Demanda e distribuição de renda: uma análise do crescimento econômico brasileiro de 1993 a 2013 *

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1 Arigos originais Economia e Sociedade, Campinas, Unicamp. IE. hp://dx.doi.org/0.590/ v27n3ar03 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 * Marcos Toses Lamonica *** Sergiany da Silva Lima **** Resumo O objeivo dese rabalho é invesigar empiricamene o crescimeno da economia brasileira de 993 a 203. Iso foi feio à luz da modelagem de Naasepad (2006), que analisa se o regime de demanda é age-led ou profi-led. Assim, para deerminar o regime de demanda no período, foram esimadas as equações de invesimeno, exporação e propensão média a poupar. As equações esimadas nos permiiram realizar o cálculo do efeio muliplicador e do efeio elasicidade do invesimeno e da exporação. Desas esimaivas deduziu-se que a economia brasileira experimenou um regime de demanda caracerizado pelo age-led, devido especialmene à baixa paricipação dos invesimenos e das exporações na composição da renda nacional. Todas as equações foram esimadas por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) com desvio padrão robuso dos parâmeros. Os eses esaísicos realizados após a esimação sugerem um modelo não viesado e consisene. Palavras-chave: Disribuição de renda; Demanda agregada; Crescimeno econômico. Absrac Demand and income disribuion: an analysis of he Brazilian economic groh beeen This ork aims o empirically invesigae Brazilian economic groh from 993 hrough 203. I is based on Naasepad's model, hich deermines heher he demand-led groh is age-led or profi-led. Thus, in order o deermine he demand regime of he period, e esimaed he equaions for invesmen, expors and aggregae propensiy o save. Esimaing he equaions alloed us o calculae he muliplier effec and invesmen and expor elasiciy effec. The demand regime in he period as age-led, mosly due o lo paricipaion of invesmens and exporaions in he naional income. All equaions ere esimaed by Ordinary Leas Squares and shoed robus sandard deviaion of parameers. The saisical ess, carried ou afer he esimaion, sugges an unbiased and consisen model. Keyords: Income disribuion; Aggregae demand; Economic groh. JEL E37, O38, O47. Inrodução A mudança na condução da políica econômica no início dos anos de 990, em um cenário de aberura econômica, seguida pelo conrole da inflação em 994, gerou uma aleração no comporameno dos preços macroeconômicos: a axa de juros, axa de câmbio e axa de salário. Adoou-se uma axa real de juros posiiva, o câmbio real se valorizou e o salário real * Arigo recebido em 9 de maio de 206 e aprovado em 4 de novembro de 207. ** Professor do Deparameno de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Nierói, RJ, Brasil. marcoslamonica@id.uff.br. *** Professor de Econômica da Unidade Acadêmica de Serra Talhada-UAST da Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPe), Serra Talhada, PE, Brasil. segiany@yahoo.com.br. Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

2 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima ambém aumenou ao longo dos anos 990 e A dinâmica do crescimeno brasileiro no período, seguindo o modelo de Bhaduri e Marglin (990) seria dada da seguine forma: a esabilidade moneária, a qual provocou aumeno do poder de compra dos salários, e a apreciação cambial expandiram o consumo. A consequene expansão da demanda elevaria a uilização da capacidade produiva que, por sua vez, esimularia o invesimeno. Considerando que axa de juros e cuso uniário do rabalho, ambos elevados nesse período, são enraves ao invesimeno, a demanda foi compensada pelo aumeno de ouros componenes. Exceuando os períodos de urbulência econômica, os quais o Brasil enfrenou e reverberou no desempenho do PIB de e 2009, um noável crescimeno do consumo, das exporações e do gaso público aqueceu a demanda na maioria dos anos, assegurando axas de crescimeno econômico posiivas para odo o período ( ). O presene arigo propõe uma análise do crescimeno econômico puxado pela expansão da demanda agregada. 3 Nesa análise, mudanças na disribuição funcional de renda provocam expansão na demanda. Ou seja, baseado no modelo de Bhaduri e Marglin (990), assume-se que os componenes da demanda irão reagir a uma redisribuição da renda. Assim, se a variação do consumo agregado for relaivamene mais sensível às mudanças na paricipação dos salários na renda, diz-se que o regime de demanda é age-led. Se o invesimeno for relaivamene mais sensível às mudanças na fração dos lucros, o regime de demanda é profi-led. Enreano, se o invesimeno for mais sensível às mudanças do nível de aividade econômica e, por consequência, a mudanças do grau de uilização da capacidade produiva, decorrene de uma expansão da demanda associada ao aumeno da paricipação dos salários na renda, o regime de demanda é age-led. Quano às ouras variáveis, o gaso público é uma variável de políica, enquano as exporações líquidas senem os efeios da disribuição com algum araso. A abordagem de Naasepad (2006) acrescena a análise do efeio de uma disribuição de renda sobre as exporações líquidas ao modelo de Bhaduri e Marglin. A auora assume que uma disribuição de renda em favor dos salários (lucros) afea negaivamene (posiivamene) as exporações líquidas e, quando a favor dos lucros, afea posiivamene. Naasepad inroduz aspecos disribuivos no modelo kaldoriano de causação circular baseada na lei Kaldor-Verdoorn. Nessa abordagem, a disribuição de renda é influenciada pelas mudanças de políica econômica. Assim, um aumeno exógeno dos salários acima da produividade implicaria um aumeno do cuso real da mão de obra, reduzindo o lucro da firma e encarecendo os produos exporáveis. No enano, Naasepad (2006) desaca que o aumeno do consumo pode não compensar a queda nos invesimenos e exporações líquidas. Iso implicaria em uma perda de vigor do crescimeno via salários. Ao deprimir o invesimeno e as exporações líquidas, o aumeno dos salários acima da produividade pode ornar esa () Ver Marglin e Bhaduri (990), Seerfield e Cornall (2002), Naasepad (2006), Bhaduri (2008), Hein e Van Treeck(200), para mencionar alguns. Ver Foley (2003), Charles (2005), Charles (2008) e Lima e Meireles (2007), por exemplo, para uma abordagem dos efeios da disribuição de renda sobre o crescimeno sob um ambiene macroeconômico descrio por Minsky, do qual a acumulação de capial e a axa de lucros dos empresários dependem de financiameno inerno e exerno. Ver Blecker (2002), para um modelo de crescimeno puxado pela demanda na abordagem Kaleckiana. 772 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

3 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 rajeória de crescimeno insusenável. Conrariamene, por meio da causalidade cumulaiva, os aumenos do invesimeno e das exporações líquidas junos poderiam compensar a desaceleração do consumo e, assim, proporcionar um crescimeno vigoroso a longo prazo. O objeivo dese paper é invesigar o crescimeno econômico liderado pela demanda no Brasil enre 993 e 203, do qual há evidências de que o crescimeno da massa salarial em conribuído, deerminadamene, para o crescimeno da demanda. Para al arefa, usa-se um indicador que deermina se o regime de demanda no Brasil foi profi-led ou age-led. Ademais, o modelo permie invesigar a relação enre os efeios disribuivos, causados pela variação exógena dos salários, e os efeios nas elasicidades do invesimeno e exporações líquidas. Além desa inrodução, o arigo cona com mais duas seções e a conclusão. Na primeira seção discue-se os efeios da demanda sob o pono de visa das mudanças de políica. Na seção dois apresena-se um modelo de crescimeno liderado pela demanda baseado em Naasepad (2006), o qual uma redisribuição de renda a favor salários afea negaivamene invesimeno e exporações líquidas. E finalmene apresenamos os resulados do modelo economérico aplicado à economia brasileira. A economia brasileira puxada pela demanda ( ). A economia brasileira cresceu duradouramene enre o pós-guerra e 980, induzido pela acumulação de capial. Segundo Feijó, Câmara e Cerqueira (203), esse crescimeno eria ocorrido denro de um regime de demanda induzido pelos lucros dos capialisas 2. 4 Na década de 980, a crise no balanço de pagamenos e o processo hiperinflacionário reduziram o fôlego do crescimeno brasileiro. No início dos anos 990 começou um processo de aberura e reformas orienadas por um arcabouço neoliberal, baseado no chamado Consenso de Washingon. A esabilidade de preços, adquirida com o Plano Real (994), permiiu um ganho real dos salários e, sem o elevado imposo inflacionário, os rabalhadores passaram a consumir mais. A queda da axa de câmbio, um elemeno decisivo para o sucesso do Plano Real, provocou um aumeno do salário real em dólar. Desse modo, a queda da inflação e do câmbio expandiram ano o consumo quano as imporações (vide Tabela ). Os invesimenos e o comércio exerior ambém foram favorecidos ano pela enrada de capiais quano pela queda da axa de câmbio, que baraearam as imporações. No enano, a onda de aaques especulaivos conra moedas nacionais que assolaram países da Ásia (997), a Rússia (998) e o Brasil (999), provocaram elevações da incereza, da axa de câmbio e dos juros. Isso compromeeu os invesimenos, desacelerando o crescimeno do PIB e das imporações, após a crise cambial (2) Feijó e al. (203) analisam o período enre 95 e 989, e enconram um regime de demanda profi-led. Nese período, segundo Tavares e Serra (97), adoou-se a esraégia de compressão salarial, permiindo às firmas apropriar pare dos ganhos de produividade dos rabalhadores. Porano, a ese era de que a poupança precisava aumenar para susenar um elevado nível de axa de invesimeno. Essa esraégia ambém eria sido usada como insrumeno de combae a inflação. Bruno (2003) ambém enconrou um padrão de crescimeno profi-led na economia brasileira enre os anos 973 e 979. Enre 98 e 2000, o padrão de crescimeno predominane foi o age-led. Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

4 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima no final dos anos 990. Mas, ainda assim, segundo Bruno (2003), os anos de 990 foram marcados por um crescimeno induzido pelos salários. De fao, de acordo com Oreiro e al. (202), para maner o conrole de preços, o banco cenral execuou uma políica moneária conservadora, maneve a da axa de juros em paamar elevado, gerando uma apreciação cambial enre 994 e 998, afeando negaivamene a compeiividade das exporações. Assumindo que juros alos e câmbio baixo afeam negaivamene invesimeno e exporação respecivamene, as evidências aponam na direção de um crescimeno do PIB puxado pelo consumo das famílias e, adicionalmene pelo gaso público 3. 5 Em 999, o banco cenral, com a mudança do regime cambial, adoou o regime de meas de inflação, uilizando a axa de juros expliciamene como único insrumeno de combae à inflação 4. 6 Essa políica coninuou a maner diferenças elevadas enre as axas de juros domésica e inernacional (Cf. Serrano; Summa, 202, p. 68), de modo que, esse diferencial araiu um grande influxo de capiais de curo prazo. Como resulado, observou-se uma apreciação cambial e elevação dos cusos uniários do rabalho em ermos reais nos anos subsequenes. A essa expansão exógena da axa de salário acrescena-se a políica do governo federal de valorização real do salário mínimo implemenada em Oreiro (20) apona que essa políica reduziu a diferença com o salário médio, pois a esruura de salários relaivos na economia brasileira é foremene arelada ao comporameno do salário mínimo (Op. ci., p. 9). Para ese auor houve em função desse conexo uma melhora na disribuição pessoal e funcional da renda, a qual esimulou os gasos de consumo da classe rabalhadora. Enre 2003 e 203, além da redisribuição de renda em favor dos salários, ocorreu uma elevação do emprego formal. Giovannei e Carvalho (205) argumenam que esse fenômeno alerou o padrão de consumo de grande pare da população, com impaco na demanda de serviços, pressionando seus preços. O seor de serviços é inensivo em faor rabalho, mas sua produividade é mais baixa em relação aos seores inensivos em capial e sofre pouca concorrência esrangeira. Logo, possui maior capacidade de repasse de aumenos de cusos aos preços. Nesse senido, se a expansão da demanda por serviços conduziu a economia ao pleno emprego, no período supraciado, exerceu pressão sobre a inflação, a qual levou o banco cenral a maner a axa de juros real elevada, que por sua vez araiu capiais de curo prazo, manendo a apreciação cambial e a axa salário ala (cf.: Nassif e al., 205). Ou seja, a políica moneária criou um mecanismo de reroalimenação da apreciação cambial e, por consequência, cuso uniário do rabalho elevado. A crise financeira inernacional de 2008 provocou uma queda nos fluxos exernos, e, porano, uma conração da demanda e do produo. A resposa da políica econômica à época foi colocar em práica uma políica fiscal anicíclica. A economia brasileira se recuperou em 200 do choque da crise exerna inernacional, porém a políica econômica colocada em práica (3) A expansão do gaso público em enre suas consequências o crescimeno do funcionalismo público, conribuindo desa forma para o aumeno da massa de salários da economia. (4) A mea para a expecaiva inflacionaria faz pare de um arranjo de políica conhecido na lieraura como ripé de políica macroeconômica, composo por meas de inflação, superávi primário fiscal e axa de câmbio flexível, ver Nassif (205). 774 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

5 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 não foi susenável. No período seguine (20-203), iniciou-se um ciclo de redução da axa de juros e, conforme a evolução da demanda, o governo concedia subsídios, isenções fiscais e expansão do crédio para maner o regime de demanda. Além disso, a queda da axa de desemprego colocava mais um ingrediene ao caldeirão do salário real, e mais grave, a expansão da demanda não era acompanhada de uma expansão na produividade do rabalho (Lamonica; Feijó, 203, p. 05). Assim, os salários reais foram ao longo dos úlimos anos sendo manidos arificialmene elevados. Tomando o salário real como um cuso para a firma, credia-se nele uma das fones de desesímulo para o crescimeno dos invesimenos e, por consequência, das exporações de produos indusrializados, ao passo que as imporações desses mesmos bens cresceram a passos largos. Isso criou vuluosos déficis no comércio exerior e ransações correnes. A Tabela nos mosra um comporameno cíclico ano do PIB quano dos componenes da demanda. Denro do nosso inervalo de análise, um período de expansão da demanda e do PIB é sucedido por um ouro de conração. Enre 993 e 995, a demanda cresceu robusamene, com exceção do gaso público. Possivelmene embalado pelo reorno dos capiais inernacionais e o sucesso do Plano Real. O inervalo foi marcado por crises inernacionais que causaram fuga de capiais, abandono da âncora cambial, crise energéica e reorno da inflação. Essas circunsâncias resularam em: incereza em ala, juros crescenes e desvalorização cambial. As exporações cresceram, mas não conseguiram susenar a axa de crescimeno do período anerior. Tabela Taxa de crescimeno médio dos componenes da demanda agregada e PIB, por período, Brasil Período PIB Consumo Gaso Público Invesimeno Exporação Imporação ,0 5,6,3,8 9,5 34, ,9,2 2, -0,7 8,9-0, ,4 5,2 3,5 8,9 5,3 4, ,0 3,2 2,4 2,2 2,5 6,0 Fone: IBGE, SCN. A parir de 2004 não só os capiais e Invesimeno Exerno Direo (IED) reornaram, mas as commodiies se valorizaram no mercado inernacional. E assim, ivemos enre 2004 e 200 um período mais prolongado de crescimeno econômico. No enano, ese cenário mudou drasicamene a parir de 200 devido a vários faores. A crise da dívida na Europa, logo após a crise financeira inernacional de 2008, reduziu o espaço de políica fiscal em muios países desse coninene. Além disso, foi anunciado o fim da políica moneária expansionisa americana, a economia chinesa iniciou um período de desaceleração do crescimeno e o ciclo de valorização das commodiies chegou ao fim. Os efeios desses movimenos no mercado inernacional refleiram na econômica brasileira, e o período de 20 a 203 foi de axas menores para os odos os componenes da demanda agregada e do PIB. Mas, nesse período, o Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

6 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima consumo agregado e as imporações se desacaram. O comporameno da axa de crescimeno das imporações é sempre muio sensível ao crescimeno da demanda e à valorização cambial. Ademais, o desempenho das imporações refleiu o vazameno dos esímulos de demanda, que seria capaz de pôr em risco o fuuro da demanda via crescimeno dos salários Em suma, o crescimeno da economia brasileira, enre 993 e 203 eve uma fore relação com o comporameno da massa salarial, evidenciando um regime de demanda puxado pela expansão dos salários. Araújo e Gala (202), ambém deecaram a parir de 2006 um crescimeno da paricipação dos salários na renda, o qual expandiu a demanda e o invesimeno. No enano, os auores revelaram que as exporações pouco esimularam o invesimeno nesse período caracerizado por um regime age-led. Isso reforça o suposo de que, na média, o invesimeno e as exporações não foram os componenes induores do crescimeno do PIB brasileiro enre 993 e 203. Eles apenas reagiram ao aumeno da demanda. 2 Um modelo de crescimeno liderado pela demanda Amirano (203) descreve o regime de crescimeno como um processo de geração de renda inserido em um deerminado conexo hisórico e insiucional. [Iso é], um episódio de crescimeno econômico na rajeória de uma economia ao longo do empo. [Enquano que] o regime de demanda descreve os deerminanes dos componenes da demanda agregada e seus impacos sobre a axa de crescimeno econômico (Op. ci., p. 289). Nesse senido, denro do modelo e das condições proposas, supõe-se uma relação enre a disribuição funcional da renda e o regime de demanda, a qual afea o crescimeno econômico. Assumindo o Princípio da Demanda Efeiva, Y=AO=DA, as equações descrias no modelo de crescimeno liderado pela demanda permiem explicar episódios de crescimeno a parir dos regimes de demanda induzidos pela expansão dos salários (age-led) ou dos lucros (profi-led). Por essa razão, mudanças na disribuição de renda enre rabalhadores e capialisas afeam o comporameno dos componenes da demanda agregada, e, dessa forma, o crescimeno do produo ao longo do empo, dado o regime de produividade. Seguindo Naasepad (2006), o modelo esabelece uma relação enre produção, produividade e exporações aravés de um processo dinâmico conhecido como causalidade cumulaiva. Nese processo, forças de ofera (definidas pelo regime de produividade) e de demanda (definido por um comporameno age-led ou profi-led) ineragem enre si resulando em rajeórias de crescimeno dinâmicas. Mas ambas as rajeórias são induzidas pela demanda. Apresenaremos o regime de produividade e, na sequência, o regime de demanda. (5) Conforme Bhaduri e Marglin (990), os esímulos de demanda deveriam expandir a uilização da capacidade produiva, e com isso expandir os invesimenos, os quais, feios com ecnologias no esado de ares, promoveriam uma mudança esruural e aumeno da produividade, ambos capazes de susenar o crescimeno dos salários. 776 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

7 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 Regime de produividade Em uma economia cuja axa de crescimeno é puxada pela expansão de componenes da demanda agregada, como invesimeno, exporação e consumo, a axa de crescimeno da produividade agregada é deerminada em um regime de produividade (RP) 6. 8 Conforme Naasepad (2006, p 40), a axa real de crescimeno da produividade pode ser definida da seguine forma: ^ 0 ^ 2 ^ ; λ = β + β x+ β β β 0; 0 < β < () 0, 2 > Em que ^ λ é a axa de crescimeno da produividade, x ^ a axa de crescimeno do produo real, ^ é a axa de crescimeno do salário real, β 0 é a produividade auônoma (consane), β é o coeficiene de Verdoorn, ou seja, o componene da produividade induzido pelo crescimeno do produo 79 e β 2 é o coeficiene que mede quano o salário real que represena um cuso de produção impaca na disposição do empresário em invesir em écnicas mais produivas e poupadoras de rabalho. O aumeno do cuso real da unidade de rabalho pode induzir os empresários a invesir em aivo fixo, incorporando bens de produção na froneira ecnológica. Ese comporameno do empresário reflee no invesimeno auônomo. Nese caso, ese invesimeno ocorre não porque a demanda agregada ou os lucros esão subindo, mas porque o salário esá subindo. Assim, β 2 mede a sensibilidade da axa de produividade da economia à variação dos salários reais. Nesa abordagem o crescimeno dos salários reais ao longo do empo pode induzir um aumeno da produividade, via inrodução de écnicas mais eficienes e poupadoras de rabalho. Porano, uma mudança na produividade, para uma dada axa de salário real, em um efeio sobre a demanda agregada aravés de seu impaco no cuso uniário do rabalho, afeando, desa maneira, a disribuição de renda, consumo, invesimeno e exporações. (6) Kaldor (966), apoiado em Adam Smih, assume que a divisão do rabalho depende do amanho do mercado, ou seja, é deerminada pela demanda. Desa forma, o crescimeno da demanda esimula o crescimeno da produividade, e, porano, a elasicidade da produividade com respeio ao produo é definida como o coeficiene de Verdoorn. Além dessa relação fundamenal, o RP depende das insiuições envolvidas na organização de processos produivos, em paricular, as que regem o funcionameno do mercado de rabalho. (7) Kaldor (985), enfaiza que o crescimeno da demanda irá afear a acumulação de capial e, porano, o crescimeno da produividade. Iso poderá ocorrer (i) quando a produção se der sob reorno de escala crescene, e nese caso o crescimeno da demanda afeará a produividade como resulado do aprofundameno da divisão do rabalho devido à expansão do mercado, e (ii) a expansão da demanda provoca uma conínua e elevada demanda por invesimenos, induzindo a indúsria de bens de capial a incorporar as úlimas ecnologias em seus produos (Cornall; Cornall, 200, p. 405). Noe-se que há um efeio cumulaivo nese processo de crescimeno da demanda como um meio de geração de renda. Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

8 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima Regime de demanda Assumindo o princípio da demanda efeiva, o crescimeno do produo é deerminado pelo comporameno dos componenes da demanda agregada. Assim, mudanças no comporameno agregado dos invesimenos, das exporações, e do consumo podem afear o crescimeno do produo, ano no curo quano no longo prazo (ou seja, ano o produo correne quano o poencial, por causa da acumulação de capial). Assume-se que alerações no volume de demanda são provocadas por uma mudança na disribuição de renda enre salários e lucros. Se o invesimeno e as exporações forem relaivamene mais sensíveis a uma redisribuição da renda em favor dos lucros, a economia esará em um regime de demanda induzido pelos lucros (profi-led). E se o consumo agregado for relaivamene mais sensível a uma redisribuição em favor dos salários e/ou o invesimeno for mais sensível ao nível de aividade econômica, a economia esá em um regime de demanda induzido pelos salários (age-led). A axa de crescimeno do produo é deerminada pelo comporameno da axa de crescimeno da demanda agregada. A equação deerminane da demanda agregada (em ermos reais) é dada por: x = da = c +i + e m (2) x é o produo, c o consumo, i o invesimeno, e as exporações e m as imporações 8. 0 Seguindo Taylor (99), inroduzimos as equações que deerminam cada um dos componenes da demanda. Inicialmene iremos definir o cuso real da produividade do rabalho v: W v = λ = λ = = P λ x L Onde W/P = é o salário real agregado, λ é a produividade do rabalho e L a força de rabalho. O cuso real do rabalho para uma firma é o salário real que ela paga aos seus empregados. Por isso, anes da função consumo, precisamos definir os salários. A massa salarial vai represenar um imporane elemeno no conflio disribuivo, e vai influenciar foremene se o regime de demanda é age-led ou profi-led. Admiindo a relação inversa das paricipações do salário ( v ) e do lucro ( ) (3) na renda nacional, em-se a renda agregada em ermos nominais (P) como a soma do valor da produividade agregada, ou seja, a renda da economia é a soma das remunerações dos faores muliplicados pela quanidade de faores empregados na produção. P = Wλ + Πk (4) (8) Por simplificação, vamos supor que o défici fiscal enha impaco nulo, al que (g=). 778 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

9 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 Onde Π é o valor nominal do esoque de capial, e k é a razão capial-produo. Dividindo udo por P, e reorganizando para, emos 9.. W = λ P Πk + P = v (5) al que = v Sendo, a paricipação dos lucros na renda e v a paricipação dos salários na renda, onde v em uma relação inversa com. Logo, um aumeno na axa de salário (cuso real do rabalho), ceeris paribus, implica numa menor axa de lucro, e vice-versa. Expressando a equação (5) em axas de crescimeno emos que: v v v v ˆ = = = = θvˆ = θ v v ( ˆ ˆ λ) v (6) de modo que v θ = = > 0. v A equação (6) mosra que a axa de (paricipação dos) lucros na renda orna-se dependene da relação enre as axas de crescimeno do salário real e da produividade ( ˆ λˆ ). Desse modo, para uma dada axa de crescimeno da produividade, emos ˆ < 0 sempre que ˆ > λˆ, e ˆ > 0 sempre que ˆ < ˆ λ. Agora, podemos apresenar o consumo como uma função das axas de salário e de lucro na renda. Inicialmene, inroduzimos a propensão média a consumir dos rabalhadores c = σ e dos capialisas c = σ, sendo σ a propensão média a poupar. Assumindo σ > σ, a função consumo é dada pelo consumo dos rabalhadores e capialisas: ( σ ) λ x + ( σ ) x c = (7) Considerando a expressão (5), a equação (7) pode ser reescria para: c = [( σ ) v + ( σ )( v) ]x (8) Observe que c = f(v,) al que f v > 0 e f > 0, enreano, = g(v) al que g v < 0. por, Seja ζ a propensão média a imporar a parir da renda, enão, as imporações são dadas m = ζx (9) Subsiuindo (8) e (9) em (2) enconramos, (9) Noe que W λ = v e P Π k =. P Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

10 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima x = { } [ i e] + = µ [ i + e] [( σ ) v + ( σ )( v) + ξ (0) Aravés do muliplicador de gasos keynesiano μ -, x é dependene da disribuição de renda, e varia em função das mudanças em v e λ. Muliplicando e dividindo oda a expressão (0) por invesimeno (i) e exporação (e), e ainda dividindo oda a expressão por x é possível deerminar a axa de crescimeno do produo induzido pela demanda ( xˆ ) 0, 2 xˆ = ˆ µ + Ψiˆ + Ψ eˆ () i Conforme Naasepad (2006, p 42), Ψ i e Ψ e são as respecivas frações do invesimeno e das exporações no produo. Desse modo, o muliplicador se orna endógeno à demanda e a mudanças na disribuição de renda, de maneira que oda mudança posiiva em v afearia posiivamene μ -. Realizando a derivada oal do muliplicador de gasos para enconrar a sua axa de crescimeno ( µˆ ), a qual esá em função da axa de crescimeno do cuso uniário do rabalho v, obém-se. 3 ˆ = ξ ( σ σ )[ ˆ ˆ λ] µ e (2) Dado um valor de ξ, se v ˆ = ˆ ˆ λ, a axa de variação do muliplicador dos gasos ˆ µ será uma função posiiva do nível de paricipação da renda dos rabalhadores na produção e de uma axa de crescimeno do salário real qualquer acima da produividade. Ou seja, ˆ µ < 0 vˆ sempre que [ ˆ > λˆ ]. Do mesmo modo, ˆ µ > 0 quando [ ˆ < λˆ ]. Nesses ermos, o cenário mais vˆ oimisa para axa de variação do muliplicador dos gasos é aquele em que se observa um crescimeno da produividade do rabalho inferior ao crescimeno dos salários. Esse resulado implicaria no crescimeno do muliplicador dos gasos ˆ µ. A equação (2) mosra jusamene a ambiguidade de v em resposa a uma variação de μ. O muliplicador aumena devido a um crescimeno da paricipação dos salários na renda, mas ranscorrido um dado inervalo necessário ao ajusameno de longo prazo, μ perde força. Desse modo, o aumeno do consumo (devido a um crescimeno da axa de salário) via efeio muliplicador não mais compensaria a queda do invesimeno e das exporações. No enano, um aumeno em v pode forçar os (0) Para enconrar a equação () a parir da (0) usamos a seguine definição: x x x, assim em- dx = dµ + di + de µ i e se que dx ( i + e) d + di + de = µ µ µ e d 2 dx = µ µ ( i + e) + µ di + µ de, e muliplicando e dividindo por i e e em-se µ µ dx ˆ µ x µ i di µ e de = + +. x x x i x e () Tomando dμ= - (σ - σ)dv e muliplicando e dividindo oda a expressão por v e dividindo udo por μ, em-se ˆ v µ = ( σ σ )v µ ˆ al que ˆ µ ˆ µ, < 0, e assim enconramos a equação (2). v vˆ 780 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

11 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 empresários a subsiuir rabalho por écnicas mais produivas aé o momeno em que há recuperação da produividade. Como resulado, a axa de salário recuaria ao longo da rajeória de ajusameno, em direção a valores de equilíbrio de longo prazo. Segundo Naasepad, iso explicaria a queda na axa de crescimeno da demanda associada ao aumeno de produividade econômico (Op. ci., p. 45). Seguindo Bhaduri e Marglin (990), Taylor (99), e Naasepad (2006), a função i pode ser explicada por parâmeros auônomos (b), paricipação dos lucros na j. invesimeno ( ) renda nacional ( ), produo demandado ( x ) e axa de juros ( ) φ0 φ φ2 φ3 ( x, j) = a b x j, φ, φ, φ, φ > 0 i i (3), A consane posiiva e o invesimeno auônomo são ai e b, respecivamene. A função da axa de variação do invesimeno pode ser expressa em elasicidades derivando o logarimo da equação (3) no empo. iˆ = φ bˆ + φ ˆ + φ xˆ ˆj (4) 0 2 φ3 Sendo φ, φ 2 e φ 3 as elasicidades da função da axa de crescimeno do invesimeno em relação à paricipação dos lucros dos empresários, ao produo demandado e axa de juros, respecivamene. Assumimos a função de exporação como uma relação posiiva da demanda exerna z e negaiva do cuso rabalho domésico vis-à-vis o cuso do rabalho exerno: ( ) ε v 0, ε v e z = a ε 0, ε > 0 ez (5) v f v f Em que a e é uma consane posiiva, v f o cuso do rabalho exerno, ε 0 e ε as elasicidades de exporação em relação à demanda exerna e ao cuso relaivo da mão de obra, respecivamene. Supondo, sem perdas de generalidades, vf = ε0 =, e omando o logarimo da função e derivando no empo, a expressão (5) orna-se 2 : 4 : e = zˆ ε vˆ (6) ˆ Subsiuindo as equações (6), (2), (4) e (6) em () emos a equação do regime de demanda. xˆ = ( Ψφ2 ) 4243 i Efeio muliplicador Efeios elasicidade, invesimenoe exp oração [ Ψ ( φ ˆ φ ˆ) ˆ] ξ ( σ σ ) ε φθ [ ˆ ˆ i 0b 3 j + Ψe z + Ψe Ψi λ] (7) (2) Noe que a equação (6) é dada pelas seguines condições e ˆ eˆ > 0, < 0. zˆ vˆ Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

12 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima Conforme a abordagem de Naasepad (2006, p ), sob a hipóese de que Ψφ2 > 0 a axa de crescimeno do produo demandado dependerá de dois faores: O ( ), i crescimeno da demanda auônoma, i.e., do invesimeno auônomo (b) e da demanda exerna (z) al que [ Ψi ( φ bˆ ˆ 0 φ3 j) + Ψe zˆ ]; e o crescimeno da axa de salário na renda agregada, al que v ˆ = ( ˆ ˆ λ) > 0. Enreano, o crescimeno de vˆ em um efeio ambíguo explicado pela magniude do efeio muliplicador dos gasos em relação à magniude dos efeios das elasicidades exporação e invesimeno. A explicação para esse efeio é que o crescimeno do cuso uniário do rabalho em um efeio ambíguo no regime de demanda. Se, por um lado, essa siuação reduziria o crescimeno das exporações (via ε, equação 6) e o crescimeno do invesimeno (via φ, equação 4), que resularia em uma redução da axa de crescimeno da demanda e, por consequência, do produo, por ouro, haverá um aumeno do consumo, logo, do amanho do muliplicador. Por isso, o regime de demanda seria deerminado pela sensibilidade do consumo, invesimeno e exporações líquidas a variações de v. Essa condição pode ser expressa pela seguine senença maemáica: xˆ > 0 vˆ Efeios elasicidade, invesimenoe ξ e Ψi 4243 ( σ σ ) > ( Ψ ε + φ θ ) Efeio muliplicador exp oração De ouro modo, seria o mesmo que expressar essa senença como verdadeira apenas sob a condição esria esabelecida pela equação (2), a qual muliplicamos e dividimos pelo inverso de ξ, e rearranjamos para, e i φ (8) xv x ( σ ) > ε + σ A parir de (8), se as elasicidades das funções de exporação e invesimeno ( ε, φ), ponderadas pela paricipação do invesimeno e exporações na demanda agregada apresenassem um baixo valor em relação a diferença enre as propensões a poupar, odo crescimeno do salário acima da produividade forçaria posiivamene o crescimeno da demanda efeiva. Esse regime seria age-led. No caso conrário, represenado por (8 ), se as elasicidades das funções exporação e invesimeno, ponderadas pela paricipação do invesimeno e exporação na demanda agregada apresenassem um valor elevado em relação a diferenças enre as propensões a poupar, iso levaria a uma siuação oposa da desigualdade. O crescimeno do salário acima da produividade reduziria o crescimeno da demanda. Esse regime seria profi-led. e i (8 ) xv x ( σ ) < ε + φ σ Em um regime de demanda profi-led, a ransferência de renda para o rabalhador encareceria a manuenção do invesimeno e das exporações inibindo a coninuidade do crescimeno da demanda efeiva. 782 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

13 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 Adicionalmene, uma simulação na qual a produividade do rabalho cresce a uma axa superior à do salário, ambém é possível idenificar dois efeios sobre a rajeória da demanda em função do ipo regime de demanda. Desse modo, considerando a siuação hipoéica de uma economia em regime de demanda age-led, o crescimeno da produividade acima do crescimeno do salário levaria a uma siuação na qual a produção cresceria mais do que a demanda, porano, desesimularia o crescimeno do produo no médio e longo prazo. xˆ < 0 ˆ λ se e i φ (9) xv x ( σ σ ) > ε + Em uma economia profi-led, a ausência de repasse dos ganhos de produividade do rabalho para o salário, foraleceria a expecaiva de lucro, manendo os cusos relaivos de produção, consolidando um modelo de invesimeno e compeiividade exerna. Assim, os ganhos de produividade esariam esimulando a coninuidade do crescimeno da demanda efeiva. xˆ > 0 ˆ λ se e i φ (20) xv x ( σ σ ) < ε + A parir da equação (20) suponha um regime de demanda induzido pelo crescimeno da axa de lucro (profi-led). O invesimeno cresce e, por consequência, aumena a acumulação de capial. Via mecanismo de Kaldor-Verdoorn, a axa de crescimeno da produividade λ se eleva 3. 5 O aumeno do invesimeno e da produividade causa um impaco posiivo na demanda, elevando a axa de crescimeno da mesma. Porano, insaurar-se-ia um círculo viruoso de crescimeno. Por suposo, eses efeios posiivos na axa de crescimeno do produo seriam fores o suficiene para compensar o efeio negaivo, resulane da disribuição de renda dos salários para lucros. Iso é, uma redução do consumo seria mais do que compensada pelo aumeno do invesimeno e das exporações (para o caso do invesimeno ser mais sensível a axa de lucro do que ao nível de aividade). Como o modelo assume que a propensão a poupar a parir dos lucros é maior que a dos salários, uma redisribuição causaria uma elevação da fração dos lucros na renda e aumenaria a poupança agregada que, por suposição, expandiria o invesimeno na formação de capial. Suponha uma economia induzida pelo crescimeno do salário (age-led). Conforme a equação (9), o impaco sobre a axa de crescimeno do produo no empo dependeria da reação do invesimeno a variação do lucro e do grau de uilização de capacidade devido a uma mudança na axa de salário. Se a expansão dos salários, ao aumenar o consumo, ambém eleva a uilização da capacidade de produção e, se o invesimeno é mais sensível a ese úlimo, enão a expansão de ambos poderia compensar uma reração das exporações, sensível a v. Adicionalmene, mudanças exógenas da axa de salário levariam os rabalhadores a se apropriarem de pare dos aumenos da produividade. Transcorrendo algum empo, esa (3) Aumenos na produividade impacam posiivamene o produo agregado. Iso aconece porque níveis de produividade maiores resulam em: (i) aumeno da axa de lucro, que expande o invesimeno, e (ii) redução do cuso uniário real do rabalho, que aumena as exporações líquidas. Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

14 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima mudança de paamar dos salários inciaria os empresários a adoarem écnicas poupadoras de rabalho que elevam a produividade. Conforme a equação (), o aumeno do salário leva os empresários a adoarem écnicas mais eficienes, aumenando a produividade sem aumenar a demanda por rabalho, ou inclusive reduzi-la no longo prazo. Como um resulado, o salário agregado diminui ao longo da rajeória de ajusameno 4. 6 Por fim, para conhecer qual regime de demanda é predominane na economia, precisamos da função poupança para ober as diferenças das propensões a poupar. A função poupança é formada pela soma da poupança dos rabalhadores e dos empresários. Podemos deduzir a função poupança (s) dada pela seguine equação (Cf. Naasepad, 2006, p. 422): s = [ σ v + σ ] x (2) Como v =, podemos reescrever a equação acima para a propensão a poupar agregada, al que, a propensão agregada média a poupar seja dada por: s σ = = σ + ( σ σ ) (22) x Assim, a paricipação da poupança agregada na renda nacional passa a ser uma função posiiva dos lucros dos empresários dada a propensão média a poupar auônoma dos rabalhadores ( σ ). O coeficiene angular da função ( σ σ ) dimensiona a vanagem da propensão a poupar dos capialisas em relação aos rabalhadores e, por dedução, em-se deerminada a propensão média a poupar dos capialisas a parir da propensão a poupar dos σ = σ + ( σ σ ). rabalhadores [ ] 3 Análise economérica Parindo do modelo exposo na seção anerior, uilizando os coeficienes esimados por meio das respecivas equações de invesimeno, exporação e propensão a poupar, é possível consruir a equação empírica do regime de demanda (8) para avaliar os efeios dos muliplicadores os quais refleem efeios disribuivos conra os efeios das elasicidades do invesimeno e das exporações. Assim, preende-se enconrar um indicador de regime de demanda que deermine qual regime prevaleceu no Brasil enre 993 e 203, se profi-led ou age-led como supõem as evidências discuidas na seção. Começamos a análise economérica pela definição das variáveis e fone dos dados (Quadro ). A massa salarial foi consiuída pela razão do volume de salários e conribuições sociais (REMACS), em relação à soma do REMACS com o Excedene Operacional Bruo (EOB) 5. 7 Como nesse universo eórico a disribuição de renda é resria a rabalhadores e (4) Naasepad acrescena que, na ausência de mudanças na condução da políica econômica, o crescimeno da produividade e da demanda ao longo da rajeória de crescimeno de equilíbrio de longo prazo dependeria da expansão do comércio mundial (iso é, das exporações domésicas) e do aumeno da axa salário real. Uma mudança em alguma desas duas variáveis levaria ao ajusameno na demanda e na produividade agregada, que se espalhará na forma de mudanças na produividade e na demanda (Op. ci. 2006, p 46). (5) As séries de massas salariais disponíveis para o Brasil foram calculadas a parir das informações da mariz insumoproduo referene ao novo sisema de conas nacionais do IBGE, com informações anuais de 990 a Assim, admiindo a 784 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

15 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 empresários, por analogia, o lucro pode ser definido pelo valor residual da massa salarial. Assim, muliplicando a massa salarial e seu resíduo pelo PIB per capia, er-se-ia concomianemene as proxies de salários dos rabalhadores e lucros dos empresários em ermos per capia. A demanda agregada foi consiuída pelo PIB per capia. Como variável proxy do invesimeno foi uilizada a formação brua de capial fixo e a axa de juros pela Selic. A função exporação foi esimada em relação às variáveis de renda exerna e cusos da mão de obra para exporar. Como proxy de exporação foi uilizada a variável de exporação de bens e serviços per capia. Como proxy de renda exerna, foi uilizado o PIB per capia mundial menos o PIB per capia brasileiro. Como proxy do cuso das exporações foi uilizado o salário ( W ) dos rabalhadores 6. 8 Com exceção da axa de juros, as demais variáveis agregadas foram ransformadas em valores per capia para o melhor ajuse do exercício economérico. Quadro Sínese das variáveis, suas definições, período de empo e fone da pesquisa Variáveis Definição Período Fone É a proxy da massa salarial per capia dado pela paricipação dos salários na renda nacional muliplicado pelo PIB per capia em dólares a preços consanes de É a proxy dos lucros per capia dado pela paricipação dos lucros na renda nacional muliplicado pelo PIB per capia em dólares a preços consanes de É a proxy da demanda agregada nacional dado pelo PIB per capia brasileiro em dólares a preços consanes de É a proxy do invesimeno dado pela formação brua de capial fixo per capia em dólares a preços consanes de World Bank World Bank World Bank World Bank É a proxy da axa de juros dada pela axa Selic Banco Cenral do Brasil É a proxy das exporações dada pelas exporações per capia de bens e serviços em dólares a preços consanes de É a proxy da demanda agregada exerna dado pelo PIB per capia mundial menos o PIB per capia brasileiro em dólares a preços consanes de É a proxy da propensão a poupar no Brasil dado pela paricipação da poupança nacional no PIB per capia do País em dólares a preços consanes de World Bank World Bank World Bank pouca variação da massa salarial no curo prazo, como argumena Considera e Pessoa (203), o inervalo de 200 a 203 da massa salarial pôde ser esimado pelo méodo de previsão Auo-regressivo Inegrado de Média Móvel (ARIMA). (6) Todas essas variáveis moneárias esão disponíveis em dólares na base de dados das conas nacionais do World Bank a preços consanes de A axa Selic esá disponível na base de dados do Banco Cenral do Brasil. Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

16 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima Para enconrar o indicador do regime de demanda foram esimadas as equações de invesimeno, exporação e propensão agregada a poupar. A função de invesimeno foi x e a esimada em relação ao lucro defasado em um período ( ) axa de juros ambém defasadas em um período ( j ) Π, a demanda agregada ( ). Tano o lucro quano os juros são uilizados como uma referência para a avaliação do cuso de oporunidade na expansão dos invesimenos fuuros. As demais funções foram esimadas aravés de valores em empos pareados. Meodologia e resulados A parir do modelo exposo, usamos uma análise de séries emporais para idenificar o regime de demanda no Brasil enre 993 e 203. O período emporal escolhido foi influenciado por dois moivos: problemas esaísicos de quebra esruural inerenes ao período inflacionário e planos de esabilização da década de 980; e a escolha de abranger os governos FHC e Lula, aonde se supõe a exisência de um possível regime age-led na reomada do crescimeno brasileiro, principalmene a parir de 2003, quando se inicia o governo de esquerda do presidene Lula. Numa análise de séries emporais, a esimação de parâmeros com variáveis não esacionárias de mesma ordem de inegração será não enviesada, se e somene se, as variáveis forem co-inegradas. Caso a co-inegração não seja verificada, a esimaiva desses parâmeros levaria a inferências espúrias. Conudo, como as variáveis possuíam ordens de inegração disinas (ver Apêndice), a esimaiva só foi possível com a correção para esacionaridade das variáveis pelo operador de diferenças (Cf. Gujarai; Porer, 20). Nos casos em que as variáveis eram inegradas de ordem um I(), as ransformações em axa de crescimeno ornaram as séries esacionárias. Nos casos em que as variáveis eram I(2), omou-se o operador de diferenças para orná-las esacionárias. Para a função de exporação foram uilizadas as variáveis de crescimeno das exporações (ê), em função do crescimeno da demanda exerna e dos cusos com a mão de obra. Para esse caso, as variáveis eram esacionárias. A função exporação, assim como as funções de invesimeno e propensão média a poupar foram esimadas, em axa de crescimeno, por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), salvo a exceção de propensão média a poupar que ornaria os parâmeros esimados incompaíveis com a eoria. A equação (6) foi esada da seguine forma: 2 ˆ ε ˆ uˆ com u ˆ ~ ( 0, σ ) (23) eˆ = zˆ vˆ 0 ε + Sendo o û uma esimaiva do disúrbio aleaório, com disribuição de probabilidade normal, média zero e variância consane. Como as axas de variação do profi-share e da demanda agregada ( eram as únicas não esacionárias, a esruura da função invesimeno foi alerada para capar a sensibilidade não viesada da axa de lucro e da demanda agregada sobre a decisão de invesir 786 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

17 Demanda e disribuição de renda: uma análise do crescimeno econômico brasileiro de 993 a 203 em formação brua de capial fixo (, assim como em Naasepad (2006). Tano a axa de variação da paricipação dos lucros na renda, quano a axa de variação da demanda foram diferenciadas mais uma vez, por isso o operador de diferença d aparece anes das respecivas variáveis na equação abaixo. A equação (4) é reescria da seguine forma: iˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ 2 β φ φ φ ˆ uˆ com u ˆ ~ ( 0, σ ) (24) = + 0 j + d + 2dx + O coeficiene da função invesimeno sobre a axa de lucro explica a mudança percenual do invesimeno quando há uma mudança na axa de crescimeno dos lucros. Assim como o coeficiene da demanda explica a mudança percenual do invesimeno quando há uma mudança na axa de crescimeno na demanda. Além disso, ano o lucro quano a axa de juros foram defasadas em um período, para capar o momeno em que os empresários decidem invesir comparando as oporunidades do mercado real e moneário. Diferenemene das demais esimaivas, a função de propensão média a poupar buscou deerminar a diferença enre as propensões a poupar dos capialisas e rabalhadores, mensurando a magniude do efeio de unidades adicionais de lucros sobre a formação da poupança agregada. Pela consrução maemáica da função, uma vez esimados os coeficienes β e β( ), por dedução, enconramos a propensão a poupar dos empresários. σ σ ( s x) = β + β( ) d + uˆ σ = 2 σ σ com ˆ ~ ( 0, σ ) u (25) Nesse caso, para conrolar o viés de diferenças na ordem de inegração das variáveis, foi uilizado o operador de diferenças (d) na série de lucros ( ), ornando-a I(), assim como a série de propensão a poupar agregada ( s x). O ese de coinegração de Johansen rejeia a hipóese de que não há veores de coinegração segundo as esaísicas Trace e Max-Eigen. Logo, admie-se a esabilidade de longo prazo enre essas variáveis. A esaísica Durbim Wason, próxima da unidade, pode esar idenificando um possível problema de auocorrelação residual. Porém, o ese confirmaório Breusch-Godfrey rejeiou a hipóese de ausência de auocorrelação para a equação (25), e em nenhuma das equações foi rejeiada a hipóese de homocedasicidade, baseado no ese de Whie. Mesmo assim, odos os parâmeros foram esimados com desvio padrão robusos Neey-Wes, corrigindo possíveis problemas de auocorrelação e heerocedasicidade. O ese Jarque Bera não rejeiou a hipóese de normalidade do resíduo das equações esimadas. Isso significa que, os eses de significância individuais dos parâmeros esimados, baseado na esaísica de Suden não são viesados. A esaísica F do ese de hipóese conjuna dos parâmeros apresenou significância de % e 0%. O ese recursivo de quebra esruural One Sep Forecas, não idenificou possíveis quebras esruurais no período analisado, como mosram as Figuras (A, A2 e A3) do Apêndice. Em resumo, os coeficienes esimados em odas as equações apresenaram o sinal esperado pela eoria e propriedades esaísicas desejáveis como pode ser observado na Tabela 2. Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro

18 Marcos Toses Lamonica, Sergiany da Silva Lima Tabela 2 Equações de exporação, invesimeno e propensão a poupar do modelo empírico do regime de demanda brasileiro Variáveis ẑ vˆ d ˆ dˆ x ˆj d σ Consane Sumário de esaísicas Eq. (23) Eq. (24) Eq. (25) ê *** ( ) *** ( ) î ** ( ) *** ( ) ** ( ) (0.6326) Esaísicas e probabilidades σ 8.9E-05*** ( ) *** ( ) R-squared Adjused R-squared Observações após ajusameno Período Prob(F-saisic) Durbin-Wason sa Jarque-Bera (prob.) Tese Whie (prob. F) Tese Breusch-Godfrey (prob. F) Noa: *, ** e *** represenam a significância esaísica do parâmero a 0%, 5% e %, respecivamene. Os valores enre parêneses correspondem ao valor da esaísica. Fone: Elaboração própria. A equação de exporação ( ) ê sugere que as exporações brasileiras sejam mais sensíveis à expansão da demanda mundial que o encarecimeno do cuso relaivo da mão de obra nacional. Esse resulado ilusra a baixa compeiividade das exporações brasileiras e o esado de dependência da renda exerna. Regredindo a equação (23), verificou-se que a expansão de % na renda exerna, aumena as exporações em aproximadamene 3%, enquano o aumeno de % nos cusos com mão de obra reduz as exporações do país em aproximadamene 0,27%. Esse coeficiene de elasicidade das exporações em relação à renda 788 Economia e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 3 (64), p , seembro-dezembro 208.

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