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1 P.º n.º R. P. 106/2011 SJC-CT Pedido de registo de aquisição e hipoteca via online. Documento particular autenticado e documentos instrutórios. Depósito eletrónico dos mesmos e consulta. Âmbito da qualificação. PARECER 1 Em 23 de fevereiro de 2011 foram pedidos via online dois registos de aquisição e hipoteca respeitantes ao prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de sob o n.º, da freguesia de, a que couberam as aps. e 2 Tendo os factos sido titulados por documento particular autenticado (DPA) e fornecido o código de identificação do documento à conservatória, procedeu-se à visualização do documento particular autenticado bem como dos documentos instrutórios que devam ficar arquivados por não constarem de arquivo público, para efeitos de qualificação dos referidos actos de registo. Entre os documentos instrutórios apresentados consta uma procuração passada pelo titular inscrito,, à sua mãe conferindo-lhe poderes para vender o imóvel supra identificado. Neste documento digitalizado não é percetível a assinatura do dominus negotii, pelo que a conservatória socorreu-se (e bem) do processo de suprimento das deficiências previsto no artigo 73.º do Código do Registo Predial aplicável in casu por força do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 24.º da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de dezembro 1. 3 Segundo relata a senhora conservadora, com base na informação do ITIJ, I.P. e nos elementos recolhidos do site «Consulta de documentos particulares autenticados», no dia 24 de fevereiro terá sido efectuada nova digitalização da última folha da referida procuração seguida de novo depósito com a mesma chave de acesso mas, mesmo assim, tal facto não viabilizava ainda a feitura do registo peticionado uma vez que não foi acompanhada de nova apresentação. 1 O enviado em... de fevereiro à ora recorrente é do seguinte teor: «Na procuração junta ao pedido e digitalizada, não são perceptíveis as assinaturas. Na presunção de se tratar de deficiência de leitura do scanner deverá V. Ex.ª fazer apresentação complementar do mesmo documento, no prazo de cinco dias (contínuos). Assim, a não ser a questão esclarecida, serão os actos recusados». 1

2 4 Considerando que a situação descrita envolve também uma componente informática o SJC promoveu a audição do responsável técnico pelo registo predial online que emitiu o parecer que se encontra junto aos autos e que damos aqui por reproduzido, sem prejuízo de se salientar que dele consta que mesmo após o redimensionamento da folha para 1600% apenas se obtiveram alguns pontos discretos na imagem digital (pixels) sem que formem qualquer linha apreensível que, de algum modo, permitam afirmar que correspondem a uma qualquer assinatura. E mais, não lhe parece que possa ser imputada qualquer responsabilidade ao sistema informático pela ilegibilidade da assinatura, até porque se encontram disponibilizadas no portal online duas funcionalidades informáticas que permitem ao utilizador aferir da correção da digitalização do documento e se o seu conteúdo é, ou não, integralmente apreensível. 5 Sobre o aludido pedido de registo de aquisição recaiu o despacho de qualificação ora impugnado que é do seguinte teor: «Recusado A data de autenticação bem como o depósito da procuração onde surge a assinatura do mandante é posterior à apresentação artigo 69.º, n.º 1, alínea d) do Cód. Reg. Predial». A inscrição hipotecária foi efectuada como provisória por natureza por ser dependente da inscrição de aquisição. 6 A interessada, inconformada com a sorte que coube aos pedidos formulados, vem interpor recurso hierárquico nos termos e com os fundamentos que aqui damos por integralmente reproduzidos, sem prejuízo de destacarmos, muito em síntese, os seguintes: 6.1 Os atos de registo pedidos foram titulados por documento particular autenticado lavrado no dia... de fevereiro de 2011, mas só foi possível efectuar o depósito no dia seguinte devido a constrangimentos técnicos da plataforma, aliás confirmados pelos serviços «Predial Online», cuja confirmação foi reencaminhada para a senhora conservadora, mas que esta desvalorizou (doc. n.º 1). 6.2 De acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 7.º da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de Dezembro, o depósito do DPA e dos documentos instrutórios foi efetuado dentro das 48 horas seguintes, tendo-lhes acrescido o depósito do documento justificativo da impossibilidade do depósito daqueles documentos instrutórios no dia da sua autenticação. 2

3 6.3 Em 16 de março de 2011 foi notificada do despacho de recusa do registo de aquisição e da elaboração do registo de hipoteca como provisório por natureza. 6.4 O despacho da senhora conservadora assenta, assim, em fundamentação inexistente já que o DPA e a procuração foram depositados em 23 de fevereiro de 2011, pelas razões expostas e confirmadas pelo serviço competente, não sendo, portanto, o depósito da procuração posterior à apresentação do registo em causa. Finaliza, solicitando que seja dado provimento ao recurso ordenando-se, consequentemente, a elaboração dos registos em causa nos termos requeridos, isto é, como definitivos. 7 A senhora conservadora profere despacho de sustentação nos termos e com os fundamentos que aqui damos, de igual modo, por integralmente reproduzidos, dos quais salientamos, sumariamente, os seguintes: 7.1 A procuração que instruiu o processo de registo distribuído em 23 de fevereiro de 2011 não tem a assinatura do vendedor. Tal facto é também confirmado pelo ITIJ e pela «Consulta de documentos particulares autenticados» que permitem concluir que a autenticação ocorreu em 22 de fevereiro com depósito em 23 de fevereiro, devido a constrangimentos de carácter técnico ligados ao funcionamento da plataforma electrónica. Em 24 de fevereiro ocorreu outra autenticação e depósito, estando digitalizada apenas a última folha da procuração em causa, da qual consta já a assinatura do mandante, mas mesmo assim ainda não pode ser considerada visto que não foi efetuada qualquer apresentação complementar. 7.2 Por outro lado, a procuração apresentada em 23 de fevereiro é nula visto que lhe falta a assinatura do mandante cfr. o que dispõe a alínea e) do n.º 1 do artigo 70.º do Código do Notariado. Consequentemente, o registo deve ser recusado já que estamos na presença de uma venda de bens alheios nos termos do disposto no artigo 892.º do Código Civil. 3

4 8 Descrita sucintamente a dinâmica processual relevante e o desacerto entre recorrente e recorrida mesmo quanto ao quadro factual 2, importa começar por averiguar se o recurso foi ou não interposto tempestivamente. II Questões prévias 1 A tributação emolumentar do recurso hierárquico Decorre do n.º 1 do artigo 1.º do Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado (RERN), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 322-A/2001, de 14 de dezembro, que os atos de registo predial são tributados de harmonia com as disposições consagradas no referido Regulamento, devendo os emolumentos correspondentes à prática dos mesmos atos nos serviços de registo ser pagos em simultâneo com o pedido ou antes deste, por força do preceituado no n.º 1 do artigo 151.º do CRP. A questão que aqui se coloca de imediato passa por apurar se é possível sustentarse, com rigor, que a petição de recurso hierárquico consubstancia um «acto» para efeitos da sua subsunção na facti species da norma supra mencionada? Como já salientámos no parecer proferido no proc.º n.º R.P.224/2008 SJC-CT 3, a resposta não poderá deixar de ser afirmativa. Na verdade, a interposição de recurso hierárquico visando embora uma requalificação de um pedido de registo, é um ato que contém também um pedido (implícito) de registo a praticar no serviço de registo e que se consubstancia numa anotação na respectiva ficha da interposição do recurso (artigo 148.º, n.º 1, do CRP). A interposição do aludido recurso goza, de qualquer modo, de suficiente autonomia para que seja tributado em termos diversos e independentes do próprio registo cuja qualificação se impugna, visto que corresponde também a um serviço acrescido prestado pela Administração. Consequentemente, o legislador consagrou para este um regime próprio perfeitamente distinto do regime emolumentar que se encontra fixado para os demais actos de registo. 2 A recorrente coloca a tónica no facto de o depósito ter sido efectuado no dia seguinte ao da autenticação devido a constrangimentos da plataforma electrónica, sendo que a recorrida nem considera a existência de tal problema enfatizando apenas a falta de assinatura do mandante na procuração inicialmente depositada e no facto de a segunda autenticação e depósito respeitante à última folha da procuração, onde já surge a assinatura do mandante, ter sido efectuada a 24 de fevereiro sem que lhe corresponda qualquer apresentação complementar. 3 Disponível em 4

5 Vejamos, pois, em que termos. O enquadramento normativo da questão atinente ao pagamento do emolumento devido pela interposição do recurso hierárquico resulta da verba 5.1 do artigo 27.º do RERN, que prescreve que por cada processo de recurso hierárquico é devida a quantia de 150 euros. Porém, no caso de procedência do recurso (e não obstante a Administração tenha prestado um serviço acrescido este é provocado pela actuação da entidade a quo) há lugar à devolução integral do emolumento cobrado ao recorrente por força do que dispõe a verba n.º 5.2 do citado preceito sendo, no caso de provimento parcial, o emolumento reduzido a metade verba 5.3 do citado artigo 27.º do RERN. Nestes termos, o emolumento devido pela interposição do recurso deverá ser satisfeito no momento da apresentação da respectiva petição de recurso ou antes dele (por transferência bancária para a conta indicada no sítio nos termos do n.º 4 do artigo 6.º da Portaria n.º 621/2008, de 18 de Julho) no serviço de registo competente. 1.1 Consequências da falta de pagamento do emolumento devido no momento da apresentação do recurso Afigura-se-nos imperioso introduzir aqui uma nova distinção entre a apresentação do pedido de registo e a apresentação da petição de recurso hierárquico. Aquando da apresentação do pedido de registo devem ser pagas as quantias devidas sob pena de a apresentação ser rejeitada, como expressamente decorre do prescrito na alínea e) do n.º 1 do artigo 66.º do CRP. Segundo cremos, a ratio legis da citada norma não é extensível à interposição do recurso hierárquico e sendo assim o citado Código não prevê qualquer cominação pelo aludido incumprimento, donde se infere que o pagamento (prévio ou simultâneo) não é pressuposto da instauração do processo de impugnação da decisão do conservador impedindo apenas a sua apreciação caso aquela falta não seja suprida tempestivamente, como se demonstrará a seguir. Assim, em face da omissão existente sobre tal matéria, temos de nos socorrer das normas de aplicação subsidiária previstas no Código do Procedimento Administrativo (CPA), aplicável ao recurso hierárquico ex vi do disposto no artigo 147-B do Código do Registo Predial. 5

6 Sobre o ponto regem os artigos 71.º, n.º 2, e 113.º, n.º 2, do CPA 4. Ora, com base neste quadro normativo, podemos sustentar que do incumprimento da regra que determina o pagamento do emolumento não resulta, só por si, qualquer cominação imediata para o recorrente que deve ser notificado pelos Serviços para, no prazo de dez dias, efectuar o pagamento, podendo ainda o recorrente obstar ao indeferimento liminar do recurso desde que proceda ao pagamento do emolumento em dobro nos dez dias subsequentes ao termo daquele prazo inicial, contando-se os referidos prazos em conformidade com prescrito no artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo. 1.2 Competência da entidade ad quem Decorre, assim, do iter interpretativo que percorremos que a impugnação da decisão do conservador que recaiu sobre o aludido pedido de registo está sujeita ao pagamento do emolumento previsto no artigo 27.º, n.º 5.1, do RERN, não devendo prosseguir a sua tramitação enquanto não for satisfeito o pagamento da quantia devida. No entanto, o entendimento desde há muito assente por este Conselho vai no sentido de que é da competência da entidade ad quem (logo, a conservatória recorrida não deve proceder à rejeição da sua apresentação) decidir sobre a admissibilidade ou não do recurso hierárquico interposto contra as decisões do conservador, pelo que só a ela lhe competirá também rejeitar a pretensão do recorrente 5, sendo que este deve ser previamente notificado nos termos supra referidos para proceder ao pagamento do emolumento devido pela interposição do presente recurso hierárquico sob pena do indeferimento liminar deste. 1.3 No caso em apreço nos autos, verificamos que a recorrente se conformou com a rejeição da apresentação do recurso (ap. / ), tendo interposto um novo recurso, apresentado, desta feita, na Conservatória sob o n.º / , o qual foi devidamente acompanhado do emolumento respetivo só que, efectivamente, tal apresentação veio a ocorrer intempestivamente, já que o prazo legal para a impugnação 4 Veja-se, em conformidade, o parecer deste Conselho proferido no proc.º R.P.177/2008 SJC-CT, disponível em (doutrina), cuja doutrina estamos a acompanhar. 5 Neste sentido, veja-se a deliberação tomada no proc.º n.º R.P.38/2001 DSJ-CT, publicada no BRN n.º 7/2001, II Caderno, pág. 20, designadamente o ponto II. 6

7 é de trinta dias contados de forma contínua a partir da data da notificação do despacho de qualificação e aquela ocorreu em 16 de Março de Prazo para a interposição de recurso hierárquico De tempos a tempos, o Conselho Técnico é chamado a revisitar o problema, de grande importância prática, atinente aos prazos para a interposição de recurso hierárquico, tendo sido novamente solicitado a propósito das alterações levadas a efeito, primeiro, no âmbito do registo comercial (vd. os artigos 101.º, n.º 1, e 109.º-A do CRC após as alterações introduzidas no Código do Registo Comercial pelo Decreto-Lei n.º 76- A/2006, de 29 de março) e, depois, em sede de registo predial (cfr. as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de julho, nos artigos 140.º, n.º 1, 141.º, n.º 1, e 147.º-B do Código do Registo Predial). O entendimento firmado (e reafirmado) pelo Conselho vai no sentido de que a notificação da decisão registal se insere no âmbito do processo de registo e, neste processo, não tem lugar a aplicação subsidiária do Código do Procedimento Administrativo prevista no artigo 147.º-B do Código do Registo Predial, pelo que o prazo para a interposição do recurso hierárquico é de trinta dias contados da notificação por força do disposto no n.º 2 do artigo 168.º do CPA e no n.º 1 do artigo 141.º do CRP. Ora, por força da aplicação do disposto no artigo 144.º do CPC (seja por aplicação directa seja por remissão do n.º 3 do artigo 58.º do CPTA), o prazo para interpor recurso está sujeito à regra da continuidade fixada no n.º 1 do referido artigo 144.º, isto é, no seu cômputo incluem-se dias úteis, não se suspende durante as férias judiciais e quando o prazo termine em dia que o serviço de registo esteja encerrado transfere-se para o primeiro dia útil seguinte 7. Dos termos expostos se infere já que o presente processo de recurso hierárquico apresentado em 20 de abril deve ser liminarmente rejeitado ao abrigo do disposto na alínea d) do artigo 173.º do Código do Procedimento Administrativo aplicável ex vi do disposto no artigo 147.º-B do CRP, por ter sido deduzido intempestivamente. 6 Porém, indevidamente, a Conservatória anotou na respectiva ficha de registo a data do despacho de qualificação (10 de março) em vez da data da notificação (16 de março) como prescreve o n.º 3 do artigo 71.º do CRP. 7 Remetemos para a fundamentação aduzida no parecer proferido no proc.º n.º R.P.164/2008 SJC-CT, disponível em na esteira do parecer constante do proc.º R. Co. 32/2006 SJC-CT, disponível também no mesmo site. 7

8 III Fundamentação 1 Sem prejuízo do desfecho propugnado, analisaremos, ainda assim, na linha tradicional deste Conselho, as questões suscitadas nos autos (embora, como se sabe, desta pronúncia não resulte qualquer vinculação da recorrida nem se altere a posição da recorrente), a começar pelos documentos instrutórios depositados electronicamente com o documento particular autenticado, concretamente, a procuração, e pelo dever que incumbe aos serviços de registo de apreciarem a validade e suficiência destes documentos. 2 Como se sabe, o depósito eletrónico do documento particular autenticado bem como dos documentos instrutórios que titulem actos de registo predial é, em face do prescrito no n.º 2 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de julho, condição de validade da autenticação do documento particular. A regulamentação do depósito eletrónico do documento particular autenticado e do pedido online de actos de registo predial encontra-se fixada na Portaria n.º 1535/2008, de 30 de dezembro. O referido depósito eletrónico só será válido se efectuado no prazo e com observância dos requisitos fixados no artigo 7.º da citada portaria, sendo que a invalidade do depósito contagia a própria validade da autenticação e o documento particular não chega a atingir a natureza de documento particular autenticado 8. Contudo, a submissão dos documentos instrutórios no mesmo procedimento informático de submissão do DPA não é um verdadeiro requisito de validade do depósito eletrónico, não obstante deva ser conjunta 9. Vale isto por dizer, designadamente, que é possível desencadear o suprimento das deficiências do processo registal destinado à obtenção posterior dos documentos instrutórios arquivados e que não foram oportunamente submetidos (ou foram submetidos mas em condições que não permitem apreender integralmente o seu conteúdo, o que conduz ao mesmo resultado prático) a depósito conjuntamente com o DPA, designadamente mediante o suprimento de deficiências consagrado no artigo 73.º 8 Para mais desenvolvimentos concernentes ao prazo de depósito electrónico de documento particular autenticado e às eventuais dificuldades de carácter técnico respeitantes ao funcionamento da plataforma electrónica previstas no artigo 5.º da Portaria n.º 1535/2008, veja-se a doutrina assente no parecer do Conselho proferido no proc.º n.º C.P.40/2010 SJC-CT, in (doutrina). 9 Remetemos para a fundamentação alinhada no parecer do Conselho constante do proc.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT, disponível em (doutrina). 8

9 do CRP aplicável ex vi do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 24.º da Portaria n.º 1535/2008. Caso o procedimento se revele infrutífero, então, o registo peticionado deve ser qualificado como provisório por dúvidas removíveis em face do respectivo pedido de conversão e do depósito eletrónico do documento instrutório arquivado com o DPA, efectuado com sucesso. 2.1 Verificando-se que a deficiência do depósito eletrónico atinge o próprio documento principal (DPA) a cominação já terá de ser mais drástica, impondo-se, por isso, a recusa do registo por ser manifesto que o facto não se encontra titulado, nos termos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 69.º do CRP Decorrentemente, todos os documentos oferecidos com o pedido de registo, instrutórios ou não, estão abrangidos pelo princípio da legalidade consagrado no artigo 68.º do CRP, pelo que o conservador não deve descurar o teor dos mesmos na qualificação do pedido de registo correspondente. 3 Na sequência da metodologia adoptada, analisemos agora o caso da procuração, sabendo-se que esta se traduz no acto mediante o qual alguém atribui a outrem, voluntariamente, poderes representativos, como decorre do disposto no n.º 1 do artigo 262.º do Código Civil. Contudo, pode haver representação sem poderes e esta poderá importar gestão de negócios, como tal sujeita, no âmbito das relações entre gestor e dono do negócio (dominus negotii), às disposições consagradas nos artigos 464.º e segs. do Código Civil. A falta de poderes de representação tanto pode derivar da inexistência de instrumento de procuração ou de esta ser nula, como de, havendo procuração, o representante ter excedido os poderes conferidos 11. Serve isto para dizer que entendemos que a recusa do registo fundada na falta da assinatura da procuração pelo representado não tem sustentação legal, antes demandaria uma qualificação de provisoriedade por natureza nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 92.º do CRP. Como é sabido, tratando-se de gestão representativa, o dono do negócio, através de ratificação, pode chamar à sua esfera jurídica o negócio celebrado pelo gestor Em conformidade, veja-se o parecer constante do proc.º R.P.67/2009 SJC-CT, disponível em (doutrina). 11 Veja-se, adrede, ANTUNES VARELA e PIRES DE LIMA, in Código Civil Anotado, Volume I, pág. 389 e segs. 9

10 3.1 Da análise do contrato de compra e venda decorre que a outorgante...intervém na qualidade de procuradora e em representação do titular inscrito do imóvel objecto do negócio, pelo que não se nos afigura que a situação possa ser reconduzida ao prescrito no artigo 892.º do Código Civil 13. Com efeito, existe venda de bens alheios sempre que o vendedor não tenha legitimidade para a realização da venda, como sucede, por exemplo, no caso de a coisa não lhe pertencer ou de o direito que possui sobre ela não lhe permitir a sua alienação 14. Por conseguinte, pressupondo o regime da venda de bens alheios que o vendedor careça de legitimidade para a realizar, no caso em apreço nos autos não se pode perentoriamente afirmar tal coisa, tanto mais que a outorgante em momento algum declarou que procedia à venda do bem como uma coisa própria, sendo ela alheia e presente. 3.2 Na verdade, compulsados os autos, o que se poderá dar por assente é tão só que na visualização da procuração depositada mediante a qual são conferidos poderes à procuradora para outorgar o documento particular não se encontra minimamente vísivel a assinatura do representado. Ora, desta incontestável factualidade (que se revela algo surpreendente uma vez que a linha imediatamente anterior à da assinatura daquele, bem como a imediatamente a seguir, estejam perfeitamente visíveis e apreensíveis, e apenas a linha que corresponderia à assinatura do representado, mesmo depois de redimensionada, mais não tenha que uns meros pontos na imagem digital que de modo algum possibilitem que se considere como correspondendo a uma qualquer assinatura) não se poderá extrair, sem mais, a manifesta nulidade do título. Por outro lado, e muito embora decorra já do documento depositado em segundo lugar (24 de fevereiro), a assinatura do representado este não poderia, ainda assim, ser considerado satisfatório já que corresponde apenas à última folha da referida procuração. No entanto, em 25 de fevereiro, foi efetuado novo depósito eletrónico da referida procuração encontrando-se, desta feita, correctamente digitalizada e apreensível na sua integralidade. 12 Cfr. ALMEIDA COSTA, in Direito das Obrigações, 1979, págs. 311 e segs. 13 Veja-se, novamente, ANTUNES VARELA e PIRES DE LIMA, in Código Civil Anotado, Volume II, págs. 167 e Para mais desenvolvimentos veja-se MENEZES LEITÃO, in Direito das Obrigações, Volume III, 2004, págs. 92 e segs. 10

11 3.3 Consequentemente, afigura-se-nos que o registo de aquisição em apreço nos autos poderia ingressar nas tábuas em termos definitivos. 4 Nos termos do exposto, e não obstante termos propugnado a rejeição do recurso, por intempestividade, o entendimento deste Conselho vai condensado nas seguintes Conclusões I Os documentos particulares autenticados que titulem atos sujeitos a registo predial nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, bem como os documentos que os instruam e que devam ficar arquivados por não constarem de arquivo público, estão sujeitos a depósito eletrónico cfr. o disposto nos artigos 4.º, n.º 1, e 7.º da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de dezembro. II O depósito eletrónico do documento particular autenticado bem como dos documentos instrutórios é condição de validade da autenticação do documento particular, como decorre do n.º 2 do artigo 24.º do citado Decreto- Lei n.º 116/2008. III Não obstante a submissão do depósito dos documentos instrutórios no mesmo procedimento informático de submissão do documento particular autenticado deva ser conjunta, aquela não é um verdadeiro requisito de validade do depósito eletrónico, pelo que a sua omissão, ou a sua efetivação deficiente, pode ser suprida em momento posterior e, se o não for ou se o documento não estiver em condições de ser integralmente apreensível, tal facto apenas legitima a qualificação do registo como provisório por dúvidas. IV No caso de o depósito eletrónico não permitir a apreensão integral do documento principal (DPA) o registo a que pretensamente sirva de título terá de ser recusado, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 69.º do Código do Registo Predial. V A assinatura do documento particular por quem, em face dos documentos instrutórios depositados, pareça não estar devidamente mandatado para o efeito, não legitima a recusa do correspondente acto de registo, não 11

12 podendo também ser invocada, em face do título apresentado in casu, a nulidade da venda por não se tratar de bens alheios nos termos previstos no artigo 892.º do Código Civil. VI A obrigação legal de submissão a depósito eletrónico dos documentos instrutórios conjuntamente com o documento particular autenticado, ou, dentro de determinado circunstancialismo, em momento posterior, para além de constituir condição de validade da autenticação do documento particular autenticado, visa também propiciar a sua apreciação, cabendo esta nos poderes do conservador por força do princípio da legalidade consagrado no artigo 68.º do Código do Registo Predial, segundo o qual todos os documentos apresentados devem ser tidos em consideração na qualificação do correspondente acto de registo. Lisboa, 25 de janeiro de Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 25 de janeiro de Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, relatora, António Manuel Fernandes Lopes, João Guimarães Gomes Bastos, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

13 FICHA Proc.º n.º R.P. 106/2011 SJC-CT Súmula das questões abordadas Documento particular autenticado e documentos instrutórios artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008. Depósito conjunto do DPA e dos documentos instrutórios artigos 4.º, n.º 1, e 7.º da Portaria n.º 1535/2008. Possibilidade de suprimento de deficiências nos termos do artigo 73.º do CRP aplicável ex vi do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 24.º da Portaria n.º 1535/2008. Âmbito da qualificação do pedido de registo artigo 68.º do CRP. Procuração artigo 262.º e segs. Venda de bens alheios artigo 892.º do Código Civil. ***** 13

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