Um Modelo Macrodinâmico Pós-Keynesiano de Simulação *

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1 Um Modelo Macrodinâmico Pós-Keynesiano de Simulação * José Luís Oreiro ** Fábio Hideki Ono *** Resumo: Ese arigo apresena a esruura e as primeiras simulações compuacionais de um modelo macrodinâmico uni-seorial que incorpora alguns elemenos do enoque eórico pós-keynesiano. Os elemenos incorporados no modelo aqui apresenado são os seguines: (i) deerminação do nível de produção pela demanda eeiva, (ii) exisência de propensões a poupar dierenciadas com base na classe de rendimenos, (iii) ixação de preços com base num mark-up sobre os cusos direos uniários de produção, (iv) deerminação do invesimeno com base na eoria dos dois preços de Minsky, (v) inluência da esruura de capial das empresas, em especial o seu nível de endividameno, sobre a decisão de invesimeno e de ixação de preços, (vi) deerminação da axa de inlação com base no conlio disribuivo enre capialisas e rabalhadores, e (vii) endogenidade da oera de moeda. As simulações compuacionais do modelo revelam algumas propriedades imporanes da dinâmica capialisa ais como a ocorrência crescimeno cíclico, ou seja, luuações irregulares e não-explosivas da axa de crescimeno do produo real; a esabilidade da axa de lucro e da disribuição uncional da renda ao longo do empo; a manuenção de uma cera capacidade de produção excedene no longo-prazo ; a ocorrência de um único episódio de queda acenuada do nível de aividade econômica ao longo de odo o inervalo de empo da simulação, o que esa em consonância com o caráer raro das grandes crises na hisória do capialismo. Além disso, as simulações compuacionais mosram que uma redução muio acenuada da inlação num curo período de empo ende a ser acompanhada por uma grande ragilização das posições inanceiras das empresas, a qual, mais cedo ou mais arde, culmina numa grande depressão. Como corolário desse resulado segue-se que o Banco Cenral deve conduzir a políica moneária de orma à jamais engendrar quedas muio acenuadas da axa de inlação. Palavras-Chave: Economia Pós-Keynesiana, Economia Compuacional, Políica Moneária. Março de * Os auores agradecem aos comenários de Luiz Carlos Bresser-Pereira, Yoshiaki Nakano, Ramón Garcia Fernandez, Flávio Gonçalves e Luiz Anonio Eseves. Evenuais alhas remanescenes são, conudo, de nossa ineira responsabilidade. O supore inanceiro do CNPq ambém é reconhecido. ** Douor em Economia (IE/UFRJ), Proessor do Deparameno de Economia da UFPR e Pesquisador do CNPq. joreiro@upr.br. Web-Sie: hp:// *** Aluno do Programa de Mesrado em Desenvolvimeno Econômico da UFPR e bolsisa do CNPq. abiohono@gmail.com. Web-sie: hp://hono.conjunura.com.br.

2 1- Inrodução. A principal caracerísica da dinâmica capialisa é a ocorrência de crescimeno com luuações, ou seja, a ocorrência de luuações no nível de aividade econômica em orno de uma endência de crescimeno do produo real no longo-prazo. Essas luuações são, via de regra, irregulares, mas não-explosivas, iso é, não se observa em nenhuma economia capialisa uma endência ao aumeno da ampliude das luuações do nível de aividade em orno da endência de longo-prazo. A lieraura heerodoxa usualmene raa o problema da dinâmica capialisa por inermédio de modelos de equações dierenciais ou em dierenças inias lineares e nãolineares que possuem solução analíica echada. Os modelos dinâmicos lineares como, por exemplo, os modelos de Samuelson (1939) e Kalecki (1954) só são capazes de gerar luuações consanes 1 do nível de aividade econômica, em orno de uma endência de crescimeno exógenamene deerminada, para um conjuno exremamene resrio de valores dos parâmeros das equações dinâmicas. Além disso, essa classe de modelos só e capaz de produzir luuações regulares (com periodicidade e ampliude consanes) do nível de produo. O problema é que as luuações do nível de aividade que são observadas no mundo real são eminenemene irregulares, ou seja, possuem periodicidade e ampliude variáveis. Por ouro lado, os modelos dinâmicos não-lineares que admiem solução analíica echada como, por exemplo, os modelos de Hicks (1950) e Goodwin (1967) ou se baseiam em eos e undos de naureza arbirária para gerar luuações não-explosivas do nível de aividade econômica ou admiem soluções do ipo ciclo-limie que não reproduzem o caráer irregular das luuações do produo que são observadas no mundo real. Em unção das limiações dos modelos dinâmicos com solução analíica echada em-se observado nos meios heerodoxos um movimeno crescene em prol da adoção de modelos dinâmicos de simulação. Tais modelos possuem, via de regra, uma esruura não-linear, mas o número de equações e a complexidade das relações enre as variáveis endógenas ornam impossível a obenção de uma solução analíica echada para os mesmos. Tais modelos admiem apenas soluções por inermédio de simulação compuacional, ou seja, a obenção de rajeórias no empo para as variáveis endógenas aravés da solução numérica do modelo. Essa solução numérica é obida em compuador ao se aribuir valores economicamene plausíveis para os parâmeros das equações dinâmicas e para as condições iniciais do modelo. Um exemplo recene de modelo nessa radição é Possas e alli (2004) 2. Esses auores consruíram um modelo dinâmico mulisseorial que az uma inegração micromacroeconômica a parir de um enoque eórico Keynesiano e Kaleckiano. Os resulados obidos com as primeiras simulações compuacionais do modelo reproduzem alguns raços gerais da dinâmica capialisa como, por exemplo, a ocorrência de luuações irregulares e não-explosivas do nível de aividade econômica e o papel predominane do invesimeno em capial ixo na deerminação das luuações do nível de produção. 1 Ou seja, luuações não-amorecidas e não-explosivas. 2 O qual é baseado em Possas (1984). 1

3 Apesar dos bons resulados iniciais obidos com as simulações compuacionais do modelo supra-reerido, o mesmo apresena algumas deiciências no que ange a incorporação de elemenos da mariz eórica keynesiana e kaleckiana. Em primeiro lugar, a unção invesimeno posulada pelos auores considera que o invesimeno desejado pelas irmas depende unicamene da expansão previsa das vendas. Embora o principio da aceleração seja ceramene um elemeno imporane de qualquer eoria seria a respeio da decisão de invesimeno, não se pode desconsiderar o ao elemenar que os empresários só irão aumenar a sua capacidade produiva se a expansão da mesma or lucraiva. Isso signiica que a decisão de invesimeno deve ser analisada no conexo mais geral da eoria da aplicação do capial, al como az Keynes no capiulo 17 da sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda 3. Sendo assim, a decisão de invesimeno deve levar em cona a comparação da renabilidade da aplicação na expansão da capacidade produiva exisene com a renabilidade das aplicações inanceiras. Dessa orma, uma unção invesimeno mais próxima a eoria dos dois preços de Minsky (1975) seria mais adequada para um modelo que preende explicar a dinâmica capialisa. Em segundo lugar, a complexidade inroduzida com a esruura muli-seorial do modelo complexidade que é aparenemene desnecessária e dispensável, pois não gera nenhum resulado de simulação que não possa ser obido com um modelo de um único seor impede a consideração de ouros elemenos imporanes na dinâmica capialisa como, por exemplo, a exisência de propensões a poupar dierenciadas com base na classe de rendimenos 4 ; o papel do conlio disribuivo da deerminação da axa de inlação; e a inluencia da axa de juros na deerminação do invesimeno em capial ixo. Sendo assim, acrediamos que é desejável a elaboração de um novo modelo macrodinamico que, por um lado, incorpore mais elemenos do enoque eórico poskeynesiano do que aqueles incorporados no modelo de Possas e alli e; por ouro lado, não possua uma esruura muli-seorial, a qual consideramos desnecessária e conraproducene na medida em que eleva a al pono a complexidade do modelo de simulação que pode impedir a incorporação de elemenos mais relevanes para a explicação da dinâmica capialisa. Isso poso, o presene arigo em por objeivo apresenar a esruura e as primeiras simulações compuacionais de um modelo macrodinamico uni-seorial de iliação eórica pos-keynesiana. Os elemenos do enoque eórico pos-keynesiano incorporados no modelo aqui apresenado são: (i) Deerminação do nível de produção pela demanda eeiva. (ii) Exisência de propensões a poupar dierenciadas com base na classe de rendimenos. (iii) Fixação de preços com base num mark-up sobre os cusos direos uniários de produção. (iv) Deerminação do invesimeno com base na eoria dos dois preços de Minsky. 3 A respeio da relação da decisão de invesimeno em capial ixo e a decisão de composição de porólio ver Carvalho (1992, cap.5). 4 Com eeio, a unção consumo apresenada pelos auores admie apenas a exisência de propensões a consumir dierenciadas com base na aixa de rendimenos. Dessa orma, um imporane elemeno do enoque eórico keynesiano/kaleckiano (pós-keynesiano) é desconsiderado pelos auores. 2

4 (v) (vi) (vii) Inluência da esruura de capial das empresas, em especial o seu nível de endividameno, sobre a decisão de invesimeno e de ixação de preços. Deerminação da axa de inlação com base no conlio disribuivo enre capialisas e rabalhadores. Endogenidade da oera de moeda. As primeiras simulações compuacionais do modelo revelam algumas propriedades imporanes da dinâmica capialisa ais como a ocorrência crescimeno cíclico, ou seja, a ocorrência de luuações irregulares e não-explosivas da axa de crescimeno do produo real; a esabilidade da axa de lucro e da disribuição uncional da renda para longos períodos; a manuenção de capacidade de produção excedene no longo-prazo ; a ocorrência de um único episódio de queda acenuada do nível de aividade econômica, o que esá em conormidade com o caráer raro das grandes depressões na hisoria do capialismo. Um ouro resulado ineressane é que as simulações compuacionais mosram que uma redução muio acenuada da inlação num curo período de empo ende a ser acompanhada por uma grande ragilização das posições inanceiras das empresas, a qual, mais cedo ou mais arde, culmina numa grande depressão. Como corolário desse resulado segue-se que o Banco Cenral deve conduzir a políica moneária de orma à jamais engendrar quedas muio acenuadas da axa de inlação Dados esses objeivos, o presene arigo esá esruurado em cinco seções, incluindose a presene inrodução. Na seção 2 apresenamos a esruura básica e as equações do modelo de simulação. Na seção 3 discuimos a meodologia de simulação compuacional. A seção 4 apresena os resulados das primeiras simulações e a seção 5 az um resumo das conclusões obidas ao longo do arigo. 2 A Esruura Básica do Modelo de Simulação. O presene modelo é composo por cinco módulos inerdependenes enre si, quais sejam: (i) módulo 1 - componenes da demanda eeiva; (ii) módulo 2 - deerminação do nível de produção e renda; (iii) módulo 3 deerminação da disribuição uncional de renda; (iv) módulo 4 inlação e políica moneária; e (v) módulo 5 sisema inanceiro e déici iscal. A esruura do modelo é al que o mesmo admie solução recursiva, ou seja, os valores das variáveis dependenes no período do empo podem ser odos expressos em ermos dos valores dessas mesmas variáveis no período -1. Sendo assim, uma vez deerminados os valores dos parâmeros das equações dinâmicas e os valores iniciais das variáveis dependenes podemos compuar as rajeórias no empo para odas as variáveis dependenes do modelo 5. Deve-se ressalar que as rajeórias assim deerminadas não possuem araores ou endência pré-deerminada, ou seja, o modelo não pressupõe a exisência de nenhum ipo de equilíbrio, enendido como o esado erminal ou posição assinóica do sisema econômico. 5 Nas simulações do modelo aqui apresenadas iremos uilizar a planilha EXCEL para o cálculo das rajeórias emporais das variáveis endógenas do modelo. 3

5 2.1 Módulo 1: Demanda Eeiva. Nese módulo são deinidos os componenes e as relações uncionais da demanda eeiva. Deve-se ressalar que esaremos rabalhando com uma economia echada, mas com governo, de orma que a demanda eeiva é consiuída pela soma dos gasos de consumo, invesimeno publico e privado e gasos do governo. Inicialmene, iremos assumir que os gasos do governo com invesimeno em capial ixo aumenam a uma axa exógena (h I ) por período, ou seja, que os mesmos são auônomos com respeio ao nível correne de aividade econômica. Dessa orma, podemos escrever a seguine equação: G I = I I ( + h ) G (1) Onde: G I T é o invesimeno publico realizado no período. O governo ambém realiza gasos de consumo, os quais esão relacionados undamenalmene com o pagameno do uncionalismo público e ranserências de renda para o seor privado. Iremos assumir que os gasos de consumo do governo são pro-ciclicos, ou seja, variam na mesma direção do nível de aividade econômica. Sendo assim, emos que: G C C = h Y 1 (2) Onde: h C represena o aor de indução das variações do nível de aividade econômica do período -1 sobre os gasos de consumo do governo no período. Por hipóese: 1>h C >0. O invesimeno privado na ampliação da capacidade produiva exisene é deerminado por um processo de dois eságios. No primeiro eságio, deermina-se o invesimeno que os empresários desejam realizar dadas as suas expecaivas quano aos rendimenos uuros do equipameno de capial, o seu esado de coniança e a sua preerência pela liquidez que se maniesam na deerminação do aor de descono aplicado a serie de rendimenos uuros esperados do novo equipameno de capial. No segundo eságio, os empresários conronam o invesimeno desejado com a resrição inanceira ao invesimeno, expressa pelo nível máximo de endividameno que a irma pode olerar. Se o invesimeno desejado or superior ao invesimeno possível, dada à resrição inanceira da irma, enão a irma só poderá invesir aé o máximo permiido pelo seu nível de endividameno. Por ouro lado, se o invesimeno desejado or inerior ao invesimeno possível enão a irma poderá execuar a oalidade das suas decisões de invesimeno. O invesimeno desejado possui um componene auônomo que capa o oimismo esponâneo ou o animal spiris dos invesidores. Iremos supor que ese componene auônomo é uma ração consane (α 0 ) do esoque de capial das empresas do período 6 Uma hipóese similar a esa é adoada por Hicks (1950). O aumeno exógeno do invesimeno público em conjuno com o crescimeno da parcela auônoma do invesimeno privado são os elemenos deerminanes da endência de crescimeno do nível de aividade econômica no longo-prazo. 4

6 anerior. Além desse componene auônomo, o invesimeno desejado depende da razão enre o valor presene dos rendimenos esperados do equipameno de capial ao longo de sua vida úil (P D ) e o cuso de reposição do capial (P S ). Esse segundo componene visa inserir a decisão de invesimeno no conexo mais geral da eoria da aplicação do capial, onde a compra de bens de capial é visa apenas como uma das ormas possíveis de acumulação de riqueza ao longo do empo, cuja araividade depende da sua renabilidade vis-à-vis a renabilidade das demais ormas de acumulação de riqueza. Dessa orma, a unção de invesimeno desejado pode ser expressa por: I D α 0K = α 0K 1 1 D P + α1 1 ; se S P caso conrario P D S > P (3) onde : α 0 > 0; α > 0 1 O valor presene dos rendimenos esperados do equipameno de capial, o qual podemos denominar de preço de demanda do equipameno de capial, pode ser calculado ao se assumir um comporameno convencional de ormação de expecaivas, ou seja, ao se assumir que os lucros uuros serão iguais aos lucros obidos no período imediaamene anerior ao da omada da decisão de invesimeno 7. Dessa orma, emos que: P D ( 1 τ ) m 1P 1Y 1 = d (4) Onde: τ é a alíquoa do imposo sobre os rendimenos não-salário, m -1 é a paricipação dos lucros na renda no período -1, P -1 é o nível geral de preços do período -1, Y -1 é a renda real do período -1 e d é a axa de descono aplicada aos rendimenos esperados do equipameno de capial. O cuso de reposição do equipameno de capial, o qual podemos denominar de preço de oera do reerido equipameno, nada mais é do que o valor do esoque de capial avaliado aos preços correnes desse equipameno 8. Dada a esruura uni-seorial do modelo aqui apresenado, o preço correne do equipameno de capial é igual ao nível geral de preços prevalecene no período. Sendo assim, emos que: P S = P 1K 1 (4a) Iremos assumir que a axa de descono aplicada aos rendimenos esperados do equipameno de capial depende de dois elemenos, a saber: a axa de juros bancaria (i -1 ) e 7 Sobre a racionalidade desse padrão de expecaivas ver Possas (1993). 8 Para maner o caráer recursivo do modelo aqui exposo, iremos avaliar o cuso de reposição do equipameno de capial com base nos preços e no esoque de capial prevalecene ao inal do período -1. 5

7 o risco do omador 9, o qual é uma media ponderada do risco de solvência (δ -1 ) e do risco de reinanciameno ou liquidez ( -1 ). Sendo assim, emos que: d ( i γ ) 1 + L 1 + ( 1 θ ) = i 1 + θδ 1 + (1 θ ) 1 m 1P 1Y 1 1 = i 1 + θ P 1K 1 L (5) Onde: L é o oal de emprésimos concedidos pelos bancos; θ é o aor de ponderação enre os riscos de solvência e de liquidez (esse aor relee o grau de aversão das irmas ao risco de insolvência vis-à-vis o risco de liquidez), γ é o coeiciene de amorização das dividas das empresas, δ -1 é o endividameno oal das empresas como proporção do esoque de capial (o qual deermina o risco de solvência), e é a razão enre os compromissos inanceiros das empresas (equivalene à soma dos juros devidos com a amorização do principal) e o lucro operacional da empresa (essa razão deermina o risco de liquidez da irma, ou seja, o grau no qual a irma esa exposa à siuação de não ser capaz de honrar os seus compromissos conrauais). Uma vez deerminado o invesimeno desejado, as irmas devem avaliar a real possibilidade de implemenação de suas decisões de invesimeno. Para ano, elas devem deerminar o monane de emprésimos que elas podem conrair juno ao seor bancário, endo em visa o grau máximo de endividameno que as mesmas esão disposas a aceiar; bem como o monane de recursos próprios eeivamene disponíveis para o inanciameno de suas decisões de invesimeno. Em ouras palavras, a resrição inanceira ao invesimeno é igual ao acréscimo no nível de endividameno juno aos bancos comerciais que as irmas esão disposas a aceiar mais o lucro operacional líquido não-disribuído aos acionisas 10. Sendo assim, o invesimeno que a irma pode realizar no período é deerminado por: F [ P Y w N ( i γ ) L ] (6) = δ max P 1K 1 L 1 + sc + ( 1 τ ) O primeiro ermo do lado direio na expressão (6) represena o monane máximo de endividameno que as empresas esão disposas a conrair juno aos bancos comerciais no período. Ao subrairmos desse ermo o oal de emprésimos conraídos ae o período -1, obemos o acréscimo máximo do endividameno que as empresas esão disposas a aceiar no período. O ermo em colchees na expressão (6) represena o lucro operacional, ou seja, o lucro bruo (igual à receia operacional das irmas menos o cuso operacional que, por hipóese, é igual à olha de salários) menos o pagameno dos encargos inanceiros devidos aos bancos comerciais (juros + amorizações). Sobre esse monane incide o 9 Keynes deine o risco do omador da seguine orma: The irs is he enrepreneur s or borrower s risk and arises ou o doubs in his own mind as o he probabiliy o his acually earning he prospecive yield or which he hopes (1936, p.144). As duvidas quano à eeiva obenção dos rendimenos esperados devem se raduzir, porano, numa axa de descono sobre esses rendimenos que é mais ala do que a axa de juros eeivamene paga pelos emprésimos obidos juno aos bancos. 10 Com base em Securao (2002, p.71) deine-se o lucro operacional como sendo igual ao lucro bruo menos o pagameno dos encargos inanceiros da empresa (juros + amorizações do principal). O lucro operacional líquido é igual ao lucro operacional deduzido do pagameno (previso) de imposo de renda. O lucro reido será, porano, igual ao lucro operacional liquido menos o pagameno de dividendos e boniicações para os acionisas. 6

8 imposo de renda cuja alíquoa é suposa ser igual a τ. Uma vez deduzido o pagameno do imposo de renda, obemos o lucro operacional liquido. Uma pare desse lucro será disribuída para os acionisas na orma de dividendos e boniicações. Nesse conexo, se os capialisas não orem apenas os proprieários das empresas, como ambém os seus eeivos adminisradores; enão poderemos supor que o coeiciene de reenção de lucros é, na verdade, igual à propensão a poupar a parir do lucro operacional líquido 11. Ou seja, poderemos supor que os lucros reidos são iguais à poupança dos capialisas 12. O invesimeno eeivamene realizado no período é dado por: I = min D ( I, F ) (7) No que se reere aos gasos de consumo, iremos assumir a exisência de propensões a consumir dierenciadas sobre salários e lucros, al como Kaldor (1956) e Pasinei ( ). Mais especiicamene iremos assumir que os rabalhadores gosam udo o que ganham, ou seja, que a propensão a poupar dos rabalhadores é igual a zero 13. Por ouro lado, iremos assumir que os capialisas produivos (ou seja, os proprieários das empresas não-inanceiras da economia) êm uma propensão a poupar sobre o lucro operacional liquido igual à s c ; ao passo que os capialisas inanceiros (ou seja, os proprieários dos bancos) êm uma propensão a poupar sobre a receia liquida das operações de inermediação inanceira igual à s. Dessa orma, os gasos nominais de consumo no período são deerminados pela seguine expressão: P C ( s )( 1 τ )[ P Y w N ( i + γ ) L ] + ( 1 s )( 1 τ ) i L (8) = w 1N c Dividindo-se a equação (8) por P, emos após os algebrismos necessários que: C 1 [ V 1N 1 + ( 1 sc )( 1 τ )( Y 1 V 1N 1 ( i 1 + γ ) δ 1K 1 ) + (1 s )(1 τ ) i 1δ 1K 1 ] (9) ( 1+ π ) = Por im, a demanda eeiva no período é deerminada pela seguine expressão: c Z = C + I + G + G I (10) 2.2 Módulo 2: Produção e Renda De acordo com o princípio da demanda eeiva, o nível de produção é deerminado pela demanda eeiva por bens e serviços (c. Pasinei, 1997, p.99). O único pressuposo eórico para a validade do reerido princípio é a exisência de capacidade de produção 11 Em ouros ermos: esamos assumindo que não exise nenhuma dierença enre a poupança pessoal dos capialisas e a poupança das corporações, ou seja, os capialisas são as corporações. 12 Isso signiica que os capialisas consomem a oalidade dos lucros disribuídos. 13 Dessa orma, os rabalhadores não poupam e, porano, não podem acumular riqueza na orma de direios de propriedade sobre o esoque de capial exisene. Sendo assim, a emenda de Pasinei a unção consumo de Kaldor não se aplica ao modelo aqui apresenado. 7

9 ociosa 14. Nesse conexo, as irmas irão aender a qualquer variação da demanda por inermédio de variações do nível correne de produção 15. O limie de validade do reerido princípio é dado, porano, pelo nível poencial de produção da economia, o qual é deinida como a quanidade máxima de bens e serviços que a economia pode produzir, num dado período, com o esoque de máquinas e de rabalhadores disponíveis. A deerminação do produo poencial envolve, porano, limiações de duas naurezas disinas, a saber: as limiações à disponibilidade da orça de rabalho e as limiações à inensidade do uso da capacidade de produção exisene. No que se reere às limiações da disponibilidade da orça de rabalho, devemos aenar para o ao de que exise um nível mínimo abaixo do qual a axa de desemprego não pode cair 16. Essa axa mínima de desemprego pode ser considerada como o plenoemprego da orça de rabalho. Denominando essa axa mínima de desemprego por U min, emos que a produção máxima de bens e serviços possibiliada pelo pleno-emprego da orça de rabalho é dada por: Y max, l = N q ( U ) (11) 1 min Onde: q é o requisio uniário de mão-de-obra, ou seja, a quanidade de rabalhadores que é ecnicamene necessária para a produção de uma unidade de produo. Por ouro lado, ambém exise um limie superior ao grau de uilização da capacidade insalada. Tal como enaizado por Seindl (1952), as irmas desejam operar com uma cera capacidade excedene no longo-prazo. Isso devido à ocorrência de indivisibilidades na decisão de invesimeno em capial ixo, indivisibilidades essas que azem com que a capacidade insalada cresça obrigaoriamene na rene da demanda, gerando uma cera ociosidade na uilização da capacidade insalada. Denominando o grau máximo de uilização da capacidade produiva por u max, emos que a produção máxima de bens e serviços compaível com esse nível de uilização da capacidade insalada é dado por: Y max, c max = u Y 1 (12) Onde: Y 1 é o nível de produção máximo que poderia ser obido no período -1 com a plena-uilização da capacidade produiva exisene. Esse nível máximo de produção é deerminado pela seguine expressão: 14 Deve-se ressalar que a exisência de preços ixos não é condição necessária para a validade do princípio da demanda eeiva. No modelo aqui apresenado, os preços são deerminados no inicio do período e permanecem consanes aé o inal do mesmo. Conudo, os preços são lexíveis ao longo de uma seqüência de períodos. De ao, os preços podem variar ao longo do empo ano em unção de variações do nível de salário nominal como em unção de variações da axa de mark-up. 15 Nas palavras de Pasinei: The producive capaciy and labor orce are whaever hey are: in he shor run hey canno be changed. Bu hey only represen poenial producion. Acual producion will be realized only or ha amoun or which demand is expeced. Acual producion will hus urn ou o be whaever expeced demand is expeced o be. In his sense, eecive demand generaes producion (Ibid, p.99). 16 Traa-se do assim chamado desemprego riccional e do desemprego volunário. 8

10 Y σ K 1 = 1 (13) Onde: σ é a produividade social do capial 17 ; ou seja, uma variável de naureza écnica que indica a quanidade de produo que pode ser obida por inermédio da uilização de uma unidade de capial. Nesse conexo, o produo poencial no período é menor valor enre (11) e (12). Temos, porano, que: max N Y = min min σ 1 q max ( 1 U ); u K (14) Se o nível eeivo de produção or menor do que o produo poencial deerminado pela equação (14), enão o produo real no período será deerminado pela demanda eeiva desse mesmo período, dada pela equação (10). Ou seja: Y = min max [ Z, Y ] (15) No enano, devemos ambém levar em cona a exisência de um limie ao rimo no qual a produção pode aumenar enre períodos. Isso porque as irmas se deronam com um cuso não-desprezível para aumenar a produção enre um período e ouro, cuso esse dado pelas despesas que as mesmas em que incorrer na seleção, conraação e reinameno dos novos rabalhadores. Sendo assim, iremos assumir a exisência de uma axa máxima de crescimeno do produo real enre períodos, a qual é deerminada pelo cuso máximo de ajuse do nível de produo iner-periodos que as irmas esão disposas a aceiar. Denominando essa axa por g max, segue-se que o produo real no período em que obedecer a seguine resrição: Y max ( + g ) Y (16) 1 1 Desse razoado se segue que o nível de produção no período é deerminado pela seguine expressão: Y max max [ Z, Y,( 1+ g ) Y ] (17) = min 1 Por im, o esoque de capial no período é dado por: I ( ψ ) K + I G (18) K + = 1 1 Onde: ψ é a axa de depreciação do esoque de capial. 17 Essa erminologia é omada empresada de Domar (1946). 9

11 Módulo 3 Disribuição de Renda. Numa economia indusrial, al como a que esá sendo suposa pelo modelo aqui considerado, a renda deve ser concebida como a riqueza expressa em ermos maeriais (produos) e criada ao longo de um deerminado período. Sendo assim, há somene duas modalidades de renda numa economia indusrial, a saber: salários e lucros bruos. O governo e o seor inanceiro não criam riqueza, eles apenas se apropriam de uma pare dos lucros gerados no processo produivo, sob a orma de imposos e juros. Dessa orma, os imposos e os juros não aeam o monane de lucros e, porano, de renda criada na economia ao longo de um deerminado período 18. Com base nessas idéias, a renda avaliada em ermos nominais e gerada ao longo do período é igual à soma da massa de salários e dos lucros bruos. Temos, enão, que: P Y = w N + r P K (19) Onde: r é a axa de lucro. Dividindo-se (19) por P Y, obemos após os algebrismos necessários que: 1 = V q r + σu (20) w Onde: V = é o salário real; q é o requisio uniário de mão-de-obra. P A axa de lucro r pode ser expressa como o produo enre a paricipação dos lucros na renda (m ), o grau de uilização da capacidade produiva (u ) e a produividade social do capial (σ). Sendo assim, a expressão (20) pode ser reescria como: 1 q m = V (21) A expressão (21) mosra que, dada a produividade do rabalho, exise uma relação inversa enre o salário real e a paricipação dos lucros na renda. Módulo 4: Inlação e Políica Moneária. Na economia aqui considerada se supõe a exisência de uma esruura de mercado oligopolizada de orma que as empresas êm poder de ixação de preços. Eses são ixados 18 Sendo assim, esá implício que a axa de juros não aea a disribuição de renda enre salários e lucros, mas causa apenas uma redisribuição dos lucros oais gerados ao longo do processo produivo enre os capialisas produivos (empresários) e os capialisas inanceiros (banqueiros). Essa idéia remona aos economisas clássicos e a Marx. Com eeio, Marx (1988) considera no capiulo 21 do livro 3 de O Capial, iniulado O Capial como porador de juros, que os juros são uma pare da mais-valia criada pelos rabalhadores produivos, sendo assim uma dedução dos lucros apropriados pelos capialisas indusriais. 10

12 com base na imposição de uma axa de mark-up sobre os cusos direos uniários de produção. Dessa orma, emos que: ( ) w q (22) P = + z 1 Onde: z é a axa de mark-up ixada pelas empresas do seor produivo. Nesse conexo, os preços ixados pelas empresas do seor produivo podem variar enre períodos em unção da ocorrência de (i) uma variação dos salários enre períodos 19 ; e (ii) uma variação da axa de mark-up enre períodos Sendo assim, a axa de inlação no período, deinida como a variação de preços enre o período e o período -1, é dada por: P ( 1+ z ) ( 1+ π ) = = P 1 ( 1+ z ) 1 w w 1 Onde: π é a axa de inlação no período. (22) O primeiro passo para a deerminação da axa de inlação no período é, porano, a deerminação da inlação salarial, ou seja, a deerminação da axa de variação dos salários nominais enre o período e o período -1. Para ano, iremos supor que os salários nominais são objeo de barganha enre as irmas e os sindicaos. No processo de negociação salarial, os sindicaos demandam reajuses salariais que sejam suicienes para (a) cobrir a inlação do período anerior e (b) aumenar o nível de salário real aé um cero paamar desejado pelos mesmos, o qual é inluenciado pelas condições vigenes no mercado de rabalho. Quano maior or o poder de barganha dos sindicaos maior será a imporância dese ulimo elemeno na deerminação da axa de reajuse dos salários nominais. Dessa orma, a equação de reajuse salarial é dada por 22 : w w w 1 1 P = 1 P P ϕ ( V V ) (23) Onde: V é o salário real desejado pelos rabalhadores no período. 1 Iremos supor que o salário real desejado é uma unção inversa da axa de desemprego (U ), ou seja: 19 Esamos supondo que, ao longo de um dado período, os salários nominais são ixos. 20 Ao conrario dos modelos Kaleckianos radicionais, esamos supondo que a axa de mark-up pode variar ao longo do empo como resulado do aumeno do poder de mercado das empresas ou em unção de uma maior necessidade de geração de undos próprios para o inanciameno das decisões de invesimeno. Ao longo de um dado período, no enano, a axa de mark-up permanece consane. 21 Esamos supondo a ausência de progresso ecnológico de orma que a produividade do rabalho é manida consane ao longo do empo. 22 Essa equação de reajuse salarial é inspirada em Blanchard (1999, pp ). 11

13 V = φ 1 φ0u 1 (24) Subsiuindo (24) em (23), emos após os algebrismos necessários que: w w 1 = ( + π ) + ϕφ ϕφ U ϕv (25) No que se reere à variação da axa de mark-up enre períodos, iremos nos basear nas idéias de Eichner (1980). Segundo esse auor, a margem de lucro é uma variável cenral na adapação da irma a conjunura econômica. Num cenário posiivo de aumeno do grau de uilização da capacidade produiva, as irmas aumenariam a axa de mark-up devido ao aumeno do seu poder de mercado decorrene do aumeno da demanda pelos seus produos. Por ouro lado, a margem de lucro é uma variável imporane na deerminação da capacidade inerna de inanciameno da irma. Dessa orma, num cenário de elevação da axa de endividameno, as irmas podem recorrer ao aumeno da axa de mark-up como pare de uma esraégia com visas ao aumeno dos undos auogerados. Sendo assim, propomos a seguine equação para a deerminação do mark-up das irmas do seor produivo. = z0 + z1 u 1 + z2 1, z1 > 0, z2 > z δ 0 (26) Daqui se segue que a variação da axa de mark-up enre períodos é deerminada com base na seguine equação: 1 + z 1+ z0 + z1 u 1 + z = 1+ z 1+ z0 + z1 u 2 + z 2 δ δ 2 (27) Subsiuindo (27) e (25) em (22), obemos a expressão que deermina a axa de inlação no período : π 1+ z 1+ z 0 + z1 u 1 + z2 δ 1 = z1 u 2 + z2 δ 2 ( π + 1+ ϕφ ϕφ U ϕv ) 1 (28) O conrole da axa de inlação é um dos objeivos primordiais dos bancos cenrais, os quais são as insiuições responsáveis pela ormulação da políica moneária. Não há, odavia, um consenso sobre qual é a melhor condua na uilização dos insrumenos de 23 A equação (28) nada mais é do que uma versão urbinada da curva de Phillips expandida pelas expecaivas. Observemos a presença de um claro componene inercial na axa de inlação, expresso pela dependência da axa de inlação correne com respeio à axa de inlação do período anerior (c. Bresser- Pereira, L.C; Nakano, Y. 1984). Observemos ambém que, ceeris paribus, exise uma clara relação inversa enre a axa de inlação do período e a axa de desemprego do período -1. A novidade inroduzida por essa versão urbinada é a possibilidade de deslocamenos ao longo do empo da curva de Phillips em unção do ajuse da axa de mark-up, o qual é moivado pelas variações no empo do grau de uilização da capacidade produiva e da axa de endividameno

14 políica moneária. Ainda que nenhum banco cenral aualmene busque conrolar a axa de crescimeno dos agregados moneários como deendiam os velhos monearisas não exise um consenso sobre a primazia das regras sobre as políicas discricionárias ou viceversa. Blinder (1999, p.58) airma que os bancos cenrais são mais propensos a adoar uma regra baseada em resulados (esabelecendo, por exemplo, meas para a inlação ou para o crescimeno do PIB nominal) do que regras baseadas em insrumenos (como a regra de Friedman). Isso decorre da consaação de que os bancos cenrais não êm um conrole pereio sobre a axa de inlação e demais variáveis macroeconômicas, mas que podem exercer uma inluencia imporane sobre as mesmas por inermédio de seus insrumenos. Nesse conexo, se irmou um consenso de que o principal insrumeno de políica moneária é a axa de juros. Isso poso, iremos supor que a políica moneária é conduzida num regime de meas de inlação e que o Banco Cenral ixa a cada período o valor da axa básica de juros por inermédio de uma regra de Taylor (c. Taylor, 1993), al como a apresenada abaixo: * i * * ( λ ) i + λ[ β ( π π ) + β ( g η) + β ] (29) = Onde: i * é a axa básica de juros deinida pelo Banco Cenral; λ é o aor de inércia da axa de juros 25 ; os coeicienes β 0 >0 e β 1 >0 represenam, respecivamene, o peso dado, na ormação da axa básica de juros, a divergência da axa de inlação do período anerior com respeio à mea inlacionaria (π * ) e a divergência da axa de crescimeno do produo real no período anerior com respeio à axa naural de crescimeno (η); e β 2 é uma consane. A única resrição à aplicação da equação (29) como regra de ixação da axa básica de juros pelo Banco Cenral é que a axa de juros básica não pode jamais ser negaiva. Dessa orma, deve-se esabelecer um piso para a axa básica de juros nessa economia 26. Denominando esse piso por i * min, o valor da axa básica de juros no período é dado por: * * * { i ; ( 1 λ ) i + λ[ β ( π π ) + β ( g η) + β ]} (30) * = i max min Módulo 5: Seor Financeiro e Déici Fiscal. Tal como no caso do seor produivo, iremos supor que a esruura de mercado prevalecene no seor bancário é oligopolisa, de orma que os bancos êm poder para ixar a axa de juros cobrada sobre os emprésimos que os mesmos realizam para as empresas daquele seor. Desa orma, os bancos comerciais deinem a axa de juros cobrada pelos 24 Essa equação da regra de Taylor é inspirada na equação uilizada pelo sisema de meas de inlação implemenado pelo Banco Cenral do Brasil. 25 Segundo Barbosa (2004), os bancos cenrais não realizam mudanças abrupas na axa de juros de um período para o ouro, mas endem a se comporar de orma a realizar uma suavização dos movimenos da axa de juros ao longo do empo. Dessa orma, passa-se a observar um cero comporameno inercial da axa de juros. 26 A jusiicaiva eórica para a exisência desse piso é a armadilha da liquidez apresenada por Keynes na Teoria Geral. Nas suas palavras: There is a possibiliy (...) ha, aer he rae o ineres has allen o a cerain level, liquidiy-preerence may become virually absolue in he sense ha almos everyone preers o hold cash o holding a deb which yields so low a rae o ineres. I his even he moneary auhoriy would have los eecive conrol over he rae o ineres (1936, p.207). 13

15 seus emprésimos (i ) por inermédio da aplicação de um mark-up (z b ) sobre a axa básica de juros deinida pelo Banco Cenral (c. Rousseas, 1986, pp.51-52). Temos, assim, que: b * ( 1 ) i (31) i = + z Tal como no caso das irmas do seor produivo, iremos supor que o mark-up bancário não é ixo, mas pode variar enre períodos em unção de mudanças na conjunura econômica e/ou no poder de mercado dos bancos. Nesse conexo, iremos supor que o mark-up bancário é conra-cíclico, variando na direção inversa do grau de uilização da capacidade produiva (c. Aronovich,1994). A idéia é que aumenos no grau de uilização da capacidade produiva esão associados a aumeno das vendas e, porano, a uma redução do risco de deaul por pare das empresas do seor produivo. Essa redução do risco de deaul permie aos bancos reduzir o spread enre a axa de juros dos emprésimos e a axa básica de juros. Por ouro lado, iremos supor que aumenos da axa de inlação irão induzir os bancos comerciais a aumenar a axa de mark-up (Ibid.). A inuição aqui é que aumenos da axa de inlação obrigam o banco cenral a aumenar a axa básica de juros na enaiva de impedir uma divergência dos índices de inlação com respeio à mea inlacionaria. Isso aumena a volailidade da axa básica de juros, conribuindo para o aumeno do risco de juros (c. Ono e alli, 2004), obrigando os bancos comerciais a aumenar o spread enre a sua axa e a axa de juros ixada pelo banco cenral. Por im, iremos supor que o mark-up bancário possui um piso abaixo do qual ele não pode cair, o qual relee o grau de monopólio dos bancos. Dessa orma, a equação de deerminação do mark-up bancário é dada por: b b b b b b ( z ; z + z u + z ) ; z < 0 ; z 0 (32) z = max π min > Uma vez ixada a axa de juros dos emprésimos, os bancos comerciais aendem a oda a demanda de emprésimos das irmas do seor produivo. Isso signiica que não há nenhum ipo de resrição de crédio, al como se observa nos modelos macroeconômicos de inspiração novo-keynesiana. Porano, o volume eeivo de crédio concedido pelos bancos comerciais no período é ineiramene deerminado pela demanda de crédio, em consonância com a hipóese de endogenidade da oera de moeda, apresenada por Kaldor (1982) e Moore (1988) 27. Para não inroduzir uma complexidade adicional ao modelo, iremos assumir que o déici iscal do governo (DG ) é ineiramene inanciado por inermédio da expansão da base moneária (H ), ou seja: DG = H H 1 (33) 27 O argumeno básico de Moore para jusiicar a endogenidade da oera de moeda é que, nas condições prevalecenes nos modernos sisemas moneários, caracerizado pela exisência conjuna de ia money e credi money, a base moneária é endógena, ou seja, o banco cenral acomoda oda e qualquer variação na demanda por reservas bancarias com uma variação da disponibilidade de reservas, manendo consane a axa de juros do mercado inerbancário. 14

16 O déici iscal do governo é a dierença enre os gasos governamenais com consumo e invesimeno e os imposos cobrados sobre a receia dos capialisas e dos renisas. Temos, assim, que: DG τ 1+ π [ m Y i δ K ] (34) C I = G + G No âmbio do seor bancário, a variação do esoque de emprésimos enconra sua conraparida na variação dos depósios a visa (D ). Iso signiica que a moeda-credio é criada por meio da concessão de emprésimos, ou seja: D D = L L 1 1 (35) Por sua vez, o muliplicador moneário, deinido com a razão enre meios de pagameno e a base moneária é dado por: µ = D + H H D = 1+ H (36) 3 Meodologia de Simulação 28. O modelo apresenado na seção anerior, devido ao seu alo grau de complexidade, não admie solução analíica echada. Dessa orma, deve-se proceder à realização de simulações em compuador para a obenção de rajeórias em abero, ou seja, ora do equilíbrio, para as variáveis endógenas. Nesse conexo, se coloca uma quesão undamenal, a saber: como aribuir valores numéricos para os parâmeros e as condições iniciais do sisema? No presene arigo opamos pela uilização do méodo de calibração, o qual é deinido, com base em Hansen e Heckman (1996, p.92), como um processo de manipulação das variáveis independenes leia-se aqui os parâmeros e as condições iniciais de modo a ober uma combinação plausível enre os dados observados empiricamene e os resulados simulados. Esse méodo enconra respaldo no assim chamado principio da correspondência, enunciado por Paul Samuelson em seu livro clássico Foundaions o Economic Analysis (1947). Segundo Samuelson, durane a calibração de um modelo, o pesquisador pode se deparar com a ausência de dados quaniaivos precisos sobre os valores dos parâmeros (e das condições iniciais) de um sisema dinâmico. No enano, ele precisa inerir analiicamene o movimeno de um sisema complexo. Nessa siuação, o pesquisador deve ixas os valores dos parâmeros a im de esabelecer uma correspondência realisa enre as variáveis esáicas (parâmeros) e as variáveis dinâmicas (variáveis dependenes). Essas considerações nos permiem esabelecer a seguine meodologia de calibragem do modelo macrodinâmico apresenado na seção anerior: 28 Sobre os desenvolvimenos recenes da meodologia de simulação ver Werker & Brenner (2004). 15

17 1. Aribui-se um conjuno inicial de valores para os parâmeros e condições iniciais, procurando, na medida do possível, uilizar esimaivas empiricamene plausíveis para os mesmos. 2. Rodar o modelo em compuador de orma a ober as rajeórias dinâmicas das variáveis endógenas. 3. Veriicar se as rajeórias dinâmicas assim obidas replicam algumas propriedades gerais ou aos esilizados observados nas economias capialisas. 4. Caso as rajeórias dinâmicas geradas pelo conjuno inicial de parâmeros não sejam empiricamene plausíveis, ou seja, se as mesmas não esiverem em conormidade com os aos esilizados da dinâmica capialisa, deve-se escolher um novo conjuno de valores e repeir o experimeno. A meodologia acima deinida nos coloca duas quesões undamenais. A primeira reere-se ao momeno no qual o pesquisador deve encerrar a sua busca por um conjuno plausível de parâmeros. A segunda quesão esa relacionada com a seleção dos aos esilizados da dinâmica capialisa, os quais são uilizados como padrão de comparação para as rajeórias dinâmicas geradas pelo modelo eórico. No que se reere à primeira quesão, deve-se observar que não há nenhum criério objeivo com base no qual se possa deerminar qual é o momeno em que o pesquisador deve encerrar a sua busca por um conjuno plausível de parâmeros. Nesse conexo, o pesquisador não em oura opção a não ser uilizar a racionalidade limiada de Simon (1980) e se conenar com um bom conjuno de parâmeros, ainda que possam exisir parâmeros melhores, ou seja, um conjuno de parâmeros que osse capaz de gerar rajeórias dinâmicas mais aderenes àquelas que se observam no mundo real. Uma críica comum ao procedimeno exposo acima é que a grande complexidade dos modelos de simulação em conjuno com a exisência de parâmeros livres, ou seja, parâmeros cujos valores numéricos precisos não em embasameno empírico, proporcionam ao consruor do modelo graus de liberdade quase ininios na obenção dos resulados desejados. Em ouras palavras, o pesquisador poderia ober virualmene qualquer resulado a parir de seu modelo eórico desde que disponha do empo e da paciência necessários para esar diversos conjunos de valores dos parâmeros aé ober um conjuno de valores que lhe proporcione o resulado desejado. Essa críica é apenas parcialmene correa. Com eeio, al como oi dio na exposição da meodologia de simulação apresenada aneriormene, a obenção de um bom conjuno de parâmeros envolve um processo de enaiva e erro no qual os resulados obidos a parir de uma deerminada especiicação numérica do modelo são conrasados com uma série de aos esilizados. Conudo, os graus de liberdade do pesquisador podem ser subsancialmene reduzidos se o número de aos esilizados a serem explicados or suicienemene grande. Nesse conexo, um modelo ruim, iso é, um modelo que absrai algum aspeco essencial da realidade econômica, não será capaz de explicar uma boa quanidade desses aos esilizados, qualquer que seja o conjuno de valores escolhidos para os parâmeros e para as condições iniciais. Dessa orma, a seleção de um número razoavelmene grande de aos esilizados sobre a dinâmica das economias capialisas orna-se um elemeno essencial não só para a realização de um bom processo de calibragem dos parâmeros do modelo, como ambém um criério de julgameno da relevância e da plausibilidade do modelo que esá sendo apresenado. 16

18 No que se reere aos aos esilizados, exise um relaivo consenso enre os economisas a respeio dos raços gerais da dinâmica capialisa. Esses raços gerais são os seguines: a) O PIB real apresena uma inequívoca endência de crescimeno no longo-prazo, mas esse crescimeno se dá por inermédio de luuações irregulares, mas nãoexplosivas, do PIB real (c. Blanchard e Fisher, 1989, p.1). b) A disribuição uncional da renda enre salários e lucros é relaivamene esável no longo-prazo (c. Kaldor, 1957). c) A axa de reorno sobre o capial não apresena nenhuma endência clara a queda ao longo do empo (c. Kaldor, 1957). d) As quedas abrupas do nível de aividade econômica, ou seja, aquilo que se convencionou chamar de depressão, são um enômeno relaivamene raro na dinâmica capialisa. Em ouras palavras, depressões só ocorrem uma ou duas vezes ao longo de um século (c. Leijonhuvud, 1996) 29. Com base na meodologia apresenada aneriormene, selecionamos o seguine conjuno de valores para os parâmeros das equações dinâmicas do modelo da seção anerior. Tabela I: Parâmeros e Condições Iniciais Usadas na Simulação do Modelo. Parâmero Valor Parâmero Valor Variável em = 0 Valor σ 0.8 h I h C 0.15 α α z z z θ 0.85 γ 0.0 λ 0.05 β 0 7 β 1 30 β π * 0.05 η s c 0.2 s 0.2 τ 0.2 z b z b ψ 0.03 ϕ 0.3 φ φ g max 0.1 U min 0.02 u max 0.9 δ max 0.75 C I 0 30 G C 0 70 G I 0 10 z 0.39 K P w N N max 900 i * L DG H D Ao odo são 29 parâmeros e 15 valores iniciais para o sisema 30. Desses 29 parâmeros, exisem esimaivas coniáveis para 9 parâmeros, a saber: π *,η, s c, s, σ, τ, 29 Com eeio, ao longo do século XX, as economias capialisas desenvolvidas só experimenaram um único episodio de queda caasróica do nível de aividade econômica, a saber: a grande depressão de As condições iniciais dão apenas a escala do sisema de orma que a escolha do valor numérico para as mesmas não é uma quesão paricularmene relevane. 17

19 g max, u max e U min. Essas esimaivas são ornecidas pela experiência hisórica das economias capialisas avançadas. Por exemplo, nenhuma economia capialisa desenvolvida experimenou uma axa de desemprego menor do que 2% nos úlimos 80 anos. Por ouro lado, os bancos cenrais de odos os países desenvolvidos que adoaram o regime de meas de inlação durane a década de 1990 êm como mea inlacionária uma inlação inerior a 5% ao ano (c. Bernanke e alli, 1999). Por im, uma propensão a poupar a parir dos rendimenos não-salario de 20% não parece ser um número irrealisa para as economias capialisas desenvolvidas, assim como uma alíquoa média de imposos na ordem de 20% 31. No que se reere aos demais parâmeros, embora não enhamos uma esimaiva precisa a respeio da ordem de grandeza dos mesmos, podemos uilizar os resulados dos esudos empíricos exisenes para avaliar o sinal de pelo menos alguns deles. Por exemplo, o esudo de Aronovich (1994) mosrou que, no caso da economia brasileira no período , o mark-up bancário varia posiivamene com a axa de inlação e negaivamene com o grau de uilização da capacidade produiva, jusiicando assim os sinais assumidos para os coeicienes z b 1 e z b 2 na Tabela I. 4 Primeiros Resulados da Simulação. O modelo exposo na seção 2 oi rodado em planilha EXCEL com os valores assumidos na Tabela I acima para um horizone de empo de 75 períodos. O primeiro resulado ineressane obido com o modelo oi à ocorrência de um crescimeno irregular, mas não explosivo, do PIB real como podemos visualizar nas Figuras 1 e 2 abaixo: Figura 1: Evolução do PIB Real PIB Real 31 Com eeio, segundo dados do Banco Mundial (2001), a poupança domesica como proporção do PIB nos Esados Unidos oi de 18.1% no período , ao passo que a arrecadação média de imposos como proporção do PIB oi de 17,5%. 18

20 Figura 2 : Dinâmica da Taxa de Crescimeno do Produo Real 0,15 0,1 0, ,05-0,1-0,15 Taxa de Crescimeno do Produo Real Observa-se claramene na Figura 2 que (i) a axa de crescimeno do produo real luua ao longo do empo, ou seja, a economia apresena crescimeno cíclico ; (ii) o padrão de luuação é alamene irregular, apresenando uma ampliude mais ala nos períodos iniciais, a qual é subsancialmene reduzida após o período 28 e vola a aumenar após o período 56; (iii) a economia apresena um único episódio de depressão ao longo dos 75 períodos de simulação: por vola do período 13, a economia experimena uma redução do nível de aividade econômica superior a 10% por período ao longo de um inervalo de empo não superior a 5 períodos; (iv) as luuações observadas da axa de crescimeno do produo real não apresenam nenhuma endência discernível a aumenarem ao longo do empo, ou seja, as luuações do produo real não são explosivas. A grande depressão observada nos eságios iniciais da simulação é precedida por um processo de crescene ragilização inanceira das empresas do seor produivo. Tal como pode ser observado na Figura 3 abaixo, o risco de liquidez e a axa subjeiva de descono aplicada aos dividendos uuros do equipameno de capial crescem de orma acenuada ae o período 13, após o qual ocorre uma queda pronunciada do PIB real. A crise do período 13 é resulado do violeno processo de desinlação engendrado pelo Banco Cenral. Com eeio, al como podemos observar na Figura 4, nos eságios iniciais da simulação, a axa eeiva de inlação diverge progressivamene da mea inlacionária de 5% p.p, alcançando um paamar de 17% p.p no período 13. Essa aceleração da inlação al como podemos observar na Figura 4 resula da divergência enre o salário real desejado pelos rabalhadores e o salário real eeivo. Em unção do regime de meas de inlação prevalecene nessa economia, o Banco Cenral inicia um processo de elevação da axa básica de juros já no período 2. Enre os períodos 3 e 15, a axa básica de juros permanece num paamar superior a 20% por período, produzindo uma ragilizaçao crescene das posições inanceiras das empresas do seor produivo, a qual resula na grande depressão. 19

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