Capítulo 3. Consumo e Poupança 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 3. Consumo e Poupança 1"

Transcrição

1 apíulo 3. onsumo e oupança 3.. onceios e Facos 3.. Escolha Ineremporal 3.3. Renimeno ermanene e iclo e Via 3.4. Função onsumo 3. onceios e Facos aa inivíuo ou família ecie, em caa momeno, como iviir o seu renimeno isponível enre consumo e poupança. Designamos por consumo a espesa em bens e serviços com visa à saisfação e necessiaes e esejos. Esas poem ser necessiaes básicas, como alimenação, vesuário e habiação; ou esejos associaos ao consumo e bens e luxo, como férias num país exóico. A poupança é a iferença enre o renimeno isponível e a espesa em bens e consumo, seno igual à variação a riqueza o inivíuo ou família. A ecisão enre consumo e poupança é, em úlima análise, uma ecisão enre consumo no presene e consumo no fuuro. onhecer as necessiaes as pessoas ajua-nos a compreener o seu comporameno em ermos o consumo e bens e serviços. Abraham Maslow (943) propôs uma eoria hierárquica com cinco níveis e necessiaes: fisiológicas, e segurança, sociais, e auoesima, e e realização pessoal. Quano uma pessoa saisfaz as suas necessiaes e um nível básico, passa a procurar saisfazer as suas necessiaes o nível imeiaamene superior. O consumo permie saisfazer necessiaes básicas, influencia as relações sociais, e chega a efinir, em cera meia, a imagem e a própria ieniae a pessoa. Ese exo e apoio (E07 Macroeconomia II, FE-U, 009-0) não ispensa a frequência as aulas e a consula a bibliografia recomenaa. omenários e sugesões: João orreia a Silva (joao@fep.up.p).

2 Em consequência o crescimeno económico, o renimeno isponível e o consumo as famílias poruguesas em crescio ao longo os anos. omparano o consumo acual com o que se observava em 960, verificamos que a quaniae e bens maeriais à isposição as pessoas é hoje mais o que cinco vezes maior. Renimeno e onsumo as Famílias ( ) (milhões e euros, a preços e 000) rouo Inerno Bruo (a preços e mercao) Renimeno isponível as famílias onsumo as famílias Figura 3.: Renimeno e onsumo as Famílias (orugal, ). Fones: INE e A Siuação Social em orugal (IS-UL). Nauralmene, a evolução o consumo privao é semelhane à o renimeno isponível as famílias (que, por sua vez, em uma fore associação com a evolução o prouo). Neses úlimos 50 anos, a esruura a espesa em bens e consumo alerou-se significaivamene. Aumenou a fracção eicaa à habiação, ranspores, comunicações e serviços em geral, eno iminuío a imporância relaiva a espesa em bens alimenares, e, em menor meia, em vesuário e calçao.

3 Despesa as famílias (euros por agregao familiar, a preços consanes e 990) Ouros Eucação e ulura Transpores Saúe Habiação Vesuário Alimenação Figura 3.a: Evolução o onsumo rivao, por objecivo (orugal, ). Fone: A Siuação Social em orugal (IS-UL). Decomposição o onsumo rivao (orugal, ) 00% 80% 60% 40% 0% 0% Serviços Ou. Bens Dur. Auomóveis Ligeiros Ou. Bens Não Dur. Bens Energéicos Vesuário e alçao Alimen., Beb. e Tab. Figura 3.b: Decomposição o onsumo rivao (orugal, ). Fone: Banco e orugal - Séries Longas. Decomposição o onsumo rivao em orugal 00% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 0% 0% 0% Ouros Resauranes e Hoéis Eucação Lazer e ulura omunicações Transpores Saúe Habiação Vesuário e alçao Alimen., Beb. e Tab. Figura 3.c: Decomposição o onsumo rivao (orugal, ). Fone: INE. 3

4 O consumo privao é a maior componene a espesa, represenano cerca e /3 o prouo a economia. omposição a Despesa em orugal (IBpm) (milhões e euros, a preços e 000) G I X Z Figura 3.3: rouo Inerno Bruo pela ópica a Despesa (orugal, ). Fones: Banco e orugal e INE. Em 006, os resienes em orugal aquiriram cerca e 65% a proução inerna (os resanes 35% foram exporações), e imporaram um volume e bens igual a 43% o prouo. A absorção oalizou 09% o prouo, iviino-se em consumo privao (66% o IB), consumo público (0%) e invesimeno (3%). 0% Absorção em orugal, 008 (%IB, base 000) 00% 80% X36% Z47% I4% G0% 60% 40% 0% -X64% -X64% 67% 0% rouo Origem rocura Figura 3.4: Absorção por componene a Despesa (orugal, 008). Fone: INE. 4

5 Nos úlimos anos, o consumo final nacional (público e privao) foi superior ao renimeno isponível líquio a nação. A poupança líquia a nação foi negaiva Renimeno Disponível e onsumo a Nação (milhões e euros, a preços e 000) Ren. Disp. Bruo a Nação Ren. Disp. Líquio a Nação onsumo Final Nacional Figura 3.5: Renimeno Disponível a Nação e onsumo Final a Nação (orugal). Fone: Insiuo Nacional e Esaísica. A poupança líquia as famílias poruguesas foi, no enano, posiiva. Enre 000 e 004, o consumo privao asceneu a 9% o renimeno isponível bruo as famílias, e a 97% o renimeno isponível líquio as famílias Renimeno Disponível e onsumo as Famílias (milhões e euros, a preços e 000) R. Disp. Bruo as Fam. R. Disp. Líq. as Fam. onsumo as Fam Figura 3.6: Renimeno Disponível as Famílias e onsumo as Famílias (orugal). Fone: Insiuo Nacional e Esaísica. 5

6 Observa-se empiricamene que o consumo e bens uraouros é basane sensível à conjunura económica, enquano que o consumo e bens alimenares é muio esável. Globalmene, o consumo privao é responsável por /3 a fluuação o prouo, seno, porano, meianamene voláil. A relação macroeconómica enre consumo e renimeno isponível é um elemeno cenral a eoria keynesiana. De acoro com a função consumo keynesiana, o consumo em uma componene auónoma, 0, e uma componene inuzia, c, eno a propensão marginal para o consumo, c, um valor enre 0 e : 0 c. Figura 3.7: Função onsumo Keynesiana, e axa e poupança corresponene. Fone: Goron (005), Macroeconomics, 0h e., Aison-Wesley. 6

7 Seguno esa formulação, um aumeno uniário o renimeno inuz um aumeno o consumo que é inferior à uniae (igual a c uniaes). É e noar ambém que a axa e poupança vai iminuino com a iminuição o renimeno isponível, seno mesmo negaiva se o renimeno for inferior ao consumo auónomo. Nesse caso, além e consumirem oo o seu renimeno, os agenes aina consomem pare a sua riqueza. Esa relação enre a axa e poupança e o renimeno isponível observa-se empiricamene numa análise cross-secion. Famílias com renimenos superiores enem a er axas e poupança mais elevaas. Mas a análise as séries emporais o renimeno isponível e a poupança já não confirma esa relação. O renimeno isponível aumenou muio nas úlimas écaas, enquano que a axa e poupança se maneve relaivamene esável. onsumo e oupança as Famílias ( ) (milhões e euros, a preços e 000) IBpm priv isp Tx poup 35% 30% % % % % % % Figura 3.8: onsumo e oupança as Famílias (orugal, ). Fones: INE e A Siuação Social em orugal (IS-UL). 7

8 3. Escolha Ineremporal Daa a sua resrição orçamenal, caa inivíuo ou família eve escolher o fluxo e consumo ao longo o empo que maximiza o seu bem-esar. Em caa momeno, ao eciir um nível e consumo,, o inivíuo ou família ecie ambém, impliciamene, a poupança e as possibiliaes e consumo fuuro. om o objecivo e compreener o comporameno macroeconómico o consumo e a poupança, vamos esuar um moelo microeconómico simples, no qual o chamao agene represenaivo ecie como iviir o seu renimeno enre consumo presene,, e consumo fuuro,. A escolha recairá na combinação que maximize a uiliae o agene, U(, ), enre aquelas que não violam a sua resrição orçamenal. A axa marginal e subsiuição e consumo fuuro por consumo presene inica a quaniae e consumo fuuro que o agene esá isposo a rocar por uma uniae e consumo no presene, maneno-se o seu nível e uiliae consane. Analiicamene, a TMS é igual à razão enre as uiliaes marginais. UMg TMS UMg As preferências o agene poem represenar-se aravés e um mapa e iniferença. O agene procurará siuar-se numa curva e iniferença ão afasaa a origem quano possível, enro as suas possibiliaes orçamenais. Graficamene, a axa marginal e subsiuição correspone ao eclive (em valor absoluo) a curva e iniferença. 8

9 U U 3 U U U U Figura 3.9: urvas e iniferença. O agene em um renimeno isponível no presene (primeiro períoo),, e um renimeno isponível no fuuro (seguno períoo),. Se a sua espesa em consumo presene for inferior ao seu renimeno presene, o agene orna-se creor, seno a sua poupança, S, recompensaa por uma axa e juro. Se o agene preener fazer uma espesa em bens e consumo superior ao seu renimeno presene, poe recorrer ao créio, ornano-se eveor (poupança negaiva). Vamos assumir que a mesma axa e juro se aplica ao eniviameno e à poupança. Em economia isinguimos granezas reais, que são expressas em uniaes e bens, e granezas nominais, expressas em uniaes moneárias. Os renimenos e são granezas reais, al como a poupança S e os níveis e consumo e. oemos ober as granezas nominais corresponenes, muliplicano as granezas reais pelos ínices gerais e preços, e. O preço os bens no fuuro é normalmene superior ao preço os bens no presene, fenómeno esignao por inflação. ( ) π 9

10 0 A axa e juro nominal, i, relaciona a poupança em uniaes moneárias com o renimeno fuuro que esa proporciona, ambém em uniaes moneárias. oupar uma uniae moneária proporciona um renimeno aicional no fuuro igual a i uniaes moneárias. A axa e juro real, r, esabelece a mesma relação, mas consierano quaniaes e bens, ou poer e compra, em vez e uniaes moneárias. Abicar e consumir uma uniae e bens no presene permie ao agene aumenar o seu consumo fuuro em r uniaes. A parir a axa e juro nominal e a axa e inflação, poemos eerminar a axa e juro real. Abicar e uma uniae e consumo no presene é equivalene a poupar uniaes moneárias. Essa poupança proporciona (i) uniaes moneárias no fuuro, que permiem comprar (i) / uniaes e bens e consumo. Ou seja, abicar e uma uniae e consumo no presene permie um aumeno e consumo fuuro igual a (i)/(π) uniaes. π i r Supono que o agene consome oa a sua riqueza, não eixano qualquer herança, o seu consumo fuuro fica auomaicamene eerminao pela sua ecisão presene. oemos escrever, e forma equivalene, a sua resrição orçamenal em ermos nominais ou em ermos reais. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) S r S i i i i π π π

11 oemos, porano, analisar o problema a reparição o renimeno isponível enre consumo e poupança consierano apenas granezas reais. Manipulano a expressão anerior, obemos a resrição orçamenal ineremporal o agene represenaivo. oe inerprear-se como seno a igualae enre o valor acualizao as espesas presenes e fuuras em consumo, e o valor acualizao e oos os seus renimenos presenes e fuuros, que é a riqueza, Ω. ( r) ( ) ( r) ( r) r r Ω Graficamene, a resrição orçamenal ineremporal o consumior represena-se como um segmeno e reca com uma inclinação igual ao preço relaivo o consumo presene em ermos e consumo fuuro. aa uniae aicional e consumo presene implica abicar e r uniaes e consumo no fuuro, porano, o preço (relaivo) e uma uniae e consumo no presene, em ermos e uniaes e consumo fuuro, é r. ( r ) Ω r ( r ) Ω ( r ) Ω A eclive (r) Ω Figura 3.0: Resrição orçamenal ineremporal.

12 Se o agene escolher um pono a reca orçamenal siuao acima o pono A, escolhe poupar pare o seu renimeno presene ( < ) para poer consumir mais no fuuro ( > ). O agene empresa a sua poupança nos mercaos financeiros, ornano-se creor. Ese aiameno o consumo será recompensao no fuuro, com juros. Na pare a reca orçamenal que se siua abaixo o pono A, o agene consome mais o que o seu renimeno no presene ( > ), eno uma poupança negaiva. Isso só é possível aravés o recurso ao créio. O agene orna-se eveor, e erá que salar a sua ívia no fuuro, com juros. A única combinação e consumo presene e fuuro que não requer acesso aos mercaos financeiros correspone ao pono A, esignao por pono e auarcia (auo-suficiência). ( r ) Ω poupança ( < ) auarcia ( ) eniviameno ( > ) Ω Figura 3.: ono e auarcia. O agene preene maximizar a sua uiliae, e porano vai procurar siuar-se numa curva e iniferença ão afasaa a origem quano possível. No pono ópimo são angenes a reca orçamenal e a curva e iniferença. A escolha ópima eermina-se aravés a Dese que as curvas e iniferença sejam iferenciáveis, e que a solução seja inerior (ano o consumo presene como o fuuro são esriamene posiivos), e não e cano.

13 igualae enre a axa marginal e subsiuição e o preço relaivo enre consumo fuuro e consumo presene. UMg TMS r r UMg No caso represenao na figura, a poupança ópima é posiiva. O agene orna-se creor. ( r ) Ω pono ópimo U max Ω Figura 3.: Escolha ópima. Aumenos a riqueza o agene (e,, ou a exisência e alguma riqueza inicial, Ω 0 ) inuzem, normalmene, aumenos ano o consumo presene como o consumo fuuro. ( r ) Ω novo ópimo ' U max ' Ω Ω ' Figura 3.3: Efeio e um aumeno a riqueza. 3

14 O impaco e uma variação a axa e juro poe ser ecomposo num efeio e subsiuição e num efeio renimeno. Um aumeno a axa e juro orna o consumo presene mais caro relaivamene ao consumo fuuro. O efeio e subsiuição, que consise na subsiuição o bem que se orna mais caro pelo bem que se orna mais barao, age no senio a iminuição o consumo presene (aumeno a poupança). subia a axa e juro escia a axa e juro ' mais poupança menos poupança ' U max U max ' ' Figura 3.4: Efeio subsiuição e uma variação a axa e juro. Um aumeno a axa e juro faz aumenar o benefício associao à poupança, al como o cuso o eniviameno. Os agenes creores são beneficiaos, em prejuízo os agenes eveores. O efeio renimeno faz aumenar o consumo presene e fuuro (iminui a poupança) os creores, e iminuir o consumo presene e fuuro (aumena a poupança) os eveores. 4

15 ' melhoria o bem-esar ' iminuição o bem-esar U max U max ' ' Figura 3.5: Efeio e um aumeno a axa e juro (agene creor vs agene eveor). Os quaros seguines resumem o efeio e uma variação a axa e juro no consumo e na poupança os agenes económicos. O efeio sobre a poupança é sempre o oposo o efeio sobre o consumo presene. aumeno a axa e juro efeio subsiuição efeio renimeno efeio oal REDOR DEVEDOR menos consumo presene mais consumo presene ambíguo mais consumo fuuro mais consumo fuuro mais consumo fuuro menos consumo presene menos consumo presene menos consumo presene mais consumo fuuro menos consumo fuuro ambíguo iminuição a axa e juro efeio subsiuição efeio renimeno efeio oal REDOR DEVEDOR mais consumo presene menos consumo presene ambíguo menos consumo fuuro menos consumo fuuro menos consumo fuuro mais consumo presene mais consumo presene mais consumo presene menos consumo fuuro mais consumo fuuro ambíguo Tabela 3.6: Efeio e uma variação a axa e juro. 5

16 3.3 Renimeno ermanene e iclo e Via Em geral, os inivíuos e as famílias gosam e maner um nível e consumo esável ao longo o empo. om base nesa percepção, Frieman (957) avançou com a hipóese o renimeno permanene, enquano que Moigliani e Brumberg (954) propuseram a hipóese o ciclo e via. Tano a hipóese o renimeno permanene como a hipóese o ciclo e via conciliam: o comporameno as séries emporais o consumo e a axa e poupança (seguno as quais a axa e poupança se em manio relaivamene esável ao longo o empo, aina que o renimeno isponível as famílias enha aumenao muio significaivamene); com as observações cross-secion (seguno as quais os agenes com maiores níveis e renimeno apresenam axas e poupança maiores) A Hipóese o Renimeno ermanene Seguno a hipóese o renimeno permanene, os agenes consomem, em caa períoo, uma fracção aquele que supõem ser o seu nível e renimeno méio (o seu renimeno permanene): 3 k. Os inivíuos poem er expecaivas aapaivas relaivamene ao seu nível e renimeno permanene. Um renimeno iferene o esperao leva agene a rever as suas 3 Ao consumo em função o renimeno permanene poe chamar-se função consumo e longo prazo. 6

17 expecaivas relaivamene ao renimeno méio fuuro. A nova expecaiva passa a ser uma méia enre a expecaiva anerior e o renimeno obio no períoo presene. j ( ) ( j) j O nível e consumo, seguno a hipóese o renimeno permanene, fica ao por: 4 k k ( j) k j. Verificamos que as propensões marginais para o consumo no curo prazo e no longo prazo são iferenes. Um agene reage e forma iferene a uma variação emporária o renimeno e a uma variação permanene o renimeno. No curo prazo, a M é igual a k j. No longo prazo, a M é igual a k: M L k ; M k j. Figura 3.7: Função consumo e curo prazo e e longo prazo. 4 Ao consumo em função o renimeno correne (renimeno isponível o próprio períoo) poe chamarse função consumo e curo prazo. 7

18 A propensão marginal para o consumo associaa ao renimeno permanene, k, é ano menor quano maior for a volailiae o renimeno, e quano maior for a aversão os agenes às oscilações os seus níveis e consumo. A propensão marginal para o consumo associaa ao renimeno correne, k j, é inferior, pelo faco e pare as variações o renimeno correne serem visas pelo agene como seno emporárias. O consumo apenas epene o renimeno correne na meia em que alerações ese levam o agene a rever as suas expecaivas relaivamene ao seu renimeno permanene. O agene poupa oalmene a pare a variação o renimeno que vê como seno emporária. Isso faz com que o efeio sobre a poupança as variações o renimeno correne seja maior o que o as variações o renimeno permanene. Assim seno, um maior renimeno correne esá associao a uma maior axa e poupança, o que esá e acoro com os aos empíricos o ipo cross-secion referios aneriormene: MS L S S k ; MS k j. A axa e poupança e longo prazo, meia como a fracção o renimeno permanene que não é consumia, é consane e igual a -k. Não é surpreenene, porano, a esabiliae a axa e poupança na análise e séries emporais: k S S ( k) s k. L No curo prazo, a axa e poupança aumena com o renimeno correne (o que esá e acoro com a análise cross-secion): 8

19 9 ( ) ( ) 0. ) ( ) ( ) ( ) ( > j k s j k j k S s j k j k j k j k S 3.3. A Hipóese o iclo e Via Seguno a hipóese o ciclo e via, os agenes fazem previsões relaivas a oos os seus renimenos fuuros, planeano o seu consumo aé ao final a via e forma a que ese permaneça esável. Os agenes esimam, porano, uma resrição orçamenal ineremporal. Suponhamos que um inivíuo em uma esperança e via igual a L, e que planeia reformar-se no momeno R. Se esperar er um fluxo e renimenos consane,, aé à iae e reforma, o seu renimeno oal esperao (isponível para consumo ao longo a via) é R. Se iver uma riqueza inicial igual a A, para poer maner o seu nível e consumo ao longo e oa a sua via, o inivíuo everá fixar: L R L A R A L Assim, urane o períoo em que rabalha, o agene vai poupano (acumula riqueza). A evolução a riqueza é aa por A(-), aingino o valor máximo, A(-) R, no momeno a reforma. A parir esse momeno, o agene vai consumir a sua riqueza, que vai iminuino ao longo o empo, seno aa por A(-) R (-R) A R, anulano-se no final a via.

20 Se o agene iver uma riqueza inicial, A, enão poerá susenar um nível superior e consumo. oupará, assim, uma menor faia o seu renimeno correne. Anes a reforma, a sua axa e poupança é aa por: s R L A L Figura 3.8: Evolução o renimeno, consumo e acivos ao longo a via. A propensão marginal para o consumo no longo prazo, ou seja, resulane e variações e, que poemos inerprear como um renimeno permanene (apesar e cessar no momeno a reforma), é igual a R/L, em que R e L são o empo e rabalho e o empo e via que o inivíuo espera er pela frene, respecivamene. omo a poupança e um inivíuo epene a fase o ciclo e via em que se enconra, a axa e poupança a economia epene a proporção e agenes em caa fase o ciclo e via. O envelhecimeno populacional everá ser acompanhao por uma reução a axa e poupança. Seno a esruura emográfica esável, é e esperar que a axa e poupança se 0

21 manenha ambém esável, al como verificao empiricamene na análise as séries emporais a poupança. O consumo epene os acivos eios pelos agenes. Um crash ( boom ) no mercao e acções provoca uma iminuição (aumeno) o consumo. Seguno um esuo e Moigliani, um acréscimo e u.m. os acivos os agenes faz aumenar o consumo em 0,06 u.m., o que significa que o renimeno correne aicional é, na sua maior pare, poupao, para epois ir seno consumio ao longo e um períoo e 5 anos. Em fases e expansão (recessão) a economia, a axa e poupança everá aumenar (iminuir), porque um aumeno emporário o renimeno é consumio ao longo e oa a via o inivíuo, e não apenas no presene. Taxas e poupança superiores enem a esar associaas, porano, a renimenos correnes superiores, o que esá e acoro com a análise empírica e aos cross-secion.

22 3.4 A Função onsumo A análise o comporameno macroeconómico o consumo em ganho em sofisicação e em capaciae explicaiva. Revemos, em seguia, alguns os principais esenvolvimenos Expecaivas Racionais O efeio as políicas económicas, epene, em geral, as expecaivas que as pessoas êm relaivamene ao fuuro, incluino as expecaivas acerca as próprias políicas. De acoro com a hipóese as expecaivas racionais, os agenes formam as suas expecaivas uilizano oa a informação e oo o conhecimeno exisene acerca a conjunura económica, a esruura a economia, e as inenções os ouros agenes económicos, incluino os ecisores políicos. Se as pessoas conseguissem anecipar perfeiamene o seu fluxo e renimenos fuuro (anevisão perfeia), everiam apresenar um nível e consumo consane ao longo o seu ciclo e via. As políicas e esímulo a procura, não everiam, porano, er efeio, ao que já eriam sio anecipaas pelos agenes e incorporaas nos seus planos. Uma iminuição a axa e imposo, por exemplo, só everá fazer aumenar o consumo se não iver sio anecipaa pelos agenes económicos. As expecaivas racionais não implicam a anevisão perfeia. erane um lançameno e moea ao ar, um agene racional sabe que a probabiliae e sair cara é 50%, mas não em a capaciae e aivinhar o resulao.

23 3.4. Bens e onsumo Duraouro Mais o que maner uma espesa esável em bens e consumo, o que os agenes preenem é maner um esilo e um nível e via esáveis. Nesse senio, êm vanagem em aquirir bens e consumo uraouro nos períoos em que o renimeno correne é superior. Ese efeio age no senio a iminuição a axa e poupança nas fases e expansão económica, ao conrário as previsões efecuaas a parir as hipóeses o renimeno permanene e o ciclo e via. As espesas e consumo e bens e serviços uraouros são foremene pró-cíclicas. A conciliação ese faco com as eorias e Frieman e e Moigliani poe conseguir-se, veno esas espesas em bens e consumo uraouro como uma espécie e poupança, ao que eses bens êm algum valor e roca (consiuem, e cera forma, riqueza), e proporcionam uiliae num períoo prolongao Resrições e Liquiez Frequenemene, as pessoas êm ificulaes em ober um emprésimo, mesmo que o seu renimeno fuuro (esperao) seja suficiene para o pagar, com juros. A exisência e resrições e liquiez, sob a forma e axas e juro elevaas ou limies ao monane o emprésimo, não foi conemplaa quano analisámos as hipóeses o renimeno permanene e o ciclo e via. 3

24 onsiere, por exemplo, um jovem à procura e emprego que preene conrair um emprésimo para poer consumir mais no presene. oe aconecer que não consiga ober financiameno. Se, por acaso, iver um renimeno exraorinário nesse períoo, everá consumir oo esse renimeno aicional no curo prazo, apresenano uma propensão marginal para o consumo próxima e, e uma axa e poupança próxima e 0. Uma pessoa sujeia a uma resrição e liquiez aciva apresena, normalmene, uma propensão marginal para o consumo muio elevaa Incereza e Heranças A maior pare as pessoas não consome oa a sua riqueza, eixano a resane aos seus escenenes. O horizone emporal para as ecisões e consumo e poupança poe ir, assim, para além o empo e via, por moivos associaos a heranças e ao bem-esar os escenenes e próximos a pessoa. A incereza relaiva ao momeno a more ambém leva as pessoas a não consumir oa a sua riqueza, por precaução. Em resulao esa precaução, acabam por eixar uma herança involunária. 4

25 3.4.6 onclusão A função consumo keynesiana posula um relação linear enre o consumo e o renimeno isponível. Verifica-se empiricamene que o consumo epene ambém a riqueza os agenes, o que é susenao eoricamene pela hipóese o ciclo e via, e, e forma inireca, pela hipóese o renimeno permanene. Definino riqueza como a soma o valor os acivos acuais com o valor esperao o fluxo e renimenos fuuros, percebemos que as ecisões relaivas ao consumo e à poupança epenem e forma crucial as expecaivas as pessoas relaivamene aos seus renimenos fuuros, ou seja, o clima e confiança. A axa e juro em um impaco negaivo sobre o consumo, que se orna mais caro relaivamene ao consumo fuuro, apesar e os agenes creores verem a sua riqueza aumenar. As conclusões ese capíulo enconram-se conensaas na seguine função consumo: e (, Ω0,, r), com > 0, > 0, > 0 e Ω 0 e < 0. r 5

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Expecaivas, consumo e Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 16 16.1 Consumo A eoria do consumo foi desenvolvida na década de 1950 por Milon Friedman, que a chamou de eoria do consumo da renda permanene,

Leia mais

Díodo: Regime Dinâmico. Introdução

Díodo: Regime Dinâmico. Introdução Díoo: Regime Dinâmico (exo apoio ao laboraório) Inroução Quano se esabelece m circuio uma ensão ou correne variáveis no empo o pono e funcionameno em repouso o íoo ambém vai variar no empo. A frequência

Leia mais

2 Referencial teórico 2.1. Modelo de Black

2 Referencial teórico 2.1. Modelo de Black Referencial eórico.1. Moelo e Black O moelo e Black (1976), uma variação o moelo e Black & Scholes B&S (1973), não só é amplamene uilizao no apreçameno e opções européias e fuuros e commoiies, ínices ec.,

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

3 Modelagem Teórica Relação entre Câmbio Real e Poupança

3 Modelagem Teórica Relação entre Câmbio Real e Poupança 3 Moelagem Teórica Nese capíulo buscamos mosrar a eviência eórica exisene na lieraura que jusifique o argumeno efenio nesa ese e que para melhor enener a relação enre câmbio real e crescimeno, é essencial

Leia mais

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Reforma Previdenciária e Impacos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Em dezembro de 998 foi sancionada a Emenda Consiucional número 0, que modificou as regras exisenes no sisema de Previdência Social.

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

FINANÇAS EMPRESARIAIS I

FINANÇAS EMPRESARIAIS I 8. Invesimeno em Obrigações 1 8.1. Aspecos gerais 8.2. O cupão 8.3. Reembolso de um emprésimo obrigacionisa Bibliografia: Canadas, Naália (1998), A Maemáica do Financiameno e das Aplicações de Capial,

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS Capíulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES ONETÁRIAS EXÓGENAS 2.. INTRODUÇÃO Nese capíulo analisamos uma economia similar à considerada no capíulo anerior, mas com a diferença

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos Análise de Projecos ESAPL / IPVC Criérios de Valorização e Selecção de Invesimenos. Méodos Dinâmicos Criério do Valor Líquido Acualizado (VLA) O VLA de um invesimeno é a diferença enre os valores dos benefícios

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

PARTE I ALTERAÇÕES MONETÁRIAS NUM MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL COM PRODUÇÃO

PARTE I ALTERAÇÕES MONETÁRIAS NUM MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL COM PRODUÇÃO PARTE I ALTERAÇÕES MONETÁRIAS NUM MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL COM PRODUÇÃO Capíulo EFEITOS NA DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS 3 .. INTRODUÇÃO Os modelos de equilíbrio

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Quesão: Suponha que um governo de direia decida reduzir de forma permanene o nível do seguro desemprego. Pede-se: a) Quais seriam

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549 Capíulo 2 Soluções: Medição da Acividade Económica Exercício 24 (PIB pelaópica da despesa) i. Usando os valores da abela que consa do enunciado, a solução das várias alíneas é imediaa, basando para al

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. A eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade CPÍULO nálise de Pós-opimização e de Sensibilidade. Inrodução Uma das arefas mais delicadas no desenvolvimeno práico dos modelos de PL, relaciona-se com a obenção de esimaivas credíveis para os parâmeros

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário Kalecki,

Leia mais

Matemática e suas Tecnologias

Matemática e suas Tecnologias Maemáica 7A. b A frase A caa página erminaa, mais rápio eu lia a próima! iz que a velociae e leiura sempre aumena. O único gráfico que poe represenar o número e páginas lias em função o empo é o a alernaiva

Leia mais

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 1 III Congresso da Sociedade Poruguesa de Esaísica Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 Políicas Ópimas e Quase-Ópimas de Inspecção de um Sisema Sujeio a Falhas Cláudia Nunes, João Amaral Deparameno de Maemáica,

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários 3 A ormação de Preços dos uuros Agropecuários Para avaliar a formação de preços nos mercados fuuros agropecuários é necessária uma base de comparação Para al base, esa disseração usa os preços que, em

Leia mais

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio 3 Fluxos de capiais e crescimeno econômico: o canal do câmbio Nese capíulo exploraremos as implicações de um imporane canal de ransmissão pelo qual um volume maior de fluxos de capiais exernos enre países

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

Capítulo 11. Corrente alternada

Capítulo 11. Corrente alternada Capíulo 11 Correne alernada elerônica 1 CAPÍULO 11 1 Figura 11. Sinais siméricos e sinais assiméricos. -1 (ms) 1 15 3 - (ms) Em princípio, pode-se descrever um sinal (ensão ou correne) alernado como aquele

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda O efeio muliplicador e a disribuição de renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da

Leia mais

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium 5 Resulados empíricos Efeios sobre o forward premium A moivação para a esimação empírica das seções aneriores vem da relação enre a inervenção cambial eserilizada e o prêmio de risco cambial. Enreano,

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

Curso Gabarito Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Curso Gabarito Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Curso Gabario Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips Prof.: Anonio Carlos Assumpção Produo, Desempreo e Inflação Ese exemplo (capíulo 7 Blanchard) baseia-se em rês relações: A lei de Okun, que relaciona

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4 Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 207 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 4 Gerações Superposas em Tempo Conínuo Na ausência de de

Leia mais

Instituições Top 5 Classificação Anual para as Categorias Curto e Médio Prazo e Consolidação da Metodologia

Instituições Top 5 Classificação Anual para as Categorias Curto e Médio Prazo e Consolidação da Metodologia Insiuições Top 5 Classificação Anual para as Caegorias Curo e Méio Prazo e Consoliação a Meoologia O coneúo ese ocumeno é informaivo. Não resringe as ações e políica moneária e cambial o Banco Cenral o

Leia mais

Teorias do Crescimento Licenciatura de Economia FEUC

Teorias do Crescimento Licenciatura de Economia FEUC Teorias do Crescimeno Licenciaura de Economia 3 O modelo de crescimeno ópimo de Ramsey-Cass-Koopmans (RCK) 3.1 Inrodução 3.2 Crescimeno ópimo 3.2.1 Uilidade ineremporal 3.2.2 Opimização dinâmica 3.2.3

Leia mais

3 A Confiabilidade aplicada ao gerenciamento da integridade de dutos

3 A Confiabilidade aplicada ao gerenciamento da integridade de dutos 3 A Confiabiliae aplicaa ao gerenciameno a inegriae e uos Os esafios imposos pela inúsria o peróleo moerna emanam caa vez mais que os equipamenos operem seguino especificações rigorosas e confiabiliae

Leia mais

BLOCO 9 PROBLEMAS: PROBLEMA 1

BLOCO 9 PROBLEMAS: PROBLEMA 1 BLOCO 9 ASSUNTOS: Análise de Invesimenos Valor Acual Líquido (VAL) Taxa Inerna de Renabilidade (TIR) Rácio Benefício - Cuso (RBC) Tempo de Recuperação (TR) PROBLEMAS: PROBLEMA 1 Perane a previsão de prejuízos

Leia mais

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6]

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6] 4 O Fenômeno da Esabilidade de Tensão [6] 4.1. Inrodução Esabilidade de ensão é a capacidade de um sisema elérico em maner ensões aceiáveis em odas as barras da rede sob condições normais e após ser submeido

Leia mais

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Políica fiscal: Um resumo Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 26 2006 Pearson Educaion Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard 26.1 Capíulo 26: Políica fiscal um resumo Resrição orçamenária do governo

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8 4. A procura do seor privado 4. A procura do seor privado 4.. Consumo 4.2. Invesimeno Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capíulo 8 4.2. Invesimeno - sock de capial óimo Conceios Inroduórios Capial - Bens de produção

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA PDE: lucro, consumo e invesimeno 1. KLECK: DEMND EFETV, CCLO E TENDÊNC 1.1. Disribuição, Lucro e Renda PDE: lucro, consumo e invesimeno Kalecki, TDE, cap. 3 eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais.

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais. FB 2006 Economia para Advogas: Microeconomia. Lisa de exercícios sobre peso moro imposo e de barreiras comerciais. Robero Guena de Oliveira 12 de junho de 2011 1. O merca de pizza se caraceriza por uma

Leia mais

Capítulo 2: Conceitos Fundamentais sobre Circuitos Elétricos

Capítulo 2: Conceitos Fundamentais sobre Circuitos Elétricos SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA TE041 Circuios Eléricos I Prof. Ewaldo L. M. Mehl Capíulo 2: Conceios Fundamenais sobre Circuios Eléricos 2.1. CARGA ELÉTRICA E CORRENTE ELÉTRICA

Leia mais

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 16 : CADERNOS DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 PAULO HORTA* A esimaiva dos lucros obidos pelo preenso manipulador apresena-se como uma arefa imporane na análise

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. 5 Inrodução Produo nacional, lucros e invesimeno em um modelo simplificado Modificações no invesimeno e

Leia mais

a) ligações por penetração entre peças : encaixes Figura 41 - Encaixes pregos parafusos b) ligações com pinos : cavilhas Figura 42 - Pinos

a) ligações por penetração entre peças : encaixes Figura 41 - Encaixes pregos parafusos b) ligações com pinos : cavilhas Figura 42 - Pinos 6 LIIGAÇÕES NAS PEÇAS ESTRUTURAIIS DE MADEIIRA 6..1 Generralliiaes A limiação o comprimeno as peças e maeira, fruo e sua exração e roncos e árvores, requer a aoção e meios liganes na emena as peças esruurais.

Leia mais

Sumário (10ª aula) pp Números índice. 3.1 Conceito de número índice. 3.1 Conceito de número índice. 3.1 Conceito de número índice

Sumário (10ª aula) pp Números índice. 3.1 Conceito de número índice. 3.1 Conceito de número índice. 3.1 Conceito de número índice 1 2 Sumário (10ª aula) pp. 49-53 3.Números índice 3.1. simples como valor relaivo a uma base 3.2 agregado (sinéicos ou de sínese) 3.2.1 Média ariméica simples 3.2.2 Média ariméica ponderada No dia-a-dia

Leia mais

O gráfico que é uma reta

O gráfico que é uma reta O gráfico que é uma rea A UUL AL A Agora que já conhecemos melhor o plano caresiano e o gráfico de algumas relações enre e, volemos ao eemplo da aula 8, onde = + e cujo gráfico é uma rea. Queremos saber

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Economeria Semesre 00.0 6 6 CAPÍTULO ECONOMETRIA DE SÉRIES TEMPORAIS CONCEITOS BÁSICOS.. ALGUMAS SÉRIES TEMPORAIS BRASILEIRAS Nesa seção apresenamos algumas séries econômicas, semelhanes às exibidas por

Leia mais

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel MAEMÁICA APLICADA AO PLANEJAMENO DA PRODUÇÃO E LOGÍSICA Silvio A. de Araujo Socorro Rangel saraujo@ibilce.unesp.br, socorro@ibilce.unesp.br Apoio Financeiro: PROGRAMA Inrodução 1. Modelagem maemáica: conceios

Leia mais

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas Conceios Iniciais Ese capíulo esá dividido em rês seções. A primeira explica conceios básicos que serão usados de forma recorrene ao longo da pesquisa como noação e alguns ermos écnicos. A segunda seção

Leia mais

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Os ponos de equilíbrio de um modelo esão localizados onde o gráfico de + versus cora a rea definida pela equação +, cuja inclinação é (pois forma um ângulo

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

Cap. 5 - Tiristores 1

Cap. 5 - Tiristores 1 Cap. 5 - Tirisores 1 Tirisor é a designação genérica para disposiivos que êm a caracerísica esacionária ensão- -correne com duas zonas no 1º quadrane. Numa primeira zona (zona 1) as correnes são baixas,

Leia mais

3. Números índice Média aritmética simples Média aritmética simples. Sumário

3. Números índice Média aritmética simples Média aritmética simples. Sumário 1 2 Sumário 3. Números índice 3.2. Índice agregado (sinéico ou de sínese) 3.2.2 Média ariméica ponderada 3.2.3 Mudança de base 3.2.4 Índices sinéicos de várias variáveis esaísicas 3.2.2 Média ariméica

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

Equivalência Ricardiana e os Efeitos da Política Fiscal na Economia Brasileira

Equivalência Ricardiana e os Efeitos da Política Fiscal na Economia Brasileira Equivalência Ricardiana e os Efeios da Políica Fiscal na Economia Brasileira Ricardian Equivalence and he Effecs of Fiscal Policy in he Brazilian Economy Liderau dos Sanos Marques Junior* Resumo: Ese arigo

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONA E TECNOÓGICA INSTITUTO FEDERA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOOGIA DE SANTA CATARINA CURSO TÉCNICO EM TEECOMUNICAÇÕES Disciplina: Elericidade e Insrumenação

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

Capítulo 2. Modelização matemática por equações diferenciais

Capítulo 2. Modelização matemática por equações diferenciais DINÂMICA DE SISTEMAS BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS Capíulo. Modelização maemáica por equações diferenciais Se quisermos definir uma axonomia de sisemas, que nos apoie no esabelecimeno de uma eoria unificadora,

Leia mais

QUESTÕES DISCURSIVAS. Questão 1. Questão 2. Questão 3. Resposta. Resposta

QUESTÕES DISCURSIVAS. Questão 1. Questão 2. Questão 3. Resposta. Resposta QUESTÕES DISCURSIVAS Quesão a) O piso de uma sala reangular de 00 dm de comprimeno por 0 dm de largura vai ser revesido com placas quadradas, as maiores possíveis. Qual é a área de cada uma? b) Sobre uma

Leia mais

( ) Prof. A.F.Guimarães Questões Cinemática 6 Vetores e Cinemática Vetorial Questão 1. Questão 2. A Dcos f fcos f

( ) Prof. A.F.Guimarães Questões Cinemática 6 Vetores e Cinemática Vetorial Questão 1. Questão 2. A Dcos f fcos f Prof FGuimarães Quesões Cinemáica 6 Veores e Cinemáica Veorial x : Quesão (Un) Quaro eores,,, C, D iguais em móulos e represenano uma cera graneza física, esão isposos no plano (x,) como mosra a figura

Leia mais

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

AVERSÃO ÀS PERDAS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E A DINÂMICA DE CURTO PRAZO DOS PREÇOS DAS HABITAÇÕES

AVERSÃO ÀS PERDAS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E A DINÂMICA DE CURTO PRAZO DOS PREÇOS DAS HABITAÇÕES Gesão e Desenvolvimeno, 10 (2001), 131-161 AVERSÃO ÀS PERDAS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E A DINÂMICA DE CURTO PRAZO DOS PREÇOS DAS HABITAÇÕES Luis Guilherme Bernardes* Joaquim Monezuma de Carvalho**

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

O Modelo de Black & Scholes

O Modelo de Black & Scholes O Moelo e Blak & holes Premissas Básias O preço a ação segue um movimeno browniano geomério. Venas a esobero são permiias. Não há usos e ransações ou axas. Não há pagamenos e ivienos urane a exisênia o

Leia mais

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman IV. MEODOLOGIA ECONOMÉRICA PROPOSA PARA O CAPM CONDICIONAL 4.1. A Função Máxima Verosimilhança e o Algorimo de Bernd, Hall, Hall e Hausman A esimação simulânea do CAPM Condicional com os segundos momenos

Leia mais

O gráfico que é uma reta

O gráfico que é uma reta O gráfico que é uma rea A UUL AL A Agora que já conhecemos melhor o plano caresiano e o gráfico de algumas relações enre e, volemos ao eemplo da aula 8, onde = + e cujo gráfico é uma rea. Queremos saber

Leia mais

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade 24 4. Modelagem Em um modelo esaísico adequado para se evidenciar a exisência de uma relação lead-lag enre as variáveis à visa e fuura de um índice é necessário primeiramene verificar se as variáveis logarimo

Leia mais

4. SINAL E CONDICIONAMENTO DE SINAL

4. SINAL E CONDICIONAMENTO DE SINAL 4. SINAL E CONDICIONAMENO DE SINAL Sumário 4. SINAL E CONDICIONAMENO DE SINAL 4. CARACERÍSICAS DOS SINAIS 4.. Período e frequência 4..2 alor médio, valor eficaz e valor máximo 4.2 FILRAGEM 4.2. Circuio

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031 Universidade Federal do io Grande do Sul Escola de Engenharia de Poro Alegre Deparameno de Engenharia Elérica ANÁLISE DE CICUITOS II - ENG43 Aula 5 - Condições Iniciais e Finais de Carga e Descarga em

Leia mais

AS EXPECTATIVAS DA POLÍTICA MONETÁRIA E OS CICLOS DE EXPANSÃO-QUEDA NO MERCADO HABITACIONAL*

AS EXPECTATIVAS DA POLÍTICA MONETÁRIA E OS CICLOS DE EXPANSÃO-QUEDA NO MERCADO HABITACIONAL* Arigos Inverno 9 AS EXPECTATIVAS DA POLÍTICA MONETÁRIA E OS CICLOS DE EXPANSÃO-QUEDA NO MERCADO HABITACIONAL* Caerina Mendicino**. INTRODUÇÃO Os ciclos de expansão-queda nos preços dos acivos e na acividade

Leia mais

Professor: Danilo Dacar

Professor: Danilo Dacar Progressão Ariméica e Progressão Geomérica. (Pucrj 0) Os números a x, a x e a x esão em PA. A soma dos números é igual a: a) 8 b) c) 7 d) e) 0. (Fuves 0) Dadas as sequências an n n, n n cn an an b, e b

Leia mais

Amplificadores de potência de RF

Amplificadores de potência de RF Amplificadores de poência de RF Objeivo: Amplificar sinais de RF em níveis suficienes para a sua ransmissão (geralmene aravés de uma anena) com bom rendimeno energéico. R g P e RF P CC Amplificador de

Leia mais

Processos de Decisão Markovianos. Fernando Nogueira Processos de Decisão Markovianos 1

Processos de Decisão Markovianos. Fernando Nogueira Processos de Decisão Markovianos 1 Processos de ecisão arkovianos Fernando Nogueira Processos de ecisão arkovianos Processo de ecisão arkoviano (P) Processo Esocásico no qual o esado do processo no fuuro depende apenas do esado do processo

Leia mais

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL Movimeno unidimensional Prof. DSc. Anderson Corines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL 218.1 Objeivos Ter uma noção inicial sobre: Referencial Movimeno e repouso Pono maerial e corpo exenso Posição Diferença

Leia mais

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site 2/mar/ 27 A Revisão do PIB Affonso Celso Pasore pasore@acpasore.com Maria Crisina Pinoi crisina@acpasore.com Leonardo Poro de Almeida leonardo@acpasore.com Terence de Almeida Pagano erence@acpasore.com

Leia mais

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 1º SIMULADO ENEM 017 Resposa da quesão 1: MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Basa aplicar a combinação de see espores agrupados dois a dois, logo: 7! C7,!(7 )! 7 6 5! C7,!5! 7 6 5! C7, 1!5! Resposa da quesão

Leia mais

O potencial eléctrico de um condutor aumenta à medida que lhe fornecemos carga eléctrica. Estas duas grandezas são

O potencial eléctrico de um condutor aumenta à medida que lhe fornecemos carga eléctrica. Estas duas grandezas são O ondensador O poencial elécrico de um conduor aumena à medida que lhe fornecemos carga elécrica. Esas duas grandezas são direcamene proporcionais. No enano, para a mesma quanidade de carga, dois conduores

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009 TIR Taxa Inerna de Reorno LCF 685-Economia de Recursos Floresais 2009 TIR: Taxa Inerna de Reorno AT Taxa Inerna de Reorno (TIR)de um projeo é aquela que orna o valor presene das receias menos o valor presene

Leia mais