EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO POLÍTICA: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE POLÍTICA DOS ESTUDANTES. 1

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1 EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO POLÍTICA: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE POLÍTICA DOS ESTUDANTES. 1 José Bolíva Bubano Paedes Douto em Ciências da Educação Univesidade Fedeal do Maanhão bubano@bol.com.b RESUMO O pesente tabalho destaca a impotância do domínio dos fundamentos teóico-páticos sobe a fomação da subjetividade no cotidiano das instituições escolaes e do tabalho docente, especialmente no contexto da fomação política dos estudantes; uma vez que, no discuso pedagógico se pioiza a impotância da fomação política dos estudantes, no entanto, a pática fica estita à simples tansmissão do conhecimento. Na dinâmica da estutuação da subjetividade essaltamos a impotância da educação escola e do tabalho dos pofessoes no desenvolvimento das pessoas e na fomação das subjetividades dos estudantes, seja desde uma pespectiva paticula até a compeensão de uma subjetividade social e política, pois se considea que os indivíduos não se fomam só paa si mesmos senão também paa atua como sees políticos, cíticos e tansfomadoes da sociedade. Valoiza-se, desta maneia, as contibuições da Psicologia nos pocessos de escolaização e na fomação da subjetividade política tanto de alunos como dos pofessoes. Palavas chaves: Escolaização. Subjetividade. Subjetividade política. INTRODUÇÃO A histoia da humanidade nos demonsta que os sees humanos, desde a época pimitiva, se peocupaam em cuida e gaanti que os novos membos apendam conhecimentos, páticas e costumes que os pemitam esta aptos a enfenta o mundo e sobevive dento dele; nesse sentido, o entono humano e as inteelações que nele acontecem constoem a nossa humanidade e estutuam a nossa identidade e subjetividade. Nesse contexto, a humanidade e a subjetividade não são tansmitidas; a subjetividade é una poducción subjetiva oientada a poduci altenativas fente a las condiciones objetivas en que vive la pesona (GONZÁLEZ REY, 2013, p. 45). Considea a subjetividade como uma podução e, potanto, como um pocesso, contibui positivamente na compeensão da natueza dinâmica da condição humana; a mesma que continuamente se envolve em pocessos dialéticos de inteelação do seu eu inteno (subjetivo) 1 Este tabalho foma pate da pesquisa intitulada Educação e subjetividade: desafios do tabalho docente na contempoaneidade.

2 com o exteno (o objetivo) paa da um sentido pessoal e social ao objetivo, configua sua natueza psíquica pessoal e, potanto, constui a sua subjetividade como uma maneia pessoal de semos no mundo; pois, la subjetividad es un sistema de epesentaciones y un dispositivo de poducción de significados y sentidos paa la vida, de valoes éticos y moales gobenados po el deseo inconsciente y los ideales del yo, que deteminan en su conjunto los compotamientos pácticos del individuo (GALENDE apud MELILLO, 2008, p. 26). Nesta dinâmica da estutuação da subjetividade, a educação escola e o tabalho dos pofessoes contibuem pincipalmente no desenvolvimento das pessoas (COLL, 1994) e na fomação das subjetividades dos estudantes, mesmo quando as políticas públicas educacionais pioizam a fomação do tabalhado. Convém especifica que esse futuo tabalhado é uma pessoa com uma identidade pessoal, social, cultual e subjetividade especificas; caacteísticas que oientaão e deteminaão as fomas de ealiza-se como pessoa, seja no mundo do tabalho como no âmbito familia, político e econômico. No âmbito da educação escola, a pati da segunda metade do século passado, váias vetentes teóicas discutem a impotância da fomação política dos estudantes, pincipalmente desde uma pespectiva sociológica e econômica; no entanto, não se discute desde o ponto de vista psicológico. No caso conceto do cuso de Pedagogia da Univesidade Fedeal do Maanhão, os pogamas das disciplinas, e ente elas as de Psicologia, não contemplam a discussão e apofundamento teóico da educação como pática de fomação da subjetividade e nem da fomação da subjetividade política. Diante do exposto, a finalidade e objetivo deste tabalho é destaca os fundamentos teóicos elacionados com a fomação da subjetividade política, de maneia que os pofissionais da educação se conscientizem que a fomação da subjetividade política não é um meo discuso senão que tem fundamentos teóico-páticos que se concetizam no cotidiano dos pocessos de escolaização; pois, como afima Gadelha (2009, p. 173) a subjetividade envolve-se em pocessos, políticas, dispositivos e mecanismos de subjetivação, isto é, de constituição de identidades, de pesonalidades, de fomas de sensibilidade, de maneias de agi, senti e pensa, nomalizadas, sujeitadas, egulamentadas, contoladas.... CONTRIBUIÇOES DA PSICOLOGIA NA FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE POLÍTICA DOS ESTUDANTES

3 Reconhece o papel fomado da escola implica aceita que a escola também é um espaço pivilegiado de subjetivação das pessoas e, sem desmeece as elações familiaes e sociais, se tona impotante apofunda na maneia, na histoia e nas condições institucionais em que se desenvolvem tanto o pocesso psíquico da subjetivação como os pocessos de constução do laço social humanizante; pois, como afima Dueñas (In: REVISTA GENERACIONES, 2012, pp ), nas instituições sociais se evidenciam as fomas concetas e significativas de configuação das tamas singulaes de subjetivação. Na atualidade, as tamas de subjetivação são ainda mais desafiadoas se admitimos, como manifesta Bauman (2.013, p. 36) que vivemos num mundo volátil como el de la modenidad líquida, en el cual casi ninguna estuctua conseva su foma el tiempo suficiente como paa gaantiza alguna confianza y cistalizase en una esponsabilidad a lago plazo. Esta ealidade volátil nos emete a discuti sobe os valoes e pincípios que devem oienta a educação, a socialização, a cultuização e a subjetivação das pessoas; pois, fente a uma ealidade em constante e ápida tansfomação também a subjetividade encontam-se afetada, desafiada e em constante estutuação. Segundo Anthony Elliott (1997 apud SCHLEMENSON, 2013, p. 43) a subjetividade constitui-se no posicionamiento psíquico que asume un sujeto a pati del cual modifica y amplia su campo social po la inclusión de una divesidad de posiciones. Sendo assim, a subjetivação, além de nos popociona identidade pessoal e social, configua deteminadas fomas de nos inseimos no mundo econômico, social e cultual, tanto paa faze uso dele como paa tansfomálo, pois enquanto sujeitos sociais, somos desafiados a vive em sociedade e a nos sentimos esponsáveis do nosso entono. Este compomisso com o social ( subjetividade política ) constitui-se num outo desafio impotante na fomação das pessoas; desafio que deve se assumido pela família, pela escola e po todos os agentes sociais peocupados com o futuo das pessoas e da sociedade; pois, educa la subjetividad política es taea de cada uno y desafío colectivo, es demanda de las cicunstancias y abitio de quienes quieen tansfomase en actoes sociales ejeciendo su popio pode (ISABELINO SIEDE apud RUIZ SILVA, 2012, p. 17).

4 Potanto, a discussão e eflexão sobe o papel da educação e do tabalho docente se constituem em desafios políticos, uma vez que estamos fomando pessoas paa vive numa ealidade social, política, econômica e cultual cheia de significações de pode, contole e conflito, o que exige um posicionamento político; pois, lo que podíamos llama de subjetividad política no se encuenta po fuea de la histoia. Se tata, pincipalmente, de una constucción psicológica y social que posee un significado difeencial según la época y el tipo de sociedad en la que se vive, la intensión política que posiciona al sujeto, sus conflictos y los niveles de aceptación o esistencia que genean sus poyectos sociales en cada contexto (RUIZ SILVA, 2012, p. 114). Nesse sentido, e tendo em conta a ealidade atual, onde constatamos a apidez das tansfomações científicas, econômicas, sociais, políticas e cultuais, necessitamos que os pocessos fomativos (ente eles os desenvolvidos pelas instituições escolaes) se peocupem em pepaa as cianças, adolescentes e jovens paa se sentiem esponsáveis po suas vidas e po tudo o que acontece ao seu edo, poque, como afima Isabelino Siede (apud RUIZ SILVA, 2012, p. 18), paa convalida los pocesos históicos vigentes o paa enfentalos, foma la subjetividad política es da heamientas paa el ejecicio del pode. Y es también constui puentes ente la vida popia y el contexto social, pues no se puede foma lo humano de cada uno sin foma también lo ético y lo político que nos constituyen como sees históicamente situados, pues como él mismo diá el funcionamiento de las instituciones públicas se asienta sobe la cultua política de los sujetos. Allí afloan la complacencia o la ebeldía, el individualismo o la solidaidad, la páctica delibeativa o la pepotencia, ente otos asgos que dan sustento subjetivo a los pocesos políticos Nesse contexto, a subjetividade política não constitui um discuso vazio senão uma pática de humanização e subjetivação de pessoas e identidades com fundamentos teóicos e epistêmicos específicos, que devem se conhecidos e tabalhados pelos docentes enquanto sujeitos sociais e históicos fomadoes de novas geações e de novos sujeitos políticos que se sentam esponsáveis po si mesmos, pelos outos e pelo mundo. Esta esponsabilidade consigo mesmo, com os outos e com o mundo se expessa em atitudes de espeito, solidaiedade, colaboação, diálogo. Atitudes que devem se constuídas e vivenciadas, também, no ambiente escola como pate da fomação da cidadania e da fomação política dos alunos (subjetividade política), de maneia que econheçam o valo e a impotância dos

5 outos na nossa humanização e na constução de uma sociedade mais humana. Po esse motivo, o tabalho dos pofessoes e o ambiente escola devem constitui-se em ambientes de humanização e politização, onde os alunos, além de senti-se bem, devem expeimenta pocessos de constução e desenvolvimento da sua identidade pessoal e social, atavés da vivência de atitudes que os valoizem como pessoas, que espeitem suas posições e que lhes pemita melhoa na sua capacidade de autovaloiza-se como sujeitos históicos e socialmente esponsáveis. À GUISA DE CONCLUSÃO Uma discussão cítica e política da escola e do tabalho dos pofessoes deve enfatiza as intefeências das inteelações humanas no pocesso de ensino-apendizagem, na fomação da nossa humanidade e na fomação da subjetividade, tanto pelo pópio sentido e fins da educação como pelo longo peíodo de tempo em que as pessoas passam no ambiente escola (Althusse, 1983; Boudiue, 1999; Dueñas, 2012), o que necessaiamente deixa macas de subjetivação. Deste ponto de vista, as instituições educacionais devem constitui-se em ambientes que favoeçam o estabelecimento de elações intepessonais positivas e motivadoas ente os pofessoes e os alunos, de maneia que o tabalho docente gaanta que os alunos tenham acesso a fomas paticulaes de subjetivação, assim como ao conhecimento e aos sabees que são necessáios paa te sucesso na vida. Po esse motivo, é impotante destaca a impotância da figua e do tabalho do pofesso na mediação do conhecimento e na fomação de identidades. Na fomação da subjetividade, é impotante que se popocione aos alunos situações de apendizagem que os pemita adquii estatégias de exploação, descobimento e análise cítica da ealidade e dos conhecimentos, na pespectiva de desenvolve a fomação e compomisso social, ético e político, fatoes constituintes de uma subjetividade política de tal maneia que se sintam capazes de efleti e posiciona-se positivamente sobe si mesmos e sobe a ealidade que os odeia. Neste sentido, se busca estutua uma patica educativa que se compometa com o desenvolvimento integal das pessoas.

6 REFERÊNCIAS ALTHUSSER, Louis. Apaelhos ideológicos de Estado. Rio de Janeio: Gaal, BAUMAN, Zygmunt. Modenidad líquida. Ciudad Autónoma de Buenos Aies: Fondo de Cultua Económica, BOURDIEU, Piee. Escitos de educação. Petópolis: Vozes, COLL, Césa. Apendizagem escola e constução do conhecimento. Poto Alege: Atmed, COLL, Césa; MARTIN, Helena (et. al). Apende conteúdos e desenvolve capacidades. Poto Alege: Atmed Editoa, FONTANA, Roseli Ap. Cação. Mediação pedagógica na sala de aula. 2ª ed. Campinas, São Paulo: Autoes Associados, GADELHA, Sylvio. Biopolítica, govenamentalidade e educação. Intodução e conexões, a pati de Michael Foucault. Belo Hoizonte: Autêntica Editoa, GONZÁLEZ REY, Fenando Luis. El sujeto y la subjetividad en la psicología social: un enfoque históico-cultual. 1ª. Ed. 2ª. eimp. Buenos Aes: NOVEDUC, p. IMBRIANO, Amelia Haydée. La odisea del Siglo XXI: Efectos de la globalización. 2ª. edic. Buenos Aies: Leta Viva, MALUF, Maia Iene (cood.). Apendizagem: tamas do conhecimento, do sabe e da subjetividade. Petópolis, RJ: Vozes: São Paulo: Associação Basileia de Psicopedagoga, MELILLO, Aldo; SUAREZ OJEDA, Elbio Nésto y RODRÍGUEZ, Daniel. Resiliencia y subjetividad. Los ciclos de la vida. 1ª ed. 2ª. eimp. Buenos Aies: Paidós, p. Revista GENERACIONES. Pensa con el psicoanálisis niños/as adolescentes famílias. Adian Gassi. Año 1. No. 1. Buenos Aies: Editoial Univesitáia de Buenos Aies, ISSN RUIZ SILVA, Alexande e PRADA LONDOÑO, Manuel. La fomación de la subjetividad política: popuestas y ecusos paa el aula. 1ª. Ed. Buenos Aies: Paidós, pp. SCHLEMENSON, Silvia (et. al). Subjetividad y lenguaje en la clínica psicopedagógica: voces pesentes y pasadas. 1ª. Ed. 3ª. eimp. Buenos Aies: Paidós, p.