(p,q) e considere-se a aproximação auoregressiva dada por * p x = πix i + e, i= para um qualquer desfasameno p *. Assumindo agora que ocorre um oulier adiivo no período T, como vimos aneriormene, o modelo paramérico para um AO é dado por z T = x +ωξ ( ) ou seja, em vez de observarmos x, observamos z, onde z = x ( T) e z = x +ω. T T 3

39 Seja π ( T ) = ( π,( T ),..., π * p,( T) ) o vecor de parâmeros considerando que esá presene um oulier, ou seja, reirando a cada observação o efeio provocado pela sua presença. Uma esimaiva de π ( T ), assumindo a aproximação auoregressiva, é dada por ( XX) π( T ) = y y y XY, (5.6.) com x * x *... x 0 0 / 0 e... = x x x X y p p n n * n p Y = x 0, * p + x n onde x = z para T e x = z ω. ( T ) T Considerando x T como um valor omisso, a sua esimaiva é dada por * p x ( T) = η( j zt+ j + zt j) j=, (5.6.) onde η j * p π π π i= = * p + π j,( T) i,( T) i+ j,( T) i= i,( T). (5.6.3) Da relação ω = z T x ( T ) pode-se concluir que, dados os parâmeros, uma esimaiva do oulier adiivo é dada pela diferença enre os dados observados e o seu ópimo de inerpolação, x ( T ), o qual pode ser inerpreado como a melhor esimaiva de x T usando oda a informação amosral. É de noar que o cálculo de x ( T ) é efecuado aplicando coeficienes de ponderação à nova série 4

40 ( ) s j = zt+ j + zt j. (5.6.4) Esas ponderações são ais que η j é o j -ésimo coeficiene da função geradora π j π B π F e, enão, pode ser inerpreado como o coeficiene da função de ( ) ( ) ( ) auocorrelação inversa do processo. ( T) T O sisema de equações dado por (5.6.) e (5.6.) em de ser resolvido ieraivamene. Começando com um valor inicial π ( T ) ( 0 ) para π ( T ), as ponderações η j podem enão ser calculadas obendo-se ω ( 0 ). Ese valor é usado para calcular x ( 0) = z ω ( 0), o que conduz a uma nova esimaiva ( ). O processo é repeido aé à convergência. π ( T ) Seja π o esimador de π, assumindo que não exisem ouliers. Enão π = ( XX ) z z XZ z, onde a mariz X z e o vecor Z correspondem aos dados observados e êm a mesma esruura de X y e Y e os mesmos valores excepo no período T. Claro que as colecções de dados são idênicas se x ( T ) = z. Enão, T X = X + ω M, (5.6.5) z y onde a mariz M é dada por M 0 ; I ; 0, (5.6.6) = p * ( T p * ) p * p * p * ( n p * T) 0 a b é uma mariz nula recangular, I p * p * é a mariz idenidade. Por ouro lado, 5

41 Z = Y + ω V, (5.6.7) onde a mariz V pode-se decompor em V = 0 ( T p * ) ;; 0 ( n p * T). (5.6.8) Para relacionar π ( T ) e π, vamos decompor as marizes X z e X y e os vecores Z e Y de mesmo modo que em (5.6.6) e (5.6.8). Se considerarmos que X = X ( ) X ( ) X ( 3 ) onde [ ] z z z z X z z () = z * p z z T * T p 0 / 0, X z ( ) = z z... z T * T p +... z * T+ p T 0 / 0, e z z * T+ p T + X z 3 = () z z n * n p 0 / 0, enão ( ) ( X X ) X X I X ( ) X ( ) y y = z z + ω ω z + z = XX ω A, (5.6.9) z z T 6

42 onde A = X ( ) + X ( ) ω I é uma mariz simérica com a = a = s() i = z + z T z z e aii = zt + x ( T ). Além do mais, decompondo o vecor Z em ij ji T + i T i Z = z *,..., z ; z + +,..., z *; z *,..., z p T T T p T p n = Z () Z ( ) Z () 3. Enão, de (5.6.5) e (5.6.7), X Y= ( X M) ( Z V) MZ= Z( ) e XV = z,..., z *, z T T p y z ω ω e, como MV = 0, XY = XZ ω S, (5.6.0) y z T ( ) * onde S T = s( ),..., s( p ) e s( j ) são dados por (5.6.4). Exprimindo os parâmeros esimados π ( T ) como uma função dos dados observados, pelas equações aneriores, ( ω ) π = ω XX A XZ S z z T ( T) z T, o que nos leva a ( ) ( ) π = π ω XX S Aπ ( T) z z T T ( T). (5.6.) Sendo a T+ i os resíduos da esimação (5.6.), = π π ( ω ) π / / a z z z z T+ i T+ i, T T+ i i, T T * * p T+ i p e b T i os resíduos para rás b = z π z z Λ π Λ π * z *. T i T i, T T i i, T T p, T T + i p 7

43 Se considerarmos = a b,..., a + * + b *, enão E T = ST ATπ ( T ) é um E T T + T T+ p T p vecor de pseudo-resíduos e como al (5.6.) pode ser escrio como π = π ω ( XX ) E ( T) z z T. (5.6.) Uma maneira de medir a influência da observação z T é relacioná-la com a aleração na esimaiva dos parâmeros quando se assume que a observação é um oulier. Como π e π ( T ) são vecores, a forma usual de medir a sua disância é consruir uma mérica usando uma mariz semidefinida posiiva relevane. Nomeadamene, a mariz de variância de ambos os vecores esimados e consruir uma disância de Mahalanobis. Enão D AO ( T) = ( π π T ) ( z z)( ( ) XX π π ( T) ) *, (5.6.3) p σ onde a disância é dividida pela dimensão dos vecores envolvidos, p *, e pela variância do ruído de modo a esandardizar a medida. A esaísica (5.6.3) pode ser ambém inerpreada como medindo a aleração no vecor de previsão em um passo adiane. Usando os parâmeros esimados assumindo que não exisem ouliers, o vecor previsão é dado por Z = X z π, e usando os parâmeros esimados assumindo que exise um oulier adiivo em T, Z T = Xzπ ( T ). A disância Euclidiana enre os dois vecores de previsão é ( Z ZT ) ( Z ZT ) = ( ( T) ) ( XzXz)( ( T) ) π π π π, (5.6.4) 8

44 enão D ( T) AO pode ser inerpreada como uma medida esandardizada da disância enre os vecores de previsão em um passo adiane consruída com os vecores π e π ( T ). Usando (5.6.), a esaísica pode ser escria como D AO ω ( T) = σ ( ) ET XzXz E T *, (5.6.5) p dese modo a esaísica de influência depende de dois facores; o primeiro mede o efeio do oulier relaivo ao desvio padrão do ruído, o segundo mede o valor relaivo da observação anes e depois do oulier. A razão de verosimilhança para esar oulier adiivos, referida no capíulo 4, é assinóicamene equivalene a λ AO, T = ω ( π ) σ, i enão D ( T) AO pode ser escria como função desa esaísica, D AO ( ) ( ) λao, T ET XzXz E T ( T) = *. (5.6.6) π p i Para ouliers inovadores Considerando que exise um IO no período T, o modelo para ouliers inovadores pode ser represenado por uma aproximação auoregressiva z ( T ) = x π ( ) + ωξ + e, (5.6.7) I 9

45 em que π ( I ) = ( π,( I ),..., π * p,( I) ) represena o vecor de parâmeros assumindo que exise um oulier inovador com um efeio ω e x = ( z z p ),..., *. Ese é um modelo linear com uma variável "dummy". Sendo π o usual esimador com ω = 0, enão π = π+ ω( XX ) ( I) z z T x (5.6.8) e ω = r T, (5.6.9) onde r = z x π. T T T A aleração na esimaiva dos parâmeros provocada pela presença de um IO no período T pode ser medida por D IO ( T) = ( π π I ) ( z z)( ( ) XX π π ( I) ) *, (5.6.0) p σ a esaísica pode ainda ser escria como D IO ( T) = p * σ r T ht h ( h ) T T, (5.6.) onde ( ) h T = x T X z X z x T é a medida da disância enre o vecor no período da inervenção x T e o vecor nulo, é pois a medida de alavanca referida no capíulo 5. Esa esaísica pode ser inerpreada como o produo de dois ermos; o primeiro Tσ r ( h ) T é o resíduo esandardizado no período da observação; o segundo, 0

46 h T ( h ) T, represena a disância de xt à origem. ( ) DIO T pode-se ambém exprimir como uma função da razão de verosimilhança, usada para esar os ouliers inovadores: D IO ( T) = λ IO, T p * h T ( h ) T, (5.6.) onde λ, = ω σ é a razão para esar se a T -ésima observação é um oulier inovador. IO T É de noar que D ( T) IO depende apenas dos valores relaivos de p * observações anes da inervenção [os regressores em T = z,..., z * ] em conrase com =, x T ( T T p ) D ( T) AO que depende ambém das observações depois da perurbação. 5.7 AS ESTATÍSTICAS C i( j) Yaawara e Lin (994) propuseram uma esaísica de diagnósico de observações influenes que permie deecar conjunos de observações. Esaísica essa, consruída de modo a eviar o efeio "masking" provocado pela exisência de múliplos e consecuivos ouliers. Lawrance ciado por Yaawara e Lin (994), no quadro dos modelos de regressão, propôs a seguine medida da influência do i -ésimo caso após a eliminação do j -ésimo caso C / ( β β )( X X )( β β ) = i( j) ( i, j) ( j) ( j) ( j) ( i, j) ( j) ps, (5.7.) onde β ( ij, ) é uma esimaiva dos parâmeros de regressão linear β após a eliminação do i -ésimo e j -ésimo caso, s é a variância dos resíduos e X ( j ) é a mariz de observações X sem a linha j.

47 Os auores adoparam o esquema sugerido por Lawrance, aplicando-o às séries emporais, no quadro dos modelos auoregressivos AR(p). Após simplificações, C i( j) pode-se represenar, recorrendo aos elemenos da mariz H referida no capíulo 5, como ~ ~ ( ) {[ / ( )] } C = h h h + h i( j) ij i i ij [ ( )] r + h ~ r / r / p (5.7.) i ij j i onde h ~ ij = hij / ( hi )( hj ) (alavanca conjuna), = x ( X X) x [( i, j) -ésimo h ij i j elemeno fora da diagonal de H ], ri= ri / s hi (i -ésimo resíduo esandardizado) e = z, z,..., z. ( ) x i i i i p A esaísica C i( j) é uma função dos r `s e de h ij. Dese modo, múliplos AO em = T T T l,,...,, ( l = ),,... afecarão os resíduos r,..., r,..., r, r,... por ω T+ T+ Tl+ Tl+ [veja-se (5.4.7)]. De modo similar, múliplos IO afecarão e, e,..., e por ω e como T T T l al as observações zt +,..., zt +,..., zt +, zt +,... [veja-se (5.4.8)]. Enão C i( j) é afecado pelos ouliers. l l Em siuações práicas a posição dos ouliers pode não ser conhecida. Enão C i( j) deverá ser calculada para odos os = p+ p+ ( n p+ ),,...,. Para idenificar a posição dos ouliers deverá considerar-se a esaísica max C i ( j ), dada por max C i i( j) = σ ~ h / h + h ( ) i i ij ( jj() i ) ( j ) p h h ( r + h r ). (5.7.3) i jj() i j h kl i x k X i X i x l. Em que () = ( () () )

48 A disribuição amosral exaca de max C i ( j ) não é conhecida. Recorrendo à eoria das grandes amosras, Yaawara e Lin (994) demonsraram que para um dado j fixo, max C i ( j ) em uma disribuição assinóica C χ(, em que ) i C = [ hj ( hj) + hjj() i ]( + hjj() i ) σ p( hjj() i ) ( hj ) (5.7.4) é uma consane para um dado i fixo. Enão a significância de um valor max C i ( j ) pode ser esado para um valor criico apropriado da disribuição do qui-quadrado. A esaísica C i( j) deverá, no enano, ser uilizada em conjuno com ouro méodo de deecção. Iso porque a esaísica funciona como um ese à observação ( i ) após a eliminação da observação oulier ( j ). Necessiamos pois, previamene, de deecar o oulier correspondene à observação ( j ) por um ouro méodo de diagnósico. i 5.8 DIAGNÓSTICOS DV e DC 5.8. Esimaivas dos parâmeros ARMA com dados omissos Para o cálculo das medidas de influência de Bruce e Marin (989), necessiamos de β = φ,..., φ p, θ,..., θq ou a variância do esimar os coeficienes da série emporal, ( ) ruído σ, com e sem o efeio oulier. Esas ulimas baseiam-se na subsiuição das observações oulier por valores inerpolados, considerando as observações oulier como omissas. Ese procedimeno corresponde ao uilizado por Peña (990), no cálculo das esimaivas dos coeficienes ARMA, π ( T ) (considerando uma aproximação auoregressiva), na presença de um AO. Considerando que a T -ésima observação, z T, é uma observação oulier. As esimaivas dos coeficienes ARMA podem-se ober raando a T -ésima observação como 3

49 um parâmero desconhecido x ( T ), obendo-se a sua esimaiva x ( T ) e calculando as esimaivas β ( T ) e σ ( T ) a parir da colecção de dados na qual a observação z T é subsiuída por ( ) β = φ,..., φ p, θ,..., θq, x T. Com os coeficienes da série emporal dados, ( ) a esimaiva da observação eliminada no período T é dada, como aneriormene, por x ( T ) j zt j zt j j ( β ) = η ( + + ) (5.8.) ρ j = η é a auocorrelação inversa de ordem j do processo. Já que a esimaiva em j (5.8.) sendo uma soma ponderada das observações adjacenes, é função de coeficienes da série emporal deverá ser uilizado um procedimeno ieraivo para deerminar, para cada período emporal omiido T, as esimaivas de máxima verosimilhança x ( T ), ( ) β T e σ n ( T ) n r. Os resíduos r uilizam β ( T ) e são obidos após a subsiuição = = da T -ésima observação por x ( T ) Diagnósico para os coeficienes (DC) Se a observação z T iver uma influência excessiva na esimaiva β enão isso revela-se sob a forma de uma diferença subsancial enre β e β ( T ). Os auores definem enão a influência empírica da observação z T sobre os coeficienes como ( ) = ( ( ) ) EIC T n β T β. (5.8.) A influência empírica EIC( T ) é um vecor de dimensão h= p+ q, e como al, é difícil de inerprear. Dese modo, seguindo a aproximação para a regressão linear, os auores consideram um diagnósico baseado na forma quadráica da função de influência empírica, nomeadamene 4

50 DC( T) = EIC ( T) C EIC( T), (5.8.3) n onde C é uma esimaiva da mariz de covariância C de β. Sob condições de regularidade em que β é assinóicamene normal N 0, C ( ), ( β β) n h ( β ) em que C( β ) é a mariz de covariância assinóica, a qual esá relacionada com a mariz de informação assinóica, I( β ), por C ( β) = I( β). (5.8.4) Se I ( β ) é um esimador consisene de I( β ), enão n ( β β) ( β)( β β) ( h) I χ, (5.8.5) Um esimador de I( β ) é a informação esperada avaliada pelos esimadores de máxima verosimilhança, I( β ). Usando esa expressão, emos o diagnósico para os coeficienes DC T = EIC T I β EIC T n ( ) ( ) ( ) ( ) ( β β ( )) ( β)( β β ( )) = I. (5.8.6) n T T χ ( h) Embora a disribuição de ( ) DC T não seja conhecida, a uilização da disribuição permie-nos visualizar ( ) DC T numa escala familiar. Assim, um méodo grosseiro para avaliar se uma observação z T é influene é verificar se o p-value baseado na dis- ribuição de referência χ ( h ) é inferior a 0. 5 (e não 0. 05, veja-se Cook e Weisberg 5

51 (98)). Ese procedimeno não é no enano um ese de significância, servindo apenas como indicador da influência Diagnósico para a variância do ruído (DV) A influência da observação z T pode ambém ser mediada pela avaliação do seu efeio sobre o esimador da variância do ruído, σ. Bruce e Marin (989) definem a influência empírica de uma observação z T sobre a variância do ruído por ( ) = ( σ ( ) σ ) EIC T n T, (5.8.7) Sob condições de regularidade, σ é assinóicamene normal: 4 ( σ ( T ) σ ) n N( 0, σ ) (5.8.8) Enão n σ σ χ ( ). Dese modo, os auores propõem o seguine diagnósico para a variância do ruído ( ) DV T n σ =. (5.8.9) σ ( T ) Com a disribuição qui-quadrado com um grau de liberdade, χ (), como disribuição de referência. Enão, suspeiamos que uma observações z T é influene se o p-value para DV ( T ) é inferior a 0. 5 usando a disribuição χ (). 6

52 A maior diferença enre o coeficiene DC para séries emporais e os diagnósicos usuais dos coeficienes de regressão é o efeio de "smearing" de um oulier isolado ou de um grupo de ouliers a períodos adjacenes. Usando o diagnósico para coeficienes, um dado oulier pode ser considerado influene devido a um oulier num período adjacene. Por exemplo, no caso AR(p), um oulier isolado implica que DC apresene valores significaivos p períodos anes e depois da ocorrência do oulier. Enão a inerpreação do diagnósico DC não é ão clara como no caso da regressão. Em conrase, argumenam os auores, o diagnósico para a variância do ruído osena efeios "smearing" muio mais reduzidos e muias vezes negligenciáveis. Dese modo DV apresena melhores propriedades que DC, sendo por isso preferível a sua uilização Diagnósico para múliplos e consecuivos ouliers No caso de observações independenes, a esraégia de diagnósico assena, num dado período, na eliminação de uma única observação. No enano, a siuação das séries emporais difere do caso das observações independenes pois: (i) a esruura impõe-se por ordem emporal e (ii) observações influenes muias vezes surgem na forma de grupos de ouliers esendendo-se por múliplas observações. É enão imperaivo procurar grupos influenes e não apenas observações isoladas. Nese senido Bruce e Marin (989) propuseram medidas de diagnósicos com k observações eliminadas. Considere-se { } de {,,...,n}, e ( ) A T, T,..., T k uma subcolecção arbirária = β A o esimador com as observações zt,..., zt k consideradas omissas. Se alguma das observações da subcolecção A iver uma influência excessiva na esimaiva β ( A ) enão isso revela-se sob a forma de uma diferença subsancial enre β e β ( A ). O diagnósico com k observações eliminadas para os coeficienes é dado por 7

53 DC A = EIC A I β EIC A n ( ) ( ) ( ) ( ) ( β β ( )) ( β)( β β ( )) = I. (5.8.0) n A A O diagnósico com k observações eliminadas, para a variância do ruído é ( ) DV A n σ =. (5.8.) σ ( A ) Nese caso, com múliplos e consecuivos ouliers, os auores propuseram uma esraégia de diagnósico que permie idenificar a dimensão do grupo de ouliers influenes assene na eliminação ieraiva de k observações e calculo dos diagnósicos. Consideremos A= A k, consisido em k períodos de empo cenrados em : [ ( k ) ],..., + [ k ], onde y represena o maior ineiro menor ou igual a y. ( ) Para um qualquer k, é o pono mais próximo à direia do cenro do grupo A k,. Para simplificar a noação represenamos DC( A k ) DC k (, ), DV ( k ) n k,, DV ( A k ),, respecivamene por [ ],. Para grupos siuados no final da série, onde ( k ) ou >, DC( k, ) e DV ( k ), são calculados com o grupo runcado. Em presença de uma observação influene isolada os coeficienes de diagnósico apresenam o seguine padrão de comporameno: k valores de DV ( k,.) ao redor da localização do oulier isolado em T são significaivos e êm aproximadamene o mesmo valor que DV ( k, T). Iso corresponde ao que inuiivamene se poderia esperar de um oulier isolado: a eliminação do grupo que inclui esse oulier em o mesmo efeio que eria a sua eliminação. Comporameno similar ocorre em presença de um grupo de ouliers. Em geral, para um grupo de k 0 ouliers cenrados em T, verifica-se a seguine propriedade dos grupos (PG): 8

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016 Nome: Aluno nº: Duração: h:30 m MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lecivo 05/6 - ª Época (V) 8 de Janeiro de 06 I (7 valores) No quadro de dados seguine (Tabela

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (V) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (v) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

MODELOS E OUTLIERS EM SÉRIES TEM- PORAIS

MODELOS E OUTLIERS EM SÉRIES TEM- PORAIS Capíulo MODELOS E OULIERS EM SÉRIES EM- PORAIS. MODELOS PARA SÉRIES EMPORAIS Consideremos uma série emporal, x ( n) =,...,. A série segue um modelo auoregressivo de médias móveis ARMA(p,q) com ( ) Ex (

Leia mais

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas. Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores)

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores) INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO Esaísica II - Licenciaura em Gesão Época de Recurso 6//9 Pare práica (quesões resposa múlipla) (7.6 valores) Nome: Nº Espaço reservado para a classificação (não

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman IV. MEODOLOGIA ECONOMÉRICA PROPOSA PARA O CAPM CONDICIONAL 4.1. A Função Máxima Verosimilhança e o Algorimo de Bernd, Hall, Hall e Hausman A esimação simulânea do CAPM Condicional com os segundos momenos

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade 3 Uma meodologia para validação esaísica da análise écnica: a busca pela homogeneidade Ese capíulo em como objeivo apresenar uma solução para as falhas observadas na meodologia uilizada por Lo e al. (2000)

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

Características dos Processos ARMA

Características dos Processos ARMA Caracerísicas dos Processos ARMA Aula 0 Bueno, 0, Capíulos e 3 Enders, 009, Capíulo. a.6 Morein e Toloi, 006, Capíulo 5. Inrodução A expressão geral de uma série emporal, para o caso univariado, é dada

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

Módulo de Regressão e Séries S Temporais

Módulo de Regressão e Séries S Temporais Quem sou eu? Módulo de Regressão e Séries S Temporais Pare 4 Mônica Barros, D.Sc. Julho de 007 Mônica Barros Douora em Séries Temporais PUC-Rio Mesre em Esaísica Universiy of Texas a Ausin, EUA Bacharel

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade CPÍULO nálise de Pós-opimização e de Sensibilidade. Inrodução Uma das arefas mais delicadas no desenvolvimeno práico dos modelos de PL, relaciona-se com a obenção de esimaivas credíveis para os parâmeros

Leia mais

Enunciado genérico. Trabalho: Séries Temporais Disciplina: Estatística Ambiental

Enunciado genérico. Trabalho: Séries Temporais Disciplina: Estatística Ambiental Enunciado genérico Trabalho: Séries Temporais Disciplina: Esaísica Ambienal Criérios de escolha da série 1. A série escolhida deverá er uma exensão, N, de pelo menos 150 observações da variável em esudo;.

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

Prof. Carlos H. C. Ribeiro ramal 5895 sala 106 IEC

Prof. Carlos H. C. Ribeiro  ramal 5895 sala 106 IEC MB770 Previsão usa ando modelos maemáicos Prof. Carlos H. C. Ribeiro carlos@comp.ia.br www.comp.ia.br/~carlos ramal 5895 sala 106 IEC Aula 14 Modelos de defasagem disribuída Modelos de auo-regressão Esacionariedade

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Economeria Semesre 00.0 6 6 CAPÍTULO ECONOMETRIA DE SÉRIES TEMPORAIS CONCEITOS BÁSICOS.. ALGUMAS SÉRIES TEMPORAIS BRASILEIRAS Nesa seção apresenamos algumas séries econômicas, semelhanes às exibidas por

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Deparameno de Esaísica Prof. Daniel Furado Ferreira 11 a Teoria da Decisão Esaísica 1) Quais são os erros envolvidos nos eses de hipóeses? Explique. 2) Se ao realizar um

Leia mais

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade 24 4. Modelagem Em um modelo esaísico adequado para se evidenciar a exisência de uma relação lead-lag enre as variáveis à visa e fuura de um índice é necessário primeiramene verificar se as variáveis logarimo

Leia mais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 8 a 1 de novembro de 24 Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indúsria de Óleos Vegeais Regiane Klidzio (URI) gep@urisan.che.br

Leia mais

Aplicação. Uma famosa consultoria foi contratada por uma empresa. que, entre outras coisas, gostaria de entender o processo

Aplicação. Uma famosa consultoria foi contratada por uma empresa. que, entre outras coisas, gostaria de entender o processo Aplicação Uma famosa consuloria foi conraada por uma empresa que, enre ouras coisas, gosaria de enender o processo gerador relacionado às vendas de deerminado produo, Ainda, o conraane gosaria que a empresa

Leia mais

Comportamento Assimptótico dos Mínimos Quadrados Questão: Será que a estimativa de mínimos quadrados converge para o valor verdadeiro dos parâmetros?

Comportamento Assimptótico dos Mínimos Quadrados Questão: Será que a estimativa de mínimos quadrados converge para o valor verdadeiro dos parâmetros? Conrolo por Compuador 3-Idenificação J. Miranda Lemos IST-DEEC Área Cienífica de Sisemas, Decisão e Conrolo 05 Comporameno Assimpóico dos Mínimos Quadrados Quesão: Será que a esimaiva de mínimos quadrados

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON)

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON) TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 8 LIVRO DO NILSON). CONSIDERAÇÕES INICIAIS SÉRIES DE FOURIER: descrevem funções periódicas no domínio da freqüência (ampliude e fase). TRANSFORMADA DE FOURIER:

Leia mais

REDUÇÃO DE DIMENSIONALIDADE

REDUÇÃO DE DIMENSIONALIDADE Análise de componenes e discriminanes REDUÇÃO DE DIMENSIONALIDADE Uma esraégia para abordar o problema da praga da dimensionalidade é realizar uma redução da dimensionalidade por meio de uma ransformação

Leia mais

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 1 III Congresso da Sociedade Poruguesa de Esaísica Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 Políicas Ópimas e Quase-Ópimas de Inspecção de um Sisema Sujeio a Falhas Cláudia Nunes, João Amaral Deparameno de Maemáica,

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017 DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lisa de exercício de Teoria de Marizes 8/06/017 1 Uma pesquisa foi realizada para se avaliar os preços dos imóveis na cidade de Milwaukee, Wisconsin 0 imóveis foram

Leia mais

4 Análise dos tributos das concessionárias selecionadas

4 Análise dos tributos das concessionárias selecionadas 4 Análise dos ribuos das concessionárias selecionadas Nese capíulo serão abordados os subsídios eóricos dos modelos esaísicos aravés da análise das séries emporais correspondenes aos ribuos e encargos

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

Estimação em Processos ARMA com Adição de Termos de Perturbação

Estimação em Processos ARMA com Adição de Termos de Perturbação UNIVER ERSIDADE DE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA DEP EPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Esimação em Processos ARMA com Adição de Termos de Perurbação Auor: Paricia Vieira de Llano Orienador:

Leia mais

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

4 Método de geração de cenários em árvore

4 Método de geração de cenários em árvore Méodo de geração de cenários em árvore 4 4 Méodo de geração de cenários em árvore 4.. Conceios básicos Uma das aividades mais comuns no mercado financeiro é considerar os possíveis esados fuuros da economia.

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

4 Modelo de fatores para classes de ativos

4 Modelo de fatores para classes de ativos 4 Modelo de aores para classes de aivos 4.. Análise de esilo baseado no reorno: versão original (esáica A análise de esilo baseada no reorno é um procedimeno esaísico que visa a ideniicar as ones de riscos

Leia mais

Estimação em Modelos de Volatilidade Estocástica com Memória Longa

Estimação em Modelos de Volatilidade Estocástica com Memória Longa UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Esimação em Modelos de Volailidade Esocásica com Memória Longa Auor: Gusavo Correa Leie Orienador: Professor

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados Capíulo 4 Propriedades dos Esimadores de Mínimos Quadrados Hipóeses do Modelo de Regressão Linear Simples RS1. y x e 1 RS. Ee ( ) 0 E( y ) 1 x RS3. RS4. var( e) var( y) cov( e, e ) cov( y, y ) 0 i j i

Leia mais

4. SINAL E CONDICIONAMENTO DE SINAL

4. SINAL E CONDICIONAMENTO DE SINAL 4. SINAL E CONDICIONAMENO DE SINAL Sumário 4. SINAL E CONDICIONAMENO DE SINAL 4. CARACERÍSICAS DOS SINAIS 4.. Período e frequência 4..2 alor médio, valor eficaz e valor máximo 4.2 FILRAGEM 4.2. Circuio

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

Voo Nivelado - Avião a Hélice

Voo Nivelado - Avião a Hélice - Avião a Hélice 763 º Ano da icenciaura em ngenharia Aeronáuica edro. Gamboa - 008. oo de ruzeiro De modo a prosseguir o esudo analíico do desempenho, é conveniene separar as aeronaves por ipo de moor

Leia mais

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre 1. Objeivos. Inrodução 3. Procedimeno experimenal 4. Análise de dados 5. Quesões 6. Referências 1. Objeivos Nesa experiência, esudaremos o movimeno da queda de

Leia mais

SISTEMAS DE EQUAÇÕES A DIFERENÇAS LINEARES

SISTEMAS DE EQUAÇÕES A DIFERENÇAS LINEARES 8//7 SISTEMAS DE EQUAÇÕES A DIFERENÇAS LINEARES Teorema: Considere o seguine sisema de k equações a diferenças lineares de primeira ordem, homogêneo: x a x a x... a x k k x a x a x... a x k k x a x a x...

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Modelos BioMatemáticos

Modelos BioMatemáticos Modelos BioMaemáicos hp://correio.fc.ul.p/~mcg/aulas/biopop/ edro J.N. Silva Sala 4..6 Deparameno de Biologia Vegeal Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa edro.silva@fc.ul.p Genéica opulacional

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

2.6 - Conceitos de Correlação para Sinais Periódicos

2.6 - Conceitos de Correlação para Sinais Periódicos .6 - Conceios de Correlação para Sinais Periódicos O objeivo é o de comparar dois sinais x () e x () na variável empo! Exemplo : Considere os dados mosrados abaixo y 0 x Deseja-se ober a relação enre x

Leia mais

2 Os métodos da família X Introdução

2 Os métodos da família X Introdução 2 Os méodos da família X 2. Inrodução O méodo X (Dagum, 980) emprega médias móveis (MM) para esimar as principais componenes de uma série (Sysem of Naional Accouns, 2003): a endência e a sazonalidade.

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

Teste F na Regressão Linear Múltipla para Dados Temporais com Correlação Serial.

Teste F na Regressão Linear Múltipla para Dados Temporais com Correlação Serial. Deparameno de Ciências e ecnologias Mesrado em Esaísica, Maemáica e Compuação ese F na Regressão Linear Múlipla para Dados emporais com Correlação Serial. Bruno Fernando Pinheiro Faria Lisboa, Mesrado

Leia mais

Cap. 5 - Tiristores 1

Cap. 5 - Tiristores 1 Cap. 5 - Tirisores 1 Tirisor é a designação genérica para disposiivos que êm a caracerísica esacionária ensão- -correne com duas zonas no 1º quadrane. Numa primeira zona (zona 1) as correnes são baixas,

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

2 Revisão Bibliográfica

2 Revisão Bibliográfica Revisão Bibliográfica Ese capíulo apresena os principais conceios, abordagens e a formulação básica das meodologias que esão incluídas no modelo HPA. Conceios maemáicos e esaísicos mais dealhados podem

Leia mais

O gráfico que é uma reta

O gráfico que é uma reta O gráfico que é uma rea A UUL AL A Agora que já conhecemos melhor o plano caresiano e o gráfico de algumas relações enre e, volemos ao eemplo da aula 8, onde = + e cujo gráfico é uma rea. Queremos saber

Leia mais

Comportamento Assimptótico dos Mínimos Quadrados. Questão: Será que a estimativa de mínimos quadrados converge para o valor verdadeiro dos parâmetros?

Comportamento Assimptótico dos Mínimos Quadrados. Questão: Será que a estimativa de mínimos quadrados converge para o valor verdadeiro dos parâmetros? Modelação, Idenificação e Conrolo Digial 4-Idenificação Paramérica 36 Comporameno Assimpóico dos Mínimos Quadrados Quesão: Será que a esimaiva de mínimos quadrados converge para o valor verdadeiro dos

Leia mais

APÊNDICE A. Rotação de um MDT

APÊNDICE A. Rotação de um MDT APÊNDICES 7 APÊNDICE A Roação de um MDT 8 Os passos seguidos para a realização da roação do MDT foram os seguines: - Deerminar as coordenadas do cenro geomérico da região, ou pono em orno do qual a roação

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos Análise de Projecos ESAPL / IPVC Criérios de Valorização e Selecção de Invesimenos. Méodos Dinâmicos Criério do Valor Líquido Acualizado (VLA) O VLA de um invesimeno é a diferença enre os valores dos benefícios

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

Antes de mais nada, é importante notar que isso nem sempre faz sentido do ponto de vista biológico.

Antes de mais nada, é importante notar que isso nem sempre faz sentido do ponto de vista biológico. O modelo malusiano para empo conínuo: uma inrodução não rigorosa ao cálculo A dinâmica de populações ambém pode ser modelada usando-se empo conínuo, o que é mais realisa para populações que se reproduzem

Leia mais

5 Aplicação da Modelagem Estrutural ao problema de previsão de Preço Spot de Energia Elétrica.

5 Aplicação da Modelagem Estrutural ao problema de previsão de Preço Spot de Energia Elétrica. Aplicação da Modelagem Esruural ao problema de previsão de Preço Spo de Energia Elérica. 41 5 Aplicação da Modelagem Esruural ao problema de previsão de Preço Spo de Energia Elérica. 5.1. Inrodução Nesa

Leia mais

Lista de Exercícios #11 Assunto: Séries Temporais

Lista de Exercícios #11 Assunto: Séries Temporais . ANPEC 995 - Quesão 5 Lisa de Exercícios # Assuno: Séries Temporais Sea yi xi i ordinários (MQO) de e, respecivamene. Pode-se afirmar que: uma equação de regressão e seam a e b esimadores de mínimos quadrados

Leia mais

Instituto de Física USP. Física Moderna. Aula 23. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física Moderna. Aula 23. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física Moderna Aula 3 Professora: Mazé Bechara Aula 3 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger: para odos os esados e para esados esacionários. Aplicação e inerpreações.

Leia mais

Fernando de Oliveira Durão

Fernando de Oliveira Durão (Sucessões Cronológicas) Uma inrodução Fernando de Oliveira Durão (Documeno Provisório) Parcialmene adapado de noas de Alex Trindade Deparmen of Saisics Universiy of Florida www.sa.ufl.edu/~rindade/sa6934

Leia mais

3 Estudo da Barra de Geração [1]

3 Estudo da Barra de Geração [1] 3 Esudo da Barra de eração [1] 31 Inrodução No apíulo 2, raou-se do máximo fluxo de poência aiva e reaiva que pode chear à barra de cara, limiando a máxima cara que pode ser alimenada, e do possível efeio

Leia mais

SISTEMAS DE FILAS DE ESPERA COM INFINITOS SERVIDORES UMA APLICAÇÃO EM LOGÍSTICA

SISTEMAS DE FILAS DE ESPERA COM INFINITOS SERVIDORES UMA APLICAÇÃO EM LOGÍSTICA SISTEMAS DE FILAS DE ESPERA COM INFINITOS SERVIDORES UMA APLICAÇÃO EM LOGÍSTICA. INTRODUÇÃO Nese rabalho consideram-se sisemas de filas de espera com infinios servidores. Traamos quer nós isolados quer

Leia mais

Estudo comparativo do fluxo de caminhões nos portos de Uruguaiana e Foz do Iguaçu

Estudo comparativo do fluxo de caminhões nos portos de Uruguaiana e Foz do Iguaçu XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de novembro de 26. Esudo comparaivo do fluxo de caminhões nos poros de Uruguaiana e Foz do Iguaçu Suzana Leião Russo (URI) jss@urisan.che.br Ivan Gomes Jardim (URI)

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo.

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo. Inrodução ao Conrole Óimo: Oimização de funções e funcionais. Oimização paramérica. Problema de conrole óimo com empo final fio. Oimização Deerminação de uma ação que proporciona um máimo de benefício,

Leia mais

Definição 0.1. Define se a derivada direcional de f : R n R em um ponto X 0 na direção do vetor unitário u como sendo: df 0) = lim t 0 t (1)

Definição 0.1. Define se a derivada direcional de f : R n R em um ponto X 0 na direção do vetor unitário u como sendo: df 0) = lim t 0 t (1) Cálculo II - B profs.: Heloisa Bauzer Medeiros e Denise de Oliveira Pino 1 2 o semesre de 2017 Aulas 11/12 derivadas de ordem superior/regra da cadeia gradiene e derivada direcional Derivadas direcionais

Leia mais

APOSTILA DE MODELOS LINEARES EM SÉRIES TEMPORAIS

APOSTILA DE MODELOS LINEARES EM SÉRIES TEMPORAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG INSIUO DE CIÊNCIAS EXAAS ICEx DEPARAMENO DE ESAÍSICA ES APOSILA DE MODELOS LINEARES EM SÉRIES EMPORAIS Glaura da Conceição Franco (ES/UFMG) Belo Horizone, agoso

Leia mais

Lista de exercícios 3. September 15, 2016

Lista de exercícios 3. September 15, 2016 ELE-3 Inrodução a Comunicações Lisa de exercícios 3 Sepember 5, 6. Enconre a ransformada de Hilber x() da onda quadrada abaixo. Esboce o especro de x() j x(). [ ] x() = Π ( n). n=. Um sinal em banda passane

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 20. Palavras-chaves: derivada,derivada direcional, gradiente

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 20. Palavras-chaves: derivada,derivada direcional, gradiente Assuno: Derivada direcional UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 20 Palavras-chaves: derivada,derivada direcional, gradiene Derivada Direcional Sejam z = fx, y) uma função e x

Leia mais

Capítulo 7. O Modelo de Regressão Linear Múltipla

Capítulo 7. O Modelo de Regressão Linear Múltipla Capíulo 7 O Modelo de Regressão Linear Múlipla Quando ornamos um modelo econômico com mais de uma variável explanaória em um modelo esaísico correspondene, nós dizemos que ele é um modelo de regressão

Leia mais

CAPÍTULO 10 DERIVADAS DIRECIONAIS

CAPÍTULO 10 DERIVADAS DIRECIONAIS CAPÍTULO 0 DERIVADAS DIRECIONAIS 0. Inrodução Dada uma função f : Dom(f) R n R X = (x, x,..., x n ) f(x) = f(x, x,..., x n ), vimos que a derivada parcial de f com respeio à variável x i no pono X 0, (X

Leia mais

6 Processos Estocásticos

6 Processos Estocásticos 6 Processos Esocásicos Um processo esocásico X { X ( ), T } é uma coleção de variáveis aleaórias. Ou seja, para cada no conjuno de índices T, X() é uma variável aleaória. Geralmene é inerpreado como empo

Leia mais

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido. 2 Analista Embrapa Semiárido.

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido.   2 Analista Embrapa Semiárido. XII Escola de Modelos de Regressão, Foraleza-CE, 13-16 Março 2011 Análise de modelos de previsão de preços de Uva Iália: uma aplicação do modelo SARIMA João Ricardo F. de Lima 1, Luciano Alves de Jesus

Leia mais

O gráfico que é uma reta

O gráfico que é uma reta O gráfico que é uma rea A UUL AL A Agora que já conhecemos melhor o plano caresiano e o gráfico de algumas relações enre e, volemos ao eemplo da aula 8, onde = + e cujo gráfico é uma rea. Queremos saber

Leia mais

Observação: No próximo documento veremos como escrever a solução de um sistema escalonado que possui mais incógnitas que equações.

Observação: No próximo documento veremos como escrever a solução de um sistema escalonado que possui mais incógnitas que equações. .. Sisemas Escalonados Os sisemas abaio são escalonados: 7 Veja as maries associadas a esses sisemas: 7 Podemos associar o nome "escalonado" com as maries ao "escalar" os eros ou energar a "escada" de

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO Breno Richard Brasil Sanos

Leia mais