UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ FABRÍCIO DUDA ANÁLISE DAS FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS NO BRASIL DE 1991 A 2008 A PARTIR DOS MODELOS RBC

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ FABRÍCIO DUDA ANÁLISE DAS FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS NO BRASIL DE 99 A 2008 A PARTIR DOS MODELOS RBC CURITIBA 2009

2 2 FABRÍCIO DUDA ANÁLISE DAS FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS NO BRASIL DE 99 A 2008 A PARTIR DOS MODELOS RBC Disseração apresenada ao Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimeno Econômico, Deparameno de Economia, Seor de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Paraná, como pare das exigências para obenção do íulo de Mesre em Desenvolvimeno Econômico. Orienador: Prof. Dr. Armando Vaz Sampaio CURITIBA 2009

3 3 TERMO DE APROVAÇÃO FABRÍCIO DUDA ANÁLISE DAS FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS NO BRASIL DE 99 A 2008 A PARTIR DOS MODELOS RBC Disseração aprovada como requisio parcial para obenção do grau de Mesre no Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimeno Econômico, Seor de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Paraná, pela seguine banca examinadora: Orienador: Prof. Dr. Armando Vaz Sampaio Deparameno de Economia, UFPR. Prof. Dr. Maurício Vaz Lobo Biencour Deparameno de Economia, UFPR. Profª. Dr.ª Janee Leige Lopes Deparameno de Economia, FECILCAM. Curiiba, 27 de março de 2009.

4 4 DEDICATÓRIA A Minha Esposa Adriana e Meu Filho Maheus.

5 5 AGRADECIMENTO A Deus e em especial ao Prof. Armando Vaz Sampaio pela paciência e compreensão, diane das limiações e dificuldades enconradas na realização desde rabalho.

6 6 EPÍGRAFE Pergunaram ao Dalai Lama... "O que mais e surpreende na Humanidade?" E ele respondeu: Os Homens... Porque perdem a saúde para junar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamene no fuuro, esquecem do presene de al forma que acabam por não viver nem o presene nem o fuuro. E vivem como se nunca fossem morrer......e morrem como se nunca ivessem vivido.

7 7 RESUMO A parir da década de 80 do século XX o esudo de fluuações econômicas passou a uilizar uma nova meodologia que apresenavam uma esruura de equilíbrio geral dinâmico esocásico, onde enfaizava o comporameno oimizador dos agenes econômicos em um ambiene de incereza, o aspeco dinâmico diz respeio às escolhas ineremporais por pare dos agenes. Um dos exemplos desse ipo de abordagem são os modelos conhecidos como RBC ( Real Business Cycles ). O objeivo dessa disseração é apresenar a esruura eórica do modelo RBC e fazer algumas simulações para comparar a economia arificial com os dados reais da economia. Os resulados da economia real mosraram que a variável consumo e invesimeno são pró-cíclicas, sendo que o invesimeno apresenou uma maior volailidade que o consumo. A variável rendimeno real foi pró-cíclica e as horas pagas foram acíclica, essas variáveis apresenaram pouca volailidade no período. As simulações dos rês modelos RBC apresenaram resulados diferenes enre si em ermos de valor absoluo, para os rês modelos a variável invesimeno foi mais voláil que o consumo e o rabalho, a mesma coisa ocorreu com os dados reais da economia. Quando os modelos RBC foram paramerizados com os dados da economia real, sua aderência aumenou principalmene com relação ao erceiro modelo. Palavras-Chaves: Ciclos econômicos, modelos dinâmicos, modelos RBC.

8 8 ABSTRACT Flucuaion Economic research grow up from 80 s wih he Dynamic Sochasic General Equilibrium Models (DSGE), where he agen are search for he opimum poin a he ineremporal decisions, ha is decision over ime of how consumers make choice beween presen and fuure consumpion a he uncerain environmen. The real business cycles (RBC) are example his kind of DSGE models. The objecives of he disseraion are undersands he heoreical srucure of he RBC model and compare i wih he Brazilian economy. The economic real showed ha consumpion and invesmen are pro-cyclic and he invesmen is more volaile han he consumpion, he real wage was pro-cyclic and hours paid was acyclic, hese variables were few volaile in his period. I was made simulaion wih he ree kind of RBC model, and he resuls were differen. The variable invesmen in he ree model was more volaile han consumpion and labor, i was happened oo in he real economic. The RBC models were parameric wih he Brazilian economic dae, he adherence beer for he hird model. Keywords: Economic cycles, dynamic models, RBC models.

9 9 GRÁFICO - GRÁFICO 2- GRÁFICO 3- GRÁFICO 4- GRÁFICO 5- GRÁFICO 6- FIGURA - FIGURA 2- FIGURA 3- LISTA DE ILUSTRAÇÕES Evolução do PIB a preço de mercado rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do PIB a preço básico rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do PIB rimesral da Indúsria no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do Invesimeno rimesral no Brasil, Tendência e Ciclos no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do Consumo Final rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99:0 a 2008:03, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do Consumo Final das Famílias rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99:0 a 2008:03, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Função impulso resposa das variáveis Produo, Consumo e Trabalho do modelo RBC padrão elaborado por Kao 2002 (º modelo)... Função impulso resposa após um choque ecnológico elaborado por DEJON e DAVE (2007) (2º modelo)... Função impulso resposa elaborado por DEJON e DAVE (2007) (3º modelo) LISTA DE TABELAS TABELA Valores dos parâmeros calibrados para a economia 62

10 0 TABELA 2 TABELA 3 TABELA 4 TABELA 5 brasileira... Faos da Economia Brasileira no período de 99: a 2008:3 (dados rimesrais)... Desvio Padrão da variável desvio em relação à média (valor de equilíbrio) no modelo de Hansen e dos dados reais... Comporameno da Economia Arificial Original e da Economia Brasileira.... Comporameno da Economia Arificial com os dados da Economia Brasileira ANEXOS Gráfico 7 Evolução do PIB a preço de mercado rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99: a 2008:3, 83

11 Gráfico 8 Gráfico 9 Gráfico 0 Gráfico uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do PIB a preço básico rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do Invesimeno rimesral no Brasil, Tendência e Ciclos no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do Consumo Final rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco... Evolução do Consumo Final do Governo rimesral no Brasil, sua endência e seu Ciclo no período de 99: a 2008:3, uilizando o filro de Hodrick_Presco SUMÁRIO INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA MODELOS RBC NO BRASIL MODELO FAMÍLIAS EMPRESAS RESTRIÇÃO DE RECURSOS AGREGADOS... 42

12 2 3.4 EQUILÍBRIO COMPETITIVO CARACTERIZAÇÃO DO EQUILÍBRIO ANÁLISE DINÂMICA Linearização da equação de Euler Análise dos Resulados Ploando a Policy Funcion Função Impulso Resposa Simulação Resumo CALIBRAÇÃO ADICIONANDO OFERTA DE TRABALHO ANALISANDO O MODELO COM TRABALHO CHOQUE TECNOLÓGICO ESTOCÁSTICO: O MODELO RBC COMPLETO Especificando o Processo para Choques Tecnológicos Análise O que são esses choques ecnológicos e como fazer sua 58 mensuração?... 4 METODOLOGIA RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS: ANEXOS INTRODUÇÃO Fluuações econômicas sempre esiveram no cerne dos esudos dos economisas na busca de padrões que pudessem ser modelados revelando suas causas, ano no inuio de sua compreensão, e na busca de vacinas que levem a anesesiar seus efeios visando o desejado equilíbrio econômico. A possibilidade de se modelar um fenômeno a primeira visa irregular (como os ciclos) a parir de uma esruura de equilíbrio geral além de proporcionar um avanço meodológico, ambém permiiu um maior grau de aproximação enre as eorias micro e macroeconômica. O que se vê é claramene que odas essas mudanças renovaram as idéias de como se compora os agenes macroeconômicos e qual a real imporância, magniude de algumas variáveis em relação às fluuações que ocorrem na economia, novas resposas para velhas indagações ais como:

13 3 Quais as causas que geram fluuações econômicas? Porque políicas Governamenais que deveriam agir no senido de diminuir essas oscilações em muios casos ornam a economia ainda mais insável, quais são os faores responsáveis por um aquecimeno da economia ou que faores combinados levam a uma recessão, ais pergunas em moivado os macroeconomisas de varias escolas diferenes ao longo do empo a oberem evenuais resposas e ou ao menos idenificar quais são os faores que mais conribuem para a ocorrência desas variações. Nese senido nas ulimas décadas varias eorias buscaram explicar o comporameno dos agenes e agregados econômicos, e novas formas de compreender a complexidade macroeconômica, denre esas se desaca a uilização dos modelos de equilíbrio geral dinâmico que visam esudar o comporameno das variáveis econômicas em um ambiene ineremporal, os modelos de DGE (Dynamic General Equilibrium) sigla pela qual são conhecidos dividem-se em deerminísicos e esocásicos, e começaram a er desaque a parir da década de 70 quando os modelos uilizados aé enão não foram capazes de descrever o cenário econômico. Denre os modelos de DGE o mais popular é o da eoria dos ciclos reais de negócios o qual será objeo de esudo do presene rabalho. Sobre ciclos John Baes Clark(898) apud Magalhães(2005), O mundo moderno esima os ciclos de negócios ano quano os anigos egípcios esimavam as cheias do Nilo. O fenômeno vola a ocorrer em inervalos, é de grande imporância para odos, e causas naurais disso não esão à visa. Os primeiros rabalhos com esa roupagem se foraleceram no final da década de 70 onde ganharam impulso a parir da famosa criica de Lucas, As criicas se referem a os pressuposos da eoria Keynesiana em não considerar que os agenes fazem escolhas racionais, que os mercados se manêm em equilíbrio, que os salários são rígidos, alguns dos aspecos admiidos na eoria dos ciclos de negócios.

14 4 A eoria RBC ( real Bussines Cycle ) em em seus principais precursores Edward Presco e Finn Kydland, de acordo com MAGALHÃES (2005) No início da década de 980, esses economisas começaram a rabalhar com modelos correspondenes a versões esocásicas do modelo neoclássico de crescimeno como forma de explicar as fluuações de curo prazo da economia. Ou seja, parindo de um insrumenal de análise no longo prazo, procuravam explicar o desempenho da economia no curo prazo. A eoria RBC padrão em como premissas a racionalidade dos agenes, a pouca ou nenhuma influencia das políicas inervencionisas, o equilíbrio dos mercados, e que as mudanças ocorridas são devido a choques reais na economia como choques ambienais, ecnológicos enre ouros, a eoria ganhou vários adepos e se desenvolveu foremene no inicio dos anos 80, com a publicação de um arigo de KYDLAND E PRESCOOT (982) que se baseava no rabalho de LUCAS E PRESCOTT (997) 2 ciado por (REBELO, 2005) que afirmava que os ciclos de negócios poderiam ser esudados como um modelo de equilíbrio geral dinâmico, mesmo com grande pare da comunidade econômica sendo conraria a esa nova enaiva de compreensão das fluuações econômicas, após um grande consenso apoiados nas idéias de John Mainards Keynes. A comunidade acadêmica se viu desperada pesquisar macroeconomia com esa nova abordagem, pois não eram somene criicas e sim oda uma nova meodologia que esava sendo proposa em subsiuição a vigene, os chamados novos clássicos pelo fao de se apoiar em boa pare na eoria de mesmo nome desenvolveram a eoria baseada em uma nova inerpreação do comporameno dos agenes, unificando conceios da macroeconomia e da microeconomia, aliados a méodos numéricos que viabiliza a solução e ou consrução de modelos de difícil solução analíica. KYDLAND, F. e PRESCOTT, E. C. Time o Build and Aggreae Flucuaions. Economerica, 982, 50, pp LUCAS, R. E. JR. e PRESCOTT, E. C. Invesmen under Uncerainy, Economerica, 977, 39, pp

15 5 Por se raar de uma área nova e ainda com grande poencial de desenvolvimeno e descoberas serviu de moivação para elaboração desde rabalho. Que em como principio descrever e compreender méodos de equilíbrio geral dinâmico, uilizando-se como base o modelo RBC padrão, que permie a consrução de economias arificiais, gerando uma série de dados que será comparada com a economia real brasileira. 2 REVISÃO DE LITERATURA Uma seqüência de expansão econômica seguido por um declínio emporário e poseriormene por uma recuperação, é conhecido como ciclo econômico. O ciclo econômico é um ema cenral em macroeconomia porque as suas fluuações os alos e baixos da aividade econômica oal são senidos por odos. Devido à imporância do assuno, sempre foi procurado verificar as causas desse fenômeno econômico e como fazer para diminuir essas oscilações. Essas duas quesões são alamene conroversas, pois englobam os defensores da abordagem clássica e keynesiana. De forma resumida os economisas clássicos consideram que os ciclos econômicos represenam a melhor resposa da economia a perurbações na produção ou nos gasos, dessa forma não haveria a necessidade do governo agir para conrabalançar as fluuações econômicas. Para os Keynesianos haveria a necessidade do governo inervir para amenizar essas fluuações. Essas duas visões parir de um modelo que considera que os preços

16 6 são flexíveis mesmo no curo prazo (abordagem clássica) e onde os preços são rígidos, se ajusam lenamene (abordagem keynesiana) (ABEL, BERNANKE, e CROUSHORE, 2008). Os ciclos econômicos envolvem as fluuações da aividade econômica agregada, onde haverá um pono de mínimo e um pono de pico. A seqüência de um pono de mínimo em direção a um pono de pico represena uma expansão da economia, já por sua vez a seqüencia de um pono de pico para um pono de mínimo represena uma conração econômica. Os ponos de mínimos e de pico são conhecidos como ponos críicos. A presença de expansões e conrações econômicas não se resringe a alguns seores da economia, mesmo que alguns seores sejam mais sensíveis que ouros seores. É esperado que o produo e o emprego caíam em períodos de conrações e aumenam em períodos de expansão em odos os seores da economia, o que diferencia é a inensidade da variação do produo e emprego enre os seores. As endências de muias variáveis econômicas é deslocar conjunamene de um modo previsível durane o ciclo econômico, iso é chamado de co-movimeno. É ambém imporane lembrar que os ciclos econômicos não ocorrem a inervalos regulares e previsíveis, diferenciando dessa forma de uma variação sazonal. Embora o ciclo econômico não seja periódico (em inervalos regulares), ele é recorrene, iso é; segue um padrão de conração-mínimo-expansão-pico repeidamene nas economias. (ABEL, BERNANKE, e CROUSHORE, 2008). Ouro pono a ser considerado no esudo dos ciclos econômicos é sua duração, que pode variar muio, de um ano para mais de dez anos. Prever a duração dos ciclos econômicos é difícil de ser medida. O que os analisas esão aenos é sobre a localização dos ponos críicos que indica mudança na direção da aividade econômica. A pesquisa sobre fluuação econômica ( Business cycle ) esuda as causas e conseqüências das expansões e conrações dos agregados econômicos. Ao longo do século XX, a exploração de fluuação econômica real ( real business cycles) a idéia de que as fluuações econômicas eram causadas, primeiramene,

17 7 por faores reais, em experimenado períodos de inensa aividade e relaiva dormência. Na década de 20 do século passado, as eorias reais exerceram um função principal: os economisas uilizaram novos insrumenos microeconômicos para analisar as conseqüências agregadas das mudanças na demanda e ofera dos produos e dos faores de produção. Enreano a grande depressão da década de 30 do século passado provocou um efeio drásico sobre a pesquisa sobre fluuação econômica. Os economisas começaram a acrediar que a eoria microeconômica era uma base inadequada para enender fluuação econômica. Faores reais ornaram-se menos imporane, dando maior peso para condições moneárias e psicológicas das famílias e das empresas. O seor público (governo) da economia começou a ser viso não somene desejável mais essencial. A macroeconomia keynesiana ornou-se uma posição de orodoxia para o esudo da economia agregada, foi necessário meio século para recuperar o ineresse, pelos modelos de fluuações econômicas em equilíbrio (equilibrium business cycle models). Essa mudança ocorreu na década de 70 devido a performance dos modelos macroeconoméricos associado com a revolução das expecaivas racionais que requer uma análise de equilíbrio geral. Os rabalhos de KYDLAND e PRESCOTT (982) 3 e LONG e PLOSSER (983) 4 ilusram esa agenda de pesquisa onde mosram que é possível consruir com relaivo sucesso modelos de fluuação econômica envolvendo equilíbrio de mercado, e faores não moneários. No final da década de 980 surgiu uma agenda de pesquisa conhecida como RBC (real business cycle), que a parir de um modelo de equilíbrio simples, adicionado mudança na ecnologia, para poder produzir uma série emporal que reproduza as fluuações econômicas. Uma conferência recene no NBER (Naional Bureau of Economic Research) organizado por economisa de Cambridge da escola de novos keynesianos descreveram o méodo RBC como a nova orodoxia macroeconômica. (KING e REBELO 2000). Muias das divergências enre os macroeconomisas surgem devido às diferenes concepções quano às causas das fluuações de curo prazo (ciclos 3 KYDLAND, F. e PRESCOTT, E.C. Time o Build and Aggreae Flucuaions. Economerica, 982, 50, pp LONG, J.B. e PLOSSER, C. L. Real Business cycles. Journal of Poliical Economy, 983, 9, pp

18 8 econômicos). Os esudos mais recenes sobre ese assuno consideram dois ipos de abordagem, a primeira é conhecida como eoria dos ciclos econômicos reais (RBC) e a segunda abordagem é conhecida como economia novo-keynesiano. Para os eóricos dos modelos RBC, as hipóeses usadas para a análise de longo prazo se aplicam ambém para o curo prazo, iso é; é possível explicar as fluuações econômicas de curo prazo manendo as hipóeses do modelo clássico, consideram que os preços se modificam de forma que o mercado se ajuse auomaicamene, é a hipóese base da análise microeconômica e os eóricos dessa escola argumenam que a macroeconomia deveria fundamenar-se na mesma premissa. Para esses eóricos, os preços são compleamene flexíveis de forma que as variáveis nominais (ofera de moeda, nível de preço) não exercem impacos sobre as variáveis reais (PIB real e emprego), manendo dessa maneira a dicoomia clássica. Dessa forma as fluuações das variáveis são conseqüências de alerações nas mudanças reais na economia (alerações na écnica de produção), excluindo dessa forma variáveis nominais que possam influenciar nas fluuações econômicas. Por ouro lado a segunda abordagem considera que os modelos de ajuse auomáico de mercado não podem explicar as fluuações de curo prazo, iso é, é abandonada a hipóese de flexibilidade nos preços e considerada a demanda agregada baseada no modelo IS-LM como o principal deerminane no curo prazo na renda nacional. Os novos-keynesianos procuram dar uma maior fundamenação eórica à abordagem keynesiana de fluuações econômicas onde enam aprimorar a eoria da ofera agregada, procurando idenificar as imperfeições de mercado que ornam rígidos os salários e os preços (MANKIN, 998). Há uma relação enre os modelos de crescimeno econômico e os modelos RBC, ais relações são apresenadas nos parágrafos abaixo. O primeiro modelo de crescimeno foi escrio simulaneamene por R. Solow e S. Swan em dois diferenes arigos no ano de 956, esse modelo analisa o crescimeno de longo prazo na ausência de crescimeno ecnológico, a possibilidade de crescimeno poderá ser devido ao crescimeno da população ou do crescimeno das produividades dos faores, é suposo que nenhum desses faores dependem das decisões dos agenes econômicos. Ese ipo de modelo é

19 9 conhecido como modelo de crescimeno exógeno. Há modelos com pono de equilíbrio consane onde os agenes econômicos omam decisões como por exemplo; nível de educação ou algum ipo de escolha de políica como imposo, esses modelos por sua vez são conhecidos como modelo de crescimeno endógeno. Uma das suposições cenrais no modelo de Solow-Swan é que a poupança é uma fração consane do produo. Caso queira analisar a fluuação econômica da economia é necessário esudar a versão esocásica dos modelos de crescimeno. O modelo de crescimeno de Cass-Koopman possui a mesma esruura do modelo de crescimeno neoclássico de Solow-Swan a grande diferença enre esses dois modelos diz respeio que a axa de poupança não é consane, envolve uma decisão enre consumo e poupança por pare dos agenes econômicos. O modelo mais simples para analisar fluuação econômica é a versão esocásica do modelo de crescimeno de Cass-Koopman, é possível considerar choque de produividades ou ouros ipos de choques. Nese modelo os agenes omam decisões em um ambiene de incereza com base em expecaivas dos valores fuuros de uma função não linear com relação às variáveis esado e de decisão. Os modelos de equilíbrio geral dinâmico esocásico ( Dynamic Sochasic General Equilibrium Models, DSGE) freqüenemene não apresenam solução analíica, em geral esses modelos deveram ser analisados aravés de soluções numéricas usando análise de simulação. Um exemplo desse ipo de modelo é o modelo conhecido como RBC (NOVAES, A., FERNÁNDEZ, E. e RUÍZ, 2009). Aualmene muios economisas clássicos aceiam a definição mais ampla da eoria do ciclo econômico que considera os impacos na economia ano de choques na produividade com ambém ouros ipos de choques. Ao considerar modelos que uilizam ouros ipos de choques além dos choques reais na produividade, os modelos não são chamados de RBC, mas modelos dinâmicos esocásicos de equilíbrio geral (DSGE), já que modelam o comporameno ao longo do empo (dinâmicos), levam em cona choques na economia (esocásico) e baseiam-se em conceios de equilíbrio geral. (ABEL, BERNANKE, e CROUSHORE, 2008).

20 20 A macroeconomia moderna procura explicar a economia agregada usando eoria baseada em uma fore fundamenação microecômica. Isso conrasa com a abordagem Keynesiana radicional na qual é baseada em uma eoria ad hoc sobre relações enre os agregados macroeconômicos (WICKENS 2008). Nesa mesma esruura eórica WALSH (2003) afirma que a economia moneária poderá er rês esraégias de modelagem alernaivas; as primeiras duas esraégias dizem respeio aos modelos de agene represenaivo e aos modelos de geração sobreposas ( overlapping-generaions models ), essas duas esraégias êm como pono em comum uma relação de equilíbrio explicio e um comporameno oimizador dos agenes econômicos. A erceira esraégia de modelagem considera que as relações de equilíbrio não são derivadas direamene por qualquer problema de decisão, são descrios como modelos ad hoc pelos críicos ou como aproximação conveniene pelos usuários dese ipo de modelagem. Na macroeconomia moderna a economia é reraada como um sisema de equilíbrio geral dinâmico (dynamic general equilibrium, DGE) que reflee as decisões coleivas de indivíduos racionais sobre um conjuno de variáveis presenes e fuuras. Essas decisões individuais são coordenadas pelo mercado que no agregado nos leva a macroeconomia. As decisões individuais dizem respeio a maximizar a soma desconada das expecaivas de bem-esar fuuro e correne sujeio as preferências e a quaro resrições (resrição orçamenária, doação, disponibilidade de ecnologia e informação), A quesão cenral na macroeconomia DGE é a naura ineremporal das decisões: consumir ou poupar hoje para consumir no fuuro, é uma quesão de ransferência da renda aual para o uso fuuro. O pono inicial para os modelos macroeconômicos DGE é um modelo de equilíbrio geral pequeno, mas que inclua as principais variáveis macroeconômicas, é baseado em um único indivíduo que produz bem que poderá ser consumido ou invesido para aumenar o produo no fuuro e conseqüenemene melhorar seu bem-esar no fuuro. Ese ipo de modelo é conhecido como modelo de Ramsey ou modelo de agene represenaivo. É vanajoso caracerizar a economia dessa forma, pois permie analisar suas principais caracerísicas como: consumo e poupança, poupança e invesimeno,

21 2 invesimeno e pagameno de dividendos, progresso ecnológico, as decisões de naureza ineremporal, a naureza do equilíbrio econômico (equilíbrio insável ou esável), o comporameno da economia no curo e no longo prazo (fluuação econômica ( business cycle ) e crescimeno econômico) e como os preços (salário real e axa de juros) são deerminados (WICKENS 2008). Os modelos RBC foram desenvolvidos na década de 80, e represena um movimeno em direção à re-esabelecer a eoria dos ciclos econômicos com os princípios clássicos, ese processo eve início com os monearisas, que concordavam com os Keynesianos a respeio de que os ciclos econômicos podem ser causados por choques na demanda agregada. Enreano, os monearisas argumenam que os keynesianos ignoravam que a axa naural do produo e a mudança na demanda era conseqüência de políicas moneárias insáveis e não devido ao `animal spiris dos agenes econômicos. Dessa forma os monearisas indicava o papel limiado do governo e a necessidade de políicas de mercado ( laissez-faire policies ), esses ponos são a base da economia clássica. Os modelos de expecaivas racionais vão além dos argumenos dos monearisas enfaizando que somene mudanças não esperadas nas políicas podem provocar ciclos econômicos. Os modelos RBC levam em consideração esses movimenos neoclássicos enfaizando o papel da ofera agregada como causadora de fluuação econômica, esses modelos esão relacionados como os fenômenos das décadas de 70 e 80, que seriam os choques no preço de peróleo, presença de desemprego e inflação, onde surgiu uma linha de pesquisa conhecida como economia do lado da ofera ( Supply-Side economics ) que é freqüenemene associado ao governo de Ronald Reagan. (KNOOP, 2004). É ambém imporane lembrar os modelos conhecidos como novos clássicos que surgiram no início da década de 70, que incorporam alguns aspecos monearisas como a relação enre inflação e expansão moneária, e adiciona novos aspecos, como: (i) a hipóese de expecaiva racional, (ii) a suposição de que os mercados endem ao equilíbrio e (iii) e a hipóese da ofera agregada, que esá relacionada com a versão da curva de Phillips aumenada com expecaiva. Como esses modelos não explicavam adequadamene as fluuações

22 22 econômicas, a parir da década de 80 foi enfaizada a imporância de choques reais em vez de choques moneários como causadores da insabilidade econômica, essa nova linha de pesquisa é conhecida como eoria dos ciclos econômicos reais. Essa nova linha de pesquisa incorpora aspecos clássicos como flexibilidade nos preços e aspecos da escola dos novos clássicos como um comporameno forward looking (expecaiva racional) por pare dos agenes econômicos. (SNOWDON, VANE e WYNARCZYK, 994). Para os novos clássicos a macroeconomia pode explicar o ciclo econômico sem precisar recorrer ao suposo de não-neuralidade da moeda, que esá na base ano dos modelos keynesianos como dos modelos monearisa, graças à exisência de informação imperfeia (BARBOSA, 992) WICKENS (2008) analisou como a eoria macroeconômica moderna evoluiu nos úlimos anos. A principal caracerísica dese desenvolvimeno foi o uso de modelos que descrevem a economia como um odo e não somene uma pare da economia, onde é enfaizada a quesão ineremporal em vez de somene um período de empo, da mesma forma é focado as conseqüências macroeconômicas das decisões individuais, por exemplo, os microfundamenos, em vez de analisar uma eoria direamene a parir dos agregados. O que leva um aumeno da complexidade necessiando dessa forma da uilização de simulação numérica. Nesse ipo de análise o modelo básico diz respeio a uma economia cenralizada conhecida como modelo de agene represenaivo da economia. Sua exensão diz respeio a decisões descenralizadas, presença do governo, economia abera e moeda. O modelo conhecido como RBC é um exemplo do modelo de agene represenaivo onde é examinado o efeio de choque na produividade (ecnologia) sobre os principais agregados macroeconômicos uilizando o modelo DGE básico ( Dynamic Geral Equilibrium ). A exensão dessa abordagem diz respeio à consideração de ouros ipos de choques de ofera e ambém choques de demanda (como por exemplo, choques moneários e fiscais) e choques exernos. Muias das evidências empíricas dos modelos macroeconômicos DGE diz respeio à uilização dos modelos RBC. Um dos principais problemas com os modelos RBC diz respeio à presença de apenas um ipo de choque, o choque ecnológico.

23 23 A lieraura de RBC ( Real Business Cycles ) ou modelos novos keynesianos é exensa e relaivamene bem desenvolvida. Os rabalhos sérios nessa área sugiram a parir da publicação do arigo de KYDLAND e PRESCOTT (982) 5 que descreveram a economia Americana a parir de um modelo de equilíbrio geral esocásico. Ese arigo ajudou os auores a ganharem o prêmio Nobel de economia em 2004 (MACCANDLESS, 2008). Seguindo os procedimenos de consrução dos Modelos de KYDLAND e PRESCOTT (982) 5 que possuem fundamenações microeconômicas nas quais os consumidores e produores são agenes oimizanes, apresenam expecaivas racionais, podendo haver poder de mercado com relação aos salários e aos preços, ambém é possível adicionar mercado financeiro domésico e exerno, sendo que as políicas governamenais operam sob resrição orçamenária e ceras regras pré-especificadas. Essas écnicas êm sido desenvolvidas próximo ao modelo de crescimeno de Solow que usualmene chega-se a um esado esacionário (equilíbrio). Na presença de choques esocásicos, a resposa dinâmica do modelo e o seu esado esacionário é deerminada, aravés da linearização ou da aproximação de Taylor de ordem maior. Eses úlimos modelos são chamados de Real Business Cycle (RBC) ou Modelos Novos Keynesianos, dependendo da misura de écnicas uilizadas e da escolha da fone de choques esocásicos (MACCANDLESS, 2008 ). Um dos emas de pesquisa predominane dos economisas novos clássicos seguindo a onda da revolução das expecaivas racionais no início das décadas de 70, diz respeio à meodologia de equilíbrio geral para analisar fluuações econômicas. Os pioneiros nessa linha de pesquisa conhecida como RBC foram: KYDLAND e PRESCOTT (982), long e PLOSSER (983) e PRESCOTT (986) 6 ciado por HEIJDRA e VAN DER PLOEG (2002). O arigo de KYDLAND e PRESCOTT (982) 5 represenou uma mudança na condua macroeconômica de conduzir pesquisa empírica, pois o paradigma predominane na época focava aspecos puramene esaísicos (ou forma 5 Kydland, F. e PRESCOTT, E. C. Time o Build and Aggregae Fluuaions. Economerica. 982, 50, pp PRESCOTT, E.C. Theory ahead of business cycle measuremen. Federal Reserve Bank of Minneapolis Quarerly Review, 986, vol. 0, pp

24 24 reduzida) para caracerizar o comporameno macroeconômico, ou um sisema de equações que ignorava considerações sobre equilíbrio geral e o comporameno foward-looking por pare dos agenes econômicos. Críicas poderosas para esse méodo foi feio por LUCAS (976) 7, e conribuições meodológicas foram feias por SIMS (972) 8 e HANSEN E SARGENT (980) 9 que marcaram uma ransição para um novo paradigma empírico. Nese eságio de ransição, a imposição formal de disciplinas eóricas que caracerizavam forma reduzida ornou-se esabelecida. A fone desa disciplina era uma classe de modelos que ficou conhecida como dynamic sochasic general equilibrium (DSGE) models. Ese ipo de abordagem impõe a forma de resrições de equações cruzadas, sob um comporameno esocásico de um conjuno de variáveis exógenas, acompanhada por um comporameno foward-looking por pare dos agenes omadores de decisão, o que implica um comporameno esocásico das variáveis endógenas, que são deerminadas pelos omadores de decisão. Apesar disso, nunca a imposição de ais resrições são indireas, a especificação da forma reduzida coninua a servir como pono focal da pesquisa empírica. Um dos exemplos desse ipo de modelagem é conhecido como modelos RBC. Os fundamenos dos modelos RBC seguem a radição dos modelos de crescimeno neoclássico, adicionando duas novas caracerísicas. O rade-off enre rabalho e lazer por pare dos omadores de decisão e um ambiene de incereza para avaliar evolução do progresso ecnológico (DEJONG e DAVE 2007). Os modelos RBC são uma exensão dos modelos de crescimeno deerminísico de Ramsey onde as decisões de ofera de rabalho por pare das famílias são agora endógenas. No modelo a família represenaiva oma decisão com relação ao consumo presene e consumo fuuro, a ofera de rabalho e a poupança. As empresas represenaivas conraam faores de produção que são oferadas pelas famílias e produzem produos. O governo deermina imposo sob bens de consumo ( levies axes ). Todos os agenes que operam na economia 7 LUCAS, R. E. Economeric policy evaluion: A criique. Journal of Moneary Economic, 976, supplemen, 9-46 pp. 8 SIMS, C. A. Money, Income and Causaliy. American Economic Review, 972, vol. 62, pp HANSEN, L. P. e SARGENT, T. J. Formulaing and Esimaing Dynamic Linear Raional Expecaions Models. Journal of Economic Dynamic and Conrol, 980, vol. 2, pp

25 25 possuem previsão perfeia ( perfec foresigh ). O modelo pode ser usado para esudar como a economia reage a choques nos gasos do governo. (HEIJDRA e VAN DER PLOEG, 2002). No modelo de Solow a poupança é exógena, onde a poupança é uma fração consane do produo. Embora a função consumo seja empiricamene bem ajusa dessa forma, há sérios problemas eóricos que fazem com que a função consumo nessa analisada de oura forma. Pois diane um modelo de agene represenaivo forward-looking o consumo depende da renda disponível e da renda ao longo de sua vida. Dessa forma o modelo de Ramsey incorpora a eoria de consumo ineremporal nos modelos de crescimeno, em ouras palavras a poupança passa a ser endógena (HEIJDRA e VAN DER PLOEG, 2002) Modelos de equilíbrio geral dinâmico (dynamic general equilibrium, DGE), em paricular sua versão mais popular, os modelos RBC (real business cycle), ornou-se um paradigma na macroeconomia, suas caracerísicas principais diz respeio ao comporameno oimizane inerermporal dos agenes econômicos, mercado compeiivo, os preços e os salários são flexíveis de maneira que o mercado ende ao equilíbrio. Nese ipo de macromodelagem esocásica dinâmica, assumi-se que apenas exisem choques reais; como por exemplo, choques ecnológicos, choque no gaso do governo, variação da axa de imposo ou mudanças na preferências, geram fluuações econômicas. Recenemene caracerísicas keynesianas são adicionadas nos modelos DGE preservando suas caracerísicas principais como agene oimizane ineremporal e equilíbrio de mercado, mas inroduzindo compeição monopolísica e rigidez nos preços e salários, essa linha de pesquisa é conhecida como novos keynesianos (GONG e SEMMLER 2006) Os modelos RBC (Real Business Cycle) e DSGE (Dynamic Sochasic General Equilibrium) que descrevem um méodo para analisar o comporameno cíclico da economia, passou a ser um insrumeno necessário para a formação dos macroeconomisas. O méodo RBC é uma esruura flexível para analisar quaniaivamene fluuações econômicas, esá agenda de pesquisa propõe novas écnicas para examinar as fluuações nos aspecos eóricos e empíricos. Os

26 26 aspecos eóricos são baseados no modelo de crescimeno neoclássico que podem ser usados para esudar fluuações econômicas. No modelo RBC padrão são uilizados ecnologia esocásica e expecaiva racional, dessa forma aderene a agenda de pesquisa com fundamenos microeconômicos sugeridos por Lucas. Nos modelos RBC o comporameno dos agenes são oimizanes sob uma esruura de incereza, que esá relacionado com os choques ecnológicos que influenciam nas fluuações econômicas. Infelizmene, o modelo de crescimeno neoclássico leva a um comporameno não linear, descarando dessa forma solução analíica para os casos gerais. O procedimeno comum é a linearização do modelo ao redor do pono de equilíbrio do sisema e considerar uma solução aproximada. Os pesquisadores uilizam programas de compuadores como GAUSS ou MATLAB para resolver e analisar esses sisemas de equações lineares (KARAGEDIKLI, e al 2008). O modelo RBC (Real Business Cycle) padrão considera como fone de fluuação econômica, os choques ecnológicos, esse ipo de choque é uma fone não moneária, por isso a razão da palavra real, mas poderá exisir ouras fones reais como por exemplo: aleração no imposo, variação do gaso do governo, variação nas preferências, aleração no ermo de roca e nos preços da energia (McGRATTAN, 2006). REBELO (2005) analisa que o esudo da fluuação econômica a parir da década de 980 parem de rês idéias revolucionárias. A primeira idéia diz respeio que as fluuações econômicas podem ser esudadas uilizando modelos de equilíbrio geral dinâmico, nesses modelos os agenes são oimizanes e operam em um mercado compeiivo com expecaiva racional sobre o fuuro, a segunda idéia considera a possibilidade de unificar a fluuação econômica com eoria do crescimeno onde os modelos de fluuação econômica devem ser consisene com regularidade empírica do crescimeno de longo prazo. A erceira idéia considera que é possível ir além da comparação qualiaiva das propriedades do modelo com os faos esilizados que dominou os rabalhos eóricos do macroeconomisas aé 982. É possível calibrar 0 os modelos com parâmeros, esendo os esudos 0 É uma écnica muio uilizada em modelos de equilíbrio geral compuável, conforme discuido por HOOVER, K. D. (995)

27 27 microeconômicos para as propriedades de longo prazo da economia, podendo dessa forma uilizar esses modelos calibrados para gerar dados arificiais e compará-los com os dados reais. Os modelos DSGE não apresenam uma solução fechada (explicia) a não ser em circunsâncias muia resria como função de uilidade em logarimo e oal depreciação do capial. Dessa forma é necessário uilizar méodos compuacionais para deerminar como o modelo se compora para uma dada condição inicial e um cero conjuno de valores dos parâmeros. Esses resulados podem ser diferenes dependendo dos méodos de solução escolhida. Há duas classes de méodo de solução, o méodo de perurbação e o méodo de projeção, ambos os méodos apresenam vanagens e desvanagens. O méodo de perurbação envolve aproximação local baseado na expansão de Taylor, o méodo de projeção invesiga as regras de decisão para o consumo que apresenam um comporameno racional de maneira al que saisfaz a equação de Euler de uma maneira suficienemene robusa (LIM e McNELIS 2008). O modelo de crescimeno de Ramsey é um modelo padrão de naureza Walrasiana de uma economia agregada, ese modelo exclui imperfeições de mercado e heerogeneidade enre as famílias. A exensão desse modelo incorpora fluuação agregada, dessa forma o modelo de Ramsey deverá ser modificado de duas maneiras; a) é necessária uma fone de disúrbio, pois sem choque, o modelo de Ramsey converge para uma rajeória de crescimeno equilibrado e enão haverá um crescimeno suave. A exensão inicial do modelo de Ramsey inclui fluuação enfaizando choques ecnológicos, iso é, mudança na função de produção de período para período, mais recenemene há esudos que analisam choques provocados por gaso de governo, ambos os choques represenam choques reais em oposição a choques moneários ou nominais. Por essa razão os modelos são conhecidos como real business cycle (RBC), b) a segunda modificação com relação ao modelo de Ramsey diz respeio à incorporação no modelo de variação no nível de emprego, iso é, o rabalho é agora endógeno. Dessa forma o nível de uilidade das famílias dependerá da quanidade consumida e da quanidade de rabalho. Dessa forma os modelos RBC apresenam

28 28 caracerísicas esocásicas gerado pelos choques ecnológicos e rabalho endógeno (ROMER 200). O propósio dos modelos RBC é explicar fluuações agregadas sem referência a políicas moneárias, as fluuações agregadas do produo e do emprego não é uma manifesação de uma falha de coordenação de algum mercado, mas um resulado naural da economia compeiiva onde os indivíduos racionais omam decisões ineremporais óimas em resposa à mudança esocásica da função de produção, ouro aspeco desse modelo é que são modelos de equilíbrio geral dinâmicos da economia, dessa forma esses modelos geram um conjuno de variáveis macroeconômicas, conrasando com ouros modelos que descrevem o comporameno de um subconjuno da economia. Os modelos RBC são descendenes dos modelos de LUCAS (975) e BARRO (976) 2 cujos elemenos em comum dizem respeio à função de subsiuição ineremporal, a ênfase no comporameno oimizane dos agenes econômicos e presença de mercados em equilíbrio, os ponos divergenes diz respeio à fone de fluuação macroeconômica, os modelos da versão de Lucas e Barro enfaizam os choques moneários como causa de fluuação econômica. (HUCH, C e TREHAN, 99) Alguns modelos de crescimeno ipo modelo de Solow esão preocupados em analisar o pono de equilíbrio ( seady sae ) ou o crescimeno balanceado e o que deerminaria a axa média de crescimeno de longo prazo do consumo, produo, salário, ec. Mas a macroeconomia ambém se ineressa pelo fao de que o crescimeno equilibrado não é observado, mas em vez disso exise a presença de ciclos irregulares na maioria dos agregados, alvez ao redor de alguma endência. Para produzir ais ciclos nos modelos de crescimeno deverá ser adicionado algum choque (mudança na variável exógena como população ou progresso ecnológico). Os insrumenos uilizados para esudar os modelos de fluuação econômica ( business cycle models ) são: programação dinâmica, função impulso resposa, cálculo de momenos e o méodo de momenos LUCAS, R. E. An Equilibrium Modelo of he Business Cycle. Journal of Poliical Economy. 975, vol. 83, pp BARRO, R. J. Raional Expecaions and he Role of Moneary Policy. Journal of Moneary Policy. 976, vol. 2, pp. -32.

29 29 generalizados ( generalized mehod of momens, GMM). No esudo de fluuações econômicas, há dois ipos de modelos principais; o modelo OLG ( Overlapping Generaions, nese modelo os indivíduos vivem somene dois períodos havendo duas gerações ou coore, geração jovem e geração velha, havendo uma sobreposição de gerações) e o modelo de agene represenaivo. Para fazer com que um modelo de crescimeno possa analisar fluuação econômica, simplesmene basa adicionar algum ipo de choque, um exemplo seria um choque ecnológico. Com esse ipo de choque o modelo fica conhecido como real business cycle model. A caracerísica que disingui o modelo RBC é que esse ipo de modelo enfaiza a imporância dos choques ecnológicos para gerar fluuação econômica. A versão básica desse modelo considera apenas a presença de choques ecnológicos conrasando com a macroeconomia radicional que aribui à presença de ciclos devido à políica moneária e fiscal. Enreano recenemene os modelos que analisam fluuação econômica consideram esses dois ipos de choque, não havendo esá dicoomia. (SMITH 999) FEVE e LANGOT (994) avaliaram a capacidade dos modelos RBC de represenar os ciclos de negócios ( business cycle ) na França aravés da reprodução dos momenos de segunda ordem, considerando rês suposições sobre o mercado de rabalho; a) a não separação do empo de lazer ( non-ime separabiliy of leisure) na função uilidade como foi analisado por Kydland e Presco (982), modelo KP; b) a presença de rabalho indivisível, modelo HR e c) presença de informação imperfeia no mercado de rabalho aravés da inrodução do comporameno oculo do rabalho ( labour-hoarding behaviour ), modelo BER. Foi uilizado o méodo de momenos generalizados (GMM) para esimar os parâmeros esruurais do modelo e esar a capacidade do modelo em reproduzir as caracerísicas cíclicas da economia francesa. Todos os modelos iveram uma função de uilidade que apresenaram uma relação pró-cíclica do consumo e emprego. O modelo HR não obeve aderência com os dados reais, o modelo KP represenou melhor os faos esilizados do mercado de produo e o modelo BER foi o que melhor explicou as caracerísicas do mercado de rabalho francês.

30 30 CARAIANI (2007) calibrou e simulou um modelo de ciclos reais de negócios padrão (RBC) para a economia Romena uilizando dados rimesrais para o produo domésico bruo, esoque de capial para o período de Os resulados mosram que o modelo RBC padrão pode ser um bom começo para simular a dinâmica macroeconômica da economia Romena. Os desvios padrão do modelo simulado são próximos da economia real, com exceção do consumo. A correlação da maioria das variáveis simuladas (consumo, invesimeno privado, produo domésico bruo, esoque de capial e população) são bem próximas das variáveis reais novamene com a exceção do consumo. Foi observado que o capial é moderadamene pro-cíclica e o consumo é mais voláil que o produo. A seguir serão apresenados alguns rabalhos que analisaram o modelo RBC para o Brasil 2. MODELOS RBC NO BRASIL KANCZUK e FARIA JR (2000) consruíram uma economia arificial com rabalho indivisível e cusos de ajusameno, os parâmeros foram calibrados e os dados gerados por esa economia foram comparados com as séries da indúsria brasileira, foram uilizados as seguines variáveis: consumo, invesimeno, produção e horas rabalhadas para o período de janeiro de 985 a janeiro de 999. Os dados reais foram dessazonalizados e filrados pelo méodo de Hodrick- Presco (HP). A simulação da economia arificial foi feio aravés do resíduo de Solow, foi verificado a imporância do cuso de ajusameno, para melhorar a aderência do modelo com os dados reais. A economia proposa reproduziu vários de faos esilizados no enano apresenou fluuações das horas rabalhadas inferiores às observadas na economia real. KANCZUK (200) desenvolveu um modelo de equilíbrio geral dinâmico para uma economia pequena e abera com o objeivo de comparar com os ciclos reais

31 3 brasileiros, foi observado que com as preferências escolhidas e com os cusos de ajusameno de capial a economia arificial gerou dados cujas simulações foram consisenes com as volailidades das conas nacionais e com o caráer conracíclico da balança comercial. Os dados uilizados foram o GDP dessazonalizados, o invesimeno como a fração do GDP alocados para a formação do capial bruo, as exporações líquidas foram as séries de quanum da FUNCEX. A série de consumo foi obida a parir da subração do produo e invesimeno, foi desconsiderada a exporação líquida para deerminar o consumo conforme discuido pelo auor. Para analisar o mercado de rabalho foram uilizadas as variáveis nível de emprego obido a parir da PME (pesquisa mensal de emprego, IBGE) e horas rabalhadas no seor indusrial obido a parir do PIM (pesquisa indusrial mensal, IBGE). Esses dados esavam na forma rimesral para o período de 980: a 200, excluído as observações do ano de 990 devido a sua urbulência. VAL e FERREIRA (200) analisaram os modelos de RBC com rabalho indivisível seguindo o modelo de Hansen (985) 3, oura versão uilizada foi o modelo de cash in advance elaborado por Cooley e Hansen (989) 4 para a economia brasileira. Em primeiro lugar foi examinado os faos esilizados onde foram separados os componenes cíclicos das séries. Os parâmeros dos modelos foram esimados pelo méodo generalizados dos momenos (MGM). Denre os modelos uilizados, o que obeve maior aderência foi o ipo cash in advance com axação disorcida. Ao analisar os faos esilizados, o excesso de volailidade do consumo não foi adequadamene reproduzido pelos modelos esados. ELLERY, JR, GOMES e SACHSIDA (2002) apresenaram simulações para dois modelos de equilíbrio geral dinâmico (o modelo básico de ciclos reais e o modelo com rabalho indivisível), os dados gerados por esses modelos foram comparados com os dados observados pela economia brasileira, os resulados enconrados pelos auores mosraram que os modelos uilizados não foram capazes de reproduzir alguns dos faos observados. Os dados uilizados por esses 3 Hansen, G.D. Indivisible labor and he business cycle. Journal of Moneary Economics. v. 6, p , COOLEY, T.F. e HANSEN, G.D. The inflaion ax in a real business cycle model. American Economic Review, v. 79, p , 989.

32 32 auores foram: GNP ( Gross Naional Produc ) (essa variável é mais indicada que o GDP ( Gross Domesic Produc ) para analisar os modelos RBC) para o período de 947 a 998, consumo final exraído das conas nacionais que é composa pela soma do consumo das famílias e consumo do governo (947 a 998), invesimeno e esoque de capial (970 a 998), com relação ao mercado de rabalho foram uilizados as variáveis horas rabalhadas, nível de emprego e produividade para o período de 975 a 998. Para analisar os ciclos foram uilizados o filro HP e o filro band-pass. KANCZUK (2002) consruiu um modelo de equilíbrio geral dinâmico para esudar a relação quaniaiva enre fluuações na axa de juros reais e os ciclos reais da economia brasileira. O modelo mosrou-se consisene com as volailidades cíclicas dos componenes das conas nacionais e com a naureza conra-cíclica dos juros reais quando as empresas esão sujeias a resrições de capial de giro. Esse modelo ambém pode ser uilizado, para esimar a curva IS dinâmica que é uma informação imporane para os modelos de meas de inflação. Foram uilizados dados rimesrais de 980: a 200:, exraídos no sie das seguines variáveis PIB dessazonalizada de média móvel, invesimeno como uma fração do PIB alocada para a formação de capial, consumo que foi obida a parir da subração do produo e do invesimeno, nível de emprego nas áreas meropolianas (PME) e horas rabalhadas no seor indusrial (PIM), a axa de juros real é a Selic desconada pelo IPCA cenrado. ELLERY JR. e GOMES (2005) analisaram fluuações econômicas uilizando a modelagem RBC para diferenes países onde verificaram um padrão de semelhanças enre os ciclos de negócios (business cycle) dos diversos países (Brasil, Ausrália, Canadá, Japão, Esados Unidados, ec) para diversos períodos, onde foi observado que consumo e invesimeno são pró-cíclicos e foremene correlacionados com o produo. A variáveis uilizadas foram: PIB pré-guerra e inerguerras, PIB pós-guerra, consumo das famílias a parir de 947, consumo do governo, invesimeno que corresponde à formação brua de capial fixo das conas nacionais acrescida das variações de esoque.

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