UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA ALICE KINUE JOMORI DE PINHO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEFESA DA CONCORRÊNCIA E INTEGRAÇÃO VERTICAL NO

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1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA ALICE KINUE JOMORI DE PINHO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEFESA DA CONCORRÊNCIA E INTEGRAÇÃO VERTICAL NO MERCADO DE GLP BRASILEIRO Brasília 2008

2 DEFESA DA CONCORRÊNCIA E INTEGRAÇÃO VERTICAL NO MERCADO DE GLP BRASILEIRO ALICE KINUE JOMORI DE PINHO Dissertação submetia ao Departamento e Economia a Universiae e Brasília, como parte os requisitos necessários à obtenção o título e Mestre em Economia. Orientaor: Prof. César Costa Alves e Mattos Maio/2008

3 DEFESA DA CONCORRÊNCIA E INTEGRAÇÃO VERTICAL NO MERCADO DE GLP BRASILEIRO ALICE KINUE JOMORI DE PINHO Dissertação submetia ao Departamento e Economia a Universiae e Brasília, como parte os requisitos necessários à obtenção o título e Mestre em Economia. Aprovaa por: Prof. Dr. César Costa Alves e Mattos (Orientaor) Prof. Dr. Anré Luís.Rossi e Oliveira (UnB) Prof. Dr. Rorigo Anres e Souza Penaloza (UnB) Brasília, maio e 2008.

4 Aos meus pais

5 AGRADECIMENTOS Agraeço ao meu orientaor, César Costa Alves e Mattos, por toos os comentários e sugestões feitas ao longo a issertação, por compartilhar seu conhecimento técnico e experiência, e por preocupar-se sempre com os prazos e entrega o trabalho. À minha família, minha avó Darclier, meu irmão Leanro, minha marinha Margaria e toos os tios e primos que sempre estiveram ao meu lao. À Natália, Francisco, Leonaro, Larissa, Vinícius, Rafael e Sávio, pelo apoio nos momentos ifíceis, pelo companheirismo enquanto morei em Brasília e pela amizae que carregarei para sempre. Aos amigos Bruno, Daniel, Fabiana, Cíntia, Ana Beatriz e Cristiano, sempre presentes, aina que virtualmente, em toas as fases o mestrao. Agraeço especialmente a colega e mestrao e amiga Joana Costa, pelas inúmeras horas e estuo e aprenizao conjunto urante o curso. Aos colegas e trabalho e amigos o Ministério e Minas e Energia, Diana, Breno, Hermann, Renato Augusto, Maurício, Mattei, Marlon, Symone, Thereza, Patrícia, em especial ao João Souto, Clauio Ishihara, Luiz Theooro e Manoel Paraa pela compreensão e apoio para a realização o mestrao. Sou grata aos professores a UnB que ministraram às aulas urante o mestrao e que contribuíram para a minha formação e aprofuamento os conhecimentos em economia.

6 RESUMO O mercao e erivaos e petróleo brasileiro sofreu granes transformações na écaa e 90, com a liberação e preços e margens e abertura total às importações. A transição para o mercao livre foi finalizaa em janeiro e Os agentes participantes este mercao, acostumaos a forte intervenção e controle estatal, passaram a liar com uma nova realiae, one ajustes como fusões e aquisições tornaram se práticas comuns. Em relação ao mercao e istribuição e gás liquefeito e petróleo (GLP), nota-se que poucas firmas etêm granes parcelas o mercao. Aicionalmente, a presença forte a Petrobras em toos os segmentos a caeia gera incerteza para os outros agentes quanto à sua conuta. O trabalho analisa o poer e mercao conjunto as firmas que atuam no segmento e istribuição e GLP no Brasil, ese a abertura total à concorrência em janeiro e 2002, até janeiro e Em particular, avalia o efeito a compra por parte a subsiiária a Petrobras e uma empresa istribuiora inepenente e GLP (Liquigás S.A.), em agosto e Esta compra caracterizou um aprofunamento a integração vertical no setor. A partir o moelo baseao nas premissas a New Empirical Inustrial Organization (NEIO), testa-se o comportamento os agentes ofertantes no mercao e istribuição e GLP, especialmente em relação à possibiliae e uma conuta cartelizaa, em uas versões: a estática e a inâmica.

7 ABSTRACT The market of petroleum proucts in Brasil change a lot in the 90 s with price liberalization an opening of the sector to imports. The transition of the sector of liquefie petroleum gas (LPG) to a free market regime ene by January, The players of this market, who were use to strong state intervention, starte to eal with a new scenario where movements like mergers an acquisitions are the norm. Regaring the market of LPG istribution, there are a few firms which have large market shares. Furthermore, the strong presence of the state-owne company, Petrobras, in all links of the prouctive chain brings a lot of uncertainty to the private players. This work aresses the joint market power of the firms that operate in the istribution of LPG in Brazil, since the beginning of this process of market opening to competition by January, 2002 up to January, I aress, in particular, the effect of the acquisition of Liquigás by Petrobras in August, This operation eepene vertical integration in this segment. Base in the literature of the New Empirical Inustrial Organization (NEIO), the behavior of the players in the market of LPG istribution is teste, mainly concerning the possibility of a cartelize conuct, using two versions of econometric moelling: static an ynamic.

8 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 9 Capítulo 1 Integração Vertical e Moelos e Defesa a Concorrência Motivações as Firmas Conseqüências para o mercao Moelos e Análise a Integração Vertical Teoria os Jogos Fechamento e mercao em integração vertical Estimação e oferta, emana e conuta as firmas Capítulo 2 Análise o Mercao e GLP no Brasil O Mercao e GLP no Brasil Proução e Consumo Resiencial Distribuição e Revena Evolução a Política e Preços e Tributação sobre os Combustíveis no Brasil ese a Décaa e Entraa a BR Distribuiora Guia para atos e concentração vertical Etapa I Definição o Mercao Relevante Etapa II Participações e Mercao Etapa III Incentivos, Viabiliae e Lucrativiae a Estratégia e Fechamento e Mercao Etapas IV e V Benefícios Econômicos a Operação Conclusão Capítulo 3 O Moelo Estático NEIO Aplicao ao Mercao e GLP O Moelo Estático Os Daos Resultaos e Análises Aplicação o moelo à forma funcional linear Multicolineariae e Autocorrelação Participação a Liquigás Aplicação o moelo à forma funcional log-linear Conclusão Capítulo 4 O Moelo Dinâmico Teste e raiz unitária Teste e Cointegração Teste e Separabiliae Testes e Muança Estrutural Aplicação o Moelo Dinâmico Análise os Resultaos Comparação com Outros Estuos Poer e mercao na istribuição e GLP Pareceres o CADE e SEAE para a integração vertical CONCLUSÃO Referências Bibliográficas ANEXOS

9 INTRODUÇÃO A muança e paraigma e Estao proutor para regulaor, iniciaa com a Constituição Feeral e 1988, foi suceia por uma série e meias que buscavam criar um marco regulatório e um ambiente institucional propício para o esenvolvimento e mercaos que ao mesmo tempo atraíssem investimento os agentes e ofertassem os proutos a preços competitivos aos consumiores. As funções o Estao, então, voltaram-se para a efesa a concorrência e passaram a ser primoriais para assegurar o sucesso a nova orem econômica. A criação e agências regulaoras e o Sistema Brasileiro e Defesa a Concorrência visou garantir que as privatizações os serviços públicos e e infra-estrutura, assim como a liberalização as importações, tornassem os mercaos mais competitivos. Em particular, o mercao e erivaos e petróleo brasileiro sofreu granes transformações na écaa e 90, com a liberação e preços e margens e abertura total às importações. A transição para o mercao livre foi finalizaa em janeiro e Os agentes participantes este mercao, acostumaos a forte intervenção e controle estatal, passaram a liar com uma nova realiae, one ajustes como fusões e aquisições tornaram se práticas comuns. Aicionalmente, a presença forte a Petrobras em toos os segmentos a caeia (proução, istribuição e revena) gera incerteza para os outros agentes quanto à sua conuta. Embora seja uma companhia e mercao aberto, com ações na bolsa e valores, sua gestão é estatal, e moo que poe haver interferência política em suas ecisões, que muitas vezes não visam apenas ao lucro. Em relação ao mercao e istribuição e gás liquefeito e petróleo (GLP), objeto e estuo este trabalho, nota-se que poucas firmas etêm granes parcelas o mercao. O objetivo principal o trabalho é analisar o poer e mercao as firmas que atuam no mercao e istribuição o GLP brasileiro nos últimos cinco anos (ese a abertura total o mercao), em particular a compra por parte a subsiiária a Petrobras e uma empresa istribuiora inepenente e GLP (Liquigás S.A.), em agosto e Esta compra caracterizou um aprofunamento a integração vertical no setor. Para a análise empírica será utilizao o instrumental teórico a New Empirical Inustral Organization (NEIO). 9

10 Para tanto, o primeiro capítulo, teórico, inclui as iferentes visões acaêmicas acerca a integração vertical, com revisão a literatura sobre o tema, que passa pelo moelo Estrutura-Conuta-Desempenho, pela Escola e Chicago e pela Teoria os Custos e Transação. Aicionalmente, serão observaas as motivações as firmas para integrarem-se bem como as conseqüências para o mercao esta integração. O capítulo também expõe alguns moelos recentes utilizaos pela literatura econômica para a análise as conseqüências e atos e concentração, com ênfase em operações e concentração vertical, e moelos para ientificação e conutas e exercício e poer e mercao por parte as firmas em características e mercao iversas. O capítulo seguinte escreve a evolução recente o mercao e GLP no Brasil, que engloba os iferentes elos a caeia (proução, istribuição e revena) bem como a política e preços aotaa no país. Aicionalmente, expõe uma revisão e literatura sobre a efesa a concorrência em atos e concentração vertical. O Guia para análise econômica e atos e concentração vertical e Pinheiro e Pioner (2006) é utilizao para observar se a conformação o mercao e GLP no momento a compra a Liquigás pela BR Distribuiora propiciava a prática e comportamentos anticoncorrenciais e se a integração poe ter afetao as relações entre os agentes o mercao. Por fim, etermina-se o mercao relevante a ser estuao e as variáveis-chave que evem constar no moelo empírico. A etapa seguinte (terceiro capítulo) aplica o moelo empírico aotao - moelo NEIO, com base nos trabalhos e Bresnahan (1982 e 1989), Steen e Salvanes (1999), Nakane (2002) e Zeian (2005). Este enfoque permite a etecção e poer e mercao conjunta as firmas sem necessiae e conhecer o custo marginal estas, apenas com base em aos agregaos. O moelo analisa o poer e mercao através e variáveis que moificam a função e emana e mercao. Inicialmente, constrói-se a curva e emana e as relações e oferta, eterminano-se, assim, o equilíbrio e mercao. Ao rotacionar a curva e emana ao longo e seu eixo (configurano uma muança a elasticiae-preço a emana), poe-se verificar se as firmas como um too possuem poer e mercao (nesse caso não há verificação e poer e mercao iniviual). Caso o mercao aproxime-se e concorrência perfeita (em que P=Cmg), o preço e equilíbrio após a rotação a curva e emana não seria alterao. Por outro lao, em mercaos que comportam-se como oligopólios, os preços o mercao seriam moificaos pelas firmas. 10

11 Os aos consieraos relevantes para o moelo foram obtios e trataos, e forma a permitir sua utilização. São uas as versões o moelo a serem estimaas na issertação: a versão estática e a versão inâmica. No terceiro capítulo são aina escritos os resultaos o moelo estático, com utilizano uas formas funcionais a emana: a linear e a logarítmica. Verifica-se que não há granes iscrepâncias e resultaos entre as uas especificações. Ambas resultam em baixos poer e mercao conjunto as empresas istribuioras o setor e GLP. Embora a versão estática apresente uma racionaliae econômica consistente, ela recebe críticas por se istanciar a realiae, em que parte a estratégia as empresas tem como objetivo resultaos no longo prazo. Para tentar corrigir essa falha o moelo estático, os moelos inâmicos NEIO para estimar parâmetros e conuta as firmas apresentam como racionaliae que a interação estratégica entre as empresas levaria a um equilíbrio e longo prazo, implicano um parâmetro e conuta estável. Para tanto, são necessários alguns testes para assegurar que os resultaos o moelo são válios. No quarto capítulo são mostraos os resultaos os testes e raiz unitária, cointegração, separabiliae e quebra estrutural, realizaos previamente à aplicação o moelo inâmico. Por fim, após a obtenção os resultaos econométricos o moelo inâmico, o quarto capítulo realiza a etapa e análise estes resultaos, bem como a comparação estes com outros trabalhos realizaos no setor. A conclusão é que embora o mercao istribuior e GLP seja concentrao, algumas características o mercao e conições conjunturais o períoo estuao parecem não permitir o exercício e poer e mercao pelas istribuioras. Em relação à integração vertical, a entraa a Petrobras no mercao não gerou muança no parão e comportamento as firmas. 11

12 Capítulo 1 Integração Vertical e Moelos e Defesa a Concorrência A integração vertical poe ser efinia quano uma única firma atua em ois elos iferentes a mesma caeia proutiva. As motivações as firmas para integrarem-se e suas conseqüências para os mercaos em que atuam são tema e iscussão na literatura econômica. Na primeira seção o capítulo serão observaas estas motivações bem como suas conseqüências para o mercao. Se por um lao as firmas poem buscar reução os problemas e fornecimento, aumento a troca e informações, bem como gerar economias e escala e escopo e reuzir os custos e transação, não se poe ignorar possíveis problemas ecorrentes a operação, a saber, o aumento as barreiras à entraa, o surgimento e fechamento e mercao por parte e uma firma em relação às outras ( forclosure ) e o aumento o custo as empresas rivais. Há aina custos e gerenciamento ao criar estruturas organizacionais complexas e possibiliae a firma poe ter que pagar impostos e taxas legais altas para viabilizar a fusão ou aina abrir mão e parte a futura empresa integraa como exigência o órgão e efesa a concorrência para que a transação ocorra, tornano-a não atrativa. Aina no capítulo serão escritas as iferentes visões acaêmicas acerca a integração vertical. Far se-á uma revisão a literatura sobre o tema, que passa pelo moelo Estrutura-Conuta-Desempenho, contrário a integrações vertical em mercaos concentraos, pela Escola e Chicago que efene integração vertical por motivos estritamente e eficiência e pela Teoria os Custos e Transação, one a integração vertical poe solucionar problemas ecorrentes e contratos entre empresas que possuem vínculos uraouros. O capítulo também seleciona e apresenta alguns os moelos matemáticos utilizaos para ientificação e previsão e conutas e exercício e poer e mercao por parte as firmas em função e fusões, em iferentes características e mercao. Assim, sem esgotar as inúmeras possibiliaes e análises quantitativas isponíveis, inicialmente serão elencaos alguns moelos competição imperfeita e teoria os jogos. São caracterizaos como evoluções o estuo a organização inustrial com utilização e ferramentas a teoria microeconômica. Aicionalmente apresentar-se-á um moelo 12

13 que analisa a atrativiae o fechamento e mercao a firmas rivais pela firma integraa. Por fim, serão apresentaas opções para a estimação as equações e emana e oferta, com objetivo e estimar a conuta as firmas. 1.1 Motivações as Firmas São iversos os incentivos para que uma empresa ecia participar em mais e um estágio sucessivo e proução ou istribuição e bens ou serviços. Carlton e Perloff (1994) escrevem os principais benefícios a integração vertical para as firmas: o ato e concentração poe ocorrer visano à correção e falhas e mercao por meio a internalização as externaliaes, além a reução os problemas e garantia e fornecimento e aumento a troca e informações. As empresas poem tentar evitar restrições governamentais, como o controle e preços, regras e impostos ao se unirem, bem como aumentar e criar poer e mercao ou tentar se efener caso sejam vítimas o poer e mercao e outra firma. Outro argumento usualmente utilizao para justificar a integração vertical é a possibiliae e gerar economias e escopo. Destaca-se também a reução os custos e transação como objetivo a firma ao se integrar verticalmente. Estes custos poem ser efinios como o ispênio e recursos econômicos para planejar, aaptar e monitorar a interação entre os agentes (Possas et al., 1998, p.10) para garantir que os contratos firmaos sejam cumprios e moo satisfatório para as partes envolvias 1. Possíveis problemas vislumbraos para o cumprimento os contratos relacionam-se à complexiae os mesmos, tornano-os incompletos, a falta e confiança entre os contratantes, a manipulação ou o ocultamento e informações. Os problemas ecorrentes os contratos tornam-se importantes quano as interações entre empresas ocorrem com freqüência, estabeleceno vínculos uraouros, que não poem ser facilmente substituíos. Este é o caso as transações que envolvem ativos específicos, i.e., ativos cuja interrupção as transações gera pera para ambas as partes, pois imputa um valor econômico a integriae e continuiae e relações e 1 A Teoria os Custos e Transação, esenvolvia por Oliver Williamson (1985), parte a hipótese e que os agentes não são capazes e prever toos os eventos que poem ocorrer urante a vigência futura o contrato, i.e., sua racionaliae é limitaa. Assim, o comportamento as partes poe ser oportunista e surge a possibiliae e conflitos. 13

14 compra e vena entre os mesmos agentes, o que, por sua vez, não se faz sem custos (Possas et al., 1998, p.13). A especificiae o ativo, em geral, poe tomar três formas: capital físico específico (máquinas e equipamentos que poem ser venios apenas para poucos compraores), capital humano especializao e localização específica (quano o processo e proução exige que as etapas proutivas estejam localizaas próximas). As empresas poem criar mecanismos contratuais que esestimulem conflitos ou internalizar a proução o insumo por meio a integração vertical. Por outro lao, a integração poe implicar em três custos possíveis: o custo e suprir sua própria proução ou istribuir o seu prouto poe ser maior o que utilizar o mercao; aumento as ificulaes e os custos e gerenciamento ao criar estruturas organizacionais complexas; por fim, a firma poe ter que pagar impostos e taxas legais altas para viabilizar a fusão ou aina abrir mão e parte a futura empresa integraa como exigência o órgão e efesa a concorrência para que a transação ocorra. Pelo exposto, fica claro que os movimentos e integração vertical não são necessariamente tentativas e limitar a concorrência. Como ressaltam Pinheiro e Pioner (2006), é possível ientificar algumas conições necessárias (porém não suficientes) para que a integração vertical levante preocupações concorrenciais. A presença e poer e mercao, entenio como a capaciae as firmas em manter preços acima o nível competitivo por um eterminao períoo e tempo em um os segmentos a inústria, é conição sine qua non para a reução o exceente o consumior. Para o fechamento o mercao e insumo, a análise eve concentrar-se no mercao upstream. Outra hipótese necessária para que a estratégia e fechamento e mercao seja factível é que ela tenha creibiliae. Aina assim, a presença e estratégia crível não garante que haverá ônus à socieae pela integração. A firma poe não aotar a estratégia e, mesmo que o faça, poem existir eficiências que contrabalancem o efeito negativo. Portanto, é necessário aprofunar o estuo e caa caso específico, e forma a tentar enxergar a motivação as empresas que realizaram a transação e se os efeitos negativos potenciais superam os positivos. 14

15 1.2. Conseqüências para o mercao O objetivo os organismos e efesa a concorrência é preservar ambientes competitivos, buscano evitar que agentes o mercao aotem conutas que levem ao enfraquecimento a concorrência para gerar benefícios privaos. Procura-se evitar a concentração e mercao que torne provável o exercício o poer abusivo por parte os participantes que o integram. Seguno o artigo 20 a Lei 8.884/94, as infrações à orem econômica consistem em atos que prouzam, ou objetivem prouzir os efeitos e : (i) (ii) (iii) (iv) limitar, falsear, ou e qualquer forma prejuicar a livre concorrência ou livre iniciativa; ominar mercao relevante e bens ou serviços; aumentar arbritariamente lucros; exercer e forma abusiva posição ominante. De acoro com Hovenkamp (1994), a política e efesa a concorrência apresenta ois objetivos principais: a repressão e conutas e práticas anticoncorrenciais; e a prevenção, pela apreciação os atos e concentração (fusões, aquisições e associações e empresas joint ventures), com objetivo e evitar que se formem estruturas e mercao prejuiciais à concorrência. Para cumprir sua função repressiva, a política e efesa a concorrência poe ser realizaa por meio e influência ireta sobre a conuta os agentes. Sua atuação consiste em esestimular e coibir comportamentos anticompetitivos (combinação e preços, cooperação entre concorrentes, construção e barreiras à entraa, entre outros) através a ameaça e punição (Possas et al., 1995). A análise preventiva os atos e concentração (horizontais ou verticais), busca impeir o surgimento e estruturas e mercao concentraas. A preocupação em relação à integrações verticais está voltaa para o aumento as barreiras à entraa, o fechamento e mercao por parte e uma firma em relação às outras ( forclosure ) e o aumento o custo as empresas rivais (Possas et al., 1998). A elevação as barreiras à entraa se á pelo bloqueio, por parte e um forneceor e bens ou serviços, a capaciae e um novo compraor potencial e 15

16 aquirir esses bens ou serviços, seus ou e outros forneceores, gerano obstáculos à sua entraa no mercao. Machlup (1942) apresenta o conceito e pliopólio, que significa o mercao one não há barreiras à entraa. De acoro com o autor, o oligopólio é efinio como o mercao one a firma age como se houvesse poucos competiores e em sua tomaa e ecisão ela leva em conta a reação e seus rivais. Já o polipólio (polypoly) enota que a firma sente-se incapaz e influenciar o mercao, e forma que toma ecisões sem se preocupar com a reação aos seus atos. O polipólio não é caracterizao apenas por grane número e veneores, mas por um tipo e comportamento/hábito e alguns inivíuos, que é usualmente associao a mercaos mais atomizaos (p.3). O autor argumenta que polipólio e faciliae e entraa são conceitos e natureza lógica istinta. A livre entraa (pliopoly ou pliopólio) é um conceito probabilístico, utilizao por quem está fora o mercao e analisa a atrativiae e os obstáculos para a entraa. O polipólio é o retrato e um tipo e expectativa os veneores a inústria; pliopólio é o retrato as expectativas os observaores externos. As conições necessárias para a livre entraa são (Machlup, p.4): isponibiliae e equipamentos, materiais, tecnologia e mão-e-obra especializaa; ivisibiliae os meios e proução, i.e., eve ser possível haver aumentos moestos a capaciae proutiva a inústria com investimentos iniciais não muito altos. A entraa e novas firmas em mercaos em que a tecnologia mais eficiente exija granes capaciaes e proução poe ser prejuicaa; o financiamento o investimento eve estar isponível a custos não excessivamente elevaos; ausência e interferência estatal contra novos competiores; ausência e estratégias que inibam a entraa e novos competiores por parte as firmas que fazem parte o mercao; ausência e incerteza, e forma que o cálculo e lucros para o empresário que eseja entrar no mercao não seja prejuicao. 16

17 A livre entraa é um conceito e longo prazo, one o lucro líquio as firmas tene para zero. Lucros positivos só poem existir em períoos e transição. Por sua vez, o fechamento e mercao, seguno Rey e Tirole (1997), ocorre quano uma firma, que atua no upstream e possui poer e mercao, ificulta o acesso a um insumo essencial para algumas firmas compraoras, com a intenção e estener seu poer o segmento one atua para o ownstream (potencialmente competitivo). Significa que o insumo essencial não poe ser facilmente substituío, e a etentora os meios e proução esse insumo poe ter incentivos para utilizar seu poer e mercao nos outros segmentos a inústria. Esta situação iferencia-se as barreiras à entraa por se aplicar as empresas já instalaas. Aicionalmente, a pera e lucro no upstream por reuzir suas venas aos competiores ao fechar o mercao ownstream, poe superar o aumento no lucro o mercao ownstream. Nesse caso, não haveria estímulo para a integração. O aumento o custo as rivais poeria não ocorrer porque a pera e acesso ao mercao o insumo poeria ser compensaa pelo acesso aos antigos forneceores a firma que se integrou, configurano apenas um realinhamento nas compras entre as firmas. Outra preocupação quano se analisa atos e concentração vertical é a facilitação e conutas coorenaas, tácitas ou explícitas, na meia em que aumenta a troca e informações entre as empresas ou poe ajuar no monitoramento as firmas ownstream. O argumento e foreclosure foi utilizao nas écaas e 60 e 70 pelas autoriaes e efesa a concorrência nos EUA, que reprovavam movimentos e concentração vertical, mesmo que aparentemente não suscitassem preocupações em afetar a concorrência. O Moelo Estrutura-Conuta-Desempenho (ECD), a escola e Harvar, foi a base teórica para tomaa e ecisão as políticas antitruste ese a écaa e 50. Nessa traição, a preocupação principal está voltaa para a concentração o mercao, que permitiria uma maior coorenação entre as empresas, que, por sua vez, afeririam maiores margens e lucro. Em resumo, a Escola e Harvar efenia que estruturas e mercao concentraas geram poer e mercao ou capaciae a firma em aumentar seus preços sem incorrer em pera significativa e venas, em ecorrência e barreiras à entraa. 17

18 Para que não houvesse prejuízos à socieae, o ieal seria buscar mercao one firmas possuam baixo poer e manipulação e preços, o que ocorre em mercaos mais atomizaos. O principal fator estrutural que afetaria a conuta colusiva as empresas já estabelecias é a concentração, já que a coorenação entre firmas ocorreria mais facilmente quano seu número é reuzio no mercao em análise. A crítica a estes argumentos poe ser encontraa na chamaa Escola e Chicago 2, para quem a concentração não eve ser a variável principal e ecisiva a ser consieraa na análise antitruste. Diversas configurações e estrutura e mercao poem gerar eficiência; uma proução eficiente poe ser resultante e escalas e proução e granes firmas, logo uma inústria concentraa poe estar associaa à eficiência. De acoro com Coutinho e Mattos (2007), os autores essa corrente efenem a integração vertical por motivos estritamente e eficiência. Não haveria racionaliae econômica no fechamento e mercao, pois apenas um lucro e monopólio poeria ser auferio, inepenente a integração vertical, que não poe estener-se ao segmento competitivo. Portanto, estruturas concentraas, se resultarem em uma economia e recursos que compense seus efeitos anticompetitivos, não evem ser combatias. O argumento utilizao é que, na maioria as vezes, aquisições verticais inicam que as empresas estão buscano melhorias e eficiência, são acoros pró-competitivos. Assim, esta visão propõe que o governo interfira o mínimo possível nos acoros entre empresas, apenas quano haja suspeita e que o efeito líquio resultante a comparação entre os ganhos e eficiência geraos e as possíveis ou reais peras ecorrentes e efeitos anticompetitivos seja negativo, e moo a evitar que pressões políticas tragam istorções ao mercao. A visão atual as autoriaes e concorrência em geral e o Sistema Brasileiro e Defesa a Concorrência (SBDC) em particular consiera que os atos e concentração poem ter efeitos potenciais sobre o bem estar econômico negativos, como aumento e preços, reução a qualiae, reução e investimentos em P&D, mas também positivos, caso as economias e escala, escopo, reução e custos e transação, entre outros. Se o efeito líquio resultante a comparação entre ganhos e 2 Ver Posner (1976) e Bork (1978). 18

19 eficiência geraos e possíveis peras ecorrentes e efeitos anticompetitivos (Gama e Ruiz., 2005, p.14) for positivo, a fusão eve ser consieraa benéfica para a socieae. A ilegaliae não é presumia a priori, os atos evem ser julgaos a partir o balanço entre os efeitos benéficos e prejuiciais ao bem estar social, e forma a avaliar os efeitos líquios. Outra preocupação as autoriaes governamentais o setor, explicitaa na Lei n o 8.884/94, está relacionaa aos efeitos istributivos associaos à muança na conformação o mercao. Mesmo que uma fusão leve a eficiências que superem os efeitos negativos, eve-se observar quais são os agentes o mercao beneficiaos pela melhor alocação os recursos a economia. Os efeitos istributivos sobre o mercao e consumiores não poem ser esconsieraos. Da mesma forma, como ressalta Possas et al (2004, p.11), não se trata e apoiar qualquer reistribuição e exceente para o consumior, já que poe ser prejuicial, por exemplo, à capaciae e investimento e ao estímulo à inovação. Em resumo, a avaliação os atos e concentração passa por uma análise o poer e mercao as empresas envolvias, e sua capaciae e exercer este poer e mercao e forma sustentável, além as possíveis eficiências ecorrentes o ato e os atores beneficiaos pelos efeitos positivos. 1.3 Moelos e Análise a Integração Vertical O objetivo esta seção é apontar alguns moelos recentes utilizaos pela literatura econômica para a análise as conseqüências e atos em e concentração, com ênfase em operações e concentração vertical, objeto este trabalho. Importantes progressos no estuo a organização inustrial geraram esenvolvimento e uma série e moelos teóricos que se aaptam a iversas realiaes. Assim, sem esgotar as inúmeras possibiliaes e análises quantitativas isponíveis, serão elencaos alguns moelos e competição imperfeita e teoria os jogos. Aicionalmente, apresentar-se-á um moelo que analisa a atrativiae o fechamento e mercao a firmas rivais pela firma integraa. Por fim, serão apresentaas opções para a estimação as equações e emana e oferta, com objetivo e estimar a conuta as firmas. 19

20 Teoria os Jogos A Teoria os Jogos estua as interações estratégicas os agentes, que tomam suas ecisões baseaos em objetivos (preferências) bem efinios e nas expectativas em relação ao comportamento e seus competiores, sabeno que há interepenência entre as escolhas e toos os agentes e mercao. Há inúmeras aplicações para a Teoria os Jogos. Em mercaos com estrutura oligopolística, Sutton (1998) propõe uma teoria para explicar o formato e a estrutura e mercao, em um eterminao períoo e tempo. De acoro com Tomázio (2006, p.32) em seu moelo o número e proutores o mercao é eterminao a partir e um jogo com ois estágios. O primeiro estágio efine o número e firmas que o mercao comporta, levano em consieração o grau e competição e os lucros no seguno estágio... As firmas entrantes tentam estimar as curvas e emana e oferta futuras para efinir se sua entraa é lucrativa. Antes que o jogo seja efetivamente iniciao, as firmas interagem em sub-jogos sucessivos para eciir sua entraa. O primeiro estágio, então, one os investimentos são eciios, é o aspecto e longo prazo o jogo. O seguno estágio, one a variável chave é o lucro para eterminar entraas e saías, epene e estratégias e curto prazo, com a ecisão e que preços aotar. São visualizaos para quais valores e N os lucros o seguno estágio viabilizarão o pagamento os custos para a instalação essas N firmas. Se o seguno estágio se tornar muito competitivo e as margens e lucros forem comprimias, haverá incentivo para que haja reução no número e firmas o mercao. Inicialmente eterminam-se as conições o seguno estágio para gerar um nível e lucros que permitirá que um número N e firmas atue no equilíbrio o primeiro estágio o jogo. A consistência entre o curto e longo prazo seria alcançaa por um equilíbrio perfeito em sub-jogos SGPE (subgame perfect equilibium). O moelo anterior trata o problema e forma estática, uma vez que não existem sucessões e períoos e tempo. As firmas poem se organizar em conluio para maximizar os lucros a inústria, porém, ao longo o tempo, poe haver incentivos para que os participantes sejam esviaos o acoro. Os moelos que escrevem o oligopólio em jogos com infinitas repetições analisam a inâmica a colusão, os ganhos imeiatos o esvio o conluio e suas 20

21 conseqüências futuras. A iéia básica é e que a cooperação será vantajosa enquanto as peras acarretaas por uma punição futura superarem os ganhos imeiatos e um esvio. Alguns moelos também avaliam a creibiliae e ameaças e punição em colusões (ver Abreu (1986)). Lambson (1987) propõe um moelo e cóigos penais ótimos (Optimal Penal Coes) para jogos e repetição infinita com esconto em que as firmas atuem como concorrência oligopolística e Bertran. As hipóteses e seu moelo são: N firmas iênticas, prouto homogêneo e custo marginal constante sujeitos a uma restrição e capaciae k. No início e caa períoo as firmas escolhem os preços simultaneamente. Os consumiores tentam comprar as firmas com preços menores até que a emana seja satisfeita ou a oferta totalmente compraa. As firmas criam acoros para efinir preços e concluio e efinem uma trajetória e punição, caso algum proutor rompa o acorao. As firmas calculam seus ganhos imeiatos e esvio e o valor presente as peras futuras acarretaas pela imposição a punição. O moelo etermina se a trajetória e punição é crível, i.e., se a firma terá interesse em não esviar a punição caso ela seja aotaa. A punição, inicialmente, se á pela reução e preços que acarreta em pera e lucros para, posteriormente, as firmas voltarem a uma alocação mais lucrativa. A firma que esviou aceitará a punição visano ao retorno a fase cooperativa e mais lucrativa o jogo. O moelo e cóigos penais ótimos agrega formalmente o requerimento a creibiliae ai conceito e equilíbrio perfeito em subjogos (SGPE) (Tomázio, 2006, p.42). Lambson faz a emonstração formal e que a estratégia as firmas e aerir ao conluio e, caso haja esvio e trajetória e alguma firma, e aerir à trajetória e punição é um equilíbrio e Nash para toos os subjogos possíveis o jogo e repetições infinitas. A partir o moelo proposto por Lambson, Tomázio (2006) aplica para o mercao e istribuição e GLP para o períoo e janeiro e 2002 a agosto e O autor concluiu que a trajetória e punição especificaa seria sustentável e crível e a cooperação no mercao e GLP é consistente com a teoria. O etalhamento o estuo e Tomázio será apresentao no quarto capítulo. 21

22 Fechamento e mercao em integração vertical Conforme já mencionao, o fechamento e mercao é caracterizao pela ificulae e acesso e insumos essenciais por parte e firmas rivais à firma integraa, pelo aumento e preços (custos as rivais) ou mesmo interrupção e fornecimento. Um moelo que calcula a taxa e esvio a partir a qual a firma possui incentivos para fechar o mercao foi proposto por Sibley e Doane (2002). A iéia central o moelo é verificar se a reução na emana pelo insumo em caso e aumentar seu preço é mais o que compensaa pelo ganho e mercao a firma integraa no ownstream. A migração os consumiores para a firma integraa é chamaa e taxa e esvio ( iversion ratio, p.218) e poe ser obtia antes a operação ser concretizaa. O moelo parte a hipótese e que existe um monopolista upstream e N firmas em competição monopolística no mercao ownstream. Os lucros e as conições e primeira orem o mercao (CPOs) são: Lucro a firma upstream: ( c ) Q ( P, P ), π u = p u para = 1,..., N (1) Q P + P p (2) CPO: Q ( P, P ) ( p cu ) = 0 Lucro a firma ownstream: ( P C p) Q ( P P ) =, (3) Q P (4) CPO: ( P C p) + Q ( P, P ) = 0, para = 1,..., N em que P, p = preços; C, c u = custos; Q = quantiae; u= upstream; =ownstream Os preços que prevalecem antes a concentração vertical poem ser efinios a partir as conições e primeira orem mostraas acima. Supono P* e p* os preços efinios implicitamente pelas CPOs antes a concentração e uma integração vertical entre a firma monopolista e a firma ownstream `, tem-se o lucro a firma integraa: 22

23 23 ( ) ( ) ( ) ), (, ` ` ` ` ` ` ` ` i i i i u u u u P P Q c p P P Q c C P + = + = π ϖ (5) A CPO passa a: ( ) ( ) ( ) p P P Q c p p P P Q c C P Q p i i i i u i i i u i i P P p u + + = ` ` ` ` * ` `, *, ` * * ` *` ϖ (6) Se p u ` ϖ >0, significa que um aumento e preços o insumo eleva meus lucros, ou seja, há incentivos para o aumento o preço o insumo por parte a firma integraa em relação às suas rivais no ownstream. A conição suficiente para que haja o incentivo proposta pelos autores foi efinia na proposição a seguir (p.219). Taxa e esvio: seja ε a elasticiae própria o prouto venio pela firma ` e ` ε, a elasticiae cruzaa o prouto venio pela firma ` em relação à firma. A taxa e esvio crítica o prouto a firma em relação ao prouto a firma integraa será λ = P Q P Q Q Q = ` ` ` ` ε ε. Como p P > 0 para too, (6) será positivo se para too `: ( ) ( ) 0 * ` ` * ` + u u P Q c p P Q c C P => ( ) ( ) 0 * * * ` * ` ` * ` * ` + u u P Q p c p p P Q P c C P P Se efinirmos ( ) * * * p c p m u u e ( ) * ` ` * ` * u P c C P M os markups as firmas upstream e ownstream, temos: 0 ` * * * ` * ` u P Q P Q m p M P => 0 * * * ` * ` u m p M P λ => * * * ` * ` u m p M P λ Desse moo, haverá incentivo para fechamento e mercao se * * * ` * ` u m p M P λ. A expressão * * * ` * ` u m p M P poe ser construía a partir e informações isponíveis antes a fusão e a taxa e esvio crítica λ poe ser obtia a partir as elasticiaes. Se a taxa e

24 esvio o mercao exceer a taxa e esvio crítica firma integraa poerá aumentar seus lucros ao elevar o custo as empresas rivais. A ificulae prática esse moelo é que, para cálculo os markups, é preciso obter ou estimar os custos marginais. Como não há informações isponíveis suficientes sobre os custos as empresas, optou-se por não aplicar o moelo ao mercao e GLP Estimação e oferta, emana e conuta as firmas. Um outro conjunto e moelos preocupa-se em eterminar empiricamente qual é o parão e comportamento os agentes e mercao a partir os aos observaos. Dao que os valores e custo marginal são não observaos, alguns moelos econométricos estimam o iferencial entre preços e custo marginal, eterminano o poer e mercao as firmas a partir a estática comparativa o equilíbrio entre emana e oferta. Para se obter os melhores resultaos possíveis, é necessário efinir e forma precisa as características o mercao e sua extensão. Como enfatizam Huse e Salvo (2006), em mercaos com proutos iferenciaos e N bens, a quantiae e elasticiaes-preço (próprias e cruzaas) a ser estimaa é e cerca e N 2, o que poe tornar-se um problema (problema a imensionaliae). Para liar com um número elevao e parâmetros poe-se efinir, por exemplo, que alguns proutos são melhores substitutos o que outros, e ecompor a ecisão o consumior em etapas (moelo e estágios múltiplos a emana). Inicialmente escolhe-se qual é o objeto e estuo, para epois efinir quais são os iferentes segmentos o mercao (popular, luxo, etc) e, por fim, quais as marcas atuantes entro e eterminao segmento. Outros moelos que oferecem uma solução buscam reuzir a imensão a ser estuaa o quarao o número e proutos à imensão o espaço e características, chamaos moelos e escolha iscreta 3. As preferências os inivíuos eterminam as cestas características que maximizam sua utiliae, e efinem a imensão relevante para a análise empírica. A emana e mercao é efinia como a soma as emanas iniviuais. 3 Para iscussão mais aprofunaa e referências bibliográficas, ver Huse e Salvo (2006). 24

25 Ao mercao e istribuição e GLP, entretanto, não se aplica o problema a imensionaliae. A estimação o mercao e bens homogêneos se justifica quano o consumior não consierar a iferenciação entre proutos esse mercao importante ou se a iferenciação puer ser controlaa na moelagem (por exemplo, não ocorrer arbitragem entre mercaos locais). Pelo prouto ser homogêneo não há ificulaes em relação ao número e parâmetros a serem estimaos na equação e emana. Consierano os trabalhos e Bresnahan (1982, 1987 e 1989), poe-se estimar conuta as firmas e elasticiaes a partir e parâmetros estruturais os laos a emana e oferta. O moelo analisa o poer e mercao através e variáveis que moificam a função e emana e mercao. Inicialmente, constrói-se a curva e emana e as relações e oferta, eterminano-se, assim, o equilíbrio e mercao. Ao rotacionar a curva e emana e mercao ao longo e seu eixo (configurano uma muança a elasticiae-preço a emana), poe-se verificar se as firmas como um too possuem poer e mercao (não há verificação e poer e mercao iniviual). Caso o mercao aproxime-se e concorrência perfeita (em que P=Cmg), o preço e equilíbrio após a rotação a curva e emana não seria alterao. Por outro lao, em mercaos que se comportam como oligopólios, os preços o mercao seriam moificaos pelas firmas. A rotação a curva e emana ocorre pela inclusão e um termo e interação entre o preço o bem e fatores que eslocam a emana, que em geral são variáveis e rena ou preço e bens substitutos, que permite a ientificação o parâmetro associao ao poer e mercao. Nakane (2002) ilustra o raciocínio o moelo esenvolvio por Bresnahan, com o gráfico a seguir: 25

26 Em que: P = preço; Q = quantiae; MR = receita marginal; D = emana; MCM = custo marginal para monopólio; MCC = custo marginal e concorrência perfeita; E = equilíbrio; 1 = momento inicial; 2 = momento após eslocamento a curva e emana. Por hipótese, no momento inicial (1), o equilíbrio e mercao se á em E1, tanto para a concorrência perfeita (em que P=Cmg) quanto para a situação e monopólio (MCM=MR1). Supono a rotação a curva e emana ao longo o ponto E1, configurano a nova curva e emana D2 e a nova curva e receita marginal MR2, observa-se que o equilíbrio e mercao a inústria perfeitamente competitiva não é alterao, enquanto o equilíbrio o monopólio eslocou-se para E2. Duas metoologias são utilizaas para estimar o moelo apresentao acima. Uma primeira classe e moelos estima, a partir os aos isponíveis, as equações e emana e a relação e oferta. Em geral, o sistema é especificao e forma agregaa e o parâmetro e conuta é um valor único ao longo o tempo, apesar o moelo permitir sua variação ao longo o tempo. Nesse caso, ele poe ser interpretao como o grau méio e conluio (Huse e Salvo, 2006, p.94). Outros autores utilizam, a partir e seus conhecimentos sobre a inústria e sua análise sobre fatos estilizaos, um conjunto e moelos alternativos e conuta, e imensão finita 4. O métoo seleciona o melhor moelo e conuta a inústria com base na qualiae e ajustamento os aos. Seu sucesso epene a seleção feita previamente pelo analista os parâmetros plausíveis e conuta. A vantagem é que os aos são menos exigios, i.e., caa moelo e conuta estima os parâmetros e oferta e emana, sem necessiae e estimar o parâmetro e conuta, que foi efinio a priori. Optou-se neste trabalho por aotar a versão e estimação livre o parâmetro e conuta, sem efinir a priori patamares para o grau méio e conluio o mercao e istribuição e GLP. Nos capítulos seguintes será aplicao o moelo empírico proposto por Bresnahan, na versão estática e na versão inâmica, que incorpora variáveis efasaas às equações. Verificou-se que não há granes iscrepâncias e resultaos entre as uas especificações. Ambas geraram parâmetros e conuta que sugerem baixo poer e mercao conjunto as empresas istribuioras o setor e GLP. 4 Ver Gasmi, Laffont, Vuong (1990) 26

27 Capítulo 2 Análise o Mercao e GLP no Brasil 2.1. O Mercao e GLP no Brasil O GLP, também conhecio como gás e cozinha, é um conjunto e hirocarbonetos com três ou quatro átomos e carbono (propano, propeno, butano e buteno), poeno apresentar-se isolaamente ou em mistura entre si e com pequenas frações e outros hirocarbonetos, conforme norma ABNT NB A comercialização o GLP é feita em iferentes tipos vasilhames, cujas capaciaes variam entre 2 a 90 kg. A forma mais comum é o P-13 (botijão e 13 Kg), utilizao em resiências para cocção e alimentos, que respone por cerca e 90% a emana. Estima-se que existam mais e 70 milhões este tipo e vasilhame em circulação no Brasil. Entre os outros tipos e vasilhames comercializaos, estão o botijão P-2 (utilizao em fogareiros e lampiões), o P-20 (utilizao em moto empilhaeiras) e o P-45 (utilizao no meio inustrial, comercial e resiencial). A inústria e GLP, para chegar até o consumior final, poe ser iviia em três etapas principais: a proução, a istribuição e a revena. A figura a seguir ilustra a estrutura a inústria e GLP o Brasil. Figura 1 Proução, Distribuição e Revena e GLP. PRODUÇÃO O DISTRIBUIÇÃO REVENDA Refinarias (13) e Centrais Petroquímicas (4) 73% Distribuioras (21) 4 istribuioras com cerca e 88% o mercao Resiências UPGNs 13% Importação 14% Cerca e 13 mil reveneores autorizaos 27

28 A proução é realizaa pelas 13 refinarias existentes no país, além as uniaes proutoras e gás natural, centrais petroquímicas e importação. A istribuição é concentraa em quatro empresas (Ultragás, SHV GasBrasil, Br Distribuiora e Grupo Nacional Gás) que possuem mais e 85% a parcela e mercao o segmento. Já a revena é capilarizaa e possui cerca e 13 mil estabelecimentos no país, e acoro com aos a ANP. A seguir, caa etapa a inústria será etalhaa Proução e Consumo Resiencial O GLP poe ser prouzio tanto por meio o refino e petróleo, quanto pelas centrais petroquímicas ou a partir o gás natural. O refino é o principal meio e obtenção interna o prouto, responeno por cerca e 83,4% a oferta total, seguio as Uniaes e Processamento e Gás Natural -UPGNs (15%), e o restante pelas centrais petroquímicas e uniaes e xisto (1,6%). O Brasil, embora venha reuzino sua epenência externa o prouto, aina importa GLP, como poe ser verificao nos gráficos a seguir: Figura 2 Proução, Importação, Exportação e Venas e GLP no Brasil ( ) Venas - Méia Mensal Venas - Méia Anual Proução Méia Mensal Proução Méia Anual mil m Méia 2004 Méia 2005 Méia 2006 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 ez/06 Exportação Importação Venas Proução Fonte: ANP e MME/ Portaria MINFRA nº 843/90, Art. 2º. 28

29 Figura 3 Evolução as Importações Líquias e GLP. Importações Líquias e GLP (m3) (10.000) jan/00 jul/00 jan/01 jul/01 jan/02 jul/02 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 Fonte: ANP/2007 A proução nacional e GLP atene aproximaamente a 86% o mercao nacional, os quais, a Petrobras (que possui 98% o refino e 100% as UPGNs) respone por cerca e 97% a proução interna e 83% a oferta total (proução + importação) no Brasil. Aicionalmente, as importações também são realizaas pela estatal brasileira, por meio e navios e propano, escarregaos em terminais portuários e conuzios por utos, os portos até as bases e abastecimento, para epois serem repassaos às istribuioras. Embora não haja restrição à importação o prouto, os terminais e recebimento e GLP são a Petrobras (ou Transpetro, subsiiária integral o grupo) e têm alto grau e utilização, o que tornaria necessário algum investimento em infraestrutura por parte e outros agentes interessaos em importar o prouto. Em relação ao consumo resiencial, objeto e análise este trabalho, verifica-se que nos últimos 5 anos o prouto vem pereno espaço para outros energéticos, a saber, lenha, gás natural e energia elétrica. Seguno aos o Balanço Energético Nacional (2006), a emana por energia no setor resiencial apresenta o perfil a seguir: 29

30 Tabela 1 Demana por Energia no Setor Resiencial ( ). UNIDADE: % IDENTIFICAÇÃO GÁS NATURAL 0,7 0,8 0,8 0,9 LENHA 37,1 38,1 37,8 37,7 GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO 29,5 27,3 27,3 26,2 QUEROSENE 0,3 0,1 0,1 0,1 ELETRICIDADE 30,2 31,3 31,6 32,8 CARVÃO VEGETAL 2,1 2,4 2,4 2,4 TOTAL Fonte: BEN/2006 Apesar a emana as famílias por gás natural ter aumentao nos últimos anos 6, não há razão para consierá-lo substituto o GLP, pelo menos no curto e méio prazos, ao que os custos e instalação os gasoutos são muito altos, só seno atrativos em granes ciaes 7. Verifica-se que seu consumo aina é insignificante frente aos outros energéticos. Aemais, quano há instalação e ree e gasoutos, o GLP eixa e ser utilizao na região, e moo que não há competição entre os proutos entro e uma mesma localiae. No caso a energia elétrica, o crescimento o consumo nas resiências brasileiras se eu como recuperação os níveis e consumo anteriores à crise energética e Não há razões para consierá-la substituta o GLP, pois o uso e fogões elétricos no Brasil é bem restrito. Já a lenha, a partir a abertura o mercao e GLP em 2002, é forte concorrente o GLP. Entretanto, para a estimação que será realizaa neste trabalho, os aos e lenha não são utilizaos pela precarieae e levantamento os valores exatos. Existem famílias, principalmente no meio rural, que retiram lenha iretamente o meio ambiente. Por isso, os aos oficiais e consumo este energético, publicao pelo Ministério e Minas e Energia (MME), são construíos a partir e outras variáveis 8. 6 O consumo e Gás Natural no setor resiencial cresceu cerca e 35% entre 2002 e Mesmo com o crescimento, representa apenas 3,34% a emana e GLP. 7 Parecer n o 06452/2005/RJ COGAM/SEAE/MF, p De acoro com informações o MME, a partir os aos e número e omicílios e uma taxa e consumo e energia por omicílio pré eterminaa, chega-se ao valor total e consumo resiencial e energia. O cálculo o consumo e lenha então é obtio euzino-se o valor total e consumo e energia resiencial o consumo e energia elétrica, GLP e carvão vegetal. Ao mesmo tempo, este valor eve ser coerentes com as pesquisas o IBGE (POF e PNAD. Exemplo: com o número e resiências que possuem fogão à lenha). 30

31 Em síntese, a proução nacional e GLP é, na prática, um monopólio a Petrobras, que também respone por grane parte as importações. Em relação ao consumo, seu único concorrente é a lenha, apenas em resiências que possuem os ois tipos e fogão (a gás e a lenha). Por isso, a maioria os consumiores não possuem alternativas imeiatas ao GLP Distribuição e Revena Dos proutores ou importaores, o prouto é transportao por caminhões ou utos para o segmento e istribuição, one é envasao nos botijões e comercializao iretamente ao consumior final ou estabelecimentos reveneores. Em geral, quano participam o atenimento aos consumiores finais, as istribuioras organizam rees e abastecimento capilarizaas, com uniaes e varejo terceirizaas. De acoro com a Agência Nacional o Petróleo (ANP) 9, toos os istribuiores possuem armazenaoras próprias, localizaas em locais estratégicos. Por questões e logística e fornecimento, algumas istribuioras se associam a prestaores e serviço terceirizaos, que possuem seus próprios locais e armazenamento e abastecem as istribuioras, funcionano como regulaores e estoque. Do ponto e vista tecnológico, o setor e istribuição e GLP não apresenta grane inamismo, com poucas muanças no processo e envasamento nos últimos anos. Seguno o Sinigás 10, em estuo contratao junto a FGV em julho 2006, os principais componentes o custo variável as istribuioras são as espesas com pessoal (34,96%) e serviços e terceiros (39,36%), conforme poe ser verificao na figura 4. 9 Parecer Técnico nº 002/CDC/ANP, e 29 e abril e

32 Figura 4 Componentes o Custo Variável as Distribuioras e GLP. A legislação atual, que regulamenta a atuação as istribuioras, é a Resolução ANP nº 15/2005, que efine que a ativiae e istribuição e GLP compreene a aquisição, armazenamento, envasilhamento, transporte, comercialização, controle e qualiae e assistência técnica ao consumior. Pela resolução, o istribuior possui iversas obrigações, principalmente relacionaas à segurança no transporte, no envasilhamento e nos botijões. Além a segurança os recipientes transportáveis e GLP, o objetivo a norma é combater a informaliae no setor e revena. A Portaria MINFRA nº 843, que vigorou na écaa e 90, efinia normas frágeis e segurança. Aliaa à falta e um órgão técnico capaz e fiscalizar os agentes o mercao, permitiu o surgimento e istribuioras que atuavam com práticas ilícitas, tais como a sonegação e impostos, esobeiência as normas e segurança, uso e botijões e outras empresas e montagem e rees informais e revena. Como resultao, houve crescimento significativo o número e acientes e a eterioração os parões e qualiae. A nova regulamentação a istribuição e revena, estaca Araújo jr. (2006), removeu três falhas presentes nas normas o setor, a saber: 1. Fim a exigência e capital social mínimo e R$ 10 milhões para os istribuiores e GLP envasao e a granel, e e R$ 5 milhões para 10 Sinicato Nacional as Empresas Distribuioras e Gás Liquefeito e Petróleo. 32

33 aqueles limitaos à istribuição a granel. De fato, a restrição era inócua, já que o patrimônio líquio as empresas estabelecias o mercao é muito superior aos limites estabelecios anteriormente. 2. Fim o sistema e quotas e suprimento e GLP efinio pela Portaria MINFRA n o 843/90. A configuração o mercao que vigorava por causa esta portaria poe ser interpretaa como um cartel e fato, institucionalizao pelo governo. Naquele sistema, a Petrobras efinia as quantiaes anuais a serem ofertaas no mercao interno, e caa istribuiora tinha acesso a uma quota, alocaa e acoro com três parâmetros: o volume e venas a empresa no períoo anterior, sua capaciae e armazenamento e a quantiae e botijões e sua proprieae. A Resolução ANP nº 15/2005 prevê que os proutores e istribuiores têm liberae para contratar o GLP entre si, seno o contrato e compra e vena objeto e prévia homologação pela ANP. 3. Eliminação os vínculos compulsórios entre revenenores e istribuiores. A Portaria n o 297/03 eu permissão para que um reveneor possa operar com mais e um istribuior. O atual marco regulatório também assegura autonomia aos emais aspectos as estratégias empresariais, como critérios e localização, planos e integração vertical e rotinas e comercialização, o que traz uma reução a capaciae e controle institucional para a inústria. Há previsão e atuação e ois tipos e reveneor. O reveneor creenciao é vinculao a alguma istribuiora e é caastrao na base e aos a ANP. Há também o reveneor que solicita autorização ireta a ANP. De acoro com Tomázio (2006), a ativiae e revena atua e maneira integraa e epene iretamente a atuação as empresas istribuioras e e sua capaciae proutiva (p.12). Sabe-se que o poer e barganha os compraores poe ser encarao com um fator capaz e contrabalançar o poer e mercao os veneores e reuzir a possibiliae e colusão. Os reveneores tenem a ter menor poer e barganha nas negociações com os istribuiores. A revena acaba seno um prolongamento as 33

34 istribuioras, agregano pouco valor para a caeia e GLP e, por isso, não será objeto e estuo este trabalho Evolução a Política e Preços e Tributação sobre os Combustíveis no Brasil ese a Décaa e 90 Nas écaas e 60 a 80, a intervenção o governo foi a marca a política e preços e combustíveis no Brasil, com utilização e instrumentos como subsíio para uniformizar preços ao longo o país e tabelamento estes preços, além e fretes e margens. Nos anos 70 e 80, o Estao utilizava, e acoro com Araújo (2006), o estilo soviético e regulação, que incluía controle e preços, volume e transações, conições e entraa no mercao, istribuição espacial a proução e conuta o consumior final, cujo rigor e minúcia só eram comparáveis ao a antiga União Soviética (p.4). Enquanto a proução e petróleo e o refino eram monopólios a União, que o exercia por meio a Petrobras, na istribuição e revena os agentes privaos já participavam o mercao, porém o governo estabelecia preços máximos e valores e margens e fretes. Outra característica importante esta política era a tributação. Sua função, por um lao, foi estabelecer subsíios cruzaos entre os combustíveis. O governo efina os preços ao consumior; caso estes fossem menores que os custos a caeia proutiva o combustível, sua forma e cálculo contemplava um imposto negativo (subsíio); no caso o preço ao consumior superar os custos, o imposto era cobrao. Com freqüência, o GLP recebia estes subsíios, por ser consierao um erivao essencial, seno a gasolina oneraa com impostos. Além o subsíio cruzao aos preços os erivaos e petróleo, a tributação ava suporte à efinição e preço único para caa tipo e erivao em too o País. Os valores eram estabelecios pelo governo e, caso o preço efinio fosse menor que os custos as empresas, o governo repassava esta iferença para evitar o prejuízo os agentes participantes o mercao e combustíveis. O Frete e Uniformização e Preços (FUP) 11 tinha objetivo e cobrir a iferença entre os preços CIF e petróleo e e erivaos importaos e os respectivos preços estabelecios pelo governo para esses 11 Criao pela Resolução CNP n.º 16/84, e 27 e novembro e

35 proutos. Como os custos nos iversos Estaos ivergiam, a receita a parcela FUP e as espesas por ela suportaas passaram a ser escrituraas nas enominaas Contas Petróleo, Derivaos e Álcool e teoricamente sustentaria a prática e preços únicos. A política aotaa gerou istorções nos mercaos, incentivos à fraue e esestímulos aos investimentos. Aicionalmente, a cobertura pelo governo os custos as empresas e subsíios cruzaos criou um rombo e cerca e R$ 7,7 bilhões nas contas o orçamento feeral 12, já que a arrecaação tributária não foi suficiente para cobrir tais espesas. Em linhas gerais, iniciaa na écaa e 90 e finalizaa em janeiro e 2002, a esregulamentação o setor e combustíveis no Brasil buscou acabar com as istorções presentes no mercao, para que fosse possível o esenvolvimento e um mercao competitivo 13. Esta política caracterizou um processo graual e liberalização e preços e e retiraa os subsíios e busca a pariae e preços entre os proutos nacional e importao. Destacam-se as seguintes normas para o GLP, e acoro com a Nota Técnica 011/2001 a ANP: Portaria MF/MME n.º 195/96, e 1 e agosto e 1996, liberou preços e fretes e margens e istribuição e revena o GLP, manteno fixao o preço máximo ao consumior. Lei n.º 9.478/97, e 6 e agosto e 1997, que criou o Conselho Nacional e Política Energética CNPE, responsável por estabelecer as iretrizes a política energética nacional, e a Agência Nacional o Petróleo ANP, órgão regulaor a inústria o petróleo, vinculao ao MME. Definiu um períoo e transição para a abertura o mercao e combustíveis (3 anos), a ser regulamentao pelo Ministério a Fazena e o Ministério e Minas e Energia. Portaria MF/MME n.º 3/98, e 27 e julho e 1998, que revogou a sistemática até então existente e formação e preços os erivaos, e 12 Até 1999, e acoro com o Texto para Discussão IPEA nº 688, 1999 p Para uma escrição mais aprofunaa o processo e abertura o mercao e combustíveis, ver Silveira (2002) 35

36 estabeleceu uma nova estrutura e preço o petróleo e os erivaos no país. Portaria MF/MME n.º 2/01, e 4 e janeiro e 2001, que estabeleceu reajustes os preços e faturamento a gasolina automotiva, óleo iesel e GLP nas refinarias, emais proutores ou importaores no períoo e transição para a livre concorrência. Estes reajustes buscavam aproximar os preços internos os internacionais. O processo e liberação e preços, margens e fretes em toa caeia proutiva foi finalizao em 1 o e janeiro e 2002 e gerou aumento e preços e GLP no mercao nacional, antes subsiiaos, causano um impacto forte sobre a emana. Os preços os proutores foram alinhaos aos observaos no mercao internacional, e houve brusca variação positiva no mercao interno. De janeiro e 2002 a ezembro e 2002, os preços os proutores elevaram-se em cerca e 40% (e R$ 8.08/botijão13 Kg para R$ 11.31/botijão). Os preços ao consumior foram afetaos e elevaram-se 28% (e R$ para por botijão). Nos anos seguintes os preços mantiveram-se estáveis até o seguno semestre e 2006 quano voltaram a crescer, como ilustra o próximo gráfico. Figura 5 Preços nominais mensais e GLP os proutores, istribuiores e ao consumior. Méia o Brasil e jan/02 a jan/ R$/Botijão 13kg jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 ago/02 out/02 Preço e Realização o Proutor Preço e Distribuição Preço Final ao Consumior ez/02 fev/03 abr/03 jun/03 ago/03 out/03 ez/03 fev/04 abr/04 jun/04 ago/04 out/04 ez/04 fev/05 abr/05 jun/05 ago/05 out/05 ez/05 fev/06 abr/06 jun/06 ago/06 out/06 ez/06 36

37 O rápio aumento e preços teve forte impacto na emana, fazeno com que os volumes e vena fossem reuzios até 2003 ou crescessem pouco (méia e 1% a.a. e 2004 a 2006). Dese 2002, então, houve quea os preços reais o bem, como poe ser verificao a seguir. Figura 6 Preços reais mensais e GLP ao consumior (méia Brasil), consumo total anual e GLP (mil tonelaas) e linha e tenência o consumo e jan/02 a jan/ Mil Tonelaas Consumo e GLP Preços ao Consumior R$/Botijhão e 13 Kg 0 15 jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/ Entraa a BR Distribuiora Em 09 e agosto e 2004, a BR Distribuiora, subsiiária integral o Grupo Petrobras, aquiriu a totaliae as ações o capital social a AGIP, envolveno os mercaos e istribuição e comercialização e GLP, istribuição e comercialização e combustíveis automotivos, lubrificantes, graxas e especialiaes automotivas (Parecer SEAE nº06452/2005/rj, p.4). O valor a transação foi e cerca e R$ 683 milhões. A partir e ezembro e 2004, a empresa começou a atuar como Liquigás Distribuiora S.A. 14. Em 2006, existiam 21 istribuiores atuantes no mercao e, e acoro com os aos a ANP, com as participações e mercao inicaas na tabela a seguir. A 14 Durante too o trabalho, será utilizao o nome e Liquigás como referência a empresa istribuiora compraa pela subsiiária a Petrobras. 37

38 compra a Liquigás não alterou e forma significativa as participações e mercao a caeia proutiva o GLP, porém configurou uma integração vertical a proução com a istribuição. Tabela 2 - Participação as istribuioras nas venas nacionais e GLP, em orem ecrescente Distribuioras Participação (%) Total (21 istribuioras) 100,00 Grupo Ultragaz¹ 23,72 SHV Gas Brasil 2 23,60 BR Distribuiora 3 21,71 Grupo Nacional Gás 4 18,46 Copagaz 7,50 Consigaz 1,87 Fogás 1,53 Servgás 0,75 Amazongás 0,55 Repsol Gás 0,11 Maxi Chama 0,05 Propangás Lta. 0,05 Gás Ponto Com 0,03 Gasball 0,03 Nutrigás 0,02 CEG 0,02 Fonte: ANP/SAB, conforme a Portaria CNP n.º 221/81. 1 Inclui a Bahiana Distribuiora e Gás Lta., a Companhia Ultragaz S.A. e a SPGas Distribuiora e Gás S.A. ²Inclui a SHV Gás Brasil Lta. e a Minasgás S.A. Inústria e Comércio. 3 Inclui a Petrobras Distribuiora S.A. e a Liquigas Distribuiora S/A. 4 Inclui a Nacional Gás Butano Distribuiora Lta e a Paragás Distribuiora Lta Guia para atos e concentração vertical A seguir, utilizar-se-á o Guia para análise econômica e atos e concentração vertical (Pinheiro e Pioner, 2006) para observar se a conformação o mercao e GLP no momento a compra a Liquigás pela BR Distribuiora propiciava a prática e comportamentos anticoncorrenciais e se a integração poe ter afetao as relações entre os agentes o mercao. A análise proposta é análoga ao Guia para análise e atos e concentração horizontal. O Guia tem como objetivo verificar se a preocupação com o fechamento e mercao é pertinente, se há aumento o custo as rivais e se essa elevação e preços é 38

39 repassaa para o mercao consumior. Além isso, observa se existem eficiências capazes e contrabalançar os efeitos negativos. Os proceimentos consistem em cinco etapas, conforme figura a seguir. Figura 7 Etapas para análise e concentrações verticais Fonte: Pinheiro e Pioner, 2006, p

40 Etapa I Definição o Mercao Relevante. Mercao relevante é efinio como o menor espaço econômico, geográfico e em termos e prouto, em que o poer e mercao poe ser exercio por uma firma atuano e forma isolaa ou por um grupo e empresas agino e forma coorenaa, urante certo períoo e tempo. (Carlton e Perloff, 2000). Ou, seguno Hovenkamp (1993), é o menor mercao o prouto para o qual a elasticiae a emana e a elasticiae a oferta são suficientemente baixas para que uma firma monopolista possa aumentar lucros reuzino a proução e aumentano o preço substancialmente acima o nível competitivo. Para ser elimitao, iversos aspectos evem ser consieraos. De acoro com Gama e Ruiz (2005), inicialmente eve-se consierar o mercao o ponto e vista a emana. Para tanto, observa-se a imensão o prouto, que consiste na análise a variação a emana a partir e muanças no seu preço relativo em comparação com um bem substituto (elasticiae-preço a emana); e a imensão geográfica, entenia como a região em que a variação e preços em uma eterminaa área afeta e forma significativa os preços em outra área (poe ser regional, nacional ou internacional). Utiliza-se normalmente o períoo e um ano para averiguar a incorporação e novos players no mercaos, prazo em que a capaciae e intervenção o órgão regulaor aina é significativa. Do lao a oferta, é preciso avaliar a possibiliae a entraa no mercao e ofertantes potenciais, entenios como aqueles teriam relativa faciliae e inserção por apresentarem capaciae proutiva instalaa (elasticiae-preço a oferta), baixo custo aicional pela entraa e em um períoo e tempo curto. Seria o caso e uma firma que prouz algum outro bem e, em caso e aumento e preços que permitiria um retorno econômico maior no mercao o outro bem, ela poeria prouzir esse prouto, em lugar aquele que estivesse prouzino até então, por reaproveitamento na capaciae instalaa. Isto limitaria a utilização o poer e mercao para realização e lucro extraorinário pelas empresas atuantes. Aqui, é importante istinguir o ofertante potencial a entraa e novos ofertantes, que leva em consieração a possibiliae a oferta por meio e aumento e capaciae envolveno investimentos importantes, que impliquem em sunk costs (custos e reaproveitamento em conseqüência a saía o mercao). Enquanto os primeiros são consieraos no mercao relevante, os últimos encontram-se fora ele. 40

41 Para os casos e concentração vertical, que envolvem firmas e iferentes etapas a caeia proutiva, cabe efinir ois mercaos relevantes istintos, o e insumo e o a vena o prouto. A possibiliae e haver reução no grau e competição e efeitos anticompetitivos epene a existência e poer e mercao em pelo menos um os mercaos envolvios. A imensão geográfica não necessariamente coincie. O mercao upstream, e refino e petróleo e proução e GLP possui imensão geográfica regional. De acoro com informações fornecias pela Petrobras no Parecer a SEAE, as refinarias proutoras e GLP istribuem os proutos e acoro com a proximiae o mercao consumior, infra-estrutura e transporte (poliutos) e armazenamento o prouto. Em geral, a região Norte e parte a Noreste são abastecias pela Refinaria REMAN, localizaa no Estao o Amazonas. As regiões Sul, Sueste e Centro-oeste também comercializam o prouto entre si, a mesma forma que parte o Noreste e Sueste. Para verificar a possibiliae e substituição os forneceores o insumo, em conições semelhantes e preço e qualiae, eve-se estuar a estrutura o mercao, as conições e entraa, a rivaliae entre as empresas e outros fatores relevantes. Em relação às conições e entraa, não há impeimentos legais para construção e operação e refinarias meiante concessão ou autorização a ANP 16. Uma as maiores barreiras à entraa na proução e GLP é o investimento requerio para instalação a refinaria. De acoro com informações a refinaria e Manguinhos à SEAE, estima-se que uma nova uniae e refino, com capaciae entre 100 e 200 mil barris e petróleo por ia, necessita e investimentos e US$ 20 mil por barril/ia e capaciae (cerca e US$ 2 a US$4 bilhões no total), e períoo e 4 a 5 anos para sua instalação. A Petrobras possui vantagens frente às refinarias privaas hoje existentes, pois tem acesso à matéria-prima, o petróleo, que prouz e transporta. Concluiu-se que as barreiras à entraa são muito significativas neste segmento. A possibiliae e importação o prouto, seguno informações e istribuioras, é inviável, pois os preços praticaos pelo forneceor brasileiro (Petrobras) estão bem abaixo (cerca e 35%) a melhor alternativa os forneceores internacionais. Além isso, nenhuma istribuiora e GLP no Brasil possui preços e 16 Lei 9.478/

42 conições competitivas que torne viável a contratação e navios para importação e GLP, ao que não há escala suficiente para a compra no mercao externo. Conclui-se que a possibiliae e a importação ser um fator inibior o exercício o poer e mercao é pouco provável. Do mesmo moo, em relação à rivaliae, aina que existam refinarias concorrentes a Petrobras na proução e GLP, elas não são capazes e suprir too o mercao em caso e prática e preços abusivos pela Petrobras. Portanto, a Petrobras atua praticamente sozinha no segmento, porém a integração vertical em naa afetou a conformação o mercao e refino. A análise as conseqüências a integração vertical no mercao upstream não será aprofunaa. As características esse mercao poem afetar negativamente o mercao ownstream. No segmento e istribuição, as autorizações e operação as istribuioras feitas pela Agência Nacional o Petróleo e Biocombustíveis (ANP), contemplam o mercao nacional, ese que as empresas tenham instrumentos para fornecer assistência técnica. Não há impeimentos legais para que as istribuioras atuem em qualquer parte o país. Toavia, o caráter regional a istribuição e GLP eriva e suas características históricas, e acoro com as movimentações o prouto fornecias pela ANP à SEAE. Inicialmente as companhias atuavam em áreas específicas, eterminaas pelo extinto Conselho Nacional e Petróleo (CNP), em geral restritas aos Estaos brasileiros. Mesmo com a extinção a restrição e atuação as istribuioras, a segmentação o mercao foi mantia, com exceção e algumas istribuioras que expaniram suas fronteiras e atuação. Desse moo, assim como em outros trabalhos sobre a istribuição e GLP (Tomázio (2006) e SEAE (2005)) consierou-se a imensão estaual como a relevante para este trabalho. Em relação a possíveis bens substitutos no mercao e insumos, verifica-se que não há proutos que possam substituir o GLP, pelo menos no curto prazo. É importante que o mercao seja aequaamente elimitao e forma a não tornar a política governamental mais severa que o necessário, caso que ocorreria se o mercao relevante fosse muito pequeno, ou oposto, uma política conivente se o mercao relevante fosse efinio e forma muito ampla. A ificulae em se aplicar as regras explicitaas acima ecorre principalmente a falta e base e aos aequaa e 42

43 e ificulaes em especificar, e forma precisa, os proutos e o grau e substituição, no consumo e na proução Etapa II Participações e Mercao Após a efinição o mercao relevante, a análise é voltaa para a concentração o mercao principalmente pela utilização e ínices e concentração, pela competição externa (possibiliae e aquisição o bem por meio a importação como inibior o poer e mercao) e nível e barreiras à entraa (concorrência potencial). A possibiliae e competição externa é praticamente nula, já que os preços e GLP praticaos ao consumior no Brasil estão bem abaixo os preços internacionais (cerca e 30% em 2006), pois a Petrobras não reajusta os preços e proução ese Logo, uma importação não seria viável como inibior e poer e mercao. As barreiras à entraa poem ocorrer por iferenciação o prouto, vantagens absolutas e custo, economias e escala e investimentos iniciais elevaos. Quanto maior a ificulae e entraa em um mercao, maior o preço que as firmas poem praticar sem serem ameaçaas por concorrentes potenciais 17. Machlup (1942) sintetiza as percepções os caniatos a entrantes (que veêm o mercao e fora ) e as firmas que atuam na inústria em iferentes situações, explicano as possíveis causas para a presença e percepções e lucros positivos ou negativos (p.167). Os lucros positivos são associaos a mercaos oligopolísticos. Para a istribuição e GLP, supono uma situação e oligopólio, a percepção e lucro positivo para as firmas atuantes e negativos para aquelas que querem entrar poeria ser explicaa por seus altos custos e entraa e elevaos investimentos iniciais, configurano a situação 5 a tabela a seguir. 17 Gama, M. (2005), p.8. 43

44 Tabela 3 Percepções e lucros os agentes e suas causas possíveis. Lucro Líquio Calculao por Causas Possíveis positivo caniatos a entrar 1 erro e julgamento, resultano em alta taxa zero (negativo) firmas atuantes e mortaliae no mercao. 2 esequilíbrio temporário, solucionao com positivo caniatos a entrar a entraa e firmas (pliopólio); ou positivo firmas atuantes 3 existência e barreiras à entraa por escassez e um recurso, privilégio ou ireitos exclusivos não isponíveis às entrantes. 4 incerteza que afeta apenas os caniatos a entrar, refletia na sua estimativa e maior custo; ou negativo caniatos a entrar 5- recursos inivisíveis que exigem positivo firmas atuantes investimentos em capaciaes muito superiores à emana esperaa pela firma; ou 6 - barreiras à entraa geraas por um custo que eve ser contabilizao pelas firmas e fora o mercao, mas não para as atuantes. Fonte: Machlup (1942) A mensuração a concentração ocorre por meio e métoos e estimação associaos às participações e mercao as firmas. Dentre os principais ínices utilizaos, estacam-se o Hirschman-Herfinahl Inex (HHI), que é calculao como a soma os quaraos as participações e mercao e caa empresa e o ínice que soma as participações e mercao as maiores firmas, C n, one n é o número e firmas. É comum estuos utilizarem o C 4, que agrega a participação e mercao as quatro maiores empresas. Em geral, a concentração também será consieraa capaz e viabilizar a prática e conuta anticompetitiva quano a soma o C 4 for maior ou igual a 75%. Porém, ao que a escolha o número e empresas para compor o ínice é iscricionária, utilizar-se-á o C 2 para o mercao e istribuição e GLP. Como, pelas características escritas anteriormente, este mercao possui poucas firmas atuantes (entre 2 e 11, por Estao), o C 2 permitirá uma visão melhor a concentração os mercaos 18. A SEAE consiera que a conição necessária para a possibiliae e exercício e poer mercao é que a firma tenha participação igual ou superior a 20% o mercao relevante. Para o HHI, a Feeral Trae Commission (FTC, Estaos Unios) aota os seguintes valores para julgar um ato e concentração: 18 Caso fosse utilizao o C4, grane parte os Estaos teria ínices muito próximos a 100%. 44

45 Tabela 4 Valores utilizaos pelo FTC para julgar um ato e concentração. Ínice Pós- Operação 0< HHI<0,1 0,1 <HHI< 0,18 e HHI> 0,01 HHI> 0,18 e HHI> 0,005 Justificativa Não há preocupação quanto à concorrência, pois o mercao continuou esconcentrao. O mercao era pouco concentrao e com a fusão houve aumento a possibiliae e poer coorenao. Existe preocupação quanto à concorrência Estes valores, embora utilizaos em iversos estuos, são mais aequaos ao mercao norte-americano, que normalmente apresenta um número maior e empresas que os mercaos brasileiros. As participações e mercao são utilizaas para iferenciar atos e concentração e menor impacto aqueles que suscitam preocupações. Para os casos e integração vertical, evem ser aotaos ínices que consierem as participações e mercao em toos os segmentos afetaos a inústria. Um ínice que leva em conta as participações e mercao as firmas no upstream e no owstream é o Vertical HHI (VHHI), construío por Gans (2005). Sua fórmula e cálculo é: { } VHHI = S i max S i, s i i, one S i é a participação e mercao a firma no ownstream e s i é a participação e mercao a firma no upstream. O VHHI tem a mesma estrutura o ínice HHI, por isso seus valores poem ser comparaos. Os valores utilizaos pra julgar o VHHI poem ser os mesmos usaos para o HHI, no caso a FTC, um ínice VHHI acima e 0,18 suscitaria preocupação quanto à concorrência. Aicionalmente, sua fórmula poe ar ênfase ao mercao ownstream, como utilizao neste trabalho ou focar o mercao upstream, caso em que S i seria a participação e mercao a firma integraa no upstream e s i sua participação no ownstream. Os ínices acima escritos foram calculaos para o setor e istribuição: HHI istribuição, VHHI (proução e istribuição) e C2 istribuição (ver tabela 5). Aicionalmente, incluiu-se uma coluna que mostra o menor HHI hipotético para caa Estao, e acoro com o número e firmas atuantes. Por exemplo, para Estaos que possuem cinco empresas no mercao, o menor HHI possível ocorreria caa firma 45

46 possuísse 20% e participação, o que geraria um ínice HHI e 0,20. O objetivo a coluna é ientificar a istância entre o HHI encontrao e o HHI mínimo hipotético. A Petrobras e a Liquigás foram consieraas uma única empresa neste exercício. Tabela 5 HHI mínimo, HHI, VHHI, número e agentes e C 2 para o mercao e istribuição. HHI Mínimo HHI Distribuição VHHI Número e Agentes MG 0,091 0,168 0, ,98% PR 0,125 0,174 0, ,82% SC 0,125 0,196 0, ,92% GO 0,167 0,203 0, ,02% SP 0,111 0,207 0, ,53% RJ 0,143 0,216 0, ,00% ES 0,167 0,228 0, ,93% MT 0,143 0,237 0, ,89% MS 0,167 0,249 0, ,35% RS 0,167 0,265 0, ,66% DF 0,167 0,265 0, ,05% PE 0,167 0,267 0, ,04% TO 0,167 0,284 0, ,50% MA 0,200 0,286 0, ,51% BA 0,167 0,298 0, ,78% AL 0,200 0,300 0, ,50% RN 0,167 0,308 0, ,27% SE 0,200 0,326 0, ,57% PI 0,167 0,350 0, ,27% PB 0,200 0,350 0, ,72% CE 0,200 0,357 0, ,37% PA 0,200 0,387 0, ,28% RO 0,333 0,513 0, ,36% AM 0,500 0,592 0, ,00% AC 0,500 0,626 0, ,00% AP 0,500 0,691 0, ,00% RR 0,500 0,772 0, ,00% C2 Os valores encontraos para os três ínices meios apontam para concentração e mercao importante no setor e GLP para a maioria os Estaos brasileiros. Toavia, em alguns Estaos o HHI aproximou-se o HHI mínimo teórico (casos e Paraná e Maranhão). 46

47 Os Estaos o Norte e Noreste suscitam as maiores preocupações concorrenciais, por apresentarem os maiores ínices e concentração. O Centro-Sul possui menor concentração, por ter maior número e empresas atuantes e, em alguns Estaos, com iversas empresas com market shares importantes. Exemplos são os Estaos e Minas Gerais e Goiás, one seis empresas têm, caa uma, mais e 10% a fatia o mercao. Cabe estacar que o VHHI, que mee a concentração no segmento e proução e istribuição apresentou valores superiores ao HHI já que a participação a Petrobras no refino é sempre superior à sua participação na istribuição Etapa III Incentivos, Viabiliae e Lucrativiae a Estratégia e Fechamento e Mercao. Se não preencher os requisitos escritos nas Etapas I e II satisfatoriamente para ser aprovaa, a operação segue para análise os incentivos e aoção as práticas anticompetitivas. Cabe aina verificar se tais práticas são lucrativas e viáveis. Pinheiro e Pioner (2006) escrevem as principais características que evem ser avaliaas na análise e concentrações verticais. Para avaliação o impacto no custo as empresas rivais eve-se observar: (a) (b) (c) () (e) Capaciae ociosa o excesso e capaciae os concorrentes no mercao e insumo evitam que a firma integraa se beneficie o aumento e preços o insumo para as rivais o segmento ownstream; Barreiras à entraa - eve-se investigar se a entraa é provável, tempestiva e suficiente para impeir o fechamento e mercao; Custos para troca e forneceor; Presença e outras firmas verticalmente integraas; Relação entre o preço o insumo e o custo e proução o setor ownstream se os gastos com o insumo representarem parcela significativa o custo marginal e proução, reforça a possibiliae e fechamento e mercao; 47

48 (f) (g) Poer e barganha a emana pelo insumo; Escala mínima viável e proução o forneceor não verticalmente integrao poe ser maior que sua emana em caso e fechamento e mercao. No caso as conseqüências para os consumiores, verifica-se: (h) (i) (j) (k) Variação e nível e competição no mercao o prouto ante e após a integração. Lucrativiae a firma o mercao o prouto quanto maiores os lucros potenciais com o fechamento e mercao, maiores os incentivos. Diferenciação o prouto ou presença e substitutos próximos; Poer e barganha os consumiores na negociação com os ofertantes. Dentre as maiores preocupações em relação à atuação a Petrobras estacase a possível recusa e fornecimento o GLP às istribuioras rivais. A regulação o setor, neste caso, permite que a ANP atue para solucionar possíveis conflitos quanto ao fornecimento. A Resolução ANP 015/2005 regulou a relação entre proutor e istribuior, e permite que a Agência analise o contrato e compra e vena entre as partes, observano a infra-estrutura isponível e caa empresa, poeno estabelecer meias que ajustem a emana e oferta o prouto. A iscriminação e preços, embora não consista por si só em ato anticoncorrencial, torna-se ilegal quano busca monopolizar o mercao ou favorecer alguma empresa. O SBDC consierou improvável a aoção essa prática pela Petrobras porque a empresa já extraía lucro e monopolista no segmento e refino e a expulsão e concorrentes não aumentaria esse lucro. A empresa teria que incorrer em altos investimentos para a expansão a istribuição. Aina, mesmo que utilizasse essa estratégia, não haveria impacto significante para o consumior final, pois o grau e 48

49 competição o setor antes a integração já era reuzio. Assim, em outubro e 2006, o acórão o CADE aprovou a operação, meiante a imposição e algumas restrições 19. Os riscos a integração vertical ecorrente a operação em tela eram relacionaos ao exercício o poer e mercao no segmento e istribuição, pois a Petrobras, monopolista na proução, importação e transporte o GLP passou a eter parcela significativa o mercao istribuior (21%), fortaleceno a posição ominante o Grupo Petrobras. Consierano que as características o mercao e istribuição e GLP o tornam pouco competitivos 20 - utiliza ativos específicos (plantas e envasilhamento, tanques e armazenagem, botijões e tanques estacionários e GLP granel) ao setor e possui ganhos e escala ecorrentes o tamanho a ree e istribuição - foram analisaas as possíveis práticas verticais restritivas. Os custos iniciais para entrar no mercao e istribuição são, em grane parte, altos e irrecuperáveis, uma vez que os equipamentos utilizaos tanques específicos e armazenamento (aequaos às especificações e resfriamento e pressão), carrossel e envasilhamento e botijões - teriam pequeno valor e revena por não ter utiliae alternativa em outra inústria. Aicionalmente, os gastos necessários à implantação e ree e istribuição e marketing necessário ao lançamento e uma nova marca, além o histórico recente e elevao custo e capital o mercao brasileiro elevam as barreiras à entraa o mercao. Outra ificulae encontraa pelas empresas interessaas em entrar no mercao iz respeito ao estoque inicial e botijões. A empresa só poe utilizar botijões e sua marca e eve manter um sistema que viabilize um fluxo e botijões no seu mercao, o que incentiva o sobreinvestimento. Se, por exemplo, a empresa possui capaciae e fornecer GLP para cem mil botijões por mês, seu estoque e botijões próprios eve ser superior a essa capaciae e fornecimento mensal, já que os consumiores retêm em casa parte esse estoque por períoos superiores a um mês e seus botijões poem estar em poer e outras istribuioras por algum tempo até que sejam evolvios. 19 Restrições relativas ao fornecimento e informações e preços pela Petrobras à ANP, em relação à participação no mercao e combustíveis líquios, entre outras não relacionaas à istribuição e refino e GLP. 20 Seguno informações a SEAE Parecer Técnico 6192/2005/DF/COGTL/SEAE/MF. 49

50 É proibia à empresa a utilização e botijões que não sejam e sua marca. Quano um istribuior recebe botijões e outras marcas é obrigao a efetuar a troca em centros e estroca espalhaos pelo país ou juntamente às emais istribuioras. Uma possível estratégia anticompetitiva poe ocorrer caso uma istribuiora e porte maior retenha botijões e uma concorrente menor para ificultar sua operação. Por esses motivos, poe-se consierar que a entraa e novos competiores é improvável, visto que as taxas e crescimento as venas as istribuioras e GLP aproximam-se as taxas e crescimento o PIB, o que caracteriza um estágio mauro e esenvolvimento este mercao. Não há razões para acreitar que o mercao crescerá a taxas mais altas no futuro, ano inícios e que a entraa e novos competiores é improvável. O histórico e ausência e novos ofertantes nos últimos anos confirma a ificulae e entraa, e moo que novas firmas teriam que eslocar o mercao e outras. Aicionalmente, a homogeiniae o prouto poe gerar conutas coorenaas por tornar o monitoramento os preços as empresas rivais mais fácil. O preço cobrao pela firma, então, seria baseao nas conições e mercao e não nos seus custos. Por outro lao, por ser um prouto não iferenciao, a marca não importa na ecisão e compra, seno o preço é o principal fator para os consumiores. Por isso, o exercício o poer e mercao é pouco provável, já que a emana poe eslocar-se para os concorrentes com menores preços. A análise acima, entretanto, não consiera que, ao julgar atos e concentração envolveno empresas estatais, eve-se levar em conta as iferenças e atuação estas empresas em relação às empresas privaas em iversos aspectos. A multipliciae e objetivos as firmas cujo acionista principal é o governo as iferenciam as firmas privaas, que buscam primorialmente a maximização o lucro. A maximização o bem estar, a reistribuição e rena e a garantia e provimento o serviço ou bem em too país poe estar entre seus objetivos, até mesmo em seu arcabouço legal. Diversos agentes poem influenciar tais objetivos (Sappington e Siak, 2002a, p.7). Os contribuintes poem influenciar os objetivos a empresa para a maximização e lucros. Os consumiores, por outro lao, voltam-se para maximizar o exceente o consumior na inústria enquanto os competiores privaos buscam 50

51 encorajar a estatal a aotar estratégias que aumentem o lucro as empresas privaas. Os gestores as empresas públicas têm interesse no crescimento a escala a empresa porque sua competência em geral é avaliaa pelo tamanho as operações que eles comanam. Por isso, seu comportamento é iferente o comportamento as empresas privaas. Sappington e Siak (2002a e 2002b) investigaram se empresas públicas atuam e forma menos agressiva em seus mercaos o que seus concorrentes maximizaores e lucro. Os autores sugerem que as estatais objetivam aumentar lucros e o crescimento a empresa, porque seus irigentes são beneficiaos politicamente por aumentar a escala e o escopo e suas operações. O foco reuzio no lucro poe tornar a estatal aina mais agressiva na aoção e práticas preatórias. Um exemplo é a aoção e preços abaixo o custo marginal, que em empresas privaas só é factível para períoos curtos, pois leva a reução e lucros. Esta estratégia poe trazer benefícios em receita, que é mais valorizaa pelas estatais e que poem aotá-la em períoos maiores e tempo. A importância o crescimento a empresa também incentiva a criação e barreiras à entraa e aumento o custo as firmas rivais. Portanto, as empresas estatais também possuem incentivos às praticas anticompetitivas e suas ações evem ser monitoraas tanto quanto as empresas privaas 21. É importante estacar, entretanto, que a Petrobras possui ações na bolsa e valores, teno a maior parte e seu capital nas mãos e agentes privaos. Apesar isso, o controle a gestão pelo governo leva a empresa a atuar muitas vezes sem estar orientaa estritamente para o lucro Etapas IV e V Benefícios Econômicos a Operação. Em relação aos benefícios o ato e concentração, os órgãos e efesa a concorrência buscam mensurar os ganhos e eficiência, tanto em relação a possíveis ganhos e escala como por reuções nos custos e transação. As eficiências evem ser emonstráveis e ecorrentes a operação. 21 Sappington e Siak (2002b) sugerem a aoção e um preço mínimo para ser praticao pelas empresas estatais em mercaos em que elas concorrem com as empresas privaas como forma e evitar estratégias umping por parte as empresas públicas. 51

52 As conseqüências positivas poem estar relacionaas a maior coorenação nas relações entre as partes integraas, que gera maior controle e qualiae e troca e informações mais rápia. A eliminação a upla marginalização (mark-up uplo) poe ocorrer quano uas firmas não integraas operam em ois elos a caeia e possuem poer e mercao em seus respectivos segmentos (Motta, 2004), e aos custos marginais são aicionaas uas margens e lucro. Nesse contexto, a firma integraa poe suprir para si mesma a preços competitivos e reuzir preços ao consumior. No caso o Brasil, a Lei 8.884/94 etermina que seja consierao não apenas os efeitos totais sobre o exceente econômico, mas também os efeitos sobre o exceente o consumior. Ou seja, não poe haver aumento e preço o prouto após a operação. Na prática, os requerentes a transação apresentam argumentos e aos que provem que houve eficiência no ato estuao e o órgão regulaor verifica a razoabiliae o argumento, para, em caso positivo, comparar com as possíveis peras o consumior na operação. Na operação em estuo, não foi ivulgao para o público qualquer análise e ganho e eficiência pela realização a transação, possivelmente por os aos serem sigilosos Conclusão O guia para atos e concentração vertical é uma ferramenta importante para sistematizar as análises e integração vertical. Sua aplicação ao mercao e istribuição e GLP evienciou que as participações e mercao e os ínices e concentração suscitam preocupação. Por outro lao, embora a existência e um guia permita a aoção e parâmetros nos mais iversos atos e concentração, observa-se que os valores utilizaos para efinir limites e julgar as operações são arbitrários. Os incentivos e lucrativiae as estratégias e mercao bem como os benefícios econômicos a operação não são efinios e forma ireta para o mercao em análise. Desse moo, cabe uma crítica à análise e efesa a concorrência, que é uma ativiae aina relativamente nova no Brasil e as experiências internacionais nem sempre se encaixam na realiae nacional. Por isso, a margem e subjetiviae nas análises o SDBC aina é importante e forma que se procura estuar os iversos aspectos relacionaos a caa ato para que a autoriae possa tomar uma ecisão. 52

53 Capítulo 3 O Moelo Estático NEIO Aplicao ao Mercao e GLP Nesse capítulo, a partir o moelo baseao nas premissas a New Empirical Inustrial Organization (NEIO), será testao o comportamento os agentes ofertantes no mercao e GLP na versão estática. A NEIO, apesar e seguir algumas hipóteses o paraigma estrutura-conuta-esempenho (ECD), é uma aboragem alternativa, pois não segue a formulação empírica baseaa em custos marginais. As regressões este capítulo serão baseaas em Bresnahan (1989), Steen e Salvanes (1999), Nakane (2002) e Zeian (2005) O Moelo Estático Seguno Zeian (2005), a análise ECD consiste em especificar uma meia e esempenho e mercao e um conjunto e variáveis estruturais que supostamente explicam as iferenças e esempenho entre as inústrias (p.1). Assim, compara-se o custo marginal as firmas com o preço o mercao, e, a partir aí, etermina-se o grau e poer e mercao as inustrias. Já no enfoque NEIO, seguno Bresnahan (1989), observa-se as seguintes iéias centrais: (a) Os custos marginais as firmas não são observaos iretamente, mas poem ser inferios a partir o comportamento as firmas; (b) Caa inústria possui características particulares, e moo que a estática comparativa entre mercaos não é utilizaa. Existem iversos moelos NEIO, e acoro com as características os mercaos (proutos homogêneos ou iferenciaos); (c) A conuta as firmas e a inústria são parâmetros esconhecios a serem estimaos. A partir essa estimativa, obtém-se o grau e poer e mercao. O objetivo central esta aboragem é etectar o poer e mercao conjunto as firmas, por meio o comportamento os preços em resposta a variações na elasticiae-preço a emana. 53

54 2005): Do ponto e vista formal a equação e emana linear tem a forma (Zeian, Q = D (P, Z, α ) + ε = α 0 + α 1 P + α 2 Z + α 3 PZ + ε (7) em que Z = variável exógena que esloca a curva e emana (preço e bens substitutos ou rena); Q = quantiae; P = preço; α = vetor e parâmetros a ser estimao; ε = erro. Como poe ser observao, o iferencial esta equação é a presença a variável PZ, que combina elementos e rotação e eslocamento a emana. Seguno Zeian (2005), preços e quantiaes e caa firma não são observáveis na maioria os casos, estimano-se uma forma reuzia e receita marginal a empresa, que implica em uma relação e oferta e mercao (p.4). A equação e oferta, então, é representaa formalmente assim: P = c(q, W, β) λ. h(q, Z, α) + η (8) Em que W = variáveis exógenas a oferta; P + h( ) = receita marginal; P + λ. h( ) = receita marginal percebia pela firma. Nos moelos a NEIO, P + λ. h ( ) poe ser interpretao como o ganho marginal as firmas com a variação a quantiae prouzia pelo mercao. Com emana e custo marginal lineares, chega-se a: P = λ (-Q/ α 1 ) + β 0 + β 1 Q + β 2W + η (9) Esta equação relaciona custo marginal com receita marginal. O parâmetro que mee o poer e mercao as firmas é λ (0 λ 1), one: (i) (ii) (iii) λ = 0 concorrência perfeita; 0<λ<1 poe representar iferentes situações e oligopólio. Em particular se λ = 1/n, tem-se o equilíbrio e Cournot; e λ = 1 cartel perfeito. 54

55 Em equilíbrio (Rmg=Cmg), a equação (2) torna-se: P = λ. Q + β 0 + β 1 Q + β 2W + η (10) α 1 + α 3 Z Poe-se, assim, ientificar λ. No caso e concorrência perfeita, λ = 0 e a equação (9) torna-se P = β 0 + β 1 Q + β 2W + η, i.e., P = Cmg Os Daos Nas próximas seções serão estimaos os parâmetros e conuta méia as firmas o mercao e GLP no Brasil, aplicano-se a aboragem NEIO para o moelo estático. De acoro com a análise o capítulo anterior, a imensão o mercao e GLP é estaual. Por ser um prouto homogêneo, poer-se-á aplicar as equações iretamente, sem a necessiae e o moelo ser aaptao à iferenciação. O primeiro passo para aplicar o moelo é a efinição as variáveis a serem utilizaas. A especificação a emana é usualmente função e seu preço relativo, os preços os bens complementares e substitutos e a rena real. Dentre os requisitos mínimos e aos também estão as características os proutos no mercao para que se efina o mercao relevante e forma correta. Para a curva e emana foram selecionaos os seguintes aos: Consumo e GLP (kg), por Estao (Fonte: ANP); Preço e vena e GLP pelos istribuiores (R$ / Botijão 13kg), por Estao (Fonte: ANP); PIB per capita (R$ milhões), nacional (Fonte: IBGE); Consumo as Famílias, nacional (Número ínice, one 1990=100) (Fonte: IBGE) Os aos e IBGE para o PIB e o Consumo as Famílias são trimestrais. Por isso, foi realizaa uma interpolação estes aos, para tornar as séries mensais. 55

56 Os aos nacionais foram utilizaos em toas as regressões, como proxy os aos estauais, que não estão isponíveis. Conforme apontao na seção anterior, a variável exógena (Z) a ser utilizaa eve ser o preço e um bem substituo e/ou a rena. Como não há aos e bens substitutos para o GLP, foi utilizao um ao e rena (consumo as famílias) como proxy para variável exógena. No lao a oferta, os aos e custo envolvem: Preço e vena o GLP os proutores para os istribuiores (R$ / Botijão 13kg), por Estao (Fonte: ANP); Salário méio o setor privao com carteira assinaa (R$), para regiões metropolitanas 23 (Fonte: IBGE). Toas essas séries são mensais, compreeneno o períoo e janeiro e 2002 a janeiro e 2007, totalizano 61 observações. Toas as séries foram eflacionaas, utilizano-se o IPCA o IBGE. Aicionalmente, foi observao comportamento sazonal os aos e consumo e GLP, com reução e consumo nos primeiros meses os anos, que poe ser explicao pela temperatura mais alta e conseqüente consumo e alimentos frios, sem a necessiae e cozimento. O PIB per capita também apresentou sazonaliae. 23 Renimento méio real o trabalho principal, habitualmente recebio por mês, pelas pessoas e 10 anos ou mais e iae (Reais). Daos isponíveis para as regiões metropolitanas e Recife, Salvaor, Belo Horizonte, Rio e Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Para as emais regiões, foi utilizaa a méia o salário no Brasil como proxy para o salário estaual. 56

57 Figura 9 Consumo e GLP em São Paulo e jan/02 a jan/ ,000, ,000,000 95,000,000 90,000,000 85,000,000 80,000,000 75,000,000 jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 Figura 10 Evolução o PIB per Capita e jan/02 a jan/ jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 A sazonaliae foi trataa com a introução e variáveis ummy representano caa estação o ano. Portanto, a equação e emana o mercao e GLP é: Q i = α 0i + α p.p i + α y.y + α z.z + α pz.pz + D verão + D outono + D inverno + ε 57

58 em que: i = Estaos brasileiros; Q = consumo e GLP; P = preço e istribuição e GLP; Z = Consumo as famílias Y =PIB per capita. D = Dummies representano as estações o ano A equação e oferta é representaa assim: P i = β 0i + β qi.q i + β w1i.w 1i + β w2i.w 2i - λ i Q* i + D verão + D outono + D inverno + η, Q* i = Q i. (α p.+ α pz.z) em que: W1i = salário méio o setor privao com carteira assinaa; W2i = preço o insumo (vena o GLP os proutores para os istribuiores). As regressões foram realizaas pelo métoo e mínimos quaraos em ois estágios (2SLS) por se tratar e moelo e equações simultâneas, e moo a serem evitaos problemas e enogeneiae. As variáveis instrumentais a equação e emana foram W1 e W2 enquanto na relação e oferta os instrumentos foram Z e Y. A partir a regressão a curva e emana e a obtenção os coeficientes e P e PZ, criou-se a variável Q*, que fez parte a equação no lao a oferta. Por fim, com a regressão as variáveis a oferta, obteve-se os coeficientes λ Resultaos e Análises Uma parte importante a estimação é a escolha a forma funcional apropriaa para a emana e os custos. De acoro com Barbosa (1985), a teoria econômica não sugere qualquer forma específica, embora as mais utilizaas sejam a forma linear e a log-linear, aplicaas nesse capítulo. A equação linear tem a vantagem a simpliciae, e é uma boa aproximação para proutos com elasticiae-rena 58

59 unitária 24. Já a vantagem a equação log-linear é que as elasticiaes poem ser lias imeiatamente a partir os coeficientes e preços estimaos pela especificação, e seguno o autor, este tipo e especificação seria aequao para os bens inferiores Aplicação o moelo à forma funcional linear Em geral, os resultaos obtios aproximaram-se o λ e concorrência perfeita (λ=0), em que as empresas comportam-se como se não possuíssem poer e mercao conjunto. A tabela 6 sintetiza os resultaos obtios com as regressões. Tabela 6 R 2 ajustao e oferta e emana, λ, número e agentes, λ e oligopólio e elasticiaes para os Estaos a Feeração. R 2 Demana Ajustao R 2 Oferta Ajustao - λ P-valor Nº e agentes λ oligopólio ε preço ε rena AC , ,152 0,261 AL , ,112 0,105 AM , ,345 0,163 AP , ,125 0,624 BA , ,213 0,393 CE , ,261 0,184 DF , ,564 0,442 ES , ,157 0,096 GO , ,222 0,825 MA , ,241 0,462 MG , ,167 0,517 MS , ,372 0,832 MT , ,472 0,520 PA , ,390 0,063 PB , ,175 0,225 PE , ,201 0,086 PI , ,062 0,230 PR , ,137 0,372 RJ , ,029 0,759 RN , ,628 0,052 RO , ,412 0,205 RR , ,396 0,930 RS , ,237 0,002 SC , ,205 0,597 SE , ,340 0,109 SP , ,076 0,883 TO , ,518 0, Embora a forma linear seja a mais simples, o ponto e vista microeconômica, ela não está relacionaa a nenhum tipo e preferência o consumior bem comportao, ao contrário a forma log-linear, que é obtia a partir e preferências o consumior na forma Cobb-ouglas. 59

60 São apresentaos os resultaos os R 2 ajustaos e emana e oferta e λ e caa Estao brasileiro, assim como o número e firmas que participam o mercao. A tabela também mostra um λ hipotético que inicaria que um mercao atua como oligopólio e Cournot, calculao a partir a fórmula λ = 1/n, em que n = número e firmas que atuam no mercao e istribuição e as elasticiaes-preço e rena e caa Uniae a Feeração. Os resultaos o moelo linear estático inicam que não há comportamento e cartel apesar os altos ínices e concentração e mercao. Verifica-se que os valores estimaos estão bem istantes o grau e conuta méia hipotético e um oligopólio e Cournot, embora os λ encontraos também rejeitem a concorrência perfeita. Destacam-se quatro Estaos que tiveram λ próximos ao λ hipotético e Cournot: Tocantins, Rio Grane o Norte, Piauí e Alagoas. A tabela a seguir orena os Estaos brasileiros em orem ecrescente e poer e mercao: Tabela 7 Grau méio e conluio nos Estaos brasileiros e acoro com o moelo estático com emana linear. UF /λ/ UF /λ/ 1 RN MS TO RR PI MG AL PB MA RO BA AP PA ES MT SP AM GO PR CE PE AC DF SC RS RJ SE Em relação aos valores e R 2 obtios, verifica-se que a equação e emana teve R 2 ajustao em geral baixos e piores que a relação e oferta em toos os Estaos, possivelmente por conta a ausência e aos e rena estauais e aos e consumo e lenha. A ausência os últimos explicaria porque os Estaos a região norte tiveram os piores valores, já que apresentam população rural acima a méia nacional (12,03% 60

61 contra 8,95% a méia brasileira 25 ) e, junto com o Centro Oeste, as maiores margens e istribuição e GLP e os maiores preços, que estimula sua substituição. O Centro-Oeste também apresentou valores muito baixos e R 2 ajustao na emana. Tabela 8 Preços Méios ao Consumior e GLP nas Regiões Brasileiras (jan/02 a jan/07) Região Preço (R$/Botijão) Margem Bruta e Distribuição (R$/Botijão) Sueste Noreste Sul Norte Centro-Oeste As elasticiaes-preço e rena a emana foram calculaas a partir a fórmulas ε = ( α p + α pz Ζ ) (Ρ/ Q) e ε = ( α z + α pz P ) ( Z/ Q). Os valores obtios pp. pz. estão e acoro com valores e sinais esperaos: a emana é relativamente inelástica ao preço (as elasticiaes-preço são toas inferiores a 1) e a variações e rena, por ser um bem normal essencial e por não haver bens substitutos perfeitos ao GLP Multicolineariae e Autocorrelação Outro problema a ser investigao é o a multicolineariae entre as variáveis inepenentes. O moelo clássico e regressão múltipla parte a hipótese e que não existe qualquer relação linear entre as variáveis inepenentes o moelo. A multicolineariae é efinia quano as variáveis inepenentes possuem relações lineares exatas ou aproximaamente exatas entre si. De acoro com Contaor e Ferraz (1997), a multicolineariae poe ser interpretaa também como uma upliciae e informação, ou seja, o mesmo conteúo informacional está contio em mais e uma variável. Por ser reunante, uma as variáveis poe ser escartaa que é a solução para casos mais severos este problema. Para ientificar a existência e multicolineariae e a sua severiae, Farrar & Glauber (1967) sugerem observar a correlação entre as variáveis 25 Seguno aos o Censo Demográfico realizao pelo IBGE em

62 inepenentes. A matriz e correlação as variáveis inepenentes a emana apresentou os seguintes valores: Tabela 9 Matriz e correlação as variáveis inepenente a equação e emana linear Consumo as Preço e PIB per Capita PZ Famílias Distribuição Consumo as Famílias 1 0,795-0,497-0,845 PIB per Capita 0, ,403-0,680 PZ -0,497-0, ,883 Preço e Distribuição -0,845-0,680 0,883 1 Há suspeita e multicolineariae entre as variáveis consumo as famílias e PIB per capita, por ser a primeira um os componentes o PIB. Os testes aotaos (Variance Inflation Factor VIF e Tolerance) etectaram a presença e multicolineariae, embora não severa. Ou seja, não é preciso escartar uma as variáveis, embora possam causar algum problema à estimação. A multicolineariae poe estar afetano os valores os coeficientes encontraos na equação e emana. Regra para o teste - VIF k = 1/(1 rk 2 ) : VIF k 1 - sem multicolineariae; 1 < VIF k 10 - multicolineariae aceitável; VIF k > 10 - multicolineariae problemática. one: rk = coeficiente e correlação a variável K com as emais variáveis O teste VIF entre PIB per capita e Consumo as famílias resultou em 2,72. (multicolineariae aceitável) Regra para o teste - Tolerance k = ( 1 - rk 2 ): VIF k = 1 - sem multicolineariae; 1 < VIF k 0,1 - multicolineariae aceitável; VIF k < 0,1 - multicolineariae problemática. O teste tolerance entre PIB per capita e Consumo as famílias, e , etectou presença e multicolineariae aceitável. Os testes para verificação e autocorrelação os resíuos a partir a estatítica Q e Ljung-Box ientificaram presença e autocorrelação em grane parte as equações e oferta e nas equações e emana. Este resultao sugere que o moelo 62

63 estático não é aequao para explicar o mercao e GLP. A tabela a seguir apresenta os resultaos os testes e autocorrelação para as equações e emana e oferta, bem como os valores críticos a tabela χ 2. : Tabela 10 Estatística Q e Ljung-Box para os resíuos as curvas e emana e oferta e caa Estao 26. Demana Oferta Q(1) Q(4) Q(9) Q(12) Q(1) Q(4) Q(9) Q(12) 1% % % AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO A estatística Q é aproximaamente istribuía como uma Qui-quaraa com k graus e liberae, one k é o número e efasagens. 26 Em negrito, os valores que ultrapassam os obtios na Tabela χ 2 ao nível e significância e 5%. 63

64 Participação a Liquigás Ao contrário o verificao por Zeian (2005) no mercao e cimento, não houve relação entre número e agentes o mercao e resultaos o moelo estático linear no mercao e GLP. Por exemplo, iversos Estaos possuem 6 istribuioras atuantes, porém com λ bem iferentes, como se verifica na tabela a seguir. Nota-se, entretanto, que entre aqueles Estaos com 6 agentes atuantes, os que possuem maior VHHI, também apresentaram maior poer e mercao conjunto as firmas. Tabela 11 Comparação entre número e agentes, λ e VHHI nos Estaos /λ/ Nº e agentes VHHI BA DF ES GO MS PE PI RN RS TO Não há aparente relação entre maior potencial e poer e mercao λ e maior participação e mercao a subsiiária a Petrobras (Liquigás). São 14 Estaos em que a Liquigás possuía poer e mercao acima e 20%,e seus λ são bem iferentes. Isto inica que a integração vertical no mercao não gerou muanças no comportamento e curto prazo as firmas. 64

65 Tabela 12 Comparação entre, λ e market-share méio a Liquigás no períoo e 2002 a janeiro e UF /λ/ Participação a Liquigas 1 RN % 2 TO % 3 PI % 4 AL % 5 MA % 6 BA % 7 PA % 8 MT % 9 AM % 10 PR % 11 PE % 12 DF % 13 RS % 14 SE % 15 MS % 16 RR % 17 MG % 18 PB % 19 RO % 20 AP % 21 ES % 22 SP % 23 GO % 24 CE % 25 AC % 26 SC % 27 RJ % Observa-se aicionalmente que não há correlação significativa a entre a méia a participação e mercao a Liquigás no períoo e o poer e mercao conjunto as istribuioras e caa mercao. O coeficiente e correlação entre as uas variáveis é 0,

66 Figura 11 Diagrama e ispersão entre participação percentual méia a Liquigás no mercao e λ estimao pelo moelo linear estático Diagrama e Dispersão 0,25 0,20 0,15 λ 0,10 0,05 0,00 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 Participação a Liquigás Uma regressão simples resultou nos seguintes valores: Depenent Variable: λ Inclue observations: 27 Variable Coefficient St. Error t-statistic Prob. PARTICIPACAO_DA_LIQUIGAS R-square Mean epenent var Ajuste R-square S.D. epenent var S.E. of regression Akaike info criterion Sum square resi Schwarz criterion Log likelihoo Durbin-Watson stat O valor reuzio e R 2 (0,200765) revela que não há eviências e que nos mercaos em que a Liquigás tenha participação significativa as empresas concorrentes tenham atuação iferente os mercaos em que a subsiiária a Petrobras não participa ou tenha participação marginal Aplicação o moelo à forma funcional log-linear As equações e emana e oferta na forma funcional log-linear são: Demana: lnq i = ln (α 0i )+ α p ln(p i )+ α y.ln(y) + α z.ln(z) + α pz.ln(p).ln(z) + ε 66

67 Oferta: ln(p i )= ln (β 0i )+ β qi.ln(q i )+ β w1i.ln(w 1i ) + β w2i. ln(w 2i )- λ i ln(q* i )+ η, Q* i = Q i. (α p.+ α pz.z) Os resultaos a estimação as equações e emana e oferta na forma loglinear não apresentaram granes iscrepâncias em relação ao moelo linear. Tabela 13 R 2 ajustaos e oferta e emana, λ e elasticiaes preço e rena a estimação o moelo estático na forma funcional log linear. R 2 emana R 2 oferta ajustao ajustao λ P-valor ε preço ε rena AC 0,059 0,877 0, ,614-0,056 0,013 AL 0,486 0,697 0, ,000-0,024 0,006 AM 0,018 0,945 0, ,000-0,051 0,034 AP 0,284 0,909 0, ,025-0,024 0,148 BA 0,350 0,546 0, ,000-0,010 0,086 CE 0,254 0,711 0, ,399-0,035 0,030 DF 0,276 0,913 0, ,131-0,094 0,079 ES 0,312 0,698 0, ,036-0,014 0,088 GO 0,018 0,712 0, ,377-0,040 0,172 MA 0,396 0,641 0, ,016-0,046 0,154 MG 0,138 0,561 0, ,021-0,017 0,106 MS 0,138 0,607 0, ,007-0,053 0,220 MT 0,361 0,635 0, ,454-0,083 0,066 PA 0,507 0,914 0, ,000-0,073 0,072 PB 0,144 0,454 0, ,080-0,018 0,108 PE 0,204 0,567 0, ,000-0,019 0,106 PI 0,341 0,835 0, ,007-0,045 0,139 PR 0,303 0,591 0, ,000-0,024 0,195 RJ 0,305 0,583 0, ,203-0,044 0,280 RN 0,425 0,624 0, ,011-0,116 0,025 RO 0,111 0,766 0, ,075-0,079 0,044 RR 0,035 0,951 0, ,034-0,069 0,441 RS 0,419 0,814 0, ,000-0,066 0,321 SC 0,369 0,593 0, ,225-0,020 0,208 SE 0,391 0,855 0, ,007-0,053 0,110 SP 0,349 0,555 0, ,597-0,007 0,118 TO 0,098 0,783 0, ,000-0,101 0,160 Os R 2 ajustaos e emana obtios também foram relativamente baixos (principalmente para Estaos a Região Norte) enquanto os R 2 e oferta apresentaram valores satisfatórios. Os valores e λ obtios estão aina mais próximos e 67

68 concorrência perfeita. A orenação ecrescente e poer e mercao é apresentaa na tabela a seguir. Tabela 14 Grau méio e conluio nos Estaos brasileiros e acoro com o moelo estático com emana log-linear. UF /λ/ UF /λ/ 1 AL 0, PR 0, TO 0, PE 0, RN 0, RJ 0, PA 0, AC 0, DF 0, CE 0, RR 0, AP 0, MA 0, GO 0, RS 0, PB 0, SE 0, SC 0, MS 0, ES 0, RO 0, MG 0, AM 0, BA 0, PI 0, SP 0, MT 0,00104 Toos os valores estimaos estão bem istantes o grau e conuta méia hipotético e oligopólio. As elasticiaes preço e rena a emana por GLP apresentaram os sinais esperaos e valores que confirmam a essencialiae o bem e a inelasticiae a emana. A autocorrelação também foi etectaa pela estatítica Q e Ljung-Box em grane parte as equações e oferta e nas equações e emana. 68

69 Tabela 15 Estatística Q e Ljung-Box para os resíuos as curvas e emana e oferta na forma log-linear em caa Estao Demana Oferta Q(4) Q(9) Q(12) Q(20) Q(4) Q(9) Q(12) Q(20) 1% 13,28 21,67 26,22 37,57 13,3 21,7 26,2 37,6 5% 9,49 16,92 21,03 31,41 9,5 16,9 21,0 31,4 AC 5,98 9,17 11,20 16,91 27,09 62,50 63,63 66,13 AL 7,99 10,43 13,54 17,67 21,45 22,49 27,20 30,34 AM 10,44 12,31 14,36 16,72 13,03 15,70 16,03 16,90 AP 6,55 6,99 8,69 11,17 12,61 19,31 22,00 28,46 BA 8,50 16,50 26,34 29,78 108,23 132,76 156,46 184,18 CE 5,88 16,48 17,86 22,14 30,78 48,81 49,36 53,54 DF 14,89 24,96 27,64 32,04 19,13 22,53 23,07 30,68 ES 4,59 7,74 10,16 14,07 61,91 69,57 71,48 87,59 GO 4,06 4,59 6,44 8,65 56,52 62,74 63,21 74,91 MA 3,05 4,59 7,86 10,70 103,37 110,87 118,15 131,68 MG 1,31 7,46 19,47 23,96 50,03 56,97 64,35 70,31 MS 2,76 11,46 15,83 24,07 23,75 34,06 34,28 41,68 MT 8,87 10,13 14,12 16,64 58,37 65,46 66,07 66,88 PA 0,54 6,63 8,45 11,89 59,99 76,48 76,55 84,41 PB 3,48 5,82 6,93 20,50 30,59 34,10 37,86 64,25 PE 11,12 19,05 20,11 23,87 41,36 43,11 53,96 87,15 PI 1,22 6,04 9,57 15,64 15,33 19,35 21,07 31,32 PR 7,82 26,01 48,62 59,93 63,32 78,87 79,47 89,00 RJ 13,11 17,83 23,43 25,11 32,49 34,78 35,82 39,00 RN 0,62 4,01 5,40 10,26 78,57 84,38 89,15 146,76 RO 0,84 7,94 12,47 17,16 35,03 43,60 45,52 46,46 RR 46,84 54,13 54,79 56,13 10,37 16,80 22,45 23,14 RS 14,90 45,99 73,37 92,19 22,75 31,73 35,95 37,23 SC 8,55 10,70 12,72 21,67 27,98 33,11 34,12 35,30 SE 7,33 11,00 15,80 18,64 34,97 42,22 42,87 43,25 SP 6,32 13,68 29,46 34,48 75,09 77,61 78,26 79,93 TO 7,20 9,40 10,26 15,66 19,10 22,05 24,40 44,64 Em relação ao comportamento as firmas em mercao em que há atuação a Liquigás, não há eviências e maior grau méio e conluio, o que poe ser confirmao pelo iagrama e ispersão, one a maior parte os valores e λ estão próximos a zero, inepenentemente a presença o grau e presença a subsiiária a Petrobras. 69

70 Figura 12 Diagrama e ispersão entre participação percentual méia a Liquigás no mercao e λ estimao pelo moelo log-linear estático Diagrama e Dispersão 0,060 0,050 0,040 0,030 0,020 0,010 0, Participação a Liquigás 3.4. Conclusão A partir os resultaos o moelo estático, nas versões com forma funcional a emana e oferta linear e log-linear poe-se inferir que o comportamento méio as firmas no mercao e istribuição e GLP ficou istante o comportamento e conluio perfeito. Uma possível explicação para que o poer e mercao conjunto as istribuioras esteja istante o λ e cartel (λ =1) relaciona-se à evolução os preços o prouto com a abertura e mercao concluía em 2002, conforme explicao no seguno capítulo. A esregulamentação o setor e combustíveis no Brasil ocorria ao longo a écaa e 90 buscou acabar com as istorções presentes no mercao, como a existência e subsíios cruzaos, para que fosse possível o esenvolvimento e um mercao competitivo. Para tanto, era preciso que houvesse pariae e preços entre os proutos nacional e importao. Em particular, a liberação e preços, margens e fretes em toa caeia proutiva, processo finalizao em 1 o e janeiro e 2002, gerou aumento e preços no mercao nacional, antes subsiiaos, causano um impacto forte sobre a emana e GLP. Os preços os proutores foram alinhaos aos observaos no mercao 70

71 internacional, e houve brusca variação positiva no mercao interno (cerca e 30% em 1 ano) em O rápio aumento e preços em curto períoo e tempo teve forte impacto na emana, fazeno com que os volumes e vena crescessem pouco, abaixo a méia o crescimento o PIB. Dese 2002, então, houve quea os preços reais o bem. Como o comportamento a emana foi aaptao ao novo patamar o preço e GLP, as firmas proutoras não conseguiram exercer seu poer e mercao potencial, sob pena e ver seu mercao reuzir-se aina mais, e forma que parecem atuar com margens reprimias ese então. De acoro com informações o Sinigás, é possível que a população mais afetaa por esse aumento e preços e que respone por parcela importante o consumo e GLP tenha buscao como alternativa para cocção e alimentos a lenha. Embora o GLP seja um bem essencial e, portanto, relativamente inelástico, a emana por ele foi reuzia com o aumento e preços, mesmo com a introução o auxílio-gás pelo governo Instituío pela Meia Provisória nº 18, e 28 e ezembro e 2001, e previa subsíio e R$ 15 a caa 2 meses para famílias e baixa rena na compra o GLP. Atualmente o benefício o Auxílio-Gas está incorporao ao Programa Bolsa Família. 71

72 Capítulo 4 O Moelo Dinâmico Embora a versão estática apresente uma racionaliae econômica consistente, ela recebe críticas por se istanciar a realiae, em que parte a estratégia as empresas tem como objetivo resultaos no longo prazo. Para tentar corrigir essa falha o moelo estático, os moelos inâmicos NEIO apresentam como racionaliae que a interação estratégica entre as empresas levaria a um equilíbrio e longo prazo, implicano um parâmetro e conuta estável. A transformação e variáveis não estacionárias em variáveis estacionárias traz como conseqüência a pera e toas as relações e longo prazo sugerias pela teoria econômica. O moelo e mecanismo e correção e erros (ECM), sugerio por Engle e Granger (1987), recupera as relações perias com a iferenciação. Os moelos ECM trazem e novo para a literatura a formulação inâmica, que trabalha com aos não estacionários e permite esvios e curto-prazo e um equilíbrio mais geral e longo prazo. A iferença entre as séries em eterminao períoo contém informação sobre como se ará o retorno ao equilíbrio nos períoos subseqüentes. Para assegurar que os resultaos o moelo inâmico sejam válios, é necessário realizar alguns testes, a saber: Teste e raiz unitária para verificar se as séries são estacionárias. A presença a raiz unitária em uma série temporal faz com que os resultaos obtios pela regressão fiquem comprometios, sem significao econômico. Teste e Cointegração para verificar se as variáveis que compõem a oferta e emana possuem relações e longo prazo e a análise inâmica é valia. Teste e Separabiliae que busca assegurar que é possível ientificar λ (parâmetro que mee o poer e mercao). Teste e Muança estrutural verifica a estabiliae os parâmetros o moelo. Testes e Chow Previsão e Estrutural. 72

73 4.1. Teste e raiz unitária A presença a raiz unitária em uma série temporal faz com que ocorra violação os seguintes pressupostos: a) méia e variância finitas e constantes ao longo o tempo; (b) e as autocorrelações entre os valores o processo em ois momentos o tempo epenam o tamanho o intervalo o tempo e não a sua ata. A série torna-se não estacionária e os resultaos obtios pela regressão ficam comprometios, sem significao econômico. Séries não estacionárias possuem como características não possuir méia e longo prazo em torno a qual a série flutua; epenência a variância em relação ao tempo e tenência a infinito quano o tempo aproxima-se e infinito; e, em amostras finitas, o correlograma amostral reuz-se lentamente. Caso uas séries e tempo possuam forte tenência, e acoro com Gujarati (1995), poerá ser observao um alto valor e R 2 resultante esta tenência, e não ao veraeiro relacionamento entre as uas séries. Este é o caso e regressão espúria. Seguno Eners (1995) os choques externos que ocorrem em séries estacionárias são necessariamente temporários, já que são issipaos ao longo o tempo e as séries voltam para seus níveis e longo prazo. Uma série estacionária possui as seguintes características: - possui méia e longo prazo constante, em torno a qual as méias e curto prazo flutuam; - tem variância finita que não mua ao longo o tempo; - seu correlograma iminui com o aumento a efasagem. Por isso, eve-se testar a presença e raiz unitária em caa uma as séries utilizaas no moelo, e moo a garantir que os resultaos sejam significativos. O teste usualmente utilizao para etectar a presença e raiz unitária foi esenvolvio por Dickey e Fuller (1979), o teste DF, baseao na especificação AR(1) os istúrbios. Para que a especificação seja expania para processos AR(p), foi esenvolvio o teste ADF (Augmente DF). A seguir são apresentaos os resultaos os testes ADF para caa Estao brasileiro. Inicialmente, o teste foi realizao com a versão a equação que inclui constante e tenência. Caso não rejeitasse a hipótese e presença e raiz unitária, foi 73

74 retiraa a tenência o teste ADF. Se o resultao e não rejeição e H 0 persistisse, um novo teste, sem constante e tenência foi utilizao. O número e efasagens parão escolhio para os testes foi n=12, por se tratar e aos mensais que poem apresentar sazonaliae. unitária. Tabela 16 Resultaos para os testes I(0): não rejeitaram a presença e raiz I (0) Consumo Cons. as Famílias Preço Distr. PIB per capita Preço Proução PZ Q* Salário AC 0,706-2,218 0,924 1,588 0,016 1,564-0,319-1,677 AL 0,224-2,218-1,634 1,588 0,578-2,545-2,760-1,677 AM 0,050-2,218 0,461 1,588-2,566 1,042-0,643-1,677 AP -2,290-2,218-2,343 1,588-2,690-2,735-3,476-1,677 BA -0,117-2,218-2,743 1,588-2,900-2,634-2,716-2,716 CE -0,223-2,218-1,863 1,588-0,561-2,544-0,342-1,677 DF -2,008-2,218-1,846 1,588-1,666 0,557-2,208-1,677 ES 0,087-2,218-2,431 1,588-0,635 0,977-0,231-1,677 GO -0,805-2,218-1,668 1,588-1,446-2,819-0,314-1,677 MA -2,922-2,218-2,977 1,588-2,488-2,287-0,358-1,677 MG -2,911-2,218-1,844 1,588-2,035-1,882-0,467-2,991 MS -2,060-2,218 0,063 1,588-2,330 0,457-0,971-1,677 MT -2,835-2,218-1,710 1,588-2,696-3,054-0,132-1,677 PA -2,297-2,218-1,973 1,588-2,199-1,690 0,467-1,677 PB 0,107-2,218-2,677 1,588-2,732-2,408-2,462-1,677 PE -3,172-2,218-1,396 1,588-2,986 0,190-1,870-1,058 PI 0,566-2,218-1,680 1,588-1,162 0,631-2,131-1,677 PR -1,711-2,218-2,872 1,588-1,039-3,221-0,390-1,677 RJ -1,240-2,218-2,745 1,588-2,630-2,221-2,218-2,522 RN -2,310-2,218-2,934 1,588-2,191-1,925-1,178-1,677 RO 0,377-2,218-2,273 1,588-1,636 0,677-2,595-1,677 RR -2,788-2,218 0,835 1,588-2,755 0,969-2,667-1,677 RS -2,323-2,218 0,967 1,588-0,851 1,620-1,227-0,189 SC 2,012-2,218-2,220 1,588-0,668-3,048-0,683-1,677 SE -3,084-2,218-1,802 1,588-2,956 0,406-0,509-1,677 SP -1,337-2,218-2,302 1,588-3,311-2,775-0,799-2,432 TO -0,513-2,218-3,273 1,588-3,082-2,405-0,908-1,677 74

75 Tabela 17 Resultaos para os testes I(1): rejeitaram a presença e raiz unitária. I (0) Consumo Cons.as Preço PIB per Preço Famílias Distr capita* Pro PZ Q* Salário AC -7,877-5,484-5,436-1,786-6,892-6,480-7,697-5,792 AL -4,979-5,484-7,824-1,786-6,431-7,668-5,301-5,792 AM -10,781-5,484-5,325-1,786-6,292-6,591-17,035-5,792 AP -6,848-5,484-3,426** -1,786-5,734-3,916-5,682-5,792 BA -2,301* -5,484-6,854-1,786-4,526-6,634-5,145* -9,096 CE -4,598-5,484-4,408-1,786-6,971-2,998** -7,739-5,792 DF -10,362-5,484-5,417-1,786-6,787-5,947-2,664-5,792 ES -9,006-5,484-4,947-1,786-4,841-6,523-5,502-5,792 GO -6,479-5,484-2,098** -1,786-6,679-6,229-11,922-5,792 MA -7,274-5,484-6,315-1,786-5,858-6,209-4,467-5,792 MG -5,999-5,484-3,596** -1,786-5,760-6,167-7,059-9,782 MS -13,442-5,484-2,018* -1,786-6,398-6,936-13,193-5,792 MT -6,230-5,484-5,461-1,786-3,081-4,961-9,320-5,792 PA -6,740-5,484-2,991-1,786-2,030-5,509-8,523-5,792 PB -4,859-5,484-7,495-1,786-5,951-7,495-2,240* -5,792 PE -6,019-5,484-1,621-1,786-5,652-3,802-14,329-5,238 PI -8,351-5,484-6,259-1,786-4,136-6,238-5,813-5,792 PR -8,379-5,484-6,554-1,786-6,645-6,503-7,179-5,792 RJ -3,286** -5,484-6,222-1,786-5,498-6,055-5,484-7,662 RN -4,986-5,484-3,284-1,786-5,556-3,337-9,102-5,792 RO -7,216-5,484-5,480-1,786-10,095-5,271-10,142-5,792 RR -9,303-5,484-5,701-1,786-5,721-6,231-8,179-5,792 RS -10,688-5,484-4,376-1,786-9,153-5,334-10,460-4,712 SC -15,640-5,484-5,900-1,786-6,129-5,765-13,079-5,792 SE -14,459-5,484-4,509-1,786-4,969-5,921-15,068-5,792 SP -8,485-5,484-7,062-1,786-6,193-6,615-5,193-7,039 TO -6,660-5,484-4,493-1,786-6,119-6,907-6,055-5,792 * Processo I(1) a 10% ** Processo I(1) a 5% Os testes para a presença e raiz unitária concluíram que as séries utilizaas no moelo são integraas e primeira orem I(1), o que significa que as variáveis incorporam choques aos seus movimentos ao longo o tempo, alterano o nível a variável. Por isso, para a estimação o moelo inâmico serão utilizaas as variáveis em primeira iferença. Os resultaos os testes também permitem, por meio o Critério e Informação e Akaike (1989), eterminar o número e efasagens a serem utilizaas na equação o moelo inâmico. O valor e AIC eve ser o menor possível. Outro critério utilizao para se eterminar o número e efasagens é o Critério e Schwartz 75

76 ( Schwartz Bayesian Criterion SBC), que, e acoro com Eners (1995), o têm proprieaes melhores que o AIC para amostras com grane número e observações. Para os aos este trabalho, foram utilizaos os testes AIC e SBC para efinir as efasagens ótimas as variáveis, escolheno pelo critério a parcimônia a menor efasagem quano os testes AIC e SBC apresentavam valores istintos. A seguir, o número e efasagens a caa variável é apresentao. Tabela 18 Defasagens e caa variável, e acoro com os critérios AIC e SBC. Consumo Consumo as Famílias Preço Distr PIB per capita* Preço Pro PZ Q* Salário AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO

77 4.2. Teste e Cointegração A cointegração é conição necessária para que uas variáveis possuam relação estável e longo prazo (Ferreira, 1993, p.39), i.e., que uma relação e equilíbrio entre as variáveis tena a ser restabelecia após choques que provoquem esvios. Seguno Alencar (1998, p.190), a cointegração poe ser vista como um relacionamento (equilíbrio) entre as variáveis, ou seja, equivale a izer que as variáveis não poem mover-se, e moo inepenente, uma as outras. Embora as variáveis sejam não estacionárias, eve haver uma combinação linear entre as variáveis que seja estacionária. O conceito e cointegração foi introuzio formalmente por Engle e Granger (1987). O teste e cointegração consiste na ientificação a orem e integração a série e resíuos para etectar se a série contém raiz unitária. Os testes mais utilizaos são voltaos para análise multivariaa, que é a moelagem mais comum em economia. O teste esenvolvio por Johansen e Juselius (1990), o teste e Johansen, é amplamente utilizao e consiste em uma generalização o teste e Dickey e Fuller (Eners, 1995, p.386). A aboragem e Johansen permite a aoção e ois testes istintos o teste e traço e o teste e máximo eigenvalue. Os testes permitem ientificar quantos vetores e co-integração existem entre as variáveis. Foram aplicaas ambas estatísticas teste, com os resultaos obtios apresentaos na tabela a seguir, que suportam cointegração para toos os Estaos, com pelo menos um vetor e cointegração para caa equação. 77

78 r Tabela 19 Resultaos os Testes e Traço e Máximo Eigenvalue para a Equação e Demana. (* Significante a 5%) Traço Máximo Eigenvalue N Vet Coint AC 117,12 69,33 * 29,54 N Vet. Coint. 10,9 1 0, ,79 39,80 * 18,62 10,6 0,24 2 AL 89,89 41,33 * 18,68 1,93 0,1 2 48,56 * 22,64 16,75 1,83 0,1 1 AM 113,46 59,37 * 29,14 6,34 0, ,09 30,23 * 22,8 6,31 0,04 3 AP 117,73 61,53 * 21,58 5,22 0, ,2 39,95 * 16,36 5 0,23 2 BA 88,9 49,38 * 17,41 6,47 0, ,52 31,97 * 10,94 6,46 0,02 2 CE 81,78 * 40,47 19,93 7,43 0, ,30 * 20,54 12,5 7,34 0,09 1 DF 93,14 57,38 * 29,28 5,96 0,2 2 35,75 28,1 23,33 * 5,76 0,2 3 ES 90,67 * 41,15 20,73 7,13 0, ,52 * 20,42 13,61 6,89 0,23 1 GO 112,64 51,43 * 21,08 8,22 0, ,21 30,35 * 12,86 7,79 0,44 2 MA 91,44 * 43,23 16,47 3,56 0, ,21 * 26,75 12,92 3,39 0,16 1 MG 97,8 55,14 * 16,56 6,34 0, ,66 38,58 * 10,22 6 0,33 2 MS 131,4 69,23 32,73 * 8,12 0,5 3 62,18 36,49 24,61 * 7,62 0,5 3 MT 111,18 57,05 * 22,51 9,75 0, ,13 34,54 * 12,76 9,43 0,32 2 PA 96,11 52,42 * 12,47 4,8 0, ,69 39,95 * 7,67 4,67 0,13 2 PB 87,03 * 41,8 17,45 8,07 0, ,23 * 24,36 9,37 7,6 0,48 1 PE 101,98 55,25 * 27,55 6,12 0, ,73 27,7 21,43 * 6,06 0,06 3 PI 88,57 * 41,53 23,12 7,7 0, ,03 * 18,41 15,42 7,27 0,43 1 PR 105,79 61,16 36,01 * 13, ,63 25,14 22,62 * 13,4 0 3 RJ 117,87 67,64 * 25,44 7,96 0,2 2 50,23 42,20 * 17,48 7,76 0,2 2 RN 92,55 * 46,16 23,44 10, ,39 * 22,72 13,12 10,3 0 1 RO 116,43 * 43,87 15,14 6,44 0, ,56 28,73 * 8,7 5,63 0,81 3 RR 98,25 61,28 29,93 * 6,5 1, ,97 31,35 23,43 * 5,31 1,19 3 RS 131,96 72,36 * 18,35 6,75 0, ,6 54,01 * 11,6 5,97 0,78 2 SC 111,31 * 43,69 20,76 8,7 0, ,62 * 22,94 12,05 8,07 0,63 2 SE 84,71 * 37,59 15,27 5,65 0, ,12 * 22,32 9,61 5,16 0,49 1 SP 126,16 59,07 * 28,32 9,25 0, ,09 30,76 * 19,07 9,2 0,05 2 TO 90,63 * 46,42 19,91 3,68 0, ,21 * 26,51 16,23 3,31 0,

79 Tabela 20 Resultaos os Testes e Traço e Máximo Eigenvalue para a Equação e Oferta. (* Significante a 5%) Traço Máximo Eigenvalue r N Vet Coint N Vet. Coint. AC 84,8 45,47 18,011 * 2, ,33 27,46 15,52 * 2,49 3 AL 63,77 25,83 12,684 * 2,1 3 37,94 13,15 10,59 * 2,1 3 AM 90,67 40,08 9,233 * 0, ,59 30,85 8,51 * 0,73 2 AP 98,34 52,22 18,16 8,17 * 4 46,12 34,05 9,99 8,17 * 2 BA 73,73 25,04 * 9,51 0, ,69 15,54 * 8,86 0,65 1 CE 63,77 * 29,2 10,36 0,4 1 34,57 * 18,84 9,96 0,4 1 DF 66,93 * 26,66 11,57 1,2 1 40,27 * 15,09 10,37 1,2 1 ES 76,71 38,11 18,431 * 3, ,6 19,68 14,62 * 3,81 3 GO 93,69 38,34 * 5,43 0, ,35 32,91 * 5,28 0,15 2 MA 74,13 37,97 * 12,05 3, ,16 25,91 * 8,93 3,13 2 MG 53,43 * 23,52 9,55 0, ,91 * 13,97 9,37 0,18 1 MS 114,44 60,1 22,248 * 0, ,34 37,85 22,09 * 0,16 3 MT 70,03 31,39 * 4,57 0, ,64 26,82 * 4,03 0,53 2 PA 73,91 30,08 * 2,73 0, ,83 27,36 * 2,36 0,37 2 PB 89,76 39,99 * 12,95 2, ,77 27,04 * 10,52 2,43 2 PE 72,95 * 29,13 8,02 0, ,82 * 21,11 7,53 0,49 1 PI 84,36 48,39 23,79 4,05 * 4 35,97 24,61 19,74 4,05 * 4 PR 56,53 * 26,26 10,95 0, ,28 * 15,31 10,6 0,35 1 RJ 71,81 37,48 * 9,41 0, ,34 28,07 * 9,37 0,04 2 RN 81,8 34,52 * 12,95 3, ,28 21,57 * 8,97 3,97 2 RO 100,06 42,12 * 14,21 2, ,94 27,92 * 11,86 2,35 2 RR 100,37 49,3 22,069 * 1, ,07 27,23 20,73 * 1,34 3 RS 80,59 45,4 17,4 6,15 * 4 35, ,25 6,15 * 4 SC 92,82 49,69 17,198 * 0, ,13 32,49 16,91 * 0,29 3 SE 77,82 41,25 * 12,17 0, ,56 29,09 * 11,46 0,71 2 SP 73,3 41,16 * 12,63 0,5 2 32,14 28,53 * 12,13 0,5 2 TO 79,32 32,12 * 2, ,2 29,50 * 2,

80 4.3. Teste e Separabiliae Este teste busca assegurar que é possível ientificar λ (parâmetro que mee o poer e mercao). Para tanto, é preciso que a função emana inversa não seja separável em um vetor e variáveis exógenas Z (Zeian, 2005), e acoro com o Teorema a Impossibiliae (Lau, 1982), i.e., que α pz 0. Caso α pz = 0, a função emana Q i = α 0i + α p P i + α y Y i + α z Z i + ε i não será rotacionaa, apenas sofrerá eslocamentos, tornao impossível ientificar o poer e mercao as firmas. O teste aotao segue Johansen e Juselius (1990). Inicialmente, o moelo completo é estimao e são calculaas os auto-valores o moelo irrestrito - ^ λ >...> ^ 1 r Após, o moelo restrito (α pz = 0) é estimao e, a partir ele, os auto valores restritos são calculaos - * λ >...> * 1 λ. Desse moo, torna-se possível gerar a estatística o teste. As r hipóteses são: H 0 : α pz = 0. A função emana é separável; H 1 : α pz 0. Caso os valores a estatística teste obtia superarem os valores a tabela qui-quaraa, a hipótese nula é rejeitaa. λ. 80

81 Tabela 21 Teste e Separabiliae para a Variável PZ na Equação e Demana Estatística Teste Valor crítico 5 % AC 82,708 5,991 AL 150,237 3,841 AM 86,545 5,991 AP 120,378 5,991 BA 10,16 5,991 CE 108,112 3,841 DF 142,934 5,991 ES 118,545 3,841 GO 22,402 5,991 MA 123,677 3,841 MG 11,083 5,991 MS 121,137 7,815 MT 75,03 5,991 PA 94,639 5,991 PB 122,628 3,841 PE 98,284 7,815 PI 129,316 3,841 PR 139,071 7,815 RJ 72,055 5,991 RN 83,199 3,841 RO 113,727 3,841 RR 123,724 7,815 RS 65,895 5,991 SC 138,753 5,991 SE 97,668 3,841 SP 106,5632 5,991 TO 120,552 3,841 Os testes resultaram na rejeição a hipótese nula e, portanto, o parâmetro que mee o poer e mercao poe ser ientificao Testes e Muança Estrutural Os testes e muança estrutural verificam a estabiliae os parâmetros o moelo. Esta verificação é realizaa iviino-se o intervalo a amostra em uas partes e estimano-se novamente os parâmetros em caa sub-amostra. O ponto que ivie os ois intervalos é chamao e ponto e quebra. O teste e Chow será utilizao por permitir que a escolha a priori o períoo em que haja suspeita e quebra estrutural. Este teste é particularmente importante para o trabalho, por meir se a integração vertical resultante a compra a istribuiora e 81

82 GLP pela Petrobras representou muança estrutural em algum parâmetro a oferta e/ou emana. A compra foi realizaa em agosto e O teste o moelo compara a soma os quaraos os resíuos a regressão original com a soma os quaraos os resíuos as novas regressões feitas a partir as sub-amostras. Caso haja uma iferença significativa nas estimativas, poe-se concluir que houve, a partir o ponto e quebra, uma muança estrutural no relacionamento entre as variáveis o moelo. Foram realizaos ois tipos e teste e Chow para quebra estrutural (Teste F estrutural e Teste F previsão) no períoo agosto e 2004, quano a Liquigás foi venia à Petrobras. Os resultaos são exibios na tabela a seguir. Tabela 22 Teste e Muança Estrutural para a Variável PZ na Equação e Demana Valores Valores Teste F Teste F Prob. Críticos Prob. Críticos Estrutural Previsão 1% 5% 1% 5% AC 1,700 0,132 5,12 3,04 1,028 0,478 5,03 3,01 AL 1,380 0,236 5,12 3,04 0,395 0,992 5,03 3,01 AM 1,101 0,378 5,12 3,04 0,667 0,854 5,03 3,02 AP 0,950 0,478 5,12 3,04 0,421 0,987 5,03 3,03 BA 4,035 0,002 5,12 3,04 1,340 0,233 5,03 3,04 CE 1,890 0,092 5,12 3,04 0,465 0,976 5,03 3,05 DF 1,849 0,100 5,12 3,04 0,585 0,918 5,03 3,06 ES 1,133 0,359 5,12 3,04 0,622 0,891 5,03 3,07 GO 2,463 0,031 5,12 3,04 0,776 0,747 5,03 3,08 MA 1,773 0,115 5,12 3,04 0,469 0,975 5,03 3,09 MG 2,088 0,063 5,12 3,04 1,125 0,388 5,03 3,10 MS 1,108 0,374 5,12 3,04 0,474 0,973 5,03 3,11 MT 0,486 0,840 5,12 3,04 0,519 0,955 5,03 3,12 PA 0,872 0,536 5,12 3,04 0,524 0,953 5,03 3,13 PB 1,761 0,118 5,12 3,04 0,366 0,995 5,03 3,14 PE 2,352 0,038 5,12 3,04 0,543 0,943 5,03 3,15 PI 2,250 0,046 5,12 3,04 1,161 0,357 5,03 3,16 PR 1,330 0,257 5,12 3,04 0,744 0,780 5,03 3,17 RJ 0,543 0,797 5,12 3,04 0,671 0,851 5,03 3,18 RN 1,724 0,126 5,12 3,04 0,496 0,965 5,03 3,19 RO 0,727 0,650 5,12 3,04 0,301 0,999 5,03 3,20 RR 3,257 0,007 5,12 3,04 1,636 0,110 5,03 3,21 RS 2,436 0,032 5,12 3,04 0,813 0,707 5,03 3,22 SC 2,021 0,072 5,12 3,04 0,839 0,679 5,03 3,23 SE 2,630 0,022 5,12 3,04 1,092 0,417 5,03 3,24 SP 1,070 0,398 5,12 3,04 1,203 0,324 5,03 3,25 TO 2,824 0,015 5,12 3,04 0,904 0,608 5,03 3,26 82

83 Os testes suportam H 0, ou seja, não há quebra estrutural no períoo a 1%. Caso os testes tivessem resultao iferente o encontrao, e confirmassem a presença e muanças estruturais, tanto os testes e raiz unitária quanto os testes e cointegração everiam ser aaptaos e forma a contemplar a muança estrutural. Embora os testes tenham rejeitao muança no parão e comportamento em agosto e 2004, é importante estacar que o CADE só aprovou a operação em outubro e Esta é outra ata interessante para que seja realizao um novo teste e quebra quano houver suficientes aos isponíveis, pois o comportamento a firma compraa poe se moificar após a aprovação os órgãos o SBDC Aplicação o Moelo Dinâmico Após a realização os testes e obtenção os resultaos esperaos, poe-se aplicar a reformulação o moelo e Bresanhan (1982) para a versão inâmica, proposta por Steen e Salvanes (1999), utilizano o mecanismo e correção e erros (ECM). Ao possibilitar a inclusão e variáveis efasaas nas equações e emana e oferta, o arcabouço o moelo ECM incorpora fatores inâmicos como muanças estruturais, hábitos no lao o consumo e ajustes e custos pelos proutores (Steen e Salvanes, p. 151). O moelo permite esvios e curto prazo em relação ao equilíbrio e longo prazo. A formulação inâmica a função e emana é: Q + γ t = α + 0 k 1 i= 1 α Q, i Q t i + k 1 i= 0 α P P, i t i k 1 i= 0 α Y Y, i t i [ Qt k θ PPt k θyyt k θ Z Z t k θ PZ PZ t k ] + ε ` * t + + k 1 i= 0 α Z Z, i t i + k 1 i= 0 α PZ, i PZ t i (11) θ em que j = α * j * γ ; j = P, Y, Z, PZ. Enquanto os somatórios representam os parâmetros e curto prazo, os termos entre colchetes (ECM) garantem a solução e longo prazo. γ* é o parâmetro e ajuste e mee o impacto a istância o equilíbrio e longo prazo em Q t, ou seja, em 83

84 que proporção as firmas tenem a corrigir os erros e ecisões passaas (Steen e Salvanes, p.152). A função e oferta no moelo ECM é representaa assim: P = t + ψ k 1 k 1 k 1 β 0 + β P, i Pt i + β Q, i Qt i + i= 1 i= 0 i= 0 * [ Pt k ξ QQt k ξwwt k ΛQt k ] + η ` * t β W, i W t i + k 1 i= 0 λ Q i * t i (12) em que Q * i Qt = ( θ +θ P PZ Z t )` ; λ * Λ =, ξ ψ * * β Q =, ξw ψ * Q = * βw. λ é a meia e ψ * curto prazo e poer e mercao e Λ é a meia e longo prazo e poer conjunto e mercao as firmas. Observa-se que as equações e oferta e emana são não lineares nos parâmetros. Porém é possível estimar ambas pelo métoo e mínimos quaraos em ois estágios, fatorano os termos entre colchetes. Assim, obtém-se a regressão, por exemplo, o coeficiente ψ * ξ Q para a variável Qt-k e o coeficiente ψ * para variável P t-k. A partir estes ois, poe-se então calcular o coeficiente ξ Q Análise os Resultaos O moelo inâmico foi roao com equações e emana e oferta que incluíram as efasagens pré-efinias. As varáveis ummy e sazonaliae também foram utilizaas. Em geral, assim como no moelo estático, os resultaos o moelo inâmico reforçam a rejeição ao comportamento e cartel na istribuição e GLP, embora o moelo não inique comportamento e concorrência perfeita. Os valores resultantes as regressões o moelo inâmico são apresentaos na tabela a seguir, que expõe os R 2 e emana e oferta, os coeficientes e poer e mercao (λ inâmico) e caa Estao brasileiro, assim como o número e firmas que participam o mercao estaual e o λ hipotético que inicaria que um mercao atua como oligopólio, além a participação a Liquigás. 84

85 Tabela 23 Resultao as Regressões o Moelo Dinâmico R 2 emana R 2 oferta - λ Nº e λ Part. a P-valor ajustao ajustao inâmico agentes oligopólio Liquigas AC 0,634 0,999 0,033 0, ,500 0,000 AL 0,666 0,510 0,083 0, ,200 0,131 AM 0,676 0,818 0,002 0, ,500 0,000 AP 0,674 0,564 0,003 0, ,500 0,191 BA 0,846 0,633 0,001 0, ,167 0,189 CE 0,675 0,789 0,041 0, ,200 0,296 DF 0,697 0,630 0,061 0, ,167 0,186 ES 0,654 0,414 0,004 0, ,167 0,133 GO 0,558 0,206 0,000 0, ,167 0,332 MA 0,526 0,519 0,005 0, ,200 0,338 MG 0,748 0,609 0,006 0, ,091 0,213 MS 0,599 0,578 0,011 0, ,167 0,150 MT 0,617 0,510 0,000 0, ,143 0,230 PA 0,694 0,867 0,008 0, ,200 0,330 PB 0,582 0,633 0,127 0, ,200 0,248 PE 0,750 0,365 0,049 0, ,167 0,251 PI 0,532 0,476 0,006 0, ,167 0,420 PR 0,814 0,372 0,033 0, ,125 0,250 RJ 0,858 0,581 0,011 0, ,143 0,062 RN 0,665 0,689 0,003 0, ,167 0,344 RO 0,769 0,501 0,005 0, ,333 0,076 RR 0,320 0,673 0,037 0, ,500 0,000 RS 0,867 0,598 0,010 0, ,167 0,443 SC 0,791 0,494 0,020 0, ,125 0,304 SE 0,721 0,522 0,008 0, ,200 0,143 SP 0,756 0,584 0,000 0, ,111 0,218 TO 0,601 0,467 0,008 0, ,167 0,436 Os resultaos o moelo inâmico corroboram a conclusão e que não há poer e mercao conjunto na maioria os Estaos brasileiros, obtia também no capítulo anterior com o moelo estático, apesar os altos ínices e concentração e mercao. Note-se que o ajuste o moelo inâmico, em relação aos valores e R 2 obtios, é melhor que o ajuste o moelo estático, com estaque para a equação e emana. Aicionalmente, verificou-se que a autocorrelação não é um problema, rejeitaa em grane parte os Estaos. A estatítica Q e Ljung-Box não etectou 85

86 presença e autocorrelação na maior parte as equações e emana e oferta, a um nível e 5% e significância 28. Os resultaos os testes estão apresentaos a seguir. Tabela 24 Estatística Q e Ljung-Box para os resíuos as curvas e emana e oferta e caa Estao 29 Demana Oferta Q(1) Q(4) Q(9) Q(12) Q(20) Q(1) Q(4) Q(9) Q(12) Q(20) 1% 6,64 13,28 21,67 26,22 37,57 6,64 13,28 21,67 26,22 37,57 5% 3,84 9,49 16,92 21,03 31,41 3,84 9,49 16,92 21,03 31,41 AC 1,31 8,95 17,64 18,91 28,28 1,96 2,65 3,16 7,21 12,40 AL 0,07 0,74 2,67 5,10 12,92 3,49 3,89 14,98 16,52 19,59 AM 0,09 2,30 6,33 12,52 17,91 2,51 4,79 6,71 9,02 10,85 AP 0,22 0,34 1,54 5,51 11,49 0,13 6,20 7,34 9,14 13,30 BA 1,01 5,81 7,39 17,55 21,63 0,03 1,41 3,28 9,04 17,18 CE 7,36 8,55 16,97 22,17 30,25 1,19 2,63 4,92 14,05 20,26 DF 0,09 7,04 11,16 17,88 25,98 2,56 5,97 14,31 19,94 37,79 ES 0,29 3,64 8,99 20,10 28,47 1,08 9,27 12,17 17,53 21,98 GO 0,02 2,10 4,89 7,71 10,14 0,28 4,41 7,34 10,29 15,52 MA 0,00 0,46 4,23 8,78 12,48 1,73 5,55 7,98 10,80 13,35 MG 2,64 5,70 13,26 19,82 27,11 0,05 1,76 5,16 7,54 11,57 MS 2,11 8,21 19,07 21,27 37,12 0,37 0,93 4,11 4,43 7,75 MT 0,14 4,35 5,88 9,53 11,09 8,85 12,92 22,40 32,10 45,01 PA 1,01 3,39 8,55 15,03 22,28 11,66 22,63 44,08 57,24 64,66 PB 1,55 2,49 8,26 9,95 13,61 1,35 1,56 9,22 15,26 20,61 PE 0,26 5,59 14,89 20,97 28,95 0,04 8,35 20,46 21,90 37,11 PI 3,46 6,88 10,92 17,56 24,23 1,59 6,85 12,23 20,70 27,96 PR 0,01 2,87 7,13 13,93 19,45 0,35 4,22 10,25 14,59 19,73 RJ 3,57 5,24 12,17 18,31 26,37 1,68 8,96 11,01 24,85 34,44 RN 14,85 15,77 18,72 22,74 43,26 3,26 7,57 13,34 21,82 29,20 RO 0,92 1,41 6,14 16,88 20,78 12,42 26,51 29,58 37,23 47,03 RR 0,24 1,86 3,63 6,33 16,65 0,03 7,85 13,91 17,55 25,49 RS 0,04 3,47 12,15 19,11 28,02 0,26 12,14 16,07 25,78 44,67 SC 0,20 2,85 6,92 12,85 19,69 0,80 1,44 4,36 6,24 8,98 SE 0,79 3,65 5,81 9,47 15,19 0,18 5,69 12,72 14,63 21,19 SP 1,09 1,42 2,18 5,55 7,47 0,02 5,31 15,80 21,45 23,61 TO 0,98 1,57 4,86 6,58 13,40 0,00 0,90 5,51 13,56 17,50 Mais uma vez, não houve aparente correlação entre a meia e poer e mercao λ e participação e mercao a subsiiária a Liquigás. O gráfico que segue apresenta o iagrama e ispersão entre os λ e longo prazo e a participação a Liquigás. Não há um parão similar e comportamento as firmas e acoro com a 28 Com exceção e Mato Grosso, Pará e Roraima para a oferta e Rio Grane o Norte para a emana. 29 Em negrito, os valores que ultrapassam os obtios na Tabela χ 2 ao nível e significância e 5%. 86

87 participação a Liquigás, sugerino que a subsiiária a Petrobras não aproveita o potencial poer e mercao que possui para cartelização. Figura 13 Comparação entre λ e market-share méio a Liquigás no períoo e 2002 a janeiro e Diagrama e Dispersão λ Participação a Liquigás Em relação ao moelo estático (e forma funcional linear), os valores e λ encontraos no moelo inâmico, em geral, são menores, sugerino que, no longo prazo, as firmas tenem a se comportar mais próximas à concorrência perfeita relativamente ao curto prazo. A iferença entre os valores o grau méio e conluio são apresentaos na figura a seguir. 87

88 Figura 14 Comparação entre λ estático e inâmico e market-share méio a Liquigás λestático - λinâmico Participação a Liquigás 4.7. Comparação com Outros Estuos Os resultaos obtios pelo moelo e Bresnahan serão comparaos com análises recentes o mercao e istribuição e GLP, realizaas por Tomázio (2006) e por Araújo Jr (2006) e com as conclusões o CADE e a SEAE para o ato e integração vertical Poer e mercao na istribuição e GLP A partir o moelo e cóigos e penaliae ótimos proposto por Lambson (1987) e partino a hipótese e que as firmas se comportam e forma colusiva (aina que tacitamente), Tomázio (2006) verificou que uma estratégia e punição para qualquer firma que esviasse a trajetória e conluio seria crível e sustentável pelo períoo e análise. As variáveis escolhias para o moelo foram (Tomázio, p.49): Capaciae ociosa - razão entre a proução méia mensal a empresa e a proução máxima mensal no períoo estuao; 88

89 Margem bruta mensal e istribuição - calculaa substraino o preço méio e vena o valor os impostos e o preço pago pelas istribuioras ao proutor pelo GLP. Lucro seguno o autor, para se chegar ao lucro, ever-se-ia multiplicar a margem bruta e istribuição pela quantiae e botijões venios por caa empresa, e subtrair esse valor os emais custos a empresa (ex.: energia elétrica, salários, manutenção e equipamentos, etc). Como não havia isponibiliae e aos e custos, supôs-se que o Estao brasileiro em que as istribuioras praticassem a menor margem bruta méia e istribuição seria o nível e lucro zero (Rio Grane o Norte). Qualquer margem acima esta significaria que a istribuiora estaria auferino lucro. Os aos utilizaos abrangem o períoo e janeiro e 2002 a junho e 2003, momento e abertura o mercao, one os agentes estavam aaptano-se às novas regras. A hipótese assumia foi e que os preços praticaos e os lucros auferios nesses mercaos corresponiam a alocações colusivas. Diante isso, o autor tentou eterminar se essas alocações poeriam ser sustentaas por ameaças críveis urante o períoo e análise. Para tanto, a ameaça everia ser: (1) sustentável, i.e., o ganho o esvio e um períoo e tempo t eve ser menor que o valor presente em t as peras futuras e lucro por ser submetia a uma trajetória e punição; (ii) a creibiliae a ameaça também eve ser observaa, ou seja, a firma não eve ter incentivo para esviar a trajetória e punição prescrita no futuro. A taxa e esconto utilizaa foi e 1% ao mês. Outra hipótese assumia é que a estratégia e punição correspone a uma guerra e preços. Se alguma empresa esviar o conluio, os preços são empurraos para o nível e lucro zero (p.52), que corresponeria à margem e comercialização o Estao o Rio Grane o Norte. Foram testaos os ganhos e as peras associaas às conições (i) e (ii). A análise foi iviia em três sub-períoos e seis meses e assumiu-se que caso uma as firmas cortasse seu preço no primeiro mês, as outras firmas iriam reagir ao corte no terceiro mês, urante quatro meses. Foram então calculaas para caa Estao os ganhos 89

90 e peras com as estratégias e esviar o acoro ou manter o conluio e comparaos os seus valores. Tomano como exemplo o caso o Amazonas (p.54), supono que a empresa Amazongás reuzisse seu preço acorao em 5% urante os ois primeiros meses e utilizao plenamente sua capaciae ociosa urante o períoo, seu ganho e lucro aicional seria e R$ 107 mil, mas teria eixao e ganhar aproximaamente R$ 795 mil em valor presente os lucros futuros uma vez que a guerra e preços uraria os quatro meses seguintes. Em relação à creibiliae, caso a Amazongás renegasse a punição e aplicasse um preço abaixo o preço e punição (com capaciae e proução e 100%), seu prejuízo seria e R$ e a empresa teria eixao e ganhar R$ 332 mil uma vez que a volta para a alocação e conluio seria atrasaa em um mês. Em geral, em nenhum os períoos analisaos compensaria financeiramente para as empresas esviar a quantiae e conluio. O autor concluiu que a trajetória e punição especificaa seria sustentável e crível e a cooperação no mercao consistente com a teoria (p.60). O resultao encontrao reforça a iéia e que o mercao brasileiro e istribuição e GLP possui características que esestimulam a competição e, ao mesmo tempo, incentivam o comportamento e conluio por parte as empresas, mesmo que e maneira tácita. Até a écaa e 90 o preço era tabelao pelo governo e os volumes comercializaos eram homologaos pelo órgão regulaor em reuniões mensais que contavam com a presença e representantes os proutores e istribuiores. A conformação atual o mercao, então, mostrar-se-ia afetaa por políticas vigentes no passao, que acabariam incentivano as conições e coorenação. Assim, o trabalho e Tomázio resulta em conclusões iferentes as obtias nos capítulos anteriores este trabalho. Cabe observar, entretanto, que as hipóteses os moelos utilizaos são istintas. Enquanto o moelo e Lambson parte o pressuposto e que as firmas atuam em conluio, o moelo e Bresnahan, estima este parâmetro (poer e mercao conjunto as firmas) a partir o comportamento os preços em resposta a variações na elasticiae-preço a emana. Outro trabalho e análise o mercao e istribuição e GLP foi realizao por Araújo (2006). Sua conclusão é e que as firmas não possuem poer e mercao, a espeito os elevaos ínices e concentração. 90

91 Inicialmente, o autor escreve as normas vigentes na caeia e GLP e suas muanças ese a écaa e 70. Destaca que a liberae total o mercao e istribuição e GLP só foi possível quano surgiram no Brasil quatro pré-conições: estabiliae macroeconômica, liberae e importação o prouto, uma agência regulaora capaz e fixar as regras o jogo e uma autoriae antitruste inepenente (p.6). Atualmente, com a liberae e preços, fretes e margens, Araújo ponera que a espeito os elevaos ínices e concentração, o poer as istribuioras para fixar os preços e GLP é virtualmente nulo (p.14) por haver pressões competitivas no mercao. Um início e competição é trauzio pela quea os preços reais e GLP resiencial entre 2003 e 2005, primeiro períoo em quarenta anos em que as empresas pueram efinir livremente seus preços. Outro inicaor e competição, e acoro com o autor, são as listas e preços e referência aplicaos pelos governos estauais ao recolher o ICMS as istribuioras em outubro e 2005, com base nos parâmetros estabelecios pelo Conselho Nacional e Política Fazenária (CONFAZ) 30. Em too Brasil, os valores praticaos pelas istribuioras foram inferiores aos preços e referência. Dao que o recolhimento o ICMS é realizao pelo proutor, se a istribuiora tivesse poer e mercao, ela teria repassao ao menos parcialmente o custo ao reveneor, e forma que os preços e referência se aproximariam os preços praticaos. A crítica ao argumento o autor é que quanto maior o preço e referência praticao pelo Estao, maior seu recolhimento e imposto. Portanto, o que explicaria o fato os preços e referência serem sempre superiores aos praticaos pelas istribuioras não é sua incapaciae e repassar o custo o imposto para o consumior, mas o incentivo que os Estaos possuem para efinir preços e referência acima os verificaos no mercao, e forma a recolher mais imposto. 30 O ICMS (imposto que incie sobre o valor agregao o prouto) a istribuição e revena e GLP é recolhio nas refinarias, pelo mecanismo e substituição tributária. Portanto, quano o imposto é recolhio, não se sabe qual é o preço que será cobrao pelas istribuioras e reveneores e tem que ser estimao. Para tanto, o cálculo o imposto a istribuição e revena poe ser realizao por meio e ois mecanismos. A margem e valor agregao (MVA) aplica um percentual em cima o preço e refinaria que se aproximaria o preço cobrao pelas istribuioras e reveneores. Por exemplo, supõe que a istribuiora cobra 30% a mais pelo GLP em relação ao seu preço e aquisição a refinaria. Já o preço méio ponerao ao consumior final (PMPF) é efinio por meio e pesquisa quinzenal e preços na istribuiora e reveneor e, portanto, é efasao em relação ao preço praticao. O imposto cobrao na seguna quinzena e um mês é calculao a partir os preços pesquisaos na primeira quinzena. 91

92 Por fim, o autor aponta um terceiro inicaor a presença e competição, que são as margens reuzias e lucros (lucro líquio/receita operacional líquia) e três empresas (Minasgás, Supergasbrás e Ultragaz) em períoos e tempo istintos écaa e 70, em que a economia crescia aceleraamente e o CNP itava as normas e funcionamento; a écaa e 80 com a economia em crise; e entre 2000 e 2004 quano a economia estava em recessão ou com crescimento moerao e as conições e concorrência o setor foram liberalizaas. Nos três momentos, íspares sob vários aspectos, as margens e lucro as istribuioras se mantiveram reuzias. Em méia, em nenhum os períoos as margens e lucro ultrapassaram 2%, teno como valor mínimo e - 3,9% a Supergásbrás em 1983 e e valor máximo a mesma empresa em 2000 (3,9%) Pareceres o CADE e SEAE para a integração vertical Em relação às conseqüências a integração vertical no mercao istribuior e GLP, o Acórão o CADE e 13 e setembro e 2006 aprovou a operação por unanimiae, com imposição a eterminação e que a Petrobras everia isponibilizar para a ANP os preços e GLP, bem como os contratos e fornecimento celebraos com toas as istribuioras societariamente vinculaas à Petrobras, poeno a ANP ivulgar tais informações em seu sítio na internet. A SEAE, por meio e parecer e n 06452/2005 analisou, para a istribuição e GLP, se a operação e compra poeria provocar efeitos anticompetitivos no mercao. Inicialmente foram verificaas as conições e entraa no mercao para analisar se esta entraa é provável, tempestiva e suficiente para reuzir o incentivo a prática e conutas anticompetitivas. A especificiae os ativos envolvios no mercao ificultaria a saía o que, a príncipio, inibiria a entraa e potenciais competiores. O histórico o setor inica que a entraa e novos competiores no mercao e istribuição e GLP seria improvável, uma vez que não houve entraa nos últimos anos. A aquisição e empresas pré-existentes foi a estratégia aotaa por empresas que queriam operar no setor, emonstrano a relevância e ativos fixos e a ree e istribuição na estrutura competitiva o mercao e GLP. 92

93 Toavia, o exercício unilateral e poer e mercao foi consierao improvável (p.78), ao que os consumiores poe esviar suas compras para um concorrente, pois seu custo para muar e forneceor é baixo e a iferenciação as marcas não esempenha papel importante na ecisão e compra. Em relação a práticas restritivas verticais por parte a Petrobras, como a recusa e vena e GLP para as istribuioras, a SEAE enteneu que a partir a resolução n 15/2005 a ANP passou a ter mais subsíios para regular mais efetivamente o mercao e istribuição. Os incisos 4 e 5 o parágrafo 17 a Resolução permitem que a Agência tome meias específicas visano a aequação a oferta e emana e GLP, caso o proutor forneça uma quantiae e GLP insuficiente para atenimento a emana os istribuiores, bem como atue como meiaora ou etermine a solução e conflito sobre fornecimento entre proutor e istribuior. No caso a empresa ominante tentar iscriminar preços para firmas rivais, o parecer conclui que práticas restritivas nesse sentio seriam improváveis porque como monopolista o insumo GLP a própria empresa já extrai e tal prouto o lucro monopolista (p.86). Na linha efenia pela Escola e Chicago, a SEAE não consiera que o poer e mercao em um elo a caeia possa ser estenio para os emais. 93

94 CONCLUSÃO O resultao as regressões e testes permite concluir que embora o mercao seja concentrao, algumas características o mercao e conições conjunturais o períoo estuao parecem não permitir o exercício e poer e mercao pelas istribuioras e GLP. Inicialmente, ao observar a estrutura atual e mercao e GLP, em que poucas firmas atuam no segmento e istribuição, a ausência e entraa e novos concorrentes ese a abertura total o mercao e a inelasticiae a emana, poerse-ia concluir que tais características incentivam o comportamento e conluio por parte as empresas. Toavia, a estimação os graus e conluio méio obtios no moelo estático (formas funcionais linear e log-linear) e no moelo inâmico sugerem um comportamento os agentes bem istante o comportamento e cartel. Verifica-se que as istribuioras, principalmente entre 2003 e 2005, não conseguiram repassar seus aumentos e custos variáveis ao consumior. Isto resultou em quea e suas margens brutas e istribuição, em valores reais, urante o períoo. A partir e 2006 as margens brutas foram seno recuperaas. Figura 15 Margem bruta e istribuição, méia Brasil, em valores reais e janeiro e 2002 a janeiro e ,50 8,00 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 Margem bruta e istribuição (R$/botijão) jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 94

95 O processo e liberação e preços, margens e fretes em toa caeia proutiva e GLP, finalizao em 1 o e janeiro e 2002, gerou aumento e preços no mercao nacional, antes subsiiaos, causano um impacto forte sobre a emana. Durante o primeiro ano e preços livres, os consumiores esembolsaram 28% a mais por um botijão ( e R$ para por botijão). Nos anos seguintes os preços mantiveram-se estáveis até o seguno semestre e 2006, quano voltaram a crescer. O rápio aumento e preços teve forte impacto na emana, fazeno com que os volumes e vena fossem reuzios em 2002 e 2003, o que impeiu às firmas e repassar totalmente o aumento e preços o GLP no proutor ao consumior. Entre 2004 e 2006, o consumo cresceu a taxas muito baixas - méia e 1% a.a. Por suas características, o mercao e GLP atingiu um estágio mauro one há ausência e inamismo tecnológico e aparentemente pouco espaço para elevaos crescimentos e emana (emana inelástica à rena) e entraa e novas firmas. Toavia, aina existem algumas sugestões para aumentar o nível e concorrência o setor. A esvinculação a marca o botijão a empresa istribuiora, sem escuiar a qualiae o prouto, seria uma meia que acirraria a concorrência. Para evitar problemas quanto à segurança os botijões, poer-se-ia criar empresas cerificaoras e botijão, responsáveis por sua qualiae técnica e segurança. Conforme explicao anteriormente, na regulação vigente a firma istribuiora é obrigaa a reabastecer apenas os botijões compraos por ela e que levam sua marca, já que são responsáveis pelas segurança os equipamentos. O fim essa restrição possibilitaria que qualquer empresa habilitaa puesse reencher os vasilhames, assim como possibilitaria o enchimento e botijões em postos e combustíveis, acrescentano cerca e trinta mil novos ofertantes ao mercao. Em relação à integração vertical, a entraa a Petrobras não gerou muança no parão e comportamento as firmas, e acoro com o teste e quebra estrutural. O nível e barreiras à entraa já era alto anteriormente à compra a Liquigás, e não houve fechamento e mercao nem aumento o custo as empresas rivais. Embora os contratos e fornecimento e preços o insumo sejam negociaos iretamente entre as empresas, a ANP tem poer e eciir e intervir em caso e conflitos. Não há 95

96 reclamações o sinicato ou empresas o setor em relação a preços iferenciaos praticaos pelas Petrobras. 96

97 Referências Bibliográficas Agência Nacional o Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Resolução ANP nº 15, e 15 e maio e Agência Nacional o Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Nota Técnica ANP 011/2001 Combustíveis no Brasil: Políticas e Preço e Estrutura Tributária. Rio e Janeiro, Março e Alencar, L. S. Raízes Unitárias e Cointegração: uma Introução. Boletim o Banco Central o Brasil, Abril e Araújo Jr., J. T. A Regulação o Setor e GLP no Brasil. Seminário Do Moelo Estatal ao Livre Mercao: Estuo o Caso GLP, organizao pelo SINDIGÁS. Brasília, 3 e agosto e Barbosa, F. H. Microeconomia: teoria, moelos econométricos e aplicações à economia brasileira. Rio e Janeiro: IPEA/INPES, Bolívar Pêgo Filho, B.P. Lima, E. e Pereira, F. Privatização, Ajuste Patrimonial e Contas Públicas no Brasil. Brasília: Texto para Discussão IPEA nº 688, setembro e Bork, R. Antitrust Paraox: A Policy at War with Itself. New York: Basic Books, Bresnahan, T.F. The Oligopoly Solution Concept is Ientifie. Economic Letters 19, 87-92, Bresnahan, T.F. Competition an Collusion in the American Auto Inustry: The 1955 Price War, Journal of Inustrial Economics, nº 35, 1987, p Bresnahan, T.F. Empirical Stuies of Inustries with Market Power in Hanbook of Inustrial Organization, Volume 2, Capítulo 17, Carlton, Dennis W. ; Perloff, Jeffrey M. Moern Inustrial Organization. 2ª Eição, Clauio R. Contaor e Clarisse B. Ferraz. Parcimônia, Informação Reunante e Multicolineariae. Relatório COPPEAD Nº 312, Março e Coutinho, P. & Mattos, C. Vertical Integration in Telecommunications an Foreclosure Through Access Prices. São Paulo: Revista e Análise Econômica, USP, Dickey, D.A. e Fuller,W.A. Distribution if the Estimator for Autoregressive Time Series With a Unit Root. Journal of The American Statistical Association, 74, 1979, p

98 Engle, R. F.; Granger, C. W. J. Cointegration an error correction: representation, estimation an testing. Chicago: Econometrica, v. 55, n. 2, Mar. 1987, p Eners, Walter. Applie Econometric Time Series. Unite States: John Wiley & Sons, Farrar, D. E.; Glauber, R. R. Multicollinearity in regression analysis: the problem revisite. Review of Economics an Statistics, vol. 49, 1967, p Ferreira, A. H. B. Teste e Cointegração e um Moelo e Correção e Erro para a Balança Comercial Brasileira. São Paulo: Estuos Econômicos, v.23 (1), 1993, p Gama, M. A Teoria Antitruste no Brasil: Funamentos e Estao a Arte. Belo Horizonte: Texto para Discussão nº 257, UFMG/CEDEPLAR, Gama, M.; Ruiz, R. A Práxis Antitruste no Brasil: Uma análise o CADE no Períoo , ANPEC, Gans, J. S. Concentration-Base Merger Tests an Vertical Market Structure. Journal of Economic Literature, 43(2), p Gasmi, F., Laffont, J. J., Vuong, Q. H. A structural approach to empirical analysis of collusive behavior. European Economic Review, v. 34, p , Genesove, D.; Mullin, W. Testing Static Oligopoly Moels: Conuct an Cost in the Sugar Inustry, Ran Journal of Economics, vol. 29, p , Gujarati, D.N. Basic Econometrics. Lonres: McGraw-Hill, 3ª eição, Hovenkamp, H. Antitrust. St. Paul, Minn, West Publ. Co., 2ª eição, Hovenkamp, H. Feeral Antitrust Policy. West Publ. Co., Huse, C. ; Salvo, A. Estimação e ientificação e emana e oferta (cap.1). Em Métoos quantitativos em efesa a concorrência e regulação econômica. Fiúza, E.P.S; Motta, R.S. (org). Rio e Janieiro: IPEA, Johansen, S.; Juselius, K. Maximum Likehoo Estimantion an Inference on Cointegration - with Applications to the Deman of Money. Oxfor Bulletin of Economics an Statistics 52, 1990 p Lambson V.E. Optimal penal coes in price-setting supergames with capacity constraints. The Review of Economic Stuies, vol. 54, pp Machlup, Fritz. Competition, Pliopoly an Profit. Econômica - Parte I e Parte II. Vol.9, nº 33, fevereiro e Ministério a Fazena. Parecer 06452/2005/RJ COGAM/SEAE/MF Ato e Concentração no / Brasília, Ministério a Infra-estrutura, Portaria MINFRA nº 843/90, e 31 e Outubro e

99 Motta, M. Competition Policy: Theory an Practice. Cambrige University Press, 1ª Eição, Nakane, M.I. A Test of Competition in Brazilian Banking. Working Paper Series nº 12, Banco Central o Brasil, Pinheiro, M.C.; Pioner, H.M. Concentrações Verticais e Poer e Compra em Atos e Concentração Horizontal in Métoos Quantitativos em Defesa a Concorrência e Regulação Econômica, Euaro P.S.F. e Ronalo S. M. (coor.). Rio e Janeiro: IPEA, Posner, R. Antitrust Law. An Economic Perspective. University of Chicago Press, Possas, M.; Fagunes, J.; Pone, J. Política Antitruste: um enfoque Schumpeteriano. Anais o XXIII Encontro Nacional e Economia, ANPEC, Possas, M.; Fagunes, J.; Pone, J. Custos e Transação e Políticas e Defesa a Concorrência, Revista e Economia Contemporânea, Possas, M.; Fagunes, J.; Pone, J. Políticas e Defesa a Concorrência e Práticas Restritivas Verticais ANPEC, Rey,P. ; Tirole, J. A Primer on Forclosure. Touluse: Mimeo IDEI Forthcoming in the Hanbook of Inustrial Organization, Sappington,D.E.M.; Siak, J.G. Competition Law for State-Owne Enterprises. Antitrust Law Journal, vol. 71, nº 2, 2003a. Sappington,D. E. M.; Siak, J. G. Incentives for anticompetitive behavior by public enterprises. Review of Inustrial Organizatio, nº 22, 2003b. Sibley, D.S; Doane, M.J. Raising e costs of unintegrate rivals: an analisys os Barnes&Noble`s propose acquisition of Ingram Book Company. Slottje, D. J. (e.) Measuring Market Power. Oxfor: Elsiever, 2002, p Silveira, J. P. A Abertura o Mercao e Abastecimento e Combustíveis: a Nova Estrutura Tributária e a Evolução a Desregulamentação e Preços. Nota Técnica ANP, Steen, F. ; Salvanes, K.G. Testing for market power using a ynamic oligopoly moel. International Journal of Inustrial Organization, nº 17, Sutton, J. Game theory an inustry stuies. Applie Inustrial Economics, Phlips L. (org.). Cambrige University Press, 1998, p Tomázio, D. M. Equilíbrio e Coalizão no Mercao Brasileiro e Gás Liquefeito e Petróleo. Brasília: Dissertação e Mestrao, UnB, 2006 Zeian, R. Robustez os Moelos a New Empirical Inustrial Organization (NEIO) com Aplicação ao Mercao Brasileiro e Cimento. Rio e Janeiro: Texto para Discussão 002/2005, IE/UFRJ,

100 ANEXOS 1. Estatísticas escritivas as variáveis utilizaas Consumo (ton/mês) Preço e Distribuição (R$/botijão 13kg) Preço e Proução (R$/botijão 13kg) Méia Meiana Máximo Mínimo DP Méia Meiana Máximo Mínimo DP Méia Meiana Máximo Mínimo DP AC ,28 25,32 28,13 19,43 1,72 14,71 14,52 16,95 11,68 1,23 AL ,45 19,33 22,04 17,63 1,12 13,36 13,47 14,80 10,27 0,97 AM ,73 18,76 23,08 15,63 1,76 13,35 13,34 14,74 10,76 0,84 AP ,75 20,55 23,28 16,07 1,45 13,92 13,65 16,23 10,84 1,20 BA ,83 21,50 25,05 16,68 1,66 13,16 12,89 15,14 10,20 1,14 CE ,82 18,84 21,37 16,74 1,43 12,93 12,72 15,31 10,35 1,10 DF ,33 19,85 23,29 15,91 1,43 14,27 14,06 17,04 11,28 1,27 ES ,19 22,10 25,73 19,02 1,73 13,54 13,28 16,57 11,47 1,15 GO ,92 18,90 21,12 16,61 1,12 13,94 13,77 16,58 10,68 1,19 MA ,02 18,69 21,05 17,34 1,05 13,25 13,08 15,82 11,41 1,05 MG ,90 20,13 22,40 16,12 1,43 14,14 13,75 16,25 11,08 1,16 MS ,45 24,46 26,71 21,44 1,21 15,48 15,17 17,87 12,98 1,24 MT ,52 21,56 24,50 18,27 1,24 13,65 13,52 15,91 11,31 0,99 PA ,92 19,03 20,50 16,85 0,96 14,28 14,07 16,16 10,91 1,21 PB ,88 18,26 21,84 15,82 1,57 14,05 13,81 16,28 11,11 1,25 PE ,30 20,21 23,41 16,27 1,33 14,22 13,99 16,15 11,62 1,08 PI ,27 19,11 21,69 16,56 1,36 14,33 14,09 16,26 11,10 1,07 PR ,03 21,66 23,88 15,51 1,74 13,28 13,03 15,84 11,03 1,16 RJ ,30 18,42 19,51 16,57 0,81 12,88 12,69 14,78 10,25 1,05 RN ,32 19,33 21,08 16,67 1,02 14,07 13,73 17,19 10,50 1,52 RO ,52 19,29 22,16 17,68 1,01 12,72 12,53 15,06 10,01 1,13 RR ,10 22,04 24,61 17,02 1,46 14,17 14,00 16,25 11,34 1,16 RS ,91 23,77 26,36 18,70 1,56 13,20 12,87 16,00 11,11 1,11 SC ,81 20,66 23,50 18,99 1,09 13,59 13,47 15,64 11,20 1,02 SE ,50 18,31 20,98 16,83 1,20 14,05 13,84 16,20 11,92 1,09 SP ,68 19,91 23,06 17,46 1,65 13,17 13,11 16,57 10,83 1,22 TO ,67 20,79 22,57 17,99 0,91 13,46 13,21 15,68 11,65 1,00

101 PZ Q* Salário (R$/mês) Méia Meiana Máximo Mínimo DP Méia Meiana Máximo Mínimo DP Méia Meiana Máximo Mínimo DP AC ,34-167,89-109,42-242,32 27, AL ,97-99,33-69,54-138,61 19, AM ,84-167,75-141,55-190,33 11, AP ,22-61,19-42,71-85,59 10, BA ,25-172,82-144,92-216,34 16, CE ,13-90,21-65,49-113,58 12, DF ,24-79,66-62,02-100,99 10, ES ,57-39,05-33,02-49,50 4, GO ,21-121,56-98,63-133,98 8, MA ,08-89,13-52,69-145,91 28, MG ,67-82,57-67,67-100,39 5, MS ,88-155,34-101,27-215,59 33, MT ,04-57,74-42,33-77,44 9, PA ,34-40,34-33,42-49,91 3, PB ,83-48,77-40,15-60,07 4, PE ,09-117,88-84,30-175,76 25, PI ,08 105,34 116,03 86,49 6, PR ,55 144,95 246,24 105,03 40, RJ ,64 271, , , , RN ,79-30,69-24,99-38,50 2, RO ,89-47,52-34,43-63,52 6, RR ,14-58,72-36,89-93,57 16, RS ,57 102,58 127,82 72,64 12, SC ,13-103,18-76,71-143,15 17, SE ,82-54,14-42,81-66,69 5, SP ,63-294,90-119, ,84 234, TO ,79-41,36-30,43-54,56 6, Consumo as Famílias (ínice 1990=100) 138,27 137,20 150,84 129,97 6,49 PIB per capita (R$/mês) 697,08 696,84 786,89 619,45 38,32 10

102 2. Resultaos o moelo estático a. Forma funcional linear AC AL AM AP BA CE DF ES GO Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor p , , , , , , , , ,00 cf , , , , , , , , ,09 pz , , , , , , , , ,00 pib , , , , , , , , ,10 ver , , , , , , , , ,22 out , , , , , , , , ,62 inv , , , , , , , , ,55 c 0,00 0,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,79 0,00 0,08 0,00 0,17 0,00 0,00 0,00 0,31 0,00 0,25 sal 0,01 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 pp ,00 0,15 0,17 0,03 0, ,00 0,52 0,00 0,86 0, ,00 0,94 0,00 0,92 0,00 q* 0,00 0,91-0,11 0,00-0,01 0,00-0,01 0,03-0,07 0,00 0,00 0,93-0,03 0,08 0,00 0,83 0,00 0,78 ver -0,51 0,02-0,56 0,13 0,12 0,53-0,33 0,08 0,25 0,38-0,67 0,02-0,46 0,01 0,60 0,02 0,23 0,26 out -0,36 0,09-0,37 0,35 0,13 0,69-0,16 0,38 0,65 0,03-0,14 0,61 0,09 0,58 0,43 0,09 0,38 0,07 inv -0,03 0,87-0,04 0,91 0,13 0,19-0,09 0,64 0,24 0,43 0,15 0,58 0,17 0,30 0,27 0,28 0,34 0,11 MA MG MS MT PA PB PE PI PR Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor p , , , , , , , , ,00 cf , , , , , , , , ,60 pz , , , , , , , , ,00 pib , , , , , , , , ,05 ver , , , , , , , , ,26 out , , , , , , , , ,88 inv , , , , , , , , ,00 c 0,00 0,07 0,00 0,02 0,00 0,11 0,00 0,20 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,37 sal 0,01 0,00 0,00 0,07 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,05 0,01 0,00 0,01 0,00-0,01 0,01 pp , ,00 0,91 0,00 0 0, , ,00 1 0,00 0,87 0, ,00 q* -0,08 0,03-0,02 0,00-0,03 0,03-0,02 0,06-0,06 0,00-0,01 0,04-0,04 0,00-0,13 0,00-0,04 0,00 ver -0,29 0,35 0,33 0,28-0,33 0,23 0,21 0,13-0,37 0,03-0,02 0,97 0,42 0,15-0,43 0, ,01 out -0,11 0,73 0,53 0,07 0,65 0,02 0,22 0,26-0,19 0,25 0,35 0,40 0,58 0,05-0,15 0,48 0,99 0,03 inv -0,05 0,87 0,49 0,10 0,27 0,32 0,22 0,29-0,26 0,15 0,45 0,24 0,28 0,32-0,18 0,39-0,08 0,86

103 RJ RN RO RS Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor Parametro P-valor p , , , , , , , , ,00 cf , , , , , , , , ,02 pz , , , , , , , , ,00 pib , , , , , , ,07 132*10^9 0, ,27 ver , , , , , , , , ,76 out , , , , , , , ,82 inv , , , , , , , ,78 c 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,97 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,14 0,00 0,00 sal 0,00 0,00 0,00 0,07 0,01 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,04 pp 1 0,00 0,85 0,00 0,78 0, , ,00 0,81 0,00 1 0,00 0,47 0, ,00 q* 0,00 0,57-0,22 0,00-0,01 0,44-0,03 0,08-0,02 0,00 0,00 0,96-0,03 0,03 0,00 0,00-0,15 0,00 ver 0,71 0,00 0,38 0,19 0,19 0,30 0,32 0,30 0,17 0,16 0,05 0,85 0,09 0,63 0,38 0,35 0,21 0,20 out 0,69 0,00 0,47 0,11-0,01 0,96 0,61 0,03 0,00 1,00 0,00 0,99 0,10 0,58 0,26 0,49 0,14 0,41 inv 0,53 0,02 0,21 0,44-0,04 0,81 0,27 0,37 0,09 0,44 0,13 0,61 0,13 0,44 0,14 0,70 0,12 0,48 b. Forma funcional log-linear RR SC SE SP TO AC AL AM AP BA CE DF ES GO Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor p , , , , , , , , ,00 cf , , , , , , , , ,00 pz -0, ,01-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, , ,00 pib 0, ,20 0, ,00 0, ,31 0, ,08 0, ,00 0, ,01 0, ,47 0, ,01 0, ,22 c -0, ,26-0, ,00 0, ,79 0, ,17 0, ,31-0, ,01-0, ,08 0, ,01 0, ,96 sal 0, , ,00 0, ,02 0, ,50 0, ,32 0, ,00 0, ,00-0, ,67 0, ,04 pp 0, ,00 0, ,32 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 q* -0, ,61-0, ,00-0, ,00-0, ,02-0, ,00-0, ,40-0, ,13-0, ,04-0, ,38 103

104 MA MG MS MT PA PB PE PI PR Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor p , , , , , , , , ,00 cf , , , , , , , , ,00 pz -0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, ,00 pib 0, ,04 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,01 0, ,00 0, , ,00 c -0, ,02 0, ,02-0, ,00-0, ,33-0, ,01 0, ,40 0, ,40-0, ,00 0, ,00 sal 0, ,00-0, ,43 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,68 0, ,00 0, ,00-0, ,00 pp 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0,7364 0,00 q* -0, ,02-0, ,02-0, ,01-0, ,45-0, ,00-0, ,08-0, ,00-0, ,01-0,0009 0,00 RJ RN RO RS RR SC SE SP TO Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor Parametro Pvalor p , , , , , , , , ,00 cf , , , , , , , , ,00 pz -0, ,00-0, ,00-0, ,00-0, , ,00-0, ,00-0, ,00-0, , ,00 pib ,00 0, ,00 0, , ,00 0, , , , ,00 0, ,12 c 0, ,00 0, ,01-0, ,01 0, ,00 0, ,60-0, ,01-0, ,02-0, ,00 0, ,11 sal -0, ,84-0, ,89 0, ,00-0, ,03 0, ,01 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,25 pp 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 0, ,00 q* -0, ,20-0, ,01-0, ,08-0, ,03-0, ,00-0, ,22-0, ,01-0, ,60-0, ,00 Legena: p preço e istribuição cf consumo as famílias c consumo sal salário pp preço e proução 104

105 3 - Resultaos o moelo inâmico - Demana 105

106 106

107

108 Oferta 108

109 109

110 110

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