ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS SALÁRIOS NO BRASIL POR MEIO DE UMA MATRIZ DE DISTRIBUIÇÃO DE SALÁRIOS
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- Catarina Paiva Vilanova
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1 ANÁISE DO COMPORTAMENTO DOS SAÁRIOS NO BRASI POR MEIO DE UMA MATRIZ DE DISTRIBUIÇÃO DE SAÁRIOS uciana a Silva Ferreira Professora o Departamento e História e Economia a Universiae Feeral Rural o Rio e Janeiro (UFRRJ/DHE) Resumo Este artigo tem por objetivo analisar a estrutura e istribuição e salários conforme a composição as ocupações os trabalhaores e os iversos setores e proução a economia brasileira para a primeira écaa e Para tanto, a análise repousará sobre os aos obtios por meio a construção e uma matriz e istribuição e salários. Conforme a interpretação proposta no presente estuo, a estrutura proutiva e e ocupações efine uma istribuição e salários que reflete na rena pessoal. A hipótese o trabalho é e que a estrutura proutiva o país afeta a istribuição os salários e a remuneração atrelaa à ocupação e, por sua vez, etermina os renimentos iniviuais. Palavras-Chave: Matriz e Distribuição e Salários, Mercao e Trabalho, Estrutura Ocupacional Abstract This article aims to analyze the structure of the wage istribution as the composition of the occupations of workers an the various prouction sectors of the Brazilian economy for the first ecae of To this en, the analysis will rest on the ata obtaine through the construction of a Wages Distribution Matrix. Accoring to the interpretation propose in this stuy, the prouction an occupations structure efines a wage istribution that reflects on personal income. The work assumes that the prouctive structure of the country affects the istribution of wages an remuneration linke to occupation an, in turn, etermines iniviual earnings. Keywors: Wages Distribution Matrix, abour Market, Occupational Structure JE Classifications: J31; J21e C69 Área 12 - Economia o Trabalho
2 1- Introução O processo e proução e bens e serviços estabelece relações sociais entre os agentes econômicos que participam iretamente ou não este processo. Essa proução gera em contrapartia uma rena que é apropriaa por estes agentes conforme sua função exercia na economia e impacta iretamente na apropriação pessoal a rena pelos inivíuos. No Brasil, algumas pesquisas omiciliares, como a Pesquisa e Orçamentos Familiares (POF) o Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a maior parcela os renimentos as famílias é composta por rena oriuna o trabalho. Este fato esperta a curiosiae para investigar a composição os renimentos o trabalho, haja vista que, em última instância, a istribuição pessoal a rena reflete grane parte os processos ocorrios na istribuição e salários. Neste sentio, eve-se ressaltar o papel a istribuição e salários sobre os renimentos iniviuais no Brasil que leve em consieração aspectos econômicos, estruturais, institucionais e políticos. Para tanto, a análise a istribuição e salários emana uma análise etalhaa a estrutura ocupacional no mercao e trabalho, bem como a estrutura salarial a economia brasileira como elementos funamentais que eterminam uma istribuição e salários e seus reflexos sobre os renimentos iniviuais. Apesar a quea o esemprego registraa no Brasil nos últimos anos, é possível afirmar que a economia brasileira aina é caracterizaa pela existência e um expressivo exceente e mão e obra (aina que concentrao nos ias atuais nos centros urbanos e não tanto no campo como ocorria no passao) e que, por tanto, a concorrência entre trabalhaores exerce papel importante na formação as taxas e salários. Também se pressupõe que ações coorenaas o governo que afetem a estrutura ocupacional ou as taxas e salários como é o caso e uma política e salário mínimo, impactam na remuneração oriuna o trabalho. Toavia, o estuo a istribuição e salários no Brasil se efronta com uma lacuna quano se trata e analisar os aos com base nas informações prestaas pelas Contas Nacionais o país. Esse critério é importante, à meia que as Contas Nacionais fornecem aos oficiais sobre a geração e rena, alocação a rena primária e istribuição secunária a rena, cujos cálculos oriunos esses agregaos revelam aos sobre o Prouto Interno Bruto (PIB), a Rena Nacional, a Rena Pessoal, entre outros. Assim, pretene-se, neste trabalho, avaliar a istribuição e salários na economia brasileira na primeira écaa e 2000 com base nos registros as Contas Nacionais. Para esse trabalho, no entanto, será necessária a construção e Matriz e Distribuição e Salários, cujas células revelam as informações prestaas pelas Contas Nacionais o IBGE no que se refere a salários no mercao formal e informal, porém, com a vantagem o esmembramento as informações conforme estrutura ocupacional e setores e ativiae econômica. A construção esta matriz, toavia, limitar-se-á a três anos específicos a écaa e 2000: os anos e 2001, 2005 e 2008, seno este último o que contém as informações mais atualizaas as remunerações e trabalhaores pelas Contas Nacionais. Para atingir seu objetivo, este trabalho estará iviio em mais três seções, além esta introução. Na próxima seção será apresentao o argumento teórico que balizará a avaliação os principais resultaos a Matriz. Na terceira seção será apresentaa a metoologia e construção a Matriz e Distribuição e Salários e a análise os principais e seus resultaos. Na última seção será feita uma breve conclusão. 2- Aspectos teóricos os eterminantes os salários A análise e como a rena é formaa e istribuía entre os agentes responsáveis pelo processo e proução e mercaorias orienta o interesse a economia política ese seus primeiros formulaores até aqueles economistas que, seguino a traição a economia política, questionam e avaliam os eterminantes a istribuição a rena entre lucros e salários numa economia caracterizaa por relações políticas entre capitalistas e trabalhaores. Para a economia política clássica, a istribuição a rena nacional entre lucros e salários não se á e forma simétrica, pelo contrário, passa pelo conhecimento a eterminação e salários, o exceente e o próprio preço as mercaorias. É preciso, então, iscorrer brevemente sobre caa um estes aspectos. Em primeiro lugar poe-se afirmar, e maneira geral, que o estuo a teoria clássica
3 sobre os eterminantes as taxas e salários, em especial, a taxa e salário natural reconhece a existência e iferentes salários na economia, mas, que por simplificação, eve ser consierao como a remuneração e um trabalhaor méio comum. De acoro com Stirati (1994): The focus of classical wage theory is the etermination of a single rate of remuneration of labour, the natural wage.( ) By the term natural wage the classical economists explicitly mean the wages pai to common labourers (...) however oes not mean that the classical economists ignore the existence of pay ifferentials. Their focus on the wages of common labour is an abstraction, analytically justifie by their view that pay ifferentials ten to be very stable over time (STIRATI, 1994, pag. 2) Assim, a taxa e salário natural é aquela seguno a qual as taxas e salários tenem a gravitar e está intimamente relacionaa ao consumo e subsistência os trabalhaores, poeno ser maior ou igual ao salário e consumo e subsistência, porém nunca menor. Ou seja, subsistence consumption correspons to a historically etermine minimum below which wages cannot long remain. (STIRATI, 1994, pag. 172). O consumo e subsistência eve ser consierao não somente aquele necessário à reproução o trabalhaor, mas, também evem estar inclusos os hábitos e costumes aquirios historicamente e, neste caso, consieraos inerentes à subsistência esse trabalhaor. Conforme Ricaro (1982): A capaciae que tem o trabalhaor e sustentar a si e a sua família que poe ser necessária para conservar o número e trabalhaores não epene a quantiae e inheiro que ele possa receber como salário, mas a quantiae e alimentos, gêneros e primeira necessiae e confortos materiais que, evio ao hábito, se tornaram para ele inispensáveis e que aquele inheiro poerá comprar. (RICARDO, 1982, pag. 81) Seguino Stirati (1994, pág. 173) há ois fatores eterminantes a taxa e salário natural. Por um lao, está posto aquilo que é consierao hábito e costume histórico num ao períoo e tempo e que reflete o processo histórico a luta e classes e aceitação por instituições e convenções sociais. Por outro, encontra-se a luta política estabelecia pelo poer e barganha relativa a classe trabalhaora. Em relação ao primeiro fato eterminante, poemos afirmar que este conjunto e fatores poe iferenciar entre países ou entre economias. Assim, o salário natural irá epener, além os fatores mencionaos na citação anterior, o custo e via o país one resie o trabalhaor. No entanto, isso está iretamente relacionao às conquistas a classe trabalhaora no passao que tenham incorporao esses elementos como componentes a subsistência o trabalhaor. Já o poer e barganha a classe trabalhaora irá refletir e eterminar se a taxa e salário natural será igual ao consumo e subsistência ou se estará acima ele. Conforme Stirati (1994), esse poer e barganha é influenciao tanto pelo comportamento o mercao e trabalho quanto pelos fatores políticos e institucionais. Em relação ao comportamento o mercao e trabalho estacam-se as oportuniaes e emprego isponíveis efinias pela razão entre a população empregaa e a população total. Assim, por exemplo, se uma economia encontra-se com parte consierável e sua população empregaa (e, consequente, reuzio esemprego), há um aumento o poer e barganha relativo os trabalhaores e isso poe levar a uma taxa e salário acima o consumo e subsistência. Do contrário, uma situação e esemprego conuz a um enfraquecimento o poer político os trabalhaores, levanoos a aceitar salários menores pela ameaça o próprio esemprego 1. Esses fatores irão influenciar inclusive a proporção a população empregaa no futuro, haja vista que o estoque e trabalhaores esempregaos pressiona os entrantes futuros este mercao. Em relação aos fatores políticos e institucionais, estacam-se elementos como as características o próprio sistema e proução one trabalhaores são onos apenas a força e trabalho e com ela são capazes e receber um salário suficiente à sua subsistência; e a forma e organização o governo (se emocrático, por exemplo). Ressalta-se também a existência ou não e sinicatos e as leis regulaoras o mercao e trabalho. Assim, a organização e trabalhaores na forma e sinicatos que os representem fortalece o poer e negociações salariais a favor os trabalhaores. Por outro lao, as leis 1 Aliás, Kalecki (1977) ao iscorrer sobre os aspectos políticos o pleno emprego argumenta que a economia capitalista necessita a existência e esemprego involuntário (nas palavras e Gleicher e Stevans (1991) a reserva líquia e trabalhaores) como instrumento isciplinaor os trabalhaores.
4 trabalhistas poem contribuir positiva ou negativamente. A existência e leis que protegem os trabalhaores (tanto quano estão na ativa ou não) amparam e fortalecem a classe trabalhaora. Já leis mais flexíveis que não garantam proteção os trabalhaores poem contribuir para o enfraquecimento os trabalhaores. De acoro com Sraffa (1983), o salário seria composto por uas partes: o salário e subsistência que seria uma meia aa, conhecia, e a apropriação e parte o exceente na forma e salário variável. Essa ivisão o exceente entre lucros, renas e juros, além e uma parte os salários epeneria, entre outros, aqueles fatores institucionais e políticos mencionaos anteriormente. Destarte, poe-se afirmar que nas relações políticas que ratificam os interesses e classes, o estuo a istribuição funcional a rena passa, por assim izer, pelo conceito e exceente que ajua a compreener os eterminantes e vários fenômenos econômicos relevantes, como istribuição e rena e preços relativos. A aboragem o exceente 2 foi bastante esenvolvia pelos economistas clássicos, a começar por William Petty, na seguna metae o século ezessete. Poemos efinir o exceente como o valor monetário a proução que ultrapassa o valor monetário os insumos necessários à proução e mercaorias. Conforme Serrano (2007), o exceente poe ser meio e uas formas: em mercaorias ou em trabalho. Assim, o exceente poe ser caracterizao como a quantiae e mercaorias prouzias que excee a quantiae e mercaorias necessárias para realizar a proução o total e mercaorias, incluino aí as mercaorias aotaas como insumos, inclusive o consumo necessário para o insumo trabalho. Em termos e trabalho como meia o exceente, este é ao pela iferença entre o tempo e trabalho aplicao na proução total e o tempo e trabalho para prouzir o consumo necessário à população. Conforme Sraffa (1983), a proução e uma mercaoria é aa por meio e outras mercaorias, one caa uma essas tem os seus respectivos preços. Assim, é necessário efinir o preço e caa mercaoria que participa o processo proutivo e também os fatores que se apropriam o exceente. Seguino a ieia clássica, caa mercaoria tem um preço que seria o seu preço natural, no qual o preço e mercao gravitará 3. Como o preço natural é formao por fatores mensuráveis (mercaorias), é possível calcular o preço natural as mercaorias. Para isto, entretanto, os clássicos ientificavam uma mercaoria que serve como meia invariável e valor (que epois com Sraffa se torna um conjunto e mercaorias), por exemplo, o trabalho. Esta mercaoria teria o preço e uma uniae e toas as outras um preço relativo a esta. Com isso, ter-se-ia um sistema e equações com um mesmo número e incógnitas. Seno assim, na perspectiva clássica, a eterminação a istribuição a rena nacional entre lucros e salários requer também o conhecimento os preços as mercaorias. Assim, uma vez que os salários os trabalhaores são compostos por uas partes, uma aa (no caso, o próprio salário e subsistência seguno o qual nenhuma taxa e salário poerá ser inferior) e outra variável que é a parcela apropriaa o exceente (e epene, em alguma meia, o poer e barganha relativo os trabalhaores), é preciso efinir o exceente apropriao pelos capitalistas na forma e lucros e renas. No entanto, não basta conhecer a istribuição funcional a rena entre lucros e salários, haja vista que se faz necessária uma aboragem teórica que ajue a entener a rena o trabalho, incluino aí o conhecimento os eterminantes as iferentes taxas e salários na economia. A exposição até aqui foi feita com base na suposição simplificaora e uma taxa e salário natural que gravita em torno o consumo e subsistência (mesmo amitino que para a economia clássica seja vália a aceitação e iferentes taxas e salários). No entanto, a partir este ponto faz-se necessário aprofunar o estuo sobre as iferentes taxas e salários existentes numa economia. Para tanto, o primeiro fato a consierar a respeito é que estamos tratano e um processo e proução que congrega n número e bens e e n número e trabalhaores. A aceitação este fato é importante à meia que necessitamos compreener uma economia com iferenciais e salários e ocupações. Por ocupação nós vamos consierar um cargo ou posto e trabalho (emprego) com características e ativiaes esempenhaas semelhantes quano se trata a mesma ocupação e características e ativiaes esempenhaas istintas com relação a ocupações iferentes. Esse conceito converge àquele estipulao pelo Ministério o Trabalho, seguno o qual ocupação é a agregação e 2 Para mais etalhes sobre a aboragem clássica o exceente ver Serrano (2003) e Serrano e Meeiros (2004). 3 Para um estuo mais amplo sobre o tema ver Crespo (2007).
5 empregos ou situações e trabalho similares quanto às ativiaes realizaas. (MTE, 2010, Bases Conceituais). Do mesmo moo, uma ocupação (ou posto e trabalho) envolve um conjunto e atribuições e funções que a (o) caracterizam. Por sua vez, esse posto e trabalho, ao ser ocupao por uma pessoa, estabelece relações e trabalho que poem ser assinalaos com vínculo formal ou informal. As ocupações com vínculo são aquelas caracterizaas pelo amparo e eis Trabalhistas ou regras específicas e poem ser tanto o setor público quanto o setor privao. Por outro lao, as ocupações sem vínculo formal abrangem trabalhaores sem carteira assinaa e autônomos. Numa economia classificaa por setores e ativiaes e inústrias iferentes, poerão conviver tanto ocupações com ou sem vínculo. No entanto, cabe ressaltar que quanto maior o número e trabalhaores com vínculo, maior a proteção social conceia ao trabalhaor na forma e ireito a férias, écimo terceiro salário, funo e garantia, auxílios, etc. Para efeitos e nossa análise, vamos consierar a possibiliae a existência e ocupações similares ou seja, que requerem o esempenho as mesmas ativiaes tanto no mercao formal, quanto no mercao informal e trabalho. As ocupações ou postos e trabalho são classificaas também e acoro com os setores e ativiae e uma economia. Neste sentio, poe-se ter o caso e uma ocupação alocaa ou emanaa por um setor e ativiae específico ou por mais e um setor e ativiae, isto é, comum a iferentes setores. Assim, o que caracteriza uma ocupação é o conjunto e ativiaes e tarefas que evem ser executaas pelo ocupante o posto e trabalho, enquanto que o que assinala um setor e proução é sua ativiae principal, os proutos prouzios por ele, suas relações econômicas com emais setores institucionais, etc. Isso, portanto, esclarece a existência e uma ocupação ou posto e trabalho em iferentes setores e ativiae e proução ou uma ocupação exclusiva e um setor. Um setor e ativiae poe conter iferentes setores institucionais 4, com organizações específicas, iferentes tamanhos e importância relativa no setor e ativiae, grau e inovações tecnológicas em seu processo proutivo, entre outros. Isso também irá influenciar os postos e trabalho, bem como seu papel no setor institucional. Uma ocupação numa grane empresa poe ter importância relativa maior o que numa empresa e menor porte, assim como um posto e trabalho poe ter papel istinto no setor privao ou no setor público. Em grane parte, isso será eterminao pelo papel relativo o setor institucional entro o setor e ativiae, pelo grau e esenvolvimento tecnológico e contribuição ao valor aicionao a economia pela uniae institucional. Conforme argumentao anteriormente, caa ocupação ou posto e trabalho reúne características ou tarefas necessárias para sua classificação. Essas ocupações, por sua vez, emanam habiliaes os prováveis caniatos ou ocupantes os cargos. Ou seja, caa trabalhaor eve se aequar às habiliaes exigias e necessárias a caa ocupação pretenia. De acoro com Gleicher e Stevans (1991), essas habiliaes poem ser gerais ou necessárias a um grupo e ocupações ou específicas para eterminaos postos e trabalho que, por sua vez, exigirá (ou não) que este conhecimento seja aquirio por meio e eucação formal. Assim, a aquisição e tais habiliaes poe se ar por treinamento, eucação formal ou tratar-se e alguma habiliae natural, como expõem Gleicher e Stevans (1991): To perform almost any occupation in an existing capitalist society, the iniviual worker must acquire some egree of entry-level training. (...) This is not to say that the acquisition of such training is the only factor limiting the numbers of workers capable of performing in the various occupations; certain occupations require natural abilities talents possesse by some iniviuals an not others. (GEICHER e STEVANS, 1991, pág. 15). Toavia, cabe aqui uma ressalva elementar a respeito o que está seno proposto. Nesta proposta, que carrega os elementos as relações e proução e uma economia política clássica, uma vez que existe emana por iferentes bens e serviços na economia, as uniaes institucionais responsáveis pela oferta estes proutos passam a emanar trabalhaores que esempenhem eterminaas tarefas necessárias à viabilização a oferta e bens e serviços com base nas suas expectativas e vena. De outra forma, é a emana por bens e serviços que eterminará não só a oferta estes bens, como também a emana por postos e trabalho ou ocupações. Contuo, somao a isso, poemos afirmar que outros 4 Os setores institucionais poem ser, por exemplo, famílias, empresas e governo.
6 fatores aicionais contribuem para a emana por postos e trabalho por parte as firmas, como a estrutura e ocupações. Além isso, seguino Appelbaum (1979), poemos postular a existência e setores istintos numa economia e proução caracterizaa pela existência e setores com incorporação e alto nível tecnológico e proução conviveno com setores mais atrasaos a economia. No primeiro caso a autora relaciona o preomínio e uma elevaa relação capital/trabalho, elevao poer e mercao (para a autora, trata-se a presença e oligopólios nos granes centros urbanos), ocupações que requerem alto custo e treinamento e trabalhaores, presença e sinicatos ou outros tipos e organizações e trabalhaores, entre outros. Por outro lao, o setor atrasao a economia convive com baixo nível tecnológico, técnicas atrasaas e proução, falta e poer e mercao, ocupações cujas habiliaes são mais comuns, etc. Este antagonismo entre os setores reflete ocupações também antagônicas quano observaas a partir as uniaes que as emanam. Da mesma forma, esse conflito quanto às habiliaes requerias pelas ocupações poe ser baseao na convivência e setores e ativiaes que comportam firmas mais esenvolvias e outros setores e ativiaes mais atrasaos, isto é, existem ocupações cujas características e conjunto e ativiaes são opostas, pois espelham as características as firmas ou setores e ativiaes que o emanam/comportam. A efinição os eterminantes o perfil a estrutura ocupacional e uma economia implica também conhecer os elementos que eterminam as remunerações estas ocupações, isto é, os salários. Caa ocupação em caa setor e ativiae recebe uma remuneração que correspone ao salário pago aos trabalhaores que ocupam os postos e trabalho isponíveis na economia. Seno assim, o critério e eterminação a remuneração é a ocupação e, uma vez que existem iferentes ocupações na economia, então, há também iferentes taxas e salários na economia. Aicionalmente, os trabalhaores buscam ocupar os postos e trabalho teno em vista os salários que os remuneram e a sua capaciae e esempenhar as tarefas pertinentes às ocupações. Isso implica iretamente na existência e mão e obra com iferentes habiliaes, ou seja, trabalhaores heterogêneos na economia que são remuneraos com iferentes taxas e salários, caa qual associaa a uma ocupação também heterogênea. Como ito anteriormente, a estrutura e ocupações epene em grane parte a estrutura e proução e uma economia. Assim, as características as ocupações sofrem influências, por exemplo, a importância relativa os setores e ativiae econômica e o grau e esenvolvimento tecnológico tanto as firmas quanto os setores proutores. Esses fatos impactam iretamente nas remunerações as ocupações e justifica a existência e istintas taxas e salário para uma mesma classe e ocupação, epeneno o grau e esenvolvimento a firma ou o setor e ativiae a qual a firma pertence, ou aina a região geográfica este setor consierano a heterogeneiae e regiões. Por outro lao, a competição por emprego tem fortes influências na eterminação as taxas e salários numa economia. De acoro com ewis (2010) em economias em esenvolvimento com exceente e mão e obra há uma competição maior entre trabalhaores em certas ocupações. Seguno EWIS (2010, pág. 415), Nessas ocupações encontra-se em geral um número e pessoas bem maior que o necessário e toas recebem quantias muito pequenas (...). Ou seja, em economias em esenvolvimento, que apresentam baixa relação capital/prouto, a competição por empregos e salários é mais comum em eterminaos grupos e ocupações. Para ewis (2010), aicionalmente a isto, a concorrência nos setores mais atrasaos a economia eterminam os seus salários, que se aproximam o salário e subsistência, e os salários o setor capitalista. Assim, a oferta ilimitaa e mão e obra poe levar a um maior esemprego para certos grupos e trabalhaores. Para Piore (1979), por exemplo, o esemprego involuntário ocorre justamente com maior frequência e volume em eterminaos grupos sociais. Outro fator eterminante as taxas e salários é o poer e barganha relativo os trabalhaores. Este ponto está intimamente relacionao aos anteriores à meia que tanto as características a estrutura proutiva quanto a oferta ilimitaa e mão e obra concorrem para enfraquecer ou fortalecer o poer político relativo os trabalhaores. Numa economia que apresenta alto nível e emprego com altas taxas e crescimento econômico, maior será o poer e barganha os trabalhaores e, por conseguinte, maiores as vitórias na isputa pela apropriação e parte o exceente. Por outro lao, quanto maior o esemprego, maior a reserva líquia e trabalhaores e menor seu poer e barganha.
7 Contuo, o poer e barganha os trabalhaores poe ocorrer não apenas ao nível as relações entre trabalhaores e capitalistas, mas também as relações entre grupos e trabalhaores. Assim seno, a oferta ilimitaa e trabalhaores contribui para o enfraquecimento o poer relativo os grupos e trabalhaores que concorrem por postos e trabalho one o exceente e mão e obra é mais frequente. Isso, inclusive, poerá enfraquecer o poer e sinicatos e e emais representações trabalhistas. Dessa forma, existe a possibiliae e trabalhaores lutarem não apenas com capitalistas pela apropriação e parte o exceente, mas também e grupos e trabalhaores concorrerem por uma massa e salários. Aemais, conforme Dunlop (1979), a economia é constituía por iversos contornos salariais que efinem a remuneração e eterminaas ocupações. Para Piore (1979), por exemplo, a eterminação esses contornos poe ser influenciaa pela isputa os grupos e trabalhaores ocupaos: The role of wages in this respect results in a series of fixe relationships among the wage rates of certain groups of Jobs an workers; these relationships are known as wage contours. The economy is compose of a series of these more or less self-containe contours. The bounaries of the contours evolve over time, as o the relationships within them. But at any given moment of time, the bounaries an the internal wage relationships are fixe. When a wage breaks out line, istorting on of these fixe relationships, immense pressure is generate to restore it ( ). They also generate political an organizational conflicts among various branches an ivision of such boies as trae union an corporations. (PIORE, 1979, pág. 6) Por fim, mas não menos importante, poemos citar o papel o governo na influência ireta sobre as taxas e salários através a eterminação o salário mínimo. Muitas ocupações no mercao formal e trabalho caracterizaas por salários próximos ao consumo e subsistência bem como as ocupações o mercao informal e trabalho têm suas remunerações balizaas pelo salário mínimo, ou seja, seguino Meeiros (2002, 2005), o salário institucional se torna o farol para os trabalhaores menos qualificaos e aqueles que compõem o mercao informal e trabalho. Neste sentio, as políticas econômicas e valorização o salário mínimo, isto é, e reajustes este salário institucional acima a inflação provocam um impacto positivo nas ocupações que tomam por base este tipo e remuneração. Uma vez apresentao o argumento teórico a eterminação a rena o trabalho, o próximo passo é apresentar a metoologia a construção a Matriz e Distribuição e Salários e a análise e seus principais resultaos, conforme tópico a seguir. 3- Matriz e Distribuição e Salários A matriz e istribuição e salários é uma matriz matemática que busca ientificar a estrutura e istribuição e renimento os trabalhaores com vínculo formal e informal e acoro com sua posição no mercao e trabalho, seu nível e instrução e classificaos conforme os setores e ativiae a economia 5. A compilação estas informações partiu a consulta a iferentes fontes e aos oficiais, como a Relação Anual e Informações Sociais (RAIS) o Ministério o Trabalho e Emprego, o Sistema e Contas Nacionais (SCN) e a Coorenação as Contas Nacionais (CONAC) o IBGE. Enquanto a RAIS é um registro aministrativo que cobre o mercao formal e trabalho, o SCN é construío a partir e iferentes fontes e aos. Neste sentio, é natural que os aos essas uas fontes não sejam convergentes. Para tanto, os aos a RAIS constituem a estrutura básica a construção a Matriz e Distribuição e Salários. O objetivo ao construir a referia matriz é apresentar a estrutura e salários por setores e ativiae, conforme a estrutura e ocupações por faixa e remuneração. Destarte, as colunas a Matriz e Distribuição e Salários são classificaas conforme os setores e ativiae a economia, enquanto que as linhas ispõem as ocupações o mercao e trabalho com sublinhas e faixas e remuneração uma última linha para ocupações sem vínculo, conforme quaro a seguir. Quaro 1 - Matriz e Distribuição os Salários Esquemática por faixa e remuneração 5 Por causa a isponibiliae os aos, esse etalhamento aprofunao será possível apenas para o mercao formal e trabalho.
8 ocupações/ativiae setores e ativiaes 1 2 n Ocupações com Vínculo Descrição a ocupação faixas e remuneração Ocupações sem Vínculo Sem carteira Autônomos Total Elaboração própria Conforme a estrutura apresentaa no quaro 1, a partir essa matriz construía será possível analisar a remuneração méia e a freqüência e ocupações alocaas por caa setor e ativiae e conforme faixas e remuneração. Desta forma, se atenerá à necessiae e levantamento as informações pertinentes à estrutura e características as ocupações e sua alocação pelos setores e ativiae a economia. Esquematicamente, a matriz e istribuição e salários é aa por: Massa e Salários: W, seno W = q w, em que w é o salário méio e q a quantiae e trabalhaores no mercao formal e informal. Matriz e Distribuição e Salários: W=[ ω ij ] One ωij são os elementos a matriz que expressam q e w classificaos conforme a estrutura e ocupações, elencaos em caa setor e ativiae e e acoro com a característica a ocupação (se com vínculo ou sem) e a faixa e salário. A coluna total essa matriz possui valor coinciente com o total os salários o Sistema e Contas Nacionais, tanto em suas tabelas sinóticas quanto nas Contas Econômicas Integraas (CEIs). De acoro com IBGE (2008), o levantamento as informações e ocupações e remuneração é feito a partir e iversas fontes e aos isponibilizaas pelo IBGE e outras externas a este. Dentre as fontes internas, constam iversas pesquisas realizaas pelo IBGE como a Pesquisa Inustrial Anual (PIA), Pesquisa Anual a Inústria a Construção (PAIC), Pesquisa Anual o Comércio (PAC) e a Pesquisa Anual e Serviços (PAS), além a Pesquisa Nacional e Amostra por Domicilio (PNAD) e o Caastro Central e Empresas (CEMPRE). Como fontes externas o IBGE aota informações eclaraas pelo Banco Central, a Declaração e Informações Econômico-fiscais a Pessoa Juríica (DIPJ) a Receita Feeral e a Relação Anual e Informações Sociais o Ministério o Trabalho e Emprego (RAIS-MTE), entre outras 6. Diante a iversiae as fontes e informações captaas nas contas nacionais e o imperativo e classificar a istribuição e salários por estrutura e ocupações e por setores e ativiae, é preciso assumir um arcabouço que preencha, ao mesmo tempo, os pré-requisitos esta classificação e que correspona à realiae as contas nacionais os anos elencaos. Para isso, foram selecionaas uas fontes e aos básicas para a criação e critérios e elaboração a estrutura a Matriz e Distribuição e Salários. Uma é a RAIS que balizará a construção a estrutura e informações sobre os trabalhaores ocupaos com vínculo formal e permitirá a ivisão por ocupações e setores e ativiaes; a outra é próprio Sistema e Contas Nacionais, especialmente, as Tabelas Sinóticas sobre Ocupações e Remunerações e emais informações isponibilizaas pela Coorenação e Contas Nacionais (CONAC) o IBGE que auxiliarão alcançar os aos para trabalhaores sem vínculo formal por setor e ativiae. 6 Para mais etalhes, ver IBGE (2008).
9 Será a estrutura original e uma Matriz e Distribuição e Salários que garantirá que os aos as contas nacionais sejam alocaos nesta matriz. Na verae esta estrutura original será aa na forma e uma matriz e, portanto, constituirá uma matriz e transição necessária à obtenção a matriz fim. Essa matriz e transição a partir e agora, chamaa matriz e coeficientes e salários apresenta a participação os salários e caa ocupação alocaa em caa setor e ativiae no total e salários pagos por caa setor. Ela é construía a partir os aos originais a RAIS sobre as ocupações com vínculo: 1 C RAIS W ( ) = f Seno, C a matriz e coeficientes e salários, RAIS a tabela e salários a RAIS e W f o total e salários e caa setor e ativiae. Desta matriz, será possível obter a matriz e istribuição e salários, conforme expresso a seguir: MDS = ( C W fcn ) + W icn One W fcn são os salários formais por setor e ativiae ivulgaos pelas Contas Nacionais e W icn são os salários informais por setor e ativiae as Contas Nacionais. De outro moo, a matriz e coeficientes e salários (C): w C = M w 11 m1 O w w 1n M mn A matriz e coeficientes e salários é a representação matricial a participação e caa ocupação no respectivo total e caa setor e ativiae. Ela é a matriz e transição para o cálculo a matriz e istribuição e salários. Para tanto, ela será multiplicaa por escalares aos pelos valores as remunerações/ renimento isponibilizaos pela Coorenação e Contas Nacionais e classificaos por setores e ativiaes. A Matriz e Distribuição e Salários será completaa com os aos as ocupações sem vínculo. Para obtê-la, a matriz C será multiplicaa pelo salários as ocupações com vínculo. Assim, para salários e ocupações com vínculo será obtia a submatriz D w e Distribuição e Salários, tal como: w w = M wn 11 1 O w w 115 M n15 * W fcn = MDS fcn = M n 11 1 O 115 M n15 One W fcn é o vetor e salários para trabalhaores com carteira por setor e ativiae que permitirá obter a matriz auxiliar e istribuição e salários formais ( MDS ). A agregação os aos sobre ocupações sem carteira assinaa e autônomos para os quinze setores e ativiae econômica aos aos esta matriz auxiliar levará à Matriz e Distribuição e Salários para trabalhaores formais e informais: Os elementos f M MDS = f n im i f f 12 O n 2 m 2 i f M f 115 n15 m15 f são referentes aos trabalhaores formais e fcn i tratam os trabalhaores informais. A matriz e istribuição e salários é um importante instrumento e nossa análise à meia que ela permite a visualização a estrutura e salários a partir a estrutura e ocupações e os setores e ativiae o país para os anos e 2001, 2005 e Seus valores são coincientes com as informações
10 fornecias pelo Sistema e Contas Nacionais, mas, com a vantagem e ampliar a visualização e como se comportam os salários. Essa matriz possui 15 colunas com os setores e ativiae 7 (caa coluna constará o número e ocupações e remuneração méia) e 11 linhas para o ano e 2001e 10 linhas para os anos e 2005 e ; caa linha comportará seis sublinhas que se referem à faixa e salários. Os principais resultaos os cálculos efetuaos a seguir são apresentaos como se segue, respeitano a análise feita nas seguintes frentes: i) análise e too mercao e trabalho; ii) análise por estrutura e ocupações e iii) análise por setor e ativiae econômica. Contuo, é necessário estacar que nos aos e 2001 a ivisão por estruturas e ocupações se iferencia os emais anos e, por isso, a análise comparativa será limitaa aos outros ois anos. Posto isto, poemos fazer um estuo comparativo, começano com o comportamento o total a rena méia (em valores correntes) para toos os três anos por faixa e salários. Tabela 1- Rena Méia Anual por Faixa e Salários OCUPAÇÕES COM VÍNCUO Até 1 salário mínimo 2.049, , ,41 De 1,01 a 2,00 salários mínimos 3.627, , ,69 De 2,01 a 3,00 salários mínimos 6.015, , ,89 De 3,01 a 7,00 salários mínimos , , ,31 Mais e 7,00 salários mínimos , , ,66 Total , , ,58 OCUPAÇÕES SEM VÍNCUO - Sem Carteira 3.041, , ,26 Autônomos 4.862, , ,38 Fonte: CONAC e MTE - RAIS Decreto e 23/12/1975. Elaboração Própria a partir a MDS A rena méia anual total os trabalhaores com vínculo formal, como poe ser visto na tabela 1, cresceu urante toa a écaa e 2000, saino e R$ ,69 em 2001 para R$ ,58 anual em 2008, apresentano crescimento em toos os anos estuaos. Da mesma forma, a remuneração os trabalhaores sem vínculo e autônomos cresceu ao longo o períoo. As taxas e crescimento poem ser melhor visualizaas conforme a tabela 2 que apresenta os percentuais e variações no períoo. Tabela 2- Variação Percentual - Rena Méia Anual por Faixa e Salários 7 Agropecuária, Petróleo, Commoities Inustriais, Inústria Traicional, Commoities Agrícolas, intensivos em tecnologia, Proução e Distribuição e Eletriciae, Gás e Água, Construção, Comércio, Transporte, Armazenagem e Correio, Serviços e Informação, Intermeiação Financeira, Seguros e Previência Complementar, Ativiaes Imobiliárias e Aluguel, Outros Serviços, Aministração, Saúe e Eucação Públicas. 8 Isso porque, a classificação a RAIS para o ano e 2001 comportava o critério a Classificação Brasileira e Ocupações CBO 94, com os seguintes grupos e ocupações: Trabalhaores as Profissões Científicas Técnicas, Artísticas e Trabalhaores Assemelhaos; Trabalhaores as Profissões Científicas, Técnicas, Artísticas e Trabalhaores Assemelhaos; Membros os Poeres egislativo, Executivo e Juiciário, Func. Públicos Superiores, Diretores e Empresas e Trab Assemelhaos; Trabalhaores e serviços Aministrativo e Trab. Assem; Trabalhaores e comercio e trabalhaores assemelhaos; Trab. Serviços e Turismo, Hospeagem, Serventia, Higiene e Embelaz, Seg Aux e Saúe e Trab Assem; Trab. agropecuários, florestais, a pesca e trab assem; Trab pro inust, oper maq, conut veic e trab assemelhaos; Trab pro inust, oper maq, conut veic e trab assem; Trab pro inust, oper maq, conut veic e trab assemelhaos. Enquanto que para os anos e 2005 e 2008 a RAIS era baseaa na CBO 2002 com as respectivas ocupações: Membros Superiores o Poer Público, irigentes e Organizações e interesse público e e empresas e gerentes; Profissionais as Ciências e as Artes; Técnicos e Nível Méio; Trabalhaores e Serviços Aministrativos; Trabalhaores os Serviços, Veneores o Com. em ojas e Comércio; Trabalhaores Agropecuários, Florestais, a Caça e Pesca; Trabalhaores a Proução e Bens e Serviços Inustriais; Trabalhaores a Proução e Bens e Serviços Inustriais; Trabalhaores e Manutenção e Reparação.
11 OCUPAÇÕES COM VÍNCUO Até 1 salário mínimo 68,1 36,8 130,0 De 1,01 a 2,00 salários mínimos 67,7 39,8 134,4 De 2,01 a 3,00 salários mínimos 68,9 45,2 145,2 De 3,01 a 7,00 salários mínimos 68,5 44,6 143,5 Mais e 7,00 salários mínimos 64,9 41,8 133,9 Total 39,7 29,1 80,4 OCUPAÇÕES SEM VÍNCUO Sem Carteira 44,7 24,0 79,5 Autônomos 25,5 37,5 72,5 Elaboração própria a partir a MDS Pela tabela 2 é possível perceber que houve variação positiva no períoo em toas as faixas e remuneração meias em salários mínimos. No entanto, se a variação for fragmentaa, percebe-se que no períoo e 2001 a 2005 e e 2005 a 2008 as faixas e rena que assistiram maior variação positiva foram as que estão entre o limite inferior e a méia os estratos e salários, com estaque para aqueles que recebem e 2 a três salários mínimos com variação positiva entre 2001/2005 e 2005/2008 e 68,9% e 45,2%. Entre 2001/2005, os trabalhaores que recebem até 1 salário mínimo tiveram aumento e seus salários superior àqueles que recebem mais e 7 salários e no períoo seguinte, o aumento a rena este grupo superou o aumento o primeiro grupo. Em ambos os períoos, porém, a variação positiva as remunerações os trabalhaores sem vínculo foi positiva, porém, inferior a os trabalhaores o mercao formal e com quea a variação os trabalhaores sem carteira assinaa entre o primeiro e o seguno períoo. A avaliação também poe ser feita por número e trabalhaores empregaos, conforme as tabelas a seguir. Tabela 3 Frequência e Trabalhaores por Faixa e Salários OCUPAÇÕES COM VÍNCUO Até 1 salário mínimo De 1,01 a 2,00 salários mínimos De 2,01 a 3,00 salários mínimos De 3,01 a 7,00 salários mínimos Mais e 7,00 salários mínimos Total OCUPAÇÕES SEM VÍNCUO Sem Carteira Autônomos Fonte: CONAC e MTE - RAIS Decreto e 23/12/1975. Elaboração Própria a partir a MDS Tabela 4 Variação Percentual a Frequência e Trabalhaores OCUPAÇÕES COM VÍNCUO Até 1 salário mínimo 49,2 22,1 82,1 De 1,01 a 2,00 salários mínimos 52,9 34,0 104,8 De 2,01 a 3,00 salários mínimos 6,7 4,4 11,3 De 3,01 a 7,00 salários mínimos (2,9) 1,9 (1,1) Mais e 7,00 salários mínimos (14,6) (3,2) (17,4) Total 17,5 16,3 36,7 OCUPAÇÕES SEM VÍNCUO Sem Carteira 11,2 2,3 13,7 Autônomos 12,7 (3,8) 8,4 Elaboração própria a partir a MDS A tabela 4 extraía a matriz e istribuição e salários revela que, no total, houve variação positiva no número e trabalhaores empregaos no mercao formal e e trabalhaores sem vínculo
12 empregatício no períoo e análise e 2001 a No entanto, ocorreu um aumento expressivo o número e trabalhaores formais nos estratos e rena mais baixos e uma quea no número e trabalhaores que recebem maiores salários. Esse fato poe ser atribuío à política e valorização o salário mínimo no períoo que beneficiou trabalhaores com remuneração atrelaa ao salário mínimo. Por outro lao, a tabela 3 apresenta a istribuição e trabalhaores conforme faixas e salários. Nela, verifica-se que a maior parte os trabalhaores com carteira assinaa estava concentraa na faixa salarial entre um e ois salários mínimos. Já a faixa que menos concentra trabalhaores são aquelas que representam os limites inferior e superior, ou seja, até um salário mínimo e mais e sete salários mínimos. De posse os aos a matriz e istribuição e salários, foi possível calcular o ínice e Gini o mercao formal e trabalho e compará-lo Ao coeficiente e Gini o Brasil para os mesmos anos. O resultao é apresentao no gráfico 1. Gráfico 1- Ínice e Gini para Mercao Formal e Brasil 0,65 0,60 0,55 0,6 0,54 0,57 0,55 0,50 0,45 0,50 0,47 0,40 0,35 0, mercao formal Brasil Fonte: Elaboração própria a partir a MDS e IPEADATA. O gráfico emonstra um comportamento recíproco tanto para o mercao formal e trabalho quanto para o Brasil como um too, qual seja, quea a concentração e rena ao longo a écaa meia pelo ínice e Gini 9. No entanto, o mercao formal e trabalho apresenta rena ligeiramente melhor istribuía em comparação ao país. Avançano a análise, vamos apresentar os estaques a matriz e istribuição e salários conforme a estrutura e ocupações. Tabela 5 - Rena Méia Anual e Frequência por Estrutura e Ocupações 9 O ínice e Gini varia entre 0 (zero) e 1 (um). Quanto mais próximo e zero, melhor istribuía é a rena e quanto mais próximo e 1, mais esigual é a istribuição e rena.
13 Ocupações Frequência Rem. méia Frequência Rem. méia Mebros Superiores o Poer Público, irigentes e Organizações e interesse público e e empresas e gerentes , ,24 Profissionais as Ciências e as Artes , ,86 Técnicos e Nível Méio , ,01 Trabalhaores e Serviços Aministrativos , ,14 Trabalhaores os Serviços, Veneores o Comércio em ojas e Comércio , ,45 Trabalhaores Agropecuários, Florestais, a Caça e Pesca , ,91 Trabalhaores a Proução e Bens e Serviços Inustriais , ,41 Trabalhares a Proução e Bens e Serviços Inustriais , ,82 Trabalhaores e Manutenção e Reparação , ,61 Ignorao , ,14 Total , ,58 Fonte: CONAC e MTE - RAIS Decreto e 23/12/1975. Elaboração Própria a partir a MDS O gráfico a seguir mostra toas as ocupações em porcentagem o total. Neste gráfico é possível ver que nos ois anos factíveis e comparação 2005 e 2008, trabalhaores os serviços, veneores o comércio em lojas e comércio ficou entre 22% e 23% o total, ao passo que as outras uas estruturas (serviços aministrativos e proução e bens e serviços inustriais) ficaram entre 19% e 20%. As três estruturas juntas representaram 60,92% o total em 2005 e 63,04% em Gráfico 2 - Estrutura e Ocupações - em % o Total 25,00 20,00 15,00 10,00 5, Elaboração própria a partir a MDS 2005 Frequência 2008 Frequência One: 1 Membros Superiores o Poer Público, irigentes e Organizações e interesse público e e empresas e gerentes 2 Profissionais as Ciências e as Artes 3 Técnicos e Nível Méio
14 4 Trabalhaores e Serviços Aministrativos 5 Trabalhaores os Serviços, Veneores o Comércio em ojas e Comércio 6 Trabalhaores Agropecuários, Florestais, a Caça e Pesca 7 Trabalhaores a Proução e Bens e Serviços Inustriais 8 Trabalhaores a Proução e Bens e Serviços Inustriais 9 Trabalhaores e Manutenção e Reparação 10 Ignorao As três estruturas, contuo, como poe ser visto na tabela 5, apresentam rena méia inferior à rena méia total o país. Na tabela 7 a seguir é possível ientificar a quantiae e trabalhaores empregaos formalmente estas três estruturas. Tabela 6 Frequência as Estruturas selecionaas Trabalhaores os Serviços, Veneores o Com. em ojas e Comércio Até 1 salário mínimo De 1,01 a 2,00 salários mínimos De 2,01 a 3,00 salários mínimos De 3,01 a 7,00 salários mínimos Mais e 7,00 salários mínimos Total Trabalhaores a Proução e Bens e Serviços Inustriais Até 1 salário mínimo De 1,01 a 2,00 salários mínimos De 2,01 a 3,00 salários mínimos De 3,01 a 7,00 salários mínimos Mais e 7,00 salários mínimos Total Trabalhaores e Serviços Aministrativos Até 1 salário mínimo De 1,01 a 2,00 salários mínimos De 2,01 a 3,00 salários mínimos De 3,01 a 7,00 salários mínimos Mais e 7,00 salários mínimos Total Fonte: CONAC e MTE - RAIS Decreto e 23/12/1975. Elaboração Própria a partir a MDS Para Trabalhaores os serviços e veneores o comércio em torno e 90% (87,5% no ano e 2005 e 90,1% no ano e 2008) os trabalhaores recebem até três salários mínimos. Entre 2005 a 2008, aumentou os trabalhaores formais a proução e bens e serviços inustriais, que recebem até três salários mínimos, passano e 73,18% em 2005 para 79,6% em A estrutura e trabalhaores empregaos formalmente e serviços aministrativos não foge a tenência apresentaa nas outras uas estruturas, visto que, a maior parte os empregos formais recebe uma remuneração e até três salários, seno que, a mesma forma que aconteceu com os trabalhaores a proução e bens e serviços a inústria, esta quantiae tem aumentao proporcionalmente ao total esta estrutura, pois, em 2005, 66,8% os trabalhaores recebiam até três salários mínimos, ao passo que em 2008 este percentual foi e 73,1%. Até o momento o estuo feito foi por estrutura e ocupações, contuo, é preciso assumir que o comportamento estas estruturas e ocupações se aéqua à estrutura proutiva o país que, por sua vez, reflete-se pelo comportamento os setores e ativiaes. Seno assim, outra forma e estuar a rena o emprego formal a economia é por meio os setores e ativiaes.
15 Tabela 7 - Rena Méia o Emprego Formal por Setor e Ativiae - Em R$ agropecuária 7.241, , ,59 Petróleo , , ,34 Commoities inustriais , , ,72 inústria traicional 9.569, , ,68 commoities agrícolas , , ,83 intensivos em tecnologia , , ,64 Proução e istribuição e eletriciae, gás e água , , ,15 Construção 8.522, , ,48 Comércio 5.602, , ,23 Transporte, armazenagem e correio , , ,07 Serviços e informação , , ,32 Intermeiação financeira, seguros e previência complementar , , ,94 Ativiaes imobiliárias e aluguel 8.615, , ,11 Outros serviços 7.742, , ,74 Aministração, saúe e eucação públicas , , ,42 Ignorao e Não Informaos 9.361, , ,61 Total , , ,58 Fonte: CONAC e MTE - RAIS Decreto e 23/12/1975. Elaboração Própria a partir a MDS Como poe ser visto na tabela 7, a rena méia cresceu para toos os anos apresentaos. Toos os quinze setores apresentaram o mesmo comportamento cresceno em toos os anos, entretanto alguns setores tiveram crescimento na rena méia maior o que outros. O setor e petróleo é o que apresenta a maior rena méia. O seguno setor que apresenta a maior rena méia é o setor e intermeiação financeira, seguros e previência complementar que manteve o mesmo comportamento nos quatro anos estacaos, seno superior a rena méia total. Além esses ois setores, mais cinco setores apresentam rena méia superior à rena méia total, são eles: commoities inustriais; intensivos em tecnologia; proução e istribuição e eletriciae, gás e água; serviços e informação; aministração, saúe e eucação pública. Oito setores apresentam rena méia inferior à rena méia total: agropecuária; inústria traicional; commoities agrícolas; construção; comércio; transporte, armazenagem e correio; ativiaes imobiliárias; outros serviços. Com estaque para o setor agropecuária e o setor comércio. 4- Conclusão Este trabalho buscou apresentar o comportamento o mercao e trabalho no Brasil para alguns anos selecionaos a écaa e 2000 a partir a análise os aos e uma matriz e istribuição e salários para a economia brasileira. Essa matriz é um valioso instrumental e análise e orientação e
16 política econômica à meia que fornece o retrato o comportamento o mercao e trabalho ampliao por estrutura ocupacional e setores e ativiae econômica, por faixas e salários meios em salários mínimos. Assim seno, com base nos aos extraíos esta matriz foi possível constatar que a istribuição e salários na economia brasileira segue um parão que se moela conforme a remuneração as ocupações e a importância relativa a estrutura ocupacional conforme os setores e ativiae econômica.
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