EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES POLINOMIAIS

Documentos relacionados
Módulo e Equação Modular (valor absoluto)?

Função Quadrática (Função do 2º grau) Profº José Leonardo Giovannini (Zé Leo)

FUNÇÃO DO 2º GRAU OU QUADRÁTICA

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c.

TECNÓLOGO EM CONSTRUÇÃO CIVIL. Aula 7 _ Função Modular, Exponencial e Logarítmica Professor Luciano Nóbrega

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 CAPES. FUNÇÕES Parte B

Adriano Pedreira Cattai

I REVISÃO DE CONCEITOS BÁSICOS

Equação do 2º grau. Sabemos, de aulas anteriores, que podemos

Equação do 2º grau. Sabemos, de aulas anteriores, que podemos

Nota de aula_2 2- FUNÇÃO POLINOMIAL

CÁLCULO A UMA VARIÁVEL

Marcus Vinícius Dionísio da Silva (Angra dos Reis) 9ª série Grupo 1

x 0 0,5 0,999 1,001 1,5 2 f(x) 3 4 4,998 5,

Matemática. Resolução das atividades complementares. M24 Equações Polinomiais. 1 (PUC-SP) No universo C, a equação

ALGEBRA LINEAR AUTOVALORES E AUTOVETORES. Prof. Ademilson

COLÉGIO SANTO IVO Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio

COLÉGIO SANTO IVO Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

Área entre curvas e a Integral definida

V ( ) 3 ( ) ( ) ( ) ( ) { } { } ( r ) 2. Questões tipo exame Os triângulos [ BC Da figura ao lado são semelhantes, pelo que: BC CC. Pág.

Teoria VII - Tópicos de Informática

Funções e Limites. Informática

Matemática Régis Cortes FUNÇÃO DO 2 0 GRAU

MATEMÁTICA BÁSICA 8 EQUAÇÃO DO 2º GRAU

ÁLGEBRA LINEAR Equações Lineares na Álgebra Linear EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A.

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS COIMBRA 10º ANO DE ESCOLARIDADE MATEMÁTICA A FICHA DE AVALIAÇÃO Nº 5. Grupo I

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que:

Profª Cristiane Guedes DERIVADA. Cristianeguedes.pro.br/cefet

Matemática B Extensivo V. 8

Após encontrar os determinantes de A. B e de B. A, podemos dizer que det A. B = det B. A?

a) 3 ( 2) = d) 4 + ( 3) = g) = b) 4 5 = e) 2 5 = h) = c) = f) = i) =

Professora: Profª Roberta Nara Sodré de Souza

x x x 1,8 2,5 2,5 1,89 2,1 1,89 1,956 2,04 2,04 1,9934 2,015 1,956 1,9995 2,007 2,007 1, ,0003 1,9995

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 2

DESIGUALDADES Onofre Campos

CAPÍTULO 5 - ESTUDO DA VARIAÇÃO DAS FUNÇÕES

EQUAÇÃO DO 2 GRAU ( ) Matemática. a, b são os coeficientes respectivamente de e x ; c é o termo independente. Exemplo: x é uma equação do 2 grau = 9

MATEMÁTICA. Equações do Segundo Grau. Professor : Dêner Rocha. Monster Concursos 1

Propriedades Matemáticas

y 5z Grupo A 47. alternativa A O denominador da fração é D = 46. a) O sistema dado é determinado se, e somente se: b) Para m = 0, temos: = 2 x y

Resolução: a) o menor valor possível para a razão r ; b) o valor do décimo oitavo termo da PA, para a condição do item a.

Matemática A - 10 o Ano Ficha de Trabalho

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON

x u 30 2 u 1 u 6 + u 10 2 = lim (u 1)(1 + u + u 2 + u 3 + u 4 )(2 + 2u 5 + u 10 )

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa

RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA VESTIBULAR DA UNICAMP 2016 FASE 1. POR PROFA. MARIA ANTÔNIA CONCEIÇÃO GOUVEIA

Lista 5: Geometria Analítica

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 1

POLINÔMIOS. Definição: Um polinômio de grau n é uma função que pode ser escrita na forma. n em que cada a i é um número complexo (ou

Funções do 1 o Grau. Exemplos

Desigualdades - Parte II. n (a1 b 1 +a 2 b a n b n ) 2.

( 2 5 ) simplificando a fração. Matemática A Extensivo V. 8 GABARITO. Matemática A. Exercícios. (( ) ) trocando a base log 5 01) B 04) B.

Exercícios. . a r. 2º Caso: Agrupamento. É uma aplicação do 1º caso, só que o termo comum aparece em grupos. 3º Caso: Diferença de dois quadrados

QUESTÃO 01. QUESTÃO 02.

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i

Recordando produtos notáveis

MÉTODO DA POSIÇÃO FALSA EXEMPLO

MATRIZES. 1) (CEFET) Se A, B e C são matrizes do tipo 2x3, 3x1 e 1x4, respectivamente, então o produto A.B.C. (a) é matriz do tipo 4 x 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS MATEMÁTICA II

Aula 20 Hipérbole. Objetivos

IME MATEMÁTICA. Questão 01. Calcule o número natural n que torna o determinante abaixo igual a 5. Resolução:

COLÉGIO OBJETIVO JÚNIOR

NOTA DE AULA. Tópicos em Matemática

Matemática C Extensivo V. 6

1. Conceito de logaritmo

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

Ângulo completo (360 ) Agora, tente responder: que ângulos são iguais quando os palitos estão na posição da figura abaixo?

outras apostilas de Matemática, Acesse:

Dessa forma o eixo ox é uma assíntota da função exponencial e assim valores de y < 0 não se relacionam com nenhum x do domínio, portanto Im = R +.

RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA VESTIBULAR DA UNICAMP 2016 FASE 2. POR PROFA. MARIA ANTÔNIA CONCEIÇÃO GOUVEIA

Equações diofantinas lineares a duas e três variáveis

Aula 27 Integrais impróprias segunda parte Critérios de convergência

Os números racionais. Capítulo 3

1 Assinale a alternativa verdadeira: a) < <

6 Cálculo Integral. 1. (Exercício VI.1 de [1]) Considere a função f definida no intervalo [0, 2] por. 1 se x [0, 1[ 3 se x ]1, 2]

Resumo com exercícios resolvidos do assunto: Aplicações da Integral

CONJUNTOS NUMÉRICOS NOTAÇÕES BÁSICAS. : Variáveis e parâmetros. : Conjuntos. : Pertence. : Não pertence. : Está contido. : Não está contido.

Prof. Ms. Aldo Vieira Aluno:

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MAT ALGEBRA LINEAR I-A PROF.: GLÓRIA MÁRCIA

y m =, ou seja, x = Não existe m que satisfaça a inclinação.

Revisão EXAMES FINAIS Data: 2015.

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano de escolaridade Versão.4

étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

1 ÁLGEBRA MATRICIAL 1.1 TIPOS ESPECIAIS DE MATRIZES. Teorema. Sejam A uma matriz k x m e B uma matriz m x n. Então (AB) T = B T A T

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 3

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 2

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 1

Capítulo IV. Funções Contínuas. 4.1 Noção de Continuidade

FUNÇÕES. Funções. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I. TE203 Fundamentos Matemáticos para a Engenharia Elétrica I

Universidade Federal de Pelotas Vetores e Álgebra Linear Prof a : Msc. Merhy Heli Rodrigues Determinantes

Exercícios. setor Aula 25

Transcrição:

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES POLINOMIAIS Um dos grndes problems de mtemátic n ntiguidde er resolução de equções polinomiis. Encontrr um fórmul ou um método pr resolver tis equções er um grnde desfio. E ind hoje temos problems pr resolver miori ds equções polinomiis. Um equção polinomil de primeiro gru pode ser resolvid de form bem simples, isolndo incógnit. A de segundo gru usmos fórmul de fácil plicção, de terceiro gru, pesr de eistir fórmul é pouco difundid pel dificuldde de su utilizção e de gru mior que nem sempre conseguimos resolver. Vmos definir cd conceito ou gerr um idei intuitiv do mesmo e mostrr como se resolve equções de 1º, º e º grus e outros csos especiis que sej possível resolver. Neste cpítulo tmbém introduziremos o conceito de inequção polinomil e os métodos de resoluções pr lguns csos. Definição.1 Denominmos equção polinomil de gru n, de coeficientes 0, 1,..., n, com incógnit (ou vriável), tod equção d form 0 + 1 + +... + n n = 0, com n 0. A epressão 0 + 1 + +... + n n é denomindo polinômio de gru n. Eemplo 1 i) ³ + ² + 5 + 1 = 0 é um equção polinomil de gru, com coeficientes,, 5 e 1 n vriável. ii) ² + 1 = 0 é um equção polinomil de gru, com incógnit e coeficientes -, e -1. iii) 1 4 t t + log = 0 1, e log e incógnit t. é um equção polinomil de gru 4, com coeficientes

Definição. Um número rel α é chmdo riz d equção polinomil 0 + 1 + +... + n n = 0, com n 0 se, 0 + 1 + +... + n n = 0 for um sentenç (proposição) verddeir. Eemplo ) é um riz d equção 5 + 6 = 0. De fto, ( ) 5.( ) + 6 = 0 16 + 10 + 6 = 0 (verdde). b) é um riz d equção 0, pois = 0 é verdde. = ( ) O conjunto de tods s rízes de um equção polinomil é chmdo conjunto verdde ou conjunto solução, e é denotdo por V ou S, respectivmente. A seguir, descreveremos técnics pr encontrr s rízes de um equção polinomil..1 Equção de Primeiro Gru Pr resolvermos um equção d form + b = 0, com 0 denomind Equção de primeiro gru, bst isolr procedendo d seguinte form: + b (Som-se b em mbos membros) + b b = 0 b = b (Divide mbos os membros por ) = Logo, V= { }

Eemplo Vmos resolver equção + 6 = 0. 6 + 6 = 0 + 6 6 = 0 6 = 6 = =. Logo, V= { }. Equção do Segundo Gru (ou Qudrátic) Pr resolvermos um equção d form ² + b + c = 0, 0, denomind Equção do Gru, observmos três csos: 1º cso (com c = 0) Se c = 0 equção ² + b + c = 0 reduz-se ² + b = 0 ( + b) = 0. Temos um produto igul zero, um dos ftores deve ser zero, ou sej, = 0 ou + b = 0 =. Logo, V = {0, } Eemplo 4 Vmos resolver equção ² 7 = 0. 7 ² 7 = 0 ( 7) = 0 = 0 ou 7 = 0 =. 7 Logo, V = {0, }

º cso (com b = 0) Sendo b = 0, equção qudrátic ² + b + c = 0 reduz-se ² + c = 0 ² = c ² =. Se 0 então, equção tem solução e pode ser obtid etrindo-se riz qudrd em mbos os membros d equção ² =, isto é, ² = = = ou =. Logo V = {, } ou V = {± } Eemplo 5 Vmos resolver equção 5² + 15 = 0. 15 5² + 15 = 0 5² = 15 ² = ² = 5 ² = 5 = 5 5 = 5 = 5 ou = 5. Logo, V = { 5, 5} ou V= {± 5} º cso (complet, isto é, b 0 e c 0) Pr resolvermos equção qudrátic ² + b + c = 0, primeiro multiplicremos mbos os membros por 4 e em seguid somremos b² em mbos membros. Ou sej, ² + b + c = 0 4²² + 4b + 4c = 0 4²² + 4b + 4c + b² = b² 4²² + 4b + b²= b² 4c ( + b)² = b² 4c ² = ² 4 + b = ² 4 + b = ² 4 b 4c b + b 4c ou + b = ² 4 = ou =. Logo, V = { b b 4 c 4, b b c + b ± b 4c } ou V= { }.

Eemplo 6 Vmos resolver equção ² 1 = 0. Ao invés de usrmos todo processo descrito no º cso vmos simplesmente usr o resultdo finl, ou sej, = ± b b 4c. D equção ² 1 = 0 temos = 1, b = e c = 1, logo ± ( ) 4 ( 1) ± 4 + 4 ± 8 ± 4 ± (1 ± ) = = = = = = 6 6 6 6 6 6 1± 1 1+ 1± =. Logo, V = {, } ou V = { }. O termo b² 4c é denomindo discriminnte de ² + b + c é denotdo por. Assim, podemos escrever s soluções de um equção do segundo gru ² + b + c = 0 ( 0), por : = b ±, onde = b² - 4c Observe que equção ² + b + c = 0 só terá riz rel se 0. Isto é : Se 0 teremos dus rízes reis e distints ' = e " = Se = 0 teremos dus rízes iguis ' = " = Se < 0 equção não possui riz rel. b + grus. A seguir fremos um nálise geométric ds rízes de um equção de 1º e º Considere equção + b = 0, ( 0). Vimos nteriormente que ess equção possui um únic riz rel. Geometricmente + b é um ret e é o locl onde ess ret intercept o eio, como mostr figur.1.

Figur.1 Considere gor equção ² + b + c = 0 ( 0). Vimos nteriormente que s b + rízes dess equção é dd por ' = e " =. Geometricmente, ² + b + c é um prábol. A concvidde (pr cim ou pr bio) e su intersecção com o eio depende, respectivmente, do vlor de e, como mostr Figur.. > 0 0 > > 0 = 0 > 0 < 0 ' " ' = " < 0 > 0 ' " < 0 = 0 ' = " < 0 < 0 Figur.