O Papel da Oferta de Trabalho no Comportamento dos Retornos à Educação no Brasil * Alexandre Augusto Seijas de Andrade Naercio Aquino Menezes-Filho

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1 O Papel da Ofera de Trabalho no Comporameno dos Reornos à Educação no Brasil * lexandre uguso Seias de ndrade aercio quino Menezes-Filho Resumo s proporções de rabalhadores com ensino fundamenal e médio cresceram basane nas duas úlimas décadas. Já a proporção de rabalhadores com ensino superior esá esagnada desde o início da década de 80. Simulaneamene, os prêmios salariais pelo ensino superior vêm aumenando e os prêmios pelo ensino fundamenal e médio esão declinando para rabalhadores de odas as idades. o presene esudo, esima-se uma relação causal da evolução das oferas de rabalho para os prêmios salariais. Uilizase um modelo eórico em que a função de produção depende de rês agregados de rabalho: nãoqualificados, inermediários e qualificados. esimação compreende dois eságios, sendo que o primeiro fornece esimaivas para as elasicidades de subsiuição enre grupos de idade e o segundo, valores para as elasicidades de subsiuição enre grupos de qualificação. O rabalho conclui que esá havendo um aumeno na demanda relaiva por rabalhadores com qualificação inermediária que esá sendo superada pelo aumeno da ofera relaiva e que a demanda por rabalhadores com nível superior em permanecido consane, sendo o aumeno do prêmio salarial oalmene explicado pela queda na ofera relaiva. Palavras-chave: educação, desigualdade salarial, ofera de rabalho bsrac The proporion of workers wih elemenary and high school degree has grown very fas during he las wo decades. Meanwhile, he proporion of workers wih a college degree has sabilized since he early 80 s. The college wage premium is growing for workers of all ages, while he elemenary and high school wage premium are declining for workers of all ages. The presen sudy esimaes a causal relaionship from he relaive supply of labor ino he evoluion of he wage gaps. The heoreical model consiss of a producion funcion ha depends on hree labor aggregaes: unskilled, semi-skilled and skilled. The esimaion follows a wo-sage process. n he firs one, he elasiciies of subsiuion beween age groups are obained and he second one obains he elasiciies of subsiuion beween skill groups. The paper concludes ha he relaive demand for semi-skilled work is increasing, bu i is being compensaing o he increase of he relaive supply. The demand for skilled work seems o be consan during he period of he sudy, which indicaes he relaive supply oally explains he wage premium. Key words: educaion, wage differenials, labor supply JEL Classificaion: C3, C52, J3 * Ese arigo baseia-se na disseração de mesrado apresenada pelo primeiro auor ao PE-USP, que ambém aproveia para agradecer a ndré Porela de Souza, Reynaldo Fernandes e Sérgio Guimarães Ferreira pelos comenários cuidadosos e sugesões recebidas no exame de qualificação e/ou na defesa do rabalho. gradecemos ambém os comenários poseriores de Maheus lbergaria de Magalhães. Os erros porvenura exisenes são de ineira responsabilidade dos auores. Mesre pelo PE-USP e pesquisador da Fipe. Professor de Economia da FE-USP.

2 . nrodução quesão da desigualdade de rendimenos sempre eseve enre uma das mais debaidas em economia. lieraura que raa dos efeios da educação sobre os rendimenos dos rabalhadores no mercado de rabalho e seu impaco sobre a desigualdade ambém é muio exensa. o Brasil, o assuno começou a receber maior aenção na década de 60, com os esudos de Furado (968) e Langoni (973). Durane a década de 80, o ema da desigualdade perdeu relevância, em virude dos aconecimenos ligados à macroeconomia, como as crises de 982 e a hiperinflação na segunda meade da década. Desde meados da década de 80, com o surgimeno de novas bases de micro dados, o assuno volou a ser basane discuido (ver Fernandes e Menezes-Filho, 200). Sabe-se que a economia brasileira, apesar de er apresenado axas elevadas de crescimeno do PB, passou por um processo de concenração de renda muio fore ao longo da década de 70. O nível de escolaridade da população brasileira aumenou, desde a meade do século passado. Desde 940, a proporção de pessoas com ensino elemenar básico (anigo primário), em caído coninuamene, assim como em crescido o percenual de pessoas com ensino médio. o enano, a paricipação de pessoas com ensino superior esá praicamene esagnada desde as gerações nascidas no início da década de 50. O obeivo dese rabalho é invesigar o impaco desas mudanças nas oferas de rabalho sobre os reornos à educação. O rabalho inicial a respeio da influência da ofera de rabalho sobre reornos à educação foi o de Kaz e Murphy (992). ese arigo, uilizando dados de 963 a 987, os auores analisam os movimenos dos prêmios pelo ensino superior nos Esados Unidos e concluem que exise uma relação muio fore desses movimenos com as fluuações ocorridas na axa de crescimeno da ofera de rabalhadores com ensino superior. O seu modelo assume perfeia subsiuabilidade enre rabalhadores de diferenes idades, mas que possuem o mesmo nível de escolaridade. Dessa forma, os auores consroem medidas de oferas agregadas de rabalho uilizando uma combinação linear de rabalhadores com diferenes idades perencenes à mesma caegoria de qualificação. Card e Lemieux (200) esendem o modelo de Kaz e Murphy (992) para permiir imperfeia subsiuição enre rabalhadores com idades diferenes. Os auores observaram que o diferencial de rendimenos para os rabalhadores mais ovens praicamene dobrou desde 975, enquano que o diferencial para rabalhadores mais velhos ornou-se apenas um pouco maior do que o verificado nos anos 60 ou 70. Os rabalhadores são divididos em dois grupos: os que possuem ensino superior (college) e os que possuem ensino médio (high school). o arigo, Card e Lemieux (200) argumenam que o aumeno do prêmio à educação nos países mencionados é reflexo de uma mudança enre coores da ofera de rabalhadores melhor qualificados. O faor principal por rás desse aconecimeno é a redução da axa de conclusão do ensino superior, que eve início para as coores nascidas a parir do início da década de 50. Em consequência disso, a esruura eária do prêmio pelo ensino superior aumenou. explicação sugerida pelos auores para a redução da axa de conclusão do ensino superior é que as coores mais novas são maiores, fao que raz problemas para o sisema educacional (ese não eria acompanhado o crescimeno populacional). Esimando o impaco de oferas de rabalho (de indivíduos perencenes a diferenes grupos de qualificação) sobre os prêmios pelo ensino superior, os auores obêm uma esimaiva Os rabalhadores mais ovens são aqueles com idade enre 26 e 30 anos, enquano que os mais velhos possuem enre 46 e 50 anos. 2

3 da elasicidade de subsiuição enre diferenes grupos de idade perencenes a um mesmo nível de escolaridade. De posse dessa esimaiva, a imperfeia subsiuabilidade enre os diferenes grupos eários é levada em cona na consrução de medidas de oferas agregadas de rabalho. pesar de ober esimaivas da elasicidade de subsiuição enre grupos de idade elevadas, elas possuem valores finios, em orno de 4,4. elasicidade de subsiuição enre grupos de qualificação obida pelos auores variava de, a,6. o longo do processo de esimação, os auores assumem que a esruura da demanda de rabalho permanece inalerada. Fernandes e Menezes-Filho (200) fazem um esudo sobre os salários dos rabalhadores brasileiros para as décadas de 80 e 90 uilizando um modelo de ofera e demanda de rabalho para decompor a evolução dos salários relaivos dos rabalhadores qualificados, inermediários e não qualificados. O modelo possui dois componenes: um devido às mudanças na ofera relaiva e o ouro devido às mudanças na demanda relaiva. Segundo os auores, exisem duas explicações principais, não muuamene exclusivas, para o aumeno da demanda relaiva por rabalhadores qualificados: a aberura econômica e o progresso écnico com viés de habilidade, ou sea, que demanda rabalhadores qualificados. De acordo com o primeiro argumeno, a inegração comercial enre países desenvolvidos e em desenvolvimeno faria com que os primeiros, relaivamene abundanes em rabalhadores qualificados, se especializassem em seores inensivos nesse ipo de mão de obra. Tal fao elevaria a demanda relaiva por rabalhadores qualificados nos países desenvolvidos. os países em desenvolvimeno aumenaria a demanda por mão-de-obra menos qualificada. Pela segunda inerpreação, avanços ocorridos na ecnoia da informação e na microelerônica seriam direcionados para o rabalho qualificado, o que aumenaria sua demanda relaivamene ao rabalho não qualificado. Fernandes e Menezes-Filho (200) enfaizam o cuidado que se deve omar com relação à divisão dos rabalhadores enre qualificados e não-qualificados. Essa divisão é, em geral, realizada com base no nível educacional dos rabalhadores. Em países desenvolvidos, a maioria dos rabalhadores possui ao menos um ano de escolarização secundária, fao que usifica al divisão. o enano, em países em desenvolvimeno, o nível educacional apresena uma média bem mais baixa e uma dispersão mais elevada. Uma pequena proporção dos rabalhadores possui insrução superior, enquano que uma proporção significaiva de rabalhadores não possui qualquer insrução secundária. ese esudo, os rabalhadores brasileiros ambém são divididos em rês caegorias de qualificação: não qualificados, inermediários e qualificados, sendo a divisão baseada em criérios de escolaridade dos rabalhadores. O ineresse é verificar em que medida a evolução das oferas de rabalho, que apresenaram variações ao longo das gerações, influenciaram os salários dos rabalhadores brasileiros. Mais especificamene, em que medida aumenos e/ou reduções nas oferas de rabalho aleraram os prêmios salariais. Esses prêmios são definidos como os diferenciais de salários enre indivíduos perencenes a diferenes caegorias de qualificação. Os grupos de qualificação serão definidos mais adiane. meodoia empregada na análise é a mesma uilizada por Card e Lemieux (200). ssume-se uma função de produção que só dependa do faor rabalho, segundo uma especificação CES. O faor rabalho é composo por um agregado, com rês diferenes ipos de rabalho: não qualificado, inermediário e qualificado. Cada agregado é composo por subagregados de rabalho produzidos por 7 grupos de idade, ambém de acordo com uma especificação CES. Dessa forma, o salário (igualado à produividade marginal) de um dado grupo eário depende do oal de rabalho oferado denro daquele grupo e do oal de rabalho oferado pelo grupo de qualificação a que perence. 3

4 esruura do arigo é a seguine: na seção 2 apresenam-se o modelo eórico e a meodoia uilizados. Como á mencionado aneriormene, esa se baseia na de Card e Lemieux (200). diferença é que os auores uilizam em seu rabalho duas caegorias de qualificação: qualificados (possuem ensino superior) e não qualificados (possuem no máximo ensino médio). ese rabalho, são uilizadas rês caegorias: qualificados, inermediários e não qualificados. idéia é que para um país em desenvolvimeno como o Brasil, al divisão sea alvez mais apropriada, á que a média educacional é menor e a dispersão, maior, do que em um país desenvolvido. a seção 3 são dadas explicações sobre a implemenação do processo de esimação. a seção 4, é apresenada uma descrição dos dados uilizados no esudo; na seção 5, apresenam-se os resulados das esimações; na seção 6 são realizadas simulações a fim de se ober uma medida das demandas relaivas de rabalho e das oferas relaivas que ornariam nulos os diferenciais salariais observados; por fim, na séima e úlima seção são apresenadas as conclusões do rabalho. 2. Modelo eórico lguns rabalhos exisenes sobre os reornos crescenes do ensino superior, como por exemplo o arigo de Kaz e Murphy (992), analisam a evolução dos reornos à escolaridade sob a hipóese de que indivíduos perencenes a diferenes grupos eários seam subsiuos perfeios na produção. Tais esudos não levam em cona diferenças que possam exisir com relação à idade e à coore dos indivíduos. Ou sea, essa hipóese implica que a ofera agregada de rabalho de um deerminado nível educacional consise simplesmene na soma do oal de rabalhadores exisenes denro da caegoria educacional. Uiliza-se como criério de agrupameno dos rabalhadores denro de uma caegoria educacional os anos de esudo dos mesmos. De acordo com Card e Lemieux (200, p. 709), uma forma de considerar que não exisa perfeia subsiuição enre grupos eários é assumir que a produção agregada dependa de rês funções CES subagregadas de rabalho qualificado (), inermediário () e não qualificado (): η ( α ) η = () η ( β ) η = (2) η ( γ ) η = (3) onde < η é função da elasicidade de subsiuição parcial 2 perencenes a diferenes grupos de idades com o mesmo nível de qualificação enre indivíduos η = e, 2 De acordo com llen [938, p. 34 apud Hammermesh (993, p. 23)] a elasicidade de subsiuição parcial enre dois insumos é o efeio de uma mudança nos preços relaivos, proveniene de uma mudança no preço de um dos 4

5 α, β e γ são parâmeros de produividade de cada grupo eário, denro de cada caegoria de rabalho. Considera-se que ais parâmeros seam invarianes no empo. O faor capial não é considerado na análise e a produção agregada em um período de empo, y, é uma função dos oais de rabalho qualificado, inermediário e não qualificado exisenes e de rês parâmeros de eficiência ecnológica θ, θ, θ : y = f,, ; θ, θ, θ ) (4) ( a verdade, os parâmeros de eficiência ecnológica ( θ, θ e θ ) represenam um componene de demanda pelo respecivo ipo de rabalho. Card e Lemieux (200) ambém assumem que a função de produção possui uma especificação CES: ρ ρ ρ ( θ + θ θ ) ρ y = + (5) onde < ρ é função da elasicidade de subsiuição parcial E enre rabalhadores com diferenes níveis de qualificação ρ =. E ssim, o produo marginal do rabalho para cada grupo de educação-idade depende ano da ofera de rabalho denro do grupo eário quano do oal de rabalho oferado denro da caegoria educacional. Calculando-se o produo marginal para os rês grupos de qualificação denro de cada grupo de idade, obêm-se as seguines equações: y y y = θ = θ = θ ρ η ρ η ρ η Ψ Ψ Ψ α β γ η η η ρ ρ ρ onde Ψ = ( θ + θ + θ ) ρ (6) (7) (8) doando a hipóese de rendimenos consanes de escala e compeição, a eficiene uilização de cada ipo de rabalho requer que os salários relaivos seam iguais aos produos marginais relaivos. lém disso, se as razões das oferas oais de emprego são consideradas exógenas e subsiuindo η = ( ) e ρ = ( E ) nas expressões (6), (7) e (8), enconram-se as 3 equações apresenadas a seguir 3 : faores, na demanda pelos dois insumos, manendo a produção consane. nuiivamene, essa elasicidade mede a facilidade da firma em subsiuir um insumo por ouro, quando um deles ficou relaivamene mais caro, e a produção é manida consane. 3 Para maiores explicações sobre a manipulação algébrica das equações, ver Card e Lemieux (200) p

6 6 E e r + + = β α θ θ (9) 2 2 E e r + + = γ β θ θ (0) 3 3 E e r + + = γ α θ θ () onde i e (i =, 2, 3) represena a variação amosral do diferencial medido ou qualquer ouro ipo de variação nos prêmios salariais. Por ese modelo, os diferenciais salariais enre os níveis educacionais para cada grupo de idade dependem das oferas agregadas relaivas e, no período, e das oferas relaivas específicas de cada grupo de idade e,. 3. mplemenação ssim como em Card e Lemieux (200), o principal obeivo dese rabalho é o de esimar o efeio das oferas relaivas de rabalho qualificado e inermediário, inermediário e não qualificado e qualificado e não qualificado denro dos grupos de idade, e mensurar o efeio que possuem as mudanças nas oferas relaivas denro desses grupos em explicar aumenos ou diminuições do prêmio pelo ensino superior. O problema que surge aqui é a impossibilidade de se esimar as equações (9), (0) e (), em virude do fao de as oferas agregadas dos rês ipos de rabalho dependerem das elasicidades de subsiuição enre os grupos de idade. Card e Lemieux (200) sugerem um procedimeno de esimação em dois eságios para se chegar aos valores de E e. o primeiro eságio, é esimada por uma regressão de diferenciais de salários enre os ipos de rabalho por grupos de idade em oferas relaivas dos ipos de rabalho por grupo eário; um efeio de idade, que capura os efeios de produividades relaivas γ α γ β β α e, ; um efeio emporal (que capura um efeio combinado enre choques ecnológicos relaivos (efeio demanda) e qualquer efeio de oferas agregadas relaivas): e d b r + + = (2) e d b r + + = (3) e d b r + + = (4)

7 onde b i e d são os efeios de idade e ano, respecivamene. De posse de uma esimaiva de i, pode-se compuar os parâmeros de eficiência ecnológica, noando-se que, pelas equações (6), (7) e (8): ρ η ( w ) + ( ) = ( θ Ψ ) + ( α ) (5) ρ η ( w ) + ( ) = ( θ Ψ ) + ( β ) (6) ρ η ( w ) + ( ) = ( θ Ψ ) + ( γ ) (7) É imporane ressalar que se raa de um modelo sobreidenificado, pois exisem rês equações para esimar um único parâmero ( ). Por consrução do modelo, a elasicidade de subsiuição enre odos os ipos de rabalho é a mesma, assim como a elasicidade de subsiuição enre os diferenes grupos eários. Ou sea, a elasicidade de subsiuição enre grupos de idade é a mesma para as rês caegorias de qualificação. Essas hipóeses parecem ser basane resriivas. Card e Lemieux (200) compuam direamene o lado esquerdo das equações (5), (6) e (7), enquano que os ermos do lado direio podem ser capurados uilizando um conuno de variáveis dummy para cada ano e grupo de idade. Porano, os faores de produividade específicos por grupo eário podem ser esimados como efeios de idade por modelos de regressão baseados nas equações (5), (6) e (7) que incluam dummies de ano não resrias. De posse de esimaivas dos α ' s, β ' s, γ ' s e deη, é possível consruir esimaivas das oferas agregadas dos rês ipos de rabalho para cada ano da amosra. Com esas esimaivas e, adoando algumas hipóeses a respeio das raeórias emporais dos parâmeros de produividades relaivas ( θ θ ), ( θ θ ) e ( θ θ ), as equações (9), (0) e () podem ser esimadas direamene. ese rabalho, assim como em Card e Lemieux (200), assume-se que ( θ θ ), e ( ) possam ser represenados por endências lineares. ( θ θ ) θ θ O segundo eságio do procedimeno recupera as elasicidades de subsiuição enre os grupos de educação ( E ), assim como fornece uma nova esimaiva das elasicidades de subsiuição enre diferenes grupos eários com o mesmo nível educacional. princípio, esperase que o valor enconrado para nesse eságio sea próximo ao valor enconrado no primeiro eságio da esimação, o que não parece muio provável. 4. Descrição dos dados o esudo foram uilizadas as PD s referenes ao período de 98 a 999. Como a pesquisa não foi realizada nos anos de 99 e 994, ais lacunas foram preenchidas por inerpolação. ssim, calculou-se a média ariméica das variáveis de ineresse para o ano anerior e o ano poserior da observação que esava falando. Foram criados dois bancos de dados disinos: um para os salários e ouro para as oferas de rabalho. 7

8 o banco dos salários foram manidos, em cada ano, os rabalhadores do sexo masculino, com idade enre 26 e 60 anos, que exerciam alguma ocupação na semana da enrevisa da pesquisa. Realizaram-se as conversões de moedas necessárias nos rendimenos dos rabalhadores para enão, eses serem deflacionados a parir de dados do PC (Índice acional de Preços ao Consumidor) do BGE e do GP (Índice Geral de Preços) do Minisério do Trabalho. Os salários mensais foram converidos para salários horários a preços consanes em Reais de aneiro de Os grupos educacionais foram definidos de forma a erem uma diferença de escolaridade fixa. Sendo assim, consideraram-se no grupo dos não qualificados, os rabalhadores com 4 anos de esudo; o grupo dos rabalhadores com qualificação inermediária compreende aqueles com anos de esudo; qualificados são os que êm 5 anos de esudo. Os rabalhadores foram divididos ambém em 7 grupos eários. divisão realizada foi a mesma que em Card e Lemieux (200): 26 a 30, 3 a 35, 36 a 40, 4 a 45, 46 a 50, 5 a 55 e 56 a 60 anos. Por fim, calculou-se a média do arimo naural dos salários horários por ano, grupo de idade e grupo de qualificação. Só depois disso é que se preencheram as lacunas dos anos de 99 e 994 no banco de dados, por meio de inerpolações. ssim como os grupos de idade, as coores dos indivíduos foram definidas para períodos de 5 anos. primeira corresponde ao período enre os anos de 92 e 925. úlima coore compreende os anos de 97 e 975. amosra possui, no oal, 399 observações, sendo 2 observações por ano (7 grupos de idade x 3 níveis de qualificação). Cada grupo de qualificação possui 33 observações, enquano que cada grupo eário apresena 57. o banco das oferas foram manidos, em cada ano, rabalhadores dos dois sexos, com idade enre 26 e 60 anos, que esavam ou não ocupados na semana da enrevisa. Os grupos eários são os mesmos que foram descrios acima, enreano, os grupos de qualificação foram consiuídos de maneira diferene. Com o obeivo de ober medidas de oferas de rabalho para oda a população, consideraram-se não qualificados os rabalhadores que ivessem aé 4 anos de esudo; rabalhadores com qualificação inermediária, os que ivessem de 5 a anos de esudo; qualificados, os que ivessem ao menos 2 anos de esudo. Exisem duas formas principais na lieraura de se medir a ofera de rabalho. Pode-se calcular o oal de rabalhadores ou as horas rabalhadas. De acordo com Hammermesh (993, p. 68), se os rabalhadores são homogêneos e rabalham a mesma quanidade de horas por período de empo, a escolha orna-se irrelevane. o enano, se o número de horas rabalhadas varia por período de empo, usar o número de rabalhadores como medida da ofera de rabalho pode gerar viés se as horas rabalhadas por cada rabalhador forem correlacionadas com o preço dos faores ou do produo. Por isso, em esudos com dados de cross-secion como ese, em que pode exisir heerogeneidade de horas enre planas, firmas ou indúsrias, é mais adequado uilizar o número de horas como medida das oferas de rabalho. Mesmo assim, foram calculadas duas medidas de ofera de rabalho, a primeira baseada em horas rabalhadas e a segunda, no oal de rabalhadores. primeira medida de ofera foi calculada da seguine forma: primeiramene ausou-se o salário horário de cada rabalhador para uma ornada de 44 horas semanais. O procedimeno seguine foi calcular o oal de horas semanais rabalhadas em cada célula [Fernandes e Menezes- Filho (200, p. 8)]. Dividiu-se esse oal por 44, para que a medida de ofera represene indivíduos que rabalhem 44 horas por semana. O passo seguine foi deerminar faores de equivalência para cada nível de qualificação, pois pessoas com o mesmo ipo de qualificação, mas com idades diferenes, não são consideradas subsiuas perfeias na produção. Para rabalhadores não qualificados, uilizou-se como base o 8

9 salário dos que possuem 4 anos de esudo; para os inermediários, uilizou-se como base o salário dos que êm anos de esudo; para os qualificados, o salário dos que possuem 5 anos de esudo. Foi calculada a média desses salários base por grupo (2 no oal). Para cada nível de qualificação, o rendimeno de cada célula foi dividido pelo salário base correspondene. Ese valor, que é invariane no empo, consiui o faor de equivalência de cada grupo de indivíduos (7 grupos de idade x 3 grupos de qualificação). Poseriormene, muliplicou-se o faor de equivalência pelas horas rabalhadas. Somando-se os resulados obidos por grupo e ano, enconraram-se os valores de ofera de rabalho. segunda medida de ofera foi obida de forma mais simples. Somou-se o número de indivíduos no banco de dados em cada ano, grupo eário e grupo de qualificação, ponderando-se pela variável peso 4, para que se obivessem as oferas de cada ipo de rabalho. s duas medidas de ofera enconradas foram comparadas e, apesar de a eoria sugerir a uilização de horas rabalhadas na mensuração de oferas de rabalho, as duas medidas calculadas se equivaliam. Por essa razão, opou-se por uilizar o número oal de indivíduos em cada grupo de qualificação como medida das oferas de rabalho 5. Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura : Diferenciais médios de salários enre rabalhadores inermediários e não qualificados Grupos de idade e anos figura ilusra o diferencial médio de salários enre rabalhadores inermediários e não qualificados. Para o grupo de idade de 26 a 30 anos, o diferencial cresce em fins da década de 80, mas cai o em seguida, no início da década seguine. O mesmo diferencial vola a declinar levemene no final dos anos 90. siuação do grupo de pessoas com idade enre 46 e 50 anos é um pouco diferene. Para alguns anos, o diferencial médio de salários chega a crescer, mas para o período com um odo, a raeória dos mesmos é de queda. O que se pode concluir da figura é que as coores mais velhas esão experimenando uma redução nos salários relaivos. Fernandes e Menezes-Filho (200) sugerem em seu arigo que a demanda por rabalhadores com nível inermediário de qualificação cresceu após a aberura comercial do início da década de 90. Como o diferencial de salários médios enre esses rabalhadores e os não qualificados diminuiu ao longo 4 Uilizou-se essa variável para ober a amosra expandida. 5 Cabe ressalar que as oferas obidas pelas horas rabalhadas são de pessoas que exerciam alguma ocupação na semana da enrevisa. Para uilizar uma medida de ofera de rabalho uilizando as horas rabalhadas, o mais correo seria esimar as horas para as pessoas que não esivessem ocupadas. Tal procedimeno não foi realizado. 9

10 da década de 90, há indícios de que a ofera aumenou de forma a mais do que compensar o aumeno de demanda. Percebe-se, pela figura 2, que os diferenciais médios de salários enre qualificados e inermediários para os indivíduos com idade enre 26 e 30 anos oscila em orno de 0,7 durane odo o período de análise. pesar de muias oscilações ao longo dos anos, o diferencial para os rabalhadores com idade enre 46 e 50 anos possui uma raeória crescene no período. Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura 2: Diferenciais médios de salários enre rabalhadores qualificados e inermediários Grupos de idade e anos figura 3 ilusra os diferenciais de salários enre rabalhadores qualificados e não qualificados. Para os que possuem enre 26 e 30 anos, há uma leve endência de queda no diferencial, embora ese oscile muio ao longo dos anos, com uma fore subida no final da década de 80, mas com uma queda ainda mais fore no início da de 90. Para os indivíduos de 46 a 50 anos, não há uma raeória clara do diferencial, sendo que ese varia muio ambém. Fone: Elaboração própria com dados da Pnad 0

11 Figura 3: Diferenciais médios de salários enre rabalhadores qualificados e não qualificados Grupos de idade e anos 5. Resulados 5.. Modelo de coores esa seção apresenar-se-ão os resulados das esimaivas do modelo proposo nas equações (2), (3) e (4). Foram uilizadas rês especificações de modelos, quais seam: com dummies de idade e ano; com dummies de idade e de empo; com dummies de idade e uma endência linear 6. s coores foram definidas para inervalos de cinco anos, assim como os grupos de idade. Para raar os efeios de ano aribuiu-se uma variável dummy para cada ano. Os chamados efeios de empo são capados com uma dummy para cada inervalo de 5 anos. Por economia de espaço, na abela são apresenados os resulados provenienes da segunda especificação descria acima (com dummies de idade e de empo), á que os coeficienes obidos das rês especificações foram posiivos e/ou não significanes: primeira especificação de modelos inclui as oferas relaivas por grupo de idade e variáveis dummy de ano e de idade. Conforme dio aneriormene, o modelo em quesão é sobreidenificado, pois exisem rês equações para esimar um parâmero de ineresse. Comparando os resulados obidos pela primeira especificação nos rês casos, percebe-se que os valores são bem diferenes (0,43; 0,0 e 0,075). lém disso, somene a esimaiva de da equação (4) apresenou o sinal esperado pela eoria. O valor de igual a 0,075 corresponde a uma elasicidade de subsiuição enre os grupos eários de aproximadamene 3, o que é muio alo. segunda especificação de modelos inclui as oferas relaivas por grupo de idade e variáveis dummy de empo (inervalos de 5 anos) e de idade. Cada equação apresenou um valor para de 0,057; 0,04 e 0,069. lém de não serem valores próximos enre si, odos possuem sinal posiivo. erceira e úlima especificação de modelos subsiui os efeios referenes ao empo (sea por ano ou inervalo de 5 anos) por uma endência linear. Os valores enconrados, respecivamene, foram 0,68; 0,03 e 0,023. ovamene, apenas a esimaiva de proveniene da equação (4) apresenou o sinal esperado pelo modelo eórico. o enano, um valor esimado de 0,023 corresponde a uma elasicidade de subsiuição de aproximadamene 43, valor que se pode considerar como sendo infinio. O que se pode concluir aé aqui é que as evidências aponam para uma perfeia subsiuição enre os grupos eários. Tal fao significa que, apesar de exisirem reornos à experiência, rabalhadores (com um mesmo ipo de qualificação) de idades diferenes realizam as arefas com igual eficiência. Ferreira (2002) ambém chegou a valores pouco conclusivos a respeio de, apesar do modelo do auor ser exaamene idenificado (uma equação para esimar um parâmero de ineresse). Um fao que pode explicar o sinal não esperado dos coeficienes e a não significância esaísica de alguns deles, pode ser o fao de que as oferas relaivas variam para um mesmo grupo eário ao longo das coores e ambém enre grupos denro de uma mesma coore. Ou sea, pode haver um componene de idade que faz com que não sea possível a idenificação dos 6 ão foram incluídos efeios de coore nos modelos em virude de se acrediar que ais efeios eseam presenes nas oferas relaivas. inclusão de variáveis dummy de coore nas regressões poderia causar problemas de colinearidade enre as variáveis explicaivas.

12 coeficienes associados às oferas relaivas. Em ouras palavras, pode haver problema de endogeneidade com as oferas relaivas de rabalho. Conforme mencionado no capíulo referene à meodoia dese esudo, essa hipóese é crucial para a idenificação do parâmero de ineresse. Sérgio Ferreira associa esse componene de idade a um efeio de graduação ardia 7. Tabela : Primeiro eságio da esimação dos diferenciais de salários, por grupo de idade e ano nermediários/ ão qualificados ualificados/ nermediários ualificados/ ão qualificados Ofera relaiva por grupo de idade (0.039) (0.05) (0.055) Efeios de empo (0.047) (0.028) (0.053) (0.034) (0.029) (0.035) (0.020) (0.026) (0.029) Efeios de idade (0.09) (0.04) (0.098) (0.076) (0.040) (0.094) (0.062) (0.043) (0.08) (0.049) (0.045) (0.069) (0.040) (0.047) (0.055) (0.034) (0.044) (0.045) Consane (0.065) (0.095) (0.55) úmero de observações R Fone: Elaboração própria. 7 Para raar desse possível problema, Ferreira (2002) decompõe as oferas relaivas em duas componenes: uma específica de idade e oura, de coore. Tal decomposição considera que exisa uma esruura eária que sea comum enre as coores. ssim, após a decomposição, as oferas de rabalho não variarão enre idades, somene enre coores. a disseração na qual se baseia ese arigo, al exercício foi realizado, no enano, em virude da fala de espaço, não foi possível reproduzi-lo aqui. Os resulados enconrados para a elasicidade de subsiuição enre grupos eários, após conrolar pelo efeio de idade, aponaram novamene para valores infinios do parâmero. Ferreira (2002), por sua vez, enconrou valores próximos aos de Card e Lemieux (200). 2

13 Desvios padrão enre parêneses. Especificação inclui dummies de idade e empo. Modelos incluem uma consane e são esimados por mínimos quadrados ponderados, em que os pesos são o inverso da variância amosral do arimo naural dos salários relaivos. De acordo com o modelo eórico empregado na análise, os dados sugerem ser a elasicidade de subsiuição enre os grupos de idade infinia, iso é, denro das caegorias de qualificação, os rabalhadores são subsiuídos de maneira perfeia. Mais ainda, no Brasil o que mais imporaria na explicação dos diferenciais salariais seria o nível de insrução dos indivíduos. É claro que essa conclusão é baseada no modelo eórico empregado na análise. Um ouro modelo poderia ser formulado, como por exemplo, algum que conemplasse elasicidades de subsiuição diferenes enre grupos de idade em cada caegoria de qualificação, e/ou ainda, que considerasse que as elasicidades de subsiuição enre os níveis de qualificação fossem diferenes. Mas iso esá além do escopo dese rabalho Oferas agregadas Chegar à conclusão de que a elasicidade de subsiuição enre os grupos eários é infinia não faz com que o rabalho se encerre por aqui. Sendo ( ) = 0 e, porano, =, as equações (9), (0) e () ransformam-se em: θ r = + e E (8) θ 2 θ r = + e E θ 3 θ r = + e E θ 2 3 s equações (8), (9) e (20) consiuem um caso paricular do modelo empregado nese esudo. Podem-se calcular as oferas oais de cada ipo de rabalho somando-se o oal de indivíduos exisenes em cada caegoria educacional. ão é necessário empregar um criério de ponderação, pois esá sendo assumido que a elasicidade de subsiuição enre grupos eários é infinia 8. abela 2 apresena os resulados da esimação das equações (8), (9) e (20). Tabela 2: Esimação das equações (8), (9) e (20) nermediários/ ão qualificados ualificados/ nermediários ualificados/ ão qualificados Ofera agregada relaiva (0.02) (0.05) (0.006) Tendência (0.000) (0.002) (0.00) úmero de observações (9) (20) 8 s oferas agregadas relaivas de rabalho inermediário e não qualificado, e qualificado e não qualificado, crescem coninuamene durane odo o período de análise. Em compensação, a ofera relaiva de rabalho qualificado e inermediário possui uma raeória de queda. Tal fao sugere que, alvez, o grande problema da educação no Brasil esea na passagem do ensino médio para o ensino superior. 3

14 R Fone: Elaboração própria. Desvios padrão enre parêneses. Modelos são esimados por mínimos quadrados ponderados, em que os pesos são o inverso da variância amosral do arimo naural dos salários relaivos. s especificações incluem, além das oferas agregadas relaivas de rabalho, uma endência linear, que corresponde a um efeio demanda sobre os salários relaivos. s esimaivas obidas pelas rês equações para ( E ) foram 0,79; -0,63 e 0,667. sso quer dizer que uma variação percenual de % nas oferas agregadas relaivas diminui o diferencial salarial em aproximadamene 0,7%. Todos os parâmeros são significanes a 5% e correspondem às respecivas elasicidades de subsiuição enre os grupos de qualificação 9 :,39;,63 e, Simulações esa seção são apresenadas algumas simulações realizadas com os resulados obidos na seção anerior. primeira delas foi calcular as demandas relaivas pelos 3 ipos de rabalho para verificar qual eria sido a evolução dessas ao longo do período considerado na análise. segunda, com base nas demandas calculadas, consruíram-se as oferas relaivas que ornariam nulos os diferenciais médios de salário enre as diferenes caegorias de qualificação. 6.. Demandas relaivas de rabalho parir das equações (8), (9) e (20), consruíram-se medidas de demanda relaiva enre os ipos de rabalho, da seguine forma: θ + e = + r (2) θ E θ e = + r (22) θ E θ e = + r (23) θ E O efeio demanda é idenificado conunamene pela endência linear e pelo ermo aleaório dos modelos. Para se consruir o segundo membro das equações, consideraram-se, respecivamene, os seguines valores para ( E ) : -0,63; -0,79 e 0,667. s figuras 4, 5 e 6 ilusram a demanda relaiva, para rabalhadores com idade enre 26 e 30 e 46 e 50 anos, por rabalho inermediário e não qualificado, qualificado e inermediário, e qualificado e não qualificado. 9 Ferreira (2002), após uilizar uma medida específica por coores no lugar de oferas relaivas por ano e grupo de idade, obém valores de ( ) próximos a 0,220; o que corresponde a uma elasicidade de subsiuição parcial enre grupos eários de aproximadamene 4,5. o segundo eságio da esimação, os valores enconrados pelo auor para o mesmo parâmero ficaram muio próximos dos obidos no primeiro eságio. inda no segundo eságio da esimação, Ferreira (2002) obeve esimaivas para ( E ) de aproximadamene 0,64, valor muio próximo dos obidos nese rabalho, assumindo perfeia subsiuabilidade enre os grupos de idade. 4

15 Em 98, o arimo naural da ofera relaiva 0 enre rabalho inermediário e não qualificado era de 0,66 para indivíduos com idade enre 26 e 30 anos e,87 para indivíduos enre 46 e 50 anos. Por sua vez, o índice para a demanda relaiva era de 0,6 para aqueles e de 0,5 para eses. Ou sea, os dados sugerem que a demanda relaiva era maior do que a ofera no primeiro ano da análise. o úlimo ano da amosra, 999, os índices de ofera eram de 0,59 para rabalhadores com idade enre 26 e 30 anos e de 0,70 para os que inham enre 46 e 50 anos. Os índices de demanda obidos são, respecivamene, 0,66 e 0,70. pesar de, em 999, os índices de demanda relaiva serem maiores do que os de ofera, conclui-se que a ofera relaiva cresceu mais do que a demanda ao longo do período. o caso das oferas e demandas por rabalho qualificado e inermediário, os valores são os seguines: -,2 para a ofera relaiva de indivíduos com idade enre 26 e 30 e,8 para os que possuíam enre 46 e 50 anos em 98. Já os valores referenes às demandas relaivas são de 0,0 para os que possuíam enre 26 e 30, e 0,2 para os que inham enre 46 e 50 anos em 98. Em 999, os índices de oferas relaivas eram de,77 para o grupo de 26 a 30 anos e,0 para o de 46 a 50 anos. Os valores de demanda relaiva eram, respecivamene, -0,7 e 0,03. esse caso, para os rabalhadores com idade enre 26 e 30, ano a ofera, quano a demanda relaiva decresceram ao longo do período de análise. Conudo, o índice de ofera relaiva caiu 0,56; enquano que o de demanda, 0,6. Ou sea, a ofera decresceu mais do que proporcionalmene à demanda. Já para os rabalhadores com idade enre 46 e 50 anos, a ofera cresceu mais do que a demanda relaiva (0,7; conra 0,09). Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura 4: Evolução da demanda relaiva por rabalho inermediário e não qualificado Grupos de idade e anos figura 6 ilusra a demanda relaiva por rabalho qualificado e não qualificado para os mesmos grupos eários. Para o grupo de 26 a 30 anos, o índice apresenou aumeno de 0,56 (aproximadamene 56 %), salando de 0,4 para 0,42 enre 98 e 999. Por sua vez, o índice de ofera aumenou 0,69 (aproximadamene 69 %), de,87 para,8. Ou sea, a ofera relaiva cresceu a uma axa maior do que a demanda relaiva. o caso do grupo de rabalhadores na faixa 0 Os gráficos das oferas relaivas de rabalho não foram aqui reproduzidos por fala de espaço. 5

16 de 46 a 50 anos, o índice de demanda relaiva cresceu de 0,03 em 98 para 0,6 em 999 (aumeno de 0,58). Já o de ofera relaiva, subiu de 3,06 em 98 a,72 em 999 (aumeno de,34). ssim como no grupo de 26 a 30 anos, a ofera relaiva cresceu mais do que proporcionalmene à demanda. Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura 5: Evolução da demanda relaiva por rabalho qualificado e inermediário Grupos de idade e anos Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura 6: Evolução da demanda relaiva por rabalho qualificado e não qualificado Grupos de idade e anos 6.2. Oferas relaivas que anulariam os diferenciais de salários Ese exercício consise em ornar nulo o primeiro ermo do lado direio das equações (2), no processo de esimação. (22) e (23) e dividir o lado esquerdo pelos valores obidos para ( ) E 6

17 Os resulados são as oferas relaivas de rabalho que ornariam nulos os diferenciais de salários. O obeivo aqui é verificar em quano deveriam er crescido e/ou diminuído as oferas relaivas, caso não exisissem diferenciais de salários enre as 3 caegorias de qualificação. figura 7 ilusra a simulação de ofera relaiva para rabalhadores inermediários e não qualificados. É possível noar que a ofera esá aumenando no senido de diminuir os diferenciais de salários. explicação para ese fao baseia-se na comparação da variação do índice de ofera relaiva e da ofera simulada enre os anos de 98 e 999. Por exemplo, para o grupo eário anos, o índice de ofera variou de 0,66 a 0,59; variação posiiva de,25. Em compensação, a ofera que anularia o diferencial médio de salários eve um aumeno de,5 (de 0,23 a 0,92). o caso do grupo de idade anos, o índice de ofera eve um acréscimo de,7; enquano que a ofera simulada, um acréscimo de 0,77. Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura 7: Evolução da ofera relaiva que anularia o diferencial médio de salários enre rabalhadores inermediários e não qualificados Grupos de idade e anos figura 8 ilusra a ofera relaiva enre rabalho qualificado e inermediário. o conrário do observado para a ofera relaiva de inermediários e não qualificados, os resulados sugerem que as oferas relaivas esão auando no senido de acenuar os diferenciais de salários. Para o grupo de idade anos, o índice de ofera relaiva apresenou uma variação negaiva de 0,56; passando de,2 para,77; ao passo que o índice da ofera simulada variou negaivamene em 0,28 (de 0,0 para 0,27). Para o grupo eário anos, a variação dos índices foi posiiva e a mesma (0,7). O da ofera passou de,8 para,0; enquano que o da ofera que anularia o diferencial de salário, de 0,2 para 0,04. figura 9 coném a evolução das oferas relaivas, dos mesmos grupos eários, que ornariam nulos os diferenciais médios de salários enre qualificados e não qualificados. o caso dos rabalhadores mais ovens, o índice de ofera relaiva subiu de,87 para,8 enre os anos de 98 e 999, ou sea, aproximadamene 69 %. Em compensação, o índice da ofera simulada apresenou uma axa de aumeno de aproximadamene 85 % (de 0,22 para 0,63). Já a ofera relaiva do grupo de 46 a 50 anos parece er crescido de maneira a reduzir o diferencial salarial. Enquano o índice de ofera relaiva subiu de 3,06 a,72 (aproximadamene 34 % de 7

18 aumeno), o índice de ofera simulada cresceu de 0,05 a 0,9 (aproximadamene 86 % de aumeno). Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura 8: Evolução da ofera relaiva que anularia o diferencial médio de salários enre rabalhadores qualificados e inermediários Grupos de idade e anos Fone: Elaboração própria com dados da Pnad Figura 9: Evolução da ofera relaiva que anularia o diferencial médio de salários enre rabalhadores qualificados e não qualificados Grupos de idade e anos 7. Conclusões ese rabalho, procurou-se esimar o impaco da evolução das oferas relaivas de rabalho sobre os diferenciais de salários dos rabalhadores no Brasil. Uilizando dados das Pnads 8

19 para o período e dividindo os rabalhadores em rês caegorias de qualificação, de acordo com criérios de escolaridade dos mesmos, os seguines faos foram consaados: a proporção de indivíduos com baixa qualificação (aé 4 anos de esudo) esá diminuindo na força de rabalho brasileira; por sua vez, a paricipação de pessoas com nível de escolaridade médio (enre 5 e anos de esudo) esá crescendo; o percenual de rabalhadores que possui pelo menos um ano de ensino superior cresceu levemene aé as gerações nascidas no início dos anos 50. parir desse momeno, ocorreu uma mudança da raeória desse percenual e, ele passou a cair coninuamene aé as gerações nascidas no final dos anos 60. Observando os diferenciais médios de salários enre as rês caegorias de qualificação consideradas, as seguines observações podem ser feias: o diferencial médio enre inermediários e não qualificados esá diminuindo ao longo dos anos; enre qualificados e não qualificados observa-se o mesmo fenômeno; em compensação, para qualificados e inermediários, consaa-se que o diferencial médio de salários chegou aé a cair um pouco durane a década de 80, porém cresceu muio na década de 90. Para enender precisamene o que ocorreu no período analisado, é preciso que seam levados em cona não apenas a evolução das oferas relaivas, mas ambém a evolução das demandas relaivas de rabalho. Vários rabalhos indicam a imporância que eve a aberura comercial do início da década de 90 sobre o mercado de rabalho no Brasil. ese esudo, conudo, adoa-se a hipóese simplisa de que a demanda de rabalho pode ser represenada por uma endência linear, para que se verifique apenas o impaco das oferas relaivas sobre os diferenciais de salários. o final do arigo, conudo, procurou-se ober uma medida para as demandas relaivas de rabalho a fim de compara-las com as oferas relaivas. Os desníveis de rendimenos enre rabalhadores inermediários e não qualificados apresenaram raeória de queda para odos os grupos eários nas duas úlimas décadas, apesar de somene serem apresenados no exo os grupos de 26 a 30 e 46 a 50 anos. Fernandes e Menezes- Filho (200) chegam à conclusão, em seu modelo, de que aumenou a demanda por mão-de-obra inermediária, viso que cresceu a quanidade de rabalhadores inermediários alocados em arefas simples na economia brasileira, em derimeno dos rabalhadores não qualificados. Como demanda e ofera relaivas aumenaram, os indícios aponam para um aumeno maior na ofera, á que os diferenciais de salários enre inermediários e não qualificados caíram. Raciocínio semelhane se aplica para os desníveis salariais enre qualificados e não qualificados. Em relação aos rabalhadores qualificados e inermediários, percebe-se que os diferenciais médios de salários cresceram para odos os grupos de idade. o enano, as oferas relaivas decrescem aé o grupo de pessoas com idade enre 4 e 45 anos. Os grupos eários de 46 a 50, 5 a 55 e 56 a 60 anos apresenam crescimeno em suas oferas relaivas. Tal fao esá relacionado com o crescimeno do número de indivíduos com ensino superior aé o começo da década de 50. parir das gerações nascidas em 950, diminuiu a parcela de pessoas com ensino superior na força de rabalho brasileira. Levando em cona o fao de que a aberura comercial aumenou a demanda por mão-de-obra melhor qualificada, não há perspecivas de que os diferenciais de salários enre rabalhadores qualificados e inermediários venham a se reduzir, pelo menos no curo prazo. Os resulados aponaram elasicidades de subsiuição enre grupos de idade muio elevadas, podendo-se considerá-las infinias, enquano que os mesmos aponaram elasicidades de subsiuição enre os grupos de qualificação de aproximadamene,5. Mesmo seguindo a sugesão de Ferreira (2002), de que alvez exisissem faores que arapalhassem a idenificação de efeios de coore na explicação que as oferas relaivas eriam sobre o diferencial de salários, os resulados não 9

20 Em relação às simulações realizadas, pode-se afirmar que a demanda relaiva por rabalho inermediário e não qualificado, assim como a demanda por rabalho qualificado e não qualificado, cresceu para odos os grupos eários ao longo do período de análise. Tal fao corrobora o que foi afirmado aneriormene nese rabalho, de que esá diminuindo a proporção de pessoas com baixa escolaridade na força de rabalho brasileira. Por ouro lado, a demanda relaiva por rabalho qualificado e inermediário não cresceu enre 98 e 999. Para alguns grupos eários, ela chegou aé a declinar, o que indica que, apesar de er crescido a demanda por mão-deobra qualificada, a demanda por mão-de-obra inermediária cresceu ainda mais, de forma a compensar aquele aumeno. Para finalizar, algumas limiações dese rabalho podem ser melhor exploradas em rabalhos fuuros. primeira diz respeio às causas que esariam por rás da esagnação, ou aé diminuição, da proporção de pessoas com ensino superior na força de rabalho brasileira, a parir das gerações nascidas em 950. segunda limiação enconra-se na meodoia empregada na análise. hipóese de que a elasicidade de subsiuição enre odos os grupos de qualificação é a mesma nos parece ser basane resriiva. Muio mais resriiva é a hipóese de que a elasicidade de subsiuição enre os grupos de idade (além disso, para os rês níveis de qualificação) sea a mesma. Mas é claro que conemplar ais faos exigiria um modelo eórico mais complexo do que o empregado nese esudo. Um ouro avanço que poderia ser realizado seria com relação a levar em cona a qualidade da educação auferida pelas pessoas, não apenas a quanidade, medida pelos anos de esudo das mesmas. É sabido que o sisema educacional brasileiro possui algumas disorções, em que as escolas privadas aé o ensino médio oferecem uma educação de melhor qualidade do que as escolas públicas. O conrário, com algumas exceções, aconece no ensino superior, em que as escolas públicas oferecem uma educação de melhor qualidade do que as escolas privadas. 8. Referências Bibliográficas CRD, D. e T. LEMEUX. Can falling supply explain he rising reurn o college for younger men? cohor-based analysis. uarerly Journal of Economics, v. 6, n. 2, p , 200. FERDES, R. e. MEEZES-FLHO. Escolaridade e demanda relaiva por rabalho: uma avaliação para o Brasil nas décadas de 80 e 90. Universidade de São Paulo, mimeo, 200. FERRER, S. G. The evoluion of he college-high school wage differenial for males in Brazil: does an increasing supply of college-educaed labor explain i? Deparmen of Economics. Universiy of Wisconsin-Madison, FURTDO, C. Um proeo para o Brasil. Rio de Janeiro, Ediora Saga, 968. HMMERMESH, D. Labor demand, Princeon: Princeon Universiy Press, 993. KTZ, L. F. e K. M. MURPHY. Changes in relaive wages, : Supply and demand facors. uarerly Journal of Economics, v. 07, n., 992. LGO, C. Disribuição de Renda e Desenvolvimeno Econômico no Brasil. Expressão e Culura, 973. aponaram para um valor finio da elasicidade de subsiuição enre os grupos eários. Dessa forma, assumiu-se que a referida elasicidade fosse infinia e esimou-se um modelo paricular, em que os diferenciais de salários dependem apenas de um componene de demanda e ouro de ofera agregada. 20

21 MEEZES-FLHO,. Educação e Desigualdade em LSBO e MEEZES-FLHO (eds) Microeconomia e Sociedade no Brasil, EPGE-FGV, Rio de Janeiro, 200a, p MEEZES-FLHO,. Evolução da Educação no Brasil e seu mpaco no Mercado de Trabalho. nsiuo Fuuro Brasil. Disponível em hp:// p. -4, 200b. MCER, J. Schooling, Experience and Earnings, ew York, Columbia Universiy Press, 974. ROSS-JUOR, J. L. e P. C. FERRER. Evolução da Produividade ndusrial Brasileira e berura Comercial. Pesquisa e Planeameno Econômico, vol. 29, n., 999. WELLS, J. Disribuição de rendimenos, crescimeno e a esruura da demanda no Brasil na década de 60. Em: TOLP, R. & TELL,. conrovérsia sobre disribuição de renda e desenvolvimeno. Op. Ci. 2

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