CRESCIMENTO E FLUTUAÇÕES NUM MODELO MACRODINÂMICO PÓS- KEYNESIANO DE SIMULAÇÃO COM PROGRESSO TÉCNICO ENDÓGENO E ENDIVIDAMENTO PÚBLICO

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1 CRESCIMENTO E FLUTUAÇÕES NUM MODELO MACRODINÂMICO PÓS- KEYNESIANO DE SIMULAÇÃO COM PROGRESSO TÉCNICO ENDÓGENO E ENDIVIDAMENTO PÚBLICO Breno Pascualoe Lemos Proessor do Deparameno de Economia da PUC/PR e da UFPR José Luis da Cosa Oreiro Proessor do Deparameno de Economia da UFPR e Pesquisador do CNPq Resumo: O objeivo dese arigo é consruir um modelo macrodinâmico de crescimeno e ciclo com caracerísicas pós-keynesianas no qual o progresso écnico é endógeno no senido de Kaldor e o governo inancia o seu déici principalmene por inermédio da venda de íulos juno ao seor privado. O modelo aqui apresenado visa reproduzir os aos esilizados da dinâmica de longo-prazo das economias capialisas desenvolvidas, especialmene a nore-americana. Com ese inuio, apresenaremos algumas simulações compuacionais com o modelo proposo, que reproduzam o comporameno dinâmico de uma economia desenvolvida ípica ao longo do século XX. Ademais, recorrer-se-á a um ese de robusez para avaliar se exise coinegração das rajeórias obidas aravés da simulação com algumas séries hisóricas para a economia noreamericana, quais sejam, produo real, produo real per capia, axa de inlação, axa de desemprego e invesimeno privado real. Por im, analisaremos os eeios de longo-prazo sobre o produo real e o endividameno do seor público de um mix de (i) políica iscal conracionisa cum políica moneária rouxa e (ii) políica iscal expansionisa cum políica moneária aperada. Por im, serão proeridas algumas conclusões. Palavras-Chave: Economia Pós-Keynesiana, Crescimeno Econômico e Fluuações Cíclicas. Absrac: This paper aims o build a pos-keynesian macrodynamic model o growh and business cycles wih a kaldorian echnical progress uncion and governmen deici srongly inanced by bonds. The model replicaes he sylized acs abou long-run dynamics o developed economies, markedly US economy. Bear his in mind, i is going o show some compuaional simulaions ha reproduce he dynamic behavior o a ypical developed economy along XX cenury. Robusness ess wih coinegraion analysis o simulaion daa ace o US daa will give us some qualiicaion abou resuls showed by he model. Paricularly, i will be veriied wheher real oupu, per capia real oupu, inlaion rae, unemploymen rae and gross domesic privae invesmen coinegrae wih is reciprocal US daa series. Las bu no he leas, i will be analyzed he long-run eecs o dieren mix o moneary and iscal policies, namely: (i) a conracionis iscal policy cum slack moneary policy, and (ii) expansive iscal policy cum igh moneary policy. Key-Words: Pos-Keynesian Economics, Economic Growh and Business Cycles. Classiicação JEL: E2, O4, E32. ÁREA 5: Crescimeno, Desenvolvimeno Econômico e Insiuições

2 - INTRODUÇÃO Na enaiva de conecar os modelos kaldorianos e kaleckianos e ambém como uma enaiva de uniicar muias das conribuições pós-keynesianas aliadas às idéias originais de Keynes, os modelos pós-keynesianos de erceira geração avançam como uma análise que caminha para a complexidade 2. Eses modelos concebem o longo-prazo como uma sucessão de curos-prazos e não há o pré-requisio da exisência de algum ipo especíico de equilíbrio, o que permie a generalização dos resulados, no senido de impor menores resrições ao modelo. Em ais modelos, há a conexão enre as axas garanida, eeiva e naural de crescimeno e a igualdade enre elas pode ser alcançada. Não impora qual seja o ipo de equilíbrio - se exisene - alcançado, o mais valioso para os auores desa caegoria de modelos é a análise ora dele aravés do uso de simulações compuacionais. Assim, eses modelos se caracerizam por um número maior de equações e valores numéricos dos parâmeros, dadas as condições iniciais, do que os modelos que admiem solução analíica echada. As condições iniciais, assim como alguns dos parâmeros, permiem caracerizar uma dada economia, e a qualidade da análise encerrada será deinida pela aderência ou não dese modelo aos aos esilizados da economia em quesão. Eses são modelos em que a hisória de cada economia deve ser levada em cona. Os modelos hisóricos surgem a parir da clivagem proposa por ROBINSON (983). A auora argumena que aos modelos de equilíbrio esão para o empo lógico assim como os modelos hisóricos esão para o empo cronológico. Ademais, azer prescrições de políicas a parir de modelos normaivos é um non sequiur, uma vez que a realidade obedece ao empo cronológico e a aores hisóricos especíicos. Desa eia, a incapacidade da análise normaiva em deerminar a dinâmica macroeconômica raz a necessidade de se procurar ouros méodos de análise. A parir daí, ganham espaço os modelos que se preocupam menos com o equilíbrio do que com a qualidade de análise. A verossimilhança dos modelos de equilíbrio é ainda maior quando lançamos dúvidas a respeio da esabilidade dos parâmeros. Via de regra, os parâmeros de um modelo sineizam aspecos não-econômicos ou aspecos econômicos seculares como, por exemplo, a esruura de concorrência, a organização sindical, as leis, os padrões de consumo, ec. Muio em embora ais parâmeros mudem lenamene ao longo do empo, o mais sensao seria a imposição de uma mea-regra para regular a inensidade com a qual ais parâmeros se modiicam. Assim, abriríamos espaço para uma insabilidade no valor dos parâmeros com a qual a consisência do equilíbrio esaria ameaçada mais uma vez, o que lança por erra a validade de análise do ipo esáica comparaiva, muio comum em modelos normaivos. Nese senido, o modelo proposo por ROBINSON (983) pode ser considerado o undador da linhagem dos modelos pós-keynesinos de erceira geração. Ainda nese rabalho, a auora ormula um modelo simples, com invesimeno deerminado endogenamene cuja variável relevane é a axa de lucro esperada pelos capialisas e resrio pelas idenidades conábeis, com Nese arigo preendemos conecar as seguines conribuições: () deerminação do nível de produção pela demanda eeiva; (2) exisência de propensões a poupar dierenciadas com base na classe de rendimenos; (3) ixação dos preços com base em um mark up sobre os cuso direos uniários; (3) deerminação do invesimeno com base na eoria dos dois preços de Minsky; (4) inluência da esruura de capial das empresas, principalmene dos seus respecivos níveis de endividameno, sobre a decisão de invesimeno e de ixação dos preços; (5) deerminação da axa de inlação com base no conlio disribuivo enre capialisas e rabalhadores; (6) endogeneidade da oera de moeda; (7) progresso ecnico a la KALDOR (957); (9) equilíbrio de porólio a la KALDOR (966), TOBIN (965) e DAVIDSON (968). 2 Os modelos de prmeira geração denra da radição pós-keynesiana seriam os modelos kaldorianos, de análise de longo-prazo, equilíobrio com pleno-emprego e com disribuição de renda ixa, dada pelas propensões a consumir das dierenes classes de rendimeno. Os modelos de segunda geração são os que seguem a radição kaleckiana, ipicamene de curo-prazo com disribuição de renda ixa dada pela axa de mark up e cujo longo-prazo não esá associado com a idéia de pleno-emprego dos aores de produção.

3 disinção enre os desejos dos agenes e o que eeivamene ocorre, razendo a ona o problema de coordenação e a sua relevância na deerminação do nível de produo e os seus valores de equilíbrio - cujo apelido é modelo da banana. Ese modelo em dois equilíbrios - um esável e ouro insável e a possibilidade de não-haver qualquer equilíbrio. A parir daí a auora mosra a paricularidade do equilíbrio esável azendo a análise de algumas das diversas rajeórias possíveis. Com um pouco mais de complexidade, EICHNER (979) esruura um modelo de curoprazo com raços pós-keynesianos. O objeivo de seu rabalho é mosrar o signiicado de um modelo pós-keynesiano de curo-prazo, o qual se baseia na exisência de blocos inerdependenes e sem preocupação com a convergência para axas naurais o auor uiliza, apesar de não nomear desa orma, o conceio de hiserese para deerminar os valores seculares das variáveischave -, além de exacerbar as dierenças de seu modelo para com os modelos monearisa e keynesiano da sínese neoclássica. Apesar de se raar de um esboço, o modelo de EICHNER (979) exibe as caracerísicas principais de um modelo pós-keynesiano de erceira geração, quais sejam: a enaiva de colear dierenes conribuições denominadas pós-keynesianas denro de um mesmo modelo e a não ixação de uma solução analíica echada ad hoc. Vale dizer, o auor não apona a disribuição de renda como esáica e procura avaliar os eeios da eoria da preerência pela liquidez sobre a produção, o que é uma disinção marcane a respeio das gerações de modelos de crescimeno pós-keynesianos aneriores. O modelo de EICHNER (979) se enquadra como um esorço conra os posulados neoclássicos especialmene conra as idéias marshallianas de compeição pereia -, propondo uma alernaiva eórica que conempla a subsiuição de odo o arcabouço eórico neoclássico, e uma erramena de análise, qual seja, um modelo economérico para esar a validade de seus principais posulados 3. Na mesma linha, CARVALHO e OLIVEIRA FILHO (989) 4 elaboram um modelo póskeynesiano de curo-prazo, incluindo agora um sexo bloco o qual caraceriza o seor exerno. Também de orma incipiene, os auores apenas concaenam as relações inra e iner-blocos, desacando que há simulaneidade inra-blocos na deerminação do produo inal (c. CARVALHO e OLIVEIRA FILHO, 989, p. 7). Conudo, os auores aleram para as divergências eóricas com as idéias originais de KEYNES (936), o qual encarava a decisão de invesir como induzida pelas expecaivas de longo-prazo, considerando o grau de coniança das projeções 5. Ese esado de coniança, no enano, não é passível de mensuração, o que, modelisicamene, az a variável expecaivas apresenar um caráer essencialmene exógeno, ainda mais em modelos de curo-prazo. Nouros ermos, a decisão de invesimeno limia o produo e o emprego, e a acumulação de capial ao invés de esimulá-la. Esa concepção da unção invesimeno é incompaível, porano, com aquelas kaldorianaskaleckianas, as quais desacam o eeio acelerador na unção invesimeno. Iso porque, ao basear o passado recene como bom guia para o uuro incero (expecaivas adapaivas), os níveis de produo e emprego auam como induor do invesimeno, ormando uma espécie de looping enre esas variáveis, arreecido pela propensão marginal a poupar. Em sínese, eses modelos esruurais necessiam de uma melhor especiicação e, com visas a aciliar a compreensão de suas respecivas esruuras, é preciso recorrer a algum ipo de esimação. Como muias das variáveis modeladas não possuem uma série hisórica coniável, uma saída seria recorrer à simulação compuacional e veriicar se o modelo é capaz de reproduzir alguns aos comuns a uma economia real. 3 Vale dizer, para esar ese modelo eórico por meio da economeria ainda se azia necessário mudanças na conabilidade nacional, iso é, era preciso anes capurar os dados para azer os eses economéricos. 4 Uma versão poserior dese rabalho é CARVALHO e OLIVEIRA FILHO (992). 5 Esa auo-críica ambém se aplica a odos os auores pós-keynesianos, especialmene Eichner (979). 2

4 Iso poso, nese arigo preendemos apresenar um modelo esruural dealhado de crescimeno e luuações cíclicas, iliado à radição pós-keynesiana, no qual o progresso écnico é endógeno no senido de Kaldor e o governo inancia o seu déici principalmene por inermédio da venda de íulos juno ao seor privado. Em seguida, iremos apresenar os valores dos parâmeros e das condições iniciais usadas na calibragem do modelo eórico. Feio iso, a im de esar a capacidade do modelo em reproduzir os aos esilizados das economias capialisas, serão eias algumas simulações e eses para veriicar a qualidade da análise. Mais especiicamene, proporemos um ese de robusez avaliando se exise coinegração dos resulados obidos aravés da simulação com algumas séries hisóricas para a economia nore-americana, quais sejam, produo real, produo real per capia, axa de inlação, axa de desemprego e invesimeno privado real. Adicionalmene, analisaremos os eeios de longo-prazo sobre o produo real e o endividameno do seor público de um mix de (i) políica iscal conracionisa cum políica moneária rouxa e (ii) políica iscal expansionisa cum políica moneária aperada. Por im, serão proeridas algumas conclusões. 2- O MODELO Será esruurado um modelo que se enquadre como um modelo macrodinâmico muli-seorial seor produivo e seor inanceiro de economia echada e com governo. Esarão disponíveis dois aores de produção apenas, capial e rabalho, ambos homogêneos iso é, não exise assimeria na idade do equipameno de capial nem dierenças na qualiicação do rabalho. Ademais, um único bem é produzido nesa economia, servindo ano para consumo como para invesimeno. Ese modelo será consruído a parir de 5 módulos inerdependenes enre si, quais sejam: (i) módulo - componenes da demanda eeiva; (ii) módulo 2 - deerminação do nível de produção, renda e progresso ecnológico; (iii) módulo 3 deerminação da disribuição uncional de renda; (iv) módulo 4 inlação e políica moneária; e (v) módulo 5 sisema inanceiro e déici iscal. A esruura do modelo é al que o mesmo admie solução recursiva, ou seja, os valores das variáveis dependenes no período do empo podem ser odos expressos em ermos dos valores dessas mesmas variáveis no período -. Sendo assim, uma vez deerminados os valores dos parâmeros das equações dinâmicas e os valores iniciais das variáveis dependenes podemos compuar as rajeórias no empo para odas as variáveis dependenes do modelo 6. Deve-se ressalar que as rajeórias assim deerminadas não possuem araores ou endência pré-deerminada, ou seja, o modelo não pressupõe a exisência de nenhum ipo de equilíbrio, enendido como o esado erminal ou posição assinóica do sisema econômico. Módulo : Demanda Eeiva Nese módulo são deinidos os componenes e as relações uncionais da demanda eeiva. Deve-se ressalar que esaremos rabalhando com uma economia echada, mas com governo, de orma que a demanda eeiva é consiuída pela soma dos gasos de consumo, invesimeno publico e privado e gasos do governo. Inicialmene, iremos assumir que os gasos do governo com consumo crescem a uma axa exógena (h C ) por período, ou seja, que os mesmos são auônomos com respeio ao nível correne de aividade econômica. Dessa orma, podemos escrever a seguine equação: 6 Nas simulações do modelo aqui apresenadas iremos uilizar a planilha EXCEL para o calculo das rajeórias emporais das variáveis endógenas. 3

5 G C = c C ( + h ) G (4.) 7 em que G C é o gaso em consumo do governo realizado no período. O governo ambém realiza gasos em invesimeno, os quais iremos assumir que são próciclicos, ou seja, variam na mesma direção do nível de aividade econômica. Sendo assim, emos que: G I I = h Y (4.2) em que h I represena o aor de indução das variações do nível de aividade econômica do período - sobre os gasos de invesimeno do governo no período. Por hipóese: >h I >. O invesimeno privado na ampliação da capacidade produiva exisene é deerminado por um processo de dois eságios. No primeiro eságio, deermina-se o invesimeno que os empresários desejam realizar dadas as suas expecaivas quano aos rendimenos uuros do equipameno de capial, o seu esado de coniança e a sua preerência pela liquidez que se maniesam na deerminação do aor de descono aplicado à série de rendimenos uuros esperados do novo equipameno de capial. No segundo eságio, os empresários conronam o invesimeno desejado com a resrição inanceira ao invesimeno, expressa pelo nível máximo de endividameno que a irma pode olerar. Se o invesimeno desejado or superior ao invesimeno possível, dada à resrição inanceira da irma, enão a irma só poderá invesir aé o máximo permiido pelo seu nível de endividameno. Por ouro lado, se o invesimeno desejado or inerior ao invesimeno possível enão a irma poderá execuar a oalidade das suas decisões de invesimeno. O invesimeno desejado é a dierença enre o esoque de capial desejado no período correne menos o esoque de capial observado no período anerior. O esoque de capial desejado, por sua vez, possui dois componenes. O primeiro componene, ( α Y - σ K ), expressa o eeio acelerador das variações esperadas do nível de produção sobre a decisão de invesimeno em capial ixo. Nesse conexo, o primeiro ermo ( α Y ) represena a produção que os empresários acrediam que serão capazes de vender no período correne. Essa expecaiva depende, por seu urno, das vendas realizadas no período anerior ( Y ) e de um coeiciene de projeção de vendas ( α ) que é uma variável aleaória com disribuição uniorme de probabilidades, deinida no inervalo [5,2]. Essa variável aleaória capa o oimismo esponâneo ou o animal spiris dos invesidores. Dessa orma, a cada período os empresários irão auar com valores dierenes para o coeiciene de projeção de vendas, expressando assim a inluência que mudanças auônomas dos espírios animais dos empresários êm sobre a decisão de invesimeno. O segundo ermo ( σ K ) represena a capacidade máxima de produção a disposição das irmas. Sendo assim, a expressão ( α Y - σ K ) pode ser enendida como uma proxy do grau esperado de uilização da capacidade produiva para o período correne. 7 O aumeno exógeno do consumo do governo é um elemeno deerminane da endência de crescimeno do nível de aividade econômica no longo-prazo. Esa hipóese é dierene da proposa por HICKS (95), o qual uiliza o gaso com invesimeno ao invés do gaso em consumo em (4.). 4

6 O segundo componene da unção esoque de capial desejado, P α P D S, visa inserir a decisão de invesimeno no conexo mais geral da eoria da aplicação do capial, onde a compra de bens de capial é visa apenas como uma das ormas possíveis de acumulação de riqueza ao longo do empo, cuja araividade depende da sua renabilidade vis-à-vis a renabilidade das demais ormas de acumulação de riqueza. Nesse conexo, o esoque de capial desejado depende da razão enre o preço de demanda do equipameno de capial e o preço de oera desse equipameno. Iso poso, as unções de invesimeno desejado e de esoque de capial desejado podem ser expressas por: I (3) 8 D D = K K D P D S ( α Y ) σk + α ; se P > P D S K = P (4) α Y σk, caso conrario onde : α > ; α > em que : σ é a produividade social do capial, ou seja, o inverso da relação capial-produo. Ao deinir-se o coeiciene de projeção de vendas α (que represena o animal spiris) como uma variável aleaória com disribuição uniorme no supore [5,2] resa-nos jusiicar o uso da reerida disribuição como represenaiva da variável em consideração. Nesse conexo, a inrodução de uma disribuição de probabilidades na decisão de invesimeno poderia causar algum mal-esar enre os economisas pós-keynesianos; uma vez que a aribuição de uma disribuição de probabilidades a uma cera variável signiica dizer que seus valores são conhecidos pelos agenes econômicos, o que equivaleria a negar o axioma da incereza nãoprobabilísica. No enano, raar o animal spiris como uma variável aleaória não vai de enconro ao axioma da incereza não-probabilísica, uma vez que a incereza considerada pelos auores póskeynesianos é de naureza episemológica, não necessariamene onológica. Iso é, a incereza não probabilísica é uma propriedade do conhecimeno que os agenes êm do mundo no qual vivem, mas não é necessariamene uma propriedade imanene dese mundo. Assim, não há qualquer conradição em supor incereza não-probabilísica no campo das decisões dos agenes e incereza probabilísica no campo dos processos que deerminam os resulados das decisões omadas por esses mesmos agenes. Para ormalizar o impulso dos capialisas, iremos supor que a disribuição de probabilidades seja muio ampla. Desa maneira, minimizamos o problema da sapiência da disribuição probabilísica, colocando os conceios de incereza probabilísica na roneira com a incereza enrópica. Iso poso, podemos invocar o princípio da razão insuiciene de Laplace 9 para = K 8 O esoque de capial é deinido conorme a equação ( ) I K ψ + I + G em que ψ é a axa de depreciação. 9 O princípio da razão insuiciene de Laplace esabelece que a melhor maneira de releir nossa ignorância ou a ampliude de nossa incereza, é aribuindo as mesmas chances de ocorrência aos evenos ou esados possíveis de uma variável (c. MATTOS e VEIGA, 22, p. 4). Por exemplo, no caso de enamos ideniicar a disribuição de probabilidade de dois lançamenos de uma moeda sem sabermos se esa é viciada ou não, a melhor aiude, segundo ese princípio, é aplicar uma disribuição uniorme para os evenos possíveis. 5

7 jusiicar a uilização de uma disribuição randômica (uniorme conínua) para gerar os valores do coeiciene de projeção de vendas. O valor presene dos rendimenos esperados do equipameno de capial, o qual podemos denominar de preço de demanda do equipameno de capial, pode ser calculado ao se assumir um comporameno convencional de ormação de expecaivas, ou seja, ao se assumir que os lucros uuros serão iguais aos lucros obidos no período imediaamene anerior ao da omada da decisão de invesimeno. Dessa orma, emos que: P D ( τ ) m P Y = d (5) em que τ é a alíquoa do imposo sobre os rendimenos não-salário, m - é a paricipação dos lucros na renda no período -, P - é o nível geral de preços do período -, Y - é a renda real do período - e d é a axa de descono aplicada aos rendimenos esperados do equipameno de capial. O cuso de reposição do equipameno de capial, o qual podemos denominar de preço de oera do reerido equipameno, nada mais é do que o valor do esoque de capial avaliado aos preços correnes desse equipameno. O preço correne do equipameno de capial deve ser igual ao nível geral de preços prevalecene no período. Sendo assim, emos que: P S = P K (5a) Deve-se assumir que a axa de descono, aplicada aos rendimenos esperados do equipameno de capial, depende de dois elemenos, a saber: a axa dos íulos de longo-prazo emiidos pelo governo, a qual pode ser enendida como uma proxy para o cuso de oporunidade dos projeos de invesimeno, e o risco do omador, o qual é uma média ponderada do risco de solvência e do risco de reinanciameno ou liquidez. Sendo assim, emos que: d L P K ( i γ ) + L + ( θ ) = i TP + θδ + ( θ ) m P Y = i TP + θ (6) em que i TP - é a axa de juros que remunera os íulos públicos, L é o oal de emprésimos concedidos pelos bancos às irmas, θ é o aor de ponderação enre os riscos de solvência e de liquidez (esse aor relee o grau de aversão das irmas ao risco de insolvência vis-à-vis o risco de liquidez), γ é o coeiciene de amorização das dívidas das empresas, δ - é o endividameno oal das empresas como proporção do esoque de capial (o qual deermina o risco de solvência), e é a razão enre os compromissos inanceiros das empresas (equivalene à soma dos juros devidos com a amorização do principal) e o lucro operacional da empresa (essa razão deermina o risco de liquidez da irma, ou seja, o grau no qual a irma esá exposa à siuação de não ser capaz de honrar os seus compromissos conrauais). Uma vez deerminado o invesimeno desejado, as irmas devem avaliar a real possibilidade de implemenação de suas decisões de invesimeno. Para ano, elas devem deerminar o monane de emprésimos que elas podem conrair juno ao seor bancário, endo em visa o grau máximo de endividameno que as mesmas esão disposas a aceiar; bem como o monane de Sobre a racionalidade desse padrão de expecaivas ver POSSAS (993). Esa variável será deinida e melhor discuida no módulo 5. Ela esá sendo uilizada na axa de descono por se raar de uma proxy da axa de juros de longo prazo. Devemos enaizar que, dierenemene do observado na economia brasileira, a axa de juros que remunera os íulos públicos é a axa de juros de longo prazo e que a esruura a ermo das axas de juros é posiiva. 6

8 recursos próprios eeivamene disponíveis para o inanciameno de suas decisões de invesimeno. Em ouras palavras, a resrição inanceira ao invesimeno é igual ao acréscimo no nível de endividameno juno aos bancos comerciais que as irmas esão disposas a aceiar mais o lucro operacional liquido não-disribuido aos acionisas. Sendo assim, o invesimeno que a irma pode realizar no período é deerminado por: F [ Y V N ( i γ ) L ] (7) = δ maxk L + + sc( τ ) em que: s c é a propensão a poupar dos capialisas; N é o nível de emprego do período anerior; i é a axa de juros cobrada sobre os emprésimos bancários omados no período anerior e V o salário real eeivo. O primeiro ermo do lado direio na expressão (7) represena o monane máximo de endividameno que as empresas esão disposas a conrair juno aos bancos comerciais no período. Ao subrairmos desse ermo o oal de emprésimos conraídos aé o período -, obemos o acréscimo máximo do endividameno que as empresas esão disposas a aceiar no período. O ermo em colchees na expressão (7) represena o lucro operacional, ou seja, o lucro bruo (igual à receia operacional das irmas menos o cuso operacional que, por hipóese, é igual à olha de salários) menos o pagameno dos encargos inanceiros devidos aos bancos comerciais (juros + amorizações). Sobre esse monane incide o imposo de renda cuja alíquoa é suposa ser igual a τ. Uma vez deduzido o pagameno do imposo de renda, obemos o lucro operacional líquido. Uma pare desse lucro será disribuída para os acionisas na orma de dividendos e boniicações. Nesse conexo, se os capialisas não orem apenas os proprieários das empresas, como ambém os seus eeivos adminisradores; enão poderemos supor que o coeiciene de reenção de lucros é, na verdade, igual à propensão a poupar a parir do lucro operacional líquido 2. Ou seja, poderemos supor que os lucros reidos são iguais à poupança dos capialisas. Adicionalmene, será colocado um eo para o valor oal invesido, não superior a 35% do produo real veriicado no período anerior. Desa maneira, o invesimeno eeivamene realizado no período é dado por: I D (,35Y ; I, F ) (8) = min No que se reere aos gasos de consumo, iremos assumir a exisência de propensões a consumir dierenciadas sobre salários e lucros, al como KALDOR (956) e PASINETTI (962). Mais especiicamene, iremos assumir que os rabalhadores gasam udo o que ganham, ou seja, que a propensão a poupar dos rabalhadores é igual a zero 3. Por ouro lado, iremos assumir que os capialisas produivos (ou seja, os proprieários das empresas não-inanceiras da economia) êm uma propensão a poupar sobre o lucro operacional líquido igual à s c ; ao passo que os capialisas inanceiros (ou seja, os proprieários dos bancos) êm uma propensão a poupar sobre a receia liquida das operações de inermediação inanceira e 2 Em ouros ermos: esamos assumindo que não exise nenhuma dierença enre a poupança pessoal dos capialisas e a poupança das corporações, ou seja, os capialisas são as corporações. 3 Dessa orma, os rabalhadores não poupam e, porano, não podem acumular riqueza na orma de direios de propriedade sobre o esoque de capial exisene. Sendo assim, a emenda de Pasinei à unção consumo de Kaldor não se aplica ao modelo aqui apresenado. 7

9 sobre os juros da dívida do governo igual à s. Dese modo, os gasos nominais de consumo no período são deerminados pela seguine expressão: PC ( ε ) = w N + ( s )( τ )[ P Y w N ( i + γ ) L ] ( s )( τ )( i L + i TP B )(9) c ban cos em que: ε é o coeiciene de reenção dos lucros dos bancos e B - é o esoque da dívida pública 4. O consumo em ermos reais pode ser acilmene obido dividindo ambos os lados de (9) por P. Por im, a demanda eeiva no período é deerminada pela seguine expressão: + Z = C + I + G + G c I () Módulo 2: Produção, Renda e Progresso Tecnológico De acordo com o principio da demanda eeiva, o nível de produção é deerminado pela demanda eeiva por bens e serviços (c. PASINETTI, 997, p.99). O único pressuposo eórico para a validade dese principio é a exisência de capacidade ociosa 5. Nesse conexo, as irmas irão aender a qualquer variação da demanda por inermédio de variações do nível correne de produção. O limie de validade do reerido principio é dado, porano, pelo nível poencial de produção da economia, o qual é deinido como a quanidade máxima de bens e serviços que a economia pode produzir, num dado período, com o esoque de máquinas e de rabalhadores disponíveis. A deerminação do produo poencial envolve, no enano, limiações de duas naurezas disinas, a saber: as limiações quano à disponibilidade da orça de rabalho e as limiações quano à inensidade do uso da capacidade de produção exisene. No que se reere às limiações da disponibilidade da orça de rabalho, devemos aenar para o ao de que exise um nível mínimo abaixo do qual a axa de desemprego não pode cair 6. Essa axa mínima de desemprego pode ser considerada como o pleno-emprego da orça de rabalho. Denominando essa axa mínima de desemprego por U min, emos que a produção máxima de bens e serviços possibiliada pelo pleno-emprego da orça de rabalho é dada por: Y max, l = N q ( U ) () min em que q é o requisio uniário de mão-de-obra, ou seja, a quanidade de rabalhadores que é ecnicamene necessária para a produção de uma unidade de produo. A variável q pode ser escria como uma unção de progresso écnico, análoga a KALDOR (957), da seguine maneira: 4 Todas esas variáveis serão melhor discuidas no módulo 5. 5 Deve-se ressalar que a exisência de preços ixos não é condição necessária para a validade do principio da demanda eeiva. No modelo aqui apresenado, os preços são deerminados no inicio do período e permanecem consanes aé o inal do mesmo. Conudo, os preços são lexíveis ao longo de uma seqüência de períodos. De ao, os preços podem variar ao longo do empo ano em unção de variações do nível de salário nominal como em unção de variações da axa de mark-up. 6 Traa-se do assim chamado desemprego riccional e/ou desemprego volunário. 8

10 q ( ψ ) K + I + G ρ (2) i = q + j q i ( ψ ) K 2 + I + G Em (2) esá implício que qualquer ipo de progresso ecnológico, seja ele poupador de capial ou poupador de mão-de-obra, no senido de ou gerar mudança da ecnologia adoada ou mudança na écnica uilizada, ao im, ao cabo, se raduz em um aumeno do esoque de capial. Por isso mesmo, o rímo de progresso ecnológico de uma economia em uma boa proxy a parir do rimo de acumulação de capial. No ineno de melhorar as especiicações no que oca aos deerminanes do progresso ecnológico, oi inserida a variável j, que segue uma disribuição randômica no inervalo [-;], iso é, ela pode assumir ininios valores nese inervalo com cada um dos evenos com igual probabilidade de ocorrência. A jusiicaiva para a adoção dese ipo de disribuição esaria no ao de o progresso ecnológico ainda possuir um caráer insabilizador no sisema capialisa, na medida em que o período de sua ocorrência, assim como os eeios de sua adoção para a produividade dos aores se produção, seja incero 7. Por ouro lado, ambém exise um limie superior ao grau de uilização da capacidade insalada. Tal como enaizado por STEINDL (952), as irmas desejam operar com uma cera capacidade excedene no longo-prazo. Isso devido à ocorrência de indivisibilidades na decisão de invesimeno em capial ixo, indivisibilidades essas que azem com que a capacidade insalada cresça obrigaoriamene na rene da demanda, gerando uma cera ociosidade na sua uilização. Denominando o grau máximo de uilização da capacidade produiva por u max, emos que a produção máxima de bens e serviços compaível com esse nível de uilização da capacidade insalada é dado por: Y max, c max = u Y (3) em que Y é o nível de produção máximo que poderia ser obido no período - com a plenauilização da capacidade produiva exisene. Esse nível máximo de produção é deerminado pela seguine expressão: Y σk = (4) em que σ é a produividade social do capial 8 ; ou seja, uma variável de naureza écnica que indica a quanidade de produo que pode ser obida por inermédio da uilização de uma unidade de capial. Nesse conexo, o produo poencial no período é menor valor enre () e (3). Temos, porano, que: Y N min min q max ( U ); u σk (5) max = 7 Esa variável randômica não em o poder de ornar negaivo o requisio uniário de mão-de-obra predominanemene inluenciado pelo rimo de acumulação de capial, muio embora possa ornar negaiva a sua variação. 8 Essa erminologia é omada empresada de DOMAR (946). 9

11 Se o nível eeivo de produção or menor do que o produo poencial deerminado pela equação (5), enão o produo real no período será deerminado pela demanda eeiva desse mesmo período, dada pela equação (). Devemos ambém levar em cona a exisência de um limie à expansão da produção inerperíodos. Isso porque as irmas se deronam com um cuso não-desprezível para aumenar a produção enre um período e ouro, cuso esse dado pelas despesas que as mesmas em que incorrer na seleção, conraação e reinameno dos novos rabalhadores. Sendo assim, iremos assumir a exisência de uma axa máxima de crescimeno do produo real enre períodos, a qual é deerminada pelo cuso máximo de ajuse do nível de produo iner-periodos que as irmas esão disposas a aceiar. Assim, o nível de produção no período será deerminado pela seguine expressão: Y max max [ Z, Y,( + g ) Y ] (6) = min em que g max represena a axa máxima de crescimeno por período. Módulo 3: Disribuição de Renda Numa economia indusrial, al como a suposa pelo modelo aqui considerado, a renda deve ser concebida como a riqueza expressa em ermos maeriais (produos) e criada ao longo de um deerminado período. Sendo assim, há somene duas modalidades de renda numa economia indusrial, a saber: salários e lucros bruos. O governo e o seor inanceiro não criam riqueza, eles apenas se apropriam de uma pare dos lucros gerados no processo produivo, sob a orma de imposos e juros. Dessa orma, os imposos e os juros não aeam o monane de lucros e, porano, de renda criada na economia ao longo de um deerminado período. Com base nessas idéias, a renda avaliada em ermos nominais e gerada ao longo do período é igual a soma da massa de salários e dos lucros bruos. Temos, enão, que: P Y = w N + r P K (7) em que r é a axa de lucro e w a axa de salário nominal. A axa de lucro r pode ser expressa como o produo enre a paricipação dos lucros na renda (m ), o grau de uilização da capacidade produiva (u ) e a produividade social do capial (σ). Sendo assim, a expressão (7) pode ser reescria como: m = V q (8) em que V é o salário real. A expressão (8) mosra que, dada a produividade do rabalho, exise uma relação inversa enre o salário real e a paricipação dos lucros na renda. Módulo 4: Inlação e Políica Moneária Na economia aqui considerada se supõe a exisência de uma esruura de mercado oligopolizada de orma que as empresas êm poder de ixação de preços. Eses são ixados com base na imposição de uma axa de mark-up sobre os cusos direos uniários de produção. Dessa orma, emos que:

12 ( ) w q (9) P = + z em que z é a axa de mark-up ixada pelas empresas do seor produivo 9. Nesse conexo, os preços ixados pelas empresas do seor produivo podem variar enre períodos em unção da ocorrência de (i) uma variação dos salários enre períodos 2 ; e (ii) uma variação da axa de mark-up enre períodos e (iii) de uma variação do requisio uniário de mãode-obra enre períodos 2. Sendo assim, a axa de inlação no período, deinida como a variação de preços enre o período e o período -, é dada por: ( + π ) P = P = ( + z ) ( + z ) w w q q (2) em que π é a axa de inlação no período. O primeiro passo para a deerminação da axa de inlação no período é, porano, a deerminação da inlação salarial, ou seja, a deerminação da axa de variação dos salários nominais enre o período e o período -. Para ano, iremos supor que os salários nominais são objeo de barganha enre as irmas e os sindicaos. No processo de negociação salarial, os sindicaos demandam reajuses salariais que sejam suicienes para (a) cobrir a inlação do período anerior e (b) aumenar o nível de salário real aé um cero paamar desejado pelos mesmos, o qual é inluenciado pelas condições vigenes no mercado de rabalho e pelo crescimeno da produividade. Quano maior or o poder de barganha dos sindicaos maior será a imporância dese ulimo elemeno na deerminação da axa de reajuse dos salários nominais. A equação de reajuse salarial será: w w w P P = P ϕ ( V V ) (2) em que V é o salário real desejado pelos rabalhadores no período 22. A parir de (2), após as devidas manipulações, obemos: 9 O mark up produivo pode ser deinido como: z = z + z u + z2 δ, z >, z2 >. No que se reere à variação da axa de mark-up enre períodos, iremos nos basear nas idéias de EICHNER (979). Segundo esse auor, a margem de lucro é uma variável cenral na adapação da irma a conjunura econômica. Num cenário posiivo de aumeno do grau de uilização da capacidade produiva, as irmas aumenariam a axa de mark-up devido ao aumeno do seu poder de mercado decorrene do aumeno da demanda pelos seus produos. Por ouro lado, a margem de lucro é uma variável imporane na deerminação da capacidade inerna de inanciameno da irma. Dessa orma, num cenário de elevação da axa de endividameno, as irmas podem recorrer ao aumeno da axa de mark-up como pare de uma esraégia com visas ao aumeno dos undos auogerados. 2 Esá suposo que, ao longo de um dado período, os salários nominais são ixos. 2 Ao conrario dos modelos Kaleckianos radicionais, a axa de mark-up pode variar ao longo do empo como resulado do aumeno do poder de mercado das empresas ou em unção de uma maior necessidade de geração de undos próprios para o inanciameno das decisões de invesimeno. Ao longo de um dado período, no enano, a axa de mark-up permanece consane. 22 O salário real desejado é unção do desemprego e da produividade do rabalho, podendo ser deinido como: V = φ φu + φ. O progresso ecnológico pode aear posiivamene o salário real eeivo uma vez que na medida em 2 q que as ecnicas avançam, exige-se um maior nível de conhecimeno e reinameno da mão-de-obra; esa, por sua vez, por ser cada vez mais qualiicada, exige uma melhor remuneração ace a sua ala produividade.

13 + z + z u π = + z + z u ρ ( ψ ) ( ψ ) K K z δ + I + I z δ 2 + G + G π i + + ϕφ ϕφ U + φ2 ϕv q (22) 23 O conrole da axa de inlação é um dos objeivos primordiais dos bancos cenrais, os quais são as insiuições responsáveis pela ormulação da políica moneária. Isso poso, iremos supor que a políica moneária será conduzida num regime de meas de inlação e que o Banco Cenral ixa a cada período o valor da axa básica de juros por inermédio de uma regra de Taylor (c. TAYLOR, 993), al como a apresenada abaixo: i * * ( λ ) i + λ[ β ( π π ) + β ( g η) + β ] (23) * = 2 em que i * é a axa básica de juros deinida pelo Banco Cenral 25 ; λ é o aor de inércia da axa de juros; os coeicienes β > e β > represenam, respecivamene, o peso dado, na ormação da axa básica de juros, à divergência da axa de inlação do período anerior com respeio à mea inlacionaria (π * ) e a divergência da axa de crescimeno do produo real no período anerior com respeio à axa naural de crescimeno (η); e β 2 é uma consane 26. Módulo 5: Seor Financeiro e Déici Fiscal Tal como no caso do seor produivo, iremos supor que a esruura de mercado prevalecene no seor bancário é oligopolisa, de orma que os bancos êm poder para ixar a axa de juros cobrada sobre os emprésimos que os mesmos realizam para as empresas daquele seor. Desa orma, os bancos comerciais deinem a axa de juros cobrada pelos seus emprésimos (i ) por inermédio da aplicação de um mark-up (z b ) sobre a axa básica de juros deinida pelo Banco Cenral (c. ROUSSEAS, 986, pp.5-52). Temos, assim, que: b * ( z ) i (24) i = + Do mesmo modo como no caso das irmas do seor produivo, o mark-up bancário não é ixo, mas pode variar enre períodos em unção de mudanças na conjunura econômica e/ou no poder de mercado dos bancos. Nesse conexo, iremos supor que o mark-up bancário é conra-ciclico, variando na direção inversa do grau de uilização da capacidade produiva (c. ARONOVICH,994). A idéia é que aumenos no grau de uilização da capacidade produiva esão associados a aumeno das vendas e, porano, a uma redução do risco de deaul por pare das empresas do seor produivo A equação (2) nada mais é do que uma versão urbinada da curva de Phillips expandida pelas expecaivas. Observemos a presença de um claro componene inercial na axa de inlação, expresso pela dependência da axa de inlação correne com respeio à axa de inlação do período anerior (c. BRESSER-PEREIRA, L.C; NAKANO, Y. 984). Observemos ambém que, ceeris paribus, exise uma clara relação inversa enre a axa de inlação do período e a axa de desemprego do período -. A novidade inroduzida por essa versão urbinada é a possibilidade de deslocamenos ao longo do empo da curva de Phillips em unção do ajuse da axa de mark-up, o qual é moivado pelas variações no empo do grau de uilização da capacidade produiva e da axa de endividameno. 24 Essa equação da regra de Taylor é inspirada na equação uilizada pelo sisema de meas de inlação implemenado pelo Banco Cenral do Brasil. 25 Segundo BARBOSA (24), os bancos cenrais não realizam mudanças abrupas na axa de juros de um período para o ouro, mas endem a se comporar de orma a realizar uma suavização dos movimenos da axa de juros ao longo do empo. Dessa orma, passa-se a observar um cero comporameno inercial da axa de juros. 26 A única resrição à aplicação da equação (23) como regra de ixação da axa básica de juros pelo Banco Cenral é que a axa de juros básica não pode jamais ser negaiva. Dessa orma, deve-se esabelecer um piso para a axa básica de juros nessa economia. Denominando esse piso por i * min, o valor da axa básica de juros no período é dado por: * * * * i max i ; λ i + λ β π π + β g η + β { ( ) [ ( ) ( ) ]} = min 2 2

14 Essa redução do risco de deaul permie aos bancos reduzir o spread enre a axa de juros dos emprésimos e a axa básica de juros. Por ouro lado, iremos supor que aumenos da axa de inlação irão induzir os bancos comerciais a aumenar a axa de mark-up (Ibid.). A inuição aqui é que aumenos da axa de inlação obrigam o banco cenral a aumenar a axa básica de juros na enaiva de impedir uma divergência dos índices de inlação com respeio à mea inlacionaria. Isso aumena a volailidade da axa básica de juros, conribuindo para o aumeno do risco de juros (c. ONO e alli, 25), obrigando os bancos comerciais a aumenar o spread enre a sua axa e a axa de juros ixada pelo banco cenral 27. Uma vez ixada a axa de juros dos emprésimos, os bancos comerciais aendem a oda a demanda de emprésimos das irmas do seor produivo. Isso signiica que não há nenhum ipo de resrição de credio, al como se observa nos modelos macroeconômicos de inspiração novokeynesiana. Porano, o volume eeivo de credio concedido pelos bancos comerciais no período é ineiramene deerminado pela demanda de credio, em consonância com a hipóese de endogenidade da oera de moeda, apresenada por KALDOR (986) e MOORE (988) 28. O déici iscal do governo (DG ), por sua vez, é dado por: DG TP [ τ m Y ) + τ ( i δ K i B )] (25) C I TP = G + G + i B ( bancos + Iremos supor que o governo inancia uma proporção h do seu déici por inermédio da venda de íulos juno aos bancos comerciais. Sendo H o esoque de base moneária emiido pelo Banco Cenral aé o período, emos que: H = H h ) DG (26) + ( A demanda por íulos públicos por pare dos bancos comerciais, B d, é dada por: B d = B ban cos + eπ (27) em que B bancos é a demanda de íulos os bancos comerciais 29, e o coeiciene de reenção de lucros e Π o lucro líquido dos bancos comerciais 3. Já a oera de íulos públicos, B S, é dada por: B s = B s -+ hdg (28) 27 O mark-up bancário possui um piso abaixo do qual ele não pode cair, o qual relee o grau de monopólio dos bancos. Porano, a equação de deerminação do mark-up bancário é dada por: b b b b b b z = max( zmin ; z z u + z2π ) ; z < ; z2 > 28 O argumeno básico de Moore (988) para jusiicar a endogenidade da oera de moeda é que, nas condições prevalecenes nos modernos sisemas moneários, caracerizado pela exisência conjuna de ia money e credi money, a base moneária é endógena, ou seja, o banco cenral acomoda oda e qualquer variação na demanda por reservas bancarias com uma variação da disponibilidade de reservas, manendo consane a axa de juros do mercado inerbancário. 29 A demanda de íulos pelos bancos comerciais pode ser deinida como:b bancos DV - H - L Em que DV represena o monane de depósios à visa. Noe que a equação acima é uma idenidade de passivo e aivo dos bancos, a qual mosra o esoque de íulos públicos em suas careiras. DV pode ser deinido como:dv = DV - + s Π. A equação ao lado denoa que a parcela dos lucros disribuídos poupada pelos capialisas renisas é ineiramene converida na orma de depósios à visa. 3 O lucro líquido dos bancos pode ser obido pela receia proveniene dos juros pagos pelas empresas mais os juros pagos pelos íulos públicos menos o monane de imposos devidos, de orma que: Π = ( cos)( + TP τ s ban i L i B ). Esá suposo que os bancos não êm cusos em suas aividades. Esamos supondo ambém que odo o lucro reido é desinado à compra de íulos públicos. 3

15 Iremos supor que o mercado de íulos públicos é compeiivo de orma que a axa de juros dos íulos se ajusa, garanindo a igualdade enre demanda e oera, ou seja: B s = B d. Dessa orma, a axa de juros dos íulos do governo é deerminada por: TP i = e( τ ban cos hdg + ) B s DV B s L + B s H + B s L i B s (29) 3 3- CALIBRAGEM DO MODELO TEÓRICO Foram simulados períodos. Cada período equivale a ano. Os valores para os parâmeros e para as condições iniciais oram ixados com o inuio de reproduzir a dinâmica de uma ípica economia capialisa desenvolvida durane o século XX. No oal, impua-se 3 parâmeros e 28 condições iniciais 32. A abela mosra os valores dos parâmeros e das condições iniciais da simulação padrão. TABELA. CALIBRAGEM: PARÂMETROS E CONDIÇÕES INICIAIS 3 Para ober a axa de juros que equilibra o mercado de íulos públicos, iguale (27) a (28). Em seguida subsiua Π pela deinição conida na noa de rodapé 29. Enão, resolva o sisema para i TP. 32 Muios dos parâmeros, como a propensão marginal a poupar dos capialisas inanceiros e produivos, a axa de depreciação, a alíquoa do imposo direo, a proporção do déici público inanciado via emissão de íulos, o crescimeno real dos gasos em consumo do seor público, o coeiciene de inércia da axa de juros nominal de curo-prazo, ec, esão em linha com o observado nas economias capialisas desenvolvidas. Conudo, parâmeros como os conidos na equação de mark up, do requisio uniário de mão-de-obra, do salário real desejado, ec, não possuem qualquer ipo de embasameno empírico. O mesmo se aplica às condições iniciais da simulação padrão. 4

16 4- RESULTADOS, TESTE DE ROBUSTEZ E CHOQUES Os gráicos selecionados para a simulação padrão esão exibidos nas páginas 4 e 5. Como podemos perceber a simulação exibe alguns resulados muio ineressanes, noadamene: A economia simulada apresena crescimeno conínuo, embora não explosivo (ver gráico LC) 33 ; Presença isolada de períodos de ore recessão (ver gráicos LC e LC2); A axa de crescimeno anual da economia simulada é desconínua, o que ressala a ausência de uma rajeória de crescimeno balanceado (ver gráico LC2); A relação dívida real/produo real converge para cerca de 2% e o déici público como proporção do produo real permanece esável denro do inervalo (-2%; 2%) (ver gráico L5C2); O muliplicador moneário, MM, cresce na primeira meade da simulação para depois se esabilizar ao redor de 2, o que relee a crescene paricipação dos depósios à visa sobre o agregado M - e corresponde à ascensão da moeda-créido (ver gráico L5C2); Ala esabilidade da paricipação dos lucros na renda, ao redor de 5% (ver gráico L5C3); Taxa de lucro esável, sem apresenar qualquer ipo de endência marcadamene declinane (ver gráico L5C3); Ala esabilidade na axa de mark up dos dois seores (ver gráico L2C2). Esses resulados reproduzem alguns dos raços gerais da dinâmica de longo-prazo das economias capialisas desenvolvidas, conorme KALDOR (957) e LEIJONHUFVUD (996). Com eeio, as economias capialisas desenvolvidas apresenam, no longo-prazo, um crescimeno irregular, mas não explosivo, do produo real; esabilidade da disribuição uncional da renda; esabilidade da axa de lucro e momenos isolados de queda abrupa do nível de renda per-capia. SELEÇÃO DE GRÁFICOS. O COMPORTAMENTO DA ECONOMIA SIMULADA 33 A nomenclaura dos gráicos será baseada na linha e na coluna em que se enconra o gráico ciado. Por exemplo, o gráico que mosra a relação dívida real/produo real é o gráico L5C2, iso é, é o gráico que se enconra no cruzameno da quina linha de gráicos com a segunda coluna de gráicos. Os símbolos das variáveis dos gráicos esão em consonância com o deinido na seção 2. O eixo das variáveis que são precedidas por % devem ser muliplicados por para indicar os seus valores percenuais. 5

17 %Y LogY LogN LogK ZB ZF 3 25 demanda agregada oera agregada U inlação GC GI i i* ijlp 3 2 PS PD

18 P w produo real per capia INV desejado INV realizado DG Bs Bd H DV MM DG/Y B/Y r u m UM TESTE DE ROBUSTEZ Como ese de robusez dos dados apresenados, iremos proceder ao ese de coinegração de Johansen 34 para algumas das séries da simulação com as séries da economia nore-americana 35. Anes, no enano, é preciso recorrer a eses de raiz uniária para veriicar se as séries são inegradas de mesma ordem, iso é, não exibem um comporameno explosivo 36. Uilizamos os eses de Dickey-Fuller aumenado, ADF, combinado com o criério de inormação de Schwarz, e Phillips-Perron, PP 37. A Tabela 2 exibe os resulados dos eses de coinegração. 34 Par maiores dealhes sobre os diversos ipos de ese de coinegração ver RAO (994) e HAMILTON (994) CAP A escolha dos EUA é arbirária e em o objeivo único de aesar minimamene a qualidade dos resulados obidos. Como um desaio uuro, para uma avaliação mais consisene, devemos ampliar os eses para mais algumas economias capialisas como Inglaerra, Alemanha e Japão. 36 HOLDEN e PERMAN (994) aponam que, em unção do baixo poder dos eses de raiz uniária, alguns economerisas vão direo para o ese de coinegração. Os auores, enreano, não recomendam ese procedimeno e chamam a aenção para o ao de o ese de coinegração er como pré-requisio a inegração de mesma ordem das séries. 37 A escolha do ese de raiz uniária adequado depende das caracerísicas das séries analisadas. Ver HAMILTON (994) cap. 7. 7

19 TABELA2. O TESTE DE COINTEGRAÇÃO: SÉRIES SELECIONADAS 38 NOTA: Os eses ADF (criério de Schwarz) e PP apenas com inercepo e sem inercepo e rend, odos indicam que odas as séries, ano para a simulação como para a economia nore-americana, são inegradas de primeira ordem, I(), a % de signiicância. Os valor críico padrão do ese de coinegração na abela é de % de signiicância. *denoa o valor críico a 5% de signiicância. O que se preende avaliar é se as séries produo real, produo real per capia, ambas enre , axa de desemprego, enre , axa de inlação, enre , e invesimeno bruo privado real, enre , coinegram com as séries da simulação, ou seja, queremos avaliar se as séries da simulação exibem relação de longo-prazo com as séries veriicadas para a economia nore-americana 43. Ese procedimeno pode azer surgir uma inquieação a respeio do méodo para esar a robusez do modelo: se ese é um modelo que não considera ex hipoesis a possibilidade de equilíbrio, seria plausível aplicar o ese de coinegração o qual pode ser deinido como uma écnica para esimar o equilíbrio ou os parâmeros de longo-prazo de uma relação enre séries que possuem raiz uniária? RAO (994, p. 3) responde com um sim, esabelecendo o seguine: I a disincion is made beween equilibrium as merely a sae o res and a sae o res which is also 38 O soware uilizado para os eses é o E-views Dados exraídos do Groningen Growh and Developmen Cenre. 4 Dados exraídos do Deparameno de Comércio dos Esados Unidos- Boreau Economic Analysis. 4 Dados exraídos do Developmen Research Insiue (New York Universiy). 42 Dados exraídos do Deparameno de Comércio dos Esados Unidos- Boreau Economic Analysis. 43 A simulação, por er duas variáveis aleaórias em sua composição, gera séries esocásicas e as séries observadas para a economia nore-americana, por deinição, são séries esocásicas. 8

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