UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA/FITOTECNIA ANA RAQUEL DE OLIVEIRA MANO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA/FITOTECNIA ANA RAQUEL DE OLIVEIRA MANO ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE FENOTÍPICA DE CULTIVARES DE FEIJÃO-DE-CORDA FORTALEZA 2009

2 ANA RAQUEL DE OLIVEIRA MANO ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE FENOTÍPICA DE CULTIVARES DE FEIJÃO-DE-CORDA Tese submetda à Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Agronoma/Ftotecna, da Unversdade Federal do Ceará, como requsto parcal para a obtenção do grau de Doutor em Ftotecna. Área de Concentração: Melhoramento Vegetal. Orentador: Prof. Ph D Fanuel Perera da Slva. FORTALEZA 2009

3 M247 Mano, Ana Raquel de Olvera Adaptabldade e establdade fenotípca de cultvares de fejão-decorda / Ana Raquel de Olvera Mano, f. ; l. color. enc. Orentador: Prof. Ph. D Fanuel Perera da Slva Co-orentador: Prof. Dr. João Lcíno Nunes de Pnho Área de concentração: Melhoramento Vegetal Tese (doutorado) - Unversdade Federal do Ceará, Centro de Cêncas Agráras. Depto. de Ftotecna, Fortaleza, Interação genótpo x ambente. 2. AMMI. 3. Produtvdade. 4. Establdade. I. Slva, Fanuel Perera da (orent.). II. Pnho, João Lcíno Nunes de (co-orent.). III. Unversdade Federal do Ceará Pós - graduação em Agronoma/Ftotecna. IV. Título. CDD 632

4 ANA RAQUEL DE OLIVEIRA MANO ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE FENOTÍPICA DE CULTIVARES DE FEIJÃO-DE-CORDA Tese submetda à Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Agronoma/Ftotecna, da Unversdade Federal do Ceará, como requsto parcal para a obtenção do grau de Doutor em Ftotecna. Área de Concentração: Melhoramento Vegetal. Orentador: Prof. Ph D Fanuel Perera da Slva. Aprovada em: 18/08/2009 BANCA EXAMINADORA Prof. Fanuel Perera da Slva, Ph.D (Orentado) Unversdade Federal do Ceará Prof. João Lcno Nunes de Pnho, D. Sc. (Co-orentado) Insttuto Centec Eng. Agr. Maursrael Moura da Rocha (Conselhero) Embrapa Meo Norte Prof. Cândda Ermnía Campos de Magalhães Bertn (Conselhera) Unversdade Federal do Ceará Eng. Agr. José Jame Vasconcelos Cavalcante Ph. D. (Conselhero) Embrapa Agrondústra Tropcal FORTALEZA 2009

5 Aos meus pas e ao meu mardo Sebastão Júnor.

6 AGRADECIMENTOS À Deus pela oportundade e prvlégo de ter me permtdo chegar até aqu, e se for da vontade Dele r mas longe. Ao Prof. Ph D Fanuel Perera da Slva, por me ter acolhdo como sua orentanda, pela confança, ensnamentos, pacênca e amzade. Ao Prof. D. Sc. João Lcíno Nunes de Pnho, pela orentação, ncentvos e amzade no decorrer do trabalho. Ao pesqusador D. Sc. Francsco Rodrgues Frere Flho, pelos ensnamentos. Ao pesqusador D. Sc. Maursrael Moura da Rocha, pela partcpação na banca, orentações e presteza. Ao pesqusador Ph D. José Jame Vasconcelos Cavalcante pela partcpação na banca. A Professora D. Sc. Cândda Hermína Campos Magalhães Bertn, por sua confança, ncentvo e orentação. À coordenação do Programa de Pós-graduação em Agronoma Área de Concentração Ftotecna da Unversdade Federal do Ceará, a CAPES que tornou possível a realzação deste trabalho por meo da concessão da bolsa de estudos, Centec (Centro de Educação Tecnológca do Ceará) pelo apoo logístco e a Embrapa Meo- Norte por ter dsponblzado as sementes das cultvares utlzadas, bem como apoo dos seus profssonas envolvdos neste trabalho. A equpe técnca da UEPE (Undade de Ensno, Pesqusa e Extensão) do IFCE (Insttuto Federal do Ceará) de Lmoero do Norte, Mara da Conceção Holanda Nunes, Enlson, Rosana e demas funconáros. A equpe técnca da UEPE (Undade de Ensno, Pesqusa e Extensão) do Centec de Barrera, José Ináco Lno de Almeda e José Fernandes de Almeda. Um obrgada especal ao técnco agrícola da Ematerce de Crateús Edmundo Ferrera Rodrgues, pela valosa ajuda durante a execução dos trabalhos. Ao vereador Sr. Francsco Adarton Rbero de Carvalho pela dsponbldade de sua propredade, a fazenda Tapera, para nstalação dos ensaos. E a todos que contrbuíram dreta ou ndretamente para a realzação deste trabalho. Com um carnho todo especal ao meu mardo, Sebastão de Asss Mano Júnor, aos meus pas (Ramundo Laursto de Olvera e Ramunda Inês de Olvera), rmãos (Velma, Júnor e César), mnha ta Lenra e meu amgo Vcente, pelo constante ncentvo e ajuda. A mnha amga, Andrea Alves, de hoje e sempre, por todos os momentos que passamos juntas. Aos amgos do Laboratóro de Análses de Sementes da UFC: Elzta, Tago, Magno, Dego, Hayna, Nayara, Rodrgo, Wener, Wendney, Paulnha, Batsta, Elane, pela ajuda profssonal constante e pelos nesquecíves momentos de descontração.

7 "Não mporta tanto o tema da tese quanto a experênca de trabalho que ela comporta." (Umberto Eco)

8 RESUMO O fejão-de-corda (Vgna unguculata (L.) Walp.), é uma espéce cultvada de grande mportânca para a almentação das populações ruras e urbanas das regões tropcas e subtropcas do mundo. A produtvdade dessa espéce vara muto, em vrtude, prncpalmente, das varações clmátcas e da utlzação de materas genétcos pouco produtvos ou com característcas ndesejáves. A produtvdade de grãos é nfluencada por efetos genotípcos (G), efetos ambentas (E) e das nterações genótpo x ambente (G x E), que levam ao comportamento dferencal dos genótpos nos dversos ambentes. A nteração G x E pode ser caracterzada por estudos sobre adaptabldade e establdade fenotípca por meo de dversas técncas. Com base nsso, esta pesqusa objetvou verfcar a magntude da nteração G x E, e a sua conseqüênca na adaptabldade e a establdade fenotípca da produtvdade de grãos de qunze cultvares de fejão-de-corda, por meo de quatro metodologas (Eberhart e Russell, Cruz, Torres e Vencovsky, Ln e Bnns e AMMI ou Addtve Man effects and Multplcatve Interacton ). Os expermentos foram conduzdos em cnco muncípos (Alto Santo, Barrera, Crateús, Itappoca e Lmoero do Norte) do estado do Ceará, em cultvo de sequero nos anos 2006 e O delneamento utlzado fo o de blocos casualzados com 15 tratamentos e quatro repetções. A parcela expermental teve dmensões de 3,0 m x 5,0 m, com quatro fleras, espaçadas de 0,75 m entre, e 0,25 m dentro das fleras. As duas fleras centras corresponderam à área útl. O desbaste fo feto aos 15 das após planto dexando-se em méda duas plantas por cova. Os ambentes corresponderam à combnação de ano e local totalzando dez ambentes, dos quas foram utlzados oto para as análses estatístcas. O efeto de ambentes fo mas mportante do que o efeto da nteração genótpos x ambentes (G x E), e este mas mportante do que o efeto de genótpos. A magntude da nteração G x E para a produtvdade de grãos fo alta, ndcando que este é um caractere nstável. A regressão lnear de Eberhart e Russell não classfcou nenhum dos genótpos testados como de adaptação geral, nem estável nos ambentes avalados. A regressão bssegmentada de Cruz, Torres e Vencovsky caracterzou os genótpos quanto à adaptabldade em condções específcas de ambentes favoráves, desfavoráves ou de adaptação geral, mas todos nstáves. O método de Ln e Bnns classfcou smultaneamente os genótpos quanto à adaptabldade e establdade com apenas um parâmetro, ordenando os genótpos em sequênca decrescente. O método AMMI possbltou a explcação da maor parte nteração G x E nos dos prmeros CPIs. Esse método classfcou os genótpos e ambentes quanto a establdade de forma precsa em dos bplots. A correlação de Spearman ndcou que alguns parâmetros das dferentes metodologas utlzadas estão dretamente assocados não devendo ser utlzados smultaneamente, enquanto outros não assocados podem ser usados em complementardade. Os genótpos que reunram mas adaptabldade com establdade para produtvdade de grãos foram: Inhuma, BR 17 Gurguéa, BRS-Marataoã, Sempre Verde-CE, BRS-Paraguaçu e BRS- Rouxnol, pela combnação de város parâmetros. Palavras-chave: Interação genótpo x ambente; AMMI; Produtvdade; Establdade.

9 ABSTRACT Cowpea (Vgna unguculata (L.) Walp.), s very mportant crop for feedng the rural and urban populatons of the tropcal and subtropcal areas of the world. The yeld of that crop vares, manly, because clmate varatons and of the use of low yeld genetc materals wth undesrable characterstcs. Grans yeld s nfluenced by the effects of envronments (E), genotypes (G) and G E nteracton that nto account the varably of the genotypes n the several envronments. The nteracton G x E can be characterzed by studyng the adaptablty and stablty phenotpc usng several technques. Ths research amed to verfy the magntude of the nteracton G x E, ther effects or the adaptablty and the phenotpc stablty of the productvty of grans of ffteen cultvate of cowpea. Four methodologes were used for ths study (Eberhart and Russel, Cruz, Torres and Vencovsky, Ln and Bnns and AMMI or Addtve Man effect and Multplcatve Interacton "). The experments were carred out n fve countres ( Alto Santo, Barrera, Crateús, Itappoca and Lmoero do Norte ) of the state of Ceará, Brasl, under ranfall condtons durng the years of 2006 and A complete randomzed desgn wth 15 treatments and four replcaton were used. Each expermental unt were 3,0 m x 5,0 m, wth four rows spaced by 0,75 m contanng 20 plants 0,25 m apart. The two central rows were harvested for futher analyss. The extra plants n each expermental unt were thnnng 15 days after sowng, leavng two plants per rows. The Eberhart and Russell lnear regresson dd not classfed the cultvars tested for general adaptaton and stablty; t means that all cultvars were consdered unstable by ths methodology. The bssegmented regresson methodology proposed by Cruz, Torres and Vencovsky allowed to classfy the cultvars as adaptable for favorable, unfavorable envronment and for general adaptaton, but all of than were consdered unstable. The method of Ln and Bnns classfed the cultvars smultaneously for adaptablty and stablty wth just a parameter n decreased order of sequence. The AMMI method made possble the explan most of the G x E nteracton n the frst two IPCA. Ths method classfed the cultvars and envronment n relaton to the stablty n two bplots n a prcse way. The f Spearman s correlaton ndcated that some parameters used by the methodologes mentoned were assocated and so they can not be used smultaneously. On the other hand, the one that were not assocated be used as a complementarty. The lst genotypes that showed hghest adaptablty and stablty for gran yeld were Inhuma, BR 17 Gurguéa, BRS-Marataoã, Sempre Verde-CE, BRS- Paraguaçu e BRS-Rouxnol because they combned both parameters. Keywords: Genotype by envronments nteracton; AMMI; Yeld; Stablty.

10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Lnhas de regressão dos dos genótpos mas produtvos (Inhuma e BRS- Marataoã), da testemunha Epace 10 e do genótpo menos produtvo (Aparecdo-UFC), sequencalmente, avaladas em oto ambentes para produtvdade de grãos, estmadas pelo método de Eberhart e Russell (1966)...81 FIGURA 2 - Bplot AMMI1: produtvdade de grãos (kg/ha) x prmero componente prncpal da nteração (CPI1), MT: méda das testemunhas...95 FIGURA 3 - Bplot AMMI2: prmero componente prncpal da nteração (CPI1) x segundo componente prncpal da nteração (CPI2)...100

11 LISTA DE TABELAS 1 - Resumo da análse de varânca ndvdual, referente à produtvdade de grãos (kg/ha), para fejão-de-corda nos ambentes em estudo no dos anos de avalação. Ceará, 2006/ Resumo da análse de varânca conjunta nos dos anos agrícolas (2006/2007), referente à produtvdade de grãos (kg/ha), nos ambentes em estudo. Ceará, 2006/ Resumo da análse de varânca conjunta geral referente à produtvdade de grãos (kg/ha), para fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/ Médas de produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda avalados nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/ Teste de Dunnett, % da méda de PG de cada genótpo ndvdual sobre a méda geral de PG dos genótpos (% PGl) e da testemunha (% PGt), dos genótpos de fejãode-corda avalados nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/ Resumo da análse de varânca conjunta geral referente à produtvdade de grãos (kg/ha), para fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Eberhart e Russell. Ceará, 2006/ Médas geras e parâmetros de adaptabldade e establdade, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Eberhart e Russell. Ceará, 2006/

12 8 - Médas geras e índces ambentas referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Eberhart e Russell. Ceará, 2006/ Estmatvas dos parâmetros de adaptabldade e establdade, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Cruz, Torres e Vencovsky. Ceará, 2006/ Médas geras e nos ambentes favoráves e desfavoráves, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Cruz, Torres e Vencovsky. Ceará, 2006/ Médas geras e estmatvas dos parâmetros de adaptabldade e establdade, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Ln e Bnns. Ceará, 2006/ Estmatvas dos parâmetros P geras, favoráves e desfavoráves com suas respectvas classfcações genotípcas, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Ln e Bnns. Ceará, 2006/ Médas geras, máxmas, mínmas e índces ambentas, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Ln e Bnns. Ceará, 2006/ Resumo da análse de varânca, referente à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa AMMI. Ceará, 2006/

13 15 - Médas e nterações predtas pelo modelo AMMI2 (A%) para genótpos, ambentes e locas, referentes ao caráter produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-decorda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa AMMI. Ceará, 2006/ Classfcações genotípcas segundo dversas metodologas utlzadas na caracterzação da adaptabldade e establdade dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/ Coefcentes de correlação de Spearman entre parâmetros de adaptabldade e establdade estmados pelos métodos de Eberhart e Russell, de Cruz, Torres e Vencovsky, Ln e Bnns e AMMI, referentes ao caráter produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Fejão-de-corda Fejão-de-corda no Brasl Melhoramento de Fejão-de-corda Interação Genótpo x Ambente Interação de genótpo com ambentes em fejão-de-corda Adaptabldade e establdade fenotípca Adaptabldade e establdade fenotípca em fejão-de-corda Comparação entre metodologas que avalam a adaptabldade e establdade fenotípca MATERIAL E MÉTODOS Materal genétco Ambentes de condução dos expermentos Procedmentos expermentas Caracteres avalados Análses estatístcas Análses de varâncas Análses ndvduas Análses conjuntas Análses das médas Análse de adaptabldade e establdade fenotípca Análse de correlações RESULTADOS E DISCUSSÃO Análses de varânca ndvduas e conjuntas Análses de médas Análse de adaptabldade e establdade fenotípca Método de Eberhart e Russell Método de Cruz, Torres e Vencovsky Método de Ln e Bnns Método AMMI Comparações entre os dferentes métodos utlzados...102

15 4.5 Análse de correlações CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES ANEXOS...142

16 15 1. INTRODUÇÃO O fejão-de-corda [Vgna unguculata (L.) Walp], também conhecdo como fejão-caup, fejão-macaça ou fejão-maçácar, é cultura de grande mportânca socoeconômca e uma das prncpas fontes de almento para as populações rural e urbana nas regões tropcas e subtropcas do mundo. A espéce tem grande varabldade genétca que a torna versátl, sendo usada para váras fnaldades e em dversos sstemas de produção. Além de uma grande plastcdade, apresenta cclo curto, baxa exgênca hídrca, rustcdade para se desenvolver em solos de baxa fertldade, pos tem uma ótma capacdade de fxar ntrogêno atmosférco por meo da smbose com bactéras do gênero Rhzobum, adaptando-se bem a dferentes condções ambentas (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). Como uma excelente fonte de proteínas (23 a 25%, em méda), o fejão-decorda apresenta todos os amnoácdos essencas, além de carbodratos (62%, em méda), vtamnas e mneras, possundo anda grande quantdade de fbras detétcas, um baxo conteúdo de gordura (teor de óleo de 2%, em méda) e não contém colesterol (ARAÚJO, 1997). Portanto, é uma boa opção para compor programas de polítcas públcas focadas na melhora da qualdade da almentação em áreas carentes dos meos rural e urbano. A lteratura mas recente aponta a Áfrca como centro de orgem do fejãode-corda, proposção resultante do fato de se encontrarem naquele contnente não só as formas selvagens da espéce V. unguculata, como também a grande maora das espéces do gênero Vgna. A ntrodução do fejão-de-corda no contnente amercano se deu a partr da Europa e do oeste da Áfrca e está relaconada à colonzação espanhola e ao tráfco de escravos no século XVII. Outros autores admtem que a ntrodução a partr do oeste da Áfrca pode ter ocorrdo já no século XVI (FREIRE FILHO, 1988). O fejão-de-corda é uma das prncpas espéces anuas cultvadas dos trópcos e tem sua mportânca socoeconômca explcada pelos mas de 11 mlhões de hectares plantados em todo o mundo. Os maores produtores e consumdores mundas de fejão-de-corda são a Ngéra, o Níger e o Brasl (SINGH; EHLERS; SHARMA; FREIRE FILHO, 2002). Segundo a FAO (Organzação das Nações Undas para a Agrcultura e Almentação), atualmente os países Burkna Faso e Myanmar também são ncluídos como grandes produtores mundas de fejão-de-corda, como pode-se observar

17 16 as estmatvas de produção dos maores produtores mundas de fejão-de-corda no Anexo A. Cultvado no Brasl desde o níco da colonzação, o fejão-de-corda predomna no sertão sem-árdo da regão Nordeste e em pequenas áreas na Amazôna. A área colhda, a produção e a produtvdade do fejão-de-corda varam muto de ano para ano (Anexo B), em vrtude, prncpalmente, das varações clmátcas. Entre 1993 e 2001, a méda anual da área colhda fo de ha, a produção fo de t e a produtvdade de 317 kg/ha. Com base nesses dados, estma-se que naquele período, o fejão-de-corda tenha gerado, em méda por ano, 1,36 mlhões de empregos, produzndo almentos para 23,06 mlhões de pessoas, tendo sua produção valorzada em US$ 242,6 mlhões (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). No período de 2004 a 2008, de acordo com o IBGE ( ), a méda anual da área colhda fo de ha com produção de toneladas, gerando mas de 1 mlhão de empregos e produzndo um suprmento almentar para mas de 26 mlhões de pessoas como pode-se observar no Anexo C. O fejão-de-corda representa a maor parte do total das áreas cultvadas com fejão na regão Nordeste como pode ser observado no Anexo D. No Ceará, o fejão-decorda partcpa com cerca de 98% da produção total de fejão prevsta para o Estado, que regstrou para 2009 uma área plantada de hectares e uma produção esperada de toneladas, maores que as safras de 2007 e 2008 em 8,4% e 8,0%, respectvamente. Entretanto, percebe-se que aconteceu uma redução na produção no período de 2007/2008 para 2008/2009 provavelmente devdo a escassez e/ou má dstrbução de chuvas e de sementes com alto potencal produtvo o que provocou reduções consderáves como se pode constatar pelos dados do IBGE (2008) no ANEXO E. O cultvo do fejão-de-corda com mercado restrto até pouco tempo era realzado segundo apenas padrões tradconas. Nos últmos anos, as áreas cultvadas cresceram bastante adqurndo uma maor expressão econômca. A espéce é cultvada tanto por pequenos como médos e grandes produtores, que utlzam alta tecnologa, contrbundo para a expansão do mercado além das fronteras das Regões Norte e Nordeste (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). Além das varações clmátcas, a utlzação de cultvares pouco produtvas, susceptíves a doenças ou pragas, ou com característcas ndesejáves que poderam ser melhoradas, como porte ou cclo, têm contrbuído bastante para uma osclação na

18 17 produção total e certa deprecação comercal do fejão-de-corda. Atualmente, os prncpas objetvos dos programas de melhoramento de fejão-de-corda no Brasl se resumem no desenvolvmento de cultvares com alta qualdade de grão, altos potencas produtvos e bem adaptados aos sstemas de cultvo de sequero e/ou rrgado (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). A maora dos caracteres de nteresse econômco, e, por consegunte, de nteresse especal para o melhorsta apresenta varação quanttatva e geralmente apresenta dstrbução contínua. A produção, entre outros, se enquadra naquela categora de caracteres tendo sua expressão fenotípca não resultando apenas de efetos genotípcos (G), mas também dos efetos ambentas (E) e das nterações genótpo x ambente (G x E) (ROCHA, 1998). A nteração genótpo x ambente é um componente da varação fenotípca resultante do comportamento dferencal apresentado pelos genótpos quando submetdos a mas de um ambente. A magntude na expressão fenotípca do caráter pode reduzr a correlação entre o fenótpo e o genótpo nflaconando a varânca genétca e, por sua vez, os parâmetros dependentes desta, como herdabldade e ganho genétco com a seleção (ROCHA; VELLO, 1999). Uma partcularzação da nteração G x E evdencada por genótpos e ambentes pode ser realzada por meo de estudos sobre adaptabldade e establdade fenotípca. Entende-se por adaptabldade, a capacdade de um genótpo aprovetar vantajosamente as condções ambentas mantendo a alta produtvdade, enquanto establdade se refere à manutenção da produtvdade ou de sua prevsbldade de comportamento em dversos ambentes (CRUZ; REGAZZI; CARNEIRO, 2004). Estudos de adaptabldade e establdade fenotípca são mportantes porque permtem partcularzar os efetos da nteração G x E, dentfcando a contrbução relatva de cada um para a nteração total. Exstem atualmente númeras técncas com bases genétcas e estatístcas dferentes que foram desenvolvdas com o ntuto de melhorar a quantfcação do padrão nerente à nteração G x E. Estudos comparatvos entre dversas metodologas são conduzdos com o objetvo de seleconar métodos que sejam mas prátcos e mas efcazes para a seleção e recomendação de cultvares. Avanços no cultvo do fejão-de-corda veem gerando necessdades em váras áreas de conhecmento dessa espéce. As pesqusas que estão sendo realzadas são dreconadas ao atendmento da maora dessas necessdades. Vsando amplar a forma de uso do produto e atender as preferêncas do consumdor, novos tpos

19 18 comercas teem sdo lançados no mercado. Os progressos centífcos e tecnológcos foram expressvos graças à concentração de esforços de nsttuções brasleras e estrangeras que buscam tanto a melhora genétca, como o aperfeçoamento dos sstemas de produção do fejão-de-corda. Esta pesqusa teve por objetvos: a) verfcar a magntude da nteração genótpos x ambentes; b) analsar a adaptabldade e establdade fenotípca de genótpos de fejão-de-corda, quantfcada por meo de quatro métodos (EBERHART; RUSSELL, 1966; CRUZ; TORRES; VENCOVSKY, 1989; LIN; BINNS, 1988; e AMMI (Addtve Man effects and Multplcatve Interactons/ ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988)); c) correlaconar os parâmetros de adaptabldade e establdade das metodologas utlzadas. As nformações obtdas vsam subsdar como subsído à recomendação de cultvares para o Estado do Ceará.

20 19 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Fejão-de-corda Steele e Mehra (1980) e Ng e Maréchal (1985) ctam o oeste da Áfrca, mas precsamente a Ngéra, como o centro prmáro de dversdade da espéce. Padulos e Ng (1997) relatam que, provavelmente, a regão de Transvaal, na Repúblca da Áfrca do Sul, seja a regão de especação de V. unguculata (L.) Walp. Anda persstem dúvdas sobre a regão afrcana onde o fejão-de-corda fo domestcado. Segundo alguns autores, uma cvlzação avançada a oeste do Sudão e cabeceras do Nger (1.600 km do Oceano Atlântco) domestcou espéces vegetas, entre elas o fejão-de-corda. A partr do NE da Áfrca, por volta de anos a.c., o cultvo desta espéce alcançou o Sudoeste da Ása e posterormente, 300 anos a.c., a Europa (FREIRE FILHO, 1988). De acordo com Ng e Maréchal (1985) a espéce fo domestcada dentro dos sstemas agrícolas compostos pelo sorgo e mlheto. O fejão-de-corda tem város nomes vulgares, sendo conhecdo como fejãode-macáçar ou macaça e fejão-de-corda na regão Nordeste do Brasl, fejão-da-colôna, fejão-de-praa e fejão-de-estrada, na regão Norte e fejão-múdo na regão Sul do Brasl (FREIRE FILHO; RIBEIRO; SANTOS, 2000). É também chamado de fejãocatador e fejão-gurutuba em algumas regões da Baha e no norte de Mnas Geras, e de fejão-fradnho nos estados da Baha e do Ro de Janero. É possível que o nome Macaçar, desgnação mas antga dada ao fejão-de-corda no Brasl, esteja assocado à cdade de Macacar, na Indonésa, hoje chamada de Ujung Pandang (BARRACLOUGH, 1995). A cdade de Macácar era um mportante entreposto comercal português na segunda metade do século 17, por sso os produtos provenentes desse entreposto eram dentfcados pela palavra macáçar, o que se acredta ter ocorrdo também com o fejão-de-corda permanecendo com o mesmo nome até hoje (ALBANO, 1916; BOXER, 1981). O fejão-de-corda é uma planta dcotledônea, com cerca de 160 espéces pertencentes à ordem Fabales, famíla Fabaceae, subfamíla Fabodeae, trbo Phaseoleae, subtrbo Phaselnea, gênero Vgna, subgênero Vgna, secção Catang,

21 20 espéce Vgna unguculata (L.) Walp. e subesp. Unguculata (MARÉCHAL; MASCHERPA; STAINIER, 1978; PADULOSI; NG, 1997; VERDCOURT, 1970). A espéce Vgna unguculata (L.) Walp., além da subespéce unguculata, tem três subespéces slvestres: dekndtana (Harms) Verd., tenus (E. Mey.) M. M. e S. e stenophylla (harvey) M. M. e S. (BAUDOIN; MARÉCHAL, 1985). Todo o fejão-decorda cultvado, entretanto, pertence à subespéce unguculata. Westphal, ctado por Maréchal, Mascherpa e Staner (1978) e Ng e Marechal (1985), dvdram a subespéce unguculata em quatro cultgrupos: Unguculata, Sesqupedals, Bflora e Textls. Padulos e Ng (1997) relatam que desde que essa classfcação fo adotada cessaram as dscussões sobre ela. No Brasl, somente são cultvados os cultgrupo Unguculata, compreendendo a quase totaldade das cultvares locas e melhoradas, e o Sesqupedals, comumente conhecdo como fejão-de-metro. O número cromossômco do gênero Vgna é 2n = 22, embora já tenham sdo encontrados com menor freqüênca os números 2n = 24, 2n = 20, entre outros. No caso da espéce V. unguculata, após a determnação do número de cromossomos feta por dversos pesqusadores, prevalece o número básco x = 11 (FORNI-MARTINS, 1988). Ao contráro do fejão comum (Phaseolus vulgars L.) e de outras legumnosas, o fejão-de-corda adapta-se relatvamente bem a uma ampla faxa de clma e de solo varando das areas quartzosas aos solos de textura pesada. Por apresentar elevada capacdade de fxação bológca do ntrogêno atmosférco, adapta-se bem a solos de baxa fertldade nas mas dversas condções culturas (EHLERS; HALL, 1997). A produção de fejão-de-corda no Brasl concentra-se entre 3 e 12 de lattude Sul e entre 35 e 43 de Longtude Oeste. Essa área tem temperaturas médas anuas elevadas, varando de 22 a 28 C (TEIXEIRA; MAY; SANTANA, 1988). As soetas varam de menos 600 mm a 1000 mm e o percentual de ncdênca de seca vara de 41 a 100% (SUDENE, 1981). A precptação pluval méda anual para área dessa undade é da ordem de 500 mm a 800 mm/ano (SILVA; OLIVEIRA, 1993). Ademas, a cultura é bem adaptada ao cerrado braslero e anda é cultvado em pequenas áreas no Paraná e no Ro Grande do Sul (FAGERIA, 1989). Em mutas áreas dos trópcos semárdos, o fejão-de-corda fornece mas da metade da proteína vegetal na deta humana (RACHIE, 1985). A área ocupada com fejão-de-corda no mundo está em torno de 12,5 mlhões de ha, com 8 mlhões (64% da

22 21 área mundal) nas partes oeste e central da Áfrca. A outra parte da área está localzada na Amérca do Sul, Amérca Central e Ása, com pequenas áreas espalhadas pelo sudoeste da Europa, sudoeste dos Estados Undos e da Oceana. Entre todos os países, os prncpas produtores mundas são Ngéra, Nger e Brasl (QUIN, 1997). A produtvdade do fejão-de-corda, além de muto baxa, é bastante rregular. Isso reflete a dversdade dos sstemas de produção, na maora das vezes nadequados, que são adotados nos mas dferentes locas do mundo onde ele é explorado. Como característcas báscas do fejão-de-corda destacam-se: o cclo, que pode ser dvddo em superprecoce (maturdade alcançada até 60 das após a semeadura), precoce (61 a 70 das), médo (71 a 90), médo-precoce (71 a 80 das), médo-tardo (81 a 90 das) e tardo (até 91 das); a arqutetura da planta, com quatro tpos de portes, sendo eles, ereto, sem-ereto, semprostrado e prostrado; o tpo dos grãos, que fo dvddo em três classes sendo esses, classe branco (subclasses branca, brancão e fradnho), classe preto e classe cores (subclasses mulato, canapu, sempreverde, vnagre, corujnha, azulão, mantega, verde e rajada) (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). Os prncpas fatores que nfluencam a produção do fejão-de-corda são a temperatura, a água e o fotoperíodo, além da utlzação de técncas de produção. O fejão-de-corda pode ser bem cultvado em faxas de temperatura que varam entre 20 e 35 C (ARAÚJO et al., 1984). A faxa deal de temperatura para a germnação da cultura é de 23 a 32,5 o C, ndependentemente do genótpo. Já a faxa de temperatura para a formação de nódulos está entre 24 e 33 C (CRAUFURD; ELLIS; SUMMERFIELD: MENIN, 1996). Afastando-se dessa faxa, a planta apresenta desenvolvmento nsatsfatóro e ocorrerá aumento da produção da parte vegetatva em detrmento da produção de grãos. Apesar de a espéce apresentar genótpos com comportamentos varados em relação ao comprmento do da, pode ser cultvado em faxas de fotoperíodo que varam entre 8 a 14 horas (WATT et al., 1988). O cultvo do fejão-de-corda exge um mínmo de 300 mm de precptação para que produza a contento, sem a necessdade de utlzação da prátca da rrgação. Da germnação ao fnal da formação de vagens e granação, a cultura requer uma quantdade de água em torno de 650 mm, regularmente dstrbuídas. As regões cujas cotas pluvométrcas osclem entre 250 e 500 mm anuas são consderadas aptas para o cultvo dessa legumnosa (CARDOSO et al., 1995).

23 22 O fejão-de-corda é conhecdo como uma planta relatvamente adaptada à seca. Trata-se de uma espéce que responde a dferentes níves de estresse ao longo dos dversos estádos de seu desenvolvmento (SUMMERFIELD; PATE; ROBERTS, 1985). As fases mas crítcas da cultura à escassez de umdade do solo são os períodos de germnação, floração e de enchmento das vagens. Vale ressaltar que a planta reage à defcênca hídrca do solo de acordo com a sua ntensdade. Em níves moderados de escassez de água, a planta reduz o seu cclo tornando-se assm, mas precoce. Em grau severo, a defcênca hídrca retarda a atvdade reprodutva da cultura (TURK; HALL, 1980). Sabe-se, todava, que o número de das que a planta tolera um estresse de água vara de cultvar para cultvar, já que algumas são capazes de manter algum crescmento ou pelo menos de sobrevver sob condções de solos secos (QUIN, 1997). No Brasl, poucos estudos de fsologa do fejão-de-corda foram conduzdos com a fnaldade de verfcar a resposta dessa cultura aos fatores clmátcos, no entanto pode-se destacar os trabalhos de Marques (2005), Gonçalves (1999) e Távora, Marques, Mendes Neto e Soares (1997). Apesar dessa cultura ser consderada relatvamente adaptada à seca, o fator clmátco anda consttu um dos grandes obstáculos ao aumento e establdade da produção do cultvo do fejão-de-corda nas áreas onde a mesma é dssemnada. Assm, as pesqusas relaconadas à busca de genótpos que apresentem elevadas produtvdades e establdade de produção devem ser assocadas ao comportamento desses genótpos face ao estresse hídrco, pos, conforme Machado et al. (1996), a possbldade de sucesso de um programa de melhoramento, vsando desenvolver cultvares mas aptas às condções de defcênca hídrca, pode ser aumentada quando se conhecem as respostas fsológcas das plantas à varação dos fatores ambentas Fejão-de-corda no Brasl Em 1568 já hava a ndcação da presença de mutos tpos de fejão no Brasl (GANDAVO, 2001), fato que se confrmou em 1587, quando fo relatado que uma grande varedade de fejões e favas era cultvada no estado da Baha, sendo os grãos e vagens utlzados na almentação humana do mesmo modo como eram em

24 23 Portugal e na Espanha (SOUSA, 1974). Embora nenhuma ctação ndcasse as cultvares de fejão utlzadas é bastante provável que o fejão-de-corda estvesse entre elas. Corrêa (1952) mencona que o fejão-de-corda fo ntroduzdo no Brasl pelos prmeros colonzadores, devendo referr-se aos portugueses. Krutman, Vtal e Bastos (1968) relatam que o fejão-de-corda fo ntroduzdo no Brasl pelos colonzadores portugueses. Frere Flho et al. (1981) apresentaram váras evdêncas de que o fejão-de-corda fo ntroduzdo na Amérca Latna, no século XVI, pelos colonzadores espanhós e portugueses, prmeramente nas colônas espanholas e, em seguda, no Brasl, provavelmente no estado da Baha. A partr da Baha, o fejão-decorda fo levado pelos colonzadores para outras áreas da regão Nordeste e para outras regões do País. Na Amérca do Sul, como nos demas contnentes, o fejão-de-corda é consumdo em város tpos grãos no que concerne a sua forma, cor e tamanho. O maor produtor de fejão-de-corda da Amérca do Sul é o Brasl e o Nordeste braslero destaca-se na produção naconal. No Brasl, o sstema de cultvo predomnante é o consorcado. Além da almentação humana, prncpalmente na forma de grãos secos, o fejão-de-corda também é utlzado para almentação anmal, adubação verde e como cobertura morta. Nas regões Norte e Nordeste do Brasl o fejão-de-corda, ao lado do fejão Phaseolus (fejão mulatnho ou tpo caroca), consttu-se no almento básco para a população, exercendo a função socal de suprr as necessdades almentares das camadas mas carentes, prncpalmente em relação às proteínas (TEIXEIRA; MAY; SANTANA, 1988). O fejão-de-corda possu qualdades de sobrevvênca em condções clmátcas adversas, sendo cultvado em todas as regões do País, prncpalmente em regões com baxa lattude, onde outras culturas demoram a se adaptar. O cultvo do fejão-de-corda é realzado predomnantemente em condções de agrcultura de sequero. Este sstema de cultvo consegue produzr, em anos secos, mas que outras espéces vegetas como o sorgo (Sorghum bcolor (l.) Moench.) e o mlheto (Pennsetum glaucum (L.) R. Br.), consderadas espéces resstentes a seca (TURK; HALL, 1980). No Ceará, em condções de rrgação no Vale do Jaguarbe, a cultvar Epace-11 apresentou uma produtvdade méda superor a kg/ha no período de 1986 a 1991 (EPACE, 1990).

25 24 Apesar de todas essas dfculdades enfrentadas pelo cultvo dessa espéce, comuns a agrcultura de subsstênca nordestna, a partr da década de 90, város produtores de fejão-de-corda veem utlzando tecnologas mas apropradas ao desenvolvmento da cultura, prncpalmente no que concerne as cultvares melhoradas. Como resultado, verfca-se um grande ncremento na produção de fejão e a expansão das fronteras agrícolas, prncpalmente no Ceará, que hoje detém cerca de 20% da produção da Regão Nordeste. No entanto, os produtores de fejão-de-corda, como os demas agrcultores nordestnos, prncpalmente aqueles que se dedcam às culturas de subsstênca, contnua em dependênca de fatores clmátcos e da polítca governamental drgda ao setor agrícola. Mas, deve ser observada a mportante partcpação da pesqusa na geração de novas tecnologas para o desenvolvmento da cultura do fejão-de-corda exercda pelas empresas de pesqusas EPACE (Empresa de Pesqusa Agropecuára do Ceará) e EMBRAPA (Empresa Braslera de Pesqusa Agropecuára) nessas duas últmas décadas. O aumento da produtvdade nesses últmos anos se deve tanto à exploração da cultura nas áreas rrgadas como, prncpalmente, à utlzação de cultvares mas produtvas e adaptadas às condções edafo-clmátcas do Estado, além de resstentes às doenças, como as vroses. 2.2 Melhoramento genétco de fejão-de-corda O Internatonal Insttute of Tropcal Agrculture (Insttuto Internaconal de Agrcultura Tropcal - IITA) contnua a lderar as pesqusas com fejão-de-corda em todo mundo. Entretanto, recentemente os programas de melhoramento de fejão-decorda das Unversdades da Calfórna e Rversde (EUA) e da EMBRAPA (Empresa Braslera de Pesqusas Agropecuáras) no Brasl, teem sdo fortalecdos e expanddos. Pesqusas sgnfcatvas sob város aspectos do melhoramento de fejão-de-corda teem sdo também realzadas em Burkna Faso, Índa, Mal, Ngéra e Senegal, e por contngente de outros países.

26 25 Dentre os objetvos dos programas de melhoramento de fejão-de-corda em todo o mundo estão: a) obtenção de um método de melhoramento deal (MEHTA; ZAVERI, 1997; SINGH, 2000); b) obtenção de híbrdos nterespecífcos (TYAGI; CHAWALA, 1999); c) obtenção de novos genótpos por meo de mutações (ADU- DAPAAH; SINGH; FATOKUN, 1999); d) resstênca a doenças (LATUNDE-DADA et al., 1999); e) obtenção de genótpos com resstênca à nematódes (EHLERS; MATTHEWS; HALL; ROBERTS, 2000); f) obtenção de genótpos com resstênca à vírus (SINGH; D HUGHES, 1999; ROCHA et al., 1996); g) obtenção de genótpos com resstênca à nsetos (SINGH, 1999b; SHADE; MURDOCK; KITCH, 1999); h) obtenção de genótpos com tolerânca à seca, calor e fro (SINGH, 1999a; ISMAIL; HALL; CLOSE, 1997); ) obtenção de genótpos com elevada capacdade de fxação de N 2 e uso efcente do fósforo (KOLAWALE; TIAN; SINGH, 2000); j) aumento da qualdade nutrconal (SINGH, 1999c); k) desenvolvmento e lberação de varedades de fejão-de-corda (FERY; DUKES, 1995, 1996; FERY, 1998, 1999, 2000; FREIRE FILHO et al., 1998; EHLERS; HALL; PATEL; ROBERTS; MATTHEWS, 2000). Os programas de melhoramento genétco com o fejão-de-corda no Brasl tveram níco em 1963 e eram sedados geralmente no Nordeste envolvendo dferentes nsttuções públcas (nsttutos de pesqusa, unversdades, organsmos de desenvolvmento e extensão rural). Esses programas de melhoramento constaram, prncpalmente, da ntrodução de cultvares tanto do exteror (USA, na maora das vezes) bem como de nsttuções do própro País. As melhores ntroduções eram dentfcadas em comparação com os cultvares locas em ensaos de competção de rendmento. Destacaram-se desses trabalhos as cultvares Ptúba (CCA Centro de Cêncas Agráras/UFC Unversdade Federal do Ceará) e Serdó (IPEANE Insttuto de Pesqusa Agropecuára do Nordeste/PE) no Nordeste e V-69 (IPEAN-Insttuto de Pesqusa Agropecuára do Norte) no Norte (ARAÚJO, 1988). A partr de 1975 teve níco no Brasl um acordo envolvendo o IITA (Internatonal Insttute of Tropcal Agrculture) localzado na Ngéra e dversas nsttuções naconas entre elas o CCA/UFC (Centro de Cêncas Agráras da Unversdade Federal do Ceará), quando foram ntroduzdos e avalados dversos materas provenentes daquele Insttuto. A cração do CNPAF (Centro Naconal de Pesqusa de Arroz e Fejão) da EMBRAPA, na década de setenta, que passou a coordenar os trabalhos com fejão-de-

27 26 corda no Brasl, permtu um ncremento das pesqusas com melhoramento genétco de fejão-de-corda. Em 1991 a coordenação do programa de melhoramento de fejão-decorda fo transferda do CNPAF para o Centro de Pesqusa Agropecuáro do Meo- Norte CPAMN, nessa época denomnada de Undade de Execução de Pesqusa de Âmbto Estadual UEPAE localzada em Teresna Pauí, o que manteve a mesma estratéga de trabalho. Na regão Nordeste, partcpam dretamente do programa de melhoramento de fejão-de-corda a Empresa de Pesqusa Agropecuára do Ceará EPACE, até a sua extnção em 1997, a Empresa de Pesqusa Agropecuára do Ro Grande do Norte EMPARN, a Empresa Estadual de Pesqusa Agropecuára da Paraíba EMEPA, a Empresa Pernambucana de Pesqusa Agropecuára IPA, a Empresa Baana de Desenvolvmento Agrícola EBDA, o Centro de Pesqusa Agropecuára dos Tabuleros Costeros CPATC e o CENTEC - Centro de Ensno Tecnológco do Ceará. Na regão Norte, partcpam do programa de melhoramento, o Centro de Pesqusa Agropecuára da Amazôna Orental CPATU, o Centro de Pesqusa Agroflorestal do Amapá CPAF Amapá e a Unversdade do Estado do Tocantns UNITINS. Além dessas Insttuções, o programa mantém um trabalho de colaboração com o Laboratóro de Vrologa do Departamento de Ftotecna e o Laboratóro de Lectnas do Departamento de Boquímca da Unversdade Federal do Ceará, com o Departamento de Ftotecna da Unversdade Federal Rural de Pernambuco e com o setor de Vrologa da Unversdade Federal Rural do Ro de Janero. As nsttuções de pesqusa, por meo do sstema cooperatvo de pesqusa agropecuára, estabeleceram os prncpas objetvos para o melhoramento genétco do fejão-de-corda no Brasl, com base nos fatores lmtantes à sua produção, tas como baxo potencal produtvo das cultvares, susceptbldade dessas cultvares às doenças e pragas e a não adaptação dos cultvares locas aos sstemas de cultvo utlzados (aspectos relaconados com o consórco). Atualmente o melhoramento de fejão-decorda tem bascamente os seguntes objetvos: a) aumento da produtvdade e melhora da qualdade vsual, culnára e nutrconal dos grãos; b) aumento da adaptabldade, establdade e tolerânca a estresses hídrcos; c) desenvolvmento de cultvares com arqutetura moderna para o cultvo mecanzado e adequadas à agrcultura famlar; d) ncorporação da resstênca múltpla as doenças; e) aumento da resstênca a nsetos. Em longo prazo: a) desenvolvmento de cultvares com grãos de cor verde persstente a

28 27 secagem para enlatamento e congelamento; b) desenvolvmento de cultvares com característcas para processamento ndustral, para produção de farnha e sopa précozda (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). Segundo a lteratura, depos das adversdades clmátcas (seca), as doenças são um dos prncpas fatores lmtantes à produção da espéce no País. Outra dfculdade enfrentada pelos programas de melhoramento tem sdo a marcante dferença entre o tamanho e cor dos grãos preferdos pelos consumdores e os padrões de tamanho e cor das sementes das cultvares ou lnhagens superores mportadas e que são fontes de genes desejáves para esses programas (ARAÚJO, 1988). No Nordeste, embora se reconheça à necessdade de melhorar o fejão-decorda para váras característcas, os programas teem se concentrado, prncpalmente, na resstênca às doenças, partcularmente causadas por vírus, e na produtvdade (FREIRE FILHO et al., 1981; MIRANDA et al., 1999). Constata-se, também, que os caracteres arqutetura da planta, precocdade e qualdade de grão veem crescendo em mportânca pelos seguntes motvos; a) necessdade de plantas mas eretas que possbltem a mecanzação da colheta; b) aumento dos plantos em áreas rrgadas; c) exgênca do mercado que prefere grãos com melhor aparênca, com mas unformdade de cor, tamanho e forma. Há preferênca por grãs de cor marrom-clara, grãos do tpo sempre-verde e grãos de cocção rápda, caldo denso e com bom aspecto após o cozmento, além de agradável odor e sabor (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). 2.3 Interações genótpos x ambentes O fenótpo de um ndvíduo é determnado pelo genótpo e pelo ambente. Esses dos efetos nem sempre são adtvos o que ndca que a nteração genótpo x ambente (G x E) está presente. A nteração resulta no desempenho nconsstente dos genótpos através dos ambentes. A nteração G x E sgnfcatva causa mudanças no ordenamento relatvo dos genótpos ao longo dos dversos ambentes (FALCONER, 1952; FERNANDEZ, 1991). A nteração G x E é um processo natural que faz parte da evolução das espéces e seus efetos permtem o aparecmento de genótpos estáves e aptos a um

29 28 ambente específco, ou de comportamento geral aptos a város ambentes (EBERHART; RUSSELL, 1966). A nteração pode dfcultar a seleção do genótpo com melhor desempenho e establdade, causando redução no progresso por seleção para qualquer ambente e dfcultando a recomendação de cultvares (HILL, 1975; YAU, 1995). A essênca do progresso genétco no melhoramento está no quanto o fenótpo de um ndvíduo expressa o seu genótpo, e essa tarefa tem sdo uma das maores dfculdades enfrentadas pelo melhorsta de plantas. Isso ocorre porque para a maora das característcas, especalmente para aquelas de baxa herdabldade, o valor genotípco de um ndvíduo é afetado por efetos ambentas e/ou outros efetos de confundmento (LAVORANTI, 2003). O processo da nteração é de extrema mportânca nos programas de melhoramento porque, a partr do seu entendmento, é possível executar uma seleção de genótpos com adaptação ampla ou específca, escolher locas de seleção, dentfcar o nível de estresse nos locas escolhdos para as fases fnas da seleção, e determnar o número deal de ambentes e de genótpos a serem avalados em cada fase de seleção (FOX; CROSSA; RAMOGOSA, 1997). Estudos sobre nteração G x E teem proporconado nformações sobre como elmnar as tendêncas de superestmação das varâncas genétcas, sendo que essa leva a dscrepâncas entre as respostas esperadas e obtdas com a seleção, adaptação de cultvares, avalação de genótpos e establdade de produção. A presença da nteração G x E provoca um aumento do desvo padrão fenotípco, reduz a herdabldade ao longo de ambentes e, consequentemente, dmnu ganhos genétcos potencas (ALLARD, 1971). Por essa razão, torna-se mportante o conhecmento precso das estmatvas da nteração G x E, bem como sua utlzação na determnação da establdade fenotípca dos dferentes genótpos. Quando se trabalha com mutos genótpos e ambentes, a nteração G x E pode ser decomposta em um número muto grande de stuações. Entretanto, alguns pontos devem ser consderados, pos, apenas uma pequena proporção do número possível de nterações é mportante. A estmatva da magntude da nteração pode ser feta a partr de uma pequena amostra e exste uma únca stuação em que um genótpo é melhor em todos os ambentes (ALLARD; BRADSHAW, 1964). A nteração G x E pode ser classfcada em nteração smples e complexa. A nteração smples é proporconada pela dferença de varabldade genétca entre

30 29 genótpos dentro dos ambentes, e a nteração complexa reflete a ausênca de correlação lnear entre genótpos de um ambente para outro, ou seja, haverá genótpos com desempenho superor em um ambente, mas não em outro, tornando mas dfícl a seleção e, ou, recomendação desses genótpos (CRUZ; REGAZZI; CANEIRO, 2004). A nteração smples ou a ausênca de nteração são menos mportantes para os melhorstas, pos não alteram a classfcação dos genótpos nos ambentes, mas permte defnção de estratégas de seleção. Porém, a nteração complexa é mas mportante, pos ela altera o ordenamento dos genótpos nos ambentes, dfcultando a seleção e recomendação desses materas. Esses fatores nterferem na classfcação relatva dos genótpos, nfluencando sua avalação e fazendo com que as nterpretações das estmatvas fenotípcas não possam ser estenddas a outras regões (CROSSA, 1990; RAMALHO; SANTOS; ZIMMERMANN, 1993). O método mas comumente utlzado para avalação da nteração G x E é a análse de varânca (ANAVA), por meo da análse conjunta dos expermentos. A estrutura dessa análse permte a estmação da nteração G x E que estara confundda com a varânca devdo a genótpos na análse ndvdual (por ambentes) (LAVORANTI, 2000). A ANAVA detecta nterações G x E estatstcamente sgnfcatvas quando o nível de expressão (contrbuções) dos genes que regulam determnado caráter dfere entre os ambentes testados. Essa contrbução dos genes para a expressão de um caráter é consderada a base bológca das nterações G x E (BASFORD; COOPER, 1998). Fatores fsológcos e boquímcos de cada genótpo cultvado também teem sdo atrbuídos como possíves causas das nterações G x E (CRUZ; REGAZZI; CARNEIRO, 2004). O conhecmento da magntude das nterações G x E por meo da ANAVA é requerdo para se obter estmatvas efcentes dos efetos genotípcos e se determnar o número de lotes e locas para nclur em futuros ensaos. Em programas de melhoramento a ANAVA pode ser utlzada para se estmar a hertabldade e predzer o ganho de um caráter sob seleção. A sgnfcânca dessas nterações deve ser nterpretada como uma ndcação de que exstem genótpos adaptados especfcamente a determnados ambentes, e outros que são menos nfluencados pelas varações ambentas (adaptação geral) (CROSSA, 1990). Os prmeros relatos de exploração da nteração G x E sgnfcatva foram realzados por Yates e Cochran (1938). Esses autores desdobraram essa fonte de

31 30 varação para cada genótpo, determnando uma regressão lnear da produtvdade em relação à méda de todos eles em cada ambente. As varações ambentas que podem contrbur para nteração são classfcadas em prevsíves e não prevsíves. No prmero caso estão ncluídos os fatores permanentes dos ambentes, como solo e clma, e aqueles em que o homem atua de forma dreta, como época de planto, tpo de adubação, métodos de colheta, etc. No segundo estão aquelas que ocorrem com as flutuações clmátcas nconsstentes, como precptações, umdades relatvas do ar, ou menos comuns, como geada e granzo, além da ocorrênca de pragas e doenças (ALLARD; BRADSHAW, 1964). O ambente para o melhoramento genétco pode ser defndo como uma sére de condções sob as quas as plantas crescem, podendo envolver locas, anos, épocas, regões, prátcas culturas ou de manejo, ou a combnação de todos esses fatores (ROMAGOSA; FOX, 1993). Para estudos de establdade fenotípca, a combnação local x ano representando um ambente é uma das mas utlzadas (ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988). Os ambentes podem ser classfcados em dos grupos denomnados de mcro e macroambentes. Os mcroambentes estão relaconados a fatores externos (erros estocástcos ou aleatóros) ou nternos (acdentes) de um organsmo, geralmente, não controláves (WU; MALLEY, 1998). Os macroambentes podem ser controláves (p.ex. níves de fertldade do solo) e não-controláves (p.ex. locas, anos agrícolas, e estações ou épocas do ano), que apresentam como prncpas componentes temperatura, pluvosdade e a lumnosdade (KEARSEY; POONI, 1998). A presença da nteração G x E sgnfcatva pode ser devda a outros fatores e não necessaramente a dferença na adaptabldade dos materas genétcos. Nesse contexto, mencona-se entre outros fatores a falta de ajuste do conjunto de dados ao modelo estatístco adotado (CHAVES; VENCOVSKY; GERALDI, 1989). Genótpos adaptados a ambentes específcos devem ser dentfcados como opção para amenzar os efetos da nteração G x E sgnfcatva. Devdo à nfndade de ambentes encontrados nos países de clma tropcal, se torna onerosa e dfculta as etapas de produção de sementes e manutenção dos números genótpos necessáros. Assm, o que se propõe é a dentfcação de genótpos com maor adaptabldade fenotípca, por serem aplcados nas mas varadas stuações, requerendo estudos sobre o desempenho genotípco, com base nos parâmetros de adaptabldade e establdade. Para esse tpo de estudo exstem atualmente númeras metodologas utlzadas.

32 31 A dentfcação dos ambentes nos quas a seleção deve ocorrer é um problema enfrentado por melhorstas, pos exste a dúvda sobre que tpo de ambentes, favoráves ou desfavoráves, fornecem uma maor dscrmnação entre os ambentes e que permtem maores manfestações da varabldade genotípca. Para Furtado et al. (1990), os ambentes favoráves são os mas adequados. Entretanto, para Hnson e Hanson (1962) e Ln e Wu (1974) ambentes favoráves não correspondem às condções reas das lavouras comercas, e por sso a seleção deve ser realzada em ambentes o mas semelhante possível da realdade dos agrcultores, ou seja, em ambentes menos favoráves. Dessa forma, em termos prátcos, é desejável estmar a nteração G x E para apontar os ambentes em que são ntensfcados os efetos genotípcos de nteresse. A nteração pode ser usada vantajosamente quando se procura maxmzar ou captalzar os ganhos genétcos dos materas em um ambente específco (nteração complexa). Assm, deve-se manejar essa nteração G x E de forma que as herdabldades para a produtvdade sejam aumentadas. Esse enfoque passa a ter mportânca superor quando se trata de uma cultura anda em desenvolvmento na compreensão dos benefícos do conhecmento da nteração G x E, como é o caso do fejão-de-corda no Brasl, partcularmente no Ceará Interações de genótpos com ambentes em fejão-de-corda O desenvolvmento normal de uma planta depende de város fatores, dentre os quas pode-se destacar a ntensdade da radação solar (relaconado dretamente com a fotossíntese e, esta com o crescmento da planta), o fotoperíodo, a pluvosdade, a temperatura, a dsponbldade de água e os tratos culturas. Esses fatores abótcos podem nfluencar dferentemente entre os locas e anos de cultvo, contrbundo para as nterações G x E (CÂMARA, 1998). Dos fatores bótcos que contrbuem em maor ou menor escala para a nteração G x E, doenças e pragas se destacam por nfluencar o comportamento dferencal dos genótpos de fejão-de-corda entre os ambentes. Efetos de dversas

33 32 doenças causadas por vírus sobre dferentes genótpos de fejão-de-corda foram, e anda são estudados por mutos autores (BARRETO et al., 1988; PAIVA et al., 1988; CARDOSO et al., 1988; CARDOSO et al., 1990; FREIRE FILHO et al., 1994) no ntuto de seleconar materas resstentes. Város estudos também foram e são realzados com relação ao efeto de pragas sobre genótpos de fejão-de-corda nos dferentes ambentes (CHAGAS, 1993; CAJAZEIRAS, 2000). A nteração G x E em fejão-de-corda tem sdo estudada pelos melhorstas envolvendo város tpos de fatores ambentas, tas como os envolvendo genótpos x locas x anos (BARRETO; QUINDERÉ; SÁ; SANTOS, 1996; FREIRE FILHO et al., 2003, 2005) e genótpos x locas x anos x sstema de produção [sequero e rrgado (SANTOS; ARAÚJO; MENEZES, 2000; ANDRADE et al., 2006; SANTOS et al., 2006) ou soltero e consorcado (CARDOSO et al., 1993, 1994; CARDOSO; MELO; ANDRADE JÚNIOR, 1997; SAGRILO et al., 2003; LIMA et al., 2005; MELO; CARDOSO; NEVES, 2006; PADI, 2007)]. A varabldade genétca em fejão-de-corda tem sdo constatada quanto a sua efcênca nos sstemas de cultvo assocados. Algumas cultvares se adaptam ndstntamente ao consórco com outras culturas. Por exemplo, a cultvar EPACE 6, já fo menconada por Beltrão et al. (1986) para consórco com algodão herbáceo; por Barreto e Qunderé (1993) para assocação com mlho e por Barreto, Qunderé e Quental (1996) para cana-de-açúcar. A análse da nteração genótpo x locas (G x L) objetva, prncpalmente, avalar o comportamento dos genótpos frente aos fatores prevsíves mcro (dentro de locas) e macroambentas (entre locas) no espaço. Lopes, Cravo e Sampao (2006) encontraram nterações genótpo x locas altamente sgnfcatvas durante avalação de genótpos de fejão-de-corda realzada no estado do Pará envolvendo dversos ambentes. Entretanto, a exstênca da nteração genótpo x ambente ndca a necessdade do desenvolvmento de cultvares específcas de fejão-de-corda para determnadas regões e condções de cultvo. O efeto de anos é caracterzado como um fator mprevsível. A avalação das nterações genótpos x anos (G x A) é de extrema mportânca, pos fornece nformações sobre a prevsbldade do comportamento dos genótpos frente aos fatores ambentas, no tempo. Sampao et al. (2006) avalando o efeto das nterações ano x genótpo, dentfcaram lnhagens do tpo sem-ereto que apresentaram produtvdades

34 33 médas mas estáves que as do tpo ereto de um ano para o outro. Nesse sentdo, Vencovsky e Torres (1988) afrmam que para o produtor é melhor que uma cultvar seja estável ao longo dos anos. 2.4 Adaptabldade e establdade fenotípca Apesar de ser de extrema mportânca para o melhoramento, uma smples análse da nteração G x E não proporcona nformações precsas sobre o comportamento de cada genótpo frente às varações ambentas. Para tal objetvo, realzam-se análses de adaptabldade e establdade fenotípca, pelas quas se torna possível a dentfcação de genótpos de comportamento prevsível que sejam responsvos a melhora das varações ambentas em condções amplas ou específcas. As análses de adaptabldade e establdade fenotípca são complementares a análse de varânca ndvdual e conjunta dos expermentos (CRUZ; REGAZZI; CARNEIRO, 2004). Segundo Vencovsky e Barrga (1992), as propredades adaptação e a establdade, embora sejam característcas relaconadas, não devem ser consderados como um só. Nesse sentdo, város métodos foram propostos para medr tas parâmetros, sendo que suas dferenças proveem dos dversos concetos empregados e dos dferentes procedmentos estatístcos utlzados para suas determnações. Fnlay e Wlknson (1963) defnram establdade méda de uma forma dnâmca para caracterzar uma varedade. Nesse caso, a produção vara de acordo com a capacdade dos ambentes em proporconar altas ou baxas produtvdades. A establdade, segundo Allard e Bradshaw (1964) é vsta de um modo geral sob os aspectos da homeostase populaconal e ndvdual. O prmero compreende o caso em que dferentes genótpos são adaptados a dferentes faxas de varação ambental. O segundo é vsto como uma conseqüênca de uma reação establzadora dos ndvíduos "per se", de modo que cada membro da população adapta-se a dversos ambentes. Desta manera, populações de base genétca estreta são mas dependentes da homeostase ndvdual para conservar seus caracteres, porém, em populações de ampla base genétca, os tpos de homeostase estão presentes. Desse modo, um genótpo estável

35 34 para os autores é aquele que apresenta potencal para ajustar o seu estado genotípco e fenotípco às flutuações ambentas. Para Eberhart e Russell (1966), adaptabldade desgna à capacdade dos genótpos aprovetarem vantajosamente os estímulos do ambente. Becker (1981) dstnguu dos tpos de establdade: a bológca ou homeostátca e a agronômca. A establdade bológca sera aquela em que o genótpo mantém uma produtvdade constante entre ambentes; já na establdade no sentdo agronômco, o genótpo é consderado estável se produzr bem em relação ao potencal produtvo dos ambentes testados. Segundo Fox, Crossa e Romagosa (1997), a déa de establdade agronômca está relaconada com ordenamento; e genótpo estável é aquele consstentemente bem ordenado. Ln, Bnns e Lefkovcth (1986) sugerram três concetos sobre establdade: a) tpo 1, o genótpo é consderado estável se sua varânca entre ambentes for pequena, relaconado a respostas relatvamente pobres em ambentes de baxas produtvdades, e, baxas produtvdades em ambentes altamente produtvos; b) tpo 2, o genótpo estável é aquela em que sua resposta aos ambentes é paralela ao desempenho médo de todos os genótpos avalados nos expermentos; e c) tpo 3, genótpo estável apresenta o quadrado médo do desvo de regressão baxo, próxmo a zero, ou seja, alta confabldade na resposta estmada. Os autores também dentfcaram quatro grupos de parâmetros estatístcos necessáros para a avalação da establdade: Grupo A - estmatvas a partr dos efetos genotípcos; Grupo B - estmatvas baseadas na varânca da nteração genótpo com ambente (GE); Grupo C - baseado nos coefcentes de regressão; e Grupo D - baseado nos desvos de regressão. As estatístcas mostram o quanto os dados se ajustam bem à regressão, mas não estabelecem relação dreta com a establdade dos genótpos. Becker e Léon (1988) dvdram establdade em estátca e dnâmca. O tpo estátca está assocado àqueles genótpos que apresentam desempenho constante com as varações ambentas, sendo um tpo de establdade desejável quando se quer preservar determnada característca genétca. O tpo dnâmco está assocado aos genótpos que apresentam um comportamento prevsível dentro das varações ambentas. Vencovsky e Torres (1988) apontaram os tpos de establdade espacal e temporal. Segundo os autores a establdade espacal é snônmo de adaptabldade, enquanto na establdade temporal espera-se boa produtvdade, sem que haja nterações com as flutuações clmátcas exstentes entre anos.

36 35 Allprandn (1992) defnu establdade com base no coefcente de 2 determnação ( R ) e dos desvos da regressão ( S 2 d ), e adaptabldade como consequênca do desempenho do genótpo em relação à méda dos genótpos avalados e da responsvdade medda pelo coefcente de regressão ( b ). Yue et al. (1997) consderam establdade como sendo a consstênca no ordenamento relatvo de determnadas cultvares num dado grupo de ambentes. Na lteratura exstem mutos concetos de establdade, todava, os autores teem utlzado as termnologas de Fnlay e Wlknson (1963) e de Eberhart e Russell (1966) ou varações das mesmas. Alguns autores apresentam certa concordânca entre s, ou seja, genótpo estável é aquele que, quando cultvado em város ambentes, apresenta pouca osclação para o caráter avalado. Os parâmetros que determnam à establdade são específcos para os materas genétcos avalados, bem como para os ambentes analsados, sendo errôneo nferr esses resultados para outros materas e ambentes (YATES; COCHRAN, 1938). Dentre os métodos propostos para estudar a adaptabldade e establdade fenotípca os seguntes procedmentos: a) com base na varânca da nteração G x E (MAGARI; KANG, 1997; PLAISTED; PETERSON, 1959; SHUKLA, 1972; TAI, 1971; WRICRE, 1965; WRICKE; WEBER, 1986); b) baseados em regressão lnear smples (EBERHART; RUSSELL, 1966; FINLAY; WILKINSON, 1963; PERKINS; JINKS, 1968; YATES; COCHRAN, 1938); c) na regressão múltpla (CRUZ; TORRES; VENCOVSKY, 1989); SILVA; BARRETO, 1986; STORCK; VENCOVSKY, 1994; VERMA; CHARAL; MURTY, 1978); d) na regressão quadrátca (BRASIL; CHAVES, 1994); e) modelos não-lneares (CHAVES; VENCOVSKY; GERALDI, 1989; TOLER; BURROWS, 1998; SILVA, 1998; ROSSE; VENCOVSKY, 2000;); f) não-paramétrcos (ordem de classfcação genotípca, LIN; BINNS (1988), HUEHN (1996)); g) métodos multvarados, ACP - análse de componentes prncpas (CROSSA, 1990); h) análse de agrupamento (HANSON, 1994); ) análse fatoral de correspondêncas (HILL, 1975); j) análse de coordenadas prncpas (WESTCOTT, 1987); k) método AMMI (Adttve Man Multplcatve Interacton) que ntegra a análse comum de varânca (método unvarado) com a análse de componentes prncpas (método multvarado) sugerdo por Gauch e Zobel (1996) e proposto por Mandel (1971). As dferenças entre os métodos ctados orgnam-se nos dferentes concetos e procedmentos bométrcos utlzados para medr a nteração (G x E).

37 36 Plasted e Peterson (1959) verfcaram que, quando são testados genótpos em város locas, uma proporção da varânca é devda a G x E, e cada genótpo contrbu com uma determnada fração para essa varânca. O parâmetro de establdade é obtdo pela méda artmétca dos componentes de varânca da nteração G x E, que envolve um genótpo partcular, sendo mas estável aquele que contrbur menos para a nteração. Wrcke (1965) usou a análse de varânca para calcular a contrbução ndvdual dos genótpos para a nteração. O autor denomnou essa estatístca de ecovalênca", que consste na decomposção da SQ GxE nas partes devdas a genótpos solados. Os métodos com base na ANAVA permtem o cálculo da varânca mínma apresentada pelos genótpos e expressa apenas a establdade fenotípca, ou seja, não há nenhuma estmatva da adaptabldade dos genótpos nem do dreconamento de suas respostas aos dferentes tpos de ambentes. Essa é a prncpal desvantagem desses métodos, pos, em geral, os genótpos que apresentam um comportamento regular, entre os ambentes, são pouco produtvos (LAVORANTI; DIAS; VENCOVSKY, 2002). Yates e Cochran (1938) foram os prmeros autores a usarem a regressão lnear em estudos de establdade fenotípca. Esses autores sugerram a decomposção da nteração genótpos x ambentes, determnaram para cada varedade uma regressão lnear da produtvdade em relação à méda da produtvdade de todas as varedades em cada ambente. Fnlay e Wlknson (1963) foram os prmeros pesqusadores a trabalhar com índce ambental, sendo esse parâmetro a méda de rendmento de todos os genótpos em cada ambente. Esses autores sugerram anda que a varável produtvdade fosse submetda a transformação logarítmca, com a fnaldade de aumentar a lneardade na regressão, e proporconar maor homogenedade das varâncas resduas dos expermentos. Dessa forma é possível obter ambentes favoráves e desfavoráves para os índces postvos e negatvos, respectvamente. Por esse método, um genótpo deal e aquele que apresenta produtvdade méda elevada, coefcente de regressão gual a um, e desvo de regressão próxma de zero, ou seja, sera um genótpo responsvo a melhora das condções ambentas e de comportamento altamente prevsível. Eberhart e Russell (1966) propuseram um método com base na análse de regressão lnear smples onde o índce ambental (efeto do ambente) é a varável

38 37 ndependente, e a produtvdade méda de cada genótpo em cada ambente representa a varável dependente. Os autores também sugerram a não transformação dos dados e a estmação dos desvos da regressão, sendo esses ndcatvos do grau de confabldade da resposta lnear estmada, o que caracterza a prevsbldade do genótpo. Os parâmetros coefcente de regressão ( β ) e a produtvdade méda estmam a adaptabldade do genótpo e a varânca dos desvos da regressão ( establdade. S 2 d ) mede a sua A maora dos melhorstas utlza-se da análse de regressão para estudar a establdade fenotípca por ser uma técnca matematcamente smples e bologcamente nterpretável (ROMAGOSA; FOX, 1993). Entretanto, uma das prncpas lmtações do uso dessa análse para esse tpo de estudo está na dependênca que exste entre a varável que quantfca o índce ambental ( I j ) e a produtvdade méda do cultvar ( Y j ), pos o prmero é obtdo em função do segundo, volando um dos prncípos da análse de regressão que é a ndependênca entre as varáves dependentes e ndependentes. Porém, a ndependênca não será problema se o expermento possur um número razoável de genótpos e ampltude de ambentes com quadrado médo sgnfcatvamente maor que o quadrado médo do erro, pos nos expermentos com pequeno número de ambentes e genótpos com desempenhos muto dferentes, a adaptação desses genótpos poderá ser devdo ao desempenho desses nos ambentes extremos, o que na verdade mascarara os resultados (CROSSA, 1990). A obtenção de parâmetros por meo da análse de regressão lnear apresenta outros nconvenentes tas como: a) não ser nformatva quando a lneardade falha; b) ser altamente dependente do grupo de genótpos e ambentes ncluídos na análse; c) tender a smplfcar padrões de resposta dferentes, por explcar a varação da nteração G x E em apenas uma dmensão (coefcente de regressão) quando na realdade ela pode ser altamente complexa (CROSSA, 1990). Verma, Chahal e Murty (1978) propuseram uma técnca alternatva de regressão, que consste no ajuste de duas regressões lneares separadamente. Os autores argumentaram que exstem genótpos aproprados para ambentes pobres (desfavoráves) e rcos (favoráves). O ajustamento de dos ou mas segmentos de reta explcaram melhor a resposta dos genótpos cujos desvos de regressão lnear smples se mostraram elevados. O genótpo mas estável apresentou rendmento elevado e

39 38 constante em ambentes consderados desfavoráves, mas com capacdade para responder à ambentes favoráves, sto é, a melhora do ambente. Slva e Barreto (1986) propuseram ajustamento para cada genótpo, obtdo de uma únca equação de regressão consttuída de dos segmentos de reta com a sua unão no ponto correspondente ao valor zero do índce de ambente. Uma alteração na metodologa elaborada por Slva e Barreto (1986) fo proposta por Cruz, Torres e Vencovsky (1989). Os autores mplantaram um modelo de regressão descontínuo com estmatvas não correlaconadas dos coefcentes de regressão com o objetvo de facltar a estmação dos parâmetros e melhorar a precsão das estmatvas. Nesse modelo, as lnhas da regressão são mpeddas de se tocarem no ponto onde o índce ambental é nulo, o que permte a ndependênca dos dos segmentos de reta, ou seja, a descontnudade. Assm, caso ocorra correlação entre os coefcentes de regressão, ela é decorrente apenas das propredades dos materas genétcos (CARNEIRO, 1998). Uma medda adconal acrescentada por Pnthus (1973) fo o coefcente de 2 determnação ( R ), que pode substtur S 2 d ou auxlá-lo, fornecendo uma medda da varação observada explcada pela regressão. Porém, um dos nconvenentes que surge com relação ao emprego desse parâmetro, como medda de prevsbldade dos genótpos, é que ele dependente da magntude do coefcente de regressão ( β ), o que provoca certa tendencosdade nas conclusões. O desvo da regressão apresenta uma menor assocação com o coefcente de regressão, devendo ser, por sso, preferível para nferr sobre a prevsbldade dos genótpos (DUARTE; ZIMMERMANN, 1995). Ln e Bnns (1988) defnram como medda de establdade o quadrado médo da dstânca entre a méda de cada cultvar e a resposta méda máxma dos genótpos para todos os locas. Essa metodologa é classfcada como uma estatístca não-paramétrca e ala establdade com adaptabldade no mesmo parâmetro. Nas análses não-paramétrcas há tendênca de expressar em um ou poucos parâmetros o desempenho e o comportamento de um genótpo em termos de rendmento, capacdade de resposta às varações ambentas e suas flutuações. Esse tpo de metodologa apresenta algumas vantagens como: a) a tendencosdade causada por pontos completamente fora da equação de regressão ajustada é reduzda ou, às vezes, elmnada; b) não é necessáro assumr qualquer hpótese sobre a dstrbução dos valores fenotípcos; c) os parâmetros estmados que apresentem classfcações são de 1

40 39 fácl uso e nterpretação; d) a adção ou retrada de um ou poucos genótpos não é causa de grandes varações nas estmatvas. A metodologa é adequada em aplcações (seleção em programas de melhoramento) em que a posção relatva ou classfcação dos genótpos é mportante (LAVORANTI, 2003). As metodologas unvaradas, apesar de bastante dfunddas na lteratura, apresentam pelo menos um problema de abordagem bológca ou estatístca fazendo com que suas nterpretações sejam vstas com ressalvas, pos dados de expermentos envolvendo estudos de G x E com orgem em multambentes devem ser abordados com técncas estatístcas de análse multvarada para que detecte os efetos nteratvos de fatores (ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988). Os dados obtdos de expermentos realzados em multambentes apresentam três aspectos fundamentas que são: a) o padrão estrutural; b) ruídos não estruturas; c) as relações entre genótpos, ambentes e nteração G x E. O padrão mplca que um número de genótpos responde a determnados ambentes de forma sstemátca, sgnfcante e nterpretável; o ruído sugere que as respostas são mprevsíves e não nterpretáves, sendo parte ntegrante da varabldade estranha contda nos dados, e as relações entre genótpos, ambentes e nteração G x E contém padrão e ruído que devem ser separados e explcados por análses multvaradas adequadas (CROSSA, 1990). As análses multvaradas apresentam três objetvos prncpas: a) elmnar os ruídos presentes nos dados; b) sumarzar os dados; c) revelar a estrutura dos mesmos (JOHNSON; WICHERN, 1998). Nesse tpo de abordagem, não se parte da premssa de que os desvos de atvdade, decorrentes do ajuste dos efetos prncpas, sejam nteramente resultantes da nteração G x E, pos esses desvos podem conter ruídos e o descarte desses permtrá caracterzar melhor os fatores genétcos e ambentas realmente envolvdos nas nterações dos genótpos com ambentes (DUARTE, 2001). Os procedmentos multvarados podem ser dvddos em dos grupos: o prmero reun as técncas de ordenação, como a análse de componentes prncpas (ACP), análse de coordenadas prncpas e análse de fatores, e o segundo as técncas de classfcação, com análse de agrupamento e análse dscrmnante. O método AMMI, bem como as metodologas multvaradas ctadas anterormente, foram elaboradas com o objetvo de mnmzar possíves erros de estmação e garantr uma maor precsão e efcênca da análse de nteração G x E (ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988; DE CAUWER; ORTIZ, 1998; CROSSA, 1990; GAUCH; ZOBEL, 1996).

41 40 A ACP é a mas freqüentemente usada e possblta a transformação dos dados a partr de um grupo de exos de coordenadas em outro grupo, que preserve o máxmo possível à confguração orgnal do grupo de pontos e concentre a maor parte da estrutura dos dados no(s) prmero(s) exo(s) da análse. Admte-se que as varáves orgnas defnem um espaço Eucldano na qual a smlardade entre tens é medda como dstânca Eucldana (FLORES; MORENO; MARTINEZ; CUBERO, 1998). Uma metodologa multvarada que vem ganhando espaço em utlzação é a análse AMMI (Addtve Man effects and Multplcatve Interacton), proposta ncalmente por Mandel (1971). Ela consste de um modelo lnear (efetos adtvos) e b-lnear (efeto multplcatvo) que ntegra a ANAVA para efetos adtvos prncpas (genótpos e ambentes) com a ACP para o efeto multplcatvo da nteração G x E (GAUCH; ZOBEL, 1996). Esse método permte seleconar modelos que explquem o padrão relaconado à nteração (SQ GxE Padrão), descartando os ruídos presentes nos dados e sem nteresse agronômco (SQ GxE Ruídos). O número de exos ou componentes da ACP retdos para a maora das aplcações é o menor possível (dos ou três no máxmo), com o qual se pretende reduzr a dmensão do sstema e fornecer uma descrção mas parcmonosa à cerca da estrutura da nteração (SHAFII; PRICE, 1998). A análse AMMI pode auxlar tanto na dentfcação de genótpos com alta produtvdade e amplamente adaptados, como na realzação do zoneamento agronômco com a fnaldade de recomendação regonalzada e seleção de locas de teste (GAUCH; ZOBEL, 1996). O método anda permte a obtenção de estmatvas mas precsas das respostas genotípcas e possblta uma fácl nterpretação gráfca dos resultados da análse estatístca por meo da representação em bplot. Esse tpo de representação gráfca apresenta smultaneamente lnhas e colunas, referentes a uma matrz de dados, que pode ndcar a exstênca de agrupamentos entre as observações e mostrar varâncas e correlações entre as varáves (ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988). O método AMMI vem ganhando grande aplcabldade nos últmos anos na análse de dados de expermentos, prncpalmente, em estudos da nteração G x E. Város trabalhos podem ser ctados de dversos pesqusadores da área agronômca que estudaram a nteração G x E utlzando essa metodologa (GAUCH, 1988; GAUCH; ZOBEL, 1988; ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988; CROSSA, 1990; GAUCH 1990, 1992; CROSSA et al., 1991; PIEPHO, 1995; GAUCH; ZOBEL, 1996; DE CAUWER; ORTIZ, 1998; DUARTE; VENCOVSKY, 1999; LAVORANTI, 2000; LAVORANTI et al., 2001a; 2001b; THILLAINATHAN; FERNANDEZ, 2001; VARGAS et al., 2001;

42 41 YAN et al., 2001; LAVORANTI et al., 2002; ROCHA, 2002; LAVORANTI, 2003; OLIVEIRA et al., 2003). No entanto, alguns pontos negatvos relaconados à metodologa AMMI devem ser relatados, tas como: a) dfculdade na nterpretação da nteração quando há baxa explcação do prmero componente prncpal; b) dfculdade para quantfcar os escores como baxos, consderando estáves os genótpos e/ou ambentes; c) não apresenta o padrão de resposta do genótpo. As técncas multvaradas são estatstcamente muto complexas e a falta de dsponbldade de programas computaconas tem lmtado bastante seu uso (FLORES; MORENO; MARTINEZ; CUBERO, 1998). Tas técncas ganharão maor acetação a partr do momento que os programas sejam mas nformatvos e de fácl uso, bem como sejam capazes de manejar expermentos com dados perddos. Algumas mudanças podem ser evdencadas nos trabalhos apresentados por Duarte e Vencovsky (1999) e Thllanathan e Fernandez (2001), utlzando o sstema SAS (SAS INSTITUTE, 2002) e o programa Establdade (Unversdade Federal de Lavras, 2000), nos quas a análse AMMI é apresentada de forma detalhada. Varáves ambentas assocadas com parâmetros de establdade para avalar com maores detalhes a nteração G x E são utlzadas em alguns métodos. Isso é feto com os objetvos de estudar suas relações com o desempenho genotípco e entender as verdaderas causas da nteração G x E. As respostas fsológcas dferencas de genótpos a fatores edafoclmátcos, especalmente aqueles relaconados à efcênca nutrconal e tolerânca a estresses são relevantes para a nteração G x E (BAKER, 1988). Informações sobre varáves ambentas ou genotípcas, tas como dados meteorológcos ou característcas de solo quando dsponíves, podem ser correlaconadas ou regreddas sobre escores ambentas ou genotípcos estmados pelo modelo AMMI (VARGAS et al., 2001). Yan et al. (2001) propuseram um método para avalar a adaptabldade e a establdade fenotípca baseado na análse gráfca denomnada de bplot GGE (efetos prncpas de genótpos e da nteração G x E). O bplot GGE é construído plotando-se os dos prmeros componentes prncpas de uma ACP e utlzando modelos de regressão de locas (SREG). O objetvo prncpal é dentfcar genótpos superores para recomendação aos produtores e locas que melhor representem ambentes específcos ou mega-ambentes. A nteração G x E deve ser entendda em suas bases genétcas e ambentas, sendo de fundamental mportânca no melhoramento de plantas. Chaves (2001) comenta

43 42 que há a necessdade de se ntensfcar os estudos sobre a nfluênca de genes específcos (genes que conferem resstênca a fatores de estresse bótcos e abótcos) sobre a manfestação da nteração G x E em caracteres complexos como a produtvdade. Alguns autores sugerem que o mapeamento de locos que controlam caracteres quanttatvos (QTLs) e sua nteração com o ambente (nteração Q x E) pode ajudar na elucdação das verdaderas causas e na natureza da nteração G x E relaconada a determnado grupo de genótpos e ambentes. Kang (1998) comenta que a dentfcação de QTLs mas estáves em dferentes ambentes podera ser utlzada em um esquema de seleção assstda para establdade fenotípca. Crossa et al. (1999) propõem modelos de regressão fatoral e parcal de mínmos quadrados para análses que envolvem marcadores moleculares e covaráves ambentas objetvando estudar a nteração Q x E relaconada à nteração G x E. Olvera et al. (2004) também utlzaram o método de Annccharco (1992) para estudo da establdade fenotípca de híbrdos comercas de mlho para slagem no Sul do Brasl e conseguram dentfcar genótpos estáves e adaptados. Atroch, Soares e Ramalho (2000) avalaram a adaptabldade e establdade de lnhagens de arroz de sequero em város locas no estado de Mnas Geras utlzando as metodologas de Annccharco (1992), Ln e Bnns (1988) e Cruz, Torres e Vencovsky (1989) e verfcaram que os materas dferram quanto à establdade da produtvdade de grãos, com destaque para a cultvar Canastra e a lnhagem CNA Por outro lado, as cultvares Maravlha e Confança e a lnhagem CNA 7911 mostraram-se nstáves. O uso da metodologa AMMI no estudo da nteração G x E, bem como dos parâmetros de establdade e adaptabldade nas dversas culturas é encontrado em mutas partes do mundo. Entre esses estão o trgo (KAYA; PALTA; TANER, 2002; TARAKANOVAS; RUZGAS, 2006; MOHAMMADI et al., 2007), o algodão (CAMPBELL; JONES, 2005), a lnhaça (ADUGNA; LABUSCHAGNE, 2002), o trevo-branco (TARAKANOVAS; SPRAINAITIS, 2005), etc. A metodologa AMMI também fo utlzada na avalação de cruzamentos dalélcos em trgo por Ortz et al.(2001). No Brasl há relatos do uso da metodologa AMMI em estudos com soja (MAIA et al., 2006; MORAES et al., 2003; OLIVEIRA; DUARTE; PINHEIRO, 2003; ROCHA, 2002; ROCHA; VELLO; LOPES; MAIA, 2004; ROCHA; VELLO, 1999),

44 43 mlho (ARIAS, 1996; GONÇALVES, 1997), batata (PEREIRA; COSTA, 1998), fejão comum (BORGES et al., 2000), eucalpto (LAVORANTI; DIAS; VENCOVSKY; 2002) e fejão-de-corda (FREIRE FILHO et al., 2001; 2002; 2003; 2005; AKANDE, 2007; ROCHA et al., 2006b; ROCHA et al., 2007). Nos trabalhos de Perera e Costa (1998) com batata, o CPI1 (componente prncpal da nteração 1) explcou 44% da SQ GxE. Nos trabalhos com fejão comum o CPI1 explcou 43 % (BORGES et al., 2000). Enquanto, no trabalho com soja, o CPI1 explcou de 23 a 39 % (OLIVEIRA; DUARTE; PINHEIRO, 2003) Adaptabldade e establdade fenotípca em fejão-de-corda O fejão-de-corda é cultvado na maora dos muncípos do estado do Ceará em ambentes cujos fatores relaconados à clma solo e apresentam consderável varação. Como o servço estadual de produção e dstrbução de sementes não está estruturado de modo a atender demandas regonas específcas, comumente se procede à dstrbução de um mesmo cultvar para as dferentes regões produtoras dessa cultura (BARRETO, 1999). Tas condconantes mplcam que os materas destnados ao planto comercal no estado do Ceará devem ser portadores de um caráter básco, com ampla adaptabldade, ou seja, materas que apresentam a melhor méda de rendmento agronômco quando avalados em um grande número de locas e dferentes stuações de cultvo. Dentro deste cenáro foram norteados os prncpas lançamentos e recomendações de cultvares realzados pela EPACE (Empresa de Pesqusa do Ceará), desde o 1ª cultvar a EPACE 1 (em 1982 anda plantada em alguns muncípos), a BR 1-Poty (em 1984), a EPACE 10 (em 1990 até hoje a mas utlzada), até o últmo materal proposto (BARRETO; QUINDERÉ; SÁ; SANTOS, 1996b) a EPACE V-96 (em 1996), que, submetdo aos mas dstntos ambentes alcançou um rendmento médo de kg/ha, agregando establdade fenotípca quanto ao rendmento agronômco (BARRETO, 1999). As metodologas mas usadas para estudo da adaptabldade e establdade de genótpos em fejão-de-corda são as baseadas em regressão lnear. Entre essas, os métodos propostos por Yates e Cochran (1938), Fnlay e Wlknson (1963) (ALVES et

45 44 al., 1982) e Eberhart e Russell (1966) (ABREU et al., 2006; FERNANDES et al., 1990; 1993; FREIRE FILHO; RIBEIRO, 1996a; 1996b; MIRANDA, et al., 1992; SANTOS; ARAÚJO; MENEZES, 2000) são bastante utlzados. Em todos esses trabalhos, os autores dentfcaram genótpos com adaptação ampla (estáves) e com adaptação específca a ambentes favoráves (produtvdade méda alta) e desfavoráves (produtvdade méda baxa). Os métodos baseados em regressão bssegmentada mas usados no Brasl são os propostos por Slva e Barreto (1986) e Cruz, Torres e Vencovsky (1989). No caso, do fejão-de-corda, anda são poucos os relatos de uso dessas metodologas, como é o caso dos estudos conduzdos por Carvalho et al. (2006a), para estudar adaptabldade e a establdade de lnhagens avançadas de fejão-de-corda do grupo prostrado no bêno , em dferentes áreas dos estados de Sergpe e Alagoas para fns de recomendação. Os autores dentfcaram apenas genótpos com comportamento dferencado nos ambentes desfavoráves, porém genótpos com adaptabldade ampla são mas nteressantes para os dferentes sstemas de produção em execução na regão. Carvalho et al. (2006b) avalaram lnhagens avançadas de fejão-de-corda de porte ereto e encontraram a lnhagem EVx 91-2E-2 e a cultvar BRS-Guarba com melhor desempenho em ambentes favoráves. Carvalho et al., (2006c) estudaram a adaptabldade e a establdade de lnhagens avançadas de fejão-de-corda do grupo prostrado, no bêno , nos estados de Alagoas e Sergpe e dentfcaram as lnhagens MNC99-541F-5, Evx 63-10E, MNC00-553, D e MNC99-537F-4 e a cultvar Patatva, evdencando adaptabldade ampla e se consttundo em excelentes alternatvas para a agrcultura regonal. Enquanto, Carvalho et al. (2006d) nvestgaram a adaptabldade e a establdade de lnhagens avançadas de fejão-de-corda do grupo prostrado e concluíram que os genótpos avalados comportam-se dferentemente nas condções desfavoráves. Os autores utlzaram o método proposto por Cruz, Torres e Vencovsky (1989) no estudo dos parâmetros de adaptabldade e establdade. O método da ecovalênca proposto por Wrcke (1965) fo utlzado por Rocha et al. (2006a) na avalação da establdade e adaptabldade de 14 genótpos de fejão-de-corda para produção de fejão-verde. Os autores encontraram que o cultvar BRS-Guarba reuna boa adaptabldade com alta establdade para a produtvdade de grãos verdes.

46 45 Para avalar um conjunto de lnhagens de fejão-de-corda de porte prostrado para establdade de produção e adaptadas às condções de cultvo do estado de Rorama, Vlarnho et al. (2006) utlzaram a metodologa posposta por Annccharco (1992). Os autores encontraram que a lnhagem 23, dentre as avaladas, era a mas ndcada para ser utlzada comercalmente ou para ser empregada em programas de melhoramento voltados para obtenção de cultvares para o estado de Rorama. No trabalho de Rocha (2002) com soja, a exemplo do que ocorreu no trabalho de Frere Flho, Rbero, Rocha e Lopes (2003) com fejão-de-corda, a varação explcada pelos dos prmeros exos fo baxa, mas a maora desta fo explcada pelo padrão (poucos exos sgnfcatvos pelo teste F e mutos exos resíduo nãosgnfcatvos pelo teste F R ). A não-sgnfcânca do resíduo ndca que a varação contda nos demas exos (CPI3 ao CPI8) é desprezível e contém apenas ruído (varação aleatóra não relaconada com o fenômeno da nteração), que pode dmnur a efcênca da nterpretação da establdade dos genótpos e ambentes na análse gráfca. Assm, a nterpretação gráfca, consderando apenas a varação contda nos dos prmeros exos da ACP, é sufcente para avalar a establdade dos genótpos e ambentes (ROCHA, 2002). Frere Flho, Rbero, Rocha e Lopes (2005) estudaram a adaptabldade e establdade na produtvdade em fejão-de-corda e encontraram que 72% do padrão contdo na SQ GXE fo explcada pelos dos prmeros exos. A nterpretação gráfca desses resultados fo feta utlzando apenas os bplots com os modelos AMMI1 e AMMI2. Akande (2007) estudou a nteração genótpo x ambente para a produtvdade de grãos de oto cultvares de fejão-de-corda no sudoeste afrcano e encontrou maor varação para ambentes (61,32%). Entretanto, Rocha et al. (2007) encontrou 91,87% da SQ GxE explcada dentro do padrão pelo CPI1. Rocha et al. (2004) quantfcou em 41, 10 e 29% para ambentes, genótpos e nteração G x E, respectvamente. Rocha et al. (2006b) encontrou que o CPI1 explcou 33,37%, o CPI2 21,74% e o CPI3 66,24%, portanto, os três exos explcaram 66,24%, e que todo o padrão adjacente a ela se concentrou nos três prmeros exos.

47 Comparação entre metodologas que avalam a adaptabldade e establdade fenotípca A forma mas comum para comparar as metodologas é por meo da correlação entre seus parâmetros que medem a adaptabldade e establdade fenotípca. As correlações mas usadas são as de Spearman e Pearson. Essa abordagem tem como prncpal objetvo verfcar smlardades ou dvergêncas quanto ao ordenamento dos genótpos com os ambentes. Outro tpo de comparação tem sdo quanto que metodologa explcada em termos proporconas da nteração G x E. Uma tercera abordagem é em relação à capacdade de melhor caracterzar ou reunr nformações dos genótpos e ambentes quanto à adaptabldade e establdade. Zobel, Madson e Gauch (1988) compararam a análse de varânca (ANAVA), a regressão lnear (RL), a análse de componentes prncpas (ACP) e a análse AMMI utlzando dados de produtvdade de grãos (PG) em genótpos de soja avalados em város ambentes. Em seus resultados, os autores concluíram que a ANAVA fo nefcente para detectar sgnfcânca para a nteração. A ACP falhou em dentfcar e separar os efetos adtvos prncpas de genótpos e ambentes, e a RL descrevem apenas para uma pequena porção da soma de quadrados da nteração (7,9%). Por outro lado, a análse AMMI exbu uma alta sgnfcânca para o componente da nteração que apresenta claro sgnfcado agronômco (o CPI1 explcou 71% da SQ GxE ). Assm, os autores concluíram que ANAVA, ACP e RL podem ser consderados como subcasos de um modelo mas completo como o modelo AMMI. Em um estudo com trgo, Yau (1995) comparou a RL e o modelo AMMI e também evdencou que o modelo AMMI explca mas a nteração G x E do que a RL (37% contra 11%, respectvamente, da SQ GxE ). Dashel et al. (1994) realzaram um estudo comparatvo envolvendo metodologas que apresentam parâmetros que combnam smultaneamente PG (produção de grãos) e establdade em soja. Foram comparados a PG, o coefcente de regressão ( β ) e a varânca dos desvos da regressão ( S 2 d ) de Eberhart e Russell 3 (1966), a varânca de rankng ( S ) de Huehn (1996), a medda de superordade máxma (P) de Ln e Bnns (1988) e a soma de ranque de Kang (1988). A PG fo correlaconada postvamente com β (r = 0,50) e negatvamente com P (r = - 0,84) e a soma de ranque (r = 0,58). O β fo negatvamente correlaconado com P (r = - 0,47),

48 47 enquanto o S 2 d fo postvamente correlaconada com 3 S (r = 0,72) e a soma de ranque (r = 0,62). Os parâmetros P e a soma de ranque apresentaram a mas alta correlação (r = 0,80). Os autores concluíram que dada a magntude de correlação entre PG e P, o P é o melhor parâmetro para seleconar smultaneamente genótpos com produtvdade e establdade fenotípca elevadas. A repetbldade de alguns parâmetros relaconados à adaptabldade e establdade em soja foram estmados e comparados por Sneller et al. (1997). Os autores compararam as seguntes estatístcas: dervadas da análse AMMI, o coefcente de regressão ( β ), os desvos da regressão ( S 2 2 d ), o parâmetro de Shukla ( S ) e a estatístca não-paramétrca de Huehn (S (1) ). As estatístcas dervadas da análse AMMI produzram nformações sobre a establdade das cultvares smlares àquelas fornecdas pelo S 2 d 2 e S. A repetbldade da classfcação dos genótpos por S 2 d, 2 S e S (1) e a maora das estatístcas dervadas de AMMI foram baxas, ndcando que essas estatístcas não seram útes para melhorar ou desenvolver seleção para establdade. A repetbldade do β e de uma das estatístcas AMMI fo moderada, partcularmente quando estmadas em ambentes envolvendo dos anos. Aremu, Aryo e Adewale (2007) compararam os seguntes parâmetros de establdade: produtvdade (kg/ha), coefcente (b) e desvo de regressão ( S 2 d ) de Eberhart e Russell (1966), ecovalênca de Wrcke (1965), P de Ln e Bnns (1988), 3 S de Huehn (1979) e a soma de ranque de Kang e Pham (1991), conclundo que a correlação postva entre o coefcente de regressão e a produção de grãos de fejão-decorda ndcou que os genótpos foram responsvos aos dferentes ambentes. A soma de quadrados dos desvos também regstrou correlação negatva com a produção explcando a possbldade de seleção de genótpos baseada no desempenho consstente. A correlação postva entre 3 S de Huehn (1979), P e a soma de ranque ndca que o 3 S e o P como parâmetros de seleção podem ser permutados para se consegur sucesso na seleção de genótpos altamente produtvos. A magntude do coefcente de correlação entre a produção e a soma de ranque nesse estudo coloca a soma de ranque como a técnca preferda quando a seleção para alta produção é uma recompensa que é obtda em assocação quando se estar seleconando para outros caracteres. O trabalho de Dashel et al. (1994) avalou a estatístca P como a melhor técnca na seleção de genótpos altamente produtvos. Entretanto, quando a adaptação a locas específcos é o foco, o valor das técncas com coefcentes de regressão pode ser

49 48 usado ao lado de outras técncas de seleção para se evtar a duplcação de resultados emanados pelo uso das técncas com base na regressão. A comparação entre parâmetros que avalam a adaptabldade e a establdade fo realzada por meo da correlação de Spearman (rs) entre o ordenamento de lnhagens de soja para a produtvdade de óleo, de acordo com os seguntes parâmetros: méda (m), coefcente de regressão de Ebehart e Russell (1966) ( β ), ecovalênca de Wrcke (1965) (ω W ), ecovalênca AMMI (ω A ), varânca dos desvos da 2 regressão ( σ d ) e coefcente de determnação (R 2 ). Os autores concluíram que a seleção smultânea para adaptabldade e establdade da produção de óleo em soja é dfícl e requer a assocação entre um parâmetro de establdade e outro de adaptabldade (ROCHA et al., 2006c). Slva e Duarte (2006) avalaram genótpos de soja no estado de Goás safra 2002/2003, quanto à adaptabldade e establdade fenotípca pelos seguntes métodos: Tradconal (OLIVEIRA, 1976), Plasted e Peterson (1959), Fnlay e Wlknson (1963), Wrcke (1965), Eberhart e Russell (1966), Verma, Chahal e Murty (1978), AMMI (ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988), Ln e Bnns (1988), Huehn (1990), Toler (1990) e Annccharco (1992). A assocação entre os métodos fo avalada pela correlação de Spearman. Os autores concluíram que os métodos de Plasted e Peterson (1959) e Wrcke (1965) apresentam grande concordânca entre s, o que não ndca seu uso concomtante. Os métodos de Annccharco e Ln e Bnns mostraram forte assocação entre s e produzram classfcações genotípcas smlares quanto à establdade fenotípca. Portanto, o uso smultâneo dos dos não é recomendado. Entretanto, o uso de um deles em combnação com o de Eberhart e Russell (1966) pode agregar nformação à análse de establdade. A assocação relatvamente fraca (rs = 0,52) entre os métodos de Eberhart e Russell (1966) e AMMI, alada à complementardade de suas nformações permte ndcar o seu uso combnado em estudos de establdade e adaptabldade fenotípca. Murakam, Cardoso, Cruz e Bzão (2004) avalaram a capacdade de dscrmnação genotípca das metodologas de análse da adaptabldade e establdade de Eberhart e Russell (1966) e Ln e Bnns (1988) em híbrdos de mlho para a produção de grãos entre outros caracteres agronômcos. Os autores concluíram que: a metodologa de Ln e Bnns (1988) fo mas dscrmnante do que a de Eberhart e Russell (1966), por sso mas efcente e ndcada para estudo de establdade fenotípca.

50 49 Faras et al. (1997) compararam os parâmetros de establdade propostos por Ln e Bnns (1988) e Eberhart e Russell (1966) para rendmento de algodão em caroço por meo da correlação de Spearman. Segundo os autores, as duas metodologas avaladas forneceram as mesmas nformações com relação à superordade dos materas, destacando-se as cultvares CNPA e CNPA 6H que apresentaram alta adaptabldade e establdade fenotípca. Pela facldade de cálculo e de nterpretação e por não apresentar restrções à sua utlzação o método de Ln e Bnns (1988) é bastante promssor.

51 50 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Materal vegetal Foram utlzadas qunze cultvares de fejão-de-corda procedentes do Banco Atvo de germoplasma (BAG) do programa de melhoramento genétco de fejão-caup da Embrapa Meo Norte, localzado em Teresna, no Pauí. Esses materas fazem parte do Ensao Avançado de Porte Prostrado (EAP), constantes do projeto Desenvolvmento de cultvares e sstemas de produção para o agronegóco de fejãocaup no Brasl Códgo , que tem por objetvo dentfcar, de forma conclusva para lançamento no mercado, as cultvares mas produtvas, com boa adaptação, boa produtvdade, acetação comercal e resstentes ou tolerantes às prncpas pragas e doenças. As varáves relatvas a orgem, cor e peso de 100 grãos dessas cultvares encontram-se no Apêndce A. 3.2 Ambentes de condução dos expermentos Os expermentos foram nstalados nos anos agrícolas de 2006 e 2007, nos muncípos de Alto Santo, Barrera, Crateús, Itappoca e Lmoero do Norte, todos localzados no estado do Ceará na regão Nordeste do Brasl. A caracterzação espacal dos muncípos encontra-se no Anexo B, realzada com base nos agropólos de desenvolvmento agrícola, segundo Secretara de Agrcultura do Estado. No Apêndce C são apresentadas as nformações referentes as precptações pluvas verfcadas durante a fase de condução dos expermentos com base nos dados da FUNCEME. No Apêndce D são mostradas as análses dos solos relatvos às áreas expermentas utlzadas nos cnco locas, e no Apêndce E as recomendações de adubação e calagem para o estado do Ceará. O preparo do solo fo smlar para todos os expermentos e consstu de um roço e duas gradagens. Não fo realzada adubação conforme recomendação da Embrapa

52 51 Meo-Norte para a condução dos ensaos. Os expermentos foram conduzdos em condções de sequero. Controles de pragas (prncpalmente lagartas) e de plantas dannhas, quando necessáros, foram fetos com aplcações de nsetcda (Ortene, 25 g/20 l e Furadan 30 g/20 l) e capnas manuas, respectvamente. 3.3 Procedmentos expermentas As semeaduras ocorreram na época normal de cultvo para o período de chuvas no estado do Ceará (cultvo de sequero), nas seguntes datas: 10/03/2006 e 02/03/2007 (Alto Santo), 22/02/2006 e 27/02/2007 (Barrera), 22/03/2006 e 12/03/2007 (Crateús), 08/03/2006 e 20/03/2007 (Itappoca) e 02/03/2006 e 01/03/2007 (Lmoero do Norte). Utlzou-se o delneamento em blocos casualzados com qunze tratamentos e 4 repetções. A parcela expermental fo smlar em todos os expermentos e teve dmensões de 3,0 m x 5,0 m com área de 15,0 m 2, sendo representada por quatro fleras de 5 metros de comprmento, espaçadas de 0,75 m entre, e 0,25 m dentro das fleras, ou seja, entre as covas, o que resultou em 20 covas/flera, tendo sdo colocado 3-4 sementes/cova. A área útl para a tomada de dados compreendeu as duas fleras centras de cada parcela, totalzando 7,5 m 2. O esquema de campo é apresentado no Apêndce E. O desbaste fo feto aos 15 das após planto, com compensação das falhas, dexando-se em méda duas plantas por cova. A colheta fo realzada quando a maor parte das vagens da parcela apresentava-se madura, sendo realzadas duas ou mas colhetas para máxmo aprovetamento. O restante da secagem das vagens fo realzada ao sol e 3 a 5 das foram sufcentes para reduzr a umdade. Após secagem, as vagens de cada parcela foram trlhadas, os grãos lmpos manualmente e em seguda nca-se a coleta dos dados.

53 Caráter avalado Embora os caracteres peso de 100 grãos, comprmento da vagem, número de grãos por vagem e produtvdade tenham sdo avalados em todos os expermentos, apenas a produtvdade de grãos (kg/ha) fo analsada no presente trabalho. 3.5 Análses estatístcas Com o objetvo de verfcar a exstênca de dados dscrepantes realzou-se com os dados para a produtvdade de grãos a análse de seus resíduos. Essa análse envolve os resíduos padronzados e o valor ajustado (predto pelo modelo) para cada observação. O resíduo padronzado (d j ) é calculado por meo da segunte expressão: d j = e j / QMRes Onde: e j : resíduo resultante do ajuste do modelo escolhdo, dado por: ej = [Y j (observado) Y j (ajustado) = m+ t +b j QMRes: quadrado médo do resíduo obtdo na análse d varânca para o referdo modelo. A análse dos resíduos permte detectar os dados dscrepantes e a falta de homogenedade de varâncas auxlando no ajustamento dos erros e na adtvdade do modelo matemátco. Após a detecção dos dados dscrepantes, que foram retrados, realzou-se novamente a análse de resíduos, agora substtundo-se as observações dscrepantes pelos seus correspondentes valores ajustados. Após, foram realzadas as análses subsequentes. A análse de resíduos fo realzada por meo do programa estatístco SAS (SAS, 2002).

54 Análses de varâncas Objetvando verfcar a exstênca de dferenças entre conjuntos expermentas, realzaram-se análses ndvduas de varânca, segudas de análse conjunta para os cnco locas (conjunta por ano) e conjunta geral (nclundo as avalações nos cnco locas e dos anos). Para sso, utlzou-se os esquemas de análses de varânca mostrados nos Apêndces F, G e H, respectvamente, para as análses ndvduas, conjunta/ano e conjunta geral Análses ndvduas Com a fnaldade de se conhecer o comportamento dos genótpos em cada ambente realzaram-se análses de varânca ndvduas. O modelo matemátco adotado para a análse ndvdual de varânca seguu o modelo da equação 1: Y j = µ + g + β j + ξj (1) Em que: Y j : valor observado do genótpo na repetção j µ : méda geral; g : efeto do genótpo; β : representa o efeto do bloco; ξ j : erro aleatóro (causa de varação desconhecda e não controlada) assocado ao tratamento na repetção j. O teste de homogenedade de varâncas de Hartley (1950) fo realzado antes de se proceder às análses conjuntas por ano. Esse teste obedece ao crtéro de

55 54 relação máxma gual a 7 para o quocente entre o maor e menor quadrados médos do erro (CRUZ; REGAZZI; CARNEIRO, 2004) Análses conjuntas Realzou-se uma análse conjunta de varânca para os genótpos reunndo os cnco locas, dentro de cada ano, tendo como prncpal objetvo determnar possíves nterações de genótpos com locas. O modelo matemátco utlzado seguu o modelo da equação 2: Yjk = µ + g + a j + gaj + rk ( j) + ξjk (2) Em que: k ; Y jk : valor observado do tratamento genétco no ambente j na repetção µ : méda geral; g : efeto do genótpo ; a j : efeto do ambente j ; ga j : efeto da nteração do genótpo com o ambente j ; rk ( j) : efeto da repetção k dentro do ambente j ; ξ jk : erro expermental assocado à parcela jk. Por últmo, fo realzada uma análse de varânca conjunta envolvendo o efeto de anos, tendo como prncpal objetvo determnar possíves nterações de genótpos com locas e anos. O modelo matemátco utlzado seguu o modelo apresentado na equação 3: Y jlm = + G + Am + Ll + B / A) / L( j / m) / µ ( + GA + GL + AL + GAL + ξ (3) m l ml ml jlm

56 55 Em que: Y jlm : observação do genótpo, na repetção j, no local l, no ano m ; µ : méda geral do caráter; g : efeto fxo do genótpo ; L l : efeto fxo do local l ; A m : efeto aleatóro do ano m ; B / A) / L( j / m) / l ( : efeto aleatóro do bloco j dentro do ano m dentro do local l ; m ; GA m : efeto aleatóro da nteração entre o genótpo e o ano m ; GL l : efeto fxo da nteração entre o genótpo e o local l ; AL ml : efeto aleatóro da nteração entre o local l e o ano m ; GAL ml : efeto aleatóro da nteração entre o genótpo, o local l e o ano ξ jml : erro aleatóro expermental médo assocado à parcela jlm, admtndo ser ndependente e com dstrbução normal de méda zero e varânca s 2. Todas as análses estatístcas foram realzadas utlzando-se o programa GENES (Aplcatvo computaconal em estatístca aplcado à genétca, 1998, versão ) (CRUZ, 2001) e SAS (SAS, 2000) Análses das médas Fo utlzado o teste de Tukey a 5% de probabldade para comparação das médas de cada genótpo dentro de cada ambente por ano, entre os anos agrícolas e no geral (comparando todos os ambentes). O teste de Dunnett, a 5% de probabldade, fo usado para comparação das médas geras de cada genótpo com a testemunha consderada, ou seja, o genótpo Epace 10.

57 Análse de adaptabldade e establdade fenotípca Para a análse da adaptabldade e de establdade fenotípca dos genótpos, consderou-se como ambente, a combnação de ano e local. Assm, pela combnação dos cnco locas (Alto Santo, Barrera, Crateús, Itappoca e Lmoero do Norte) com os dos anos agrícolas (2006/2007), foram obtdos 10 ambentes, quas sejam: Alto Santo/2006 (AS06), Barrera/2006 (BA06), Crateús/2006 (CR06), Itappoca/2006 (IT06), Lmoero/2006 (LN06), Alto Santo/2007 (AS07), Barrera/2007 (BA07), Crateús/2007 (CR07), Itappoca/2007 (IT07) e Lmoero/2007 (LN07), dos quas oto foram utlzados para as análses estatístcas, sendo excluídos CR07 e IT07, devdo a dscrepânca dos dados. A análse fo realzada com as médas de cada ambente. Utlzou-se quatro metodologas para avalar a adaptabldade e establdade das cultvares: a) Eberhart e Russell (1966); b) Cruz, Torres e Vencovsky (1989); c) Ln e Bnns (1988); d) AMMI (Addtve Man effects and Multplcatve Interacton) (ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988). O método de Eberhart e Russell (1966) basea-se na análse de regressão lnear smples. O esquema da análse de varânca é apresentado no Apêndce I. O modelo matemátco seguu o esquema da equação 4: Y j = µ + β I + δ + ε (4) j j j Em que: Y j : a méda do genótpo no ambente j ; a todos os ambentes; µ : a méda do genótpo em todos os ambentes; β : o coefcente de regressão lnear, que descreve a resposta do genótpo I : o índce ambental; j δ j : o desvo da regressão do genótpo no ambente j ; ξ j : o erro assocado à méda.

58 57 O parâmetro de adaptabldade ( b ) fo estmado de acordo com a equação 5: b = n j= 1 Y I j n 2 j / I j (5) j= 1 Em que: Y j : méda do genótpo no ambente j ; I j : índce ambental, seguu a equação 6: I [( Y / p) ( Y pn) ] = (6) j j / Em que: Y j : méda de todos os genótpos no ambente j ; Y : méda geral; n : número de genótpos; p : número de ambentes. Segundo Eberhart e Russell (1966), os genótpos podem ser classfcados quanto à adaptabldade em três grupos: a) adaptabldade geral com b = 1 que apresenta méda acma da méda geral é o tpo desejável em ambentes com mutas varações mprevsíves; b) adaptabldade específca a ambentes favoráves com b > 1 que agrupa os genótpos com alto desempenho em ambentes favoráves; c) adaptabldade específca a ambentes desfavoráves com genótpos que se destacam em ambentes desfavoráves. b < 1 que agrupa os As estmatvas para b foram testadas segundo a hpótese H 0 : hpótese alternatva H 1 : b 1, utlzando-se a estatístca t que seguu a equação 7: b = 1 e

59 58 t = [( b 1) /( QMD / SQI j ) (7) O parâmetro de establdade ( s 2 ) fo estmado de acordo com a equação 8: d 2 s d = [( QMD / QMR / r)] (8) Em que: QMD : é o quadrado médo dos desvos de regressão do genótpo ; QMR : é o quadrado médo do resíduo; r : é o número de repetções. As estmatvas para s 2 d foram testadas segundo a hpótese s 2 d H 0 : = 0 e H 1 : s 2 d 0, utlzando-se o teste F que seguu a equação 9: F = ( QMD / QMR) (9) Segundo Cruz, Regazz e Carnero (2004), podem ocorrer genótpos com 2 produtvdades médas superores que apresentem δ îj estatstcamente dferente de zero e pode ser necessára a seleção de alguns genótpos do grupo em que a establdade é baxa. Nesses casos, uma medda auxlar de comparação entre genótpos é o coefcente de determnação R 2 que segue a equação 10: 2 R = [( SQRLnear) / SQ( A / G )] x100 (10)

60 59 Em que: ( SQRLnear) : a soma de quadrados da regressão lnear do genótpo ; SQ A/ G ) : a soma de quadrados de ambentes dentro do genótpo. ( Para os referdos autores, os genótpos podem ser classfcados quanto à establdade em genótpos de alta establdade ( establdade ( s 2 d s 2 d = 0) e genótpos de baxa 0). Dentro dessa concepção, uma cultvar deal (EBERHART; RUSSELL, 1966) apresenta méda alta para o caráter em estudo ( m ) alto, b = 1(adaptação ampla) e s 2 d = 0 (establdade). A metodologa proposta por Cruz, Torres e Vencovsky (1989) é uma metodologa operaconalmente mas smples e com propredades estatístcas mas adequadas aos propóstos do melhoramento, pos, basea-se na análse de regressão bssegmentada, consderando como parâmetros de adaptabldade a méda ( β 0 ) e a resposta lnear aos ambentes favoráves ( β + ) e desfavoráves ( β ). A 1 β2 establdade dos genótpos é avalada pelos desvos de regressão ( δ 2 δ ) de cada genótpo e pelo valor do coefcente de determnação, em função das varações ambentas. O modelo segue a equação 11: 1 Y = β 0 + β I + β T ( I ) + δ + ξ (11) 1 j 2 j j j Em que: Y, 1 j βo, j I e ξ j são as varáves defndas anterormente, e = 0, sei j 0 T ( I ) = I j I +, sei j 0 Sendo que I + é a méda dos índces I j postvos. ( 1 As estmatvas para ( β ) e ( β + ) foram testadas segundo a hpótese H 0 : 1 1 β2 β ), ( β 1 + β2 ) = 1 e 0, sendo a hpótese alternatva H 1 : ( β 1 ), ( β 1 + β2 ) 1 e 0, utlzando a estatístca t, dada pela equação 7.

61 60 O desvo de regressão ( σ 2 δ determnação seguram as respectvas equações, 12 e 13: ) de cada genótpo e o coefcente de 2 QMD1 QMR σ δ = (12) r 2 100xSQ Re g1 R = (13) SQ( A/ G ) 1 Para Cruz, Torres e Vencovsky (1989), o genótpo preconzado como deal tera méda alta, β 1 < 1, β + > 1 e σ 2 δ = 0. 1 β2 O parâmetro P de Ln e Bnns (1988) é descrto como o quadrado médo da dstânca entre a resposta de um determnado genótpo em relação à resposta do genótpo que apresenta maor desempenho. O modelo matemátco seguu a equação 14: P n ( Yj YM ( J ) ) j= 1 2 = (14) 2e Em que: P : estmatva do parâmetro de adaptabldade e establdade do genótpo ; Y j : produtvdade do genótpo no ambente j ; Y M ( J ) : resposta máxma observada entre todos as cultvares no ambente j ; e : número de ambentes. Para se entender como a estatístca P ala adaptabldade e establdade, deve-se consderar que, nos métodos que avalam o desempenho dos cultvares medante a análse de regressão, o índce ambental é a dferença entre a méda dos

62 61 genótpos em cada local e a méda geral representa a varável dependente. Assm, o coefcente de regressão da méda dos genótpos avalados em cada local em função dos índces ambentas é gual à undade, vsto que o índce ambental é a própra varável dependente (méda dos genótpos em cada local) subtraída de uma constante, que no caso é a méda geral. Partndo-se desse pressuposto, conclu-se que a regressão do valor máxmo, ou resposta máxma de cada local em função dos índces ambentas, também apresentará coefcente de regressão gual, ou muto próxmo, à undade. Para a análse AMMI foram necessáras duas etapas sequencas. Na prmera, calcula-se os efetos prncpas, a parte adtva (méda geral, efetos de genótpos e ambentes) que fo ajustada por meo da análse de varânca (ANAVA), resultando em um resíduo de não adtvdade (nteração G x E). Na segunda etapa, calcula-se os efetos da nteração (parte multplcatva do modelo) que fo analsada pela Análse de Componentes Prncpas (ACP). O esquema da análse de varânca é apresentado no Apêndce J. O modelo geral seguu aquele apresentado por Duarte e Vencovsky (1999), segundo a equação 15: Y j n = µ + g + e + λ γ α + ρ + ξ (15) j k= 1 k k jk j j Em que: µ : a méda geral; g : o efeto prncpal do genótpo ; e j : o efeto prncpal do ambente j ; ξ j : erro expermental médo. A nteração G x E fo modelada de acordo com a equação 16: n k= 1 λ kν kα jk + ρj (16)

63 62 Em que: no modelo AMMI; λ n : é o autovalor do n-ésmo componente prncpal da nteração (CPI) retdo ν n : é o autovetor do -ésmo genótpo no n-ésmo CPI; α jk : é o autovetor do j-ésmo ambente no n-ésmo CPI; ρ j : o resíduo da nteração G x E ou resíduo AMMI; n: o número de CPI s retdos no modelo; A análse tem por objetvo resumr grande parte da nteração G x E em apenas uns poucos exos (SQ GxE Padrão), utlzando assm, poucos graus de lberdade, resultando num modelo reduzdo, que descarta um resíduo adconal (SQ GxE Ruídos). Os sstemas mas populares para atrbução dos graus de lberdade a um modelo AMMI são os sstemas de Gollob (1968) e Mandel (1971) (GAUCH; ZOBEL, 1996). Testes alternatvos a esses teem sdo sugerdos, como é o caso dos testes F GH1 e F GH2 (CORNELIUS, 1993), o teste F R (CORNELIUS; SEYEDSADR; CROSSA, 1992) e a razão de snal para o ruído (GAUCH, 1992). A atrbução dos graus de lberdade relaconada a cada membro da famíla AMMI é vsta com ressalvas e merece um estudo mas detalhado. Comparações entre dferentes testes para a seleção do modelo AMMI teem sdo pouco relatadas na lteratura. Pepho (1995) nvestgou a qualdade de alguns testes alternatvos para seleconar um modelo AMMI e observou que o teste F aplcado de acordo com o crtéro de Gollob (1968) é bastante lberal em seleconar mas termos multplcatvos do que o verdadero modelo contempla. Todava, o teste F R de Cornelus, Seyedsadr e Crossa (1992) mostrou-se como o mas robusto e ndcado. Lavorant et al. (2001b) utlzaram o teste F R como crtéro para a seleção de modelos AMMI em um estudo envolvendo progênes de eucalpto. Os autores encontraram que o uso do mesmo possbltou uma nterpretação adequada dos dados com a escolha do modelo AMMI deal. Segundo Annccharco (1997), a preferênca do tpo de teste deve depender do número de genótpos, locas e anos dos testes. Como um dos procedmentos mas usuas para a defnção do número de exos a serem retdos, o teste F R de Cornelus, Seyedsadr e Crossa (1992) consste em determnar os graus de lberdade assocados à parcela da SQ GxE relaconada a cada

64 63 membro da famíla de modelos AMMI (AMMI 0, AMMI 1,...,AMMI n ). Obtém-se, então, o quadrado médo (QM) correspondente a cada modelo. Em seguda, é obtdo um teste F avalando a sgnfcânca de cada componente em relação ao QMErro Médo. Dessa forma, o ponto de parada que determna a seleção do modelo, basea-se na sgnfcânca do teste F para os sucessvos termos da nteração. Os resultados da análse são apresentados grafcamente em bplot (GABRIEL, 1971). Para os casos em que o modelo engloba apenas o prmero exo da análse de componentes prncpas da nteração ACPI (CPI1), fo construído o bplot AMMI1, que utlza o exo das abscssas para representar os efetos prncpas (médas de genótpos e de ambentes) e o das ordenadas para expressar os escores de genótpos e ambentes referentes ao CPI1. A nterpretação de um bplot quanto à nteração G x E é feta observando-se a magntude e o snal dos escores de genótpos e ambentes para o(s) exo(s) que representam a nteração. Assm, os escores baxos (próxmos de zero) são própros de genótpos e ambentes que contrbuem pouco para a nteração, caracterzando-os como estáves. Num bplot AMMI1, a establdade é avalada nspeconando-se as ordenadas (CPI1). Logo, os pontos stuados na faxa horzontal em torno de zero em relação ao CPI1 correspondem aos genótpos e ambentes mas estáves. Num bplot AMMI2, genótpos e ambentes estáves são aqueles cujos pontos stuam-se próxmo à orgem, ou seja, com escores pratcamente nulos para os dos exos da nteração (CPI1 e CPI2) (DUARTE; VENCOSKY, 1999). As relações adaptatvas podem ser faclmente percebdas num bplot AMMI observando-se os snas dos escores para cada par de genótpos e ambentes. Assm, genótpos e ambentes com escores de mesmo snal (-, - ou +, +) devem nteragr postvamente. Já aqueles com snas opostos (+,-) devem nteragr negatvamente. Temse observado, em alguns trabalhos, que nem sempre essa relação se mostra perfetamente nterpretável grafcamente. Assm, para maor segurança, confrmou-se tal relação adaptatva pelo uso de tabelas auxlares que mostram as médas predtas pelo modelo AMMI seleconado para cada combnação de genótpo e ambente. Em ambentes estáves, o ordenamento dos genótpos deve ser mas consstente. Esse tpo de análse gráfca fornece nformações sobre a establdade de genótpos e de ambentes, além de permtr a realzação de zoneamentos ecológcos com a seleção de locas chaves para futuros testes (DUARTE; VENCOVSKY, 1999). Quando os ambentes representam um mesmo local em dferentes anos, valores baxos para o(s) exo(s) de nteração ndcam que a classfcação de genótpos de

65 64 um ano para outro, neste local, é pouco varável, resultando numa classfcação mas consstente. Uma maor repetbldade da classfcação, ao longo dos anos, está assocada a uma maor confabldade na seleção de genótpos (DUARTE; VENCOVSKY, 1999). Com o propósto de complementar as nterpretações da análse AMMI, fo feto o cálculo do parâmetro A que seguu a equação 17: n 2 A = ( GXE AMMIn ) j (17) j= 1 Em que: seleconado; A : a nteração predta para o genótpo pelo modelo AMMIn A nteração G x EAMMIn fo estmada de acordo com a equação 18: ( GXE AMMIn ) j Yj Y. Y. j Y.. = (18) Em que: Y j : a méda do genótpo no ambente j predta pelo modelo AMMIn seleconado; Y. : a méda do genótpo predta pelo modelo AMMIn seleconado; Y. j : a méda do ambente j predta pelo modelo AMMIn seleconado; Y.. : a méda geral predta pelo modelo AMMIn seleconado. O somatóro dos A corresponde à soma de quadrados da nteração G x E predta pelo modelo AMMIn seleconado. Dessa forma, é possível calcular, para cada lnhagem, a porcentagem da nteração G x E predta pelo modelo AMMIn ( seguu a equação 19: A %) que

66 65 A % = ( A / A ) x100 (19) Os coefcentes de determnação foram calculados para verfcar: a) a nfluênca relatva das fontes de varação (genótpo (G), ambentes (E) e nteração G x E) sobre a varação total entre tratamentos (equação 20); b) a proporção da nteração G x E explcada pela regressão lnear de Eberhart e Russell (1966) (equação 21); c) a proporção determnada pelos CPIs da análse AMMI em relação à nteração G x E (equação 22), como se segue: R 2 = [( SQG ' E' GXE ') / SQT ] x100 (20) Em que: SQ g : a soma de quadrados de genótpos; SQ e : a soma de quadrados de ambentes; SQ : a soma de quadrados da nteração G x E; GXE SQ T : a soma de quadrados de tratamentos. R 2 = [( SQ ) / SQ( / ) ] x100 (21) GXELnear A G Em que: SQ GXELenar : a soma de quadrados da nteração Gx E lnear; SQ ( A/ G) : soma de quadrados de ambentes dentro de genótpo; R 2 = [ SQ / SQ ] x100 (22) CPIn GXE

67 66 Em que: SQ CPIn : soma de quadrados do componente prncpal da nteração n; SQ GXE : soma de quadrados da nteração G x E. A análse AMMI fo realzada utlzando-se os procedmentos GLM e IML do programa computaconal SAS (SAS INSTITUTE, 2002), de acordo com o sugerdo por Duarte e Vencovsky (1999). Para as metodologas de Eberhart e Russell (1966), Cruz, Torres e Vencovsky (1989) e Ln e Bnns (1988), utlzou-se o programa GENES (Aplcatvo computaconal em estatístca aplcado à genétca, 1998, versão ) (CRUZ, 2001) Análse de correlações A comparação entre parâmetros fornecdos pelas quatro metodologas fo realzada por meo da correlação de Spearman. Os seguntes parâmetros foram adotados: méda ( m ), ( β ) para ambentes desfavoráves, ( β + ) para ambentes 1 1 β2 favoráves, coefcente de regressão ( b ), varânca dos desvos da regressão ( δ ), 2 îj 2 coefcente de determnação ( R ), o parâmetro P e a nteração predta pelo modelo AMMIn seleconado ( 23 apresentada por Mranda (1999): A ). O coefcente de correlação de Spearman seguu a equação n 2 6 d = 1 rs = 1 3 n n (23) Em que: n número de genótpos avalados; 2 d - dferença entre o ordenamento dos genótpos.

68 67 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O cultvo do fejão-de-corda é realzado predomnantemente sob condções de sequero e, nessas condções, a evolução dos ensaos transcorreu normalmente nos cnco locas e nos dos anos agrícolas, conforme as condções edafoclmátcas a que as plantas foram submetdas. Uma vsão geral dos ensaos nos ambentes BA07 e LN07 pode ser observada nos Apêndces K e L. 4.1 Análses de varânca ndvduas e conjuntas A análse exploratóra dos dados por meo da análse gráfca dos resíduos detectou a presença de dados dscrepantes para alguns dos ensaos. Neste caso houve a substtução desses dados por seus respectvos valores predtos para garantr à homogenedade de varâncas e a normaldade dos resíduos, o que os dexou adequados às análses subsequentes. As análses de varâncas ndvduas são apresentadas na Tabela 1. Percebese que houve dferença sgnfcatva para a produtvdade de grãos entre os genótpos em todos os ambentes (local e ano). Tabela 1 Resumo da análse de varânca ndvdual, referente à produtvdade de grãos (kg/ha), para fejão-de-corda nos ambentes em estudo no dos anos de avalação. Ceará, 2006/2007. Blocos (B) Tratamentos (T) Resíduo (R) Méda geral (kg/ha) CV (%) Fontes de varação GL Ambente AS ,83 ** ,19 ** 40904, ,26 19,48 Ambente BA ,99 ** ,38 ** 12894,81 824,56 13,77 Ambente CR ,86 ** ,88 ** 12835,10 932,8 12,14 Ambente IT ,20 ** ,71 ** 16165,21 547,16 23,24 Ambente LN ,98 ns ,14 ** 64041, ,3 19,11 Ambente AS ,3 ** ,61 ** 79871,64 958,89 29,47 Ambente BA ,34 * 57672,51 * 23441,53 600,25 25,51 Ambente LN ,27 ** 80246,63 ** 20835,62 504,88 28,59 **,* Sgnfcatvo ao nível de 1% e 5% de probabldade pelo teste F, respectvamente.

69 68 As produtvdades médas osclaram de 1.324,3 kg/ha (LN06) a 504,88 kg/ha (LN07), destacando-se os ambentes LN06, AS06, AS07 e CR06, como os mas favoráves à expressão da produtvdade de grãos por terem apresentado as maores médas (Tabela 1). As produtvdades médas alcançadas nesses ambentes reafrmaram as condções ambentas propícas dessas áreas tdas como tradconas para o cultvo de fejão-de-corda no Ceará. Um dos fatores que provavelmente nfluencou o comportamento dferencal dos genótpos ao longo dos ambentes testados fo o fator abótco precptação, que no período de 2006 e 2007, os locas utlzados para o estudo apresentaram, respectvamente, médas pluvométrcas de 839,12 mm e de 519,8 mm, donde se conclu que em 2006 as chuvas superaram a méda hstórca de 718,4 mm do estado do Ceará (Apêndce B). Já em 2007 essa méda fcou abaxo desse valor de referênca, o que caracterza um ano de seca. Além dsso, anos com baxa precptação pluval também evdencam uma má dstrbução das chuvas, reduzndo, portanto, a água dsponível para as plantas nos seus dferentes estádos fenológcos, comprometendo, assm, o desenvolvmento e a produção das culturas. Os dados de produção de Crateús e de Itappoca, no ano de 2007, não constaram das análses estatístcas porque não atenderam as exgêncas mínmas relatvas ao modelo adotado. Nos ensaos nstalados nesses dos muncípos as produtvdades foram bem nferores às obtdas nos demas locas estudados naquele ano. Em Crateús devdo à baxa precptação pluval regstrada (412 mm, anda mal dstrbuída, no transcorrer do cclo da cultura), apesar do fejão-de-corda ser tda como uma espéce vegetal relatvamente bem adaptada à seca. Já em Itappoca, embora a precptação e a dstrbução das chuvas tenham ocorrdo dentro da normaldade exgda para a cultura, a produção fo bem abaxo do esperado, pos apesar do bom desenvolvmento vegetatvo apresentado pelos dversos genótpos avalados, a produtvdade dos mesmos fo muto aquém dos seus potencas esperados para as condções a que foram submetdos. Sabe-se que as plantas vasculares extraem a água do solo por meo de seus sstemas radculares e a lançam à atmosfera pelos seus estômatos, num processo denomnado transpração. O grau de abertura dos estômatos, que determna a transpração e a absorção de CO 2, é dependente de város fatores do meo ambente como a dsponbldade de água no solo, que regula o potencal hídrco das plantas, e da umdade relatva do ar, essa também lgada à temperatura ambente. À medda que a

70 69 temperatura se eleva, observa-se uma redução da umdade relatva do ar e um consequente aumento no défct de pressão de vapor da atmosfera que normalmente vara ao longo de uma jornada. A ampltude méda dára da temperatura para o Ceará é de 22 a 33 C. Os locas de realzação do estudo teem característcas espacas pratcamente semelhantes, com temperaturas médas varando de 20,9 a 31,2 C, estando, assm, dentro dos lmtes recomendados para a maora das espéces vegetas cultvadas nos trópcos, dentre elas o fejão-de-corda. Por consegunte, esse fator provavelmente não nfluencou sgnfcatvamente no desenvolvmento e na produção das plantas. Vale lembrar que a temperatura está relaconada a outros fatores do ambente, como a umdade relatva do ar e a ntensdade lumnosa. A luz solar consttu a fonte de energa para a conversão fotoquímca do CO 2 atmosférco em carbono orgânco. Como a maora das espéces vegetas em metabolsmo C 3, o fejão-de-corda entra em processo de fotonbção a partr de 800 µmol.m -2.s -1 de fluxo de fótons (PINHO et al., 2005). Quanto ao fotoperíodo, o estado do Ceará regstra uma méda anual de 11 horas. A maora das cultvares dessa espéce é neutra ao fotoperíodo. A resposta ao fotoperodsmo no fejão-de-corda está bastante relaconada com a temperatura, ou seja, quando a temperatura está acma de um valor mínmo noturno, a resposta da planta ao comprmento do da é domnante, e quando está abaxo, a resposta da planta à temperatura não é domnante (WATT et al., 1988). A varação anual do número de horas de duração do da no Ceará é de 10,5 a 12,1 horas de sol. Como os locas avalados encontram-se pratcamente numa mesma lattude, com exceção do muncípo de Barrera com lattude um pouco superor, e a quantdade de luz dos locas condz com a exgda pelo fejão-de-corda, pode-se especular que provavelmente o fotoperíodo não apresentou varações sgnfcatvas, entre e dentro dos anos agrícolas estudados, não nfluencando, portanto, na fenologa da cultura. Entre os fatores bótcos relevantes, que ocorreram no período de condução dos expermentos, foram regstradas a lagarta (Spodoptera latfasca Walker) em todos os locas nos dos anos agrícolas (2006/2007), a cgarrnha-verde (Empoasca kraemer Ross e Moore) em Lmoero do Norte, Barrera e Itappoca no ano de 2007 e a moscabranca (Bemsa tabac Genn.) em Lmoero do Norte no ano de Todos os ataques verfcaram-se em baxas populações de pragas e esporadcamente, portanto sem danos agronômcos e econômcos à cultura.

71 70 Com relação aos coefcentes de varação (CV), os ambentes apresentaram os seguntes ntervalos: % (AS06, BA06, CR06 e LN06) e % (IT06, AS07, BA07 e LN07). Pode-se perceber uma osclação dos coefcentes de varação de 12,14 a 29,47 % confrmando a nfluenca de causas não aleatóras sobre a produtvdade de grãos, talvez em função desse caractere não apresentar herança smples sendo, portanto, bastante nfluencado pelo ambente. Segundo Pmentel-Gomes (2000), o coefcente de varação dá uma déa da precsão expermental. Tendo-se por base os coefcentes encontrados nos ensaos de campo pode-se classfcar em baxos, quando nferores a 10 %, médos quando vararem de %, altos quando vararem de % e muto altos quando forem superores a 30 %. Partndo dessa classfcação, pode-se verfcar que os ambentes AS06, BA06, CR06 e LN06 apresentaram CV médos; os ambentes IT06, AS07, BA/07 e LN/07 exbram CV consderados altos. No entanto, essa classfcação recebe crítcas de alguns pesqusadores, por ser muto abrangente, por não levar em consderação partculardades da cultura estudada, e, prncpalmente, não fazer dstnção entre a natureza da característca avalada. A avalação dos dos anos agrícolas, 2006 e 2007, em conjunto permtu gerar os dados da Tabela 2. Nesta análse, os efetos de blocos dentro de ambentes, anos agrícolas, genótpos e nteração Anos x Genótpos (A x G) foram sgnfcatvos, acusando um desempenho dferencal dos genótpos nos anos avalados. O efeto do ambente (anos agrícolas) e de genótpos perfzeram a maor parte da varação dos tratamentos. Tabela 2 Resumo da análse de varânca conjunta nos dos anos agrícolas (2006/2007), referente à produtvdade de grãos (kg/ha), nos ambentes em estudo. Ceará, 2006/07. Fontes de varação GL Quadrados médos Bloco/Ambente ,47 ** Anos agrícolas ,86 ** Genótpos ,08 ** Anos x Genótpos ,57 ** Resíduo ,68 Méda (kg/ha) 841,39 CV (%) 21,87 **Sgnfcatvo ao nível de 1% de probabldade pelo teste F.

72 71 Com um coefcente de varação de 21,87%, consderado alto, pode-se anda atrbur uma boa precsão expermental ao ensao conjunto realzado no decorrer dos anos agrícolas de 2006/2007. A méda geral de produção de grãos dos genótpos dos ensaos nesses dos anos de avalação fo de 841,39 kg/ha de grãos, bem superor à méda dos anos de 2006 e 2007 no Ceará, que fo de apenas 346,50 kg/ha. Isso ndca que as condções ambentas às quas as plantas foram submetdas propcaram uma melhor expressão dos potencas genétcos para a produção dos genótpos avalados. Como não houve qualquer tpo de adubação ou correção de solo, pode-se nferr que provavelmente o dferencal entre os ambentes onde foram nstalados os ensaos e os demas onde a cultura é explorada, partcularmente nesses muncípos, deveu-se, além dos fatores genétcos relatvos às cultvares utlzadas pos essas já se encontram num processo fnal de avalação, e da qualdade das sementes utlzadas no tocante a pureza e vgor, ao manejo que as plantas dos ensaos receberam no tocante ao preparo do solo para o planto e aos tratos culturas mpostos, quando foram mantdas sempre lvres de competção de plantas dannhas. A produtvdade méda de grãos das cultvares dos ensaos no ano de 2006 fo de 933,42 kg/ha, acma da méda geral dos ensaos (841,39 kg/ha) e da produtvdade méda do estado do Ceará no ano de 2006 que fo de 462 kg/ha. Para o ano de 2007, a produtvdade méda fo de 688 kg/ha abaxo da méda geral dos ensaos, mas, acma da produtvdade méda do Ceará no ano de 2007 que fo de 231 kg/ha, evdencando nas duas stuações que as condções ambentas dos locas avalados foram favoráves ao desenvolvmento do fejão-de-corda. Os resultados da análse de varânca conjunta geral para a produtvdade de grãos encontram-se na Tabela 3. Os efetos solados de Blocos (Anos/Locas), Anos, Locas, Genótpos, Anos x Locas, Anos x Genótpos, Locas x Genótpos e Anos x Locas x Genótpos foram sgnfcatvos, evdencam um comportamento dferencado dos genótpos nos locas e nos anos avalados. O efeto de Anos, de Locas e de Anos x Locas foram os que mas contrbuíram para a varação dos tratamentos nos ensaos. Observou-se também uma menor magntude para as nterações: Anos x Genótpos e Locas x Genótpos, quando comparadas com a nteração Anos x Locas. Pode-se aventar, assm, que o efeto combnado de Anos x Locas fo mas acentuado e ambos contrbuíram para promover mudanças sgnfcatvas no desempenho dos genótpos, apesar do efeto solado anos e locas de ter sdo bem superor aos efetos referdos, ndcando que os locas nteragram fortemente com os anos agrícolas.

73 72 Tabela 3 Resumo da análse de varânca conjunta geral referente à produtvdade de grãos (kg/ha), para fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/2007. Fontes da varação GL Quadrados médos (Blocos/Anos) /Locas ,47 ** Anos (A) ,71 ** Locas (L) ,71 ** Genótpos (G) ,83 ** G x A ,02 ** G x L ,09 ** A x L ,59 ** A x L x G ,98 ** Resíduo ,68 Méda geral (kg/ha) 841,39 CV (%) 21,87 **Sgnfcatvo ao nível de 1% de probabldade pelo teste F. A nteração trpla A x L x G fo superor às nterações G x A e G x L, mas uma vez evdencando a forte nfluênca do fator Anos, ou seja, os genótpos foram nfluencados pelos fatores clmátcos mprevsíves, no tocante as precptações pluvas, bem dferentes nos dos anos de avalação. O efeto de Anos sobre a nteração genótpos por ambentes fortalece a hpótese da ação da dsponbldade hídrca sobre a cultura nos dos anos agrícolas estudados. Os resultados obtdos acordam com a proposção de Dae (1998) quando afrma que a água é um dos fatores mas lmtantes da expressão do potencal genétco dos vegetas. Interações sgnfcatvas do tpo A x L e A x L x G se destacam como fatores essencas no planejamento de expermentos que vsam estudar a nteração G x E. O uso da combnação de locas e anos como ambentes representa melhor a dversdade dos fatores ambentas, pos a regressão sobre ambentes envolvendo Locas e Anos é mas precsa para avalar a establdade dnâmca ou agronômca (BECKER; LÉON, 1988). Segundo Allard e Bradshaw (1964), a grande magntude das nterações assocadas com Anos sugere que os fatores mprevsíves dos anos, tas como,

74 73 temperatura, umdade relatva e pluvosdade, contrbuem mas para a nteração G x E do que os fatores prevsíves de locas como, tpo de solo, topografa, entre outros, ou seja, os fatores não controláves (mprevsíves) contrbuem mas sgnfcatvamente para as alterações fenológcas e de produção das plantas. Já Kang, Harvlle e Gorman (1989), argumentam que os fatores prevsíves ou controláves relaconados à fertldade dferencal de Locas são mas mportantes para a nteração G x E. Do ponto de vsta genétco, provavelmente ocorre uma expressão dferencal dos genes, que comandam um determnado caráter, pela melhora ambental seja com relação aos fatores prevsíves ou mprevsíves. As avalações envolvendo mas de um ano foram mportantes para melhor estmar as respostas dos genótpos com os ambentes. Quando as nterações de Genótpos com Anos são mas fortes do que com Locas, o zoneamento agronômco não se mostra uma estratéga efetva para manejar a nteração G x E. Uma estratéga mas ndcada no sentdo de amenzar os efetos da nteração G x E sera um estudo sobre a adaptabldade e establdade dos genótpos (ROCHA, 2002). O valor do coefcente de varação da análse conjunta geral fo de 21,87%, consderado elevado, mas com boa precsão expermental. A magntude dos coefcentes de varação se assemelha aos obtdos num estudo dessa natureza realzado por Frere Flho; Rbero; Rocha; Lopes (2005). 4.2 Análses das médas Os dados constantes da Tabela 4 ndcam que as médas de produtvdade de grãos vararam de 162,7 kg/ha (Aparecdo-UFC) em IT06 a 1.776,3 kg/ha (BRS- Paraguaçu) em AS06. Os genótpos Epace 10, Setentão, Aparecdo, Sempre Verde-UFC, Sempre Verde-CE, Pngo-de-Ouro 1-2, Inhuma, BRS-Rouxnol, BRS-Marataoã e Frade Preto apresentaram suas melhores médas no ambente LN06. Os genótpos BRS-Paraguaçu e BRS-Guarba apresentaram no ambente AS06 suas médas mas altas, enquanto os genótpos Lsão e BRS-Gurguéa apresentaram melhor desempenho no ambente AS07, e o genótpo Pngo-de-ouro 1 obteve sua melhor méda no ambente BA06.

75 74 Tabela 4 Médas de produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda avalados nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/2007. Ambentes Genótpos AS06 BA06 CR06 IT06 LN06 AS07 BA07 LN07 Médas Epace 10 Setentão Sempre Verde UFC Aparecdo UFC Lsão CE Sempre Verde - CE Pngo-de-ouro 1-2 Pngo-de-ouro 1 Inhuma BRS Rouxnol BRS Paraguaçu BRS Guarba BRS Marataoã BR 17 Gurguéa Frade preto 374,5 f C 1118,2bcd BC 1116,1bcd B 525,4 ef B 746,2 def BC 1083,0bcd BC 1052,0bcd AB 1272,1bc A 1232,0 bc AB 887,4 cde BC 1776,3 a A 1384,5 ab A 1122,2bcd B 1350,2 ab AB 833,6 cde BC 703,7 cdef BC 755,5 bcde CD 906,0 abcd BC 268,3 f BC 455,9 ef C 672,3 cdef DE 1051,3 abc AB 1269,5 a A 1161,1 ab AB 1049,7abc B 952,3 abc BC 1051,4 abc AB 833,6abcde BC 769,5 bcde CD 468,5 def CD 757,6 cde BC 1170,7abc AB 756,1 cde BCD 410,6 e BC 618,5 de BC 822,9bcde CD 1020,8abcd ABC 910,7 abcd ABC 1333,7 a AB 935,3 abcd B 1014,6abcd BC 1139,7 abc A 1098,5abc B 1235,9 ab AB 766,4 cde BCD 1035,3 a B 288,6 bcd E 591,2 bcd CD 162,7 d C 466,8 bcd C 655,9 abc DE 655,9 abc CD 216,1 cd D 685,6 ab C 407,3 bcd D 647,4 abc CD 716,7 ab B 606,5 abc C 647,4 abc CD 424,0 bcd D 1571,1 ab A 1548,1abc A 1595,3a A 1463,3abc A 995,2 d B 1442,0abc AB 1133,4bcd A 835,9 d BC 1539,5abc A 1569,7 ab A 1119,0 cd B 871,3 d B 1653,7 a A 997,5 d BC 1528,7abc A 689,0 efg BC 453,9 g DE 847,8 defg BC 540,3 g B 1623,5 a A 1512,6 ab A 619,6 fg D 1047,5cdef AB 1026,6cdef BC 1070,3 cde B 801,8 defg BCD 444,5 g C 1135,8 bcd B 1418,5 abc A 1151,8 bcd AB 709,8 a BC 488,0 a DE 694,5a CD 362,8 a BC 376,3 a C 610,8a DE 694,2a BCD 577,5a CD 735,0a C 530,8a CD 683,5a CD 685,8a BC 535,3a C 703,3a CD 616,5a CD 797,4 a B 523,6 ab DE 448,8 ab D 296,2 b BC 449,0 ab C 324,8 b E 639,8 ab CD 642,0 ab C 709,3 ab C 373,5 ab D 471,2 ab D 411,0 ab C 560,0 ab C 452,0 ab D 475,0 ab CD 829,80 793,32 869,47 503,69 716,42 890,66 858,39 846, ,84 853,00 895,75 838,10 943,18 946,78 783,06 Médas 1038,26 824,56 932,80 547, ,31 958,89 600,25 504,88 841,39 Obs. Médas segudas pelas mesmas letras, mnúsculas na coluna e maúsculas na lnha, não dferem entre s pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabldade. Analsando-se por local, no ambente AS06 os genótpos BRS-Paraguaçu e Epace 10 apresentaram o melhor e o por desempenhos, respectvamente. No ambente BA06 os genótpos Pngo-de-Ouro 1 e Aparecdo, apresentaram a melhor e a por méda, respectvamente. No ambente CR06 os genótpos Inhuma e Aparecdo, no ambente IT06 os genótpos Epace 10 e Aparecdo, no ambente LN06 os genótpos BRS-Marataoã e Pngo-de-Ouro 1, no ambente AS07 os genótpos Lsão e BRS- Guarba e no ambente LN07 os genótpos Epace 10 e Aparecdo, apresentaram o melhor e o por desempenho, respectvamente. Enquanto no ambente BA07 todos os genótpos apresentaram comportamento semelhante pelo teste de médas aplcado aos dados de médas. A cultvar BRS-Paraguaçu apresentou a maor méda (1.776,3 kg/ha) do ambente AS06, sendo a melhor méda dessa cultvar entre todos os outros ambentes

76 75 testados, além de um resultado superor a sua méda esperada de 890 kg/ha (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005). Dentre os ambentes avalados nos dos anos do estudo o ambente LN06 apresentou as condções mas favoráves ao desenvolvmento dos genótpos avalados, pos 10 dos 15 genótpos testados apresentaram médas superores nesse ambente. Vale ressaltar que o genótpo BRS-Marataoã (1.653,7 kg/ha) obteve méda nesse ambente superor a sua méda esperada que é de 831 kg/ha (FREIRE FILHO; LIMA; RIBEIRO, 2005), podendo-se deduzr que esse ambente fo favorável ao seu desenvolvmento. No ambente AS06 dez dos genótpos testados apresentaram médas superores a kg/ha, no ambente LN06 onze genótpos e no ambente AS07 oto genótpos, portanto, esses ambentes reunram as melhores condções ao desenvolvmento dos genótpos de fejão-de-corda avalados. Nos ambentes IT06, BA07 e LN07 verfca-se que a maora dos genótpos apresentou médas consderadas baxas, o que pode ser confrmado pela baxa méda geral desses ambentes. Com sto denota-se que esses ambentes não apresentaram condções favoráves ao desenvolvmento dos genótpos avalados. Observa-se que ocorreu uma varação entre os genótpos de melhor desempenho ao longo dos ambentes testados, exceto Epace 10 que se repetu em dos ambentes. Isto provavelmente se deve aos fatores não controláves, como a varação nas taxas de precptação, que podem nfluencar negatvamente a produtvdade de grãos. A cultvar Epace 10 fo utlzada como testemunha, já que é a cultvar mas plantada no Ceará e uma das últmas obtdas e recomendadas pelo programa de melhoramento de fejão-de-corda do Estado. A Tabela 5 contém os dados do teste de Dunnett comparando a testemunha com os demas genótpos avalados no estudo. Verfca-se, por meo do teste de Dunnett, que a maora dos genótpos testados não dferu estatstcamente da testemunha, ou seja, esses genótpos apresentaram comportamentos semelhantes entre s ao longo dos ambentes testados, apesar de nove dos qunze avalados terem apresentado médas superores a testemunha e a méda geral o que pode ser explorado. Somente os genótpos Inhuma e Aparecdo dferram da testemunha ndcando certa varabldade genétca contda nesses materas, que pode ser explorada no estudo da nteração G x E para a adaptabldade e establdade fenotípca dos mesmos.

77 76 Tabela 5 Teste de Dunnett, % da méda de PG de cada genótpo ndvdual sobre a méda geral de PG dos genótpos (% PGl) e da testemunha (% PGt), dos genótpos de fejão-de-corda avalados nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/2007. GENÓTIPOS Produtvdade de grãos % PG % PG1 % PGt Setentão 793,32 0,94 0,95 Sempre Verde UFC 869,47 1,03 1,05 Aparecdo-UFC 503,69 * 0,59 0,61 Lsão CE 716,42 0,85 0,86 Sempre Verde-CE 890,66 1,06 1,07 Pngo-de-ouro ,39 1,02 1,03 Pngo-de-ouro 1 846,42 1,00 1,02 Inhuma 1052,84 * 1,25 1,27 BRS Rouxnol 853,00 1,01 1,03 BRS Paraguaçu 895,75 1,08 1,08 BRS Guarba 838,10 0,99 1,01 BRS Marataoã 943,18 1,12 1,14 BR 17 Gurguéa 946,78 1,12 1,14 Frade preto 783,06 0,93 0,94 Epace 10 (testemunha) 829,80 *: Sgnfcatvo ao nível de 5% de probabldade pelo teste de Dunnett 4.3 Análses de adaptabldade e establdade A detecção de nterações sgnfcatvas entre genótpos e ambentes (locas e/ou anos), ndcou a necessdade de se analsar a adaptabldade e establdade dos genótpos. As análses foram realzadas com as médas obtdas nos oto ambentes resultantes da combnação de cnco locas no ano de 2006 e três locas no ano de 2007.

78 Método de Eberhart e Russell Os resultados da análse de varânca para adaptabldade e establdade fenotípca avalados pelo método de regressão lnear de Eberhart e Russell (1966) são apresentados nas Tabelas 6 e 7. Dferenças sgnfcatvas foram observadas para os efetos de genótpos (G), ambentes (E) e nteração G x E para produtvdade, sendo que o efeto de ambentes (51,08%) fo mas mportante que o efeto da nteração G x E (38,56%), e este, maor que o efeto de genótpos (10,36%). Isto sgnfca que os genótpos mostraram comportamentos dferencados nos ambentes, o que demonstra a varabldade dos genótpos e dos ambentes avalados justfcando um estudo mas aprofundado sobre o comportamento ndvdual dos mesmos no sentdo de dentfcar a ntensdade de suas nterações com os ambentes. A extensa magntude da soma de quadrados (SQ) de ambentes ndca que eles foram varáves, com dferenças entre médas ambentas causando a maora da varação para produtvdade. As prncpas alterações ocorrdas nas áreas onde os expermentos foram conduzdos estão relaconadas com as osclações da precptação, no que dz respeto à dferença na quantdade e na dstrbução das chuvas, entre anos e locas e as condções do tpo de solo. Tabela 6 Resumo da análse de varânca conjunta geral referente à produtvdade de grãos (kg/ha), para fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Eberhart e Russell. Ceará, 2006/2007. Fontes da varação GL QM % da varação Ambente (E) ,87 ** 51,08 Genótpo (G) ,85 ** 10,36 G x E ,10 ** 38,56 E/G ,42 ** E lnear ,08 ** 56,95 G x E lnear ,50 ** 4,95 Desvo combnado (E/G) ,96 ** 38,09 Resíduo Méda geral (kg/ha) 843,89 CV (%) 21,87 **Sgnfcatvo ao nível de 1% de probabldade pelo teste F.

79 78 No que dz respeto à caracterzação químca do solo nos locas onde os ensaos foram realzados pode-se observar de acordo com o Apêndce C que os locas Crateús, Itappoca e Lmoero do Norte exbram baxa acdez, enquanto, Alto Santo apresentou alcalndade méda e Barrera uma acdez méda. Portanto, como ph desses locas não se revelou lmtante (nem alta acdez, nem alta alcalndade) provavelmente essa propredade do solo não deve ter nfluencado no desenvolvmento das plantas de fejão-de-corda, já que essa característca é responsável tanto pela toxdez de elementos como o alumíno e o manganês, como pela dmnução da solubldade de P, K, Ca e Mg. A presença de alumíno não fo detectada em Alto Santo, Crateús e Lmoero, e nos outros locas a presença fo classfcada como baxa. Os locas, Lmoero do Norte e Alto Santo apresentaram altas taxas de Ca e Mg. Barrera, Crateús e Itappoca dsponblzam baxas taxas de Ca, mas Crateús e Itappoca lberam muto Mg. Barrera, Itappoca e Lmoero dspõem de baxas taxas de potásso e fósforo, porém Crateús dsponblzou taxas elevadas desses elementos. Alto Santo mostrou baxas quantdades de potásso e matéra orgânca, mas altas taxas de fósforo. Com relação aos níves de matéra orgânca, Barrera e Itappoca apresentaram baxos níves, enquanto Crateús e Lmoero dsponblzaram médos níves desse composto. Dessa forma, pode-se perceber que as taxas de P e K, o teor de matéra orgânca, a porcentagem de saturação de bases (V) e a porcentagem de sódo trocável (PST) se mostraram dentro das condções recomendadas para o fejão-de-corda no estado do Ceará. A relação deal de Cálco:Magnéso é de 4:1, somente fo encontrada em Lmoero do Norte. Nos demas locas, a relação fo de 1:1 (Itappoca), 1:3 (Crateús), 1,5:1 (Alto Santo) e 3:1 (Barrera). Com sso, constata-se que as plantas não apresentaram sntomas de defcênca nem de toxdez a esses elementos, mostrando que as concentrações de mcronutrentes encontradas podem ser acetáves (AQUINO et al., 1993). Contudo, somando as propredades químcas e físcas do solo de cada local do estudo (Alto Santo Podzólco Vermelho-Amarelo e Ltófco, com manchas de aluvas e cambssolos; Barrera Podzólco Vermelho-Amarelo eutrófco e Planossolo; Crateús Podzólco Vermelho-Amarelo eutrófco e Planossolo; Itappoca Podzólco Vermelho-Amarelo eutrófco e Planossolo com manchas de solo do tpo Bruno nãocálcco e Lmero com solo de aluvões, cambssolos e Podzólco Vermelho-Amarelo eutrófco, característco da Chapada do Apod local onde fo realzado o ensao), não se

80 79 pode nferr com certeza o quanto essas condções afetaram sgnfcatvamente a produção de grãos. Magntudes semelhantes para os efetos de genótpos, ambentes e nteração G x E foram observadas em dversos trabalhos com fejão-de-corda (MIRANDA et al., 1997; SANTOS, ARAÚJO; MENEZES, 2000; FREIRE FILHO; RIBEIRO; ROCHA; LOPES, 2001; 2002), e com outras culturas como soja (GAUCH; ZOBEL, 1990) e fejão-comum (OLIVEIRA; CARNEIRO; CARNEIRO; CRUZ, 2006; BURATTO et al., 2007). Aryo (1998) encontrou que a varação explcada pela nteração G x E fo preponderante em relação aos efetos de ambentes e de genótpos. O efeto de ambentes dentro de genótpos (E /G), e os efetos obtdos de sua decomposção (E lnear, G x E lnear e desvo combnado) foram sgnfcatvos para o caráter em estudo (Tabela 6). A sgnfcânca do componente lnear da varabldade ambental ndca que varações sgnfcatvas no ambente proporconaram alterações na méda dos genótpos. A sgnfcânca do componente lnear da nteração G x E evdencou dferenças genétcas com relação aos seus comportamentos lneares quando submetdos às varações ambentas. Os efetos lneares de ambente, também sgnfcatvos, sugerem que a produtvdade varou frente aos ambentes consderados. Por outro lado, os desvos da lneardade permtram o estabelecmento de nferêncas sobre a establdade genotípca. Com sso, quando o desvo não é sgnfcatvo, o genótpo assocado tem comportamento estável e prevsível. Mas, quando os desvos são sgnfcatvos, o genótpo relaconado tem comportamento nstável e mprevsível (MAURO et al., 2000). Como os desvos combnados foram altamente sgnfcatvos, os componentes lnear e não lnear da establdade estão envolvdos no desempenho fenotípco dos genótpos nos ambentes consderados. Percebe-se, contudo, que apenas uma pequena parte da nteração G x E pode ser explcada pela relação lnear entre os genótpos e os ambentes e sto ndca que a regressão lnear não está explcando adequadamente a nteração G x E. O efeto de E lnear (56,95%), explcou a maor parte da varação em relação à fonte E /G, outra parte mportante da varação fcou com o desvo combnado (38,29%) e a menor parte da varação fo explcada pela G x E lnear (4,95 %). De modo geral, grande parte da regressão para o caráter produtvdade fo mas nfluencada e explcada pelos efetos de ambentes do que pelo efeto da nteração G x E. Esses resultados se assemelham aos reportados por Dashel et al. (1994), quando os autores

81 80 concluíram que em decorrênca da baxa varação explcada pela regressão em relação à nteração G x E, o desempenho dos genótpos pode não ser predta como uma função lnear do ambente. Analsando-se os dados da Tabela 7 para o coefcente de regressão ( b ), pode-se perceber que todos dos genótpos foram sgnfcatvamente dferentes de 1, o que ndca que nenhum dos materas testados apresentou adaptação ampla ou geral nos ambentes avalados. Os genótpos Epace 10, Lsão, Pngo-de-ouro 1-2, Pngo-de-ouro 1, BRS-Guarba e BR 17 Gurguéa apresentaram ( b < 1), ndcando uma adaptação específca a condções desfavoráves, o que sugere que esses genótpos não aprovetam a melhora das condções ambentas, mas suportam condções ambentas adversas mantendo suas médas de produtvdade em torno da méda geral. Tabela 7 Médas geras e parâmetros de adaptabldade e establdade, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Eberhart e Russell. Ceará, 2006/2007. GENÓTIPOS MÉDIA GERAL b s 2 d R 2 Epace ,80 0,38* ,91* 9,87 Setentão 793,32 1,33* 61681,09* 72,68 Sempre Verde - UFC 869,47 1,17* 19910,28* 86,53 Aparecdo UFC 503,69 1,19* 60062,33* 69,08 Lsão CE 716,42 0,87* ,49* 34,66 Sempre Verde CE 890,66 1,26* 57628,47* 71,97 Pngo-de-ouro ,39 0,59* 25641,21* 55,96 Pngo-de-ouro 1 846,42 0,76* 98066,26* 35,78 Inhuma 1052,84 1,06* 13789,64* 88,41 BRS Rouxnol 853,00 1,34* 21185,55* 88,84 BRS Paraguaçu 895,75 1,01* 93267,82* 50,35 BRS Guarba 838,10 0,58* ,07* 23,71 BRS Marataoã 943,18 1,33* 6887,73* 96,01 BR 17 Gurguéa 946,78 0,91* 72057,00* 51,77 Frade preto 783,06 1,19* 41703,71* 76,06 Meda geral (%) 843,89 *, ** : Sgnfcatvamente dferente de um, pelo teste t, a 5% e 1% de probabldade, respectvamente. ns: Não sgnfcatvo a 5% de probabldade pelo teste t.

82 81 Os genótpos Setentão, Sempre Verde-CE, Aparecdo-UFC, Sempre Verde- UFC, Inhuma, BRS-Rouxnol, BRS-Paraguaçu, BRS-Marataoã e Frade Preto apresentaram ( b > 1), ndcando adaptação específca a condções favoráves, o que sugere que esses genótpos possuem grande capacdade de explorar vantajosamente a melhora do ambente aumentando assm suas produtvdades médas. Com relação aos desvos de regressão ( s 2 d quanto à establdade, todos os genótpos apresentaram ( ), parâmetro que classfca s 2 d 0), o que ndca nstabldade, e sgnfca que esses genótpos vararam suas produtvdade médas ao longo dos anos e locas, sendo muto nfluencados pelas condções ambentas favoráves ou desfavoráves. Dferentemente dos genótpos classfcados como estáves que respondem satsfatoramente tanto em ambentes favoráves quanto desfavoráves, se mantendo em torno da méda geral. Os dados da Tabela 7 ndcam um baxo número de genótpos com coefcente de determnação (R 2 ) acma de 80%, porcentagem essa consderada por Cruz, Regazz e Carnero (2004) como referencal para que a regressão explque satsfatoramente o comportamento de um genótpo em função do ambente. Portanto, a regressão pode não estar explcando satsfatoramente o comportamento da maora dos genótpos nos ambentes avalados do presente estudo. Estmatvas negatvas podem ser observadas para a varânca dos desvos da regressão ( s 2 d ), o que segundo Chaves (2001), acontece devdo ao fato dos ( s 2 d ) serem estmados pela dferença entre quadrados médos (QM dos desvos QM do resíduo) acarretando estmatvas negatvas atrbuídas a erros aleatóros de estmação, o que permte consderar o valor negatvo como zero. Estmatvas negatvas não foram observadas no presente trabalho, ao contráro do obtdo para produtvdade de grãos nos trabalhos de Santos, Araújo e Menezes (2000), e Frere Flho, Rbero, Rocha e Lopes (2001; 2002). O comportamento dos genótpos Inhuma, BRS-Marataoã, Epace 10 (testemunha) e Aparecdo, nos ambentes avalados com base na regressão lnear de Eberhart e Russell está expresso na Fgura 1. Observa-se que o comportamento dos genótpos Inhuma e BRS-Marataoã fo perfetamente explcado por esse modelo, fato confrmado pelo R 2, enquanto o comportamento da testemunha e do por genótpo não se adequou à regressão mostrando-se de adaptação específca a condções dferentes das ambentas testadas.

83 Inhuma y = 0,9436x ,8 R 2 = 0,9304 BRS-Marataoã y = 1,235x + 989,28 R 2 = 0,9705 EPACE 10 y = 1,0713x + 829,8 Aparecdo y = 1,077x + 503,69 R 2 = 0,6676 R 2 = 0, FIGURA 1 - Lnhas de regressão dos dos genótpos mas produtvos (Inhuma e BRS- Marataoã), da testemunha Epace 10 e do genótpo menos produtvo (Aparecdo-UFC), sequencalmente, avaladas em oto ambentes para produtvdade de grãos, estmadas pelo método de Eberhart e Russell (1966). As observações referentes ao genótpo Epace 10 foram semelhantes aos resultados obtdos por Santos, Araújo e Menezes (2000), quando esse genótpo fo classfcado como adaptado a condções desfavoráves, de pequena prevsbldade e com uma méda osclante. Com relação ao R 2 dos genótpos, pode-se verfcar uma ampltude de varação entre 9,87 % (Epace 10) e 96,01 % (BRS-Marataoã). Este fato denota que a regressão pode não estar explcando satsfatoramente o comportamento da maora dos genótpos nos ambentes para produtvdade, já que houve um pequeno número de estmatvas R 2 > 80 %. Esse resultado fo dferente do obtdo por Mauro et al. (2000); por Murakam, Cardoso, Cruz e Bzão (2004); Vcente et al. (2004); Olvera, Carnero, Carnero e Cruz (2006); Carvalho et al. (2007); Elas et al. (2007), nos quas todas as estmatvas para R 2 dos genótpos para produtvdade de grãos foram acma de 80 %, ndcando que a regressão explcou satsfatoramente a varação exbda pelos genótpos nos ambentes avalados nos referdos trabalhos. Os resultados do presente trabalho, poucas estmatvas de R 2 > 80 %, se assemelham aos encontrados por Santos, Araújo e Menezes (2000) e de Barros, Sedyama, Texera e Cruz (2008). A classfcação de ambentes em favorável ou desfavorável é obtda consderando-se a méda geral de todos os expermentos em que aquele com méda

84 83 superor a méda geral consttu-se como ambente favorável e aquele com méda nferor a méda geral é o desfavorável. Com esse procedmento, se houver dos expermentos conduzdos num mesmo local e tpo de solo, um ao lado do outro, tomando-se todos os cudados para se manter o máxmo de unformdade na condução dos expermentos, as médas de cada um deles anda poderão ser dferentes, de modo que sempre se terá um materal em um ensao se comportando como favorável e o mesmo materal no ensao vznho podendo se comportar como desfavorável. Assm, a smples classfcação dos ambentes em favorável ou desfavorável não é sufcente para a dscrmnação da adaptabldade e establdade fenotípca, ou seja, pode não dexar clara a exstênca de dvergênca ambental. No entanto, essa classfcação dá uma noção de como os genótpos se comportam frente a certas varações ambentas, e desse modo vem sendo utlzada por mutos pesqusadores (MURAKAMI; CARDOSO; CRUZ; BIZÃO, 2004). Os genótpos dos ensaos nstalados os ambentes AS06, CR06, LN06 e AS07 alcançaram médas de produtvdade de grãos superores à méda geral (Tabela 8). Assm, esses ambentes podem ser classfcados como favoráves ao desenvolvmento dos materas avalados, ou seja, os genótpos puderam aprovetar as boas condções ambentas de precptação, entre outras, e expressar seus genes para a produtvdade de grãos apresentando um bom desempenho médo, fato este confrmado pelos índces ambentas postvos. Tabela 8 Médas geras e índces ambentas referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Eberhart e Russell. Ceará, 2006/2007. AMBIENTES MÉDIA (kg/ha) ÍNDICE AMBIENTAL AS ,24 214,35 BA06 824,56-19,32 CR06 932,80 88,91 IT06 547,16-296,72 LN ,24 480,35 AS07 958,91 115,02 BA07 600,27-243,61 LN07 504,92-338,97 MÉDIA GERAL 841,39

85 84 Já os ambentes BA06, IT06, BA07 e LN07 apresentaram médas nferores à méda geral e índce ambental negatvo, o que lhes conferu classfcação como ambentes desfavoráves aos genótpos utlzados para o estudo (Tabela 8). Isso provavelmente ocorreu devdo a osclações na precptação, em termos de quantdade e dstrbução, além de dferenças entre esses ambentes em outros fatores abótcos como solo, temperatura, etc., o que não favoreceu a expressão dos genes para a produtvdade de grãos. O ordenamento genotípco é mas consstente dentro dos ambentes favoráves, pos se o genótpo em um dado ambente apresentar um desempenho médo elevado, ele poderá ser classfcado seguramente como adaptado especfcamente a condções favoráves. Por outro lado, se o genótpo apresentar uma méda baxa, então ele será adaptado a condções específcas desfavoráves. Avalando os locas de teste por ano ndvdualmente, obteve-se a mesma classfcação para os ambentes favoráves e desfavoráves ndcando que o ordenamento genotípco nesses ambentes pode ser realzado com maor precsão, pos os ambentes estudados repetram ao longo dos dos anos de avalação médas acma da méda geral e índces postvos (AS06, CR06, LN06 e AS07) ou médas abaxo da méda geral e índces negatvos (BA06, IT06, BA07 e LN07) Método de Cruz, Torres e Vencovsky Os resultados da análse de varânca para adaptabldade e establdade fenotípca e para as produtvdades médas avaladas pelo método de regressão bssegmentada de Cruz, Torres e Vencovsky (1989) foram semelhantes aos resultados obtdos com a análse de varânca para adaptabldade e establdade fenotípca e para as produtvdades médas avalados pelo método de regressão lnear de Eberhart e Russell que foram apresentados na Tabela 6, e já comentados anterormente. As estmatvas dos parâmetros de adaptabldade e establdade encontram-se nas Tabelas 9 e 10. Na Tabela 9 verfca-se que a estmatva de ( β 1 ), que avala o desempenho dos materas nos ambentes desfavoráves, evdencou que os genótpos EPACE 10, Sempre Verde-UFC, Aparecdo, Pngo-de-Ouro 1-2 e BRS-Guarba

86 85 apresentaram baxas respostas a condções ambentas adversas ( β 1 < 1), ou seja, podese classfcá-los como de adaptação geral podendo ser recomendados a todos os ambentes do estudo e a outros ambentes com característcas semelhantes a estes. Enquanto, os genótpos Setentão, Lsão, Sempre Verde-CE, Pngo-de-Ouro 1, Inhuma, BRS-Rouxnol, BRS-Paraguaçu, BRS-Marataoã, BR 17-Gurguéa e Frade Preto se apresentaram como adaptados especfcamente a condções desfavoráves ( β 1 > 1), ou seja, apresentaram altas respostas a essas condções ambentas. Todos os genótpos avalados apresentaram β 1 sgnfcatvos, sto é, dferente de 1. Tabela 9 - Estmatvas dos parâmetros de adaptabldade e establdade, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Cruz, Torres e Vencovsky. Ceará, 2006/2007. GENÓTIPOS β 1 β 1 + β 2 σ 2 δ R 2 (%) Epace 10 0,004* 2,28* ,12* 58,69 Setentão 1,22* 1,83* ,81* 74,86 Sempre Verde/UFC 0,97* 2,09* ,77* 97,64 Aparecdo/UFC 0,90* 2,64* 94592,70* 89,85 Lsão/CE 1,08* -0,16* ,08* 44,65 Sempre Verde /CE 1,34* 0,83* ,02* 73,66 Pngo-de-ouro 1-2 0,55* 0,75* ,87* 56,86 Pngo-de-ouro 1 1,002* -0,39* ,34* 52,76 Inhuma 1,09* 0, ,91* 88,78 BRS Rouxnol 1,30* 1,54* 98080,51* 89,24 BRS Paraguaçu 1,12* 0,44* ,25* 53,64 BRS Guarba 0,69* 0,05* ,66* 27,76 BRS Marataoã 1,31* 1,43* 32101,40* 96,12 BR 17 Gurguéa 1,27* -0,85* 56964,86* 92,05 Frade preto 1,11* 1,58* ,77* 77,77 *, ** : Sgnfcatvamente dferente de um, pelo teste t, a 5% e 1% de probabldade, respectvamente.ns: Não sgnfcatvo a 5% de probabldade pelo teste t. A estmatva de ( β 1 + β 2 ), que avala o desempenho dos materas nos ambentes favoráves, mostrou que os genótpos Epace 10, Setentão, Sempre Verde- UFC, Aparecdo, BRS-Rouxnol, BRS-Marataoã e Frade Preto apresentaram altas respostas a condções ambentas favoráves sendo sgnfcatvamente responsvos à melhora ambental ( β 1 + β 2 > 1), com sso pode-se classfcá-los como de adaptação

87 86 geral podendo ser recomendados a todos os ambentes do estudo e a outros ambentes com característcas semelhantes a estes. Contudo, os genótpos Lsão, Sempre Verde- CE, Pngo-de-Ouro 1, Pngo-de-Ouro 1-2, Inhuma, BRS-Paraguaçu, BRS-Guarba e BR 17-Gurguéa mostraram baxas respostas a condções ambentas favoráves ( β 1 + β 2 < 1), e com sso pode-se classfcá-los como pouco adaptados a essas condções. Para todos os genótpos, a estmatva ( β 1 + β 2 = 1) fo sgnfcatva, sto é dferente de 1, ndcando que esses materas podem ser classfcados seguramente quanto a adaptabldade a condções favoráves. Nos trabalhos de Vcente, Pnto e Scapm (2004); Carvalho et al. (2006); Carvalho et al. (2006a); Carvalho et al. (2006b); Olvera, Carnero, Carnero e Cruz (2006); Elas et al. (2007), dferentemente do presente trabalho apresentaram um baxo número de coefcentes ( β 1 ) e ( β 1 + β 2 ) sgnfcatvos para os genótpos e condções ambentas avalados. Segundo Cruz, Torres e Vencovsky (1989), a establdade dos materas pode ser avalada pela estmatva dos desvos da regressão ( σ 2 δ ), além da estmatva de R 2 que reforça a prevsbldade dos mesmos, ressaltando que os materas com estmatvas de R 2 < 80%, não devem ter seu grau de prevsbldade comprometdo. Desta forma, observa-se que todos os genótpos foram sgnfcatvamente dferentes de zero ( σ 2 δ # 0, sgnfcatvo), assm pode-se classfcá-los como nstáves. Mas, utlzando o parâmetro para establdade (R 2 > 80%), os genótpos Sempre Verde-UFC, Aparecdo-UFC, Inhuma, BRS Rouxnol, BRS Marataoã e BR 17 Gurguéa foram classfcados como estáves, enquanto o restante (60% dos genótpos) fo classfcado como nstáves segundo esse parâmetro. Os trabalhos de Vcente, Pnto e Scapm (2004); e Elas et al. (2007), dferentemente do presente trabalho apresentaram um baxo número de desvos sgnfcatvos. Contudo, um alto número de desvos sgnfcatvos fo obtdo nos trabalhos realzados por Carvalho et al. (2006); Carvalho et al. (2006a); Carvalho et al. (2006b); Carvalho et al. (2006c); Carvalho et al. (2006d); Olvera, Carnero, Carnero e Cruz (2006). Os resultados das análses para establdade dos trabalhos de Carvalho et al. (2006), Carvalho et al. (2006a) e Carvalho et al. (2006b), referentes a um outro conjunto de genótpos e ambentes, regstraram cerca de 50% e 85%, de estmatvas de R 2 > 80% e R 2 < 80%, respectvamente. Na maora dos trabalhos que utlzaram esta

88 87 metodologa a boa parte dos valores das estmatvas desse parâmetro se concentrou acma de 80%, como pode ser verfcado nos trabalhos de Vcente, Pnto e Scapm, (2004); Carvalho et al. (2006c); Carvalho et al. (2006 d); Olvera, Carnero, Carnero e Cruz (2006) e Elas et al. (2007). Segundo a metodologa de Cruz, Torres e Vencovsky, o materal deal é aquele que apresenta méda alta, ( β 1 < 1), ( β 1 + β 2 > 1), ( σ 2 δ = 0) e (R 2 > 80%), ou seja, alta produtvdade méda, baxa resposta nos ambentes desfavoráves e capacdade de responder a melhora dos ambentes, ou seja, adaptação geral, e prevsbldade. Os resultados do presente trabalho ndcaram que os genótpos EPACE 10, Sempre Verde- UFC e Aparecdo reunram as característcas ( β 1 < 1), ( β 1 + β 2 > 1) e (R 2 > 80%), mas o genótpo Sempre Verde-UFC pode ser mas explorado devdo a sua produtvdade méda ser maor do que a méda geral dos ensaos. Então, pode-se constatar que o materal deal preconzado por esse modelo não fo encontrado no conjunto de genótpos avalados. Resultados semelhantes foram observados por mutos pesqusadores que utlzaram esse método para o estudo da adaptabldade e establdade fenotípca, entre eles pode-se ctar Olvera et al. (2006) e Elas et al. (2007). Todava, os genótpos Inhuma, BR 17-Gurguéa e BRS-Marataoã podem ser aprovetados, pos além de apresentarem as maores produtvdades médas foram classfcados com estáves, apesar de não responderem a melhora do ambente (Inhuma e BRS-Gurguéa) e de responderem a condções desfavoráves. O genótpo BRS- Marataoã deve ser olhado com mas atenção, pos é capaz de responder a melhora do ambente. Na análse dos dados da Tabela 10 pode-se comparar as médas geras com as médas nos ambentes favoráves e desfavoráves dos genótpos avalados, o que nos revela que, apesar da varação entre as médas geras e as médas nos ambentes favoráves e desfavoráves ser a mesma, os genótpos (EPACE 10, Setentão, Sempre Verde-UFC, Aparecdo, BRS-Rouxnol, BRS-Marataoã e Frade Preto) capazes de responder a melhora ambental podem provavelmente apresentar um desempenho até melhor do que o estmado pelas médas nos ambentes favoráves, enquanto aqueles genótpos (Epace 10, Sempre Verde-UFC, Aparecdo, Pngo-de-Ouro 1-2 e BRS- Guarba) que respondem pouco as condções ambentas desfavoráves podem provavelmente apresentar um desempenho médo entre a méda geral e a méda estmada nas condções desfavoráves, comportamento esse caracterzado como de

89 88 adaptação geral, ou seja, esses materas são nvarantes nessas condções, o que é amplamente procurado pelos melhorstas. Tabela 10 - Médas geras e nos ambentes favoráves e desfavoráves, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Cruz, Torres e Vencovsky. Ceará, 2006/2007. Genótpo Méda Geral ( β 0 ) Méda Favorável Méda Desfavorável Epace ,80 848,06 811,55 Setentão 793, ,73 513,96 Sempre Verde/UFC 869, ,83 660,13 Aparecdo/UFC 503,69 734,91 272,52 Lsão/CE 716,42 995,84 436,99 Sempre Verde/CE 890, ,14 565,96 Pngo-de-ouro ,39 956,49 760,31 Pngo-de-ouro 2 846, ,55 676,27 Inhuma 1052, ,95 822,75 BRS Rouxnol 853, ,68 590,33 BRS Paraguaçu 895, ,93 688,59 BRS Guarba 838,10 959,99 716,21 BRS Marataoã 943, ,55 633,84 BR 17 Gurguéa 946, ,52 643,05 Frade preto 783, ,13 496,01 Méda geral (kg/ha) 841,39 Contudo os genótpos (Lsão, Sempre Verde-CE, Pngo-de-Ouro 1, Pngode-Ouro 1-2, Inhuma, BRS-Paraguaçu, BRS-Guarba e BR 17-Gurguéa ) que não são capazes de responder a condções ambentas favoráves podem provavelmente manter suas médas entre a méda geral e a méda estmada para essas condções; e aqueles genótpos (Setentão, Lsão, Sempre Verde-CE, Pngo-de-Ouro 1, Inhuma, BRS- Rouxnol, BRS-Paraguaçu, BRS-Marataoã, BR 17-Gurguéa e Frade Preto) capazes de responder atvamente a condções ambentas desfavoráves devem se utlzados com ressalvas, pos podem até render menos do que o estmado pelas médas nos ambentes desfavoráves, o que nos leva a crer que esses materas são muto afetados pelo ambente.

90 89 Essa metodologa classfcou os ambentes pelos índces ambentas de forma semelhante à classfcação segundo a metodologa de Eberhart e Russell, conforme apresentada na Tabela 8 e dscutda anterormente, na qual os ambentes AS06, CR06, LN06 e AS07 foram favoráves à expressão da produtvdade dos grãos enquanto os ambentes BA06, IT06, BA07 e LN07 foram consderados desfavoráves a expressão dos genes para o caráter em estudo Método de Ln e Bnns Conforme a análse dos dados da Tabela 11 se observa que entre os qunze genótpos avalados pode-se destacar cnco em ordem crescente de estmatva do parâmetro P que apresentam maor adaptabldade sendo eles: Inhuma, BR 17- Gurguéa, BRS-Marataoã, BRS-Paraguaçu e Sempre Verde-CE. A establdade de comportamento é uma característca varetal que representa o rendmento per se de cada genótpo e não deve ser confundda establdade fenotípca (à capacdade dos genótpos apresentarem somente pequenas varações no seu comportamento geral, quando submetdos a dferentes ambentes). Então a estatístca P é efcente por que classfca os genótpos quanto a adaptabldade, establdade de comportamento e establdade fenotípca. Esta últma sendo defnda pela contrbução de cada genótpo para a nteração, a partr da qual podemos destacar cnco genótpos em ordem decrescente de establdade: Inhuma, BR 17-Gurguéa, BRS-Marataoã, BRS-Paraguaçu e Sempre Verde-CE; genótpos esses que reunram também adaptabldade e as maores médas consequentemente. Esses cnco genótpos juntos contrbuíram com 17,27% para a nteração. No geral as contrbuções para a nteração vararam entre 2,27% (Inhuma) e 16,25% (Sempre Verde-UFC). O genótpo Inhuma obteve a menor estmatva do parâmetro P (50,46) não sgnfcatvo, ou seja, não dferndo do genótpo com desempenho máxmo para a produtvdade de grãos em cada local, e a menor contrbução para a nteração (2,27%), dessa forma pode ser consderado de adaptação geral e alta prevsbldade. Este fato sugere que esse materal pode ser recomendado para todos os ambentes do estudo e para ambentes com característcas semelhantes aos ambentes do presente trabalho.

91 90 Valores reduzdos de P, apesar de não sgnfcatvos, reduzem o desvo em torno da produtvdade máxma em cada ambente. Assm, maor establdade estará obrgatoramente assocada à maor produtvdade (LIN; BINNS, 1988). Tabela 11 Médas geras e estmatvas dos parâmetros de adaptabldade e establdade, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Ln e Bnns. Ceará, 2006/2007. GENÓTIPOS Méda geral P /1000 Desvo Genétco Desvo G x A Contrbução: nteração (%) Classfcação genotípca Epace ,80 281,61* 100,46 118,15 12,67 14 Setentão 793,32 174,78* 117,47 57,31 7,86 12 Sempre Verde- 869,47 114,19* 83,46 30,73 5,14 6 UFC Aparecdo-UFC 503,69 361,24* 299,79 61,44 16,25 15 Lsão-CE 716,42 202,59* 157,73 44,88 9,11 13 Sempre Verde-CE 890,66 96,12* 75,07 21,04 4,32 5 Pngo-de-Ouro ,39 132,42* 88,05 44,36 5,96 8 Pngo-de-Ouro1 846,42 134,61* 93,15 41,45 6,05 9 Inhuma 1052,84 50,46 ns 25,35 25,10 2,27 1 BRS Rouxnol 853,00 120,38* 90,33 30,04 5,42 7 BRS Paraguaçu 895,75 88,94* 59,44 29,50 4,00 4 BRS Guarba 838,10 155,88* 96,77 59,11 7,01 10 BRS Marataoã 943,18 74,44* 56,06 18,38 3,35 3 BR 17 Gurguéa 946,78 74,03* 54,86 19,16 3,33 2 Frade preto 783,06 161,37* 22,50 38,86 7,26 11 Méda geral 841,39 *QMerro= 33873,68; P menor que este valor não dfere sgnfcatvamente do máxmo (P < 0,05). Pela análse dos dados da Tabela 12 que apresentam uma comparação entre as classfcações genotípcas pelos P s geras, favoráves e desfavoráves, se observa que os genótpos Lsão (11ª) e Frade Preto (4ª) apresentaram a mesma classfcação quanto aos P s favoráves e desfavoráves ndcando que o genótpo Lsão responde pouco a melhora ambental e muto a condções desfavoráves, enquanto, o genótpo Frade Preto responde muto a melhora ambental e pouco a condções desfavoráves.

92 91 Com relação a classfcação quanto ao P favorável pode-se destacar os cnco melhores genótpos que são capazes de responder a melhora das condções Rouxnol, Pngo-de-Ouro 1-2, Frade Preto e BRS-Guarba. Tabela 12 Estmatvas dos parâmetros P geras, favoráves e desfavoráves com suas respectvas classfcações genotípcas, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Ln e Bnns. Ceará, 2006/2007. GENÓTIPOS P /1000 Geral Classfcação genotípca P /1000 Favorável Classfcação genotípca P /1000 Desfavorável Classfcação genotípca Epace ,61* 14 82, ,73 9 Setentão 174,78* 12 83, ,26 7 Sempre Verde UFC UFC 114,19* 6 90, , ,24* 15 99, ,10 1 Lsão-CE 202,59* , ,02 11 Sempre Verde CE Ouro 1-2 ambentas sendo consderados de adaptação geral, são eles: BRS-Gurguéa, BRS- Aparecdo- Pngo-de- Pngo-de- Ouro 1 96,12* 5 157, , ,42* 8 171, , ,61* 9 179, ,10 14 Inhuma 50,46 ns 1 181, ,01 10 BRS Rouxnol BRS Paraguaçu BRS Guarba BRS Marataoã BR 17 Gurguéa 120,38* 7 229, , ,94* 4 237, , ,88* , , ,44* 3 274, , ,03* 2 397, ,41 5 Frade preto 161,37* , ,19 4 Méda geral 841,39

93 92 Quanto ao P desfavorável pode-se destaca como os cnco melhores genótpos de comportamento mas nvarável ao longo dos ambentes desfavoráves com adaptação geral os genótpos Aparecdo, BRS-Guarba, Sempre Verde-CE, Frade Preto e BR 17-Gurguéa. O genótpo BR 17-Gurguéa apareceu entre os cnco prmeros genótpos nas três classfcações ndcando que é um materal realmente de adaptação geral e com bom desempenho médo. O genótpo Epace 10 apresentou a mesma classfcação quanto aos P s geral e favorável ndcando uma baxa capacdade de responder a condções ambentas favoráves sendo classfcado como pouco estável e pouco adaptado a tas condções, evdencando um comportamento nconstante, pos sua classfcação com relação ao P desfavorável fo alta, ou seja, responde bem a condções adversas. segundo o Vale ressaltar que o genótpo Inhuma classfcado como adaptado e estável P geral, fo caracterzado como o genótpo menos capaz de responder a melhora das condções ambentas e com boa capacdade de resposta a condções desfavoráves, apesar de possur a méda mas alta de todos os genótpos. A análse dos dados da Tabela 13, nos permtr destacar os ambentes AS06 e AS07 como os ambentes favoráves que reduzram menos suas médas mínmas em relação a um maor aumento de suas médas máxmas evdencando suas boas característcas para a expressão do potencal produtvo dos genótpos avalados. Tabela 13 Médas geras, máxmas, mínmas e índces ambentas, referentes à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa de Ln e Bnns. Ceará, 2006/2007. AMBIENTES MÉDIA GERAL ÍNDICE AMBIENTAL MÉDIA MÁXIMA MÉDIA MÍNIMA AS ,24 214, ,3 374,5 BA06 824,56-19, ,5 268,33 CR06 932,80 88, ,69 410,64 IT06 547,16-296, ,33 162,73 LN ,24 480, ,65 835,9 AS07 958,91 115, ,51 444,5 BA07 600,27-243,61 735,0 362,8 LN07 504,92-338,97 797,4 296,2

94 93 Os ambentes desfavoráves IT06 e LN07 apresentaram a menor redução em suas médas mínmas em relação ao aumento das médas máxmas o que nfere que esses ambentes podem ser aprovetados na exploração de um melhor desempenho dos genótpos testados nesse estudo bem como de dversos outros genótpos. Este fato nos leva a despertar sobre a mportânca do cudado no descarte ou exclusão para futuros ensaos de alguns genótpos e/ou ambentes. Os ambentes favoráves IT06 e LN06, os ambentes desfavoráves BA06 e BA07 apresentaram a menor redução em suas médas máxmas em relação ao aumento das médas mínmas, o que ndca que esses ambentes devem ser utlzados com cautela na avalação de dferentes genótpos, pos pode ser que o ordenamento dos genótpos nesses ambentes não revele claramente a nvarânca ou pouca varação do desempenho fenotípco desses materas. A metodologa de Ln e Bnns (1988) é consderada de fácl aplcação e nterpretação, pos possblta o maor dscernmento entre os materas avalados e sempre assoca maor establdade com maor produtvdade. A sua utlzação é bem corrquera em trabalhos com dversas espéces cultvadas, entre elas, algodão (FARIAS et al., 1997), arroz (ATROCH; SOARES; RAMALHO, 2000), fejão comum (ELIAS et al., 2005) e mandoca (FILHO et al., 2007), mas para o fejão-de-corda a sua utlzação é menos explorada Método AMMI Os resultados referentes às análses realzadas pelo método AMMI são apresentados nas Tabelas 14 e 15. Os efetos prncpas de genótpos e ambentes dagnostcados pela tradconal análse de varânca (ANAVA), já foram dscutdos na análse de Eberhart e Russell (1966), mostrada na Tabela 6. O efeto multplcatvo da nteração genótpos x ambentes (G x E) fo dagnostcado por meo da análse de componentes prncpas (ACP), decompondo-se a soma de quadrados da nteração G x E (SQ GxE ) em exos ou componentes prncpas da nteração (CPI), sendo adotado o crtéro posdctvo ou posteror (uso de testes de hpóteses) por meo do teste F R apresentado por Cornelus et al. (1992) e Pepho (1995), para a seleção de modelos AMMI mas predtvos e parcmonosos. A SQ GxE fo decomposta em sete CPIs para a

95 94 produtvdade de grãos. No entanto, apenas os CPIs que exbram sgnfcânca são mostrados na Tabela 13, sendo os demas exos ncluídos no resíduo AMMI do últmo CPI sgnfcatvo. Percebe-se pelos resultados da análse constantes da Tabela 14 que o efeto multplcatvo da nteração genótpos x ambentes (G x E), deduzdo por meo da análse de componentes prncpas (ACP), também fo sgnfcatvo. Tabela 14 Resumo da análse de varânca, referente à produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa AMMI. Ceará, 2006/ Fontes de varação Produtvdade de grãos (kg/ha) GL Quadrados médos R 2 (%) Genótpos (G) ,34* 10,41 Ambentes (E) ,70** 51,77 G x E ,10** 37,81 CPI ,54** 41,36 Resíduo AMMI ,47 ns CPI ,55** 32,57 Resíduo AMMI ,34 ns Erro médo 98 CV 29,53 % **Sgnfcatvo ao nível de 1% de probabldade pelo teste F. Os efetos de ambentes foram responsáves pela maor parte da varação, segudos dos efetos da nteração genótpo x ambente e de genótpos. Esses resultados se assemelham aos obtdos por Akande (2007), que estudou a nteração genótpo x ambente para a produtvdade de grãos de oto cultvares de fejão-de-corda no Sudoeste afrcano. O autor encontrou uma maor varação para ambentes (61, 32%), porém, com uma magntude menor do que a obtda neste estudo (51,77%), e do que a encontrada no trabalho de Rocha et al. (2007) que fo de 91,87%. Na análse AMMI, a Soma de Quadrados da nteração G x E (SQ GxE ) fo decomposta em sete CPIs. No entanto, somente os dos prmeros exos (CPI1 e CPI2) foram sgnfcatvos (P < 0,01) pelo teste F de Cornelus, Seyedsard e Crossa (1992) e explcaram, respectvamente, 41,36% e 32,57% da varação, englobando um total de 73,93% da SQ GxE (Tabela 14). Para efeto de nterpretação é mostrado o prmero CPI e o segundo, já que o resíduo do CPI2 fo não sgnfcatvo pelo teste F R, ndcando que o modelo mas predtvo é o AMMI2. Portanto, os dos exos foram seleconados para o estudo da establdade e adaptabldade dos genótpos e ambentes.

96 95 No Brasl, os relatos na lteratura do uso da análse AMMI em fejão-decorda publcados por Frere Flho et al. (2003) em genótpos de porte enramador e tegumento mulato, mostraram que os dos prmeros exos (CPI1 e CPI2) foram sgnfcatvos e explcaram a SQ GxE, respectvamente, 37,50% e 23,75%, englobando um total de 61,25% da SQ GxE total, ndcando que o modelo mas predto fo o AMMI2. Em outro trabalho avalando a adaptabldade e establdade de fejão-de-corda, pelo crtéro do teste F R, o modelo seleconado fo o AMMI3, cujo resíduo fo não sgnfcatvo, tendo o CPI1 explcado 27,30%, o CPI2 25,18% e o CPI3 20,34% da SQ GxE. Portanto, os três exos explcaram 72,82% da SQ GxE total (FREIRE FILHO; RIBEIRO; ROCHA; LOPES, 2005). Rocha et al., (2007) obtveram resultados semelhantes aos de Frere Flho et al. (2005b). No entanto, os valores foram dferentes dos verfcados por Akande (2007), que seleconou o modelo AMMI1, tendo os três exos explcado 66,24% da SQ GxE, sendo que o IPCA1 explcou 33,37%, o IPCA2, 21,74%, e o IPCA3, 11,13%. As porcentagens explcadas pelos dos prmeros exos da análse de componentes prncpas do presente trabalho (41,36% e 32,57%,) foram superores às obtdas por Frere Flho et al. (2003), Frere Flho et al. (2005b) e Rocha et al. (2007). Segundo Frere Flho et al. (2003), a utlzação de exos remanescentes, que contêm mas ruído do que o padrão pode atrapalhar a nterpretação da adaptabldade e establdade va bplot. Para Rocha (2002), nos casos em que exste padrão em mas de dos exos, a prncípo, a representação gráfca em bplot não se justfca. Entretanto, este autor comenta que a análse AMMI apresenta como característca prncpal a captação da maor parte do padrão nos prmeros exos. De fato, para esses resultados, mas de 70 % desse padrão fo representado pelos dos prmeros exos. Assm, a nterpretação gráfca da establdade é feta consderando apenas bplots com os modelos AMMI1 e/ou AMMI2. Para os efetos adtvos de genótpos e ambentes observados pela dspersão na horzontal do bplot AMMI1, percebe-se que os genótpos vararam em menores proporções com relação aos efetos de ambentes e nteração genótpo x ambente, observada na vertcal do bplot (Fgura 2), ou seja, a nteração está nfluencando o comportamento dos genótpos e ambentes. A varação observada nos ambentes se deve, provavelmente, à forte nteração entre anos e locas, prncpalmente pela ocorrênca de estresses abótcos, com predomnânca de rregulardades pluvas e presença de verancos comuns na Regão Nordeste. Comportamento semelhante fo

97 96 verfcado por Frere Flho et al. (2005b), ao avalar genótpos de fejão-caup de porte prostrado em dferentes ambentes quanto à adaptabldade e establdade. Ambentes localzados em regões tropcas são mas propensos à ocorrênca de estresses abótcos (ANNICCHIARICO, 1997). MT AS07 LN IT06 LN07 BA BA CR06 9 AS06 LEGENDA: 1-EPACE 10; 2-Setentão; 3-Sempre Verde-UFC; 4-Aparecdo-UFC; 5-Lsão; 6- Sempre Verde-CE; 7-Pngo-de-ouro 1-2; 8-Pngo-de-ouro 1; 9-Inhuma;10-BRS-Rouxnol; 11- BRS-Paraguaçu; 12-BRS-Guarba; 13-BRS-Marataoã; 14-BR 17-Gurguéa; 15Frade Preto FIGURA 2 - Bplot AMMI1: produtvdade de grãos (kg/ha) x prmero componente prncpal da nteração (CPI1), MT: méda das testemunhas. Para o caráter em estudo verfca-se, pelo bplot AMMI1, que dez genótpos (71,40% dos materas) superaram a méda da testemunha (MT = 829,80 kg/ha, Epace 10) (Fgura 2). No entanto, entre esses apenas cnco genótpos apresentaram establdade para produtvdade de grãos, sendo eles em ordem decrescente: Sempre Verde-UFC, BR 17-Gurguéa, BRS-Rouxnol, BRS-Marataoã e Inhuma, como mostraram seus baxos escores predtos pelo modelo AMMI1. Esses genótpos por apresentarem nterações mas baxas com os ambentes, podem ser ndcados para todos os locas do estudo, e para outros locas com característcas semelhantes. Os genótpos Inhuma e BR 17-Gurguéa foram os mas produtvos e ao mesmo tempo prevsíves, evdencando reunr adaptabldade geral (EBERHART; RUSSELL, 1966).

98 97 Os genótpos Sempre Verde-UFC, BRS-Rouxnol e BRS-Marataoã nteragram pouco com os ambentes e de forma postva o que os possblta responderem a ambentes favoráves. No entanto os genótpos Inhuma e BR 17- Gurguéa nteragram com os ambentes em pequena escala, mas de forma negatva ndcando que esses materas não são capazes de responder a melhora ambental sendo adaptados a condções desfavoráves. Podemos agrupar os genótpos em estudo dentro de três classes com magntudes mas semelhantes para a nteração G x E: a) Classe 1 (genótpos mas estáves, escores de O a 5, + ou -): Sempre Verde-UFC, BR 17-Gurguéa, BRS- Rouxnol, BRS-Marataoã e Inhuma; b) Classe 2 (genótpos com establdades ntermedáras, escores entre 5 e 10, + ou -): Setentão e Pngo-de-ouro 1-2; c) Classe 3 (genótpos nstáves, escores > 10, = ou -): Epace 10 (MT), Aparecdo, Lsão, Sempre Verde-CE, Pngo-de-ouro 1, BRS-Paraguaçu, BRS-Guarba e Frade Preto. Apesar dos genótpos Sempre Verde-CE, Pngo-de-ouro 1-2, BRS-Paraguaçu e BRS-Guarba terem alcançado produtvdades acma da méda da testemunha, eles foram classfcados como nstáves, sendo classfcados como de adaptação específca a condções desfavoráves, exceto Sempre Verde-CE. Essas observações ndcam que certos genótpos devem ser vstos e explorados com cautela. O genótpo BRS-Guarba, que alcançou um desempenho acma da méda, e fo classfcado como nstável (escores altos e negatvos) no presente trabalho, se comportou de forma semelhante nos ambentes avalados por Rocha et al. (2007), quando apresentou uma méda elevada de produção de grãos, kg/ha, e fo também classfcado como nstável, sendo consderado pelo autor um caso típco de adaptação específca a ambentes favoráves (escores postvos), fcando entre os quatro genótpos mas produtvos do grupo de genótpos por eles avalados. O genótpo Epace 10, usado como testemunha, obteve uma produtvdade méda relatvamente baxa, além de se comportar como nstável. A méda desse genótpo obtda por Frere Flho et al. (2001; 2003) fo superor à méda geral de kg/ha, o que mostrou uma adaptabldade específca a ambentes com altas médas, mas em semelhança com o presente trabalho esse genótpo apresentou nstabldade. Nos trabalhos de Frere Flho et al. (2001; 2003) os autores encontraram para o genótpo BR 17-Gurguéa uma méda de produtvdade alta, elevada adaptabldade específca a ambentes com altas médas e baxa establdade, resultados em parte dferentes dos encontrados neste trabalho, pos esse genótpo fo o segundo

99 98 mas estável e mas produtvo, agora com escores negatvo revelando uma adaptação específca a condções desfavoráves. Analsando os dados da Tabela 15, percebe-se que os genótpos que menos contrbuíram para a nteração (A%) em ordem decrescente foram: Inhuma, BRS- Marataoã, Sempre Verde-UFC, BRS-Rouxnol e Pngo-de-ouro 1-2; o que ndca prevsbldade ou establdade de comportamento. Comparando a classfcação para a establdade dos genótpos com relação aos escores do CPI1 com a classfcação quanto à contrbução de cada genótpo para nteração, nota-se que houve uma confrmação dessa classfcação para quatro dos cnco genótpos. Contudo, a ordem de establdade fo alterada, e houve também a nclusão no grupo dos cnco genótpos mas estáves, do genótpo Pngo-de-ouro 1-2 que tnha sdo classfcado como de establdade ntermedára, e a exclusão do genótpo BR 17-Gurguéa que tnha sdo classfcado como o segundo mas estável. Este fato, mas uma vez, confrma a necessdade de se utlzar váras metodologas e que se realze váras análses crterosas durante o processo de seleção e recomendação de cultvares, para que não se descarte ou utlze um materal questonável. A metodologa AMMI com parâmetros que classfcam para a establdade faclta a comprovação das propredades desses materas, se tornando uma ferramenta efcente na seleção de genótpos mas estáves e produtvos. Tabelas 15 - Médas e nterações predtas pelo modelo AMMI2 (A%) para genótpos, ambentes e locas, referentes ao caráter produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejãode-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação, segundo metodologa AMMI. Ceará, 2006/2007. AMBIENTES GENÓTIPO Méda/genótpo A(%)/genótpo AS06 BA06 CR06 IT06 LN06 AS07 BA07 LN07 Epace ,18 658,72 805,55 689, ,86 688,67 647,45 635,38 829,80 15,77 Setentão 991,02 894,89 962,66 545, ,02 454,80 599,93 522,29 793,32 7,17 SempreVerde/UFC 980,34 838,67 948,63 616, ,23 856,45 648,85 574,39 869,47 2,27 Aparecdo/UFC 398,02 335,55 484,78 312, ,03 557,07 293, ,69 6,2 Lsão/CE 835,61 452,17 642,29 365, , ,90 398,62 286,52 716,42 13,3 SempreVerde /CE 996,14 689,41 857,49 572, , ,12 602,58 503,71 890,66 6,33 Pngo-de-ouro , , ,56 563, ,21 613,75 645,68 542,46 858,39 4,1 Pngo-de-ouro , , ,09 435,48 864, ,35 573,05 411,45 846,42 10,4 Inhuma 1303, , ,73 758, , ,10 825,14 726, ,84 1,38 BRS Rouxnol 970,31 780,76 905,13 579, , ,01 613,62 531,15 853,00 3,08 BRS Paraguaçu 1334, , ,35 542, ,04 836,31 653,92 521,02 895,75 4,56 BRS Guarba 1389, , ,26 480,58 968,20 470,44 619,63 478,15 838,10 12,04 BRS Marataoã 1046,88 856,98 985,64 671, , ,96 702,28 621,34 943,18 1,68 BR 17 Gurguéa 1367,31 956, ,76 542, , ,76 648,39 497,20 946,78 7,35 Frade preto 760,70 575,48 741,17 531, , ,69 531,33 165,73 783,06 4,37 Méda/ambente 1038,26 824,56 932,81 547, ,31 958,89 600,25 504,88 841,39 A(%)/ambente 15,13 10,63 6,39 8, ,47 1,75 4,52 Alto Santo Barrera Crateús Itappoca Lmoero do Norte Méda/local 998,56 712,41 932,81 547,17 914,59 A(%)/local 45,50 12,38 6,39 8,09 27,64 *, ** : Sgnfcatvamente dferente de um, pelo teste t, a 5% e 1% de probabldade, respectvamente. ns: Não sgnfcatvo a 5% de probabldade pelo teste t.

100 99 Os ambentes mas estáves foram: BA07, IT06 e LN07, pos apresentaram escores baxos, mas próxmos de zero. No entanto, não podem ser consderados ambentes desejáves já que apresentaram as médas mas baxas entre os oto ambentes em estudo. Os ambentes IT06 e LN07 apresentaram escores postvos, caracterzando ambentes favoráves, ou seja, esses ambentes possuem condções abótcas que possbltam a expressão de determnados genes para a produtvdade em dferentes genótpos; enquanto BA07, o ambente mas estável, apresentou escores negatvos, podendo ser caracterzado como desfavorável e expressão do potencal produtvo de determnados genótpos. A contrbução para a nteração de cada ambente pode ser vsualzada na Tabela 15; e nos confrma a establdade dos ambentes BA07, LN07, CR06 e IT06, com as menores contrbuções. Enquanto, AS07, LN06, AS06 e BA06 com as maores contrbuções para a nteração foram classfcados como nstáves. O local que mas contrbuu para a nteração fo Alto Santo e o que menos contrbuu fo Crateús. O local Alto Santo apesar de nstável pode ser utlzado para a exploração dos genótpos já que possbltou o bom desempenho dos materas testados. O local Barrera é estável provavelmente os genótpos se comportaram da mesma forma ao longo de város anos de avalação, mas talvez não consgam elevar suas médas nesse ambente; o que dependerá do conjunto gênco de cada materal. Com essa classfcação ambental percebe-se que as condções ambentas nesses locas e nos anos de avalação vararam o que nduzu um comportamento dferencal dos genótpos testados nesse trabalho. Os ambentes que apresentaram as melhores médas, AS06, LN06 e AS07, obtveram os escores mas altos, sendo, portanto classfcados como nstáves. Os ambentes LN06 e AS07 com escores postvos e médas altas podem ser utlzados para a exploração da produtvdade de grãos dos genótpos mas estáves e produtvos avalados neste trabalho. A exploração da nteração específca ambente-genótpo deve ser vsta com ressalvas e utlzada quando o ambente e o genótpo possuem escores de mesmo snal e boas médas. A exploração dos genótpos Sempre Verde-UFC, BRS- Marataoã e BRS-Rouxnol pode ser realzada nos ambentes IT06 e LN07. Como materas adaptados a condções favoráves podem responder a melhora desses ambentes produzndo mas, o que ndca uma combnação favorável sugerndo um snergsmo adaptatvo. Os genótpos Inhuma e BR 17-Gurguéa quando explorados no ambente BA07 provavelmente manteram as suas médas de produção, mas não seram

101 100 capazes de responder a melhora do ambente, pos foram classfcados como adaptados a condções desfavoráves, além de estáves e produtvos. Outras possíves combnações específcas entre determnados genótpos e ambentes podem ser efetuadas, porém com cautela, pos se deve lembrar que os genótpos deas são aqueles que não respondem aos ambentes desfavoráves, aumentam suas médas de produtvdade nos ambentes favoráves e apresentam prevsbldade de comportamento com médas superores. No geral, o bplot AMMI1 (Fgura 2) mostrou que os ambentes apresentaram maor varabldade do que os genótpos, tanto em efetos prncpas (vsualzados no sentdo horzontal do bplot), quanto multplcatvos (varação vsualzada no sentdo vertcal do gráfco). Isso confrma os resultados para as magntudes das SQ evdencados pela ANAVA com relação a essas fontes de varação (Tabela 18). Como o modelo da famíla AMMI escolhdo, segundo o teste F R, fo o AMMI2, então se deve plotar em um bplot os escores do CPI1 versus os escores do CPI2 para verfcar a dsposção dos genótpos e ambentes no gráfco e classfca-los quanto à establdade pela nteração entre os snas e magntude desses escores, ou seja, quanto menor o valor dos escores ou mas próxmo de zero mas estável, e se apresentarem o mesmo snal confrma a prevsbldade. Pela análse da Fgura 3, percebe-se que a dsposção dos pontos fo mas horzontal revelando a predomnânca dos efetos prncpas adtvos de genótpos e ambentes, e uma menor nfluênca da nteração. A partr da análse do gráfco podemse agrupar os genótpos em três classes, sendo elas: classe 1 (genótpos mas estáves): Inhuma, BRS-Marataoã, BRS-Rouxnol e Sempre Verde-UFC; classe 2 (genótpos com establdade ntermedára): Pngo-de-ouro 1-2, BRS-Guarba, BRS-Paraguaçu e Frade Preto; classe 3 (genótpos nstáves): Epace 10, Pngo-de-ouro 1, BR 17-Gurguéa, Sempre Verde-CE, Lsão, Setentão e Aparecdo-UFC. Apenas os genótpos Inhuma, Pngo-de-ouro 1-2, Sempre Verde-CE, Lsão e BRS-Guarba, apresentaram o mesmo snal para os dos tpos de escores o que confrma suas característcas quanto a establdade. Essa classfcação segundo a AMMI2, fo muto semelhante à classfcação pela AMMI1, pos os genótpos mas estáves foram confrmados nas duas classfcações, o que nos leva a crer que essa classfcação é consstente e a metodologa AMMI efcente no ordenamento genotípco.

102 101 O genótpo BR 17 - Gurguéa fo classfcado como nstável pelo modelo AMMI2, bem como pela classfcação da contrbução para a nteração, o que confrma sua mprevsbldade, apesar de apresentar uma produtvdade méda alta (Fgura 3). De acordo com as nformações contdas na Fgura 3, a classfcação dos ambentes fo a segunte: ambentes estáves IT06, LN07 e BA07; ntermedáros CR06 e BA06; ambentes nstáves LN06, AS06 e AS07. Concordando com a classfcação anteror segundo o modelo AMMI1, o que ndca que o ordenamento dos genótpos avalados no presente estudo nesses ambentes pode ser realzado tranqulamente, pos é consstente e verdadero. Os ambentes BA06, CR06 e AS07 apresentaram o mesmo snal para os dos tpos de escores o que confrma mas uma vez suas propredades de prevsão AS CR BA BA07 3 IT06 LN LN AS07 LEGENDA: 1-EPACE 10; 2-Setentão; 3-Sempre Verde-UFC; 4-Aparecdo-UFC; 5-Lsão; 6-Sempre Verde-CE; 7-Pngo-de-ouro 1-2; 8-Pngo-de-ouro 1; 9-Inhuma;10-BRS-Rouxnol; 11-BRS-Paraguaçu; 12-BRS-Guarba; 13-BRS-Marataoã; 14-BR 17-Gurguéa; 15Frade Preto FIGURA 3 - Bplot AMMI2: prmero componente prncpal da nteração (CPI1) x segundo componente prncpal da nteração (CPI2). A nterpretação gráfca em bplot na análse AMMI permtu dentfcar com efcáca genótpos superores, ou seja, prevsíves e com méda acma da testemunha, em smlardade aos resultados obtdos por Rocha et al. (2004, 2007) e Frere Flho et al. (2005).

103 102 Os resultados mostraram que a nteração G x E fo melhor explcada pela análse AMMI do que pelas metodologas de Eberhart e Russell, Cruz, Torres e Vencovsky e Ln e Bnns. A nteração explcada pelos CPI1 e CPI2 da análse AMMI fo sempre maor do que aquela explcada pela fonte de varação G x E lnear ou bssegmentada para a produtvdade de grãos, em smlardade aos resultados obtdos por: Rocha, (2002) em soja, Frere Flho et al. (2003; 2005) em fejão-de-corda; Olvera, Duarte e Pnhero (2003) em soja; Maa et al. (2006) em soja; Tarakanovas e Ruzgas (2006) em trgo; Rocha et al. (2007) em fejão-de-corda. Em todos esses trabalhos, fcou evdencado que a análse AMMI fo mas efcente em explcar a nteração G x E do que toda a varação G x E explcada pela regressão. A efetvdade da análse de regressão lnear para análse da nteração G x E decresce à medda que o número de dados aumenta (YAU, 1995). O modelo AMMI seleconado descartou a varação presente na SQ GxE rca em ruídos e, consderando que os resultados do presente trabalho, evdencaram que exsta mas ruído do que padrão na estrutura dos dados. Acredta-se que as nterações predtas pelos modelos AMMI foram adequadas, e que aquelas predtas pela ANAVA, para os métodos Eberhart e Russell, Cruz, Torres e Vencovsky e Ln e Bnns, foram sub ou superajustadas dependendo da nteração ndvdual de cada genótpo com os ambentes. Consequentemente, o ganho em exatdão pode ser usado para redução dos custos (redução do número de repetções), nclusão de mas tratamentos no expermento ou melhora na efcênca na seleção de genótpos superores (CROSSA, 1990). O método AMMI também fo superor aos métodos avalados em relação ao ganho em precsão para as estmatvas da nteração G x E, e consequentemente, para as médas dos ambentes, mas não é tão fácl a sua nterpretação. Além dsso, alguns pontos negatvos relaconados a essa metodologa devem ser relatados, como, a dfculdade na nterpretação da nteração, quando há baxa explcação do prmero componente prncpal; a dfculdade para quantfcar os escores como baxos, consderando estáves os genótpos e/ou ambentes; não apresentar o padrão de resposta do genótpo, o que caracterza os padrões de adaptabldade dos grupos formados por meo de parâmetros sgnfcatvos. Nesse contexto, essa metodologa apresenta alguns nconvenentes de ordem estatístca, fazendo com que suas nterpretações sejam vstas com ressalvas (DUARTE; VENCOVSKY, 1999).

104 Comparações entre os dferentes métodos utlzados As classfcações genotípcas segundo as quatro metodologas utlzadas no presente trabalho para caracterzar os genótpos quanto à adaptabldade e establdade são apresentadas na Tabela 16. A partr da análse dos dados dessa tabela pode-se perceber que as dferentes metodologas classfcaram pratcamente de forma smlar os genótpos; como o genótpo Inhuma que fo o prmero em termos de establdade em três metodologas e o 2 na metodologa AMMI2, reforçando a sua prevsbldade além de ter sdo o genótpo mas produtvo. Os genótpos BR 17 Gurguéa e BRS-Marataoã reafrmam suas posções de 2 e 3 lugares na ordem decrescente de establdade, classfcados pela maora das metodologas e reunndo também altas produtvdades médas. O genótpo Sempre Verde-CE assumndo o 4 lugar sendo caracterzado como estável e produtvo. O 5 lugar fcando com BRS-Paraguaçu e o 6 com BRS-Rouxnol, que reúnem establdade de comportamento e produtvdades médas altas, acma da méda geral. Tabela 16 Classfcações genotípcas segundo dversas metodologas utlzadas na caracterzação da adaptabldade e establdade dos genótpos de fejão-de-corda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/2007. GENÓTIPOS Méda geral Eberhart e Russell Cruz, Torres e Vencovsky Ln e Bnns AMMI1 Epace ,80 CD/I AG/CF/I Setentão 793,32 CF/I CD/AG/I Sempre Verde-UFC 869,47 CF/I - 5 AG/AG/I Aparecdo-UFC 503,69 CD/I AG/AG/I Lsão-CE 716,42 CF/I CD/CF/I Sempre Verde-CE 890,66 CF/I - 4 CD/CF/I Pngo-de-Ouro ,39 CD/I AG/CF/I Pngo-de-Ouro1 846,42 CD/I CD/CF/I Inhuma 1052,84 ACF/I - 1 CD/CF/I BRS Rouxnol 853,00 ACF/I - 6 CD/AG/I BRS Paraguaçu 895,75 ACF/I - 3 CD/CF/I BRS Guarba 838,10 ACD/I AG/CF/I BRS Marataoã 943,18 ACF/I - 2 CD/AG/I BR 17 Gurguéa 946,78 ACD/I CD/CF/I Frade preto 783,06 ACF/I CD/AG/I Méda geral 841,39 AMMI2

105 104 Para o restante dos genótpos ocorre certa dvergênca entre as metodologas o que pode dfcultar a seleção de determnados genótpos, mas deve-se olhar cudadosamente e escolher os materas que reúnam melhores médas e maor establdade. Essa comparação serve para alertar sobre a mportânca da utlzação de váras metodologas para caracterzar e classfcar os genótpos quanto à adaptabldade e establdade fenotípca com o objetvo de seleconar ou recomendar confavelmente os melhores materas para os ambentes nos quas esses foram avalados ou para ambentes com condções semelhantes aos dos testes, pos quando o ordenamento genotípco se repete segundo dferentes metodologas esse é mas consstente e seguro. Classfcação genotípca quanto à adaptabldade e establdade de forma semelhante também foram obtdos por Atroch, Soares e Ramalho (2000) trabalhando com as metodologas de Cruz, Torres e Vencovsky e Ln e Bnns, com as quas obtveram resultados semelhantes; Vcente, Pnto e Scapm (2004), trabalhando com as metodologas Eberhart e Russell, Cruz, Torres e Vencovsky e AMMI, vsualzaram a concdênca dos resultados utlzando essas dferentes metodologas; Elas et al. (2007) utlzaram as metodologas de Eberhart e Russell e Cruz, Torres e Vencovsky e encontraram observações semelhantes para ambas as metodologas no estudo da establdade fenotípca de determnado grupo de genótpos e ambentes. As metodologas utlzadas classfcaram os ambentes da forma, IT06, LN07, BA06 e CR06 como estáves, enquanto BA06, LN06, AS06 e AS07 como nstáves; essa caracterzação revela mas uma vez que o ordenamento dos genótpos avalados nesse estudo dentro desses ambentes é confável e consstente, onde se pode anda, a partr dessas nformações, seleconar novos materas e ambentes para novos testes, descartar determnados materas ou ambentes para testes futuros, ou anda julgar a necessdade de se contnuar avalando o mesmo conjunto de ambentes e genótpos com o ntuto de se obter nformações mas precsas. O método de Eberhart e Russell baseado na regressão lnear, bastante utlzado por melhorstas, é ndcado quando o objetvo é avalar a adaptabldade e a establdade e, smultaneamente, obter nformações adconas sobre recomendações de genótpos para determnados ambentes. Esse método é efcente quando o comportamento dos materas tende a ser lnear nos ambentes. Caso contráro, o

106 105 modelo de regressão lnear para estmar a establdade pode não ser aproprado e alternatvas devem ser nvestgadas (LIN; BINNS; LEFKOVICTH, 1986). O uso da análse AMMI é recomendado para estudos de adaptabldade e establdade, com um nteresse na dentfcação das verdaderas causas da nteração G x E em s (DUARTE; VENCOVSKY, 1999). Isto é mportante quando não se teem meddas sobre varáves ambentas externas que contrbuem para as nterações G x E (VARGAS et al., 2001). Város autores teem recomendado o método AMMI para analsar expermentos regonas e nternaconas, os quas envolvem mutos dados (ZOBEL; MADISON; GAUCH, 1988; GAUCH, 1990 e YAU, 1995). No entanto, esse método tem mostrado também ser efcente mesmo nos casos em que o número de genótpos é baxo (ARIYO, 1998). Esse método fo mas nformatvo, pos explcou melhor a nteração G x E e as relações adaptatvas das lnhagens com os ambentes de forma mas precsa e específca, quando comparado aos métodos de regressão lnear de Eberhart e Russell, regressão bssegmentada de Cruz, Torres e Vencovsky e a análse não-paramétrca de Ln e Bnns. Assm, os objetvos do presente trabalho foram mas bem atenddos pelo método AMMI, pos além de fornecer nformações sobre adaptabldade e establdade, facltou a caracterzação dos genótpos e sugeru assocações específcas entre determnados genótpos e ambentes. Os genótpos Inhuma, BR 17 Gurguéa, BRS-Marataoã, Sempre Verde- CE, BRS-Paraguaçu e BRS-Rouxnol apresentarem nterações mas baxas com os ambentes contrbundo menos para a nteração G x E, reunndo alta produtvdade e de boa prevsbldade pela concentração de maor quantdade de genes para establdade e adaptabldade podendo ser ndcados para todos os locas do estudo. Este fato explca, em parte, porque esses genótpos foram classfcados da mesma forma em todas as metodologas utlzadas neste estudo. Entre os genótpos avalados, destaca-se o desempenho superor de alguns materas em relação a outros. Esta superordade prevaleceu tanto em termos de produtvdade como de establdade, mostrando a vabldade da utlzação destes em programas de melhoramento no estudo da nteração G x E e, de acordo com seu comportamento em relação às demas característcas de mportânca agronômca, podese avalar a possbldade de amplar a sua recomendação a todas as áreas de cultvo de fejão-de-corda no estado do Ceará.

107 Análse de correlações As comparações entre as metodologas utlzadas neste estudo foram realzadas pela correlação de Spearman aplcados aos parâmetros de establdade ( S 2 d, 2 R, P e A ) e aos parâmetros de adaptabldade ( m, b, β 1 e β 1 + β 2 ), apresentadas na Tabela 17. Os resultados mostraram que aproxmadamente 2/3, ou seja, 64,30% das correlações estmadas apresentaram sgnfcânca (P < 0,01), evdencando certo grau de assocação no conjunto dos parâmetros consderados, o que, contudo não garante concordânca geral entre eles. Neste caso, predomnaram estmatvas de correlações baxas (r < 0,50). Tabela 17 - Coefcentes de correlação de Spearman entre parâmetros de adaptabldade e establdade estmados pelos métodos de Eberhart e Russell, de Cruz, Torres e Vencovsky, Ln e Bnns e AMMI, referentes ao caráter produtvdade de grãos (kg/ha) dos genótpos de fejão-decorda nos ambentes em estudo nos dos anos de avalação. Ceará, 2006/2007. Produtvdade de grãos (kg/ha) Parâmetros m b S 2 d β 1 β 1 + β 2 2 R P A m - 0,064 * -0,489 * 0,432 ns -0,350 * 0,336 ns -0,971 * -0,514 * b - -0,611 * 0,743 * 0,425 ns 0,612 ns -0,186 ns -0,550 * S 2 d - -0,368 * -0,361 * -0,728 * 0,546 ns 0,954 * β - -0,164 * 0,368 ns -0,550 * -0,321 * 1 β 1 + β 2-0,493 ns 0,396 ns -0,293 * 2 R - -0,364 * -0,632 * P A *,**: sgnfcatvo ao nível de 5% e 1% de probabldade, respectvamente, pelo teste t. ns: não sgnfcatvo pelo teste - 0,586 ns - Analsando-se as correlações entre os dversos parâmetros e a méda para produtvdade de grãos ( m ), observou-se altas correlações ocorreram com P e parâmetros de establdade, que além de negatvas foram também sgnfcatvas, ndcando que quanto maor a méda menor a magntude desses parâmetros, ou seja estão nversamente correlaconados, mas dependentes um do outro. Baxas correlações postvas foram encontradas entre m e os parâmetros b, β 1 e A, 2 R, o que sgnfca que

108 107 esses parâmetros são ndependentes apesar de vararem dretamente, ou seja, quando a méda aumenta esses parâmetros crescem smultaneamente. negatvas e sgnfcatvas foram encontradas entre apesar de ndependentes varam dretamente. O parâmetro β 1 (sgnfcatva) e m e Baxas correlações S 2 d e β 1 + β 2, o que ndca que b apresentou correlações altas postvas com os parâmetros 2 R, ndcando uma dependênca dretamente proporconal. Então, pode-se nferr que os parâmetros para adaptabldade b (EBERHART; RUSSELL, 1966) e β 1 (CRUZ; TORRES; VENCOVSKY, 1989), que caracterzam adaptabldade a ambentes desfavoráves, captam as mesmas nformações. A alta correlação de b do com o 2 R revela que estes parâmetros são lnearmente assocados, o que ndca a não utlzação de ambos na seleção para establdade (DUARTE, 1988). Altas correlações negatvas e sgnfcatvas foram observadas entre b e S 2 d e A, evdencando uma relação dependente nversamente proporconal. Essa relação de dependênca sgnfca que ambos os parâmetros são calculados a partr da mesma fonte de varação. Vale ressaltar que o RUSSELL, 1966) e b reporta sobre adaptabldade, enquanto S 2 d (EBERHART; A (AMMI) nformam sobre establdade, então apesar de estarem assocados condzem sobre propredades lgadas, mas dferentes, então esses parâmetros devem ser utlzados em complementardade. e o Altas assocações sgnfcatvas entre o b (EBERHART; RUSSELL, 1966) A (AMMI), foram confrmadas em outras observações (SILVA; DUARTE, 2006), ndca que esses métodos ou parâmetros, de certa forma, se complementam, vsto que o método de Eberhart e Russell, em detrmento da análse AMMI, nforma sobre a responsvdade de cada genótpo frente à melhora ambental. Por sua vez, a análse AMMI produz uma estmatva da contrbução genotípca para a nteração G x E lvre de ruídos, que o método de Eberhart e Russell não descarta. O parâmetro b apresentou correlações baxas, postva com β 1 + β 2 e negatva e sgnfcatva com P, ndcando que esses parâmetros não estão assocados e varam respectvamente, dreta ou nversamente. Pode-se recomendar então o uso concomtante desses parâmetros de adaptabldade de Eberhart e Russell ( b ), Cruz, Torres e Vencovsky ( β 1 + β 2 ) e Ln e Bnns ( P ) já que reúnem nformações dferentes

109 108 acerca de um conjunto de genótpos avalados. Resultados smlares de baxa assocação entre b e P foram encontrados também por Aremu et al. (2007). Isto sugere que a seleção smultânea para alta produtvdade e establdade, no geral, torna-se dfícl. No entanto, no presente trabalho, város genótpos assocaram adaptação ampla com prevsbldade. Os resultados do presente trabalho condzem com essa afrmação, evdencando que entre R 2 e S 2 d, este últmo é mas adequado como parâmetro de medda de establdade. O parâmetro de adaptabldade e sgnfcatvas com os parâmetros β 1 + β 2 e β 1 apresentou correlações baxas negatvas A, e postva com 2 R, ndcando uma pequena assocação entre eles, ou seja, esses parâmetros caracterzam os genótpos de forma dferente, já que β 1 nforma sobre adaptação a condções desfavoráves, β 1 + β 2 nforma sobre adaptação a condções favoráves, enquanto A e 2 R reportam sobre establdade, podendo ser utlzados conjuntamente. O parâmetro β 1 mostrou correlação alta negatva e sgnfcatva com P o que ndca que esses parâmetros estão assocados de forma nversa, quando um aumenta o outro reduz. Então, o β 1 e o P reportam sobre a adaptabldade dos genótpos, porém o P também nforma sobre a establdade dos materas o que talvez justfcasse, apesar da alta correlação com o β 1, o uso concomtante dos dos parâmetros. O parâmetro de adaptabldade parâmetros de establdade β 1 + β 2 revelou baxa assocação com os S 2 d (postva), A (negatva e sgnfcatva) e P (postva). Assocações baxas, negatvas ou postvas ndcam que os parâmetros correlaconados não teem ou teem pouca relação um com o outro, ou seja, são ndependentes, o que justfca o uso desses parâmetros em conjunto por perceberem dferentes característcas nos dversos grupos de genótpos e ambentes avalados para establdade fenotípca. parâmetros Correlações altas postvas foram observadas entre o parâmetro P e S 2 d e os A (sgnfcatva), o que ndca que esses parâmetros são dretamente dependentes e nformam sobre as mesmas característcas genotípcas condenando o seu uso conjuntamente. Portanto, recomenda-se o uso de um desses parâmetros como medda da establdade agronômca. Como o S 2 d é um parâmetro assocado à regressão, ele garante maores nformações a respeto do comportamento ndvdual de

110 109 cada genótpo, mas não é preferível em relação ao parâmetro A, por ser menos nformatvo com relação à nteração G x E. Correlação alta negatva e sgnfcatva fo observada entre o S 2 d e o 2 R ndcando que esses parâmetros estão nversamente assocados, e nformam sobre a establdade fenotípca dos materas o que nduz a utlzação de apenas um dos dos parâmetros. O parâmetro de establdade sgnfcatva com o parâmetro 2 R apresentou correlação negatva baxa e P, evdencando ndependênca entre eles, e varação nversa, o que ndca que ambos podem ser usados juntos no sentdo de soma nformações acerca dos genótpos avalados. Já a correlação de 2 R com A fo negatvamente elevada, ndcando que eles estão nversamente assocados, caracterzando os genótpos quanto à establdade, o que exclu o uso dos dos parâmetros smultaneamente. O parâmetro de establdade P apresentou correlação ntermedára postva com o parâmetro A, mas não sgnfcatva, ou seja, esses estão dretamente assocados e nformam sobre a establdade dos materas, porém o A reporta sobre a contrbução de cada materal para a nteração G x E, enquanto o P mostra quanto cada materal esta dstante do genótpo de desempenho máxmo. Logo, apesar da correlação ntermedára (r = 0,586) esses parâmetros captam nformações dferentes sobre os genótpos o que talvez justfcasse o uso desses dos parâmetros ao mesmo tempo. O uso de parâmetros pertencentes a dversas metodologas pode levar a dferentes ordenamentos de genótpos em termos de adaptabldade e establdade. Os resultados das correlações observadas entre a méda e os parâmetros de adaptabldade e establdade revelam que esses devem ser utlzados sempre juntos já que se procura genótpos com médas elevadas, adaptados e estáves; alertando apenas para a dreção da relação se é dreta ou nversa. RUSSELL, 1966) ou Entre os parâmetros de adaptabldade, pode-se usar b (EBERHART; β 1 (CRUZ; TORRES; VENCOVSKY, 1989). Ambos nformam sobre as mesmas propredades. O uso do b e do β 1 + β 2 (CRUZ; TORRES; VENCOVSKY, 1989) ao mesmo tempo é recomendado já que dsponblzam nformações dferentes.

111 110 seguntes parâmetros: VENCOVSKY, 1989), Com relação aos parâmetros de establdade recomenda-se o uso de um dos S 2 d (EBERHART; RUSSELL, 1966), 2 R (CRUZ; TORRES; A (AMMI) ou P (LIN; BINNS, 1966); pos, ambos nformam sobre as mesmas característcas genotípcas ndcando que estes parâmetros ordenam os genótpos de forma smlar, evdencando que eles utlzam um mesmo conceto de establdade (LIN; BINNS; LEFKOVICTH, 1986). O parâmetro 2 R (CRUZ; TORRES; VENCOVSKY, 1989) e o P (LIN; BINNS, 1966) podem ser usados smultaneamente no sentdo de complementar as nformações sobre a establdade dos genótpos. A utlzação de váras metodologas no estudo da adaptabldade e establdade é mportante e usual. No entanto deve-se fcar alerta para que se utlze metodologas que se complementem, ou seja, que dsponblzem nformações dferentes acerca do conjunto de genótpos que se estar trabalhando. Esse é o tpo de nformação que a correlação entre os dversos parâmetros de adaptabldade e establdade de dferentes metodologas tenta mostrar, ou seja, pode-se escolher os parâmetros não correlaconados das dferentes metodologas com o objetvo de reunr o maor número de nformações sobre os genótpos para tentar seleconar ou recomendar os melhores. Nesse sentdo, com os resultados do presente trabalho pode-se ndcar o uso dos parâmetros de adaptabldade b (EBERHART; RUSSELL, 1966) para ambentes desfavoráves e β 1 + β 2 (CRUZ; TORRES; VENCOVSKY, 1989) para ambentes favoráves, e para establdade usa-se o S 2 d (EBERHART; RUSSELL, 1966), o A (AMMI) e P (LIN; BINNS, 1966). A utlzação do A se justfca porque ele é o únco que nforma sobre a contrbução de cada materal para a nteração G x E, lvre de ruídos; e a utlzação do P pode ser justfcada porque esse parâmetro reun nformações sobre adaptabldade e establdade em um só parâmetro, dsponblzar dretamente um ordenamento ou classfcação genotípca, além de ser faclmente manuseável. No trabalho de Slva e Duarte (2006), o método de Eberhart e Russell apresentou altas correlações com outros métodos em estudo, exceto com o de Ln e Bnns. O método de Ln e Bnns não apresentou correlação com os outros métodos em estudo, e sto justfcara o uso dos métodos de Ln e Bnns e Eberhart e Russell para o fornecmento de nformações adconas e complementares sobre a establdade fenotípca em dferentes espéces cultvadas. Resultado em parte semelhante fo encontrado no presente trabalho.

112 CONCLUSÕES a) O efeto de ambentes fo mas mportante do que o efeto da nteração genótpos x ambentes (G x E), e este mas mportante do que o efeto de genótpos; b) De acordo com a metodologa de Eberhart e Russell nenhum dos materas testados fo classfcado como de adaptação geral, nem estável nos ambentes avalados; c) A regressão bssegmentada proposta pelo método de Cruz, Torres e Venconvsky caracterzou os genótpos quanto à adaptabldade em condções específcas de ambentes favoráves, desfavoráves ou de adaptação geral, mas todos nstáves; d) O método de Ln e Bnns caracterzou smultaneamente os genótpos quanto à adaptabldade e establdade com apenas um parâmetro (P), mostrando-se um método prátco e de fácl nterpretação bastante utlzado atualmente pelos melhorstas; e) O método AMMI possbltou a explcação da maor parte nteração G x E nos dos prmeros CPIs, e classfcou os genótpos e ambentes quanto a establdade de forma precsa e clara em dos bplots; f) A correlação de Spearman mostrou que alguns parâmetros das dferentes metodologas utlzadas estão dretamente assocados não devendo ser utlzados smultaneamente, enquanto outros não assocados devem ser usados em complementardade; g) Os genótpos que reunram mas adaptabldade com establdade para produtvdade de grãos foram: Inhuma, BR 17 Gurguéa, BRS-Marataoã, Sempre Verde-CE, BRS- Paraguaçu e BRS-Rouxnol, podendo ter suas recomendações estenddas para o Estado do Ceará.

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139 APÊNDICES 138

140 139 APÊNDICE A Informações sobre procedênca, cor dos grãos e peso de 100 grãos dos genótpos de porte prostrado avalados no presente estudo. Genótpos Procedênca Cor dos grãos Peso de 100 grãos EPACE 10 UFC, CE Mulato 21,1 Setentão UFC, CE Sempre-verde 20,3 Sempreverde/UFC UFC, CE Sempre-verde 17,9 Aparecdo/UFC UFC, CE Mulato 20,6 Lsão/CE Iguatu, CE Mulato claro 21,0 Sempre verde /CE Iguatu, CE Sempre-verde 16,5 Pngo-de-ouro -½ Iguatu, CE Mulato-claro 25,3 Pngo-de-ouro-1 Iguatu, CE Mulato-claro 22,9 Inhuma Inhumas, PI Mulato-claro 22,6 BRS Rouxnol EBDA, BA Sempre-verde 16,8 BRS Paraguaçu EBDA, BA Branco 16,4 BRS Guarba Embrapa Meo-Norte, PI BRS Marataoã Embrapa Meo-Norte, PI BR 17 Gurguéa Embrapa Meo-Norte, PI Branco 19,6 Mulato-claro 19,6 Sempre-verde 12,4 Frade preto UFC, CE Preto 20,9

141 140 APÊNDICE B Informações com base nos agropólos de desenvolvmento agrícola, segundo Secretara de Agrcultura do estado do Ceará, sobre os muncípos utlzados no presente estudo. MUNICÍPIOS Alto Santo Barrera Crateús Itappoca Lmoero do Norte REGIÃO Médo Jaguarbe Macço de Baturté Inhamuns Norte Ltoral oeste Baxo Jaguarbe DISTÂNCIA (km) ALTITUDE LONGITUDE LATITUDE SOLO Podzólco 243,10 79,5 m W 5 31 S Vermelho- Amarelo e Ltófco, Podzólco Vermelho- 72,00 415,7 m W S Amarelo Eutrófco e Planossolo Podzólco Vermelho- 354,00 274,7 m W 5 12 S Amarelo Eutrófco e Planossolo Podzólco Vermelho- 130,30 108,7 m W 3 30 S Amarelo Eutrófco e Planossolo Podzólco 196,10 30,2 m W 5 08 S Vermelho- Amarelo Eutrófco

142 141 APÊNDICE C - Precptação pluval (mm), no período de janero a junho dos anos agrícolas de 2006/2007, relatvos à avalação de genótpos de fejãode-corda no estado do Ceará. Ano Local Mês Janero Feverero Março Abrl Mao Junho Total 2006 Alto Santo 0 79,6 299,7 227, ,4 824,5 Barrera Crateús Itappoca 19,6 298,5 373,1 358,2 149,6 68,2 1267,2 Lmoero 3 104,2 198,9 162,9 149, ,9 do Norte 2007 Alto Santo ,5 79,4 44, ,5 Barrera , ,8 Crateús Itappoca 41,6 288,4 153,2 176,8 55, ,4 Lmoero do Norte 2 86,1 154,4 146,1 78, ,3 FONTE: FUNCEME (2006/2007).

143 142 APÊNDICE D - Análses químcas dos solos nos locas Alto Santo, Barrera, Crateús, Itappoca e Lmoero do Norte, do estudo com fejão-de-corda no estado do Ceará, 2006/2007. Local ph MO P mmol c /dm 3 V PST (mg/dm 3 SB CTC ) K Ca Mg Al Na (%) (%) Alto Santo 7,8 8, , nd 3,6 85,4 9, Barrera 5,6 6,6 1 2, ,9 31,3 52, Crateús 6,3 15, , nd 8,7 117,5 151, Itappoca 6,0 8,3 1 2, ,5 41,1 62, Lmoero do Norte 6,8 20,5 1 7, nd 5,3 187,3 221, APÊNDICE E - Crtéros utlzados para a nterpretação de análses de solos para o Estado do Ceará (Recomendações de adubação e calagem para o Estado do Ceará. Fortaleza. UFC p.). Determnações Undade Classfcação Baxo Médo Alto Muto alto Alumíno mmol c /dm 3 0 5, > 10 - Cálco mmol c /dm > 40 - Magnéso mmol c /dm > 10 - Potásso mmol c /dm 3 0-1,15 1,16-2,30 2,31-4,6 > 4,6 mg/dm > 180 Fósforo mg/dm > 40 Matéra g/kg > 30 - orgânca Acdez Neutraldade Alcalndade Baxa Méda Alta Baxa Méda Alta < 5 5,1-5,9 6-6,9 7,0 7,1-7,4 7,5-7,9 >7,9 Mcronutrentes Teor Cu Zn Mn Fe B ph em água (1:2,5) Baxo 0-0,2 0 0,5 0 1, ,2 Médo 0,3 0,8 0,6 1,2 1, ,2-0,6 Alto > 0,8 > 1,2 > 5,0 > 12 > 0,6

144 143 APÊNDICE F Esquema de campo com delneamento em blocos casualzados dos expermentos realzados no presente estudo de adaptabldade e establdade com fejão-de-corda no estado de Ceará, 2006/ m 3 m BLOCO I BLOCO II 54 m BLOCO III BLOCO IV

145 144 APÊNDICE G - Esquema da análse de varânca ndvdual para os genótpos em blocos ao acaso, ao nível de parcelas. Fontes de varação GL QM F Bloco (B) r - 1 Q 1 Q 1 /Q 3 Genótpo (G) g - 1 Q 2 Q 2 /Q 3 Resíduo (r 1)(g 1) Q 3 Total (rg 1) APÊNDICE H - Esquema da análse de varânca conjunta/ano para os genótpos, em blocos ao acaso, ao nível de parcelas. Fontes de varação GL QM F Local (L) l - 1 Q 1 Q 1 /Q 5 Bloco (B)/(L) l(r 1) Q 2 Q 1 /Q 2 Genótpo (G) g - 1 Q 3 Q 3 /Q 5 G x L (g 1) (l 1) Q 4 Q 4 /Q 5 Resíduo l(g 1) (r 1) Q 5 Total (rgl) 1 APÊNDICE I - Esquema da análse de varânca conjunta geral para os genótpos, em blocos ao acaso, ao nível de parcelas. Fontes de varação GL QM F B/L/A (r 1)al Q 1 Q 1 /Q 9 Anos (A) a - 1 Q 2 Q 2 /Q 9 Local (L) l -1 Q 3 Q 3 /Q 9 Genótpo (G) g - 1 Q 4 Q 4 /Q 9 G x A (g - 1) (a - 1) Q 5 Q 5 /Q 9 G x L (g -1) (l -1) Q 6 Q 6 /Q 9 A x L (a -1) (l -1) Q 7 Q 7 /Q 9 G x A x L (g - 1) (a -1) (l -1) Q 8 Q 8 /Q 9 Resíduo al(r - 1)(g - 1) Q 9 Total (rgal) - 1

146 145 APÊNDICE J - Esquema da análse de varânca com a decomposção da soma de quadrados de ambentes/genótpos, conforme a metodologa de Eberhart e Russell (1966). Fontes de varação GL SQ Genótpo (G) g - 1 Ambente (E) e -1 G x E (g -1) (e -1) E/A g (e - 1) SQ E + SQ G x E E lnear 1 SQ E lnear G x E lnear (g -1) SQ G x E lnear Desvo g (e -1) SQ D combnado(e/g) Resíduo ge (r -1) SQ R APÊNDICE K - Esquema da análse de varânca AMMI ao nível de médas de ambentes, adotando o crtéro de Gollob para atrbução de graus de lberdade aos componentes prncpas da nteração (CPI). Fontes de varação Genótpo (G) g - 1 SQ G QM G Ambente (E) e -1 SQ E QM E G x E (g -1) (e -1) SQ G x E QM G x E GL SQ QM F CPI1 g + e -1- (2.1) 2 λ 1 QM CPI1 QM CPI1 / QM R CPI2 g + e -1- (2.2) 2 λ 2 QM CPI2 QM CPI2 / QM R CPI3 g + e -1- (2.3) λ QM CPI3 QM CPI3 / QM R CPIp g + e -1- (2.p) 2 p Resíduo ge (r -1) SQ R QM R λ QM CPIp QM CPIp / QM R

147 146 APÊNDICE L Vsão geral do ensao em Barrera no ano de APÊNDICE M Vsão geral do ensao em Lmoero do Norte no ano de 2007.

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