1.6.1 ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA, CLASSE DE ISOLAMENTO AQUECIMENTO DO ENROLAMENTO
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- Ana Sofia Palma Barata
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1 Módulo Comando e Proeção.6 CARACTERÍSTICA EM REGIME.6. ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA, CLASSE DE ISOLAMETO Perdas:.6.. AQUECIMETO DO EROLAMETO A poência úil fornecida pelo moor na pona do eixo é menor que a poência que o moor absorve da linha de alimenação, iso é, o rendimeno do moor é sempre inferior a 00%. A diferença enre as duas poências represena as perdas, que são ransformadas em calor, o qual aquece o enrolameno e deve ser dissipado para fora do moor, para eviar que a elevação de emperaura seja excessiva. O mesmo aconece em odos os ipos de moores. o moor de auomóvel, por exemplo, o calor gerado pelas perdas inernas em que ser reirado do bloco pelo sisema de circulação de água com radiador ou pela venoinha, em moores resfriados a ar. Dissipação de calor: O calor gerado pelas perdas no inerior do moor é dissipado para o ar ambiene aravés da superfície exerna da carcaça. Em moores fechados essa dissipação é normalmene auxiliada pelo venilador monado no próprio eixo do moor. Uma boa dissipação depende: - Da eficiência do sisema de venilação; - Da área oal de dissipação da carcaça; - Da diferença de emperaura enre a superfície exerna da carcaça e do ar ambiene ( ex a ). a) O sisema de venilação bem projeado, além de er um venilador eficiene, capaz de movimenar grande volume de ar; deve dirigir esse ar de modo a varrer oda a superfície da carcaça, onde se dá a roca de calor. De nada adiana um grande volume de ar se ele se espalha sem reirar o calor do moor. b) A área oal de dissipação deve ser a maior possível. Enreano, um moor com uma carcaça muio grande, (para ober maior área) seria muio caro e pesado, além de ocupar muio espaço. Por isso, a área de dissipação disponível é limiada pela necessidade de fabricar moores pequenos e leves. Isso é compensado em pare, aumenando-se a área disponível por meio de aleas de resfriameno, fundidas com a carcaça. c) Um sisema de resfriameno eficiene é aquele que consegue dissipar a maior quanidade de calor disponível, aravés da menor área de dissipação. Para isso, é necessário que a queda inerna de emperaura, mosrada na figura.5, vale a soma da queda inerna com a queda exerna. CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 84
2 Módulo Comando e Proeção igura.5 Como viso aneriormene, ineressa reduzir a queda inerna (melhorar a ransferência de calor) para poder er uma queda exerna a maior possível, pois esa é que realmene ajuda a dissipar o calor. A queda inerna de emperaura depende de diversos faores como indica a figura.5, onde as emperauras de ceros ponos imporanes do moor esão represenadas e explicadas a seguir: A Pono mais quene do enrolameno, no inerior da ranhura, onde é gerado o calor proveniene das perdas nos conduores. AB Queda de emperaura na ransferência de calor do pono mais quene aé os fios exernos. Como o ar é um péssimo conduor de calor, é imporane que não haja vazios no inerior da ranhura, iso é, as bobinas devem ser compacas e a impregnação com verniz deve ser perfeia. B Queda aravés do isolameno da ranhura e no conao dese com os conduores de um lado, e com as chapas do núcleo, do ouro. O emprego de maeriais modernos melhora a ransmissão de calor aravés do isolane; a impregnação perfeia melhora o conao do lado inerno, eliminando espaços vazios; o bom alinhameno das chapas esampadas melhora o conao do lado exerno, eliminando camadas de ar que prejudicam a ransferência de calor. BC Queda de emperaura por ransmissão aravés do maerial das chapas do núcleo. C Queda no conao enre o núcleo e a carcaça. A condução de calor será ano melhor quano mais perfeio for o conao ene as pares, dependendo do bom alinhameno das chapas, e precisão da usinagem da carcaça. Superfícies irregulares deixam espaços vazios enre elas, resulando mau conao e, porano, má condução do calor e elevada queda de emperaura nese pono. CD Queda de emperaura por ransmissão aravés da espessura da carcaça. CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 85
3 Módulo Comando e Proeção Graças a um projeo moderno, uso de maeriais avançados, processos de fabricação aprimorados, sob um permanene Conrole de Qualidade, os moores WEG apresenam uma excelene ransferência de calor do inerior para a superfície, eliminando ponos quenes no enrolameno. Temperaura exerna do moor: Era comum, anigamene, verificar o aquecimeno do moor, medindo, com a mão, a emperaura exerna da carcaça. Em moores modernos, ese méodo primiivo é compleamene errado. Como se viu aneriormene, os criérios modernos de projeo procuram aprimorar a ransmissão de calor inernamene, de modo que a emperaura do enrolameno fique pouco acima da emperaura exerna da carcaça, onde ela realmene conribui para dissipar as perdas. Em resumo, a emperaura da carcaça não dá indicação do aquecimeno inerno do moor, nem de sua qualidade. Um moor frio por fora pode er perdas maiores e emperaura mais ala no enrolameno do que um moor exeriormene quene VIDA ÚTIL DO MOTOR Sendo o moor de indução, uma máquina robusa e de consrução simples, a sua vida úil depende quase exclusivamene da vida úil da isolação dos enrolamenos. Esa é afeada por muios faores, como umidade, vibrações, ambienes corrosivos e ouros. Denre odos os faores, o mais imporane é, sem dúvida a emperaura de rabalho dos maeriais isolanes empregados. Um aumeno de 8 a 0 graus na emperaura da isolação reduz sua vida úil pela meade. Quando se fala em diminuição da vida úil do moor, não se refere às emperauras elevadas, quando o isolane se queima e o enrolameno é desruído de repene. Vida úil da isolação (em ermos de emperaura de rabalho, bem abaixo daquela em que o maerial se queima), refere-se ao envelhecimeno gradual do isolane, que vai se ornando ressecado, perdendo o poder isolane, aé que não supore mais a ensão aplicada e produza o curo-circuio. A experiência mosra que a isolação em uma duração praicamene ilimiada, se a sua emperaura for manida abaixo de um cero limie. Acima dese valor, a vida úil da isolação vai se ornado cada vez mais cura, à medida que a emperaura de rabalho é mais ala. Ese limie de emperaura é muio mais baixo que a emperaura de queima do isolane e depende do ipo de maerial empregado. Esa limiação de emperaura refere-se ao pono mais quene da isolação e não necessariamene ao enrolameno odo. Evidenemene, basa um pono fraco no inerior da bobina para que o enrolameno fique inuilizado CLASSES DE ISOLAMETO Como viso acima, o limie de emperaura depende do ipo de maerial empregado. Para fins de normalização, os maeriais isolanes e os sisemas de isolameno (cada um formado pela combinação de vários maeriais) são agrupados em CLASSES DE ISOLAMETO, cada qual definida pelo respecivo limie de emperaura, ou seja, pela maior emperaura que o maerial pode suporar coninuamene sem que seja afeada sua vida úil. CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 86
4 Módulo Comando e Proeção As classes de isolameno uilizadas em máquinas eléricas e os respecivos limies de emperaura conforme BR 7094 são as seguines: Classe A (05 º C); Classe E (20 º C); Classe B (30 º C); Classe (55 º C); Classe H (80 º C). As classes B e são as comumene uilizadas em moores normais MEDIDA DE ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA DO EROLAMETO É muio difícil medir a emperaura do enrolameno com ermômeros ou ermopares, pois a emperaura varia de um pono a ouro e nunca se sabe se o pono da medição esá próximo do pono mais quene. O méodo mais preciso e mais confiável de se medir a emperaura de um enrolameno é aravés da variação de sua resisência ôhmica com a emperaura, que aproveia a propriedade dos conduores de variar sua resisência, segundo uma lei conhecida. A elevação da emperaura pelo méodo da resisência é calculada por meio da seguine fórmula, para conduores de cobre: R R ( 234, ) a 2 Δ = 2 a = 5 R Onde: Δ é a elevação de emperaura; emperaura do enrolameno anes do ensaio, praicamene igual a do meio refrigerane, medida por ermômero; 2 emperaura dos enrolamenos no fim do ensaio; a emperaura do meio refrigerane no fim do ensaio; R resisência do enrolameno anes do ensaio; R 2 resisência do enrolameno no fim do ensaio APLICAÇÃO A MOTORES ELÉTRICOS A emperaura do pono mais quene do enrolameno deve ser manida abaixo do limie da classe. A emperaura oal vale a soma da emperaura ambiene com a elevação de emperaura Δ mais a diferença que exise enre a emperaura média do enrolameno e a do pono mais quene. As normas de moores fixam a máxima elevação de emperaura Δ, de modo que a emperaura do pono mais quene fica limiada, baseada nas seguines considerações: A emperaura ambiene é, no máximo 40 º C, por norma, e a cima disso as condições de rabalho são consideradas especiais; CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 87
5 Módulo Comando e Proeção A diferença enre a emperaura média e a do pono mais quene, não varia muio de moor para moor e seu valor esabelecido em norma, baseado na práica é 5 º C, para as classes A e E, 0 º C para a classe B e 5 º C para as classes e H. As normas de moores, porano, esabelecem um máximo para a emperaura ambiene e especificam uma elevação de emperaura máxima para cada classe de isolameno. Dese modo, fica indireamene limiada a emperaura do pono mais quene do moor. Os valores numéricos e a composição da emperaura admissível do pono mais quene são indicados na abela Classe de Isolameno A E B H Temperaura Ambiene ºC Δ elevação de emperaura (méodo da resisência) Diferença enre o pono mais quene e a emperaura média K ºC Toal: emperaura do pono mais quene ºC Tabela Composição da emperaura em função da classe de isolameno Para moores de consrução naval, deverão ser obedecidos odos os dealhes pariculares de cada enidade classificadora. Enidades classificadoras para uso naval Máxima emperaura ambiene ºC a Máxima sobreelevação de emperaura permiida por classe de isolameno, Δ em ºC (méodo de variação de resisência) A E B Germanischer Lloyd American Bureau of Shipping Bureau Vérias orske Vérias Lloyds Regiser of Shipping RIa Tabela Correções de emperaura para roores navais.6.2 PROTEÇÃO TÉRMICA DE MOTORES ELÉTRICOS A proeção érmica é efeuada por meio de ermo-resisências (resisência calibrada), ermisores, ermosaos ou proeores érmicos. Os ipos de deeores a serem uilizados são deerminados em função da classe de emperaura do isolameno empregado, de cada ipo de máquina e da exigência do cliene. Tipos de proeores uilizados pela WEG: CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 88
6 Módulo Comando e Proeção.6.2. TERMO-RESISTÊCIA (PT-00) São elemenos onde sua operação é baseada na caracerísica de variação da resisência com a emperaura inrínseca a alguns maeriais (geralmene plaina, níquel ou cobre). Possuem resisência calibrada, que varia linearmene com a emperaura, possibiliando um acompanhameno conínuo do processo de aquecimeno do moor pelo display do conrolador, com alo grau de precisão e sensibilidade de resposa. Sua aplicação é ampla nos diversos seores de écnicas de medição e auomaização de emperaura nas indúsrias. Geralmene, aplica-se em insalações de grande responsabilidade como, por exemplo, em regime inermiene muio irregular. Um mesmo deeor pode servir para alarme e para desligameno. Desvanagem: os elemenos sensores e o circuio de conrole possuem alo cuso. igura.52 Visualização do aspeco inerno e exerno dos ermo-resisores TERMISTORES (PTC E TC) São deeores érmicos composos de sensores semiconduores que variam sua resisência bruscamene ao aingirem uma deerminada emperaura. PTC coeficiene de emperaura posiivo; TC coeficiene de emperaura negaivo. O ipo PTC é um ermisor cuja resisência aumena bruscamene para um valor bem definido de emperaura, especificado para cada ipo. Essa variação brusca na resisência inerrompe a correne no PTC, acionando um relé de saída, o qual desliga o circuio principal. Também pode ser uilizado para sisemas de alarme ou alarme e desligameno (2 por fase). Para o ermisor TC aconece o conrário do PTC, porém, sua aplicação não é normal em moores eléricos, pois os circuios elerônicos de conrole disponíveis, geralmene são para o PTC. Os ermisores possuem amanho reduzido, não sofrem desgases mecânicos e êm uma resposa mais rápida em relação aos ouros deeores, embora permiam um acompanhameno conínuo do processo de aquecimeno do moor. os ermisores com seus respecivos circuios elerônicos de conrole oferecem proeção complea conra sobreaquecimeno produzido por fala de fase, sobrecarga, sob ou sobreensões ou freqüenes operações de reversão ou liga-desliga. CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 89
7 Módulo Comando e Proeção Possuem um baixo cuso, relaivamene ao do ipo PT-00, porém, necessiam de relé para comando da auação do alarme ou operação. igura.53 Visualização do aspeco exerno dos ermisores TERMOSTATOS São deeores érmicos do ipo bimeálico com conaos de praa normalmene fechados, que se abrem quando ocorre deerminada elevação de emperaura. Quando a emperaura de auação do bimeálico diminuir, ese vola a sua forma original insananeamene permiindo o fechameno dos conaos novamene. Os ermosaos podem ser desinados para sisemas de alarme, desligameno ou ambos (alarme e desligameno) de moores eléricos rifásicos, quando soliciado pelo cliene. São ligados em série com a bobina do conaor. Dependendo do grau de segurança e da especificação do cliene, podem ser uilizados rês ermosaos (um por fase) ou seis ermosaos (grupo de dois por fase). Para operar em alarme e desligameno (dois ermosaos por fase), os ermosaos de alarme devem ser apropriados para auação na elevação de emperaura previsa do moor, enquano que os ermosaos de desligameno deverão auar na emperaura máxima do maerial isolane. igura.54 Visualização do aspeco inerno e exerno do ermosao Os ermosaos ambém são uilizados em aplicações especiais de moores monofásicos. esas aplicações, o ermosao pode ser ligado em série com a alimenação do moor, desde que a correne do moor não ulrapasse a máxima correne admissível do ermosao. Caso iso ocorra, liga-se o ermosao em série com a bobina do conaor. Os ermosaos são insalados nas cabeças de bobinas de fases diferenes. CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 90
8 Módulo Comando e Proeção PROTETORES TÉRMICOS São do ipo bimeálico com conaos normalmene fechados. Uilizados, principalmene, para proeção conra sobreaquecimeno em moores de indução monofásicos, provocado por sobrecargas, ravameno do roor, quedas de ensão, ec. São aplicados quando especificados pelo cliene. O proeor érmico consise basicamene em um disco bimeálico que possui dois conaos móveis, uma resisência e um par de conaos fixos. O proeor é ligado em série com a alimenação e, devido à dissipação érmica causada pela passagem da correne aravés da resisência inerna dese, ocorre uma deformação do disco, al que, os conaos se abrem e a alimenação do moor é inerrompida. Após ser aingida uma emperaura inferior à especificada, o proeor deve religar. Em função de religameno, pode haver dois ipos de proeores: Proeor com religameno auomáico, onde o rearme é realizado auomaicamene; Proeor com religameno manual, onde o rearme é realizado aravés de um disposiivo manual. igura.55 Visualização do aspeco inerno do proeor érmico O proeor érmico ambém em aplicação em moores rifásicos, porém, apenas em moores com ligação Y. O seguine esquema de ligação poderá ser uilizado: igura.56 Esquema de ligação do proeorérmico para moores rifásicos CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 9
9 Módulo Comando e Proeção Vanagens: Combinação de proeor sensível à correne e a emperaura; Possibilidade de religameno auomáico. Desvanagens: Mecanismo de proeção Limiação da correne, por esar o proeor ligado direamene à bobina do moor monofásico; Aplicação volada para moores rifásicos somene no cenro da ligação Y. Termoresisor (PT00) Resisência calibrada Termisor (PTC e TC) Resisor de avalanche Disposição Cabeça de bobina Cabeça de bobina orma de auação Limiação de correne Tipo de sensibilidade úmero de unidades por moor Tipos de comando Comando exerno de auação na proeção Correne de comando Temperaura Comando exerno de auação na proeção Correne de comando Temperaura 3 ou 6 3 ou 6 Alarme e/ou desligameno Alarme e/ou desligameno Termosao - Conaos móveis - Bimeálicos - Inserido no circuio - Cabeça de bobina - Auação direa - Comando exerno de auação na proeção - Correne do moor - Correne do comando Correne e emperaura 3 ou 6 ou 3 - Desligameno - Alarme e/ou desligameno Proeor Térmico Conaos móveis Inserido no circuio Auação direa Correne do moor Correne e emperaura Desligameno Tabela Comparaiva enre os sisemas de proeção mais comuns PROTEÇÃO DE MOTORES DE ALTA TESÃO WEG a filosofia da proeção a ser adoada para um deerminado moor pesam o amanho do moor, o nível de ensão da rede de alimenação, o méodo de parida, a imporância da conribuição de uma fala no moor para o sisema de alimenação, o grau de necessidade da operação do moor em quesão para o processo indusrial em curso, a políica de reposição de moores da empresa e considerações econômicas quano ao cuso da proeção em relação ao cuso do moor e ao cuso de uma paralisação no processo indusrial. Serão abordados a seguir alguns ipos de proeções freqüenemene uilizadas em moores de ala ensão. CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 92
10 Módulo Comando e Proeção PROTEÇÃO DO ESTATOR Proeção Conra Curos-Circuios As correnes elevadas que ocorrem em um curo circuio ornam necessário isolar o moor afeado. Dependendo do moor e a ensão de alimenação do mesmo, é usual a uilização de um relé insanâneo ajusado para uma correne ligeiramene acima da correne com roor bloqueado, conjugado com um relé ajusado para 3 a 4 vezes a correne nominal do moor com emporização suficiene para não operar durane a parida. Para moores de grande poência e ala ensão, a proeção conra curo-circuio é geralmene realizada por relés secundários. Proeção Conra Suros de Tensão O nível de isolameno de máquinas giranes é muio menor que o de ouros ipos de equipamenos eléricos. Tal nível para um ransformador de 5kV imerso em óleo, por exemplo, é de 60 kv, ao passo que para um moor de 4 kv nominais é da ordem de 3kV. Esse nível é igual ao valor de pico da onda de ensão aplicada durane minuo no ensaio de ensão aplicada (2 vezes a ensão nominal kv). Um enrolameno de máquina de correne alernada pode ser considerado como uma pequena linha de ransmissão, com reflexão e refração de onda nos erminais, impedância de suro, ec. A maior soliciação do pono de visa da ensão de impulso geralmene ocorre nas primeiras espiras do enrolameno, pois o suro vai sendo aenuado ao longo do enrolameno. Moores eléricos êm impedância de suro na faixa de 50 a 500 ohms, ipicamene; na medida em que a ensão nominal e a poência nominal dos moores crescem, ambém cresce sua impedância de suro. As fones comuns de suros de ensão são descargas amosféricas na linha (principalmene), operações de manobra ou ligação de cargas de ala correne no mesmo circuio. os suros de manobra a ensão geralmene não ulrapassa duas a rês vezes a ensão fase-neuro do sisema. Embora as ensões de suro sejam alas, sua duração é muio pequena. Tipicamene, a onda se eleva muio depressa ( a 0 microsegundos), aingindo enão seu valor máximo depois de 2 a 50 microsegundos. A proeção de máquinas giranes conra suros requer a limiação da ensão de impulso juno aos erminais da máquina e a diminuição da inclinação da frene de onda de ensão. A combinação dessas duas condições é denominada achaameno da onda. Ese achaameno da onda é obido com a insalação de pára-raios enre os erminais da máquina e a carcaça aerrada. Quando mais de uma máquina esive ligada a um barrameno comum é usual ligar-se os pára-raios enre cada fase e a erra, desde que as carcaças das máquinas esejam ligadas a uma malha de erra de baixa resisência e que seja a mesma dos pára-raios. A diminuição da inclinação da frene de onda é conseguida por capaciores de derivação ligados aos erminais da máquina. Proeção Diferencial O sisema de proeção diferencial exige que os dois erminais de cada fase do moor sejam acessíveis. As maiores vanagens de um sisema de proeção diferencial são a ala sensibilidade, ala velocidade e o fao de operar somene sob falas inernas ao moor, não sendo CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 93
11 Módulo Comando e Proeção sensível às sobrecorrenes durane a parida. Sisemas de proeção diferencial não exigem coordenação com ouras proeções no sisema. Os ransformadores de correne vão, normalmene, insalados na caixa de ligação do moor, o que implica que, quando se deseja uilizar ese ipo de proeção, caixas de ligação maiores que as usuais são necessárias..6.3 REGIME DE SERVIÇO É o grau de regularidade da carga a que o moor é submeido. Os moores normais são projeados para regime conínuo, (a carga é consane), por empo indefinido, e igual a poência nominal do moor. A indicação do regime do moor deve ser feia pelo comprador, da forma mais exaa possível. os casos em que a carga não varia ou varia de forma previsível, o regime poderá ser indicado numericamene ou por meio de gráficos que represenam a variação em função do empo das grandezas variáveis. Quando a seqüência real dos valores no empo for indeerminada, deverá ser indicada uma seqüência ficícia não menos severa que a real REGIMES DE SERVIÇOS PADROIZADOS (BR 7094/IEC 60034) Os regimes ipo e os símbolos alfa-numéricos a eles aribuídos, são indicados a seguir: a) Regime Conínuo (S): O funcionameno da carga consane de duração suficiene para que se alcance o equilíbrio érmico (figura.57). igura.57 Onde: empo mínimo de funcionameno em carga consane; Θ máx emperaura máxima aingida (equilíbrio érmico). CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 94
12 Módulo Comando e Proeção b) Regime de Tempo Limiado (S2): O funcionameno da carga é consane e, durane cero empo, inferior ao necessário para aingir o equilíbrio érmico, seguido de um período de repouso de duração suficiene para resabelecer a igualdade de emperaura com o meio refrigerane (figura.58). igura.58 Onde: funcionameno em carga consane; Θ máx emperaura máxima aingida. c) Regime Inermiene periódico (S3): A seqüência de ciclos idênicos, cada qual incluindo um período de funcionameno a carga consane e um período de repouso. ese regime o ciclo é al que a correne de parida não afee de modo significaivo a elevação de emperaura (figura.59). igura.59 CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 95
13 Módulo Comando e Proeção Onde: funcionameno em carga consane; R repouso; Θ máx emperaura máxima aingida. aor de duração do ciclo = 00% R d) Regime Inermiene Periódico com Paridas (S4): Ese regime em uma seqüência de ciclos de regime idênicos, cada qual consisindo de um período de parida significaivo, um período de funcionameno a carga consane e um período de repouso (figura.60). igura.60 Onde: D parida; funcionameno em carga consane; R repouso; Θ máx emperaura máxima aingida. D aor de duração do ciclo = 00% e) Regime Inermiene Periódico com frenagem elérica (S5): R D A seqüência de ciclos de regime idênicos, cada qual consisindo de um período de parida, um período de funcionameno a carga consane, um período de frenagem elérica rápida e um período de repouso (figura.6). CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 96
14 Módulo Comando e Proeção igura.6 Onde: D parida; funcionameno em carga consane; frenagem elérica; R repouso; Θ máx emperaura máxima aingida. D aor de duração do ciclo = 00% D f) Regime de uncionameno Periódico com Carga Inermiene (S6): A seqüência de ciclos de regime idênicos, cada qual consisindo de um período de funcionameno a carga consane e de um período de funcionameno em vazio, não exisindo período de repouso (figura.62). R igura.62 CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 97
15 Módulo Comando e Proeção Onde: funcionameno em carga consane; V funcionameno em vazio; Θ máx emperaura máxima aingida. aor de duração do ciclo = 00% V g) Regime de uncionameno Periódico com renagem Elérica (S7): É a seqüência de ciclos de regimes idênicos, cada qual consisindo de um período de parida, de um período de funcionameno a carga consane e um período de frenagem elérica, não exisindo o período de repouso (figura.63). igura.63 Onde: D parida; funcionameno em carga consane; frenagem elérica; Θ máx emperaura máxima aingida. aor de duração do ciclo = h) Regime de uncionameno Conínuo Periódico com Mudanças correspondenes de carga e de velocidade (S8): A seqüência de ciclos de regimes idênicos, cada ciclo consisindo de um período de parida e um período de funcionameno a carga consane, correspondendo a uma velocidade de roação pré-deerminada, seguidos de um ou mais períodos de funcionameno a ouras cargas consanes, correspondenes a diferenes velocidades de roação. ão exise período de repouso (figura.64). CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 98
16 CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 99 Módulo Comando e Proeção igura.64 Onde: - 2 frenagem elérica; D parida; funcionameno em carga consane; Θ máx emperaura máxima aingida. aor de duração do ciclo % D D = % D = % D = OTA: nos regimes periódicos (S3 a S8) implicam que o equilíbrio érmico não seja aingido durane o empo em carga.
17 Módulo Comando e Proeção i) Regimes Especiais: Onde a carga pode variar durane os períodos de funcionameno, exise reversão ou frenagem por conracorrene, ec., a escolha do moor adequado, deve ser feia mediane consula à fábrica e depende de uma descrição complea do ciclo: Poência necessária para acionar a carga ou, se ela varia conforme um gráfico de poência requerida durane um ciclo (a figura.63 mosra um gráfico simples, onde a poência varia no período de carga); Conjugado resisene da carga; Momeno de inércia oal (GD 2 ou J) da máquina acionada, referida à sua roação nominal. úmero de paridas, reversões, frenagens por conracorrene, ec.; Duração dos períodos em carga e em repouso ou vazio DESIGAÇÃO DO REGIME TIPO O regime ipo é designado pelo símbolo descrio no iem.6.3. o caso de regime conínuo, ese pode ser indicado, em alernaiva, pela palavra conínuo. Exemplos das designações dos regimes: S2 60 segundos; A designação dos regimes S2 à S8 é seguida das seguines indicações: a) S2, do empo de funcionameno em carga consane; b) S3 à S6, do faor de duração do ciclo; c) S8, de cada uma das velocidades nominais que consiuem o ciclo, seguida da respeciva poência nominal e do seu respecivo empo de duração. os casos dos regimes S4, S5, S7 e S8, ouras indicações a serem acrescidas à designação, deverão ser esipuladas mediane acordo enre fabricane e comprador. oa: como exemplo das indicações a serem acrescidas, mediane o referido acordo às designações de regimes ipo diferenes do conínuo, cia-se as seguines, aplicável segundo o regime ipo considerado: a) úmero de paridas por hora; b) úmero de frenagens por hora; c) Tipo de frenagens; d) Consane de energia cinéica (H), na velocidade nominal, do moor e da carga, esa úlima podendo ser subsiuída pelo faor de inércia (I). Onde: consane de energia cinéica é a relação enre a energia cinéica (armazenada no roor à velocidade de roação nominal) e a poência aparene nominal. aor de inércia é a relação CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 00
18 Módulo Comando e Proeção enre a soma do momeno de inércia oal da carga (referido ao eixo do moor) e do momeno de inércia do roor. S3 25%; S6 40%; S8 moor H., I.0, 33cv 740rpm 3min; Onde H. significa uma consane de energia cinéica igual a s e I. 0 significa um faor de inércia igual a POTÊCIA OMIAL É a poência que o moor pode fornecer, denro de suas caracerísicas nominais, em regime conínuo. O conceio de poência nominal, ou seja, a poência que o moor pode fornecer esá inimamene ligada à elevação de emperaura do enrolameno. Sabe-se que o moor pode acionar cargas de poências bem acima de sua poência nominal, aé quase aingir o conjugado máximo. O que aconece, porém, é que, se esa sobrecarga for excessiva, iso é, for exigida do moor uma poência muio acima daquela para a qual foi projeado, o aquecimeno normal será ulrapassado e a vida do moor será diminuída, podendo ele, aé mesmo, queimar-se rapidamene. Deve-se sempre er em mene, que a poência soliciada ao moor é definida pelas caracerísicas da carga, iso é, independenemene da poência do moor, ou seja: para uma carga de 90 cv, soliciada de um moor, por exemplo, independenemene de ese ser de 75 cv ou 00 cv, a poência soliciada ao moor será de 90 cv..6.4 ATOR DE SERVIÇO (S) Chama-se faor de serviço (S) o faor que, aplicado à poência nominal, indica a carga permissível que pode ser aplicada coninuamene ao moor sob condições especificadas. oe que se raa de uma capacidade de sobrecarga conínua, ou seja, uma reserva de poência que dá ao moor uma capacidade de suporar melhor o funcionameno em condições desfavoráveis. O faor de serviço não deve ser confundido com a capacidade de sobrecarga momenânea, durane alguns minuos. Os moores WEG podem suporar sobrecargas aé 60% da carga nominal, durane 5 segundos. O faor de serviço S =,0 significa que o moor não foi projeado para funcionar coninuamene acima de sua poência nominal. Iso, enreano, não muda a sua capacidade para sobrecargas momenâneas. A BR 7094 especifica os S usuais por poência. CTC - Cenro de Treinameno de Clienes 0
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