Sustentabilidade Fiscal dos Estados e Municípios de Capitais no Brasil: Uma Análise com Dados de Painel para o período

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1 Universidade de Brasília Deparameno de Economia Pós-Graduação em Economia Susenabilidade Fiscal dos Esados e Municípios de Capiais no Brasil: Uma Análise com Dados de Painel para o período Disseração apresenada ao Deparameno de Economia da Universidade de Brasília como pare dos requisios para obenção do íulo de Mesre em Economia Joanilson de Carvalho Sanos Orienadora: Prof. Dra. Maria da Conceição Sampaio de Sousa Banca Examinadora: Prof. Dra. Maria Eduarda Tannuri-Piano Prof. Dr. Marcos José Mendes Prof. Dr. Flávio Rabelo Versiani (suplene) Seembro de 2005

2 Susenabilidade Fiscal dos Esados e Municípios de Capiais no Brasil: Uma Análise com Dados de Painel para o período Joanilson de Carvalho Sanos Seembro de 2005 ii

3 Aos meus familiares iii

4 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT vi vii viii 1. INTRODUÇÃO 1 2. AS TEORIAS DA SUSTENTABILIDADE E DO ENDIVIDAMENTO EM UM CONTEXTO FEDERATIVO Inrodução As Teorias da Susenabilidde Fiscal As Teorias do Valor Presene Os Méodos de Longo Prazo As Funções de Reação Fiscal O Endividameno em um Conexo Federaivo A SITUAÇÃO FISCAL DOS GOVERNOS SUBNACIONAIS E A BIBLIOGRAFIA SOBRE O ASSUNTO Inrodução A evolução Recene das Finanças Regionais Resenha de Bibliografia UMA ESTIMATIVA DE FUNÇÃO DE REAÇÃO FISCAL PARA OS ESTADOS E MUNICÍPIOS DE CAPITAIS Inrodução O Arcabouço Teórico A Esimaiva para os Esados A Definição do Modelo As Fones dos Dados Discussão dos Resulados A Esimaiva para os Municípios de Capiais A Definição do Modelo As Fones dos Dados Discussão dos Resulados Conclusões CONCLUSÕES 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60 ANEXO 63 iv

5 Lisa de Gráficos e Tabelas Gráficos 3.1 NFSP - Governos Regionais Dívida Líquida Relação Dívida Líquida/Receia Correne Líquida Divisão da Dívida por Região Dívida Líquida e Resulado Primário 31 Tabelas 3.1 Necessidades de Financiameno do Seor Público / Saldos Saldos em Percenual do PIB Composição da Dívida Líquida Em % Função de Reação Fiscal dos Esados Modelo Função de Reação Fiscal dos Esados Modelo Função de Reação Fiscal dos Esados Modelo Função de Reação Fiscal dos Municípios de Capiais 54 v

6 AGRADECIMENTOS A idéia de fazer um rabalho sobre políica fiscal já exisia desde o início do curso de mesrado, mas somene pôde se ornar concrea após a orienação segura e diligene da Profa. Maria da Conceição Sampaio, a quem sinceramene agradeço pelas horas de paciência e dedicação, ciene de que abusei de ambas. Agradeço aos colegas do Deparameno Econômico e do exino Deparameno da Dívida Pública do Banco Cenral, pela oporunidade de discussões sempre profícuas. Agradeço ambém aos colegas do Depes/Copog, pelo apoio insiucional e pela ajuda sempre aena, e ao colega Newon Marques, funcionário do Banco Cenral cedido à Anael. Por fim, mas com maior graidão, agradeço a Deus por er me ajudado aé aqui (I Sm 7:12). vi

7 RESUMO A disseração analisa a relação enre a dívida e o resulado fiscal dos esados e municípios de capiais brasileiros, verificando em que medida o défici primário reage ao crescimeno do endividameno. A análise em como base a consrução de funções de reação fiscal, que considera o resulado primário como variável dependene e uiliza como variáveis explicaivas o grau de endividameno e variáveis de conrole não relacionadas com a políica fiscal discricionária. No caso dos esados, o período analisado vai de 1995 a 2004; e no caso dos municípios de capiais, de 1997 a Os resulados das regressões mosraram que a políica fiscal esadual em sido susenável, reagindo ao crescimeno da dívida, sobreudo no caso dos esados mais endividados e dos esados mais ricos. Como pono a ser ressalado, a rigidez do orçameno mosrou-se significaiva para o aprofundameno do ajuse, sugerindo que os esados obrigados a maner esrio conrole sobre o orçameno adoam aiudes fiscais mais responsáveis. Para os municipais de capiais os resulados foram menos significaivos, mas mosraram que, ao menos no caso dos municípios mais ricos e ambém mais endividados o resulado primário reage ao crescimeno da dívida. vii

8 ABSTRACT The disseraion analyzes he link beween deb and he fiscal resuls achieved by Saes and municipaliies of Brazilian capials, observing o which exen he primary defici reacs o increased indebedness. The analysis is based on he consrucing of fiscal reacion funcions ha ake ino consideraion he primary resul as dependen variable, and uses as explaining variables he degree of indebedness and conrol variables ha are no relaed o he discreionary fiscal policy. For he Saes, he analysis approaches he period from 1995 o 2004; and for municipaliies of capial ciies, from 1997 o The resuls of regressions made disclosed ha he Sae fiscal policy has been susainable, reacing o increased indebedness, mainly for more indebed Saes and riches Saes. I is worh o highligh ha budgeary rigidiy proved o play a significan role in deepening he adjusmen, hus suggesing ha hose Saes compelled o mainain sric conrol over budge adop more responsible fiscal behaviors. Resuls were less significan for he municipaliies of capial ciies; however, hey disclosed ha a leas for he riches municipaliies as well as o he more indebed he primary resul reacs o increased indebedness. viii

9 1 - INTRODUÇÃO O objeivo desa disseração é realizar um esudo sobre o comporameno da dívida e do resulado fiscal dos esados e municípios de capiais brasileiros, a fim de verificar em que medida o resulado primário reage ao crescimeno do endividameno. A relação enre resulado primário e nível de endividameno é quase sempre fundamenal para avaliar a susenabilidade da políica fiscal, mas não é possível, a priori, esabelecer como as duas variáveis se relacionam. Quando o governo conrai emprésimos ou financiamenos para a execução, por exemplo, de uma obra pública, ocorre a formação de dívida e o aumeno das despesas fiscais (invesimenos) com as obras execuadas, elevando o défici ou reduzindo o superávi primário. Nese momeno é naural que dívida e resulado primário caminhem em direções oposas dívida subindo e resulado primário se deeriorando - sem que iso represene necessariamene uma indicação siuação fiscal insusenável, ao menos enquano o nível de endividameno permanece baixo. A siuação, no enano, é basane diferene quando o nível de endividameno já é elevado e o resulado primário não mosra sinais de reação. Nesse caso, podem surgir dúvidas sobre a susenabilidade da siuação fiscal, compromeendo a evolução dos demais indicadores econômicos. Problemas fiscais êm sido comuns no Brasil em odos os níveis de governo, e radicionalmene êm represenado, ao lado das resrições exernas, os maiores obsáculos ao crescimeno susenável do país. Enre os governos subnacionais 1, as crises fiscais êm-se raduzido em crescimeno da dívida e em consanes processos de assunção e refinanciameno por pare da União, que se ornou a maior credora de esados e municípios brasileiros. No caso dos esados, o endividameno iniciado ainda na década de 1970 buscava alernaivas de financiameno ao regime miliar cenralizador. A legislação sobre operações de crédio oficiais favoreceu durane longo empo o crescimeno da dívida, ao 1 Os ermos governos subnacionais e governos regionais serão usados como sinônimos para o conjuno dos governos esaduais e municipais. O primeiro é mais comum na lieraura especializada, e o segundo é uilizado pelo Banco Cenral em suas publicações fiscais. 1

10 permiir elevado nível de discricionariedade na concessão de emprésimos e financiamenos. A Consiuição de 1988 aprofundou o processo de descenralização fiscal sem exigir conraparidas concreas de equilíbrio, esimulando o chamado flypaper effec 2. Tudo isso desembocou nas sucessivas crises de endividameno observadas desde o final da década de 1980, que acabaram levando à assinaura de conraos de renegociação com a União cada vez mais exigenes quano ao cumprimeno das condições acordadas, e ao esabelecimeno de meas fiscais de ajuse. O processo culminou no inicio de 2000 com a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que além de resringir as condições para a ocorrência de déficis, proibiu o refinanciameno de novas dívidas por pare da União, numa enaiva de eviar o crescimeno do endividameno. Nese cenário, é imporane a pesquisa das relações que se esabelecem enre o resulado primário, o esoque da dívida e as demais variáveis que ajudam a forjar o comporameno fiscal. O rabalho proposo em como base informações fiscais disponíveis para os esados e municípios de capiais brasileiros, divulgadas pela Secrearia do Tesouro Nacional e pelo Banco Cenral. A parir desses dados são esimadas funções de reação fiscal, que êm o resulado primário como variável dependene e são capazes de mosrar, dadas as variáveis de conrole, se a relação que se esabelece com o nível de endividameno se manêm susenável. Trabalhos semelhanes êm sido feios para ouros países sobreudo Esados Unidos e países da União Européia -, e mesmo no caso brasileiro, há publicações que se assemelham ao que é proposo, embora apresenem abordagem diferenciada, como se verá. A primeira pare do rabalho faz um apanhado das principais eorias de susenabilidade fiscal, cenrando-se no uso de funções de reação fiscal. O objeivo é servir como base para o modelo que será proposo depois. A pare seguine raz uma breve análise da siuação fiscal recene dos esados e municípios no Brasil, procurando dimensioná-la. O capíulo raz ainda um resumo de alguns esudos empíricos realizados 2 A ocorrência do flypaper effec em sido descria em alguns rabalhos, sobreudo para os municípios brasileiros. Ver, por exemplo, Blanco e Carvalho (2000). 2

11 sobre a susenabilidade fiscal dos governos subnacionais no Brasil. São apresenados dois rabalhos que se assemelham ao objeivo da disseração, de forma a evidenciar a conribuição que se procura dar ao assuno. No capíulo seguine são realizadas as esimações dos modelos proposos, seguindo-se a discussão dos resulados. Por fim, o úlimo capíulo raz as principais conclusões do rabalho. 3

12 2 AS TEORIAS DA SUSTENTABILIDADE E DO FEDERALISMO FISCAL 2.1 Inrodução O objeivo dese capíulo é fazer uma análise das principais eorias sobre susenabilidade fiscal, examinando a lieraura disponível sobre o assuno, de forma a subsidiar a discussão poserior sobre o modelo economérico uilizado no rabalho. Além disso, considerando que o rabalho raa de ajuse e susenabilidade fiscal de governos subnacionais, procura ambém discuir alguns aspecos do endividameno em um conexo federaivo. 2.2 As Teorias de Susenabilidade Fiscal O endividameno público normalmene é viso como algo negaivo, o que não é necessariamene verdadeiro. Esa visão é comum enre economisas mais orodoxos, que endem a ver qualquer elevação de despesas acima das receias como um desequilíbrio no mínimo poencialmene perigoso 3. Por meio da dívida pública, no enano, é possível ao governo financiar invesimenos que geram exernalidades posiivas para oda a economia. É possível ambém ransferir para as gerações seguines os dispêndios com obras e programas que irão beneficiá-las, eviando-se que odo o cuso recaia sobre a geração presene. Níveis elevados de défici e endividameno, porém, podem er influência deleéria sobre a aividade econômica, forçando a elevação dos juros e provocando o conhecido efeio crowding ou. Por ouro lado, há os efeios sobre a demanda agregada decorrenes de políicas de ajuse fiscal 4. Para complicar, a eoria econômica não fornece limies de endividameno que sejam independenes da especificação do modelo, 3 Para eses, mesmo uma políica keynesiana de expansão da demanda agregada por meio de déficis orçamenários é visa como pouco araiva, dado o efeio da equivalência ricardiana. Embora conroversa, a equivalência ricardiana coninua a ser defendida por auores como Rober Barro, que ajudou inclusive a popularizar o ema. Ver Barro (1996). 4 Os efeios da adoção de políicas de ajuse sobre o nível de aividade permanecem objeo de conrovérsia, não sendo possível afirmar que sejam sempre conracionisas. Ver, por exemplo, Alesina e Peroi (1997). 4

13 e um governo geralmene é viso como solvene quando a dívida esá relacionada a um programa viável de pagamenos, o que pode ser basane subjeivo. A quesão que se coloca é quais devem ser as caracerísicas de um indicador fiscal. Segundo Blanchard (1990), um indicador fiscal deve ajudar a responder quaro quesões principais: a) como avaliar se as mudanças na siuação fiscal são devidas à políica discricionária ou à mudança no ambiene econômico; b) a políica fiscal é susenável ou requer ajuses?; c) qual o efeio da políica fiscal nos preços relaivos? Ela cria disorções? e; d) qual o impaco macroeconômico da políica fiscal por meio do défici e da dívida? Um dos mérios de um indicador esá na facilidade em ser usado, o que inclui a qualidade e a empesividade dos dados disponíveis para apuração, e ainda a clareza de enendimeno. É conveniene fazer um breve apanhado de como o assuno em sido raado nos rabalhos já desenvolvidos. Pode-se dizer inicialmene que o ermo susenabilidade fiscal não possui significado preciso na lieraura econômica. Geralmene a susenabilidade é calculada considerando o valor do superávi primário necessário para esabilizar a relação dívida/pib, mas na práica ouras variáveis são levadas em cona, já que, como se verá, esabilizar a relação dívida/pib pode não ser suficiene. Vejamos a seguir algumas discussões As Teorias do Valor Presene Um governo é dio solvene se o valor presene de seu resulado fiscal é suficiene para pagar o valor da dívida, ou seja, se: s B = (1 + r ) S ( + s ) s = 1 (1) Onde B é a dívida em, r é a axa de juros e S é o superávi primário. Sineicamene, o governo deve ser considerado solvene se o valor de sua dívida for igual ao valor presene do fluxo fuuro do resulado primário, enendido como a diferença enre 5

14 receias e despesas (exclusive juros). O princípio é o de que, assim como as famílias se deparam com uma resrição ineremporal, já que ninguém esaria disposo a financiá-las indefinidamene, o mesmo ocorreria com os governos, que esariam sujeios a uma resrição ineremporal de recursos. O criério, porém, não é suficienemene preciso para calcular a solvência de um governo, já que o resulado primário pode ser alerado enre os subperíodos, e não há uma forma deerminada para calcular seu valor fuuro. O governo pode, por exemplo, incorrer em déficis primários por um longo empo, para só depois gerar superávis e começar a pagar a dívida. Aliás, a geração de déficis primários é o que cosuma ocorrer logo que os governos se endividam, já que os gasos se elevam com os recursos colocados à disposição. Receias financeiras se ransformam em gasos primários, e o efeio é a deerioração do resulado. Crescimeno da dívida e défici podem caminhar junos por longo empo se os desembolsos ocorrerem de forma periódica. Oura forma de avaliar a solvência do governo, semelhane à anerior, embora um pouco mais sofisicada, oma como base um agene represenaivo que possui uma resrição orçamenária do ipo: B = (1 + r)b (R G ) (2) 1 Onde R são as receias e G são as despesas primárias, que excluem juros. As demais variáveis êm os mesmos significados aneriores. A solução dese problema nos dá a seguine equação: s s B = (1 + r) (R + s G + s ) + lim(1 + r) B+ s s= 1 s (3) Por ese resulado a susenabilidade requer que o valor presene dos superávis primários exceda o valor presene dos déficis por um monane que cubra a diferença enre o esoque inicial da dívida e o valor presene do esoque final. A segunda expressão do lado direio da equação (lim), conhecida como condição de ransversalidade, deve convergir para zero para que haja susenabilidade. Iso significa 6

15 que devemos er B s = (1 + r) Ε (R + s G + s ) s= 1, ou seja, a dívida presene deve ser igual ao excesso das receias sobre as despesas, ambas medidas em valores presenes. Se o méodo do valor presene é verdadeiro para os dados disponíveis, enão a hipóese nula de que s Ε + s lim(1 + r) B s = 0 não deve ser rejeiada. Como se percebe, políicas fiscais diversas podem ser consisenes com a eoria do valor presene. Uma políica que gere déficis primários iniciais ou que leve a elevados níveis de endividameno pode ser consisene, desde que o valor presene do resulado primário seja posiivo e a condição de ransversalidade seja obedecida. Obviamene, é necessário considerar que a geração de déficis primários elevados pode ornar-se poliicamene insusenável se ocasionar excessiva desconfiança dos agenes quando à capacidade de o governo se ajusar. Um ese basane conhecido, empregando o valor presene para análise da susenabilidade da dívida, foi realizado por Hamilon e Flavin (1986), endo como base dados dos Esados Unidos no período pós-guerra. Para isso, os auores omaram a seguine equação: B = A 0 (1 + r) s= 1 (1 + r) s S + s (4) A equação subsiui a expressão de limie em (3) por A o. Para que a resrição orçamenária ineremporal seja saisfeia é preciso que A o = 0. Como o ermo não se mosrou significane, a hipóese de que a políica fiscal americana no pós-guerra era susenável não foi rejeiada. Os auores ambém sugeriram que a condição suficiene para que o méodo do valor presene se aplicasse seria que, se a série do resulado primário fosse esacionária, A o = 0 deveria implicar que B ambém fosse esacionário. Tresh e Walsh (1988) empreenderam pesquisa semelhane, usando ambém o méodo do valor presene, e argumenaram que se ese méodo é válido, e se a dívida e o défici são inegrados, e ainda se as axas de juros são consanes, enão a condição 7

16 necessária e suficiene para que haja susenabilidade é que a dívida e o resulado primário sejam coinegrados, o que poderia ser viso por meio da equação B + 1 B = rb S (5) Se B é inegrado de ordem 1, enão +1 B B deve ser esacionário. Iso implicaria que se rb - S é esacionário e se a axa de juros é consane, B e S são coinegrados (1,r), ou seja, se os eses sugerem que a dívida e o resulado primário caminham na mesma direção, enão a políica fiscal deve ser considerada susenável. Ouro ineressane rabalho foi realizado por Wilcox (1989), que considerou a possibilidade de axas de juros variáveis, e uilizou a equação q B = q 1B 1 q S (6) Sendo -1 1 q = ; q 0 = 1 (7) r j= 0 1+ j Fazendo q B = b e q S = s Temos enão a seguine solução recursiva b = b + n + n j= 1 s + j (8) E a políica fiscal pode ser considerada susenável se j= 1 b = Ε s + j, o que significa que lim Ε b + n n = 0. Usando os mesmos dados de Hamilon e Flavin, Wilcox enconrou evidências de que a políica fiscal americana não poderia ser considerada susenável Os Méodos de Longo Prazo 8

17 Exisem ouros méodos de avaliação da susenabilidade fiscal sugeridos por auores que êm procurado, sobreudo, mosrar como as políicas efeivas se disanciam da políica susenável. São méodos de longo prazo, que ransformam a resrição orçamenária do governo em uma equação que une o resulado primário e a relação dívida/pib no equilíbrio. Uma críica freqüene é que an imporan shorcoming of his long-run approach is ha i fails o recognize ha he long run is a heoreical consruc. In he shor run, governmens face a budge consrain ha does no reduce o he simple formula of he long-run analysis. (Oviedo, 2004, p. 8) Há o exemplo mais simples do calculo do resulado primário necessário para maner esável a relação dívida/pib. A diferença enre o primário efeivo e o primário requerido indicaria o grau de ajuse necessário na políica fiscal. O problema com esse méodo é que ele apenas indica o primário requerido para maner o nível de endividameno, mas quando ese nível já é elevado, simplesmene manê-lo pode não ser uma opção adequada. Além disso, maner uma políica fiscal susenável não significa necessariamene maner esável a relação dívida/pib. Embora úeis, essas abordagens não escapam do problema da deerminação dos parâmeros sob os quais a políica fiscal pode ser considerada efeivamene susenável. Um dos expoenes dese ipo de indicador é Buier 5, para quem a susenabilidade fiscal deve maner esável a relação enre parimônio líquido do governo e produo. Buier sugere a seguine equação para enconrar o primário necessário: d = (r n ) w (9) Onde d = D /Y é a relação défici primário/produo, w é a relação parimônio líquido/produo e n é a axa de crescimeno do produo. Com base nesa equação Buier sugere enão que o indicador seja consruído da seguine forma: d d = (r n )w d (10) 5 Ciado por Chalk e Hemming (2000), p. 7. 9

18 Ese indicador represenaria a diferença enre o primário de parimônio líquido consane e o primário efeivo, e um valor negaivo indicaria que a políica fiscal poderia ser considerada insusenável. O parimônio líquido do governo, porém, é uma variável basane difícil de ser definida e operacionalizada 6. Ouro auor a analisar o assuno foi Blanchard (1990). Fiel ao argumeno de que não pode haver indicadores únicos para avaliar a siuação fiscal, dada sua complexidade, Blanchard oma como base críicas ao uso do défici fiscal ciclicamene ajusado como indicador de susenabilidade amplamene uilizado. O défici ciclicamene ajusado em o mério de ser um indicador simples, e alvez por isso seja ão uilizado, inclusive como indicador de susenabilidade fiscal. Para o auor, o objeivo inicial do défici ciclicamene ajusado - ser um indicador do nível correo do défici, no caso de a economia esar em sua endência de longo prazo - foi basane desviruado ao passar a ser considerado um indicador fiscal amplo. Para os defensores, porém, o indicador poderia evidenciar a naureza do défici fiscal, mosrando sua endência para desaparecer ou permanecer mesmo com a economia em seu curso normal. Para auar como um indicador confiável de susenabilidade há, no enano, limiações. Em primeiro lugar, avaliar a susenabilidade fiscal requer algum nível de previsão do fuuro, o que significa ir além de simples previsões sobre a endência de longo prazo da economia, como ocorre no défici ciclicamene ajusado. Ouros faores podem desviá-la de sua endência, exigindo maior poder analíico. É diferene prever como a economia do país esará nos próximos anos e prever qual será sua endência ciclicamene ajusada. Parindo dessas críicas, Blanchard consrói alguns indicadores a parir de um modelo básico dinâmico de resrição orçamenária do governo: db = G + H T + rb = D + rb (11) ds 6 Há um grande esforço de organismos inernacionais para incenivar a produção dese ipo de esaísicas, mas com resulados ainda incipienes. Um exemplo é o FMI, que ediou em 2001 um manual sobre finanças públicas em que raa do assuno, o Governmen Finance Saisics Manual. 10

19 onde T é receia de imposos, D o défici primário, Η são as ransferências e s denoa o empo. Reescrevendo a equação como proporção do PIB, e usando leras minúsculas, enconramos db ds = g + h + (r n)b = d + (r n)b (12) Tomando esse raciocínio, Blanchard enão analisa, com base no nível de g, h, e b o, qual seria o nível de (receias) necessário para maner a susenabilidade. A diferença enre o nível necessário para maner a susenabilidade e o nível efeivamene observado daria a medida de ajuse necessário em. Raciocínio semelhane se aplicaria para g e h, já que junos,, g e h formam a políica fiscal. Com isso são formados alguns indicadores basane inuiivos e de cálculo simples. O indicador baseado na relação ribuação/produo necessária para maner o nível de endividameno esável em como base a equação = g (n r ) b (13) E poderia ser dado, após manipulações, por: = + (n r )b g (14) Como desacado, esse indicador represenaria a diferença enre o nível de ribuação necessário para maner consane o endividameno e o nível efeivo. Valores negaivos indicariam a necessidade de elevar a ribuação para fazer frene ao nível de dispêndios e esabilizar a relação dívida/produo. Croce e Juan-Ramón (2003), por sua vez, propuseram um indicador baseado no coeficiene de endividameno: a razão enre a dívida e o PIB, d. O modelo desenvolvido pelos auores oma como base as rês equações seguines: d = β d -1 ps (15) 11

20 ps* = (β 1)d* (16) ps = ps* + λ (d -1 d*) (17) Os parâmeros ps* e β medem o superávi primário e o faor de descono que prevaleceria se a convergência aé d* fosse alcançada, sendo ese úlimo o coeficiene de endividameno fixado como mea. O parâmero λ mede a inensidade da políica fiscal. Junando as equações aneriores pode-se derivar uma única equação: d = (β λ )d -1 - (β* - λ 1)d* (18) Se o coeficiene de endividameno fixado como mea é menor que d -1, enão d convergiria para a mea somene se / β λ / < 1 e β convergir para β. Os auores propõem que (β - λ ) seja usado como indicador de susenabilidade fiscal (ISF): ISF = ( β 1+ r λ ) = 1+ g ps d 1 ps * d * (19) O indicador β indica a margem enre a axa de juros e a axa de crescimeno, e o segundo componene, λ, mede a relação enre o desvio do coeficiene do superávi primário observado em relação ao superávi da mea, dividido pelo desvio do coeficiene de endividameno observado em relação a sua mea. O coeficiene do superávi primário fixado como mea (ps*) é obido pela equação (16) acima, uma vez fixados os valores de β* e d*, sendo que ese úlimo deve levar em consideração a possibilidade de uma crise caso a dívida seja manida em percenual elevado em relação ao PIB. Se o ISF for menor que 1 a siuação é fiscal susenável, e os valores maiores ou iguais a 1 indicam siuação insusenável. O índice possui as principais variáveis para avaliar a susenabilidade da políica fiscal: resulado primário, axa de juros real, axa de crescimeno e coeficienes de endividameno efeivo e de mea. Se em deerminado período o superávi primário se reduzir, o mesmo aconece com λ, o que ambém pode 12

21 provocar elevação de β, e assim o indicador ISF aumena, indicando piora das condições de susenabilidade fiscal. Os auores examinaram uma amosra de 12 países 7, e consideraram d* como o valor mais baixo do coeficiene de endividameno durane o período analisado. No caso dos Esados Unidos, o coeficiene foi de 1,006 (média dos valores observados de β), o que significa que em esado esacionário a axa de juros será 0,6 ponos percenuais superior à axa de crescimeno do produo. Para os países desenvolvidos e em desenvolvimeno, o parâmero foi fixado em 1,02 e 1,03, respecivamene. Os auores calcularam ambém o algoríimo para uma amosra de 12 países durane os anos 1990, e em seguida analisaram se uma melhora na siuação fiscal (λ mais elevado) reduzia ou não a diferença enre a axa de juros e o crescimeno (β menor). Concluíram que os países podiam ser divididos em rês grupos; o primeiro, englobando aqueles com problemas de insusenabilidade 8, onde os índices de ISF foram, na maioria das vezes, superiores à unidade; o segundo, incluindo países com boa siuação de susenabilidade 9, onde o ISF foi inferior à unidade na maior pare do empo; e finalmene os demais países, não passíveis de serem incluídos nos dois grupos aneriores. Por fim, os auores concluíram ambém, com base no ese de causalidade de Granger, que uma melhoria da siuação fiscal, em quase meade dos países 10, reduz a diferença enre a axa de juros e a axa de crescimeno As Funções de Reação Fiscal Uma forma alernaiva de conornar alguns dos problemas dos indicadores apresenados aneriormene é olhar para os principais objeivos e resrições envolvidos no processo de decisão da políica fiscal, criando-se as chamadas funções de reação fiscal, que esabelecem relações enre os insrumenos de políica fiscal e os seus objeivos. Os insrumenos compreendem as variáveis que refleem as ações do governo, como receias e despesas, e os objeivos podem ser, por exemplo, a esabilização das 7 Argenina, Bélgica, Brasil, Coréia, Esados Unidos, Indonésia, Irlanda, Iália, México, Suécia, Tailândia e Turquia. 8 Argenina, Brasil e Turquia. 9 Bélgica, Indonésia, Irlanda e México. 10 Bélgica, Coréia, Iália, México e Tailândia. 13

22 fluuações do PIB e a manuenção da susenabilidade fiscal. Esudos calculando funções de reação fiscal êm sido feios para diversos países, com o resulado primário sendo considerado a variável objeivo das auoridades fiscais, já que a resposa do resulado primário ao aumeno da dívida geralmene significa consisência da políica fiscal a longo prazo, a despeio das limiações apresenadas. Para exemplificar a derivação de uma função de reação fiscal, pode-se supor, omando de emprésimo as discussões aneriores, que o esoque da dívida cresce da seguine forma: B+ 1 = B + rb + (R G ) (20) Pode-se reescrever a expressão da seguine forma: B + 1 = (1 + r)b + R G = (1 + r)b S (21) Sendo S = R G, o superávi primário, que aqui ambém chamaremos de resulado primário (P ). A expressão anerior pode ainda ser reescria em ermos de percenual do PIB da seguine forma: B Y Y Y + 1 = (1 + r)b Y P Y ou (22) ( 1+ n)b + = (1 + r)b p (23) 1 Para a esabilização da dívida, precisamos er b +1 = b. Subsiuindo na equação anerior, enconramos o primário necessário para esabilizar a dívida: p * = b (r n) (24) Como a axa de juros incidene sobre a dívida geralmene é mais elevada que a axa de crescimeno, requer-se um primário posiivo para a esabilização da dívida. 14

23 Considerando que o resulado primário reage ao monane da dívida, pode-se omá-lo como mea operacional nas funções de reações fiscais. Um modelo usado é o seguine: p = α + j= 1 βx + ρb 1 + ε (25) Onde α é o inercepo, ε é o ermo de erro e X é o veor de variáveis macroeconômicas explicaivas usadas no modelo, não relacionadas com a solvência no longo prazo; represena choques ransiórios nas receias e despesas fiscais, como fluuações do produo. Um coeficiene ρ significaivo mosra que o resulado primário reage ao crescimeno da dívida, uma hipóese básica do modelo. Um valor posiivo de ρ é necessário, em princípio, para que a dívida seja solvene. Se assumirmos que p = ρb + x, onde x represena os deerminanes do resulado primário não relacionados com a susenabilidade, e subsiuirmos em (23), podemos reescrever essa úlima equação como: (1 + r ρ) x b + 1 b = 1 b 1+ n (26) 1+ n Nese caso, considerando x esacionário, o sinal da expressão enre colchees orna-se fundamenal para deerminar se a rajeória da dívida será convergene ou não. Se o sinal for posiivo, a rajeória será convergene, e iso aconecerá se r-ρ for menor que n. Com ese modelo é possível empregar um conjuno de variáveis relevanes para a políica fiscal, enquano ao mesmo empo se maném o foco na relação enre primário e dívida. Foi ese o modelo usado no esudo do FMI sobre países em desenvolvimeno 11, que considerou quaro variáveis ransiórias de políica fiscal: o hiao do produo, o índice de inflação, um indicador que considerava o período em que o país esá em siuação de defau e o desvio do preço do peróleo e de ouras commodiies de sua endência, medida por um filro HP. 11 Inernaional Moneary Fund (2003). 15

24 O esudo do FMI conclui que os países em desenvolvimeno possuem menor capacidade de ajuse da políica fiscal, com resposa menos expressiva do resulado primário aos níveis necessários para a redução ou esabilização da dívida, o que não ocorre nos países desenvolvidos. Também concluiu que nos países em desenvolvimeno a resposa do resulado primário diminui à medida em que a relação dívida/pib aumena, sobreudo depois que esa relação ulrapassa 50%. No caso dos países desenvolvidos, ocorre o conrário; a resposa do primário aumena quando a relação dívida/pib cresce. Obviamene eses resulados referem-se à média da amosra, e há casos isolados que conrariam esas conclusões, podendo ser ciado como exemplo o Brasil, já que no passado recene o crescimeno da relação dívida/pib, para valores superiores a 50%, levou ao expressivo aumeno do superávi primário. O esudo mosra ambém que nos países em desenvolvimeno o comporameno do resulado fiscal, paricularmene das despesas fiscais, não é reaivo às fluuações do produo. No caso da América Laina, o comporameno chega mesmo a ser pró-ciclico. Isso evidencia a maior dificuldade que em eses países em ajusar suas despesas aos níveis requeridos pelo primário, indicando menor compromeimeno com a susenabilidade. Em esudo semelhane realizado para os Esados Unidos, Bohn (1998) argumena que mesmo em condições de incereza, se o resulado primário responde de forma posiiva ao crescimeno da dívida, enão a políica deve ser considerada susenável. Iso se reduziria a verificar se α > 0 na equação p = αb + δz + ε = αb + μ Onde Z represena um veor de deerminanes do resulado primário. Se p e b são nãoesacionários, e μ é esacionário, enão o ese seria equivalene àquele proposo por Trehan e Walsh (1988). O modelo de funções de reações fiscais pode ser considerado, na verdade, uma variane dos modelos de longo prazo discuidos aneriormene. Quando se observa a rajeória da dívida, é difícil, em muios casos, rejeiar a hipóese de que ano o valor real da dívida quano sua relação com o produo 16

25 apresenem raiz uniária. Embora possa haver modelos que procurem explicar o comporameno não esacionário da dívida pública, o fao é que seu crescimeno é viso com preocupação nos meios econômicos. É preciso invesigar, porano, se o governo esá de fao omando medidas para coner de fao o aumeno da dívida pública, por meio do resulado primário. Traa-se de abordagem mais promissora do que verificar simplesmene o comporameno da dívida em uma análise comum de séries emporais, já que a dívida esá sujeia a choques de diversos ipos. 2.3 O endividameno em um conexo federaivo Em esados federados o crescimeno da dívida dos governos subnacionais expressa, em geral, problemas associados a conflios nas inerrelacões enre os níveis de governos. São problemas que podem esar presenes na má disribuição dos recursos ribuários, na insuficiência das ransferências ou na fala de ransparência do processo de endividameno. O objeivo desa pare é examinar a relação enre o federalismo fiscal e o endividameno dos governos subnacionais. Se já é difícil coordenar quesões fiscais quando o governo é um só, o problema orna-se ainda mais complexo quando se raa de uma federação, em que as discussões sobre nível de receias e despesas, ajuses e equilíbrio fiscal exigem a paricipação de diversos aores, nem sempre com ineresses comuns. Aliado a isso há a quesão de ineresses políicos conflianes, que muias vezes surgem quando governos regionais e nacionais são ocupados por coalizões políicas disinas. Não há, porano, como deixar de considerar esses faores em qualquer análise sobre susenabilidade fiscal. Em países como o Brasil, a discussão sobre o assuno não pode ser feia sem levar em consideração as paricularidades do federalismo. Há auores que vêm esudando a quesão e procurando enender o comporameno dos enes subnacionais em um conexo federaivo, analisando quais os mecanismos mais eficienes para que seja adoada uma posura fiscal responsável. É basane conhecida na lieraura a quesão do flypaper effec 12, que ocorre quando o governo federal realiza esforço de ajuse fiscal, elevando suas receias, que acaba endo 12 Ver, por exemplo, Ahmad e Craig (1997). 17

26 efeio inverso nos governos regionais, já que as ransferências se elevam e acabam por elevar as receias desses úlimos, que se vêem, assim, sem a necessidade de realizar qualquer ajuse próprio. Para coibir o mecanismo os governos federais lançam mão, muias vezes, de receias que não são ransferíveis para os governos regionais. Mas o desafio de maner a susenabilidade em um conexo federaivo é mais profundo, e envolve a criação de mecanismos que induzam os governos subnacionais a não exrapolarem níveis aceiáveis de endividameno, ou enão reduzirem suas dívidas, quando essas esiverem elevadas. O federalismo fiscal há muio vem sendo discuido na eoria econômica, e a descenralização de despesas em sido considerada uma forma imporane de garanir ganhos de eficiência e bem-esar, ao se permiir que as despesas sejam realizadas pelos níveis de governo que mais proximamene represenam os beneficiários dos recursos. Não obsane, argumena-se ambém que a ênfase em quesões alocaivas pode ofuscar problemas disribuivos, sobreudo em países com grandes diferenças regionais e pessoais de renda, além de gerar conflios de coordenação macroeconômica, que facilmene surgem com a maior descenralização das despesas fiscais. Assim, quano maior a paricipação dos governos subnacionais nas despesas e receias públicas, maior a necessidade de envolvê-los nas decisões macroeconômicas e de ajuse fiscal. Uma elevada descenralização de despesas pode colocar sérios desafios à eficiência da políica fiscal, já que requer a coordenação do orçameno cenral com os orçamenos regionais, além do desafio de promover a responsabilidade dos vários governos regionais e locais. Por ouro lado, quesões disribuivas e de gerenciameno macroeconômico impedem que a paricipação dos governos subnacionais na cargae de ribuária cresça além de ceros limies, pois do conrário reiraria do governo cenral sua capacidade de gerenciador do ambiene macroeconômico e promoor de políicas disribuivas. Freqüenemene argumena-se ambém, em favor de uma maior cenralização das receias, que ela favorece o gerenciameno e a adminisração ribuária, ao uniformizar procedimenos e reduzir cusos, inclusive para a eficiência do seor privado. Uma siuação oposa ambém pode razer problemas, já que dar ao governo cenral a oalidade ou quase oalidade do poder de ribuar, separando os agenes 18

27 públicos responsáveis pelas despesas dos agenes responsáveis pela arrecadação, reira a conexão enre benefício e cuso dos bens e serviços públicos oferecidos, obscurecendo o preço de suas produções e a origem do financiameno, aiudes que não conribuem para a práica de políicas fiscais responsáveis enre os governos subnacionais. O resulado dessas considerações em sido, ano em ermos eóricos como práicos, o esabelecimeno de sisemas onde há a combinação de receias próprias dos governos subnacionais com ransferências, de forma a maner o equilíbrio, ano das quesões de gerenciameno macroeconômico e disribuivo, quano dos evenuais problemas de insuficiências de receias próprias dos governos subnacionais. Nesse úlimo caso, as ransferências ornam-se imporanes, já que muias vezes ocorrem déficis pré-ransferências, endo em visa o volume de despesas necessário para fazer frene às responsabilidades delegadas. Não obsane, a experiência inernacional em mosrado que é imporane que a descenralização de despesas seja acompanhada ambém pela descenralização do poder de ribuar, de forma a impedir o crescimeno de comporameno fiscal não responsável. Não é função dese rabalho discuir como maner o equilíbrio em condições de federalismo fiscal, mas é imporane falar brevemene sobre as condições para endividameno e ajuse fiscal dos governos subnacionais em uma federação. Considerando o que foi discuido, a quesão que se levana é como os governos subnacionais se comporam quano ao crescimeno da dívida, e quais os mecanismos mais comuns de conrole de endividameno enconrados no federalismo. Sendo o crescimeno da dívida uma quesão fundamenal para enender o comporameno fiscal dos governos subnacionais, convém examinar primeiramene os mecanismos de seu conrole e, em seguida, os evenuais esímulos que podem ser oferecidos para o ajuse fiscal em um conexo federaivo. O conrole do processo de endividameno dos enes subnacionais varia basane enre países, e as práicas refleem em geral os graus de conrole que os governos cenrais exercem, além do nível de desenvolvimeno do mercado financeiro nacional e a própria conjunura econômica. Mesmo assim, Ter-Minassian e Craig (1997) disinguem quaro caegorias de conrole dos emprésimos subnacionais: (a) conrole baseado na 19

28 disciplina de mercado; (b) conrole baseado na cooperação enre os diversos níveis de governo; (c) conrole baseado em regras legais (rules-based) e (d) conrole adminisraivo. As caegorias de conrole não se apresenam de forma pura, e freqüenemene há uma misura de disposiivos. Convém examinar mais dealhadamene cada uma dessas caegorias. O conrole do nível de endividameno por meio da disciplina de mercado considera que os agenes econômicos eriam condições de avaliar o poencial de risco dos omadores de emprésimos e financiamenos, e assim se encarregariam de esabelecer limies de endividameno e, por conseqüência, de défici fiscal. Para que seja possível ornar eficaz a disciplina de mercado, é preciso que haja, primeiramene, um mercado financeiro suficienemene desenvolvido, e que seja livre de regulações que o obriguem, por exemplo, a adquirir íulos públicos ou colocar o governo em siuação de omador privilegiado de recursos (Ahmad, 2005) Oura imporane condição é a ransparência da siuação fiscal, expressa pelo disclosure das conas públicas subnacionais, de forma a permiir uma eficiene avaliação de risco do omador, baseada em sua capacidade real de endividameno e pagameno 13. Traa-se de requisio nem sempre cumprido, especialmene em países em desenvolvimeno, onde limiações na abrangência, qualidade e empesividade de dados fiscais são comuns. Quando o governo cenral acena com a possibilidade de ornar-se omador final do risco, assumindo os passivos não pagos, a disciplina de mercado deixa de funcionar como conrole de endividameno dos governos subnacionais. Ouro criério de conrole apresenado pelos auores é a cooperação enre os governos cenral e subnacional. Nese caso, basane próximo do anerior, governos cenrais e regionais rabalham em conjuno na definição de meas e parâmeros macroeconômicos, inclusive quano a limies de défici e endividameno. Traa-se, evidenemene, de uma forma basane sensível, mais passível de sucesso em ambienes 13 Organismos econômicos inernacionais como o Fundo Moneário Inernacional êm procurado desacar a imporância da disclosure das conas subnacionais. O Fundo chegou a adoar um código de ransparência fiscal, onde desaca que The cenral governmen should publish full informaion on he level and composiion of is deb and financial asses. Where subnaional levels of governmen are significan, heir combined fiscal posiion and consolidaed fiscal posiion of he general governmen should be published. Ver IMF (2001). 20

29 onde já haja relaiva disciplina fiscal, e onde os governos cenrais não sejam incapazes de coordenar os diversos ineresses. O conrole baseado em regras básicas para a omada de emprésimos e financiamenos pode incluir limies para o endividameno oal das unidades federadas, limies para o volume máximo de emprésimos e financiamenos anuais, limies para o volume máximo de reembolso dos recursos ou ainda esabelecer que o endividameno somene pode ser realizado para fins específicos, como invesimenos em projeos de infra-esruura. São disposiivos geralmene inscrios na consiuição ou em leis ordinárias. Um disposiivo basane comum é a chamada regra de ouro, que veda emprésimos para pagameno de despesas correnes, resringindo-o às despesas de capial, paricularmene invesimenos. Uma das limiações desa abordagem é que muias vezes as regras são conornadas por meio da criação de mecanismos ou enidades exra-orçamenárias, do uso de empresas esaais para obenção de emprésimos ou da reclassificação de despesas correnes para despesas de capial, dada a dificuldade de precisão em muios casos. Por fim, há o conrole direo do governo cenral sobre os governos subnacionais, ambém chamado de conrole adminisraivo. Essa modalidade geralmene é exercida por meio da aprovação individualizada de cada pedido de emprésimo ou financiameno, ou enão por meio do esabelecimeno de limies para o volume global de défici de cada unidade federada. No caso dos emprésimos exernos o conrole direo do governo cenral é bem mais comum, já que há implicações mais imporanes na políica macroeconômica, sobreudo na políica cambial, cuja responsabilidade perence mais direamene aos governos cenrais. Sobre os incenivos ao ajuse dos governos subnacionais em países federados, um dos auores a esudar o assuno, procurando aplicá-lo ao caso brasileiro, foi Werneck (1995). O auor omou como base um modelo onde os esados maximizavam uma função de bem-esar social esriamene crescene e côncava em seu nível de gasos. Dividindo as receias dos esados em receias próprias e de ransferências, e assumindo que os esados pagam axas de juros maiores que o governo federal, sendo função 21

30 crescene do défici e decrescene da relação receia/dívida, o auor mosra que, enquano o cuso marginal decorrene do aumeno de uma unidade da dívida for maior que o ganho marginal, os esados erão incenivo para elevar sua dívida. Como o modelo considera as ransferências um percenual fixo das receias da União, um aumeno na arrecadação leva a um aumeno nos repasses, reduzindo os incenivos para o ajuse dos esados. O modelo de Werneck não considera expliciamene a possibilidade de uma moraória das dívidas esaduais ou de ransferência da dívida para o governo federal. O modelo de Werneck foi modificado por Pires e Bugarin (2003), que consideraram o caso em que as ransferências da União aos esados podem ser usadas de forma condicionada a criérios de ajuse fiscal. Uma das varianes do modelo desenvolvido pelos auores posula que as ransferências seriam uma função da diferença enre o nível de défici efeivo dos esados e o nível óimo para a União, supondo-se ainda que o nível de endividameno óimo é, em princípio, menor que aquele escolhido pelos esados. O objeivo dos auores era consruir uma regra óima de ransferência de recursos da União, inroduzindo um mecanismo de conrole de endividameno. A conclusão foi que a inrodução de uma regra de conrole induz a déficis menores, embora não necessariamene leve ao nível óimo de défici. No caso do Brasil, os conraos de renegociação firmados enre a União e os esados, que prevêem a reenção de ransferências caso não sejam cumpridas as cláusulas acordadas, se aproximam do modelo proposo pelos auores. Nos modelos que serão desenvolvidos no capíulo 4, serão esados os efeios dos conraos assinados enre a União e os esados, levando em cona as conclusões sobre incenivos ao ajuse aqui expressas. 22

31 3. A SITUAÇÃO FISCAL DOS GOVERNOS SUBNACIONAIS 3.1 Inrodução Tendo analisado as eorias relaivas à susenabilidade e ao endividameno, cumpre agora, em prosseguimeno aos objeivos do rabalho, razer a discussão para mais pero do caso brasileiro, invesigando a siuação dos governos esaduais e municipais. O objeivo é apresenar em linhas gerais a siuação recene das finanças subnacionais, a fim de conexualizar melhor assuno e servir de subsídio para o próximo capíulo. Serão discuidos ambém alguns rabalhos que raam de finanças subnacionais e guardam relação mais esreia com o que se preende realizar. 3.2 A Evolução Recene das Finanças Regionais Mesmo não sendo o objeivo, não há como disserar sobre finanças regionais no Brasil sem abordar ambém o governo cenral, ão fores são os vínculos que os unem. Cumpre, porano, iniciar a análise por uma abordagem mais ampla do seor público. A parir da década de 90 a políica fiscal brasileira passou por fases disinas. Enre 1991 e 1994 o superávi primário alcançou em média cerca de 2,9% do PIB, siuação que se invereu no período seguine, após o lançameno do Plano Real, quando o superávi se convereu em défici de cerca de 0,2% do PIB enre 1995 e A reluância em proceder a um ajuse fiscal refleiu-se nas axas de juros e no endividameno público. Quando o governo se envolve em políicas expansionisas e o Banco Cenral não acomoda essas políicas por meio da impressão de moeda, o resulado é endividameno e elevação das axas de juros. Ao final de 1998 a siuação brasileira era preocupane, e após seguidas crises inernacionais (México, Ásia, Rússia) o mercado aposava na desvalorização da moeda 23

32 brasileira. No início de 1999 foi finalmene abandonada a políica de âncora cambial e a moeda passou a fluuar mais livremene. No conexo de oda essa crise, ainda no final de 1998 o Brasil assinou um acordo com o Fundo Moneário Inernacional, dando início à inflexão na políica fiscal. As novas direrizes se refleiram no resulado primário do seor público consolidado, que no período 1999/2004 apresenou superávi médio de 3,7% do PIB. Para 2005, espera-se que a mea de superávi de 4,25% seja superada 14. Claramene o seor público passou a operar com maior resrição orçamenária, endo-se feio enorme esforço para inroduzir uma mudança nos cosumes fiscais brasileiros, sendo um exemplo eloqüene a Lei de Responsabilidade Fiscal, promulgada em maio de Quando se examina a siuação de forma mais desagregada, noa-se que aé 1998 houve uma progressiva deerioração do resulado nominal do governo cenral, podendose crediá-la, em pare, à assunção e refinanciameno das dívidas dos governos subnacionais, e em pare ao maior impaco que a políica moneária resriiva exerceu sobre a dívida do governo cenral, já que as demais esferas iveram suas dívidas renegociadas a axas fixas. Torna-se imporane, porano, em qualquer exame da siuação fiscal brasileira, aenar para essas paricularidades, já que a quesão federaiva em sido fundamenal na dinâmica do endividameno. O ajuse fiscal implanado pelo governo federal desde o final da década passada foi esendido, em cera medida, aos governos subnacionais, paricularmene aos esados. A Tabela 3.1 raz os dados, em percenual do PIB, dos resulados nominal, primário e de juros para o seor público consolidado e para os governos cenral e regionais, além das empresas esaais. 14 Aé julho, o superávi acumulado no ano aingiu 6,3% do PIB; no acumulado em 12 meses, 5,2%. 24

33 Tabela 3.1 Necessidades de Financiameno do Seor Público /2005 (Em % do PIB) Composição (*) Resulado Nominal 7,15 5,77 5,93 7,46 5,84 3,61 3,57 4,58 5,08 2,67 2,15 Governo Cenral 2,25 2,46 2,45 4,93 2,73 2,27 2,11 0,75 3,99 1,53 2,49 Esados e Municípios 3,57 2,71 3,03 2,01 3,17 2,08 2,02 3,83 1,74 1,92 0,22 Empresas Esaais 1,33 0,61 0,45 0,52-0,07-0,74-0,56 0,01-0,65-0,79-0,56 Resulado Primário -0,27 0,09 0,95-0,01-3,23-3,46-3,64-3,89-4,25-4,59-6,28 Governo Cenral -0,52-0,37 0,27-0,55-2,35-1,86-1,83-2,37-2,49-2,97-4,21 Esados e Municípios 0,18 0,54 0,74 0,19-0,22-0,55-0,87-0,79-0,89-0,99-1,36 Empresas Esaais 0,07-0,08-0,06 0,35-0,65-1,06-0,93-0,73-0,87-0,64-0,71 Juros Nominais 7,42 5,68 4,97 7,47 9,06 7,08 7,21 8,47 9,33 7,26 8,43 Governo Cenral 2,77 2,83 2,17 5,48 5,08 4,13 3,94 3,12 6,48 4,50 6,69 Esados e Municípios 3,39 2,16 2,29 1,83 3,39 2,63 2,90 4,62 2,62 2,91 1,59 Empresas Esaais 1,25 0,68 0,51 0,16 0,59 0,32 0,37 0,74 0,22-0,15 0,15 Fone: Banco Cenral (*) Aé julho (-) superávi (+) défici Em 1998 o seor público consolidado apresenou ímido superávi primário (0,01% do PIB), capianeado pelo governo cenral, já que os governos regionais e as esaais regisraram défici. No ano seguine, porém, os governos regionais regisraram superávi de 0,2% do PIB, no que foram acompanhados pelas empresas esaais (superávi de 0,7% do PIB). O ajuse mosrou-se consisene, pois o superávi do seor público consolidado vem sendo seguidamene superado desde enão. Não obsane, a elevação dos encargos financeiros não permiiu que no conceio nominal o governo cenral e os governos regionais deixassem de regisrar défici odos os anos. A coninuidade do esforço fiscal, porém, conribuiu para a redução do défici nominal e a endência de esabilização da relação dívida/pib. O Gráfico 3.1 mosra a relação enre défici nominal e resulado primário no caso dos governos regionais. 25

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