UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS UM ESTUDO DOS DETERMINANTES DA INTEGRAÇÃO DE CANAIS DE EXPORTAÇÃO: O CASO DAS EMPRESAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL CAROLINE GOMES NOGUEIRA Floranópols 2008

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS Um estudo dos determnantes da ntegração de canas de exportação: o caso das empresas da regão sul do Brasl Monografa submetda ao Departamento de Cêncas Econômcas para obtenção de carga horára da dscplna CNM 5420 Monografa. Por: Carolne Gomes Noguera Orentador: Prof. Dr. Fernando Seabra Área de Pesqusa: Economa Internaconal Palavras-Chave: 1. Canas de exportação 2. Dferencação do produto 3. Comérco ntra-ndústra Floranópols, julho de 2008

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS Um estudo dos determnantes da ntegração de canas de exportação: o caso das empresas da regão sul do Brasl A Banca Examnadora resolveu atrbur nota 10 à aluna CAROLINE GOMES NOGUEIRA na dscplna CNM 5420 Monografa, pela apresentação deste trabalho. Banca examnadora: Prof. Dr. Fernando Seabra Presdente Prof. Dr. Mohamed Amal Membro Prof. Dr. Mlton Bage Membro

4 v AGRADECIMENTOS À mnha famíla, por ter sdo sempre o exo das mnhas conqustas. Aos meus pas, Roberto e Aurea, meus grandes amgos e meus maores alados. Obrgada pelo menso apoo, pelos conselhos, pelo constante ncentvo para que eu sga atrás dos meus sonhos, e por sempre frsarem que a conqusta de grandes desafos só são alcançadas depos de muto esforço e persstênca. Às mnhas rmãs, Alne e Marana, pelo companhersmo, pelas rsadas e pelas experêncas compartlhadas. Ao meu querdo Eduardo, pelo menso amor e carnho, e sobretudo pela pacênca com que acolheu as mnhas expectatvas e anseos. Aos professores do departamento de Economa e, em especal, ao professor Fernando Seabra, a quem sere por muto tempo grata, não apenas pela orentação e composção deste trabalho, mas pela valosa oportundade de aprendzado como bolssta. Obrgada por esse tempo de convvênca, pela pacênca, pelos números ensnamentos e por sempre me ncentvar a segur com meus estudos. Ao professor Fernando Robles, da George Washngton Unversty, pela oportundade de partcpação no projeto de pesqusa que deu orgem a este trabalho. Aos meus amgos, pela presença agradável e constante durante esta camnhada. Obrgada por serem o que são e por tornarem este percurso mas dvertdo e menos estressante. Um agradecmento em especal aos meus companheros de UFSC, que vveram mas de perto comgo este longo percurso: ao Suga, Laura, Beatrz, Ana Paula, Alne e todo o pessoal da Velha Guarda. Agradeço também à turma do mestrado, que tanto me ajudou em város momentos: ao Gustavo e ao Zé, pela amzade; ao Felpe e à Tatana, pelas dcas de econometra; e ao Cauê, pela grande ajuda na pesqusa de campo.

5 v SUMÁRIO RESUMO... v LISTA DE ANEXOS...v LISTA DE ILUSTRAÇÕES...v LISTA DE TABELAS...x LISTA DE ABREVIATURAS... x 1. INTRODUÇÃO Problema e justfcatva de pesqusa Objetvos Objetvo Geral Objetvos Específcos Metodologa Delneamento, método e etapas de pesqusa População de estudo Técncas de coleta e tratamento de dados Estrutura do trabalho DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO, COMÉRCIO INTRA-INDÚSTRIA E COMÉRCIO INTERNACIONAL Especalzação produtva e comérco nternaconal Concorrênca monopolístca no âmbto do comérco nternaconal A abordagem de Krugman para dferencação do produto Comérco ntra-ndústra e o padrão de comérco nternaconal INTEGRAÇÃO DE CANAIS DE EXPORTAÇÃO Alternatvas de acesso aos mercados exterores Os canas de dstrbução nternaconal A ntegração de canas de exportação Os determnantes da ntegração de canas de exportação EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS Evdêncas do comérco ntra-ndústra Consderações metodológcas Evdêncas empírcas de comérco ntra-ndústra para os setores produtvos brasleros Evdêncas da ntegração de canas de exportação Especfcações do modelo Resultados da Estmação CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 82

6 v RESUMO Este estudo nvestga os determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação e a confguração do comérco ntra-ndústra dos dferentes setores produtvos brasleros. Para tanto, constró-se um conjunto de hpóteses consderando aspectos como a especfcdade de atvos, o tamanho e as competêncas das frmas, a ncerteza, a smlardade dos mercados, a estrutura de mercado e a dferencação do produto. Utlzando dados empírcos provenentes do estudo de caso de um grupo de sessenta empresas exportadoras dos estados do Ro Grande do Sul, Santa Catarna e Paraná, propõe-se um modelo de determnantes da ntegração de canas de exportação focado prncpalmente nas questões de tamanho da frma e de dferencação do produto. Os resultados do modelo apontam que a dferencação do produto apresenta-se como uma das mas mportantes varáves de decsão na determnação da ntegração dos canas de exportação. Na exposção das evdêncas empírcas do comérco ntra-ndústras para os setores produtvos brasleros é realzada a mensuração do índce Grubel-Lloyd de comérco ntra-ndústra. Os resultados constatam que os setores ndustras com níves mas elevados de comérco ntra-ndústra tendem a ser aqueles mas ntensvos em captal, e aqueles com maor partcpação no volume de comérco braslero, demonstrando a mportânca do comérco ntra-ndustral nas exportações e mportações brasleras. PALAVRAS-CHAVE: Canas de exportação, dferencação do produto, comérco ntrandústra

7 v LISTA DE ANEXOS Anexo 1. Instrumento de pesqusa utlzado na coleta de dados Anexo 2. Dados brutos de comérco blateral por setor produtvo Anexo 3. Matrz de correlação... 97

8 v LISTA DE ILUSTRAÇÕES Fgura 1. Equlíbro em um mercado de concorrênca monopolístca Fgura 2. O comérco com rendmentos crescentes e concorrênca monopolístca Fgura 3. Trade-off dos aspectos relaconados às estratégas de ntegração dos canas de exportação Fgura 4. Os determnantes da ntegração dos canas de exportação e de seu desempenho 46 Fgura 5. Relação entre comérco ntra-ndústra e a ntensdade tecnológca, por setor produtvo Fgura 6. Descrção da amostra por regões

9 x LISTA DE TABELAS Tabela 1. Evolução do índce de Grubel-Lloyd (1975) de comérco ntra-ndústra total e blateral, por setores produtvos Tabela 2. Descrção da amostra por setor produtvo Tabela 3. Grau de dferencação dos produtos Tabela 4. Varáves e snal esperado no modelo Tabela 5. Resultados da estmação Varável dependente: ICE Tabela 6. Comérco de anmas vvos e produtos do reno anmal (em US$/FOB) Tabela 7. Comérco de produtos do reno vegetal (em US$/FOB) Tabela 8. Comérco de gorduras, óleos e ceras anmas e vegetas (em US$/FOB) Tabela 9. Comérco de produtos almentícos, bebdas e fumos (em US$/FOB) Tabela 10. Comérco de produtos mneras (em US$/FOB) Tabela 11. Comérco da ndústra químca e conexas (em US$/FOB) Tabela 12. Comérco de plástcos, borrachas e suas obras (em US$/FOB) Tabela 13. Comérco de peles, couros, peleteras e suas obras (em US$/FOB) Tabela 14. Comérco de madera, cortça e suas obras (em US$/FOB) Tabela 15. Comérco de pasta de madera, papel e suas obras (em US$/FOB) Tabela 16. Comérco de matéras têxtes e suas obras (em US$/FOB) Tabela 17. Comérco de calçados, chapéus e outros acessóros (em US$/FOB) Tabela 18. Comérco de produtos de pedra, cerâmca, vdro e suas obras (em US$/FOB) 92 Tabela 19. Comérco de pérolas naturas, pedras precosas, metas precosos e moedas (em US$/FOB) Tabela 20. Comérco de metas comuns e suas obras (em US$/FOB) Tabela 21. Comérco de máqunas, aparelhos e materal elétrco (em US$/FOB) Tabela 22. Comérco de materal de transporte (em US$/FOB) Tabela 23. Comérco de nstrumentos e aparelhos centífcos (em US$/FOB) Tabela 24. Comérco de armas, munções, suas partes e acessóros (em US$/FOB) Tabela 25. Comérco de mobláro, lumnação, placas e edfícos pré-fabrcados (em US$/FOB) Tabela 26. Comérco de brnquedos, jogos e artgos esportvos (em US$/FOB) Tabela 27. Comérco de objetos de arte, de coleção e antgudades (em US$/FOB) Tabela 28. Matrz de correlação das varáves do modelo... 97

10 x LISTA DE ABREVIATURAS ALICE GL MDIC MQO OCDE OLS P&D SEBRAE SECEX SITC SH SQR Análse das Informações de Comérco Exteror Graus de lberdade Mnstéro do Desenvolvmento, Indústra e Comérco Exteror Mínmos Quadrados Ordnáros Organzação para a Cooperação e Desenvolvmento Econômco Ordnary Least Squares Pesqusa e Desenvolvmento Servço Braslero de Apoo às Mcro e Pequenas Empresas Secretara de Comérco Exteror Standard Internatonal Trade Classfcaton Sstema Harmonzado Soma dos quadrados dos resíduos

11 1. INTRODUÇÃO 1.1. Problema e justfcatva de pesqusa Os canas nternaconas de dstrbução, também denomnados de canas de exportação, consstem no conjunto de organzações que estão envolvdas no processo de exportação, estabelecendo um conjunto de relações que vsam tornar o produto ou servço de determnada frma dsponível para consumo ou uso em outro país (BAÑEGIL; SOUSA, 2004; KEEGAN, 2005). Neste sentdo, esta abordagem envolve a defnção do tpo de sstema de comercalzação que será empregado por parte das frmas para levar o seu produto até o seu clente fnal. Por um lado, a frma pode optar por ntegrar e executar todas as atvdades de marketng, comercalzação e dstrbução. Em outro extremo, a frma pode delegar estas funções a terceros, contratando dstrbudores ndependentes encarregados de encontrar compradores para os produtos da frma. Uma opção ntermedára consste na utlzação de agentes comssonados ou a formação de alanças estratégcas com outras empresas estrangeras (ANDERSON; COUGHLAN, 1987; KLEIN; FRAZIER, ROTH, 1990; CAMPA; GUILLÉN, 1999). Conforme Robles e Clarke (2008), a decsão de ntegração dos canas de exportação pode varar segundo fatores como, por exemplo, a estrutura de mercado do mercado de destno, as característcas da empresa e do produto, as ncertezas do ambente e do comportamento dos agentes, e as estruturas nsttuconas. Tendo em conta estas complexdades, presume-se que os dferentes níves de ntegração oferecem às frmas graus varados de controle e flexbldade, assm como exge dferentes níves de comprometmento de recursos. O aumento da ntegração dos canas de exportação oferece um maor poder de nfluênca sobre as decsões do mercado, mas exge que as frmas realzem maores nvestmentos e moblzem recursos, assumndo consequentemente rscos maores. Nesta perspectva, uma mportante decsão que as frmas exportadoras precsam tomar é o nível adequado de ntegração dos canas para atngr mercados-alvo, especalmente tendo em conta a dfculdade de mudar os canas uma vez que estes foram escolhdos. Torna-se necessáro, portanto, nvestgar as varáves de decsão que nfluencam o nível de

12 12 ntegração dos canas de exportação e estabelecer hpóteses para verfcar seus determnantes. Entre os possíves determnantes, a análse da dferencação do produto merece uma atenção especal, na medda em que as característcas dos produtos estão muto lgadas às decsões de nternalzação das atvdades de marketng, comercalzação e dstrbução. Com sso, é mportante concetuar o modelo de concorrênca monopolístca, que assume economas de escala e dferencação de produto, bem como defnr os aspectos concetuas e empírcos relaconados ao comérco ntra-ndústra nos dferentes setores produtvos. Desta forma, a análse dos determnantes do grau de ntegração de canas de exportação abrange o estudo compreensvo dos pressupostos teórcos, o estabelecmento prévo de hpóteses e a elaboração de um modelo empírco dos determnantes e a análse dos resultados apresentados Objetvos Objetvo Geral Analsar os determnantes que nfluencam no grau de ntegração de canas de exportação das empresas Objetvos Específcos Os objetvos específcos propostos para este trabalho são: Realzar um estudo compreensvo das varáves relaconadas às decsões de ntegração dos canas de exportação, e estabelecer um conjunto de hpóteses para os seus determnantes; Avalar a confguração do comérco ntra-ndústra para os setores ndustras brasleros; Elaborar um modelo teórco-analítco e empírco para a estmação dos determnantes da ntegração de canas de exportação

13 Metodologa A pesqusa proposta neste trabalho segue as defnções de Gl (1999), tratando-se de um processo formal e sstemátco de desenvolvmento do método centífco, tendo como objetvo fundamental descobrr respostas para os problemas medante o emprego de procedmentos centífcos. Para tanto, é necessáro a artculação entre os objetvos traçados, o marco teórco escolhdo e a metodologa a ser seguda Delneamento, método e etapas de pesqusa Relaconado aos objetvos propostos para este estudo, a natureza desta pesqusa é, em um prmero momento, descrtva/exploratóra, sendo voltada para a descrção das característcas de um determnado grupo e o estabelecmento de relações entre as varáves, proporconando maor famlardade com o problema para torná-lo explícto e construr hpóteses. Em um segundo momento, a natureza da pesqusa é explcatva, pos vsa dentfcar os fatores que determnam a ocorrênca de um fenômeno (GIL, 1999). Neste sentdo, a prmera etapa é descrtva/exploratóra, pos busca-se concetuar o modelo de concorrênca monopolístca caracterzado pela presença de economas de escala e de dferencação de produto, bem como defnr os aspectos relaconados ao comérco ntra-ndústra. Além dsso, são caracterzadas as alternatvas de nserção nos mercados exterores, as característcas e defnções de canas de dstrbução, destacando as organzações partcpantes destes canas, as funções desempenhadas por eles, e estabelecendo hpóteses que rão relaconar as varáves. Para a consecução desta etapa fez-se necessáro a realzação de um levantamento do referencal teórco, com o apoo de um conjunto de bblografas dsponíves em lvros, artgos acadêmcos e stes especalzados, vsando dentfcar os dados e estudos exstentes relaconados ao tema. Sua prncpal vantagem resde no fato de permtr ao nvestgador a cobertura de uma gama de fenômenos muto mas ampla do que aquela que podera pesqusar dretamente, sto porque ela tem por objetvo conhecer as dferentes contrbuções centífcas dsponíves sobre determnado tema (GIL, 1999). A segunda etapa do estudo é explcatva, pos são nvestgadas as possíves relações de causa-efeto, observando as conseqüêncas de um fenômeno em amostras (RICHARDSON, 1999). São dscutdas, assm, as causas do fenômeno de ntegração dos canas de exportação nas empresas da regão sul. Complementando, ocorre a exposção das

14 14 evdêncas empírcas explcando o comérco ntra-ndústras dos setores produtvos brasleros, bem como o estabelecmento de um modelo empírco, que vsa explcar os determnantes do grau de ntegração destes canas. Para a execução desta etapa, o delneamento adotado será o estudo de caso, consstndo em um estudo empírco detalhado que nvestga um evento atual dentro do seu contexto de realdade, permtndo o seu conhecmento amplo e detalhado (YIN apud GIL, 1999) População de estudo O estudo caracterza-se por utlzar uma amostra ntenconal não-probablístca, na qual os sujetos foram escolhdos por determnados crtéros (RICHARDSON, 1999). A população de estudo são as empresas naconas exportadoras de médo e grande porte 1, que são localzadas nos Estados de Santa Catarna, Paraná e Ro Grande do Sul. Dentro deste unverso fo seleconada uma amostra composta por 60 empresas, escolhda através da relação de empresas exportadoras por estado federatvo, dsponblzada pela Secretara de Comérco Exteror (SECEX) do Mnstéro do Desenvolvmento, Indústra e Comérco Exteror (MDIC). Esta amostra fo seleconada de forma não aleatóra, consderando a dsponbldade de tempo dos responsáves nas empresas, a localzação e o setor econômco, confgurando um número sufcente de casos representatvos da população Técncas de coleta e tratamento de dados Prmeramente, em relação às evdêncas empírcas que explcam o comérco ntrandústras dos setores produtvos brasleros, a técnca de coleta de dados utlzada consstu em dados secundáros. Segundo Malhotra (2001), estes consstem nos dados que já foram coletados para objetvos que não os do problema em pauta. Para o estabelecmento dessas evdêncas empírcas, foram utlzados dados secundáros referentes ao comérco blateral dos dferentes setores produtvos brasleros, obtdos no ste de Análse das Informações de Comérco Exteror va Internet (Sstema ALICE Web), dsponblzados pelo SECEX/MDIC. 1 Adotando a classfcação do SEBRAE para porte de empresas, conforme o número de funconáros, tem-se que as empresas médas e grandes possuem, respectvamente, de 100 a 499 funconáros, e acma de 500 funconáros.

15 15 Já no contexto do estudo de caso, a coleta de dados fo realzada medante vstas às empresas seleconadas na amostra. Esta pesqusa de campo fo conduzda nos meses de feverero a mao deste ano, nas regões metropoltanas de Porto Alegre, Floranópols e Curtba, na regão serrana do Ro Grande do Sul, no nordeste de Santa Catarna e na regão de Itajaí. O nstrumento de pesqusa escolhdo consste na aplcação de questonáros 2 por contato dreto, sendo que a técnca adotada na mensuração das repostas fo a escala de Lkert (ou escalas somadas), tratando-se de uma escala de respostas gradatvas, atrbundo-se valores numércos, neste caso, de 1 a 7, para refletr a força e a dreção da reação do entrevstado à declaração. As expressões de concordânca recebem, então, valores altos, enquanto as declarações das quas dscordam recebem valores baxos (MATTAR, 2001). Por fm, do ponto de vsta da forma de abordagem do problema, o presente estudo é predomnantemente alcerçado em pesqusa quanttatva, pos, conforme Rchardson (1999), o método quanttatvo busca a precsão dos resultados, procura evtar dstorções de análse e nterpretação, emprega a quantfcação na coleta de nformações e utlza técncas estatístcas em seu tratamento. Desta manera, as técncas utlzadas para tratamento e análse dos dados consstrão em métodos estatístcos e econométrcos, utlzando-se de modelos de estmação e testes de dagnóstco, expostos mas detalhadamente na seção 4.2 deste estudo. Esta análse deverá permtr a resposta ao problema levantado e a confrmação ou refutação das hpóteses (GIL, 1999) Estrutura do trabalho Este trabalho é composto por cnco capítulos. Após esta breve ntrodução, que corresponde ao prmero capítulo, parte-se para o segundo capítulo, no qual serão analsadas as questões referentes à especalzação produtva no contexto do comérco nternaconal, com um enfoque prncpal sobre o modelo de concorrênca monopolístca que assume economas de escala e dferencação de produto, e sobre o comérco ntrandústra. No tercero capítulo tem-se a análse das alternatvas de nserção nos mercados exterores, além das característcas e defnções de canas de dstrbução, destacando as organzações partcpantes destes canas e as funções desempenhadas por eles. Após esta 2 O nstrumento de pesqusa utlzado consta no Anexo 1 deste estudo.

16 16 etapa, anda no capítulo 3, é realzado o levantamento das hpóteses relaconadas aos prncpas determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação. O quarto capítulo corresponde às evdêncas empírcas relaconadas ao comérco ntra-ndústra, com o cálculo dos índces de comérco ntra-ndústra para os setores produtvos brasleros; e ao modelo empírco dos determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação, sendo apresentados neste capítulo as hpóteses, as varáves do modelo, os resultados da estmação e os testes de dagnóstco utlzados. Por fm, no últmo capítulo, são apresentadas as conclusões fnas e as recomendações que são consderadas pertnentes com relação ao tema analsado.

17 2. DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO, COMÉRCIO INTRA-INDÚSTRIA E COMÉRCIO INTERNACIONAL A teora do comérco nternaconal, com dferencação de produto e a presença do comérco ntra-ndústra, fo amplamente desenvolvda pela lteratura em uma sére de estudos, nclundo aqueles de Krugman (1979, 1980, 1981), Helpman (1982), com um tratamento mas unfcado em Helpman e Krugman (1985). Estes estudos concetuam as economas compostas por setores ndustras caracterzados como de concorrênca monopolístca, em que as frmas produzem produtos dferencados sobre condções de retornos crescentes de escala. Este capítulo tem como objetvo realzar uma breve apresentação do modelo de concorrênca monopolístca, focando-se prncpalmente na análse das questões relatvas à dferencação do produto e ao comérco ntra-ndústra. A defnção destes aspectos é mportante para a construção dos capítulos seguntes, uma vez que servrão de base para o estabelecmento de algumas das hpóteses, e para elaboração e análse das evdêncas empírcas referentes aos determnantes da ntegração dos canas de exportação e ao comérco ntra-ndústra. O capítulo nca-se com uma breve vsualzação dos concetos de vantagens comparatvas e economas de escala 3. Em seguda, dscute-se o modelo de concorrênca monopolístca, com uma análse prncpalmente voltada para as descrções da característca de dferencação do produto. Por fm, apresenta-se o comérco ntra-ndústras e suas mplcações para o comérco nternaconal. O propósto do capítulo é, portanto, a dscussão desta prmera abordagem teórca que fundamenta o tema proposto permtndo uma análse adequada dos dados e o alcance dos objetvos estabelecdos. 2.1 Especalzação produtva e comérco nternaconal No que se refere à especalzação produtva, exstem duas razões pelas quas os países se especalzam e comercalzam entre s: prmero, devdo às vantagens comparatvas; e em segundo, pelas economas de escala. No prmero caso, os países possuem dferenças quanto aos seus recursos e às suas tecnologas, desta manera, 3 Como o objetvo deste estudo foca-se nas questões de dferencação do produto e do comérco ntrandústra, opta-se por expor brevemente as questões de vantagens comparatvas e de economas de escala, pos não stuam-se no escopo deste trabalho.

18 18 especalzam-se produtvamente nas atvdades que estes apresentam maor efcênca produtva. No caso das economas de escala, a especalzação produtva ocorre na medda em que, cada país tende a especalzar-se na produção de apenas uma varedade lmtada de bens, produzndo-os em escala maor e de modo mas efcente do que se cada país buscasse produzr toda a varedade de bens por s mesmo. (KRUGMAN; OBSTFELD, 2005). Neste sentdo, o prncípo das vantagens comparatvas basea-se nas dferenças entre custos de oportundades dos países e na hpótese de rendmentos constantes de escala, assumndo que, se os nsumos de uma determnada ndústra forem dobrados, a sua produção também rá dobrar. Deste modo, um país possu vantagens comparatvas na produção de um bem, quando o custo de oportundade da produção, em termos de outros bens, é menor que em outros países ou regões (KRUGMAN; OBSTFELD, 2005). As vantagens comparatvas apontam que, para dos países serem benefcados com o comérco nternaconal, não é necessáro que ambos tenham vantagens absolutas na produção de um produto, bastando apenas que os custos relatvos de produção entre esses dos países sejam dferentes. Deste modo, mesmo que um únco país possua vantagens absolutas na produção de todos os bens, anda é benéfco o comérco entre dos países, pos o determnante não é o custo absoluto de produção, mas a razão de produtvdade de cada país. Assm, os países rão concentrar sua produção naqueles produtos nos quas apresentam maor efcênca produtva, resultando em uma especalzação generalzada da produção e em ganhos mútuos decorrentes do lvre comérco, resultando em um rearranjo mutuamente benéfco da produção mundal (KRUGMAN; OBSTFELD, 2005). Conforme Krugman e Obstfeld (2005), ao contráro do prncípo das vantagens comparatvas, que assume rendmentos constantes de escala, na prátca, mutas ndústras são caracterzadas por possur rendmentos crescentes de escala. Em outras palavras, a produção torna-se mas efcente quanto maor for a escala na qual ela ocorre, ou seja, se os nsumos de uma determnada ndústra forem dobrados, a sua produção rá mas que dobrar. Pode-se argumentar anda que, as economas de escala são um ncentvo para os países se especalzarem e comercalzarem, mesmo havendo uma grande semelhança de recursos e tecnologa entre eles. Isto porque, os rendmentos crescentes de escala permtem que cada país concentre sua produção em uma varedade restrta de bens, produzndo-os em escala maor e de modo mas efcente do que se cada país buscasse produzr toda a varedade de bens por s mesmo. Há, portanto, ganhos adconas de comérco, pos a

19 19 varedade de produtos dsponíves em cada país não é comprometda, podendo a economa mundal produzr mas de cada bem (KRUGMAN, 1979). Entretanto, Helpman e Krugman (1985) afrmam que, o modelo de comérco nternaconal com rendmentos de escala crescente molda mercados, em sua maora, caracterstcamente de concorrênca mperfeta. Nesta perspectva, para analsar os efetos dos rendmentos crescentes de escala sobre a estrutura de mercado, os autores caracterzam dos tpos de economas de escala, classfcando-as segundo o tpo de aumento de produção necessáro para reduzr o custo médo, possundo dferentes mplcações para a estrutura de mercado. O prmero caso dz respeto às economas de escala externas, que ocorrem quando o custo por undade depende do tamanho da ndústra, e não obrgatoramente do tamanho de qualquer frma, o que sgnfca que não exstem vantagens para as empresas grandes. O resultado deste prmero caso é que uma ndústra com economas de escala puramente externas possurá a confguração de mutas frmas pequenas, com uma estrutura de mercado perfetamente compettva (HELPMAN; KRUGMAN, 1985). Já o segundo caso são as economas de escala nternas, estabelecendo que o custo por undade depende do tamanho de uma frma ndvdual, e não obrgatoramente de toda a ndústra. Isto sgnfca que, é gerada uma vantagem de custos por parte das grandes frmas, que são nconsstentes com o modelo de concorrênca perfeta. Deste modo, as economas de escala externas e nternas são causas mportantes do comérco nternaconal, mas devem ser tratadas separadamente pos, como fo observado, elas possuem dferentes mplcações para a estrutura de mercado (HELPMAN; KRUGMAN, 1985). Conforme estes autores, a estrutura de mercado predomnante não é a de um mercado em concorrênca perfeta, pos as ndústras de um modo geral não são perfetamente compettvas produzndo um produto homogêneo. Em verdade, as ndústras caracterzamse por apresentarem uma estrutura de mercado de concorrênca monopolístca, na qual váras frmas produzem produtos dferencados medante a presença de economas de escala nternas, que mpossblta os países produzr toda a varedade de produtos por s mesmo. É mportante ressaltar anda que, estas questões relatvas à especalzação produtva, as vantagens comparatvas e as economas de escala, são dos paradgmas não concorrentes, uma vez que um país pode apresentar especalzações produtvas dos dos gêneros.

20 Concorrênca monopolístca no âmbto do comérco nternaconal Segundo Krugman (1980), os modelos convenconas de comérco são ncapazes de explcar o atual padrão de comérco nternaconal, prncpalmente no que se refere ao ntenso comérco entre os países ndustralzados, e à prevalênca neste tpo de comérco de trocas blateras de produtos dferencados. Vsando superar os problemas de análse enfrentados pelos modelos clásscos, esse autor desenvolve um novo modelo de comérco, baseado em uma estrutura de mercado de concorrênca mperfeta com economas de escala nternas, e na possbldade de dferencação de produto por parte das frmas sem ncorrer em custos adconas. O modelo básco é dervado de trabalhos de Dxt e Stgltz (1977), e tem o seu equlíbro baseado nas contrbuções sobre o modelo de comérco em concorrênca monopolístca proposto por Chamberln (1933) 4. Com sso, apresenta-se um modelo que analsa e ncorpora estes elementos, procurando mostrar as causas do comérco entre economas com dotação de fatores smlares. O prncpal argumento subjacente a este modelo afrma que, quando duas nações possuem estruturas de mercado de concorrênca mperfeta e realzam trocas comercas, os rendmentos crescentes de escala promovem o comérco e ganhos de comérco, mesmo que estas economas tenham preferêncas e dotações de fatores semelhantes (HELPMAN; KRUGMAN, 1985). Dferentemente de um mercado perfetamente compettvo, onde há mutos compradores e vendedores e as frmas são tomadoras de preços, em uma estrutura de mercado caracterzada pela concorrênca mperfeta, as frmas podem nfluencar os preços de seus produtos e podem aumentar seu nível de vendas ao reduzrem o preço pratcado. Neste sentdo, o modelo de concorrênca mperfeta é característca tanto de ndústras com poucas e grandes frmas, quanto de setores ndustras que oferecem produtos altamente dferencados dos concorrentes. Segundo estes aspectos, as frmas serão consderadas formadoras de preços, pos estabelecem o preço de seus produtos (KRUGMAN; OBSTFELD, 2005). Dentro do modelo de concorrênca mperfeta, a estrutura de mercado mas recorrente na lteratura para explcar os efetos da estrutura de mercado sobre o comérco nternaconal é a de concorrênca monopolístca, uma estrutura mas complexa que a de 4 Neste caso, as empresas maxmzam lucros, possundo certo poder de monopólo, e exste a lvre entrada e saída de empresas, mas a entrada de novas frmas tende a reduzr os lucros de monopólo, de modo que, em equlíbro, os lucros tenderão sempre a zero.

21 21 monopólo puro 5, mas que utlza-se dos mesmos nstrumentos para descrever como os preços e quantdades são determnados. No modelo básco de concorrênca monopolístca apresentado por Helpman e Krugman (1985), supõe-se uma ndústra com dversas frmas produzndo bens dferencados (bens não exatamente guas, mas que são substtutos uns dos outros), e que cada frma está apta a dferencar seu produto dos seus concorrentes, garantndo certo poder de monopólo partcular sobre o seu produto. Uma segunda suposção mencona que cada frma rá gnorar o mpacto do seu preço sobre os preços dos seus rvas, assumndo que os preços pratcados por eles são dados. Deste modo, as frmas comportam-se como monopolstas, embora cada uma esteja enfrentando a concorrênca de outras frmas, pos a demanda por seu produto depende dos outros bens smlares dsponíves e dos preços dos seus concorrentes (HELPMAN; KRUGMAN, 1985). A demanda da frma assume que, quanto maor for a demanda pelos bens e quanto maores os preços cobrados pelas outras frmas, mas a frma rá vender 6. No sentdo nverso, quanto maor for o preço pratcado por esta frma e maor o número de frmas na ndústra, menos a frma rá vender. A demanda da frma consta na Equação (1) a segur: 1 Q = S b P n ( P ) em que Q representa o nível de vendas da frma, S representa as vendas totas no setor (representando uma medda do tamanho do mercado), n representa o número de frmas no setor, b trata-se de um parâmetro que mede a sensbldade da parcela de mercado de cada frma a seu preço, P trata-se do preço pratcado pela frma, e P representa o preço médo cobrado pelos seus rvas. Conforme a Equação (1), se todas as frmas pratcam preços guas, cada uma delas terá uma partcpação de mercado equvalente a (1) 1 / n. Uma frma que pratcar preços menores, aumentará sua partcpação de mercado. Por outro lado, uma frma que pratcar preços acma da méda, reduzrá sua partcpação de mercado 7. 5 Na prátca, stuações de monopólo puro são raras, pos frmas com lucros elevados usualmente atraem concorrentes. 6 Equação extraída de um modelo onde os consumdores têm preferêncas dstntas e as empresas produzem varedades para determnados segmentos do mercado. Para mas detalhes ver Krugman e Obstfeld (2005). Q = S / n S. b P P. Se 7 Segundo Krugman e Obstfeld (2005), a Equação (1) pode ser escrta como ( ) P = P, a equação pode então ser representada por Q = S / n. No caso de P > P então Q < S / n, por outro lado, se P < P então Q > S / n.

22 22 Para determnar o equlíbro de mercado deste modelo, prmero assume-se que todas as frmas do setor são smétrcas, ou seja, as funções de demanda e de custo são guas para todas as frmas, apesar de produzrem e venderem produtos dferencados. Neste caso, a análse é smplfcada, pos não é necessáro descrever os aspectos de cada frma para caracterzar o setor, bastando apenas determnar o número de frmas, representado por n, e o preço médo pratcado, representado por P. Para tanto, obtêm-se, em um prmero momento, a relação entre o número de frmas e o custo médo de uma frma normal, representada pela Equação (2) a segur, onde F é um custo fxo ndependente da produção, c é o custo margnal e Q é a produção de cada frma. Assm, o custo médo dependerá do tamanho do mercado e do número de frmas na ndústra, ndcando que, coeters parbus, quanto maor o número de frmas na ndústra, menos cada uma produzrá, e maor será o custo por undade de produção. F F CMe = + c = n. + c (2) Q S Em um segundo momento, é estabelecda a relação entre o número de frmas e o preço pratcado por elas, devendo ser dêntco a P em equlíbro. Como o preço pratcado também é nfluencado pelo número de frmas nesta ndústra, espera-se que, quanto maor o número de frmas, mas ntensa será a concorrênca, o que também reduz o preço pratcado. A Equação (3) demonstra a relação entre o número de frmas e o preço pratcado por elas, sgnfcando que quanto maor o número de frmas na ndústra, menor será o preço pratcado. 1 P = c + (3) ( b. n) O equlíbro de mercado do modelo é dado pela Fgura 1 a segur. As duas curvas do gráfco resumem a ndústra caracterzada pela concorrênca monopolístca, apontando a exstênca de duas relações que determnam o número de frmas em um mercado de concorrênca monopolstca e os preços que elas pratcam. A curva CC com nclnação postva representa a Equação (2), demonstrando que a relação entre o número de frmas na ndústra e o custo médo. Neste caso, quanto maor o número de frmas presentes na ndústra, menor será a produção de cada uma, e, portanto, maor torna-se o seu custo médo de produção. Já a curva PP com nclnação negatva representa a Equação (3), que estabelece a relação entre o número de frmas e o preço pratcado por cada uma. Então, quanto maor o número de frmas na ndústra, mas ntensa é a concorrênca entre elas, e menores serão os seus preços.

23 23 Fgura 1. Equlíbro em um mercado de concorrênca monopolístca Fonte: Krugman e Obstfeld (2005), p.134 Neste cenáro, observa-se que se o preço exceder o custo médo, novas frmas estarão entrando na ndústra, pos há obtenção de lucros. Por outro lado, se o preço não ultrapassa o custo médo, mutas frmas sarão da ndústra, pos estão ncorrendo em prejuízos. No longo prazo, o número de frmas é determnado então pela ntersecção da curva CC, que relacona o número de frmas na ndústra e o custo médo; com a curva PP, que estabelece a relação entre o número de frmas e o preço. O número de frmas tende a mover-se para n2, onde ponto E aponta o equlíbro de longo prazo da ndústra. Percebe-se assm que, o equlíbro desse modelo está dretamente lgado ao tamanho do mercado, pos um mercado grande comportará mas frmas, cada uma delas produzndo em uma escala maor, acarretando em custos médos menores do que em um mercado pequeno. Ademas, um aumento no tamanho do mercado permtra que cada frma, coeters parbus, produzsse mas obtendo custos médos menores, o que representa um deslocamento da curva CC para baxo, resultando em um aumento smultâneo do número de frmas e da varedade de produtos dsponíves, e em uma redução nos preços (HELPMAN; KRUGMAN; 1985). Relaconando estes resultados ao comérco nternaconal, destaca-se que nas ndústras com rendmentos crescentes de escala, a varedade e a escala dos bens que um país produz são lmtadas pelo tamanho do mercado. O comérco possblta então a quebra

24 24 destas restrções ao crar um mercado mundal que é maor do que qualquer mercado naconal nele nserdo, e consequentemente, melhora a opção entre escala e varedade que as nações ndvduas possuem, oferecendo uma oportundade de ganhos de bem-estar mesmo se alguns países sejam semelhantes em recursos ou tecnologa (KRUGMAN, 1979). Deste modo, cada nação pode especalzar-se na produção de uma varedade menor de produtos e comprar de outros países os bens que ele não produz, aumentando a varedade de bens dsponíves. Este fenômeno acontece, pos a ntegração dos mercados através do comérco nternaconal mplca em efetos semelhantes aos do aumento no tamanho do mercado de um únco país. Portanto, o modelo de concorrênca monopolístca é bastante útl para chegar a algumas conclusões mportantes sobre a questão das economas de escala no comérco nternaconal, pos captura elementos essencas dos mercados em que há rendmentos crescentes de escala e, consequentemente, concorrênca mperfeta (POMFRET, 1991). 2.3 A abordagem de Krugman para dferencação do produto Conforme afrmam Helpman e Krugman (1985), uma abordagem em partcular, relaconada ao modelo de comérco na presença de economas de escala, trata da questão de dferencação do produto, baseada no pressuposto de que as frmas em um mercado de concorrênca mperfeta estão aptas a dferencar os seus produtos. Nesta perspectva, há um número lmtado de produtos sendo produzdos, sendo estes substtutos mperfetos, cada um podendo ser dvdo em mutas varedades dferencadas (por exemplo, um mesmo produto sendo fabrcado em dferentes cores). Vsando esclarecer os prncípos desta abordagem, optou-se por expor as déas de Krugman (1980) para as questões de dferencação do produto, na medda em que sua abordagem sobre o tema é muto dfundda na lteratura. Em suas explanações sobre o tema, Krugman (1980) expõe como se dá a lógca de obtenção da curva de demanda da frma a partr da especfcação das preferêncas do consumdor por produtos dferencados. Com este objetvo, o autor supõe um determnado setor produtvo, onde assume a exstênca de um grande número de produtos potencas, todos entrando smetrcamente na demanda. Neste caso, o número de produtos efetvamente produzdos (n) é grande, apesar de tratar-se de um volume menor do que a gama de produtos potencas. Assume-se que todos os ndvíduos na economa possuem a

25 25 mesma função de utldade como descrta na Equação (4), onde produtos e θ representa a elastcdade da utldade margnal. U = c c é o consumo de θ 0 < θ < 1 (4) Na perspectva do consumo, a função de utldade de cada ndvíduo rá depender da varedade de produtos sendo consumdos, que é normalmente grande, pos os ndvíduos aprecam a varedade 8. Já na perspectva da produção, assume-se que exste somente um fator de produção, a mão-de-obra, e que todos os setores ndustras produzem dversos produtos com a mesma função de custo, representada na Equação (5) abaxo, onde l é a mão-de-obra utlzada para produzr produtos, α é o custo fxo da mão-de-obra necessáro para a produção, β snalza o custo margnal da mão-de-obra, e x representa o volume de bens produzdos, devendo ser gual à soma dos consumos ndvduas. l = α + β (5) x com α, β > 0 e = 1,..., n De acordo com esta função custo, cada frma requer a quantdade l de mão-de-obra para produzr x produtos. Ao assumr que a função custo é a mesma para todas as frmas, tem-se que os custos fxos e custos margnas são constantes, com o custo médo declnando em todos os níves de x. Se todos os ndvíduos forem consderados como trabalhadores, a produção deverá com sso ser gual ao consumo de um ndvíduo multplcado pela força de trabalho (Equação 6). x = Lc = 1,..., n (6) Krugman (1980) assume também o pleno emprego na economa, pos a dsponbldade de mão-de-obra é esgotada, uma vez que utlza-se a totaldade da força de trabalho na produção. O pleno emprego é representado pela Equação (7) abaxo: L = n = 1 ( α + β ) (7) Expondo prmeramente o equlíbro em uma economa fechada, o autor analsa o comportamento do consumdor, consderando que os ndvíduos maxmzam a sua função de utldade (Equação 4), escolhendo o seu consumo orçamentára, representada pela condção de prmera ordem abaxo: x c de acordo com a restrção 8 Helpman e Krugman (1985) utlzam o termo love of varety para expressar o desejo dos ndvíduos em consumrem uma varedade grande de produtos.

26 26 θc θ = λ 1 p = 1,..., n (8) onde p é o preço do produto, e λ é um multplcador de Lagrange que reflete o controle de orçamento, em outras palavras, representa a utldade margnal da renda. Conforme Krugman (1980), como todos os ndvíduos possuem um comportamento semelhante, pode-se substtur as Equações (6) e (8), resultando na função de demanda de cada frma dada pela Equação (9) a segur: p θ ( x L) 1 = θλ 1 = 1,..., n (9) Em um segundo momento, o autor analsa o comportamento das frmas em relação à maxmzação de lucros, consderando o número de frmas como dado. Como exste um grande número de bens sendo produzdos, a determnação do preço de uma frma tem um efeto pouco mportante na determnação do preço das outras, resultando em um efeto também reduzdo na utldade margnal da renda (λ). Neste caso, Krugman (1980) afrma que, a Equação (9) mplca que cada frma apresentará uma função de demanda com uma elastcdade equvalente a 1/(1- θ), e o preço que maxmzará os lucros é representado pela Equação (10): p = θ 1 βw = 1,..., n (10) onde w é a taxa dos saláros, podendo os preços e saláros ser defndos em termos de qualquer undade comum. O autor comenta anda que, como θ, β e w são guas para todas as frmas (neste sentdo, o autor trata do caso da frma típca), os preços são os mesmos para todos os bens, podendo consderar que representados então pela Equação (11) a segur: p = p. Os lucros da frma serão, assm, π = px { α + βx }w = 1,..., n (11) Com sso, pode-se determnar o número de frmas no equlíbro, assumndo a lvre entrada e saída de frmas do mercado. Conforme Krugman (1980), se os lucros da frma são postvos, novas frmas rão entrar no mercado, fazendo com que a utldade margnal da renda aumente e os lucros reduzam até zero. A produção por empresa é então determnada pela condção de lucro zero, que ao substtur as Equações (10) e (11), é representada pela Equação (12) que segue: ( p w β ) = αθ β ( θ ) x = α 1 = 1,..., n (12) Segundo o mesmo argumento de que θ, β e w são guas para todas as frmas, podese consderar que x = x. Krugman (1980) determna então o número de bens produzdos

27 27 ao usar o que ele denomna de condção de pleno emprego, unndo as Equações (7) e (12), resultando na equação abaxo: L L( 1 θ ) n = = (13) α + βx α O autor afrma que a razão pela qual é útl utlzar a abordagem de concorrênca mperfeta, deve-se ao fato de que o equlíbro do modelo é determnado em todos os aspectos essencas pela natureza especal da demanda. Com sso, duas empresas não vão querer produzr um mesmo bem, pos podem dferencar os seus produtos sem custos adconas, e porque todos os produtos entram smetrcamente na demanda. Ao mesmo tempo, se o número de bens produzdos é grande, o efeto do preço de um bem sobre a demanda de qualquer outro bem é pouco mportante. Este resultado mplca que cada frma pode gnorar o efeto de suas ações sobre o comportamento de outras empresas (KRUGMAN, 1980). Até este ponto, tem-se o equlíbro representado por uma únca economa, mas os efetos de comérco são faclmente ntroduzdos ao supor que dos países com preferêncas e dotação de fatores semelhantes comercalzem entre s, e com custos de transporte guas a zero. Esta suposção relacona-se dretamente com a presença de economas de escala, na qual cada bem será produzdo por somente um país, pela mesma razão que cada bem será produzdo por uma frma. Os ganhos de comérco acontecem então na medda em que o mercado mundal pode produzr uma varedade maor de produtos do que se cada país buscasse produzr toda a varedade de bens por s mesmo, oferecendo aos ndvíduos uma maor varedade de produtos. Portanto, em equlíbro, a quantdade de bens produzdos por cada país pode ser determnada pelas suas condções de pleno emprego (Equação 14), como ndcada a segur, onde L representa a mão-de-obra do prmero país, e L* do segundo, e n representa o número de bens produzdos pelo país local, e n* produzdos pelo país estrangero. 1 θ ) n = L( ; α * * (1 θ ) n = L (14) α Por fm, pode-se então resumr o argumento da dferencação do produto em uma lógca smples, onde um setor produtvo em uma estrutura de mercado de concorrênca monopolsta produz bens dferencados, supondo retornos crescentes de escala. Conforme esta perspectva, cada empresa va escolher uma varedade de produtos e seus preços de modo a maxmzar lucros, tendo como dada a varedade e estratéga de preços dos outros produtores da ndústra. Desta manera, cada empresa acaba produzndo varedades

28 28 dferentes de produtos. No caso da estrutura de demanda, verfca-se uma preferênca dos ndvíduos pela varedade, decorrente do love of varety dos ndvíduos, ou porque cada pessoa gosta de um determnado produto, mas dferentes pessoas rão preferr dferentes produtos. Dante dsto, para cada conjunto de países que produzem dferentes varedades de bens, pode-se esperar a presença de comérco ntra-ndústra, pos exste demanda para cada varedade de bens em ambos os países. Neste sentdo, a ntrodução desta justfcatva já esclarece alguns dos aspectos que serão expostos na seção a segur. 2.4 Comérco ntra-ndústra e o padrão de comérco nternaconal Os dversos modelos teórcos exstentes sobre comérco ntra-ndústra, como por exemplo, os de Krugman (1979, 1980, 1981), Lancaster (1980), Helpman (1981) e Bergstrand (1983) destacam a economa de escala e a dferencação dos produtos como os prncpas elementos na explcação do comérco ntra-ndústra. Contudo, antes de adentrar os argumentos subjacentes ao comérco ntra-ndústra, é necessáro esclarecer como os rendmentos crescentes de escala e as vantagens comparatvas nteragem para determnar o padrão de comérco nternaconal. Estas duas razões pelas quas os países especalzam-se e comercalzam entre s, analsadas nas seções anterores, geram oportundades de comercalzação que dão orgem a dos tpos de comérco: o nterndústras e o ntra-ndústras. O prmero tpo trata do comérco que troca os produtos de uma ndústra pelos produtos de outras, refletndo assm o prncípo das vantagens comparatvas. Já o segundo tpo sgnfca o comérco de duas vas em produtos dferencados dentro de uma ndústra, refletndo as economas de escala (KRUGMAN, 1981). A mportânca relatva destes dos tpos de comérco depende de quão smlares os países são, pos se as razões captal-trabalho são muto dferentes, cada país se especalzará na produção de bens de ndústras dferentes, sendo domnante o comérco nterndústras, baseado em vantagens comparatvas. Por outro lado, se dos países forem smlares nas razões captal-trabalho, suas frmas vão produzr produtos dferencados e a demanda dos consumdores por produtos produzdos de outros países contnuara a gerar o comérco ntra-ndústras, baseado nas economas de escala e na dferencação de produtos (KRUGMAN, 1981). Vsando exemplfcar estas afrmações, Krugman e Obstfeld (2005) sugerem um modelo de proporção de fatores com algumas modfcações. Prmero, supõe-se as

29 29 condções clásscas de que a economa mundal é formada por dos países, Local e o Estrangero, ambos possundo dos fatores de produção, captal e trabalho. Assume-se também que, os dos países possuem razões captal-trabalho dferentes, sendo o país Local abundante em captal e o Estrangero em mão-de-obra. Além dsso, sugere-se que exstem duas ndústras: a de manufatura, mas ntensva em captal; e a de almentos, mas ntensva em mão-de-obra. Supõe-se agora que a ndústra de manufaturas possu uma estrutura de mercado de concorrênca monopolístca, produzndo bens com economas de escala e dferencados. Ao assumr a presença de uma estrutura de concorrênca monopolístca na ndústra de manufaturas, na qual há rendmentos crescentes de escala e os produtos de cada frma são dferencados entre s, ocorre uma alteração mportante no padrão de comérco nternaconal. Como já menconado anterormente, devdo às economas de escala, o país Local não consegurá produzr toda a varedade de bens manufaturados por s mesmo, desta manera, o país Estrangero também produzrá alguns bens manufaturados. Os dos países produzrão produtos dferentes, entretanto, nada se sabe sobre qual país produzrá quas bens no setor de manufaturas (KRUGMAN; OBSTFELD, 2005). O resultado do modelo mostrará então que, apesar do país Local ser um exportador líqudo de bens manufaturados, ele também mportará bens manufaturados do país Estrangero. Isto permte conclur que o comérco se dará em maor volume na troca de manufaturas por manufaturas, ou seja, o comérco ntra-ndústras terá um papel relatvamente expressvo no comérco nternaconal, tendo a confguração apresentada abaxo pela Fgura 2. Fgura 2. O comérco com rendmentos crescentes e concorrênca monopolístca Fonte: Krugman e Obstfeld (2005), p.143

30 30 Nesta perspectva, o comérco ntra-ndústra será fonte de ganhos adconas para o comérco, prmeramente quando houver semelhança entre os países nas proporções de fatores como tecnologa, mão-de-obra e captal, sendo o tpo de comérco domnante entre países com nível de desenvolvmento semelhante. Uma segunda justfcatva é o caso da presença de economas de escala e dferencação de produto, tratando-se de uma característca mas marcante nos produtos mas sofstcados do que nas matéras-prmas ou produtos de ndústras mas tradconas (HELPMAN; KRUGMAN, 1985). Segundo estas déas, é possível afrmar que os setores ndustras com níves elevados de comérco ntra-ndústra tendem a ser setores como o químco, e de máqunas e equpamentos, além de outros setores que apresentem bens mas sofstcados. Já os setores ndustras com baxos níves de comérco ntra-ndústra são normalmente aqueles que produzem bens mas ntensvos em mão-de-obra, como é o caso do setor calçadsta, sendo localzados em países menos desenvolvdos onde a especalzação através das vantagens comparatvas é mas evdente. Aproxmadamente um quarto do comérco mundal caracterza-se pelo comérco de duas vas em produtos dferencados dentro de um setor produtvo. Uma das prncpas razões dsto deve-se à grande fata do comérco mundal ser decorrente do comérco entre os países avançados ndustralmente, que são muto smlares entre s na proporção de fatores tecnológcos, mão-de-obra e captal (KRUGMAN, 1981). Entretanto, o aumento crescente do comérco entre países com dferentes proporções de fatores, prncpalmente devdo à maor adoção de estratégas de subcontratação e outsourcng, produzu um tpo de comérco também classfcado como ntra-ndústra, mas com algumas sngulardades. Este é o caso do comérco ntra-ndústra que ocorre devdo às dferentes localzações das etapas produtvas de um setor, onde uma etapa que exge recursos mas sofstcados é feta em países mas desenvolvdos (o desenvolvmento de chps de computador, por exemplo), e as etapas mas smples como a montagem são realzadas em países menos desenvolvdos. Deste modo, como os bens ntermedáros são comercalzados em dferentes estágos de produção, os países partcpantes de qualquer etapa do processo de produção apresentarão níves de comérco ntra-ndústra. Krugman e Obstfeld (2005) destacam que, mesmo que este tpo de comérco seja na verdade determnado pelas vantagens comparatvas, ele pode ser denomnado como um comérco pseudontra-ndústra. Portanto, o comérco ntra-ndústra ganha destaque, pos resulta em ganhos adconas para o comérco nternaconal, sendo estes maores que os ganhos com as

31 31 vantagens comparatvas, permtndo que o aumento da varedade de bens dsponíves e a redução do número de produtos produzdos benefcem os países (KRUGMAN, 1981). Vsando mensurar os graus de comérco ntra-ndústra, alguns índces foram crados para estmar os níves e apontar a mportânca deste tpo de comérco nos setores produtvos. O índce mas utlzado na lteratura sobre este tema é o índce proposto por Grubel-Lloyd (1975), um dos estudos mas nfluentes na compreensão e mensuração do comérco ntra-ndustral, que será abordado posterormente na seção 4.1 deste estudo.

32 3. INTEGRAÇÃO DE CANAIS DE EXPORTAÇÃO O canal de exportação dz respeto ao conjunto de nsttuções e ndvíduos que estão dreta ou ndretamente relaconados ao processo de exportação, e que possuem o objetvo de dsponblzar produtos ou servços no mercado nternaconal. No âmbto desse grupo de atores do processo, nasce um conjunto de relações que possbltam o funconamento efetvo do canal. Contudo, para que esse funconamento seja efcente, a frma precsa conhecer bem as alternatvas de nserção nos mercados exterores, as organzações partcpantes destes canas e as funções desempenhadas por eles, a fm de optar pela alternatva que mas se adapta às necessdades da empresa. Neste sentdo, esse capítulo realza uma breve revsão tratando das alternatvas de nserção nos mercados exterores, e destacando as dferentes formas de acesso por parte das frmas aos mercados nternaconas. Ademas, são apresentadas as característcas e defnções de canas de dstrbução, evdencando as organzações partcpantes destes canas e as funções desempenhadas por eles. Na últma seção do capítulo são expostas as hpóteses para o modelo, propostas por Robles e Clarke (2008), que vsam dentfcar os prncpas determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação, sendo um ponto de partda para a construção do modelo empírco que será apresentado no capítulo segunte. 3.1 Alternatvas de acesso aos mercados exterores Exstem dferentes formas de acesso por parte das frmas aos mercados nternaconas, podendo ser dvddas em duas modaldades prncpas: o acesso por exportação e o acesso com produção no exteror. O prmero caso consste na estratéga de nserção nternaconal mas adotada pelas frmas, podendo ser do tpo dreta, cooperatva ou ndreta. A exportação dreta é realzada pela própra empresa, comercalzando seus produtos ou servços dretamente com os seus compradores. Já na exportação cooperatva, a comercalzação dos produtos ou servços ocorre por meo de agentes ou dstrbudores sedados no país de destno, frmando-se um contrato para comercalzá-los neste país. Na exportação ndreta, a empresa utlza-se de ntermedáros estabelecdos em seu própro país para comercalzar seus bens no exteror, podendo ser utlzada uma empresa de

33 33 admnstração de exportação, uma tradng, um representante ou agente de exportação externo à frma (KOTABE; HELSEN, 2000; BAÑEGIL; SOUSA, 2004). No caso do acesso aos mercados nternaconas com produção no exteror, este ocorre através de lcencamento, franchsng, alanças estratégcas, contratos de produção, jont ventures ou do estabelecmento de subsdáras. O lcencamento acontece quando se estabelece um contrato onde a empresa lcencadora concede os dretos da utlzação de seus atvos (como marcas regstradas, processos de produção, patentes e conhecmento tecnológco) à uma empresa estrangera lcencada, medante o pagamento de royaltes. O franchsng consste em um tpo de lcencamento, pos parte dos mesmos prncípos, estabelecendo o franqueador um contrato que concede ao franqueado o dreto de uso do conceto do negóco e a marca regstrada do produto/servço em contrapartda ao pagamento de royaltes. O lcencamento pode ser consderado uma forma de nserção nternaconal bastante rentável, pos envolve baxo rsco, requer um nvestmento mínmo, não moblza mutos recursos e possblta a expansão nternaconal de uma fórmula de negóco de sucesso (KOTABE; HELSEN, 2000; BAÑEGIL; SOUSA, 2004; PIPKIN, 2005). Conforme Kotabe e Helsen (2000), uma outra forma de acesso são as alanças estratégcas entre empresas que podem ocorrer de mutas maneras, ndo desde um acordo de lcencamento até a fusão de frmas, com o objetvo de nserr estas frmas no mercado nternaconal e gerar estratégas mutuamente benéfcas. Já no caso dos contratos de produção, ocorre a negocação com um fabrcante no país de destno para a produção local de componentes ou até mesmo do produto ntero. As jont ventures podem ser consderadas uma forma de contrato de produção, pos é estabelecda uma parcera entre frmas, tanto naconas como estrangeras, vsando compartlhar captal e outros recursos. O prncpal benefíco deste mecansmo é a redução de custos, maor controle sobre as operações e o baxo rsco para o retorno do captal nvestdo. Por fm, uma últma estratéga de nserção nternaconal consste no estabelecmento de subsdáras no exteror, sendo a estratéga mas agressva entre as apresentadas e também a menos utlzada pelas frmas brasleras. Neste caso, a frma pode mplantar subsdáras, por meo da aqusção de empresas exstentes no mercado-alvo ou através da mplantação de suas operações (dstrbução e/ou manufatura) partndo do zero, moblzando atvos no país de destno. A prncpal vantagem desta estratéga é o alto nível de controle sobre processos, suprmentos, decsões mercadológcas e decsões do negóco

34 34 em geral, além de representar uma mportante plataforma de exportação da frma para mercados próxmos ao país onde localza-se a subsdára (KOTABE; HELSEN, 2000). Percebe-se então que, a forma de nserção nos mercados nternaconas va varar de acordo com os graus de envolvmento adequados às estratégas de cada frma, escolhendo os níves de controle e envolvmento que melhor se encaxam às suas característcas (ANDERSON; GATIGNON, 1986; ERRAMILLI; RAO, 1993). Cada forma de nserção é desta manera assocada a um determnado nível de rsco de nvestmentos, comprometmento de recursos, controle e envolvmento (AGARWAL; RAMASWAMI, 1992). As alternatvas de acesso aos mercados estrangeros podem ser vsualzadas como um grau de proxmdade da frma ao mercado-alvo. Neste sentdo, o estabelecmento de subsdáras é o mas próxmo do mercado que uma frma pode estar, seguda pelas jont ventures, pelos contratos de produção e pelas alanças estratégcas. Em outra ponta, estão a exportação, o franchsng e a concessão de lcenças, com níves de envolvmento bem mas baxos (ERRAMILLI; RAO, 1993). As organzações dspõem, portanto, de um conjunto de estratégas de ngresso em mercados nternaconas. A decsão por uma ou outra estratéga de marketng nternaconal deve levar em conta algumas dmensões estratégcas, como: os recursos e as capacdades da empresa em termos admnstratvos, tecnológcos e de pessoal; as necessdades de nvestmento por parte da organzação; os rscos que a admnstração está preparada a assumr; e o grau de controle desejado sobre o processo (PIPKIN, 2005). 3.2 Os canas de dstrbução nternaconal Stern, El-Ansary e Coughlan (1996) afrmam que, os canas de dstrbução consstem em um conjunto de organzações nterdependentes envolvdas no processo de tornar o produto ou servço de uma frma dsponível para consumo ou uso. Para Buckln apud Stern, El-Ansary e Coughlan (1996), os canas possuem o papel de satsfazer a demanda por produtos e servços, realzando funções mercadológcas, como a convenênca espacal, descentralzando a oferta; reduzndo o tamanho dos lotes, o tempo de espera e o de entrega; e aumentando a varedade de produtos. São, portanto, meos de projetar, desenvolver e manter relaconamentos entre os seus partcpantes. Neves (2000) complementa afrmando que os canas de dstrbução, além de satsfazerem a demanda através da dsponbldade de produtos e servços no local, em

35 35 quantdade, qualdade e preço correto; possuem um papel mportante de confgurar uma rede orquestrada que cra valor aos consumdores, gerando as utldades de forma, posse, tempo e lugar. Uma prmera função desempenhada por um canal de dstrbução é a de fluxo físco de produtos e servços do fabrcante até o consumdor, sendo predomnante aqu a questão logístca, com atvdades prncpalmente lgadas à admnstração de estoques, transporte e provsão de servço técnco e manutenção. Uma segunda função dos canas trata do fluxo de comuncações, peddos e nformações, destacando a realzação de peddos de compra, negocação, a promoção de vendas, o fornecmento de nformações sobre característcas do produto, publcdade e propaganda, e lnhas de atendmento aos consumdores. Há também o fluxo fnancero e de rsco, no qual contemplam atvdades como as cobranças, a avalação de crédto sobre os compradores, fnancamentos, pagamentos, fornecmento de crédto e seguros. Uma últma função consste no fluxo de dreto de propredade, no qual este dreto sobre o produto va sendo transmtdo ao longo do canal, sendo assumdo por quase todos os ndvíduos que atuam no processo, exceto no caso dos agentes e representantes de exportação. É mportante destacar que, os fluxos físcos, de propredade e de comuncações percorrem um camnho no sentdo do níco ao fnal do canal de dstrbução. Já os fluxos de fnancero e de peddos e nformações percorrem o mesmo camnho, mas no sentdo nverso (NEVES, 2000). No caso dos canas de dstrbução nternaconal (ou canas de exportação), estes podem ser entenddos como um conjunto de nsttuções nteragentes por meo das quas ocorre o fluxo de produtos, desde o produtor no país exportador até os consumdores fnas nos mercados mportadores (PIPKIN, 2005). O que dstngue a análse dos canas de dstrbução naconas e os nternaconas é a complexdade presente nas varáves que nfluencam a escolha das atvdades relaconadas com a dstrbução no exteror, podendo mutas vezes serem decsvas na eleção do sstema de dstrbução (BAÑEGIL; SOUSA, 2004). Os estudos exstentes relatvos aos canas nternaconas de dstrbução, em sua maora, focam-se nos modos de entrada em mercados estrangeros (ANDERSON; COUGHLAN, 1987; KLEIN; FRAZIER; ROTH, 1990; AGARWAL; RAMASWAMI, 1992). Entretanto, os canas de dstrbução refletem, não somente os modos de entrada em mercados nternaconas, mas a resposta à necessdade de efcênca nos processos de troca, mnmzando as dscrepâncas e facltando processos (STERN; EL-ANSARY; COUGHLAN, 1996).

36 36 É mportante ressaltar também que, a concepção de canas de dstrbução nternaconal não pode ser confundda com a de corredores de exportação. Isto porque, os canas de exportação defnem uma relação comercal estruturada presente em um ambente econômco de demanda e oferta de produtos, onde os fluxos de transações aumentam ou dmnuem em função das les do mercado. Já os corredores de exportação são lgações meramente físcas, sendo defndas pelas rotas e modaldades de transporte, onde o fluxo de produtos é maor ou menor não somente conforme a demanda, mas também segundo a sua efcênca operaconal, boas condções de segurança, qualdade dos servços prestados e mnmzação dos custos logístcos. Um canal de exportação pode ser, portanto, composto por um ou mas corredores de transporte, dependendo da nfra-estrutura dsponível, localzação e característcas do produto (OLIVEIRA, 2007). Stern, El-Ansary e Coughlan (1996) afrmam que, a determnação da melhor estrutura para o canal de dstrbução dependerá de város fatores como as característcas do produto em questão e sua relação com os servços provdos pelo canal. Isto porque, quanto maor é o nível de servços exgdos pelo produto, maor será o número de ntermedáros. Deste modo, dependendo do número de agentes partcpantes do processo, tem-se o número de níves dos canas de dstrbução, podendo varar de um, quando se tem as vendas dretas, até cnco ou ses partcpantes para atngr o consumdor fnal. Dentre as organzações partcpantes dos canas de exportação estão as frmas produtoras, os compradores, as empresas transportadoras, empresas de estocagem, empresas de comuncação e marketng, nsttuções fnanceras, seguradoras, agêncas de certfcação e órgão governamentas de apoo à exportação ou órgãos de classe. Com exceção das frmas produtoras e os compradores, os outros agentes ntermedáros do fluxo de compra e venda dos produtos entre frmas e compradores podem ser denomnados de empresas facltadoras do canal de exportação, segundo as concepções de Rosembloon (1999) e Neves (2000), stuando-se no exo central do canal de exportação. Conforme estes autores, as empresas transportadoras são as que oferecem os servços logístcos de transporte, como é o caso das armadoras (transporte marítmo), empresas cargo aéreas e transportadoras rodováras ou ferrováras. Estas atuam com expressvas economas de escala, de modo que as empresas produtoras dfclmente atngram uma efcênca maor. As frmas de estocagem possuem estruturas e depóstos específcos para armazenagem dos produtos, varando conforme as característcas e necessdades de cada produto (por exemplo, refrgeração ou armazenagem a granel). As empresas de comuncação e marketng são aquelas que desenvolvem atvdades como campanhas de

37 37 comuncação, pesqusas de mercado, propagandas, promoções de vendas e relações públcas. As nsttuções fnanceras são representadas pelos bancos comercas e de fomento, e as agêncas fnanceras de um modo geral, que possuem os recursos e o conhecmento fnancero necessáros para facltar os fluxos fnanceros do canal. No caso das seguradoras, estas atuam na mnmzação de rscos exstentes nas atvdades do canal, como é o caso de catástrofes naturas, nadmplênca ou furto de cargas. Já as nsttuções de certfcação são as que emtem certfcados de procedênca e qualdade do produto exportado, conferndo credbldade às frmas produtoras. Por fm, um últmo agente consste nos órgãos governamentas de apoo à exportação ou assocações de classe, auxlando prncpalmente as pequenas e médas empresas com nformações de mercado e estratégas conjuntas de marketng (ROSEMBLOOM, 1999; NEVES, 2000). Portanto, Stern, El-Ansary e Coughlan (1996, p.19) afrmam que a estrutura do canal de dstrbução: é função do desejo dos membros do canal de atngr economas de escala relaconadas a cada um dos fluxos de marketng e da demanda dos consumdores por servços. Uma estrutura ótma é a que mnmza os custos totas do sstema (tanto comercas como os usuáros fnas) já que ajusta apropradamente o nível de servços. [..] Membros do canal tentam aumentar sua partcpação em cada fluxo com o objetvo de fornecer o melhor servço com o menor custo. [..] Estas mudanças envolvem um enorme esforço de coordenação e cooperação. [..] Esta é uma das razões de ser tão crítca a gestão de canas de dstrbução. A decsão dos canas de exportação é, então, nfluencada por dversos fatores, podendo ser dvddos em fatores nternos e externos. Os prmeros são aqueles lgados às característcas do produto e da empresa, já os fatores externos estão relaconados ao comportamento dos clentes, posconamento dos concorrentes e à atuação dos ntermedáros. Percebe-se então que, a estratéga de escolha dos canas de dstrbução consdera a análse de varáves como: as característcas do produto - as atrbuções físcas (peso, volume, dmensão, quantdade, apresentação e perecbldade) ou outras atrbuções como preço, magem, moda, sazonaldade e assstênca técnca; as característcas da empresa, como tamanho (sendo uma proxy 9 da extensão de seus mercados), experênca, competênca e grau de famlardade com o comérco nternaconal; as característcas dos consumdores, como número, hábtos de consumo e comportamento, dstrbução geográfca e renda; as característcas dos concorrentes, como o seu número e estratégas 9 Proxy representa uma varável tomada como medda aproxmada de uma outra varável para a qual não se têm nformações.

38 38 de dstrbução; por últmo, as característcas dos ntermedáros, dagnostcando as dstntas aptdões ao ldar com transporte, armazenagem, propaganda, negocação (PIPKIN, 2005). 3.3 A ntegração de canas de exportação Ao estudar os fatores decsvos que nfluencam as escolhas dos canas de exportação, deve-se analsar também o nível de ntegração desejado pela frma para o canal escolhdo. Segundo Robles e Clarke (2008), a ntegração de canas de exportação vara de acordo com o tpo e o tamanho da empresa, e de acordo também com o tpo de mercado, delmtados pelo nível de establdade e de sofstcação das estruturas nsttuconas, e pelo seu nível de desenvolvmento econômco. Consderando estas complexdades, não é raro encontrar estudos que apresentam resultados bastante dstntos em relação à confguração e ao desempenho dos canas de exportação. A escolha destes graus de ntegração pelas empresas tem sdo explcada em termos de economas de escala na produção e em vendas (KLEIN; FRAZIER; ROTH, 1990); de habldades organzaconas (AGARWAL; RAMASWAMI, 1992; AULAKH; KOTABE, 1997); de teoras baseadas no conhecmento da frma (KOGUT; ZANDER, 1992); de custos de transação (ANDERSON; GATIGNON, 1986; ANDERSON; COUGHLAN, 1987; AULAKH; KOTABE, 1997); de compettvdade estratégca (ANDERSON; COUGHLAN, 1987); e de vantagens de localzação (CAMPA; GUILLÉN, 1999). As frmas exportadoras utlzam uma grande varedade de confgurações de canas de exportação para alcançar o mercado nternaconal, podendo-se classfcar estas confgurações em três estratégas báscas de ntegração dos canas: os contratos de mercado, as parceras e a propredade exclusva (ANDERSON; GATIGNON, 1986; ANDERSON; COUGHLAN, 1987; KLEIN; FRAZIER; ROTH, 1990; RIALP; AXXIN; THATCH, 2002). Nesta perspectva, quando uma empresa deseja atuar em mercados estrangeros, pode escolher exportar por meo de um dstrbudor ou uma tradng, representando-a no mercado-alvo, por meo de contratos de mercado. Nesta confguração de canal de exportação, os níves de ntegração e rsco são relatvamente reduzdos, pos há um baxo comprometmento de recursos por parte da frma. Uma segunda confguração dz respeto ao estabelecmento de parceras, como a consttução de jont ventures ou alanças estratégcas, apresentando um nível ntermedáro de ntegração e rsco de seus canas, pos

39 39 o comprometmento de recursos é moderado. Uma tercera alternatva consste na obtenção de propredade exclusva do canal de exportação utlzado, tratando-se de exportações dretas aos clentes (consumdores fnas, atacadstas ou dstrbudores ndependentes) ou então ao possur subsdáras própras operando no mercado-alvo, atuando nas operações de dstrbução e/ou manufatura. Neste caso, o nível de ntegração de rsco é bem mas elevado, pos há um alto comprometmento de recursos por parte da frma exportadora (AGARWAL; RAMASWAMI, 1992; AULAKH; KOTABE, 1997; MERINO; SALAS, 2002). A prmera estratéga fornece um controle muto pequeno às frmas exportadoras, pos este é transferdo aos dstrbudores ndependentes ou às tradngs do mercado doméstco ou do exteror. Por outro lado, no caso das parceras, há uma dvsão do controle e dos rscos com outros membros do canal, como agentes, outras frmas exportadoras ou dstrbudores ndependentes. As alanças estratégcas, jont ventures e outros acordos contratuas são formas de parcera que especfcam as responsabldades e dretos de seus sgnatáros, selando um compromsso mútuo de efcênca, controle e de compartlhamento de rscos. Uma tercera estratéga de ntegração é a propredade exclusva, na qual os exportadores mantêm um alto grau de controle sobre as operações. A propredade exclusva pode ser mplementada ao estabelecer escrtóros de vendas e marketng, ou plantas produtvas, nos mercados de destno das exportações, obtendo maor poder de controle sobre o processo produtvo no exteror e das vendas até o clente fnal. Fca evdente, então, que a confguração escolhda oferece às frmas exportadoras um maor ou menor controle das atvdades e operações exportadoras, como demonstra o trade-off apresentando na Fgura 3 abaxo, nfluencando dretamente na efcáca da coordenação logístca, produtva, fnancera, de marketng e comuncações (ROBLES; CLARKE, 2008).

40 40 Fgura 3. Trade-off dos aspectos relaconados às estratégas de ntegração dos canas de exportação Fonte: Robles (2007) Vsando auxlar o estabelecmento das hpóteses, Robles e Clarke (2008) propõem a análse de quatro bases teórcas, fundamentando os crtéros que nfluencam na ntegração dos canas de exportação. A prmera base dz respeto à teora dos custos de transação que, conforme Wllamson apud Robles e Clarke (2008), postula que as empresas devem efetuar nternamente as atvdades que são capazes de executar de forma mas efcente que os ntermedáros externos à frma, mnmzando os custos de transação, nfluencados pela especfcdade dos atvos, pelo nível de ncerteza e pela freqüênca e volume destas transações. Um segundo aspecto mportante nesta argumentação é a teora da agênca, que explca o dlema da exposção ao rsco entre frmas exportadoras e agentes. Estes rscos são orgnados em custos de dos tpos: os custos de pesqusa, para aqusção de nformações sobre potencas ntermedáros, tendo o caráter ex-ante; e os custos de assmetra de nformações, devdo ao comportamento oportunsta de dstrbudores seleconados, que podem reter nformações ou não cumprr as obrgações contratuas gerando custos de acompanhamento e/ou de execução, tendo o caráter ex-post (ROBLES; CLARKE, 2008). Os exportadores deverão então escolher a confguração de um canal que procure mnmzar o número de transações relaconadas à exportação e os custos dos agentes (PENG, YORK, 2001). Já a teora baseada em recursos argumenta que os exportadores esperam manter o controle sobre os recursos mas mportantes estrategcamente para a frma. Desta manera, com um maor controle sobre estes recursos estratégcos, pode-se concentrar na exploração

41 41 de seus atvos raros, nmtáves e com valor, a fm de consegur êxto na atvdade exportadora (PENG; ILINITCH, 1998). Uma últma abordagem teórca consste na teora dos processos de nternaconalzação, que defende um aumento gradual do empenho de recursos e de exposção a rscos por parte das empresas, enfatzando que, com a experênca nos mercados nternaconas, as empresas vão aprendendo a adaptar e a gerr melhor as ncertezas do ambente. Assm, conforme Johanssen e Vahlne (1977), a estratéga de ntegração dos canas deverá progredr ao longo do tempo em um comprometmento gradual dos recursos da frma, pos devdo ao processo de aprendzagem, as operações tendem a ser cada vez mas controladas pela frma. 3.4 Os determnantes da ntegração de canas de exportação A partr desta análse focada em custos, rsco, controle e recursos, Robles e Clarke (2008) propõem um modelo de determnantes de ntegração dos canas de exportação, concentrando suas argumentações em quatro aspectos: a especfcdade de atvos, as competêncas das frmas exportadoras, a ncerteza e a smlardade dos mercados. Baseado nestes quatro pontos, o autor constró as hpóteses apresentadas a segur. A prmera hpótese do modelo, construída a partr das teoras de custos de transação, teora da agênca e da teora baseada em recursos, postula que, quanto maor for o grau de especfcdade dos atvos de uma frma, maor torna-se o grau de ntegração do canal de exportação. Os atvos específcos, como equpamentos, processos e rotnas nternas própras das empresas, consttuem competêncas nternas que permtem as frmas alcançarem a efcênca e melhorar o seu desempenho. Estes atvos podem ser dvddos em duas categoras: os físcos, como armazéns, entrepostos e centros de dstrbução; e os humanos, que ncluem, por exemplo, os trenamentos técncos e de vendas. A aqusção de atvos customzados representa um nvestmento consderável por parte da frma, tendo como objetvo prncpal de apoar os canas de dstrbução, ocorrendo, por exemplo, no desenvolvmento de atvdades especalzadas de marketng, logístca, sstemas de gestão ou de novos produtos para clentes ou mercados específcos (ROBLES; CLARKE, 2008) Robles e Clarke (2008) comentam então que, quanto mas uma atvdade torna-se específca para a empresa, maor é a utlzação de rotnas e lnguagens específcas e, portanto, mas efcente é a sua governança nterna. A nternalzação destas competêncas

42 42 contrbu, então, tanto para o desempenho, como para a efcênca da governança, sendo um efeto partcularmente mportante em organzações complexas, onde a utlzação de processos e rotnas nternas faclta a transferênca e adaptação de atvos e de conhecmentos crítcos para tarefas específcas. Além dsso, conforme Agarwal e Ramaswam (1992) e Campa e Gullén (1999), as empresas com atvos ntangíves tendem a adotar um grau mas elevado de controle gerencal sobre as atvdades exportadoras, pos desejam evtar que ntermedáros aproprem-se dos ganhos extras obtdos por seus atvos ntangíves. Complementando, Kogut e Zander (1992) argumentam que a forma mas efcente de transferênca de competêncas nternas específcas de uma frma ao longo do seu canal ocorre através do controle total de subsdáras. Contudo, é mportante ressaltar que uma empresa, ao consderar mplantar esses atvos em colaboração com outras frmas nos mercados nternaconas, deve estar preocupada com os rscos de má adaptação e de oportunsmo. Assm, quanto mas específcos são os atvos, maores são os custos de transação, pos a governança partlhada, ao mnmzar os rscos, exge uma estrutura de governança com altos níves de controle, supervsão e acompanhamento (WILLIAMSON apud ROBLES; CLARKE, 2008). Estudos empírcos propostos por Anderson e Coughlan (1987), Kogut e Zander (1992), e Campa e Gullén (1999) relatam estas evdêncas da relação postva exstente entre a especfcdade de atvos e a ntegração de canas de exportação. Uma segunda hpótese do modelo proposto por Robles e Clarke (2008) está lgada às competêncas das frmas exportadoras, postulando que, quanto mas táctos são os atvos estratégcos de uma frma, maor será o grau de ntegração do seu canal de exportação. Teece, Psano e Shuen (1997) explcam que, a replcabldade de atvos envolve transferr ou redstrbur recursos organzaconas estratégcos de um membro do canal para outro. A frma, que possu conhecmentos e capacdades organzaconas táctos possu atvos que são mas dfíces de reproduzr, prncpalmente devdo à sua complexdade (POLANYI apud ROBLES; CLARKE, 2008). Consequentemente, a opção de transferênca depende da codfcação deste conhecmento, no sentdo de estruturá-lo em um conjunto de regras e relações mas explíctas e compreensíves (KOGUT; ZANDER, 1992). Esta necessdade de codfcação dos recursos estratégcos, vsando facltar sua comuncação, causa mpactos negatvos sobre os custos de transação. Portanto, segundo a teora baseada em recursos, quanto mas mplíctos e ntangíves são os atvos e competêncas estratégcos de uma frma, mas dfícl torna-se sua cópa e substtução, e

43 43 maores são os seus custos de transação. Deste modo, maor é a vantagem de controle e ntegração de seus canas de exportação (AKHTER; ROBLES, 2006; ROBLES; CLARKE, 2008). Estudos empírcos como o de Kogut e Zander (1992), constatam essas evdêncas da relação postva exstente entre atvos táctos e a ntegração de canas de exportação. Na tercera hpótese, Robles e Clarke (2008) referem-se aos níves de ncerteza, tanto do ambente, como do comportamento dos ndvíduos, sugerndo que, quanto maor é o grau de ncerteza percebdo, menor tende a ser o grau de ntegração dos canas de exportação. Os níves de ncerteza de orgem nterna são caracterzados como ncertezas comportamentas (WILLIAMSON apud ROBLES; CLARKE, 2008) ou como nternas ou endógenas (FOLTA, 1998). Em uma colaboração, tas ncertezas resultam de comportamentos oportunstas dos dferentes ndvíduos ou da ncapacdade das empresas de prever as ntenções e comportamentos dos parceros. As frmas fcam, então, sujetas ao oportunsmo, quando estas dependem de decsões compartlhadas com outras frmas ou ndvíduos (WILLIAMSON apud ROBLES; CLARKE, 2008). Embora tenham sdo realzados progressos na redução comportamentos oportunstas através de acordos contratuas ou através da construção de confança, a percepção da ncerteza nterna contnua a ser uma mportante consderação na escolha do grau de ntegração, pos as frmas anda são ncapazes de escolher parceros confáves e efcazes, e de avalar em profunddade a qualdade e o grau de contrbução dos parceros no acordo. Nessas condções, as empresas estão menos propensos a colaborar, mantendo um nível baxo de ntegração dos seus canas quando as ncertezas nternas são elevadas (AKHTER; ROBLES, 2006; ROBLES; CLARKE, 2008). Já os níves de ncerteza dentfcados como de orgem externa à frma, referem-se às mudanças decorrentes de fatores ambentas externos, que são exógenos e, em grande medda, ncapazes de serem alterados por ações soladas das frmas, mas que mpactam suas decsões. Estas alterações no ambente externo resultam, por exemplo, do desenvolvmento de novas tecnologas, de mudanças no padrão de concorrênca, de novas regulamentações e de outros fatores externos que transformam as condções em que as decsões são tomadas (FOLTA, 1998). Em relação aos fatores ambentas externos, Werner, Brouthers e Brouthers (1996), baseados nos estudos de Mller (1992), apresentam um conjunto de cnco ndcadores de ncerteza ambental, como as ncertezas macroeconômcas, polítcas/ governamentas, de oferta, de mercado, e compettva. Segundo Mller (1992), a ncerteza macroeconômca

44 44 trata-se da mprevsbldade das flutuações nas atvdades econômcas e preços em uma determnada economa, tendo um grande mpacto no desempenho das exportações e no rsco destas operações. Para gerr os rscos de mudanças nesperadas no ambente macroeconômco, as empresas preferem manter um grau de flexbldade estratégca, facltando os ajustes operaconas de efcênca e o realnhamento das dferentes atvdades do canal. Quando a ncerteza macroeconômca é elevada, as empresas não desejam comprometer recursos, estando mas propensas a colaborar nos mercados nternaconas, pos a flexbldade tornase mportante na mnmzação dos rscos (SUTCLIFFE; ZAHEER, 1998). No caso das ncertezas polítcas e governamentas, estas resultam de alterações mprevstas no ambente polítco e de regulamentação, como mudanças súbtas nas regulamentações, nas barreras comercas, na capacdade de transferênca de bens ou lucros, ou na rescsão unlateral de contratos, decorrentes da complexdade do ambente polítco, das assmetras de nformação ou de opnões dvergentes entre os gestores envolvdos em decsões de nvestmentos nternaconas (MILLER, 1992; AKHTER; ROBLES, 2006). Quanto às ncertezas de oferta, pode-se argumentar que, com a expansão da adoção de meddas lgadas ao supply chan (cadeas de abastecmento) por parte das frmas, revelou-se uma preferênca crescente pela tercerzação e por meddas de outsourcng (FAWCETT; MAGNAN, 2002). Este aumento do poder de conectvdade em relação aos fornecedores, que gerou maor efcênca e capacdade de resposta das cadeas de abastecmento à demanda e à volatldade dos custos, fez com as empresas aumentassem seus esforços de colaboração para gerr ncertezas. Deste modo, as frmas tornam-se mas propensas a adotar a flexblzação, através de acordos de colaboração (AKHTER; ROBLES, 2006; ROBLES; CLARKE, 2008). Conforme Mller (1992), as ncertezas de mercado ou de produto referem-se ás mudanças nesperadas na demanda dos consumdores, na dsponbldade de produtos complementares, ou na presença de produtos substtutos que podem mpactar negatvamente na demanda de produtos e servços da empresa no mercado-alvo. Estas ncertezas de demanda lançam claramente uma dúvda sobre o futuro dos fluxos de recetas e de nvestmentos da frma, e fazem com que as empresas optem por mas flexbldade estratégca, procurando uma posção que melhore a sua capacdade de respostas ao mercado.

45 45 Um últmo ndcador de ncerteza ambental trata dos aspectos relatvos à concorrênca, referndo-se à mprevsbldade no futuro da concorrênca no mercado-alvo (MILLER, 1992). Conforme Ahmed et al. (2002), as empresas escolhem uma determnada estratéga de ntegração de acordo com as suas percepções de ncerteza da concorrênca no país de destno. Nesse sentdo, quanto maor a volatldade da concorrênca, decorrentes de característcas estruturas do setor (como a baxa concentração da ndústra e a presença de poucas barreras à entrada) e das prátcas dos agentes do mercado, maor é a necessdade de partlha de rscos entre as empresas, evtando-se potencas perdas por meo da colaboração com os parceros locas ou concorrentes (HARRIGAN apud ROBLES; CLARKE, 2008). Ao dscutr estes dferentes aspectos da ncerteza, percebe-se um resultado comum para todos, que reforça a hpótese apresentada, de que exste uma relação negatva entre as ncertezas (tanto nternas, quanto externas à frma) e a ntegração de canas de exportação. Estudos empírcos como os de Sutclffe e Zaheer (1998) e Fawcett e Magnan (2002) fundamentam esta questão. Na quarta hpótese, Robles e Clarke (2008) comentam sobre a semelhança dos mercados, postulando que, quanto maor for a semelhança entre o país local e o país de destno, maor tende a ser o grau de ntegração dos canas de exportação. Este grau semelhança dos mercados pode ser entenddo como a proxmdade percebda em relação ao ambente cultural, tecnológco, polítco e econômco entre o país onde a frma está stuada e o país de destno. Nesta perspectva, quanto maores forem as semelhanças entre estes países, maor será a capacdade da frma em operar de forma efcente no mercado estrangero, possbltando os exportadores, portanto, utlzar canas de exportação mas ntegrados dependendo menos dos ntermedáros para a sua atuação no mercado-alvo (KLEIN; FRAZIER; ROTH, 1990). Em relação a esta hpótese dscutda os estudos empírcos, como os de Erramll e Rao (1993), constatam a exstênca de uma relação postva entre as semelhanças dos mercados e a ntegração de canas de exportação. A qunta hpótese do modelo dz respeto à relação entre ntegração e desempenho, postulando que, o grau de ntegração dos canas de exportação é postvamente relaconado ao desempenho das frmas exportadoras. Conforme Madsen apud Robles e Clarke (2008), o mpacto da estratéga de ntegração do canal e do desempenho da exportação é dfícl de prever. Dante desta constatação, Robles e Clarke (2008) afrmam que os estudos sobre o tema contêm resultados dvergentes quanto ao mpacto da estratéga do canal sobre o desempenho na

46 46 exportação. Segundo o autor, a prncpal lmtação dos estudos atuas sobre as exportações trata-se da comparação somente entre dstrbudores dretos e ndretos, falhando ao concetuar a ntegração de canas de exportação como um conjunto de opções, que vão de baxa a alta ntegração. Aulakh e Kotabe (1997) apresentam o únco estudo que aborda este conjunto de opções, mas que defendem que a utlzação de um determnado canal não explca os resultados de exportação. Contudo, Robles e Clarke (2008) comentam que alguns aspectos da estratéga de ntegração dos canas de exportação podem ser consderados como dretamente relaconados ao desempenho da exportação. Conforme Madsen apud Robles e Clarke (2008) a relação estratégca de contatos e as tomadas de decsão em conjunto com parceros têm um efeto postvo sobre o desempenho. Além dsso, exstem evdêncas em estudos como os de Chrstensen, da Rocha e Gertner (1987); Koh (1991); e Lee e Grffth (2004), constatando que canas dretos conduzem a um melhor desempenho devdo a um maor acesso à nformação e à alta capacdade de adaptação às mudanças do mercado. Com base nestas evdêncas, Robles e Clarke (2008) consderam que a exportação dreta acarreta em um melhor desempenho que as exportações ndretas. Sntetzando o exposto, Robles e Clarke (2008) apresentam um quadro resumo, representado pela Fgura 4 abaxo, que demonstra as relações exstentes entre os quatro determnantes propostos pelo autor, a ntegração dos canas de exportação e o seu desempenho. Fgura 4. Os determnantes da ntegração dos canas de exportação e de seu desempenho Fonte: Robles (2008)

47 47 Contrbundo com o modelo formulado por Robles e Clarke (2008), propõe-se aqu a construção de duas hpóteses adconas ao modelo que versam sobre as questões do tamanho da frma, da estrutura de mercado e da dferencação de produto. A sexta hpótese está relaconada ao tamanho da frma e a estrutura de mercado na qual está nserda. Nesta perspectva, postula-se que, quanto maor o tamanho da frma e quanto menos compettva é a estrutura de mercado onde a frma comercalza o seu produto, maor é o grau de ntegração dos canas nos mercados estrangeros. A justfcatva subjacente a esta hpótese basea-se prncpalmente na exstênca de economas de escala, podendo-se argumentar que a estrutura de concorrênca monopolístca trata-se do caso típco das frmas exportadoras. Em outras palavras, em relação às empresas exportadoras, a exstênca de um pequeno número de produtores é o caso mas freqüente, não somente devdo à dmnução do custo médo de produção no longo prazo, mas também devdo às economas da escala nas atvdades de dstrbução e de marketng nternaconal. Mutos autores tem consderado o tamanho da frma como a melhor proxy das capacdades organzaconas, tendo um efeto postvo sobre a tendênca de se possur um canal de exportação própro, uma vez que as grandes empresas são as que tem mas capacdade de empenhar recursos nos mercados estrangeros e são mas capazes de mpedr a fuga de conhecmentos estratégcos do que as frmas menores (AGARWAL; RAMASWAMI, 1992; CAMPA; GUILLÉN, 1999). Tal como Agarwal e Ramaswam (1992) assnalam, dado que a nternalzação dos canas de exportação exge um alto nvestmento, as frmas menores tendem a utlzar alanças comercas no lugar das estratégas de canas de dstrbução nternaconal própros. Isto acontece, pos somente as grandes organzações têm os recursos necessáros para suportar os rscos e os elevados custos fxos em novos mercados (LAMBKIN apud AULAKH; KOTABE, 1997). Ademas, o tamanho da frma pode aumentar a probabldade de possur canas própros de exportações, não somente porque as grandes empresas têm mas capacdades organzaconas, mas também porque as grandes empresas têm maor volume de exportações e são mas capazes de usufrur das vantagens decorrentes das economas escala (MERINO; SALAS, 2002). Por últmo, pode-se também argumentar que o ambente empresaral onde a frma opera nfluenca a decsão de ntegrar os canas de exportações. Para um determnado

48 48 tamanho da frma, quanto mas fortes são os lnks de cooperação entre as empresas, seus fornecedores, clentes, e também com nsttuções de apoo (como as assocações empresaras e nsttuções de capactação técnca), maor tende a ser a ntegração dos canas de dstrbução nternaconal. A sétma hpótese refere-se ao grau de dferencação do produto, expressando que, as frmas que fabrcam produtos dferencados são mas propensas a nternalzar seus canas de dstrbução nternaconal. Em outras palavras, quanto maor o grau de dferencação do produto de determnada frma, maor tende a ser o grau de ntegração dos seus canas de exportação. Alguns estudos específcos da ndústra em países avançados fornecem suporte empírco para este argumento de que a dferencação de produto está postvamente lgada à ntegração dos canas de exportação. Entre eles estão os estudos de Anderson e Coughlan (1987); Klen, Frazer e Roth (1990); Agarwal e Ramaswam (1992); Erramll e Rao (1993); Aulakh e Kotabe (1997); e Campa e Gullén (1999). De acordo com Campa e Gullén (1999), a natureza do produto venddo pela empresa no mercado externo é um fator relevante para medr os custos e os benefícos da ntegração dos canas de exportação. Isto é, os benefícos da ntegração dos canas de exportações são maores de acordo com o aumento da necessdade da empresa de adaptar o produto ao clente ou, em geral, às característcas da demanda do mercado-alvo. A dferencação do produto pode ser uma estratéga atva da frma, quando esta conqusta a demanda no mercado estrangero ao vender um produto sem semelhantes no mercado, ou então pode ser smplesmente uma exgênca a ser cumprda para que a empresa acesse um mercado específco. Em ambos os casos, a dferencação muto provavelmente rá aumentar os custos da frma (custos assocados ao montoramento da dstrbução e com os servços pós-venda). Neste sentdo, em condções de forte ncerteza, de raconaldade lmtada, e dada a natureza dferencada do produto exportado, estes custos podem tornar-se tão elevados que, nternalzar suas atvdades de dstrbução nternaconal, torna a frma capaz de reduzr sufcentemente os custos de transação a ponto de compensar o aumento dos custos de produção. Em outras palavras, a empresa rá organzar suas atvdades de exportação de modo a mnmzar seus custos de produção e de transação (CAMPA; GUILLÉN, 1999). Para Aulakh e Kotabe (1997), a relação entre dferencação do produto e a ntegração dos canas de exportação basea-se no prncípo de que essa natureza de produtos exge maores esforços de sensblzação dos consumdores, devdo suas característcas, e

49 49 juntamente com elevados requermentos de servços adconas como os de pós-venda. Para estes autores, estes requstos mplcam que as atvdades de dstrbução nternaconal devem ser realzadas nternamente, uma vez que os canas ntegrados fornecem a frma um maor controle sobre as funções necessáras do canal. Pode-se também argumentar que exste uma relação entre a dferencação do produto e o nível de atvos ntangíves. As empresas com um elevado nível de atvos ntangíves tendem a fabrcar produtos mas dferencados, que são susceptíves a gerar rendas sgnfcatvas e, por sso, afetam a decsão da frma de ntegrar os seus canas de dstrbução nternaconal. Além dsso, mesmo quando dferencação não é uma estratéga, mas uma característca ntrínseca do bem, os produtos dferencados geralmente levam à margens de lucros brutas superores, estando as empresas mas dspostas a nvestr nos custos fxos de ntegração do canal. Espera-se, portanto, que estes produtos tendem a estar assocados com um maor grau de ntegração dos canas do que produtos pouco dferencados. Por fm, a análse das hpóteses propostas por Robles e Clarke (2008), em conjunto com a construção de duas hpóteses adconas ao modelo, permte estabelecer um grupo de varáves relaconadas aos determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação, representando um ponto de partda para a construção do modelo empírco apresentado no capítulo segunte.

50 4. EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS Este capítulo é composto pelas evdêncas empírcas relaconadas à mensuração do comérco ntra-ndústra e aos determnantes da ntegração de canas de exportação. Em uma prmera seção, é realzada uma breve revsão concetual e metodológca para o cálculo dos índces de comérco ntra-ndústra. Anda nesta mesma seção, são expostas as evdêncas empírcas do comérco ntra-ndústra para todos os setores produtvos da economa braslera. Em uma segunda seção é elaborado um modelo empírco dos determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação, conforme menconado no objetvo geral da pesqusa. Ademas, apresenta-se nesta parte as especfcações do modelo adotado para estmação, apresentando as hpóteses do modelo, a descrção das varáves escolhdas, bem como os testes de dagnóstco utlzados para a sua avalação. Por fm, é exposta a análse dos resultados econométrcos obtdos pela estmação do modelo proposto Evdêncas do comérco ntra-ndústra Como observado na seção 2.4 deste estudo, o comérco ntra-ndústra consste na exportação e mportação de produtos de um mesmo segmento ndustral entre dos países ou grupo de países, podendo gerar ganhos adconas de comérco, quando há semelhança nas proporções de fatores dos países (tecnologa, mão-de-obra e captal), e no caso da presença de economas de escala e de dferencação do produto (KRUGMAN, OBSTFELD; 2005). Nesta perspectva, argumenta-se que os setores ndustras com níves mas elevados de comérco ntra-ndústra tendem a ser aqueles ntensvos em captal e que apresentam bens com maor valor agregado. No caso dos setores produtvos com baxos níves de comérco ntra-ndústra, estes tendem a ser mas ntensvos em mão-de-obra e produzrem bens mas padronzados. Vsando mensurar os graus de comérco ntra-ndústra, alguns índces foram crados para estmar os níves e apontar a mportânca deste tpo de comérco nos setores produtvos, como os índces de Aquno (1978) e Bergstrand (1983). No entanto, o índce mas dfunddo é o proposto por Grubel-Lloyd (1975), que aponta a razão entre o comérco ntra-ndústras e o comérco total, apresentando a vantagem de ser um dos índces mas

51 51 utlzados a nível nternaconal, permtndo assm comparações entre países (HIDALGO, 1990). Os estudos de Grubel e Lloyd (1975) despertaram grande nteresse pelo comérco ntra-ndústra, prncpalmente pelas evdêncas de elevados níves de comérco de produtos dentro de uma mesma ndústra, que era apresentada nos últmos anos pelos países com um nível semelhante de dotação de fatores, evdencando falhas nos modelos tradconas de comérco nternaconal. Juntamente com este aumento evdente do comérco ntra-ndústra, concdu o processo de ntegração econômca dos países da Europa Ocdental, corroborando os argumentos de ganhos adconas de comérco decorrentes do comérco ntra-ndústra. Conforme Krugman e Obstfeld (2005), com o estabelecmento de uma área de lvre comérco dos bens manufaturados, a Comundade Econômca Européa (CEE), em 1957, houve um crescmento acelerado do comérco entre estes países, aumentando duas vezes mas rapdamente que o comérco mundal durante os anos 60. A prncípo esperava-se que este crescmento acelerado causasse séros problemas socas e polítcos. Entretanto, o que se verfcou fo a presença marcante do comérco ntra-ndústras (por exemplo, carros franceses e alemães eram mportados e exportados entre estes dos países), resultando em ganhos expressvos de comérco com a crescente efcênca da ndústra européa ntegrada. Nesta perspectva, os ganhos trazdos pelo comérco ntra-ndústra são gerados pelas conseqüêncas subjacentes a estrutura de mercado de concorrênca mperfeta com rendmentos crescentes de escala e dferencação do produto, uma vez que os países não consegurão produzr toda a varedade de bens dferencados por s mesmo, mas ao mesmo tempo não querem abrr mão do consumo de uma grande varedade de produtos Consderações metodológcas Conforme Grubel e Lloyd (1975, p. 20), o comérco ntra-ndústra é defndo como o valor das exportações de uma ndústra que é exatamente compensado por mportações da mesma ndústra. A medda de ntensdade deste comérco dentro de cada setor produtvo da ndústra braslera fo calculada através do índce proposto por Grubel e Lloyd (1975), que é dado pela Equação (15) representada abaxo: CII X M = 1 onde 0 1 ( X + M ) CII e = 1,..., n (15)

52 52 onde X e M representam, respectvamente, o valor das exportações e mportações na ndústra, e a expressão X M sgnfca o valor absoluto da balança comercal. O valor do índce que mede o comérco ntra-ndústra (CII) pode varar no ntervalo entre zero e um, sendo que os valores próxmos de um representam o comérco ntra-ndústra, e os valores próxmos de zero, o comérco nterndústras. Autores como Pomfret (1991) e Vasconcelos (2003) ressaltam, entretanto, que a comparação e a nterpretação dos índces de comérco ntra-ndústra requerem um pouco de cautela, pos estas análses dependem muto do nível de agregação dos dados escolhdos. Conforme Pomfret (1991), as controvérsas sobre a mportânca do problema da agregação estão concentradas em dos pontos prncpas: a defnção de ndústras e quanto o comérco ntra-ndústra é substancal. Neste sentdo, quando se trabalha com nformações muto agregadas de comérco (como ao nível de um dígto), pode ocorrer um problema de classfcação com dferentes tpos de bens e servços sendo agrupados no mesmo setor, apresentando um índce sobreestmado que ndcará que todo o comérco caracterza-se como ntra-ndustral. Por outro lado, quando se trabalha com nformações muto desagregadas, o índce evdencara uma subestmação, podendo ocorrer a separação de produtos que pertencem a uma mesma ndústra (VASCONCELOS, 2003). Portanto, em estudos como os de Grubel e Lloyd (1975), observa-se que o mas ndcado é o emprego de um nível de agregação a três dígtos do Standard Internatonal Trade Classfcaton (SITC) 10, pos correspondem mas precsamente ao que é normalmente denomnado de ndústras, apesar de reconhecerem esta como sendo uma questão subjetva. Para o cálculo do ndcador descrto, utlzou-se as nformações coletadas dos valores totas das exportações e mportações por setor produtvo, bem como os fluxos de comérco blateras por setor produtvo do Brasl com a Unão Européa, Argentna e Estados Undos, todos obtdos no sstema ALICE Web junto à SECEX/MDIC. Estes valores estão agregados em capítulos (códgos a dos dígtos) do Sstema Harmonzado (SH). Foram consderados 95 capítulos dos 98 capítulos dsponíves, sendo estes englobados em 22 setores produtvos 11, ou seja, cada setor produtvo engloba um ou mas capítulos do SH. 10 Devdo à ndsponbldade do nível de agregação a três dígtos no sstema Alce Web, optou-se por adotar um nível de agregação a dos dígtos, que em sua maora corresponde de fato à percepção comum de ndústra. 11 Os capítulos 67 (penas, penugens, flores artfcas e cabelo humano), 96 (mercadoras e produtos dversos) e 99 (transações especas) não foram englobados no estudo, pos abrangem produtos muto heterogêneos,

53 53 Estas nformações do fluxo de comérco dos dferentes setores produtvos brasleros referem-se ao período de 1999 a Neste caso, como os índces osclam bastante de um ano para outro em um grande número de produtos, optou-se por agrupar os dados em trênos, vsando facltar a dentfcação das tendêncas no conjunto da sére hstórca 12. Conforme os estudos de Olvera (1986) e Vasconcelos (2003), que consderam a representatvdade dos índces em pelo menos um dos trênos, as característcas dos seus produtos e o desenvolvmento produtvo do país, pode-se classfcar os índces obtdos em três grupos: baxa ntegração, ntegração ntermedára e elevada ntegração. Estão classfcados como de baxa ntegração os que apresentam índces até 0,40, ou seja, até 40% do seu comérco é ntra-ndustral; o ntermedáro, com índces entre 0,40 e 0,70, sto é, com comérco ntra-ndústra entre 40 e 70% e os de alta ntegração, com índces de comérco ntra-ndústra acma de 70% (OLIVEIRA, 1986; VASCONCELOS, 2003) Evdêncas empírcas de comérco ntra-ndústra para os setores produtvos brasleros Estudos empírcos como os de Olvera (1986); Lerda (1988); Hdalgo (1993a, 1993b, 1996); Vasconcelos (2001, 2003); Campos (2004); Maa, Rodrgues e Slva (2005); e Campos, Hdalgo e Da Mata (2007), procuraram verfcar, além de outros aspectos, a confguração do comérco ntra-ndústra especfcamente para a economa braslera. Através da mensuração do índce de Grubel e Lloyd, estes autores analsam o comérco ntra-ndústra para a economa braslera em dferentes períodos, obtendo resultados em comum que evdencam uma tendênca crescente dos índces de comérco ntra-ndústra nas últmas décadas, notadamente no caso de produtos manufaturados que possuem níves mas elevados de ntensdade tecnológca. Como justfcatva desta tendênca, apresenta-se a expansão e transformação estrutural da ndústra braslera, com uma perceptível mudança qualtatva e de dversfcação da demanda de bens e servços naconas e mportados decorrentes da abertura comercal braslera. Isto revela que a mudança estrutural da ndústra braslera nos anos 90 fo acompanhada por uma modfcação nos padrões de comérco braslero, alterando a representatvdade dos dferentes produtos mportados e exportados e, ao não podendo ser consderados como um setor ndustral; ou, no caso do capítulo 67, por possur um volume de comérco muto pequeno e rregular. 12 Os dados brutos de comérco por setor produtvo no período estão dsponíves para aprecação no Anexo 2 deste estudo.

54 54 mesmo tempo, amplando o número de parceros de comérco (CAMPOS, HIDALGO, DA MATA, 2007). No presente estudo, as evdêncas empírcas do índce de comérco ntra-ndústra para a economa braslera (total e blateral para Unão Européa, Argentna e Estados Undos) foram calculadas com base na Equação (15). Os resultados encontram-se na Tabela 1 a segur, que mostra a evolução do índce de Grubel-Lloyd (1975) de comérco ntra-ndústra dos setores produtvos no período de 1999 a 2007 por trênos. Tabela 1. Evolução do índce de Grubel-Lloyd (1975) de comérco ntra-ndústra total e blateral, por setores produtvos Capítulos do SH 01 a 05 Setor produtvo Trêno BR UE BR ARG BR EUA Total Anmas vvos e produtos do reno anmal 06 a 14 Produtos do reno vegetal a 24 Gorduras, óleos e ceras anmas e vegetas Produtos almentícos, bebdas e fumos 25 a 27 Produtos mneras 28 a a a 43 Produtos da ndústra químca e conexas Plástcos, borracha e suas obras Peles, couros, peleteras e suas obras 44 a 46 Madera, cortça e suas obras 47 a 49 Pasta de madera, papel e suas obras 50 a 63 Matéras têxtes e suas obras 64 a a 70 Calçados, chapéus e outros acessóros Produtos de pedra, cerâmca, vdro e suas obras ,188 0,547 0,425 0, ,082 0,506 0,239 0, ,084 0,446 0,395 0, ,091 0,127 0,291 0, ,086 0,103 0,416 0, ,063 0,119 0,163 0, ,805 0,146 0,415 0, ,749 0,132 0,323 0, ,583 0,184 0,565 0, ,144 0,788 0,219 0, ,096 0,885 0,140 0, ,119 0,859 0,107 0, ,445 0,299 0,734 0, ,341 0,330 0,452 0, ,215 0,674 0,667 0, ,285 0,821 0,356 0, ,348 0,830 0,389 0, ,390 0,796 0,443 0, ,400 0,835 0,527 0, ,504 0,890 0,637 0, ,610 0,881 0,653 0, ,099 0,179 0,116 0, ,112 0,206 0,095 0, ,134 0,271 0,050 0, ,070 0,661 0,021 0, ,031 0,605 0,012 0, ,030 0,712 0,010 0, ,623 0,596 0,779 0, ,459 0,672 0,512 0, ,483 0,587 0,538 0, ,865 0,828 0,860 0, ,810 0,637 0,531 0, ,882 0,462 0,535 0, ,080 0,073 0,004 0, ,050 0,036 0,006 0, ,040 0,016 0,004 0, ,930 0,215 0,565 0, ,980 0,290 0,278 0, ,985 0,200 0,252 0,493

55 ,755 0,140 0,134 0,520 Pérolas naturas, pedras e ,523 0,202 0,049 0,408 metas precosos ,824 0,378 0,037 0, ,789 0,451 0,500 0, a 83 Metas comuns e suas obras ,753 0,632 0,341 0, ,717 0,370 0,316 0, a ,311 0,545 0,547 0,548 Máqunas, aparelhos e ,520 0,635 0,853 0,724 materal elétrco ,557 0,296 0,896 0, ,835 0,858 0,420 0, a 89 Materal de transporte ,657 0,635 0,287 0, ,916 0,714 0,571 0, a ,242 0,782 0,416 0,378 Instrumentos e aparelhos ,198 0,938 0,342 0,326 centífcos ,223 0,791 0,250 0, ,381 0,129 0,105 0,711 Armas, munções, suas partes ,462 0,125 0,099 0,098 e acessóros ,370 0,186 0,061 0,120 Mobláro, lumnação, ,662 0,203 0,612 0, placas e edfícos ,465 0,461 0,241 0,329 pré-fabrcados ,514 0,119 0,439 0, ,231 0,337 0,813 0,431 Brnquedos, jogos e artgos ,761 0,335 0,600 0,608 esportvos Objetos de arte, de coleção e antgudades ,761 0,324 0,790 0, ,553 0,399 0,847 0, ,797 0,352 0,574 0, ,641 0,695 0,358 0,693 Fonte: Sstema ALICE (MDIC/SECEX) dados brutos. Elaboração própra. Como pode ser observado na Tabela 1, entre os setores consderados de baxa ntegração ntra-ndustral encontram-se os produtos de orgem anmal e vegetal; as ndústras de óleos, gorduras e ceras; de almentos, bebdas e fumo; de peles e couros; de madera e cortça; e de calçados e acessóros. Com sso, constata-se, embora que parcalmente, que os setores produtvos com baxos níves de comérco ntra-ndústra tendem a ser aqueles mas ntensvos em mão-de-obra e produzrem bens com baxa ntensdade tecnológca. Entretanto, deve-se destacar alguns resultados controversos que contraram esta premssa. Este é o caso dos índces blateras de comérco ntra-ndustral Brasl-Argentna para o setor de almentos, bebdas e fumo; e para o setor de madera, cortça e suas obras. Ao contráro dos outros índces calculados para estes setores, no caso do comérco blateral com a Argentna, detectou-se um grau de ntegração ntra-ndustral relatvamente elevado. Justfcando estes resultados, Pomfret (1991) afrma que, o comérco ntra-ndústra de setores com produtos homogêneos e de baxa ntensdade tecnológca ocorre prncpalmente devdo ao comérco de frontera ( border trade ), relaconados a custos de transporte elevados; aos problemas de sazonaldade, lgado aos altos custos de

56 56 armazenagem (como é o caso de frutas e vegetas com safras em meses dferentes em dferentes partes do mundo); e a ntermedação do consumo, no caso de nações que atuam como pontos ntermedáros de trocas. Além dsso, corroborando com estes resultados, Pomfret (1991) destaca que, países próxmos têm seu comérco blateral em sua maor parte concentrados na forma de comérco ntra-ndústra, e a redução das barreras de comérco tende a aumentar a partcpação do comérco ntra-ndústra no volume total de comérco destes dos países. Anda em relação aos setores que apresentaram baxa ntegração ntra-ndustral, chama atenção a baxa ntegração ntra-ndustral do setor de nstrumentos e aparelhos centífcos (com exceção dos índces blateras Brasl-Argentna, que podem estar sob nfluênca de parceras e acordos específcos de cooperação), que trata-se de um setor anda pouco desenvolvdo no país, dexando evdente a predomnânca do comérco nterndústras, determnado a partr do prncípo de vantagens comparatvas. Além dsso, destaca-se a expressva redução do índce de Grubel-Lloyd para o setor de armas e munções. Neste caso, a grande redução dos índces é resultado do aumento das restrções brasleras à mportação de armas e munções, decorrente de meddas de combate à volênca. Entre as ndústras que apresentaram índces ntermedáros de ntegração ntrandustral encontram-se a ndústra químca, de papel e celulose, cerâmca, metalurga, materal de transporte e movelera. Nos índces ntermedáros apresentados, chama a atenção prncpalmente os ndcadores do setor de produtos de pedra, cerâmca e vdro, pos os índces blateras de Brasl-Argentna e de Brasl-Estados Undos revelam uma baxa ntegração, já os ndcadores Brasl-Unão Européa demonstram um nível de comérco ntra-ndústra elevado. Portanto, pode-se afrmar que, o comérco ntra-ndustral entre Brasl e Unão Européa tem grande partcpação nos índces totas de comérco ntrandústra deste setor. Além dsso, entre as ndústras que apresentaram índces ntermedáros de comérco ntra-ndústra, deve-se ressaltar que três destes setores fguram entre os maores volumes de comérco da pauta braslera no ano de 2007 (materal de transporte, ndústra químca e metalurga representam respectvamente o tercero, quarto e qunto lugar no volume de comérco). No grupo classfcado como de alta ntegração ntra-ndustral stuam-se setores com os de produtos de orgem mneral (com destaque para os refnados de petróleo); os plástcos, borrachas e suas obras; os têxtes; e máqunas, aparelhos e materal elétrco. Estes representam em sua maora aqueles setores que possuem níves elevados de

57 57 ntensdade tecnológca. Neste sentdo, pode-se afrmar que, estes setores estão mas próxmos do comérco ntra-ndústra, também porque as oportundades de dferencação são muto maores nestas atvdades do que nos setores prmáros da economa. Ademas, estes setores estão entre os mas representatvos no volume de comérco braslero (o setor de máqunas, aparelhos e materal elétrco; e os de produtos mneras representam, respectvamente, o prmero e segundo lugar no volume de comérco no ano de 2007). Portanto, constata-se que os setores com maor partcpação no volume de comérco apresentam índces de comérco ntra-ndústra relatvamente elevados, o que demonstra a mportânca do comérco ntra-ndustral nas exportações e mportações brasleras. Ao reforçar o argumento exposto no níco deste capítulo, de que os níves mas elevados de comérco ntra-ndústra tendem a concentrar-se naqueles setores com níves mas altos de ntensdade tecnológca, torna-se necessáro comparar os ndcadores de comérco ntra-ndústra e as ntensdades tecnológcas dos setores. Com esta análse busca-se constatar se estas explcações apresentadas para o comérco ntra-ndústra são consstentes com as evdêncas empírcas que serão apresentadas mas adante. Contudo, antes de segur com a análse comparatva dos níves de comérco ntrandustral e da ntensdade tecnológca, é necessáro estabelecer uma classfcação dos setores produtvos conforme a sua ntensdade tecnológca. Neste caso, os setores ndustras podem ser dvddos em quatros grupos prncpas de ntensdade tecnológca: alta ntensdade tecnológca, méda-alta ntensdade tecnológca, méda-baxa ntensdade tecnológca e baxa ntensdade tecnológca 13. No grupo de alta ntensdade tecnológca estão nserdos setores como a ndústra químca e conexas (SH 28 a 38), e de nstrumentos e aparelhos centífcos (SH 90 a 92). O grupo de méda-alta ntensdade tecnológca é composto pelas máqunas, aparelhos e materal elétrco (SH 84 a 85); e pelos materas de transporte (SH 86 a 89). O grupo de méda-baxa ntensdade tecnológca abrange os produtos mneras (SH 25 a 27); os plástcos, borracha e suas obras (SH 39 a 40); as obras de pedra, cerâmca e vdro (SH 68 a 70); os metas comuns e suas obras (SH 72 a 83); e o setor de armas, munções, suas partes e acessóros (SH 93). Já no grupo de baxa ntensdade tecnológca estão presentes setores como os de anmas vvos e produtos do reno anmal (SH 01 a 05); produtos do reno vegetal (SH 06 a 14); gorduras, óleos e ceras anmas e vegetas (SH 15); produtos 13 Conforme classfcação dos setores ndustras por ntensdade tecnológca da OCDE (medda pela ntensdade de P&D). Para mas detalhes, consultar OECD (2007).

58 58 almentícos, bebdas e fumos (SH 16 a 24); peles, couros, peletera e suas obras (SH 41 a 43); madera, cortça e suas obras (SH 44 a 46); pasta de madera, papel e suas obras (SH 47 a 49); matéras têxtes e suas obras (50 a 63); calçados, chapéus e outros acessóros (SH 64 a 66); pérolas naturas, pedras e metas precosos (SH 71); mobláro, lumnação, snas, edfícos pré-fabrcados (SH 94); brnquedos, jogos e artgos esportvos (SH 95); e objetos de arte, de coleção e antgudades (SH 97). A análse comparatva dos níves de comérco ntra-ndustral e da ntensdade tecnológca dos setores produtvos é demonstrada na Fgura 5 abaxo. Os índces de comérco ntra-ndústra dos setores produtvos (dentfcados pelos capítulos do SH) estão em ordem crescente e correspondem ao trêno Além dsso, para uma melhor vsualzação, atrbu-se notas para os respectvos níves de ntensdade tecnológca (1 para baxa ntensdade tecnológca; 2 para méda-baxa ntensdade tecnológca; 3 para médaalta ntensdade tecnológca; e 4 para alta ntensdade tecnológca). 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 44 a a a a a a a Comérco ntra-ndústra 47 a a 70 Intensdade tecnológca 72 a a a a a a a 27 Fgura 5. Relação entre comérco ntra-ndústra e a ntensdade tecnológca, por setor produtvo Fonte: Elaboração própra A Fgura 5 permte realzar uma análse da relação do comérco ntra-ndústra e a ntensdade tecnológca: nas colunas do lado dreto fguram os setores que possuem índces de comérco ntra-ndústra mas elevados, notando-se a concentração de setores produtvos com um nível mas elevado de ntensdade tecnológca. Esta análse permte constatar os argumentos de que os setores ndustras com níves mas elevados de comérco ntra-ndústra tendem a ser aqueles mas ntensvos em captal e que apresentam bens com maor valor agregado, e no caso dos setores produtvos com níves mas baxos

59 59 de comérco ntra-ndústra, são aqueles mas ntensvos em mão-de-obra e que produzem bens mas homogêneos. Por fm, cabe anda ressaltar que esta análse da relação entre comérco ntrandústra e a ntensdade tecnológca permte também estabelecer possíves relações entre o comérco ntra-ndústra e a ntegração de canas de exportação. Pode-se argumentar, com base na fundamentação teórca, que aqueles setores com índces mas elevados de comérco ntra-ndustral são mas propensos a adotar a estratéga de ntegração de canas exportação, pos possuem bens com alta ntensdade tecnológca, portanto, com mas oportundades de dferencação do produto Evdêncas da ntegração de canas de exportação Para o estabelecmento de um modelo empírco que analsa os determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação, utlzou-se o método de estudo de caso, pos nvestga-se um evento atual dentro do seu contexto de realdade, permtndo o seu conhecmento amplo e detalhado (YIN apud GIL,1999). Como já menconado na seção 1.3, que descreve a metodologa adotada neste estudo, a amostra seleconada para o estudo de caso é composta por 60 empresas naconas exportadoras de médo e grande porte de dferentes setores produtvos, exclusvamente localzadas nos Estados de Santa Catarna, Paraná e Ro Grande do Sul. Dentre as empresas seleconadas, 30 empresas são consderadas de médo porte, possundo de 100 a 499 funconáros, e 30 são de grande porte, tendo acma de 500 funconáros, segundo os crtéros estabelecdos pelo SEBRAE. A coleta dos dados 14 fo realzada medante a aplcação de questonáros por contato dreto, por meo de vstas às empresas seleconadas, conduzdas nos meses de feverero a mao deste ano, nas regões metropoltanas de Porto Alegre, Floranópols e Curtba, na regão serrana do Ro Grande do Sul, no nordeste de Santa Catarna e na regão de Itajaí. Como observado na Fgura 6 a segur, a amostra de 60 empresas é formada por 26 empresas localzadas no Ro Grande do Sul, 21 em Santa Catarna e 13 no Paraná. Mas adante, a Tabela 2 descreve a composção da amostra segundo os setores produtvos. 14 Os dados utlzados nesta análse empírca são dados de corte do tpo cross-secton.

60 60 Fgura 6. Descrção da amostra por regões. Fonte: Elaboração própra Tabela 2. Descrção da amostra por setor produtvo Setor produtvo Número de empresas Máqunas, aparelhos e materal elétrco 12 Materal de transporte 10 Produtos almentícos, bebdas e fumos 6 Matéras têxtes e suas obras 6 Produtos da ndústra químca e conexas 5 Metas comuns e suas obras 4 Mobláro, lumnação, placas e edfícos pré-fabrcados 3 Plástcos, borrachas e suas obras 2 Madera, cortça e suas obras 2 Pasta de madera, papel e suas obras 2 Calçados, chapéus e outros acessóros 2 Produtos de pedra, cerâmca, vdro e suas obras 2 Anmas vvos e produtos do reno anmal 1 Produtos do reno vegetal 1 Peles, couros, peleteras e suas obras 1 Armas, munções, suas partes e acessóros 1 Total 60 Fonte: Elaboração própra.

61 61 Fo constatado que, em méda, as frmas da amostra possuem uma experênca exportadora de 21 anos, exportando em méda para aproxmadamente 20 países, com uma partcpação percentual méda das exportações sobre o faturamento de 30%. Constatou-se também que 35% do total das frmas pesqusadas possuem algum tpo de atvo no exteror, como escrtóros, centros de dstrbução ou undades produtvas própras. Além dsso, verfcou-se que as estratégas de dstrbução mas freqüentes adotadas pelas frmas pesqusadas são a exportação através de dstrbudor no país de destno (sendo consderada muto mportante por 43% das frmas) e as vendas dretas a clentes (consderada muto mportante por 38% das frmas). Em termos de cooperação, revelou-se que a cooperação vertcal (entre a frma e seus fornecedores e clentes) é um aspecto mportante para 43% da amostra. A Tabela 3 abaxo apresenta os resultados descrtvos para varável de dferencação do produto, podendo-se constatar que a estratéga de dferencação por meo da qualdade é mas mportante entre os crtéros de dferencação. Tabela 3. Grau de dferencação dos produtos Crtéro Qualdade do produto (durabldade, resstênca, e outras característcas físcas do produto) Pouco Dferencado Muto Dferencado Total de empresas Estratégas de marca (nclusve prvate label) Assstênca técnca, garanta e/ou pós-venda Logístca, pontualdade e facldade de acesso ao produto Desgn do produto e embalagem Especfcdade e adaptação do produto conforme característcas de demanda Fonte: Elaboração própra Com a reunão das nformações destes 60 questonáros, acerca dos canas de exportação e estratégas adotadas pelas empresas pesqusadas, bem como de outras nformações que contemplam as hpóteses propostas, é possível construr um modelo empírco que estuda os determnantes de escolha dos canas de exportação. As especfcações e os resultados de sua estmação estão descrtos na seção a segur.

62 Especfcações do modelo Antes de realzar a análse dos determnantes de ntegração dos canas de exportação, é mportante menconar a perspectva de estudo e o quadro referencal a ser utlzado na análse. Nesta perspectva, a exposção das hpóteses realzada no capítulo 3 é essencal para compor o modelo, na medda em que capta os fatores especfcamente relaconados à ntegração de canas de exportação. De acordo com o modelo teórco exposto no capítulo 3, cnco hpóteses foram propostas por Robles e Clarke (2008) para o modelo dos determnantes de canas de exportação, lgadas ao grau de especfcdade dos atvos de uma frma, capacdade de reprodução de seus atvos estratégcos, níves de ncerteza do ambente e do comportamento dos ndvíduos, grau de semelhança dos mercados e desempenho das frmas exportadoras. Além dsso, duas hpóteses adconas foram construídas e dzem respeto ao tamanho da frma e ao grau de dferencação de produto. Neste aspecto, o modelo empírco proposto neste estudo tem o foco especalmente voltado para as hpóteses de tamanho da frma e do grau de dferencação do produto, que seguem: Hpótese 6. Quanto maor o tamanho da frma e quanto menos compettva é a estrutura de mercado onde atua, maor tende a ser o grau de ntegração dos canas nos mercados estrangeros. Os argumentos que sustentam esta hpótese partem da premssa de exstênca de economas de escala, decorrentes de estruturas de mercado caracterzadas como de concorrênca monopolístca. O tamanho da frma pode aumentar a probabldade desta de possur canas própros de exportações, não somente devdo ao fato das grandes empresas possuírem mas capacdades organzaconas, mas também porque as grandes empresas têm maor volume de exportações e são mas capazes de usufrur das vantagens decorrentes das economas escala (MERINO; SALAS, 2002). Ademas, para um determnado tamanho da frma, quanto mas fortes são as relações de cooperação entre as empresas, fornecedores, clentes, nsttuções de apoo, maor tende a ser a nternalzação dos canas de dstrbução nternaconal. Hpótese 7. Quanto maor o grau de dferencação do produto de uma frma, maor tende a ser o grau de ntegração dos seus canas de exportação. A justfcatva subjacente a esta hpótese estabelece que os produtos dferencados exgem maores esforços de sensblzação dos consumdores, devdo suas característcas, e requerem também mas

63 63 servços adconas como os de pós-venda. Estes requstos mplcam que as atvdades de dstrbução nternaconal são mas efcentes quando realzadas nternamente, uma vez que os canas ntegrados fornecem a frma um maor controle sobre as funções necessáras do canal (AULAKH; KOTABE, 1997). Com sso, os benefícos da ntegração dos canas de exportações são maores de acordo com o aumento da necessdade de adaptações do produto aos seus consumdores ou às característcas da demanda do mercado de outros países (CAMPA; GUILLÉN, 1999). A partr das hpóteses descrtas no capítulo de revsão teórca e com ênfase nas duas hpóteses acma, pode-se especfcar uma equação para os determnantes da ntegração dos canas de exportação conforme o segunte: ICE = f ( DIFQ, DIFM, DIFP, DIFL, DIFD, DIFA, PO, FATX ATIVOS, VD, DANP, COOPH, COOPV, AMB, OPFIN, TAM ), TEMPO, PAISES, onde: ICE : varável dependente que representa o grau de ntegração dos canas de exportação da empresa. Consdera como nstrumentos de medda aspectos lgados ao grau de nfluênca da frma em um processo de ntegração, como as estratégas de formação de preços, as estratégas de marketng nternaconal, as estratégas de estoque e o lançamento de novos produtos. A varável explcada assume valores de 1 a 7, de modo que admte valor 1 para empresas com pouca nfluênca sobre o seu canal de exportação, e 7 para aquelas que apresentam muta nfluênca. No nstrumento de pesqusa (Anexo 1), o predto é mensurado pela questão número 11. DIFQ : varável ndependente que representa o grau de dferencação do produto venddo pela empresa no que tange a qualdade do produto, como durabldade, resstênca, e outras característcas físcas do mesmo. A varável assume valores de 1 a 7, de modo que admte valor 1 para produtos pouco dferencados, e 7 para produtos muto dferencados va qualdade do produto. Conforme os argumentos da sétma hpótese, esta varável assume uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação. No nstrumento de pesqusa, a varável de dferencação pela qualdade é mensurada pelo prmero tem da questão número 9.

64 64 DIFM : varável explcatva que mensura o grau de dferencação do produto venddo pela empresa em relação às suas estratégas de marca, como: estratégas de prvate label 15 ou de venda com marca própra. Esta varável assume valores de 1 a 7, admtndo valor 1 para produtos pouco dferencados, e 7 para produtos muto dferencados em relação a sua marca. A varável dferencação pela marca admte uma relação postva com a varável dependente, segundo os argumentos expostos na hpótese de dferencação do produto. No nstrumento de pesqusa, é mensurada pelo segundo tem da questão número 9. DIFP : dentfca o grau de dferencação do produto venddo pela empresa em relação à sua assstênca técnca, garanta e servços de pós-venda proporconados. Admte valor 1 para produtos pouco dferencados, e 7 para produtos muto dferencados em relação à sua assstênca técnca e pós-venda. Varável mensurada pelo tercero tem da questão número 9 do questonáro, e assume uma relação postva com a ntegração de canas de exportação, conforme a sétma hpótese. DIFL : varável ndependente que representa o grau de dferencação do produto venddo pela empresa no que dz respeto ao seu sstema logístco, pontualdade e facldade de acesso. Assume valor 1 para produtos pouco dferencados, e 7 para produtos muto dferencados em termos logístcos. A varável assume uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação, conforme a argumentação exposta na hpótese de dferencação do produto, e é mensurada pelo quarto tem da questão número 9 do nstrumento de pesqusa. DIFD : representa o grau de dferencação do produto venddo pela empresa em relação ao seu desgn e embalagem. A varável assume valores de 1 a 7, de modo que admte valor 1 para produtos pouco dferencados, e 7 para produtos muto dferencados no desgn e/ou embalagem. Segundo a argumentação da hpótese de dferencação do produto, esta varável assume uma relação postva com a varável dependente. No questonáro, a varável de dferencação pelo desgn é mensurada pelo qunto tem da questão número 9. DIFA : varável explcatva que mensura o grau de dferencação do produto venddo pela empresa no que dz respeto à sua capacdade de adequação às especfcdades e adaptação do produto conforme característcas de demanda do mercado-alvo. Esta varável assume valores de 1 a 7, admtndo valor 1 para pouco dferencado, e 7 para muto dferencado quanto ao grau de flexbldade da frma e do produto. Dferentemente das 15 Neste caso, a frma produz e vende o produto com a marca do clente.

65 65 outras varáves de dferencação do produto, a dferencação em termos de flexblzação de acordo com as característcas da demanda pode assumr uma relação tanto negatva quanto postva com a ntegração dos canas de exportação. Por um lado, a relação é negatva na medda em que, dado o alto grau de flexblzação, a frma pode adotar uma estratéga passva, uma vez que produz sob demanda, não precsando atuar atvamente ao longo do seu canal. Por outro lado, a relação pode ser postva quando a frma utlza seu poder de adaptação para operar de manera mas efcente ao ntegrar as atvdades ao longo do seu canal de exportação. No nstrumento de pesqusa, esta varável pode ser medda pelo sexto tem da questão número 9. PO : varável ndependente que representa o montante de pessoal ocupado na frma, em outras palavras, o número de funconáros da frma, podendo ser consderada uma proxy do tamanho da empresa. Segundo os argumentos da sexta hpótese, esta varável assume uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação. No nstrumento de pesqusa, esta varável explcatva é mensurada pelo tem b da questão número 1. Como se trata de uma questão aberta, esta varável assume valores contínuos. FATX : varável que dentfca o percentual de recetas decorrentes das exportações em termos de faturamento na frma, constatando a mportânca da atvdade exportadora para os resultados da frma de um modo geral. Esta varável admte valores de 0 a 100%, mensurados no tem f da questão número 1, e assume uma relação postva com a varável dependente do modelo. Isto porque, dado o tamanho da frma, a elevada partcpação das exportações sobre o faturamento revela uma maor experênca da frma com a atvdade exportadora, podendo esta nternalzar as atvdades do canal de exportação de modo a operar mas efcentemente. TEMPO : varável explcatva que dentfca o número de anos que a frma exporta. Esta varável explcatva assume uma relação postva com a ntegração dos canas de exportação, uma vez que a frma percorre uma curva de aprendzado, e adqure maor experênca com a exportação. Com sso, ao conhecer todas as tarefas do processo, a frma pode realzar nternamente as atvdades de dstrbução nternaconal de um modo muto mas efcente do que se delegasse alguma função a terceros. No nstrumento de pesqusa, a varável é medda pelo tem a da questão número 1, assumndo valores contínuos. PAISES : varável ndependente que determna o número de países dferentes para os quas a frma exporta, sendo consderada uma proxy da extensão de seus mercados. A varável admte uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação na

66 66 medda em que mensura o grau de famlardade com os mercados de destno das exportações e a experênca da frma com a atvdade exportadora. No nstrumento de pesqusa, a varável é mensurada pelo tem d da questão número 1, assumndo valores contínuos. ATIVOS : varável dummy que dentfca a propredade ou não de atvos no exteror pela empresa, mensurando o grau de nserção nternaconal da empresa. A dummy admte valor 0 para as frmas que não possuem atvos no exteror, e 1 para aquelas que possuem algum tpo de atvo como escrtóros, centros de dstrbução ou undades produtvas própras, de forma que se assume uma relação postva entre a exstênca de atvos no exteror e o grau de ntegração dos canas de exportação. No nstrumento de pesqusa, a varável dummy é medda pelo tem g da questão número 1. VD : varável explcatva que mensura o grau de mportânca para a empresa das vendas dretas a clentes 16 no seu mercado-alvo. A varável assume valores de 1 a 7, admtndo valor 1 quando as vendas dretas são pouco mportantes para a frma, e 7 para muto mportante. A varável venda dreta admte uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação na medda em que, quanto mas mportante para a frma são as vendas dretas a clentes, maor é a necessdade de acompanhamento das atvdades ao longo do canal. Dante dsso, maor torna-se a necessdade de nternalzar as atvdades de dstrbução nternaconal a fm de operar estas atvdades de um modo mas efcente. No nstrumento de pesqusa, esta varável é mensurada pelo qunto tem da questão número 2. DANP : varável ndependente que determna o grau de mportânca para a empresa dos nvestmentos em desenvolvmento e adaptação de novos produtos ao longo da experênca de mercado nternaconal. Esta varável assume valores de 1 a 7, admtndo valor 1 quando os nvestmentos em desenvolvmento e adaptação de novos produtos foram pouco mportantes para a frma, e 7 quando foram muto mportantes. Esta varável explcatva admte uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação uma vez que, quando são fetos nvestmentos sgnfcantes no desenvolvmento e adaptação de novos produtos para o mercado-alvo, busca-se a novação e a obtenção de um produto únco e dferencado, adqurndo benefícos característcos de um monopólo por um tempo determnado.desta manera, a frma tende a optar pela estratéga de ntegração dos seus canas, vsando proteger tas benefícos. No questonáro, esta varável é constatada pelo quarto tem da questão número Neste caso, os clentes podem ser consumdores fnas, atacadstas ou varejstas.

67 67 COOPH : trata-se da varável explcatva que dentfca o grau de mportânca da cooperação horzontal 17 para as decsões de ntegração dos canas de exportação da empresa. Neste caso, a relação é postva, pos, quanto mas fortes são as relações de cooperação entre a frma e as empresas que atuam no mesmo setor, mas acessível torna-se a nternalzação dos canas de dstrbução nternaconal. A mensuração do grau de cooperação horzontal admte valores de 1 a 7, assumndo valor 1 quando a cooperação horzontal é pouco mportante para a frma, e 7 quando é muto mportante. A varável é mensurada pelo segundo tem da questão número 5 do questonáro. COOPV : representa o grau de mportânca da cooperação vertcal para as decsões de ntegração dos canas de dstrbução nternaconal da frma, mensurando os níves de cooperação da empresa exportadora com fornecedores e clentes no mercado nternaconal. Neste sentdo, a relação entre a cooperação vertcal e a varável dependente também é postva, como no caso da cooperação horzontal. Esta varável explcatva fo medda pela méda dos dados obtdos no tercero e quarto tem da questão número 5 do nstrumento de pesqusa, assumndo valor 1 quando a cooperação vertcal é pouco mportante, e 7 quando é muto mportante. AMB : varável explcatva que determna como se confgura o ambente de negócos no mercado-alvo onde a frma atua, mensurando seu grau de semelhança com o mercado local. Esta varável vsa constatar se o ambente empresaral nos mercados de destno onde a frma opera nfluenca na decsão de ntegrar os seus canas. A varável admte uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação, pos quanto mas semelhantes são os ambentes de negócos, maor é a famlardade da empresa com os mercados de destno das exportações e, portanto, maor tende a ser o grau de ntegração dos canas. A semelhança do ambente de negócos fo mensurada pela méda dos dados obtdos do prmero ao sexto tem da questão número 7 do questonáro 18, admtndo valor 1 quando o ambente de negócos é muto dferente, e valor 7 quando há muta semelhança entre os ambentes de negócos. OPFIN : varável relaconada às prátcas de negócos da frma nos mercados de destno das exportações, em especal às operações fnanceras. A varável admte uma relação postva com o grau de ntegração dos canas de exportação na medda em que a alavancagem fnancera, em especal a partr de mecansmos de fnancamento ofcas 17 Cooperação entre empresas do mesmo setor, que não são necessaramente concorrentes dretas. 18 Abrangendo o grau de semelhança do ambente econômco, de negócos, tecnológco, cultural, polítco e questões de preferênca do consumdor.

68 68 conceddos, como BNDES-Exm e Proex, oferece condções facltadoras, como um longo período de carênca e juros abaxo dos de mercado) para mplementar meddas de ntegração dos canas de exportação. No nstrumento de pesqusa, a varável é mensurada pelo nono tem da questão número 7, assumndo valores de 1 a 7. TAM : varável explcatva que verfca a mportânca do tamanho da frma em relação ao grau de ntegração dos canas de exportação. Esta relação é postva, uma vez que o tamanho da frma proporcona maor acesso as alternatvas de transporte efcentes, lnks de cooperação com nsttuções de apoo, nformações de mercado, fontes de crédto de fnancamento, adoção de estratégas autônomas de marketng nternaconal, de vendas dretas a varejstas ou ao consumdor fnal, acesso à tecnologa e à novação quanto à cração de novos produtos. A mportânca do tamanho da frma fo mensurada pela méda dos dados obtdos do prmero ao otavo tem da questão número 8 do nstrumento de pesqusa, admtndo valores de 1 a 7. O resumo das varáves do modelo é demonstrado na Tabela 4, que mostra também o snal esperado para cada uma das varáves postvo no caso de a varável afetar postvamente a ntegração dos canas de exportação, e vce-versa. Tabela 4. Varáves e snal esperado no modelo Varável Descrção Snal esperado ICE Integração de canas de exportação DIFQ Dferencação va qualdade (+) DIFM Dferencação va marca (+) DIFP Dferencação va servços de pós-venda (+) DIFL Dferencação va logístca (+) DIFD Dferencação va desgn (+) DIFA Dferencação va adaptabldade (+) ou (-) PO Pessoal ocupado (+) FATX Partcpação das exportações no faturamento (+) TEMPO Número de anos que a frma exporta (+) PAISES Número de países de destno das exportações (+) ATIVOS Dummy de nserção nternaconal (+) VD Importânca das vendas dretas (+) DANP Importânca do desenvolvmento e adaptação de novo produtos COOPH Cooperação horzontal (+) (+)

69 69 COOPV Cooperação vertcal (+) AMB Semelhança do ambente (+) OPFIN Importânca das operações fnanceras (+) TAM Importânca do tamanho da frma (+) Fonte: Elaboração própra Resultados da Estmação O modelo para os determnantes do grau de ntegração de canas de exportação fo estmado através do método OLS (Ordnary Least Squares), também denomnado de método dos mínmos quadrados ordnáros (MQO), que busca coefcentes que mnmzam a soma dos quadrados dos resíduos (GUJARATI, 2000). As estmatvas do modelo foram realzadas com o apoo do software E-vews 5.1. A Tabela 5 demonstra os resultados das três especfcações analsadas para a construção de modelo fnal dos determnantes da ntegração dos canas de exportação. Na especfcação (1) foram consderadas todas as varáves do modelo. Como consta na Tabela 4, os resultados ndcam que as varáves explcatvas e DIFD, DIFA, ATIVOS COOPV foram estmadas com coefcentes estatstcamente sgnfcantes e com snal conforme esperado pela teora. Os coefcentes das demas varáves ndependentes foram estatstcamente não sgnfcantes. Na especfcação (2) excluem-se as varáves com mpactos não sgnfcantes sobre a varável dependente e também a varável FATX, uma vez que o snal estmado do coefcente embora estatstcamente dferente de zero a 5% é contráro ao esperado teorcamente. Assm, a segunda estmação realzada (especfcação (2)) apresentou resultados mas robustos, sendo possível captar a nfluênca das varáves PAISES, ATIVOS e DIFM, DIFD, DIFA, COOPV sobre a varável dependente. Os resultados desta estmação dos parâmetros corroboram com o exposto nos pressupostos teórcos: tanto o snal dos coefcentes analsados nos pressupostos teórcos quanto a sgnfcânca estatístca foram confrmadas pela função dos determnantes da ntegração dos canas de exportação. A especfcação (3) buscou utlzar somente a varável DIFQ como medda de dferencação, uma vez que, como ratfcam os resultados da pesqusa de campo (ver Tabela 3), a estratéga de dferencação de qualdade é mas recorrente e mportante como nstrumento de ntegração dos canas de exportação. No entanto, a tentatva de

70 70 especfcação não fo bem sucedda, pos, apesar do snal ter sdo estmado conforme o esperado pela teora, o coefcente não apresentou sgnfcânca estatístca. Dante dsso, manteve-se a especfcação (2) como modelo fnal para a análse dos determnantes da ntegração dos canas de exportação. Tabela 5. Resultados da estmação Varável dependente: ICE Varáves ndependentes (1) (2) (3) constante 2,048** 2,804*** 3,315*** (0,785) (0,361) (0,389) 0,070 0,088 DIFQ --- (0,069) (0,066) 0,091 0,117** DIFM (0,055) (0,0476) ,018 DIFP (0,050) ,021 DIFL (0,055) ,101* 0,101** DIFD (0,052) (0,042) ,158*** -0,109** -0,097* DIFA (0,056) (0,044) (0,050) 0, PO (0,000019) ,008* FATX (0,004) ,003 TEMPO (0,009) ,010 0,013** 0,012* PAISES (0,007) (0,006) (0,006) 1,229*** 1,258*** 1,218*** ATIVOS (0,250) (0,213) (0,235) 0,059 VD (0,046) ,049 DANP (0,059) ,040 COOPH (0,054) ,150** 0,149** 0,098 COOPV (0,068) (0,058) (0,063) 0,129 AMB (0,096) ,004 OPFIN (0,058) ,051 TAM (0,131) Número de observações R² 0,683 0,601 0,509 R² aj. 0,544 0,555 0,463 F-Statstc 4,913 13,286 11,193 Nota: ***, **, * Sgnfcantes a 1, 5, e 10%. Método: Ordnary Least Squares (OLS) = Mínmos Quadrados Ordnáros (MQO) Desvo padrão entre parênteses. Software de apoo: E-vews 5.1 Fonte: Elaboração própra.

71 71 Antes de analsar especfcamente os resultados do modelo fnal, é necessáro efetuar uma análse de correlação smples, vsando medr a ntensdade de assocação lnear entre as varáves e checar a possível ocorrênca de multcolneardade. No caso da presença de multcolneardade, os efetos de cada um dos regressores torna-se muto mas dfícl de ser solado, o que dfculta a sua análse. A matrz de correlação das varáves do modelo está no Anexo 3 deste estudo, e é composta pelos coefcentes de correlação de Pearson (ou r de Pearson), que mensura o grau de correlação (e a dreção da correlação, se postva ou negatva) entre as varáves (GUJARATI, 2000). De acordo com o teste t de Student, os coefcentes de correlação de Pearson são estatstcamente sgnfcantes a 5% para 60 observações quando r em módulo é maor que 0,25. Os efetos de multcolneardade ocorrem quando os coefcentes de correlação smples são altos (em geral, quando r é maor ou gual ao módulo de 0,8). Neste sentdo, ao analsar a matrz de correlação verfca-se a não ndcação de ocorrênca de multcolneardade entre as varáves ndependentes do modelo. Outro problema típco de regressão dz respeto à presença de heterocedastcdade. Um prmero teste de dagnóstco que verfca a heterocedastcdade é o teste de Whte. Em prmero lugar, a partr dos dados, estmou-se a regressão conforme a especfcação (1), obtendo os resíduos. A partr destes resíduos, estmou-se então uma regressão auxlar, onde os resíduos ao quadrado da regressão orgnal são regreddos sobre as varáves x orgnas, seus valores ao quadrado e os produtos cruzados dos regressores (GUJARATI, 2000). Sob a hpótese nula de nexstênca de heteroscedastcdade, contra a hpótese de heteroscedastcdade de alguma forma geral não especfcada, demonstra-se que o tamanho da amostra (60 observações) multplcado pelo R 2 obtdo na regressão auxlar (equvalente a 0,0662) segue a dstrbução por qu-quadrado com graus de lberdade (gl) equvalente ao número de regressores (neste caso, gl é 6). O valor de qu-quadrado obtdo de 0,971 não excedeu o valor de qu-quadrado crítco de 1,635 a um nível de sgnfcânca de 5%. Isto sgnfca que não se pode rejetar a hpótese nula, em outras palavras, não há heteroscedastcdade (.e., os erros têm varânca constante). Um segundo teste de dagnóstco que verfca a presença de heterocedastcdade tratase do teste de Goldfeld-Quandt. Ao contráro do teste de Whte, este requer a reordenação das observações referentes à varável explcatva que supostamente causou heterocedastcdade, pos o teste procura medr as varações dos resíduos e ver se estas

72 72 varações aumentam ou dmnuem em função de uma determnada varável. Neste caso, escolheu-se a varável DIFM pos, conforme a Tabela 4, em um prmero momento ela não apresentou sgnfcânca estatístca, e em um segundo momento sm. Com a varável explcatva suspeta escolhda, ordena-se em ordem crescente as observações de acordo com a varável DIFM. Em um segundo passo, omte-se as observações centras c, e dvde-se as ( n c) observações restantes em dos grupos, cada um com ( n c) 2 observações. Portanto, exclundo 12 observações centras 19 das 60 observações ao todo, tem-se 48 observações, que são dvddas em dos grupos. Após esta etapa, são estmadas duas regressões por MQO, uma para as prmeras 24 observações e outra para as últmas 24 observações, obtendo as respectvas somas de quadrados dos resíduos, SQR 1 e SQR 2. O termo SQR 1 representa a SQR da regressão correspondente aos menores valores de DIFM (o grupo com pequena varânca), e SQR 2 representa a SQR correspondente aos seus maores valores (grupo com grande varânca) (GUJARATI, 2000). Para este caso o SQR 1 obtdo fo de 6,950, e o SQR 2 fo de 7,061. Os graus de lberdade de cada uma das SQR é calculado conforme a Equação (16) abaxo: ( n c) n c 2k k ou gl (16) 2 2 em que k é o número de parâmetros a serem estmados, nclundo o termo constante. Para este caso, k é gual a 7, revelando 17 graus de lberdade. Com sso, obtêm-se um F calculado de 1,016, obtdo pela Equação (17) exposta a segur: SQR2 gl = (17) SQR gl F calculado 1 Deste modo, como o F calculado (gual a 1,016) é menor do que o F tabelado, a 5% de sgnfcânca e 17 gl (gual a 2,31), não se pode rejetar a hpótese nula de que os erros são dstrbuídos com varânca constante; sto é, homocedástcos. Os resultados do modelo fnal de determnantes da ntegração dos canas de exportação captam a nfluênca das varáves explcatvas DIFM, DIFD, DIFA, 19 A omssão das observações centras c é feta para acentuar a dferença entre o grupo de pequena varânca (SQR 1 ) e o grupo de grande varânca (SQR 2 ). A capacdade do teste de Goldfeld e Quandt de executar sto com êxto depende de como c é escolhdo. Para um modelo de duas varáves, os expermentos de Monte Carlo fetos por Goldfeld e Quandt sugerem que c estará próxmo a 8 se o tamanho da amostra for ao redor de 30, e cerca de 16 se o tamanho da amostra for ao redor de 60 (GUJARATI, 2000).

73 73 PAISES, ATIVOS e COOPV, que foram estatstcamente sgnfcantes. O coefcente de determnação R 2, que mede a qualdade do ajustamento do modelo aos dados, fo de 0,601; e o R 2 ajustado para os gl assocados à soma dos quadrados ncluídos na equação fo de 0,555. No caso da varável ATIVOS, uma dummy que dentfca a propredade de atvos no exteror pela empresa, mensurando seu grau de nserção nternaconal, pode-se argumentar que a relação entre a dummy e a varável dependente é sgnfcatva para o modelo, uma vez que a obtenção de algum tpo de atvo no mercado de destno, como escrtóros, centros de dstrbução ou undades produtvas própras já representa um grau mas elevado de ntegração do canal de exportação adotado por uma determnada frma. Os resultados da varável explcatva PAISES, que determna o número de países dferentes para os quas a frma exporta, confrmam os pressupostos teórcos, na medda em que o número de países denota a experênca exportadora da frma, decorrentes de ganhos de custo com a curva de aprendzado; e o tamanho do seu mercado consumdor. Conforme a teora dos processos de nternaconalzação apresentada no capítulo 3, com a experênca nos mercados nternaconas, as empresas vão aprendendo a adaptar e a gerr melhor as ncertezas do ambente, resultando em um aumento gradual do empenho de recursos, de exposção a rscos e do controle das operações (JOHANSSEN; VAHLNE, 1977). Embora não seja possível captar as elastcdades pelos respectvos coefcentes das varáves, as magntudes dos coefcentes das varáves meddas na escala de 1 a 7 podem ser comparadas. Dentre as quatro varáves estatstcamente sgnfcantes meddas na escala de 1 a 7, a varável COOPV, que representa o grau de mportânca da cooperação vertcal, apresentou um mpacto lgeramente maor, revelando que o nível de cooperação da empresa exportadora com fornecedores e clentes é uma varável de decsão mportante nas estratégas de ntegração dos canas. Isto porque a cooperação com os agentes a montante e a jusante na cadea produtva possblta a construção de uma relação de confança. Neste sentdo, maor torna-se a capacdade da frma em operar de forma efcente no mercado estrangero, possbltando a adoção de canas de exportação mas ntegrados (KLEIN; FRAZIER; ROTH, 1990). Em relação ao mpacto da dferencação do produto, observa-se que as três varáves estatstcamente sgnfcantes relaconadas à dferencação, apresentam coefcentes de mpacto muto próxmos, com a dferencação va marca e desgn nfluencando

74 74 postvamente, e a dferencação por meo da capacdade da empresa de adequação às especfcdades mpactando negatvamente sobre o grau de ntegração dos canas de exportação. Em relação ao grau de dferencação lgado à capacdade de adequação da frma às especfcdades e adaptação do produto conforme característcas de demanda do país de destno (varável DIFA ), percebe-se que os resultados reforçam os argumentos apresentados pela teora. Ao contráro das outras varáves de dferencação do produto, a dferencação em termos de flexblzação de acordo com as característcas da demanda pode também assumr uma relação negatva com a ntegração dos canas de exportação. Dado a alta flexblzação em termos de organzação produtva e de ajuste produtvo de acordo com os requermentos da demanda, a frma poderá adotar uma estratéga passva, uma vez que produz sob demanda, caracterzando uma cadea comandada pelo comprador (buyer-drven chans), não precsando atuar atvamente ao longo do seu canal. Os resultados apresentados pelas varáves DIFM e DIFD também confrmam os pressupostos teórcos apresentados, uma vez que as estratégas de marca e de desgn, exgem requstos como maores esforços de acompanhando e de sensblzação dos consumdores. Portanto, as atvdades de dstrbução nternaconal tornam-se mas efcentes se realzadas nternamente, pos os canas ntegrados fornecem um maor controle sobre as suas funções. Por um lado, as varáves tpcamente de tamanho da frma ( PO, FATX e TAM ), não foram estatstcamente sgnfcantes, não confrmando os pressupostos relaconados à sexta hpótese do modelo. Neste aspecto, pode-se fazer uma ressalva quanto ao resultado das estmações, na medda em que a amostra de empresas do estudo concentrou-se bascamente em empresas de médo e grande porte. Dada essa lmtação metodológca, não fo possível captar satsfatoramente a nfluênca da varável no modelo dos determnantes da ntegração dos canas de exportação. Por outro lado, pode-se conclur que os resultados apresentados pelo modelo fnal confrmam a hpótese de dferencação do produto, apresentada pela sétma hpótese. A mportânca da dferencação do produto é demonstrada prncpalmente pela presença de três varáves explcatvas no modelo fnal que a mensuram ( DIFM, DIFD e possundo, portanto, um papel preponderante entre os determnantes do modelo. DIFA ),

75 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo buscou nvestgar os determnantes do grau de ntegração dos canas de exportação, bem como a confguração do comérco ntra-ndústra dos dferentes setores produtvos brasleros. Nesta perspectva, fo necessáro prmeramente um estudo compreensvo dos pressupostos teórcos, com um foco partcular sobre a dferencação de produto e o comérco ntra-ndústra. Além dsso, tratou das alternatvas de nserção nos mercados exterores, destacando as dferentes formas de acesso, as organzações partcpantes e as funções desempenhadas pelos membros do canal. Este estudo compreensvo servu de alcerce para o estabelecmento de hpóteses, e facltou a condução da análse dos resultados apresentados pelas evdêncas empírcas tanto da ntegração de canas de exportação, quanto de comérco ntra-ndústra. Dante dsso, estabeleceu-se um conjunto de sete hpóteses - as cnco prmeras propostas pelos estudos de Robles e Clarke (2008), e as duas últmas foram contrbuções ao modelo - versando sobre questões como a especfcdade de atvos, o tamanho e as competêncas das frmas, a ncerteza, a smlardade dos mercados, a estrutura de mercado e a dferencação do produto. Neste sentdo, argumenta-se que a construção destas hpóteses, realzada no capítulo 3, fo essencal para entendmento da dnâmca da ntegração dos canas de exportação, concedendo um maor respaldo para a construção do modelo empírco. A exposção das evdêncas empírcas do comérco ntra-ndústra para 22 setores produtvos brasleros fo realzada com a mensuração do índce Grubel-Lloyd. Os resultados possbltaram avalar a confguração deste tpo de comérco nos dferentes setores ndustras do país, constatando que os setores com níves mas elevados de comérco ntra-ndústra tendem a ser aqueles mas ntensvos em captal, e aqueles com maor partcpação no volume de comérco braslero, o que demonstra a mportânca do comérco ntra-ndústra nas exportações e mportações brasleras. Para a elaboração do modelo empírco relaconado à ntegração dos canas de exportação, utlzou-se dados empírcos do tpo cross-secton, provenentes do estudo de caso de uma amostra de sessenta empresas exportadoras, de médo e grande porte, dos estados do Ro Grande do Sul, Santa Catarna e Paraná. A partr destes dados e das hpóteses já construídas, propôs-se um modelo econométrco para os determnantes da

76 76 ntegração de canas de exportação, voltado prncpalmente para a análse das hpóteses de tamanho da frma e de dferencação do produto. Os resultados do modelo fnal de determnantes da ntegração dos canas de exportação captaram a nfluênca das varáves explcatvas PAISES, ATIVOS e DIFM, DIFD, DIFA, COOPV. Entre estas varáves, aquelas que mensuram o grau de dferencação do produto merecem um maor destaque, pos tem grande representatvdade entre as varáves do modelo, e confrmam a hpótese apresentada. Com sso, a dferencação do produto possu uma forte relação com as decsões de nternalzação das atvdades de marketng, comercalzação e dstrbução, tratando-se de um mportante determnante do modelo. Já em relação à hpótese de tamanho da frma, as varáves explcatvas que buscavam mensurar esta questão não foram estatstcamente sgnfcantes, não sendo possível confrmar os argumentos expostos. Estas evdêncas apresentadas pelo modelo apontam que, na medda em que as empresas desenvolvem e avançam em termos de dferencação por meo nvestmentos em aspectos que agregue valor ao produto fnal (como desgn e marca), a tendênca é que de elas adotem uma maor ntegração dos seus canas de exportação. Estas conclusões resultam em mportantes mplcações na adoção de polítcas, tanto por partes das nsttuções de apoo e fomento à exportação, quanto por parte das empresas exportadoras. Em termos de polítcas governamentas, é mportante ressaltar que não haja apenas um estímulo solado de nvestmento para a produção de bens com maor dferencação. Isto porque, ao promover o desenvolvmento de produtos com maor valor agregado, apoado em estratégas de promoção de tecnologa, concomtantemente, deve haver o estabelecmento de programas de apoo à nternaconalzação das empresas, no sentdo de auxlar a ntegração de seus canas de exportação. Por fm, na mesma dreção, as empresas exportadoras, na medda em que nvestem em tecnologa e na agregação de valor a seus produtos, devem planejar sua expansão e a nternaconalzação de suas atvdades, vsando facltar o processo de ntegração dos seus canas de dstrbução nternaconal.

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82 82 ANEXOS Anexo 1. Instrumento de pesqusa utlzado na coleta de dados

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