RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA RIGIDEZ DINÂMICA DE MATERIAIS USADOS SOB PAVIMENTOS FLUTUANTES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA RIGIDEZ DINÂMICA DE MATERIAIS USADOS SOB PAVIMENTOS FLUTUANTES"

Transcrição

1 Acúsica de Ouubro, Coimbra, Porugal Universidade de Coimbra RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA RIGIDEZ DINÂMICA DE MATERIAIS USADOS SOB PAVIMENTOS FLUTUANTES Ana Neves, Juliea Anónio, Ana Nossa Insiuo de Invesigação e Desenvolvimeno Tecnológico em Ciências da Consrução ITeCons Rua Pedro Hispano, Pólo II da Universidade de Coimbra, Coimbra, Porugal {anaisab,anossa@iecons.uc.p) Deparameno de Engenharia Civil, Universidade de Coimbra Rua Luís Reis Sanos, Pólo II da Universidade de Coimbra, Coimbra, Porugal juliea@dec.uc.p Resumo A uilização de maeriais resilienes ais como espumas, borrachas, coriça e felros, que poderão ser colocados sob a camada de revesimeno dos pavimenos ou fazendo pare de uma camada fluuane (lajea fluuane), é uma práica comum para reduzir as vibrações esruurais geradas por acções de impaco. Exisem propriedades dinâmicas dos maeriais resilienes que esão relacionadas com a sua capacidade para aenuar os sons de percussão. Uma dessas propriedades é a rigidez dinâmica dos mesmos. Nese rabalho apresenam-se os resulados, obidos em laboraório, da rigidez dinâmica de diversos maeriais exisenes no mercado e que são habiualmene aplicados sob as lajeas fluuanes dos pavimenos. O ensaio é realizado cumprindo o especificado na norma ISO A quanificação desa propriedade permiirá comparar o desempenho dos diferenes maeriais ensaiados. Será ambém efecuada a previsão da aenuação sonora a sons de percussão, uilizando as expressões da norma EN Palavras-chave: sons de percussão, rigidez dinâmica, ensaio laboraorial. Absrac The use of resilien maerials, such foams, rubbers, cork and fels, which can be placed under he layer coaing or as par of a floaing floor is a common pracice in order o reduce srucural vibraions caused by he impac loads. There are dynamic properies of he resilien maerials which are relaed o he capaciy of absorbing he impac. One of hose properies is he dynamic siffness of he maerials hemselves. The dynamic siffness of various maerials exising in he marke and which are commonly applied under floaing floor slabs is obained in laboraory. The experimen will be carried ou according o he ISO 905- sandard. The quanificaion of his propery allows o compare he performance of differen maerials and will be used o predic he impac sound aenuaion by using expressions of he EN 354- sandard. Keywords: impac sound, dynamic siffness, laboraory es.

2 Ana Neves, Juliea Anónio, Ana Nossa Inrodução O desenvolvimeno da sociedade conduziu a um crescimeno do número de fones de ruído que se raduz num aumeno dos níveis de ruído. Ese faco em como consequência a diminuição da qualidade de vida das populações. A sociedade dos nossos dias é cada vez mais exigene no que diz respeio às condições de conforo dos edifícios. De enre esas, desacam-se as condições érmicas, acúsicas, de iluminação e qualidade do ar. O ruído no inerior dos edifícios é das principais causas de reclamação por pare dos seus habianes. Os sons ransmiidos por meio sólido resulam da exciação direca nos elemenos esruurais. Eses sons são basane incómodos e a sua aenuação após o edifício esar consruído é basane difícil. O elemeno esruural mais frequenemene soliciado aos sons de percussão é a laje de pavimeno. A forma de reduzir as vibrações esruurais causadas pelos sons de percussão é inerromper o elemeno sólido que serve de base à propagação. Pode-se agir alerando a superfície de conaco ou o meio de ransmissão. A uilização de maeriais resilienes ais como espumas, borrachas, felros e coriça, que poderão ser colocados sob a camada de revesimeno do pavimeno ou fazendo pare da camada fluuane (lajea fluuane) é uma práica comum para resolver ese problema. A avaliação da redução da ransmissão aos sons de percussão pela aplicação de revesimenos em pavimenos pode ser obida em laboraório, com base na norma EN ISO 40-8 []. A quanificação da aenuação sonora em laboraório requer câmaras acúsicas de dimensões normalizadas, a uilização de provees de grandes dimensões (0 m de camada resiliene), uma lajea fluuane de beão e 8 dias de cura do beão aé o ensaio poder ser realizado. Conudo, os maeriais resilienes apresenam propriedades dinâmicas que esão relacionadas com a sua capacidade de amorecer o impaco. Uma das propriedades é a rigidez dinâmica. A rigidez dinâmica é deerminada de acordo com a norma ISO 905- [] e são uilizados provees de dimensões reduzidas (00 00 mm ) cujos ensaios são basane menos demorados. Vários invesigadores êm efecuado esudos acerca da rigidez dinâmica dos maeriais resilienes usados em pavimenos. De acordo com a norma ISO 905- [], é possível deerminar a rigidez dinâmica aplicando diferenes méodos de exciação: ruído branco, sinais sinusoidais e sinais impulsivos. Baron e al [3] fizeram um esudo no qual deerminaram a rigidez dinâmica de vários maeriais resilienes uilizando as rês écnicas de exciação. Quando os maeriais são muio compressíveis, a diminuição de espessura do maerial, quando sujeio a carga, pode provocar um aumeno da rigidez dinâmica. Schiavi e al [4] fizeram um esudo experimenal no qual avaliaram o desempenho dos maeriais resilienes a longo prazo. Bearello e al [5] invesigaram o efeio da ampliude da força de exciação na frequência de ressonância do maerial, usando diferenes écnicas de exciação: sinal de ruído sinusoidal e impulsivo. A parir do conhecimeno da rigidez dinâmica é possível esimar a redução do nível sonoro a sons de percussão. Schiavi e al [6] fizeram um esudo experimenal que permiiu comparar a redução do nível sonoro a sons de percussão medido em laboraório e esimado aravés do conhecimeno da rigidez dinâmica da camada resiliene. Nese rabalho, vai deerminar-se a rigidez dinâmica aparene, a curo prazo, de diversos maeriais exisenes no mercado e que são habiualmene colocados sob as lajeas fluuanes dos pavimenos. A quanificação desa propriedade permiirá comparar o desempenho dos diversos maeriais e permiirá fazer a previsão da aenuação sonora a sons de impaco. Esa previsão será feia aravés das normas EN 354- [7] e ISO 77- [8].

3 Acúsica 008, 0 - de Ouubro, Coimbra, Porugal Maeriais e écnicas de ensaio. Inrodução A capacidade de um maerial resiliene, usado sob pavimenos fluuanes, para reduzir a ransmissão do nível sonoro aos sons de percussão pode ser definida pela sua rigidez dinâmica por unidade de área, s ' (MN/m 3 ). Esa propriedade pode ser expressa em ermos do módulo de elasicidade do maerial, E (N/m ), e da sua espessura, d (m). E s ' = () d Um pavimeno fluuane consise numa massa fluuane separada da sua base esruural aravés de uma camada resiliene conínua. Ese pavimeno pode ser descrio, na sua forma mais simples, como um sisema massa-mola, em que a lajea fluuane é represenada pela massa e a mola corresponde à camada de maerial resiliene. Os ensaios para a deerminação da rigidez dinâmica de maeriais resilienes são realizados endo por base os procedimenos descrios na norma ISO 905- []. O princípio desa norma é a deerminação da rigidez dinâmica aparene ( s' ), por unidade de área de amosra, aravés do méodo da ressonância. Ese méodo consise na medição da frequência fundamenal de ressonância da vibração verical do sisema massa-mola. A mola corresponde ao maerial resiliene e a massa à placa de carga. A rigidez dinâmica ( s ' ) é deerminada somando ao valor da rigidez dinâmica aparene um facor ( s' a ) que depende da rigidez dinâmica do gás exisene nos poros do maerial. Nese rabalho, apenas se deerminou a rigidez dinâmica aparene dos maeriais resilienes. A frequência de ressonância é dada por: f r π s' m' = () onde s' é a rigidez dinâmica aparene por unidade de área da amosra (MN/m 3 ) e por unidade de área usada durane o ese (kg/m ). A rigidez dinâmica aparene, por unidade de área de amosra, é: s' π = π m' a massa oal = m' ( fr ) 4 m' f r (3). Execução dos provees De acordo com as indicações da norma ISO 905- [], deverão ser ensaiadas, pelo menos, 3 amosras do maerial resiliene. Esas amosras deverão ser quadradas com dimensões 00 mm 00 mm. Sobre elas, deverá ser colocada uma película de plásico impermeável. Para colmaar evenuais irregularidades da superfície da amosra, deverá ser aplicada uma camada de gesso de, pelo menos, 5 mm. Por fim, e anes de o gesso começar a secar, é colocada uma chapa de aço (placa de carga) que deverá ser quadrada com (00 ± 3) mm x (00 ± 3) mm e com uma massa de aproximadamene 8 kg. A carga oal de cada provee, incluindo equipameno de medição, deve ser de 8 kg ± 0.5 kg. 3

4 Ana Neves, Juliea Anónio, Ana Nossa Após um período de secagem do gesso de 4 h ± h, os ensaios são realizados numa base de grande inércia de modo a que, em vibração, a velocidade desa base possa ser desprezável em relação à velocidade de vibração da placa de carga. No caso de maeriais de célula fechada, deve ser colocada uma fina camada de vaselina à vola da amosra..3 Lisa de maeriais ensaiados Os maeriais esudados nese rabalho são apresenados na Tabela. Tabela Amosras esudadas, descrição e respecivas espessuras. Amosra Descrição do Maerial Massa volúmica aparene (kg/m3) Espessura (mm) AC ( ) Aglomerado composo de coriça, endo por composição granulado /4 mm e poliureano AC ( ) Aglomerado composo de coriça, endo por composição granulado /4 mm e poliureano AC3 ( ) Aglomerado composo de coriça, endo por composição granulado /4 mm e poliureano AC4 Aglomerado composo de coriça, endo por composição granulado /4 mm e poliureano PE Espuma de polieileno reiculado de cor cinza PE Espuma de polieileno exrudido de cor cinza escuro PE3 Espuma de polieileno reiculado de cor cinza PE4 Espuma de polieileno exrudido de cor azul PE5 Espuma de polieileno exrudido de cor branca BP Granulado de borracha, ligado com resina BP Granulado de borracha, ligado com resina Tela Produo que consise num véu de ecido de vidro de elevada densidade impregnado parcialmene por um beuminoso especial com acabameno de um ecido de polipropileno. Tela Felro de beume oxidado com granulado de coriça na face inferior F Felro F Felro F3 Felro EPS_ Poliesireno de cor branca EPS_ Poliesireno de cor branca EPS_3 Poliesireno de cor branca EPS_C Poliesireno expandido de cor cinza EPS_C Poliesireno expandido de cor cinza EPS_C3 Poliesireno expandido de cor cinza ( ) É de noar que esas amosras, apesar de erem a mesma composição, apresenam massas volúmicas aparenes disinas. 4

5 Acúsica 008, 0 - de Ouubro, Coimbra, Porugal.4 Equipameno O equipameno uilizado no ensaio (Figura ) consise: num marelo de impaco, do ipo 806; um acelerómero, do ipo 4370 e pré-amplificador, do ipo 646; sisema Muli-Analisador PulseTM, modelo 3560-C; sofware. Todo o equipameno é da marca Bruel & Kjaer. Figura Equipameno uilizado no ensaio.5 Descrição do ensaio Após 4 ± h dos provees serem realizados, as amosras são ensaiadas sobre uma base de grande inércia. O ensaio consise na exciação do sisema aravés de um marelo de impaco sobre a placa de carga. A vibração é medida aravés de um acelerómero que é colocado no cenro da mesma (Figura ). É de noar que a exciação do sisema deve ser provocada na zona cenral da placa, de modo a que ocorram apenas vibrações vericais. Figura Provee de uma amosra de maerial resiliene prono a ser ensaiado A exciação é provocada durane um deerminado período de empo com baimenos que deverão ser compassados e com força consane. Para cada impaco, a força aplicada e a aceleração do sisema são regisadas, respecivamene, pelo ransduor de força incorporado no marelo de impaco e pelo acelerómero, analisadas e raadas pelo sisema Muli-Analisador PulseTM. De acordo com a norma ISO 905- [], quando se usa exciação por impaco, esa deve ser raada de acordo com a norma ISO [9]. Esa norma especifica os procedimenos para a medição da 5

6 Ana Neves, Juliea Anónio, Ana Nossa mobilidade e ouras resposas em frequência de esruuras exciadas por forças impulsivas, geradas por equipamenos que não esão ligados à esruura. A função resposa em frequência, expressa a resposa da esruura à força aplicada, em função da frequência. Se a resposa for a aceleração, a função de ransferência será a acelerância (quociene da aceleração pela força). No caso em esudo, regisaram-se acelerações e forças, sendo possível apresenar a acelerância do sisema. Assim, a função ransferência de resposa em frequência, permie idenificar a frequência para a qual ocorre a ressonância do sisema (Figura 3). Figura 3 Função de ransferência no domínio da frequência A validação do resulado do ensaio é feia endo em cona a função de coerência que nos dá o grau de linearidade enre a força aplicada e a aceleração, para cada frequência. Esa função esá compreendida enre 0 e. Um valor de coerência menor que indica fala de qualidade dos dados obidos pelo que, sempre que ese faco é consaado, o resulado do ensaio deve ser rejeiado. A curva de resposa em frequência permie avaliar o desempenho do maerial resiliene. Além de se poder deerminar a rigidez dinâmica aparene a parir do conhecimeno da frequência de ressonância, é possível avaliar o amorecimeno inerno nas vizinhanças do pico da curva usando o méodo Half-Power Poin [0]. Segundo ese méodo, as frequências ω e ω definem os ponos que correspondem a uma diminuição para meade da energia (3 db). O grau de amorecimeno do sisema é, enão: ω ω ξ = (4) ω O facor de qualidade define-se como o quociene da frequência de ressonância, ω, pela diferença enre as frequências ω e ω e resula: ω Q = = (5) ω ω ξ Quando a curva de resposa em frequência é muio assimérica, a diferença enre ω e ω passa a ser ( ω ω) ou ( ω ω), consoane a curva, nas vizinhanças do pico, é mais esreia, respecivamene, à direia ou à esquerda da frequência de ressonância. 6

7 Acúsica 008, 0 - de Ouubro, Coimbra, Porugal 3 Apresenação e discussão de resulados 3. Apresenação e análise dos resulados dos ensaios Para cada amosra de maerial resiliene, foram realizados, pelo menos, rês provees. Em cada um deses, o acelerómero foi colocado no cenro da placa de carga e exciou-se o sisema, aravés de um marelo de impaco, em quaro ponos à vola da sua zona cenral (em redor do acelerómero). Foi recolhida informação acerca da aceleração e da força para cada um dos quaro ponos de exciação do sisema. Para cada uma das medições, foi obida a função de ransferência acelerância na qual foi possível idenificar o pico de ressonância e a correspondene frequência de ressonância. Aravés da equação (3), deerminou-se a rigidez dinâmica aparene para cada uma das medições. Assim, a rigidez dinâmica aparene de cada uma das várias amosras de maerial resiliene é uma média de doze valores obidos, cujo desvio padrão é inferior a 0%. Quando, nalguma das amosras, o desvio padrão foi superior a 0%, ensaiaram-se novos provees aé se ober uma rigidez dinâmica aparene média com desvio padrão inferior a 0%. A excepção é o PE cujo resulado corresponde a uma média de 4 medições (6 provees ensaiados) uma vez que se obiveram valores muio díspares para as frequências de ressonância nos vários provees. Para esa amosra, o desvio padrão é superior a 0%. Foram deerminadas, de uma forma muio expedia, as massas volúmicas aparenes de cada amosra, de modo a se poder er uma ideia aproximada da densidade do maerial. Esas foram obidas a parir da pesagem da amosra e da deerminação do volume da mesma. Os resulados finais enconram-se na Tabela. Tabela Resulados finais da frequência de ressonância, f r, e respeciva rigidez dinâmica aparene, s', para cada uma das amosras. Amosra Massa volúmica Espessura (mm) f aparene (kg/m3) r (Hz) s' (MN/m3) AC AC AC AC PE PE PE PE PE BP BP Tela Tela F F F EPS_ EPS_ EPS_ EPS_C EPS_C EPS_C Observando os resulados, pode-se fazer a análise deses por conjuno de amosras e por espessuras. É de salienar que esa análise diz respeio ao comporameno do maerial a curo prazo pois desconhece-se o seu desempenho a longo prazo. 7

8 Ana Neves, Juliea Anónio, Ana Nossa Relaivamene ao agrupameno das amosras de coriça, odas êm a mesma composição (granulado /4 mm e poliureano). As amosras AC, AC e AC3 êm a mesma espessura e diferene massa volúmica aparene. As amosras AC3 e AC4 êm espessura diferene e igual massa volúmica aparene. Comparando o grupo formado por esas duas úlimas amosras, verifica-se que a amosra que conduz ao valor de rigidez dinâmica aparene mais elevado é a amosra de menor espessura (AC4). Nas amosras de igual espessura, a que apresena maior rigidez dinâmica aparene é a que possui maior massa volúmica aparene (AC). Conudo, a que possui menor massa volúmica aparene não é a que conduz ao menor valor da rigidez dinâmica aparene. Ese faco pode ser devido ao arranjo das parículas consiuines da amosra. Nese conjuno de amosras, o melhor resulado enconra-se na amosra AC3 (6 mm), com um valor de rigidez dinâmica aparene de 65 MN/m 3. Nas espumas, dispõe-se de 3 amosras de polieileno exrudido e duas amosras de polieileno reiculado de diferenes espessuras. Todas as amosras êm diferenes espessuras. No grupo consiuído pelas amosras PE, PE e PE3, à medida que a espessura aumena, a rigidez dinâmica aparene diminui. No segundo grupo, consiuído por PE4 e PE5, ambém se verifica que a rigidez dinâmica aparene é menor para a maior espessura. Nese conjuno de amosras, o melhor resulado enconra-se na amosra PE4 (5 mm), com um valor de rigidez dinâmica aparene de 46 MN/m 3. Nos aglomerados de borracha, em-se duas amosras de igual espessura mas de diferenes massas volúmicas aparenes. A amosra que possui menor massa volúmica aparene (BP) apresena menor valor de rigidez dinâmica aparene (55 MN/m 3 ). No grupo dos felros, em-se rês amosras de igual massa volúmica aparene, diferindo apenas a espessura. Verifica-se que, à medida que a espessura aumena, a rigidez dinâmica aparene diminui. O melhor resulado enconra-se na amosra F3 cujo valor de rigidez dinâmica aparene é igual a 0 MN/m 3. O mesmo comporameno em o conjuno formado pelas amosras de poliesireno expandido de cor cinza, em que o valor da rigidez dinâmica aparene mais baixo é MN/m 3. Em relação às amosras de EPS, comparando a amosra de menor espessura (EPS_) com a de maior espessura (EPS_3), ambém se verifica que a que apresena menor valor da rigidez dinâmica aparene é a que em maior espessura. O mesmo se passa quando se compara as amosras EPS_ e EPS_3. No enano, a rigidez dinâmica aparene da amosra EPS_ (com 40 mm de espessura) apresena um valor maior que o da amosra EPS_ (0 mm). Todavia, o valor mais baixo enconrado para ese conjuno de amosras foi de 56 MN/m 3 para a rigidez dinâmica aparene. Comparando as amosras de igual espessura, verifica-se que nem sempre a amosra que conduz ao menor valor de rigidez dinâmica aparene é a que apresena o menor valor de massa volúmica aparene. Ainda se pode comparar o desempenho das amosras de EPS e de EPS de cor cinza. Esas amosras são feias do mesmo maerial (poliesireno expandido) mas as amosras de EPS de cor cinza êm grafie incorporada. Consaa-se que as amosras de EPS com grafie incorporada conduzem a melhores resulados. Finalmene, em-se as amosras Tela e Tela. Esas amosras não se enquadram em nenhum dos grupos acima referenciados, nem formam ouro grupo. A Tela é consiuída por dois ipos de maeriais: fibra de vidro e um beuminoso com acabameno de um ecido de polipropileno. Esa amosra conduziu a um bom resulado, sendo o seu valor de rigidez dinâmica aparene dos mais baixos obidos (7 MN/m 3 ). A Tela ambém é uma amosra heerogénea, consiuída por um felro de beume oxidado com granulado de coriça na face inferior. O valor resulane da rigidez dinâmica aparene é elevado (74 MN/m 3 ) e enconra-se no grupo de amosras que deram piores resulados. Nesa análise, verifica-se que, nem sempre a amosra com o menor valor de massa volúmica aparene conduziu ao menor valor da rigidez dinâmica aparene. A massa volúmica aparene não pode ser um facor de comparação porque as perdas inernas de energia dependem ambém da esruura do maerial. 8

9 Acúsica 008, 0 - de Ouubro, Coimbra, Porugal Analisando globalmene os maeriais ensaiados, pode-se considerar que a Tela apresena bons resulados aendendo à sua reduzida espessura. Para espessuras maiores, pode-se considerar que as amosras de felro e de EPS com grafie incorporada podem ser uma boa opção. Alguns dos maeriais, ais como a espuma PE4, poderão conduzir a bons resulados com o aumeno da espessura. Se compararmos os valores obidos com o limie de 5 MN/m 3 imposo pelo documeno Inglês Resisance o he passage of sound, Building Regulaions 000 Approved Documen E, [], apenas as amosras F3, EPS_C e EPS_C3 cumprem esse requisio. Fazendo diminuir 3 db ao valor de pico da função de ransferência é possível idenificar as frequências f e f que correspondem às frequências para as quais há uma diminuição da energia para meade. Para as diversas amosras de maerial resiliene esudado, foram obidas as frequências f e f em cada uma das medições. Com eses valores e endo em cona a equação (5), foi possível deerminar o facor de qualidade,q. O grau de amorecimeno, ξ, foi obido a parir da equação (4). O valor final de cada um deses parâmeros é uma média dos valores calculados. A excepção é o PE cujos resulados são uma média de 4 medições. Apresena-se na Tabela 3 os resulados finais deses parâmeros para cada uma das amosras. Tabela 3 Resulados finais do facor de qualidade, Q, e do amorecimeno do sisema, ξ, para Amosra Espessura (mm) f cada uma das amosras. Q ξ (%) s' (MN/m 3 ) AC AC AC AC PE PE PE PE PE BP BP Tela Tela F F F EPS_ EPS_ EPS_ EPS_C EPS_C EPS_C Para amosras do mesmo maerial, em que a única diferença enre elas é a espessura, pode-se comparar resulados. Confronando os valores de Q e ξ com os respecivos valores da rigidez dinâmica aparene, nas amosras de Felro e de EPS de cor cinza, consaa-se que quano maior for o grau de amorecimeno do sisema, maior é o valor da rigidez dinâmica aparene pelo que o facor de qualidade decresce. Enão, para eses maeriais, à medida que a espessura do maerial resiliene aumena, a rigidez dinâmica aparene diminui, assim como o amorecimeno e, consequenemene, o facor de qualidade aumena. Para o aumeno de espessura, o amorecimeno diminui quando a frequência de ressonância diminui porque o f ambém diminui, ou seja, à medida que a frequência de ressonância 9

10 Ana Neves, Juliea Anónio, Ana Nossa diminui, a curva, de resposa em frequência, apresena um pico mais esreio na ressonância. A excepção é o EPS. Nese maerial, não se verifica o aumeno do amorecimeno com o aumeno da rigidez dinâmica aparene nas amosras EPS_ e EPS_3, pois a primeira apresena uma rigidez dinâmica aparene superior à da amosra EPS_3 mas o seu amorecimeno é inferior ao desa úlima. No enano, comparando os valores de rigidez dinâmica aparene e amorecimeno para as amosras EPS_ e EPS_3, ocorre o mesmo que nas amosras de Felro e de EPS de cor cinza, ou seja, quano menor for a espessura, maior é o valor da rigidez dinâmica aparene e do amorecimeno (a curva alarga). Em relação às coriças, para as amosras AC, AC e AC3, quano maior é a rigidez dinâmica aparene, maior é o amorecimeno. Comparando AC3 e AC4 (mesmo maerial, mesma densidade e diferenes espessuras), quano maior a rigidez dinâmica aparene maior é o amorecimeno. Verifica-se o mesmo para os dois grupos das espumas e para as borrachas. Comparando o amorecimeno com a rigidez dinâmica para diferenes maeriais com a mesma espessura, observa-se que apenas para as amosras de 6, 40 e 60 mm se verifica o aumeno do amorecimeno com o aumeno da rigidez dinâmica aparene. Para as resanes espessuras, não se verifica ese faco. Noe-se que se esão a comparar maeriais diferenes com comporamenos diferenes (alguns podem er comporameno próximo do elásico, ouros caracerísicas viscoelásicas). 3. Aplicação dos resulados a previsões de isolameno A parir dos resulados dos ensaios realizados, foi possível esimar a redução sonora aos sons de impaco, para cada uma das amosras. Tendo em cona o Anexo C da norma EN 354- [7], é possível esimar a redução do nível de pressão sonora aos sons de percussão, L (em db), em pavimenos fluuanes aravés da seguine expressão: f L = 30log (6) f sendo f a frequência cenral (em Hz) da banda de um /3 de oiava e f 0 a frequência de ressonância (em Hz) do sisema. A frequência de ressonância do sisema é deerminada de acordo com a equação () onde massa por unidade de área de pavimeno fluuane (kg/m ). A parir da curva de previsão, deerminou-se o índice normalizado L 0 w m' é a. Os resulados obidos dizem respeio à redução do nível sonoro conferido pela aplicação de uma camada resiliene sob uma lajea de beão com uma massa de.4 kg/m. Observa-se (Tabela 4) que a amosra que apresena uma maior redução do nível sonoro aos sons de percussão corresponde à amosra de felro de maior espessura, F3, com L w = 34dB. Para algumas amosras, foi possível ober os valores declarados pelo fabricane para a redução do nível sonoro aos sons de impaco. Verificou-se que, em alguns casos, os valores declarados eram muio inferiores aos valores esimados. Uma vez que não foram realizados ensaios experimenais para avaliar a redução da ransmissão aos sons de percussão pela aplicação de revesimenos em pavimenos, não é possível irar grandes conclusões. Em função dos resulados disponíveis, parece que as fórmulas sobresimam o valor da redução sonora. No enano, esas podem servir para comparar o desempenho dos diversos maeriais. 0

11 Acúsica 008, 0 - de Ouubro, Coimbra, Porugal Tabela 4 Resulados finais da rigidez dinâmica aparene, de impaco, Amosra Lw, para cada uma das amosras. s' (MN/m3) s', e respeciva redução sonora aos sons L (db) AC AC AC AC4 9.0 PE PE 67.0 PE3 6.0 PE PE BP BP Tela Tela F F F EPS_ EPS_ EPS_ EPS_C EPS_C EPS_C w 4 Conclusões Uma forma de reduzir as vibrações esruurais resulanes da exciação direca dos pavimenos dos edifícios é a uilização de uma camada resiliene conínua que separa a lajea e o revesimeno de pavimeno da sua base esruural. A capacidade que os maeriais resilienes êm para amorecer o impaco pode ser avaliada pela sua rigidez dinâmica. Assim, o presene rabalho preendeu conribuir para o conhecimeno do desempenho, a curo prazo, de alguns maeriais resilienes exisenes no mercado, no que diz respeio à sua capacidade de aenuação aos sons de impaco. Foi deerminada, em laboraório, a rigidez dinâmica aparene dos maeriais e, a parir dos resulados dos ensaios, foi possível fazer a previsão da redução sonora aos sons de impaco que esses maeriais proporcionam. Exisem aspecos dese rabalho cujo esudo deveria ser mais alargado e desenvolvido. Como se fez uma análise a curo prazo, é de odo conveniene fazer uma análise do desempenho do maerial a longo prazo, de modo a se poder fazer uma avaliação mais complea do maerial, no que diz respeio à sua capacidade para reduzir o nível sonoro aos sons de percussão quando sujeio à carga da lajea fluuane ao longo dos anos. Noe-se que, para maeriais muio compressíveis, a aplicação da carga faz diminuir a espessura e orna o maerial mais rígido pelo que a rigidez dinâmica do maerial aumena. Seria ambém ineressane ensaiar uma gama alargada de espessuras do mesmo maerial para se poder deecar endências viscoelásicas no seu comporameno.

12 Ana Neves, Juliea Anónio, Ana Nossa Referências [] EN ISO 40-8 (997). Acusica. Medição do isolameno sonoro de edifícios e de elemenos de consrução. Pare 8: Medição em laboraório da redução da ransmissão sonora de revesimeno de piso em pavimeno normalizado. [] ISO 905- (989). Acousics. Deerminaion of dynamic siffness. Par : Maerials used under floaing floors in dwellings. [3] Baron, N.; Bonfiglio, P.; Fausi, P. Dynamic Siffness Of Maerials Used For Reducion In Impac Noise : Comparison Beween Differen Measuremen Techniques. Acúsica 004, Guimarães. [4] Schiavi, A.; Belli, A. P.; Corallo, M.; Russo, F. Acousical performance characerizaion of resilien maerials used under floaing floors in dwellings. Aca Acusica unied wih Acusica, Vol. 3(3), 007, pp [5] Bearello, F.; Fausi, P.; Schiavi, A. On he dynamic siffness of maerials used under floaing floors : analysis of he resonan frequency dependence by exciaion force ampliude using differen measuremen echniques. 9 h Inernacional Congress on Acousics, Madrid, -7 Sepember 007. [6] Schiavi, A.; Belli, A. P.; Russo, F. Esimaion of acousical performance of floaing floors from dynamic siffness of resilien layers. Journal of Building Acousics, Vol. (), 005, pp [7] EN 354- (000). Building acousics. Esimaion of acousic performance of building from he performance of elemens. Par : Impac sound insulaion beween rooms. [8] EN ISO 77- (996). Acousics. Raing of sound insulaion in buildings and of buildings elemens. Par : Impac sound. [9] ISO (994). Vibraion and shock. Experimenal deerminaion of mechanical mobiliy. Par 5 : Measuremens using impac exciaion wih an excier which is no aached o he srucure. [0] Feris, D, G. Mechanical and srucural vibraion, John Wiley&Sons, INC, Cidade de Publicação, 995. [] Resisance o he passage of sound, Building Regulaions 000 Approved Documen E, RIBA Bookshops, 006

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO Luiz Henrique Paraguassú de Oliveira 1, Paulo Robero Guimarães Couo 1, Jackson da Silva Oliveira 1, Walmir Sérgio da Silva 1, Paulo Lyra Simões

Leia mais

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Misturas betuminosas determinação do módulo de resiliência

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Misturas betuminosas determinação do módulo de resiliência Méodo de Ensaio Página 1 de 5 RESUMO Ese documeno, que é uma norma écnica, esabelece o méodo para deerminar o módulo de resiliência de misuras beuminosas, de uilidade para projeo de pavimenos flexíveis.

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

4. SINAL E CONDICIONAMENTO DE SINAL

4. SINAL E CONDICIONAMENTO DE SINAL 4. SINAL E CONDICIONAMENO DE SINAL Sumário 4. SINAL E CONDICIONAMENO DE SINAL 4. CARACERÍSICAS DOS SINAIS 4.. Período e frequência 4..2 alor médio, valor eficaz e valor máximo 4.2 FILRAGEM 4.2. Circuio

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

Tecnologia alternativa para construção de habitação de interesse social com painéis pré-fabricados de concreto armado

Tecnologia alternativa para construção de habitação de interesse social com painéis pré-fabricados de concreto armado Tecnologia alernaiva para consrução de habiação de ineresse social com painéis pré-fabricados de concreo armado Eleandro Cao Thaís L. Provenzano Fernando Barh 3 Programa de Pós-graduação em Arquieura e

Leia mais

3 Estudo da Barra de Geração [1]

3 Estudo da Barra de Geração [1] 3 Esudo da Barra de eração [1] 31 Inrodução No apíulo 2, raou-se do máximo fluxo de poência aiva e reaiva que pode chear à barra de cara, limiando a máxima cara que pode ser alimenada, e do possível efeio

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549 Capíulo 2 Soluções: Medição da Acividade Económica Exercício 24 (PIB pelaópica da despesa) i. Usando os valores da abela que consa do enunciado, a solução das várias alíneas é imediaa, basando para al

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

Introdução às Medidas em Física

Introdução às Medidas em Física Inrodução às Medidas em Física 43152 Elisabeh Maeus Yoshimura emaeus@if.usp.br Bloco F Conjuno Alessandro Vola sl 18 agradecimenos a Nemiala Added por vários slides Conceios Básicos Lei Zero da Termodinâmica

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 8 a 1 de novembro de 24 Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indúsria de Óleos Vegeais Regiane Klidzio (URI) gep@urisan.che.br

Leia mais

di L Ri v V dt + + = (1) dv dt

di L Ri v V dt + + = (1) dv dt Experiência Circuio RLC érie Regime DC Aluno: Daa: / /. Objeivos de Aprendizagem dese Experimeno A experiência raa de circuios ransiórios de segunda ordem. O objeivo dese experimeno é: Analisar as diferenes

Leia mais

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6]

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6] 4 O Fenômeno da Esabilidade de Tensão [6] 4.1. Inrodução Esabilidade de ensão é a capacidade de um sisema elérico em maner ensões aceiáveis em odas as barras da rede sob condições normais e após ser submeido

Leia mais

DINÂMICA POPULACIONAL COM CONDIÇÃO INICIAL FUZZY

DINÂMICA POPULACIONAL COM CONDIÇÃO INICIAL FUZZY DINÂMICA OULACIONAL COM CONDIÇÃO INICIAL FUZZY Débora Vailai (ICV-UNICENTRO), Maria José de aula Casanho (Orienadora), e-mail: zeza@unicenro.br. Universidade Esadual do Cenro-Oese, Seor de Ciências Exaas

Leia mais

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Os ponos de equilíbrio de um modelo esão localizados onde o gráfico de + versus cora a rea definida pela equação +, cuja inclinação é (pois forma um ângulo

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

Para Newton, conforme o tempo passa, a velocidade da partícula aumenta indefinidamente. ( )

Para Newton, conforme o tempo passa, a velocidade da partícula aumenta indefinidamente. ( ) Avaliação 1 8/0/010 1) A Primeira Lei do Movimeno de Newon e a Teoria da elaividade esria de Einsein diferem quano ao comporameno de uma parícula quando sua velocidade se aproxima da velocidade da luz

Leia mais

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS ENTRO DE TENOLOGIA LABORATÓRIO DE HIDRÁULIA Vladimir aramori Josiane Holz Irene Maria haves Pimenel Marllus Gusavo Ferreira Passos das Neves Maceió - Alagoas Ouubro de 2012

Leia mais

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre 1. Objeivos. Inrodução 3. Procedimeno experimenal 4. Análise de dados 5. Quesões 6. Referências 1. Objeivos Nesa experiência, esudaremos o movimeno da queda de

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON)

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON) TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 8 LIVRO DO NILSON). CONSIDERAÇÕES INICIAIS SÉRIES DE FOURIER: descrevem funções periódicas no domínio da freqüência (ampliude e fase). TRANSFORMADA DE FOURIER:

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

F B d E) F A. Considere:

F B d E) F A. Considere: 5. Dois corpos, e B, de massas m e m, respecivamene, enconram-se num deerminado insane separados por uma disância d em uma região do espaço em que a ineração ocorre apenas enre eles. onsidere F o módulo

Leia mais

2 Formulação do Problema

2 Formulação do Problema 30 Formulação do roblema.1. Dedução da Equação de Movimeno de uma iga sobre Fundação Elásica. Seja a porção de viga infinia de seção ransversal consane mosrada na Figura.1 apoiada sobre uma base elásica

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016 Nome: Aluno nº: Duração: h:30 m MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lecivo 05/6 - ª Época (V) 8 de Janeiro de 06 I (7 valores) No quadro de dados seguine (Tabela

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos Análise de Projecos ESAPL / IPVC Criérios de Valorização e Selecção de Invesimenos. Méodos Dinâmicos Criério do Valor Líquido Acualizado (VLA) O VLA de um invesimeno é a diferença enre os valores dos benefícios

Leia mais

UM MÉTODO RÁPIDO PARA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO ENROLAMENTO DO ESTATOR DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DO TIPO GAIOLA

UM MÉTODO RÁPIDO PARA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO ENROLAMENTO DO ESTATOR DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DO TIPO GAIOLA ART643-07 - CD 262-07 - PÁG.: 1 UM MÉTD RÁPID PARA ANÁLISE D CMPRTAMENT TÉRMIC D ENRLAMENT D ESTATR DE MTRES DE INDUÇÃ TRIFÁSICS D TIP GAILA 1 - RESUM Jocélio de Sá; João Robero Cogo; Hécor Arango. objeivo

Leia mais

APÊNDICE A. Rotação de um MDT

APÊNDICE A. Rotação de um MDT APÊNDICES 7 APÊNDICE A Roação de um MDT 8 Os passos seguidos para a realização da roação do MDT foram os seguines: - Deerminar as coordenadas do cenro geomérico da região, ou pono em orno do qual a roação

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

MECÂNICA DE PRECISÃO - ELETRÔNICA I - Prof. NELSON M. KANASHIRO FILTRO CAPACITIVO

MECÂNICA DE PRECISÃO - ELETRÔNICA I - Prof. NELSON M. KANASHIRO FILTRO CAPACITIVO . INTRODUÇÃO Na saída dos circuios reificadores, viso na aula anerior, emos ensão pulsane que não adequada para o funcionameno da maioria dos aparelhos elerônicos. Esa ensão deve ser conínua, semelhane

Leia mais

Cap. 5 - Tiristores 1

Cap. 5 - Tiristores 1 Cap. 5 - Tirisores 1 Tirisor é a designação genérica para disposiivos que êm a caracerísica esacionária ensão- -correne com duas zonas no 1º quadrane. Numa primeira zona (zona 1) as correnes são baixas,

Leia mais

Capítulo 11. Corrente alternada

Capítulo 11. Corrente alternada Capíulo 11 Correne alernada elerônica 1 CAPÍULO 11 1 Figura 11. Sinais siméricos e sinais assiméricos. -1 (ms) 1 15 3 - (ms) Em princípio, pode-se descrever um sinal (ensão ou correne) alernado como aquele

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

Respondidos (parte 13)

Respondidos (parte 13) U Coneúdo UNoas de aulas de Transpores Exercícios Respondidos (pare 3) Hélio Marcos Fernandes Viana da pare 3 Exemplo numérico de aplicação do méodo udo-ou-nada, exemplo de cálculo do empo de viagem equações

Leia mais

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLIÉCNICA Deparameno de Engenharia de Sisemas Elerônicos PSI EPUSP PSI 3031 - LABORAÓRIO DE CIRCUIOS ELÉRICOS INRODUÇÃO EÓRICA - EXPERIÊNCIA 3 Comporameno de um componene

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL Movimeno unidimensional Prof. DSc. Anderson Corines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL 218.1 Objeivos Ter uma noção inicial sobre: Referencial Movimeno e repouso Pono maerial e corpo exenso Posição Diferença

Leia mais

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade CPÍULO nálise de Pós-opimização e de Sensibilidade. Inrodução Uma das arefas mais delicadas no desenvolvimeno práico dos modelos de PL, relaciona-se com a obenção de esimaivas credíveis para os parâmeros

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas. Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Hidrograma Unitário Sintético

Hidrograma Unitário Sintético Universidade de São Paulo PH 3307 Hidrologia plicada Escola Poliécnica Deparameno de Engenharia Hidráulica e mbienal Hidrograma Uniário Sinéico ula 22 Pare 2-2 Prof. Dr. risvaldo Méllo Prof. Dr. Joaquin

Leia mais

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade 3 Uma meodologia para validação esaísica da análise écnica: a busca pela homogeneidade Ese capíulo em como objeivo apresenar uma solução para as falhas observadas na meodologia uilizada por Lo e al. (2000)

Leia mais

ESTUDO DO MOVIMENTO UNIFORMEMENTE ACELERADO DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

ESTUDO DO MOVIMENTO UNIFORMEMENTE ACELERADO DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE TRABALHO PRÁTICO ESTUDO DO MOVIMENTO UNIFORMEMENTE ACELERADO DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE Objecivo Preende-se esudar o movimeno recilíneo e uniformemene acelerado medindo o empo gaso por um

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE Física Laboraorial I Ano Lecivo 007/009 TRABALHO PRÁTICO Nº 1 - QUÍMICA E QUÍMICA INDUSTRIAL DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE Objecivo - Nese rabalho preende-se deerminar o valor local da aceleração

Leia mais

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1.

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1. 1. (Unesp 017) Um cone circular reo de gerariz medindo 1 cm e raio da base medindo 4 cm foi seccionado por um plano paralelo à sua base, gerando um ronco de cone, como mosra a figura 1. A figura mosra

Leia mais

Lista de exercícios 3. September 15, 2016

Lista de exercícios 3. September 15, 2016 ELE-3 Inrodução a Comunicações Lisa de exercícios 3 Sepember 5, 6. Enconre a ransformada de Hilber x() da onda quadrada abaixo. Esboce o especro de x() j x(). [ ] x() = Π ( n). n=. Um sinal em banda passane

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco Função de risco, h() 3. Função de risco ou axa de falha Manuenção e Confiabilidade Prof. Flavio Fogliao Mais imporane das medidas de confiabilidade Traa-se da quanidade de risco associada a uma unidade

Leia mais

Versão preliminar serão feitas correções em sala de aula 1

Versão preliminar serão feitas correções em sala de aula 1 Versão preinar serão feias correções em sala de aula 7.. Inrodução Dependendo das condições de soliciação, o maerial pode se enconrar sob diferenes esados mecânicos. Quando as cargas (exernas) são pequenas

Leia mais

Análise e Processamento de BioSinais

Análise e Processamento de BioSinais Análise e Processameno de BioSinais Mesrado Inegrado em Engenaria Biomédica Faculdade de Ciências e Tecnologia Slide Análise e Processameno de BioSinais MIEB Adapado dos slides S&S de Jorge Dias Tópicos:

Leia mais

Voo Nivelado - Avião a Hélice

Voo Nivelado - Avião a Hélice - Avião a Hélice 763 º Ano da icenciaura em ngenharia Aeronáuica edro. Gamboa - 008. oo de ruzeiro De modo a prosseguir o esudo analíico do desempenho, é conveniene separar as aeronaves por ipo de moor

Leia mais

CINÉTICA RADIOATIVA. Introdução. Tempo de meia-vida (t 1/2 ou P) Atividade Radioativa

CINÉTICA RADIOATIVA. Introdução. Tempo de meia-vida (t 1/2 ou P) Atividade Radioativa CIÉTIC RDIOTIV Inrodução Ese arigo em como objeivo analisar a velocidade dos diferenes processos radioaivos, no que chamamos de cinéica radioaiva. ão deixe de anes esudar o arigo anerior sobre radioaividade

Leia mais

Circuitos elétricos oscilantes. Circuito RC

Circuitos elétricos oscilantes. Circuito RC Circuios eléricos oscilanes i + - Circuio C Processo de carga do capacior aé V c =. Como C /V c a carga de euilíbrio é C. Como variam V c, i e durane a carga? Aplicando a Lei das Malhas no senido horário

Leia mais

2.ª AULA Representação gráfica de sinais Rampa unitária, Impulso unitário e Escalão unitário

2.ª AULA Representação gráfica de sinais Rampa unitária, Impulso unitário e Escalão unitário Insiuo Poliécnico de Seúbal Engenharia Elecroécnica Conrolo.ª AULA Represenação gráfica de sinais Rampa uniária, Impulso uniário e Escalão uniário Docene Prof.ª Sónia Marques Insiuo Poliécnico de Seúbal

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (v) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

BÁRBARA DA LUZ LOURAÇO ROCHA DE AZEVEDO PROENÇA ESTUDO NUMÉRICO DA PROPAGAÇÃO DE ONDAS NO RECIFE ARTIFICIAL DE S. PEDRO DO ESTORIL

BÁRBARA DA LUZ LOURAÇO ROCHA DE AZEVEDO PROENÇA ESTUDO NUMÉRICO DA PROPAGAÇÃO DE ONDAS NO RECIFE ARTIFICIAL DE S. PEDRO DO ESTORIL Universidade de Aveiro 9 Deparameno de Física BÁRBARA DA LUZ LOURAÇO ROCHA DE AZEVEDO PROENÇA ESTUDO NUMÉRICO DA PROPAGAÇÃO DE ONDAS NO RECIFE ARTIFICIAL DE S. PEDRO DO ESTORIL Universidade de Aveiro 9

Leia mais

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL,

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, 993-0 Alfredo Tsunechiro (), Vagner Azarias Marins (), Maximiliano Miura (3) Inrodução O milho safrinha é

Leia mais

QUESTÃO 60 DA CODESP

QUESTÃO 60 DA CODESP UEÃO 60 D CODE - 0 êmpera é um ipo de raameno érmico uilizado para aumenar a dureza de peças de aço respeio da êmpera, é correo afirmar: ) a êmpera modifica de maneira uniforme a dureza da peça, independenemene

Leia mais

Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Física Experimental (Engenharia Informática) (2008/2009) 2ª.

Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Física Experimental (Engenharia Informática) (2008/2009) 2ª. Deparameno de Física da Faculdade de iências da Universidade de Lisboa Física Experimenal (Engenharia Informáica) (8/9) ª. Época 1. a) onsidere um circuio divisor de correne semelhane ao usado no laboraório.

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 1 III Congresso da Sociedade Poruguesa de Esaísica Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 Políicas Ópimas e Quase-Ópimas de Inspecção de um Sisema Sujeio a Falhas Cláudia Nunes, João Amaral Deparameno de Maemáica,

Leia mais

INTRODUÇÃO TEÓRICA - EXPERIÊNCIA 3. Comportamento de Componentes Passivos

INTRODUÇÃO TEÓRICA - EXPERIÊNCIA 3. Comportamento de Componentes Passivos UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLIÉCNICA Deparameno de Engenharia de Sisemas Elerônicos PSI - EPUSP PSI 3031/3212 - LABORAÓRIO DE CIRCUIOS ELÉRICOS INRODUÇÃO EÓRICA - EXPERIÊNCIA 3 Comporameno de Componenes

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

Exercícios de torção livre em seção circular fechada - prof. Valério SA Universidade de São Paulo - USP

Exercícios de torção livre em seção circular fechada - prof. Valério SA Universidade de São Paulo - USP São Paulo, dezembro de 2015. 1) a. Deerminar a dimensão a de modo a se er a mesma ensão de cisalhameno máxima nos rechos B-C e C-D. b. Com al dimensão pede-se a máxima ensão de cisalhameno no recho A-B.

Leia mais

Noções de Espectro de Freqüência

Noções de Espectro de Freqüência MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - Campus São José Curso de Telecomunicações Noções de Especro de Freqüência Marcos Moecke São José - SC, 6 SUMÁRIO 3. ESPECTROS DE FREQÜÊNCIAS 3. ANÁLISE DE SINAIS NO DOMÍNIO DA

Leia mais

Especificação LNEC E465

Especificação LNEC E465 Especificação LNEC E465 Meodologia para esimar as propriedades de desempenho que permiem saisfazer a vida úil de projeco de esruuras de beão armado ou préesforçado sob as exposições ambienais XC e XS Enquadrameno

Leia mais

Introdução aos multivibradores e circuito integrado 555

Introdução aos multivibradores e circuito integrado 555 2 Capíulo Inrodução aos mulivibradores e circuio inegrado 555 Mea dese capíulo Enender o princípio de funcionameno dos diversos ipos de mulivibradores e esudo do circuio inegrado 555. objeivos Enender

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

5.1 Objectivos. Caracterizar os métodos de detecção de valor eficaz.

5.1 Objectivos. Caracterizar os métodos de detecção de valor eficaz. 5. PRINCÍPIOS DE MEDIÇÃO DE CORRENE, ENSÃO, POÊNCIA E ENERGIA 5. Objecivos Caracerizar os méodos de deecção de valor eficaz. Caracerizar os méodos de medição de poência e energia em correne conínua, correne

Leia mais

Escola Secundária da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática Ano Lectivo de 2003/04 Funções exponencial e logarítmica

Escola Secundária da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática Ano Lectivo de 2003/04 Funções exponencial e logarítmica Escola Secundária da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Maemáica Ano Lecivo de 003/04 Funções eponencial e logarímica - º Ano Nome: Nº: Turma: 4 A função P( ) = 500, 0, é usada para deerminar o valor de um

Leia mais

) quando vamos do ponto P até o ponto Q (sobre a reta) e represente-a no plano cartesiano descrito acima.

) quando vamos do ponto P até o ponto Q (sobre a reta) e represente-a no plano cartesiano descrito acima. ATIVIDADE 1 1. Represene, no plano caresiano xy descrio abaixo, os dois ponos (x 0,y 0 ) = (1,2) e Q(x 1,y 1 ) = Q(3,5). 2. Trace a rea r 1 que passa pelos ponos e Q, no plano caresiano acima. 3. Deermine

Leia mais

Redes de Computadores I

Redes de Computadores I Redes de Compuadores I - Ruido, Teorema da Amosragem e Capacidade Máxima de um Canal por Helcio Wagner da Silva. p.1/23 Rerospeciva Sinais perdem sua energia ao longo de seu percurso. Dá-se o nome de aenuação

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (V) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

Porto Alegre, 14 de novembro de 2002

Porto Alegre, 14 de novembro de 2002 Poro Alegre, 14 de novembro de 2002 Aula 6 de Relaividade e Cosmologia Horácio Doori 1.12- O paradoo dos gêmeos 1.12.1- Sisemas Inerciais (observadores) com velocidades diversas vêem a disância emporal

Leia mais

As cargas das partículas 1, 2 e 3, respectivamente, são:

As cargas das partículas 1, 2 e 3, respectivamente, são: 18 GAB. 1 2 O DIA PROCSSO SLTIVO/2006 FÍSICA QUSTÕS D 31 A 45 31. A figura abaixo ilusra as rajeórias de rês parículas movendo-se unicamene sob a ação de um campo magnéico consane e uniforme, perpendicular

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

João Vitor Dias Monteiro, Rosângela H. Loschi, Enrico A. Colosimo e Fábio N. Demarqui

João Vitor Dias Monteiro, Rosângela H. Loschi, Enrico A. Colosimo e Fábio N. Demarqui Comparando as esimaivas produo e de Kim-Proschan: uma avaliação do efeio de diferenes modelos e proporções de censura nas esimaivas da função axa de falha João Vior Dias Moneiro, Rosângela H. Loschi, Enrico

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 16 : CADERNOS DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 PAULO HORTA* A esimaiva dos lucros obidos pelo preenso manipulador apresena-se como uma arefa imporane na análise

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais