uma estrutura convencional. Desta forma, o desempenho de um sistema estrutural está diretamente relacionado com o desempenho de suas ligações.
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- Paula Neves Viveiros
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1 ISSN ESTUDO DE UMA LIGAÇÃO VIGA-PILAR UTILIZADA EM GALPÕES DE CONCRETO PRÉ- MOLDADO Anamaria Malachini Miotto 1 & Mounir Khalil El Dbs 2 Rsumo Em gral, as ligaçõs ntr lmntos pré-moldados d concrto s comportam d manira intrmdiária àqula usualmnt considrada na anális strutural, ond são idalizadas d modo a prmitir ou impdir compltamnt os dslocamntos rotaçõs rlativos ntr os lmntos. A sta caractrística é associada a dnominação d ligaçõs smi-rígidas ou ligaçõs dformávis. Nst trabalho é aprsntado um studo da dformabilidad à flxão da ligação viga-pilar xcutada através d consolo chumbador, muito mprgada m galpõs d concrto pré-moldado. Ess studo foi dsnvolvido através d nsaios físicos, ralizados m 3 protótipos da ligação, modlagm analítica. Nos nsaios físicos foram obsrvadas a variação do comprimnto do consolo a prsnça ou não d aparlho d apoio ntr o consolo a viga. O modlo analítico proposto é basado no Método dos Componnts qu prvê o comportamnto da ligação através da associação dos sus vários mcanismos d dformação. Os valors tóricos foram comparados com os rsultados xprimntais. Essas comparaçõs mostram qu o modlo analítico, dvidamnt calibrado, rprsnta adquadamnt o comportamnto da ligação. Com o intuito d avaliar a influência da dformabilidad da ligação m studo no comportamnto da strutura dos galpõs, foram também ralizadas simulaçõs numéricas. Com bas nssas simulaçõs, a ligação m qustão aprsntou um comportamnto próximo ao d uma ligação rígida, o qu é bastant satisfatório. Palavras-chav: concrto pré-moldado; ligaçõs, pórticos planos; galpõs; dformabilidad. 1 INTRODUÇÃO O studo do comportamnto strutural possui uma grand importância para o dsnvolvimnto dos sistmas construtivos d concrto pré-moldado. A prsnça das ligaçõs é qu difrncia basicamnt uma strutura d concrto pré-moldado d 1 Doutora m Engnharia d Estruturas - EESC-USP, anamaria@uol.com.br 2 Profssor do Dpartamnto d Engnharia d Estruturas da EESC-USP, mkdbs@sc.usp.br
2 2 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs uma strutura convncional. Dsta forma, o dsmpnho d um sistma strutural stá dirtamnt rlacionado com o dsmpnho d suas ligaçõs. As ligaçõs ntr os lmntos pré-moldados, m gral, não s comportam da forma usualmnt considrada na anális strutural, ond são idalizadas d manira a prmitir ou impdir compltamnt os dslocamntos rlativos ntr os lmntos. D fato, m maior ou mnor grau, stas ligaçõs aprsntam uma crta dformação quando solicitadas. Como consqüência, a distribuição dos sforços solicitants na strutura pod s afastar, m maior ou mnor grau, da obtida sm considrar st fito. As ligaçõs qu aprsntam st comportamnto rcbm na litratura técnica a dnominação d ligaçõs smi-rígidas. A dtrminação dos valors das dformabilidads das ligaçõs d struturas d concrto pré-moldado tm sido fita, gralmnt, por mio d rsultados xprimntais, raramnt, por mio d modlos analíticos ou numéricos. Entrtanto, as mtodologias basadas somnt nos procdimntos xprimntais possum um custo lvado os rsultados obtidos nos nsaios, a rigor, são limitados apnas às ligaçõs com o msmo dtalhamnto, matriais dimnsõs da ligação nsaiada, tndo assim uma aplicação rstrita do ponto d vista prático. Também, na maior part dos trabalhos xprimntais xistnts há procupação apnas com a dtrminação do valor global da rigidz da ligação, não sndo forncidas maiors indicaçõs sobr os parâmtros intrnos da ligação qu intrfrm m sua dformabilidad. Por stas razõs, ainda não s formou uma bas d dados suficint sobr o comportamnto nm s dispõ d critérios dirtrizs para o projto d ligaçõs típicas, qu lvm m conta a rigidz. Entr as altrnativas mtodológicas para a abordagm da qustão, é consnso ntr os spcialistas qu a utilização d modlos analíticos para a dtrminação da dformabilidad d ligaçõs é d grand intrss para a aplicação m projto. Isto porqu sts modlos forncm ao projtista mios d avaliar a rigidz da ligação m função do comportamnto d sus componnts intrnos. Nst trabalho é aprsntado um studo da dformabilidad à flxão da ligação vigapilar xcutada através d consolo chumbador (Figura 1). Esta ligação é muito mprgada m galpõs d concrto pré-moldado (Figura 2). Est sistma construtivo tm sido amplamnt aplicado m todo o Brasil, aprsntando muito boa funcionalidad comptitividad conômica. O studo foi dsnvolvido através d nsaios físicos, ralizados m 3 protótipos da ligação, modlagm analítica. Nos nsaios físicos foram obsrvadas a variação do comprimnto do consolo a prsnça ou não d aparlho d apoio ntr o consolo a viga. O modlo analítico proposto é basado no Método dos Mcanismos Básicos d Dformação qu prvê o comportamnto da ligação através da associação dos sus vários mcanismos d dformação. Foram também ralizadas simulaçõs numéricas com o intuito d avaliar a influência da dformabilidad da ligação m studo no comportamnto da strutura dos galpõs.
3 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado 3 Figura 1 - Ligação viga-pilar studada. Figura 2 Exmplo d um galpão d concrto pré-moldado. 2 ESTUDO EXPERIMENTAL 2.1 Programa xprimntal Foram nsaiados três protótipos da ligação viga-pilar aprsntada na Figura 1. Na Tabla 1 stá rsumido o programa xprimntal. Como pod sr obsrvado nsta Tabla, no modlo 1.3 foi utilizada uma almofada d apoio com 10mm d spssura ntr a viga o consolo. Esta almofada é constituída por uma argamassa com fibras. Est matrial vm sndo studado na EESC-USP, conform aprsnta BARBOZA t al. (2000). Na Tabla 2 ncontram-s runidos os principais dados rlativos aos nsaios ralizados nos modlos da ligação m studo.
4 4 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs Tabla 1 - Rsumo do programa xprimntal. Modlo Caractrísticas dos modlos Variávis l c (cm) h c (cm) φ (mm) almofada d apoio chumbador (φ variávl) sm sção AA 1.2 A sm com 25 =10mm h c lc 30 A com sm almofada d apoio (dimnsõs m cm) * O modlo 1.1 foi nsaiado no Mstrado d SOARES (1998). ** Os modlos foram nsaiados no Doutorado d MIOTTO (2002). *** l c - comprimnto do consolo. h c - altura da xtrmidad do consolo. φ - diâmtro do chumbador. var. As caractrísticas do modlo 1.1 são usualmnt adotadas na prática. Com o intuito d avaliar o comportamnto da ligação com consolos curtos, scolhu-s o valor d 25cm como sndo um valor limit mínimo para o comprimnto dos consolos dos modlos Porém, com st valor d lc a rsistência da ligação rduz muito m comparação com a do modlo 1.1, com lc d 50cm. Dsta forma, dfiniu-s a sgunda variávl: o diâmtro dos chumbadors igual a 25mm. Em princípio, st diâmtro além d garantir uma rsistência dsjávl confr uma rigidz adquada à ligação. Tabla 2 - Dados rlativos aos nsaios dos modlos da ligação m studo. Dados rlativos aos nsaios Dado modlo 1.1 modlo 1.2 modlo 1.3 Rsistência média à comprssão do concrto 35,8 MPa 65,4 MPa 65,5 MPa Rsistência média à tração do concrto 2,2 MPa 4,0 MPa 4,8 MPa Módulo d lasticidad longitudinal do 18,9 GPa 37,1 GPa 37,6 GPa concrto Módulo d lasticidad da almofada d argamassa com fibras MPa O aço dos chumbadors foi o SAE 1020 (fy 250 MPa). O aço utilizado na confcção da armadura foi do tipo CA 50. Para ancorar os chumbadors no concrto utilizou-s uma ancoragm mcânica qu consistiu m uma chapa d aço, d 16mm d spssura, soldada na barra a aproximadamnt 3,0 cm da xtrmidad. 2.2 Esquma d nsaio O modlo 1.1 foi nsaiado na posição normal submtido apnas a momntos fltors ngativos, nquanto qu os modlos foram nsaiados na posição
5 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado 5 invrtida para facilitar a aplicação do carrgamnto rvrso, conform aprsntado na Figura 3. Com isto os modlos foram submtidos a momntos fltors positivos ngativos. O squma dos nsaios dos modlos é o aprsntado na Figura 3 ilustrado na Figura 4. Na Figura 5 ilustra-s o squma do nsaio no modlo 1.1. Cab mncionar qu momnto ngativo aqui s rfr ao momnto qu traciona a part suprior da viga na rgião da ligação viga-pilar dos pórticos pré-moldados (qu corrspond ao momnto qu causa tração na fac infrior da viga no squma da Figura 3). dispositivo para aplicação do carrgamnto atuador srvo-controlado 20 noprn apoio (strutura d ração) 3 variávl m função da ncssidad laj d ração Figura 3 - Esquma dos nsaios dos modlos (dimnsõs m cm). Figura 4 - Esquma dos nsaios dos modlos ilustração.
6 6 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs Figura 5 - Esquma d nsaio do modlo Instrumntação A instrumntação dos modlos foi fita d acordo com a Figura 6. O modlo 1.1 foi instrumntado d manira smlhant. Os transdutors foram colocados para possibilitar a avaliação complta dos dslocamntos dos modlos. Os rlógios comparadors têm a finalidad d mdir os dslocamntos rlativos ntr o consolo a viga. trandutors d dslocamntos rlógios comparadors posição dos chumbadors lc/2 laj d ração Figura 6 - Instrumntação xtrna dos modlos
7 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado Dformação dos modlos A Figura 7 mostra a dformação da viga m rlação ao consolo do modlo 1.1. Na Figura 8 ilustra-s o afastamnto da viga m rlação ao consolo do modlo 1.3, para a situação d momntos fltors ngativos. O modlo 1.2 aprsntou a msma forma d dformação qu o modlo 1.3. Figura 7 - Obsrvação da junta viga-consolo - modlo 1.1. M M rgião ilustrada Figura 8 - Dformação do modlo 1.3 momntos fltors ngativos. Na Figura 9 ilustra-s o afastamnto da viga m rlação ao consolo, quando a ligação é submtida a momntos fltors positivos. Cab mncionar qu o modlo 1.2 sofru
8 8 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs dformaçõs smlhants as do modlo 1.3, por isso, as fotos qu ilustram a dformação dos modlos são d apnas um dls. M M rgião ilustrada (a) vista frontal (b) vista suprior; Figura 9 - Dformação do modlo 1.3 momntos fltors positivos. 3 PROCEDIMENTO ANALÍTICO PARA A DETERMINAÇÃO DA DEFORMABILIDADE AO MOMENTO FLETOR DA LIGAÇÃO O modlo analítico utilizado para a avaliação da dformabilidad das ligaçõs nsaiadas xprimntalmnt é basado no aprsntado m FERREIRA (1993). Nss modlo, dois mcanismos básicos d dformação são considrados: o alongamnto do chumbador por tração a dformação da junta viga/consolo na rgião da comprssão da ligação. Est modlo stá dtalhadamnt aprsntado m MIOTTO (2002), sgundo o qual o diagrama momnto fltor-rotação analítico é um diagrama tri-linar conform aprsntado na Figura 10. O modlo proposto para o protótipo 1.3 é praticamnt igual ao proposto para os protótipos A difrnça é qu para o modlo 1.3 os mcanismos básicos d
9 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado 9 dformação considrados são o alongamnto do chumbador por tração a dformação da almofada d apoio na rgião da comprssão da ligação. M (+) My B Mr A Km,2 φ (-) φy' φr' Km,1' O Km,1 φr φy φ (+) A' Mr' Km,2' B' My' M (-) Figura 10 Modlo proposto para a rlação momnto-rotação da ligação m studo (MIOTTO (2002)). ond.: M r /M r - mnor valor ntr o momnto d fissuração da viga do consolo, dado pla xprssão 1 [NBR6118 (2003)]; M y /M y - momnto d plastificação da ligação; K m,1 /K m,1 - rigidz à flxão da ligação ants da fissuração; K m,2 /K m,2 - rigidz à flxão da ligação dpois da fissuração. M α f I ct 1 r = (1) h x1 sndo: f = 0,9 ct f ct,sp ond: α = 1, 5 f ct,sp - rsistência do concrto à tração indirta; I 1 - momnto d inércia da sção da viga/consolo no stádio I; x 1 - posição da linha nutra da sção da viga/consolo no stádio I; h - altura da viga/consolo. O momnto d plastificação da ligação é dado pla xprssão 2. M y ond: = f A ( l 0,5 x ) (2) f yb A sb x c yb =,1 sb c - rsistência ao scoamnto do chumbador; - ára da sção transvrsal do chumbador; 0 l - comprimnto da rgião d comprssão do consolo, após a fissuração; - distância do chumbador mais tracionado à xtrmidad oposta do consolo;
10 10 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs Os valors d Km para a fas antrior postrior à fissuração são dados pla xprssão 3. Na qual o primiro trmo corrspond ao mcanismo d alongamnto do chumbador o sgundo trmo s rfr à comprssão da junta viga-consolo. D 1 l s njs m = = + (3) K m A sb Es ( l 0,5 xc ) l ( l 0,5 xc ) x c b l ond: l s - comprimnto d contribuição do chumbador; l s = l 0 + 0, 7 l mb - ants da fissuração [basado m SOARES (1998)]; l = l + l - dpois da fissuração [basado m SOARES (1998)]; s 0 mb l 0 - comprimnto livr do chumbador; l mb - comprimnto d mbutimnto do chumbador; E s - módulo d lasticidad longitudinal do chumbador; D njs - dformabilidad à comprssão da junta viga-consolo, conform MIOTTO (2002); b - largura do consolo. D Para podr rprsntar o protótipo 1.3, o sgundo trmo da xprssão 3 dv sr substituído pla xprssão 4. Com isto, tm-s a xprssão 5 para o cálculo da dformabilidad da ligação com almofada d apoio. D D ma m = ( l 1 = K m 0,5 x = A sb c E h a ) x s c ( l b l l s E 0,5 x a c ) l + ( l 0,5 x c h a ) x c b l E a (4) (5) Ond: h a - altura da almofada d apoio; E a - módulo d lasticidad da argamassa da almofada, conform MIOTTO (2002); 4 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS TEÓRICOS COM OS EXPERIMENTAIS Nas Figuras 11, aprsntam-s as curvas momnto fltor-rotação analíticas xprimntais dos modlos 1.1, , rspctivamnt. Com bas nssas Figuras nota-s qu o modlo analítico rprsnta adquadamnt o comportamnto da ligação. Sgundo a Figura 12a, as curvas tórica xprimntal são praticamnt coincidnts, para o protótipo 1.2 com carrgamnto no sntido d momnto ngativo. D acordo com a Figura 13a, para o protótipo 1.3, a partir do momnto fltor m torno d -20kN.m o modlo tórico passa a sr um pouco mais rígido. Isso s dv principalmnt à prsnça da almofada d apoio. O valor utilizado como su módulo d lasticidad foi dtrminado através d nsaios d comprssão m placas d 15x15x1cm3, qu não traduzm a situação ral. Além disso, ss valor varia m função do carrgamnto, como no prsnt trabalho foi adotado um valor médio, ss pod tr sido suprstimado.
11 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado 11 Curva momnto rotação - modlo 1.1 momnto fltor (kn.m) xprimntal analítico rotação (rad) Figura 11 - Curva momnto-rotação - modlo 1.1 [SOARES (1998)]. Curva momnto rotação - modlo 1.2 momnto fltor (kn.m) xprimntal analítico rotação (rad) (a) - (momnto ngativo) Curva momnto-rotação - modlo momnto fltor (kn.m) xprimntal analítico rotação (rad) (b) - momnto positivo Figura 12 - Curvas momnto rotação - modlo 1.2.
12 12 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs Curva momnto-rotação - modlo momnto fltor (kn.m) xprimntal analítico rotação (rad) (a) - momnto ngativo Curva momnto-rotação modlo 1.3 momnto fltor (kn.m) xprimntal analítico rotação (rad) (b) - momnto positivo Figura 13 - Curvas momnto rotação - modlo 1.3. D acordo com as Figuras 12b 13b nota-s qu inicialmnt o modlo analítico para os protótipos stão muito próximos do comportamnto ral da ligação. Porém, a partir d um momnto fltor m torno d +30kN.m, os modlos tóricos ficam mais rígidos. Isso ocorru provavlmnt dvido ao fato dos protótipos, nssa fas d carrgamnto, starm com sua rigidzs rduzidas tndo m vista o carrgamnto no sntido oposto, aplicado ants. Na Figura 14 aprsntam-s as curvas momnto-rotação dos modlos , para ambos os sntidos d momnto fltor aplicados.
13 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado 13 Curva momnto-rotação momnto fltor (kn.m) modlo modlo ,012-0,008-0, ,004 0,008 0, rotação (rad) Figura 14 - Curva momnto-rotação - comparação ntr os modlos Pod sr obsrvado na Figura 14 qu os gráficos têm formatos smlhants. A principal difrnça no comportamnto do modlo 1.2, sob ação d momntos fltors ngativos, é a acomodação dvida à liminação da rugosidad suprficial da junta consolo-viga. Essa acomodação só ocorru nss sntido d carrgamnto, pois ss foi o primiro sntido d momnto a sr aplicado no modlo. Sgundo a Figura 14 confirma-s qu o modlo 1.3 é mnos rígido, dvido à prsnça da almofada d apoio. Porém, como pod sr obsrvado na Figura 15, é a prsnça da almofada d apoio qu proporciona uma mnor fissuração d comprssão na xtrmidad livr do consolo. Nota: As fissuras m vrmlho foram causadas pla ação do momnto fltor na dirção m studo. (a) - modlo 1.2 (sm almofada d apoio)
14 14 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs Nota: As fissuras m prto foram causadas pla ação do momnto fltor na dirção m studo. (b) modlo 1.3 (com almofada d apoio) Figura 15 - Fissuração dos modlos SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE ESTRUTURA TÍPICA Com o intuito d avaliar a influência da dformabilidad da ligação m studo, ralizaram-s simulaçõs numéricas m uma strutura típica d galpõs para dois tipos d carrgamnto d srviço difrnts: vrtical (pso-próprio dos lmntos struturais não-struturais sobrcarga, conform a Figura 16) horizontal (vnto, conform a Figura 17). 3,75kN/m 3,75kN/m 1,6m 7kN 7kN 7m 16m Figura 16 - Esquma stático carrgamnto 1.
15 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado 15 1,6m 7m 0,28kN/m 0,58kN/m 16m Figura 17 - Esquma stático carrgamnto 2. Na Tabla 3 são aprsntadas as caractrísticas gométricas dos matriais dos lmntos d viga, pilar tirant. Os carrgamntos as dimnsõs da strutura das sçõs transvrsais dos lmntos foram xtraídos d SOARES (1998) qu ralizou um studo smlhant para o modlo 1.1, nsaiado pla autora. Tabla 3 Caractrísticas gométricas dos matriais dos lmntos. Elmnto Ára Inércia Matrial E ν (m 2 ) (m 4 ) (GPa) pilar 3,35 E-2 4,32 E-4 concrto 30 0,2 viga 2,45 E-2 1,07 E-4 concrto 30 0,2 tirant 2,00 E-4 3,22 E-9 aço 200 0,3 Para o cálculo da strutura foi utilizado o programa d computador ANSYS 5.5, disponívl no Dpartamnto d Engnharia d Estruturas da EESC-USP. Para simular as ligaçõs smi-rígidas foram utilizados lmntos d mola, dnominados COMBIN14, sgundo o ANSYS 5.5. Os coficints d rigidz utilizados para a mola foram xtraídos d MIOTTO (2002) corrspondm à situação m srviço da ligação. Na Tabla 4 ncontram-s rsumidas as simulaçõs ralizadas. Tabla 4 Simulaçõs ralizadas - rsumo. Carrgamnto Simulação Ligação Momnto fltor na ligação viga-pilar 1 2 Rigidz da mola (kn.m/rad) 1 ngast ngativo ngativo ngativo ngativo ngast ngativo positivo ngativo positivo ngativo positivo 9170 Na Tabla 5 são aprsntados os valors dos momntos fltors nas ligaçõs vigapilar para a situação d ngast prfito para as situaçõs d ligação smi-rígida.
16 16 Anamaria Malachini Miotto & Mounir Khalil El Dbs Com bas na Tabla 5, nota-s qu para as situaçõs rprsntadas nas simulaçõs, todas as ligaçõs 1.1, são capazs d transmitir m torno 90% do momnto atuant m ambos os sntidos d momnto fltor aplicado. Aprsntando um comportamnto muito próximo ao d uma ligação prfitamnt rígida. Através da anális ralizada, conclui-s qu apsar d aprsntarm rigidzs difrnts, as ligaçõs com sm almofada transmitm praticamnt a msma porcntagm d momnto fltor, ou sja, a difrnça no valor da rigidz não influiu no comportamnto da strutura. Isso mostra a importância da avaliação da influência da rigidz da ligação no comportamnto global da strutura. Valors com ordns d grandza difrnts podm não causar mudanças significativas nos valors dos sforços dformaçõs atuants na strutura. Tabla 5 Momntos fltors nas ligaçõs viga-pilar. Carrgamnto Simulação Ligação Porcntagm d momnto fltor transmitido ( M sr Mr 100 ) ngast 100% % % % 5 ngast 100% 100% % 94% % 93% 6 CONCLUSÕES Com bas no qu foi aprsntado, pod-s concluir: Os nsaios ralizados nos modlos mostraram qu o comportamnto da ligação sob momntos positivos ngativos é praticamnt o msmo, ou sja, a curva momnto rotação da ligação é simétrica; Apsar d causar uma diminuição na rigidz da ligação, a utilização da almofada d apoio também é rcomndada uma vz qu diminui a acomodação inicial da ligação a fissuração da rgião d comprssão do consolo, indicando qu sua prsnça garant uma mlhor distribuição das tnsõs d contato; A utilização do chumbador com diâmtro d uma polgada nutralizou a provávl diminuição d rigidz qu ocorrria com a utilização d um consolo com comprimnto d 25cm (modlos ), bm infrior ao daquls qu vm sndo xcutados na indústria, m torno d 50cm (modlo 1.1); As comparaçõs dos valors obtidos através dos procdimntos analíticos com os rsultados xprimntais, para os três protótipos da ligação m studo,
17 Estudo d uma ligação viga-pilar utilizada m galpõs d concrto pré-moldado 17 indicaram qu o procdimnto proposto dtrminou adquadamnt a dformabilidad dssas ligaçõs. As difrnças xistnts são pqunas dvidas às simplificaçõs limitaçõs dos modlos. Em s tratando d um problma tão complxo, como a modlagm d ligaçõs pré-moldadas d concrto, considra-s os modlos propostos satisfatórios; Através da anális ralizada sobr a influência da rigidz da ligação no comportamnto strutural dos galpõs d concrto pré-moldado, notou-s qu para as situaçõs rprsntadas plos xmplos, todos os modlos são capazs d transmitir aproximadamnt 90% do momnto atuant m ambos os sntidos d momnto fltor aplicado. Aprsntando um comportamnto muito próximo ao d uma ligação prfitamnt rígida, o qu é bastant satisfatório; 7 AGRADECIMENTOS Ao CNPq à FAPESP, plas bolsas d studo concdidas aos psquisadors. À FAPESP, plos rcursos forncidos ao Projto Tmático dsnvolvido no SET- EESC-USP, os quais possibilitaram a ralização dos nsaios das ligaçõs. 8 REFERÊNCIAS ANSYS RELEASE (1998). Analysis guid. 3rd dition. SAS IP, Inc. ANSYS RELEASE (1998). Elmnts manual. 3rd dition. SAS IP, Inc. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003). NBR6118 Projto xcução d struturas d concrto armado. Rio d Janiro. BARBOZA, A. S. R.; SOARES, A. M. M.; EL DEBS, M. K. (2000). A nw matrial to b usd as baring pad in prcast concrt connctions. In: 1 rst INTERNATIONAL CONFERENCE ON INNOVATION IN ARCHITECTURE, ENGINEERING AND CONSTRUCTION (AEZ). FERREIRA, M.A., (1993). Estudo d dformabilidads d ligaçõs para anális linar m pórticos planos d lmntos pré-moldados d concrto. São Carlos. Dissrtação (Mstrado) - Escola d Engnharia d São Carlos, Univrsidad d São Paulo. MIOTTO, A. M. (2002). Ligaçõs viga-pilar d struturas d concrto prémoldado: anális com ênfas na dformabilidad ao momnto fltor. São Carlos. Ts (Doutorado) - Escola d Engnharia d São Carlos, Univrsidad d São Paulo. SOARES, A. M. M. (1998). Anális strutural d pórticos planos d lmntos préfabricados d concrto considrando a dformabilidad das ligaçõs. São Carlos. 178p. Dissrtação (Mstrado) - Escola d Engnharia d São Carlos, Univrsidad d São Paulo.
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