Relatório: Verba nº 1:

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1 Pº R.P. 288/2004 DSJ-CT.- Interpretação de relação de bens de acordo de partilha junto a inventário subsequente a divórcio Trato sucessivo Efeitos da sentença homologatória de acordo de partilha em processo de inventário e da sentença homologatória do artº 1382º do CPC Inaplicabilidade a este acordo das regras processuais respeitantes à transacção Cumprimento de obrigações fiscais Transacção judicial Exigências de forma da lei substantiva Qualificação. PARECER Registo a qualificar: Aquisição por partilha por divórcio do prédio da ficha nº 00454/ J, da freguesia de, na proporção de 1/6, a favor da ora recorrente, requisitado pela Ap. 15, de 6 de Agosto de Relatório: Resulta das tábuas (insc. G-1 Ap. 33/300890) que a fracção autónoma designada pela letra J do prédio da ficha nº 454 está integrada na herança indivisa de Ester, viúva, e que nesta herança a ora recorrente, no estado de casada sob o regime de comunhão geral com Rogério, detém uma quota alíquota (que o Registo não quantifica, nem tem que quantificar). No..º Juízo Cível do Tribunal Judicial da Comarca de correu termos uns autos de inventário ( ) para partilha do casal da ora recorrente e do falado Rogério, dissolvido por divórcio. Por transacção celebrada por documento particular subscrito pelos ex-cônjuges e pelo actual cônjuge do Rogério, e junto aos autos, foi dito inter alia que os outorgantes são actualmente, em comum e sem determinação de parte ou direito, os donos e legítimos possuidores dos bens constantes da relação de bens junta ao processo ( ) e que da referida relação de bens ( ) constam as seguintes verbas, correspondentes aos bens que importa partilhar: Verba nº 1: Uma quota parte indivisa e sem determinação de parte ou direito, correspondente a 1/6 da fracção J ( ). No clausulado da transacção a verba nº 1 foi atribuída à ora recorrente, tendo esta (que recebeu bens no valor global de 1 898,82) pago ao ex-marido (que recebeu bens no valor de 1421,07), a título de tornas, a quantia de 477,75. Em foi proferida a seguinte sentença, já transitada em julgado: Porque versa sobre objecto disponível, julgo válida a transacção que antecede, e homologo-a por sentença, condenando e absolvendo ou conferindo quinhões nos termos aí estabelecidos. Com base em certidão com cópias da transacção e da sentença homologatória foi peticionado o registo de aquisição da identificada fracção autónoma a favor da ora recorrente, na proporção de 1/6. O registo foi recusado, porque a certidão judicial apresentada não é título bastante para o registo, devendo o facto ser titulado por escritura pública [art. 80º, nº 1, do Cód. do Notariado, e art. 69º, nº 1, b), do C.R.P.]. Do despacho de recusa foi interposto o presente recurso hierárquico, nos termos que aqui se dão por integralmente reproduzidos. Basicamente, foram esgrimidos os seguintes argumentos: 1

2 a) A decisão que homologou o acordo tornou-se definitiva e gerou a obrigatoriedade de ser cumprida erga omnes, e o Mmo Juiz que a proferiu teve necessidade de analisar a forma e a legalidade do acordo; de qualquer modo, a eficácia do caso julgado cobre apenas a decisão final e não os seus fundamentos, pelo que o que deve valer é a adjudicação aos interessados dos bens partilhados ; b) O art. 300º do C.P.C. não tem aplicação ao caso; c) O que se deve aplicar é o art. 1353º, nº 6, do C.P.C., porquanto o documento constante dos autos, pese embora apelidado de transacção, mais não é do que um acordo celebrado em sede de processo de inventário ; d) O acordo e respectiva sentença homologatória são títulos válidos para a apresentação do pretendido registo definitivo, como, de resto, consagra, a contrario, a al. j do art. 92º do C.R.P. ( ) ; e) Esta é, de resto, a orientação seguida pelo Conselho nos pareceres tirados nos Pºs R.P. 146/2002 DSJ-CT, in BRN nº 3/2003, R.P. 129/2001 DSJ-CT, in BRN nº 1/2002, e R.P. 290/2003 DSJ-CT, in BRN nº 4/2004. A recusa foi sustentada pela recorrida. Refere no respectivo despacho que o registo de aquisição na proporção de 1/6, objecto do pedido, nunca poderia ser realizado, porquanto este direito a 1/6 só pode existir após a partilha de todos os herdeiros, que ponha termo à comunhão hereditária. E reafirma que tendo sido a transacção feita por documento particular junto ao processo, e não por acordo homologado em acta ou por termo no processo, a partilha terá de ser formalizada de acordo com as exigências da lei substantiva, ou seja, por escritura pública (art. 80º nº 2 al. j) Código do Notariado). Defende ainda a Senhora Conservadora que, apesar de não o ter sido no despacho de recusa, deverá ser agora invocada a falta de apresentação de documento que comprove o pagamento ou isenção dos impostos devidos pela partilha (nº 1.1, 8 ou 15 da Tabela Geral do Imposto de Selo e art. 2º nº 5 al. c), 36º nº 3 e 50º do Código do Imposto M.T.O.I.). O processo é o próprio, as partes legítimas, o recurso tempestivo, a recorrente está devidamente representada, e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Fundamentação: 1- Na economia do parecer, propomo-nos desde já fixar o objecto mediato do registo. Que se pretende registar? Julgamos que a requisição do registo é clara: 1/6 da fracção autónoma. E o que se pretendeu transaccionar ou partilhar? O que se pretendeu que demandaria indagar a vontade real, logo concordante, das partes não podemos garantir. Mas o que podemos convictamente afirmar é que a verba nº 1 da denominada transacção dos autos não descreve um quinhão hereditário. Como ensina Rabindranath Capelo de Sousa, in Lições de Direito das Sucessões, Vol. II, 2ª ed., 1993, pág. 90, «sendo vários os herdeiros e antes de se efectuar a partilha, cada um deles, embora não tenha um direito real sobre os bens em concreto da herança, nem sequer sobre uma quota-parte em cada um deles, detém todavia um direito de quinhão hereditário, ou seja, à respectiva quota-parte 2

3 ideal da herança global em si mesma». E como recentemente foi afirmado no Pº R.P. 273/2004 DSJ-CT, in BRN nº 1/2005, pág. 15, citando o Mestre (obra cit., pág. 92, em nota), o quinhão hereditário «mesmo que respeite a uma herança que contenha imóveis deverá, nos termos dos art.s 205º, nº 1, e 204º, nº 1, alínea d), do Código Civil, qualificar-se como uma coisa móvel». O quinhão hereditário é, assim, o direito a uma quota-parte ideal da herança global em si mesma. O quinhão hereditário é alienável (cfr. art. 2124º, C.C.). Mais controvertível é saber-se se o quinhão hereditário é partilhável. A questão não tem que ser aqui analisada. Mas sempre diremos que, a nosso ver, o quinhão hereditário é partilhável, e que deverá ser relacionado no inventário em seguida a divórcio, quando o houver, o direito e acção a herança ilíquida e indivisa de que os cônjuges sejam titulares (neste sentido, cfr. Acórdão da Relação de Lisboa de , in CJ I-1-, págs. 234 e segs., e Lopes Cardoso, in Partilhas Judiciais, Vol. III, 1980, págs. 356 e segs.). Em tal caso, o procedimento a seguir consistirá na relacionação desse direito e acção sem determinação dos bens que da herança indivisa fazem parte, porque o quinhão hereditário constitui um bem a se. Portanto, não haverá que aguardar pela partilha da herança (já que a cumulação de inventários não tem aqui aplicação cfr. art. 1337º, a contrario, do C.P.C., na redacção do D.L. nº 227/94, de 8.9) para partilhar o património conjugal (se este for constituído apenas pelo direito e acção a uma quota-parte a herança indivisa). Mas, verdadeiramente, o ponto não está em saber se o quinhão hereditário pode ser partilhado. Ainda que o conservador entendesse que não podia, sempre deveria acatar sentença homologatória de partilha que o incluísse. O ponto está em que, por muito que nos esforcemos, não conseguimos descortinar no acordo dos autos a relacionação de um direito e acção a uma quotaparte a herança indivisa. A já citada verba nº 1 relaciona uma quota parte indivisa e sem determinação de parte ou direito, correspondente a 1/6 da fracção J ( ). Uma quota parte indivisa correspondente a 1/6 remete-nos claramente para a compropriedade. É certo que a expressão sem determinação de parte ou direito sugere uma comunhão de mão comum, mas sempre se poderá sustentar que a comunhão conjugal é isso mesmo (ideia que sairá reforçada quando os ex-cônjuges dizem que são donos em comum e sem determinação de parte ou direito dos bens constantes da relação). Decisivo, porém, na interpretação para que nos inclinamos, é que não é minimamente sustentável a tese de que se relacionou um quinhão hereditário, ainda que a herança se componha apenas do bem identificado, porquanto o título é completamente omisso quanto à indicação do autor da herança. Importa ainda acentuar que não será somente em sede registral que haverá que indagar se o documento titula a partilha de quinhão hereditário. Também na partilha, judicial ou extrajudicial, da herança a que respeita tal quinhão haverá que efectuar tal indagação, porquanto será necessário determinar quem tem legitimidade para intervir naquela partilha. Finalmente, achamos que extravasa o âmbito deste parecer a questão de saber se a aquisição de quinhão hereditário é oponível a terceiros independentemente do registo do facto [cfr., a propósito, o art. 5º, nº 2, c), do C.R.P.]. Em face do exposto, é nosso entendimento que o documento apresentado titula a aquisição de um sexto indiviso da fracção autónoma, tendo sido este o facto objecto do pedido de registo formulado. 3

4 Decorrentemente, o registo terá que ser lavrado por inscrição (art. 91º, C.R.P.), e não por averbamento [ como teria que ser, se estivéssemos perante um quinhão hereditário cfr. art. 101º, nº 1, e), do C.R.P.]. E, para o caso de não haver fundamento de recusa, deverá o registo ser lavrado provisoriamente por dúvidas, nos termos do disposto no art. 70º do C.R.P., porquanto a quota da fracção autónoma objecto da partilha não está inscrita em nome dos partilhantes, sendo certo que no facto aquisitivo não se verificou a intervenção dos contitulares inscritos (cfr. art. 34º, nº 2, do C.R.P.). O registo definitivo do facto seria nulo [cfr. art. 16º, e), do C.R.P.]. 2- Mas haverá fundamento para a recusa do registo? A recorrida sustenta que o facto deveria ter sido titulado por escritura pública, pelo que o registo deverá ser recusado nos termos do art. 69º, nº 1, b), do C.R.P. Salvo o devido respeito, a norma fundamento da recusa não tem cabimento. Se o facto deveria ter sido titulado por escritura pública, estaríamos perante uma manifesta nulidade formal, e então, a haver fundamento de recusa, a norma invocável seria a al. d) do nº 1 do citado art. 69º. Mas ocorrerá no caso a apontada nulidade formal? É o que brevitatis causa tentaremos apreciar. Tem sido desde algum tempo entendimento deste Conselho que a partilha em processo de inventário pode ocorrer por forma diversa da prevista no art. 1382º do C.P.C. (sentença homologatória da partilha constante do mapa e das operações de sorteio). Desde logo, o nº 6 do art. 1353º do C.P.C. (redacção do já citado D.L. nº 227/94) dispõe que o inventário pode findar na conferência, por acordo dos interessados, desde que o juiz considere que a simplicidade da partilha o consente, sendo então a partilha judicialmente homologada. Mas também se tem entendido dever ser admitida a partilha realizada por transacção homologada por sentença, na esteira do entendimento perfilhado pelo Acórdão do S.T.J. de 24 de Janeiro de 1989, in B.M.J. nº 383, págs. 522/525. O que importa é que dos termos da transacção resulte o acordo sobre a partilha dos bens visada no processo de inventário. Nos pareceres emitidos nos Pºs R.P. 129/2001 DSJ-CT e R.P. 146/2002 DSJ- CT a transacção formalizou-se por termo no processo; no parecer emitido no Pº R.P. 290/2003 DSJ-CT a transacção estava titulada num requerimentodeclaração. No entanto, como bem se salienta na proposta de remessa do presente processo ao Conselho, no parecer emitido no Pº R.P. 62/2003 DSJ-CT, in BRN nº 11/2003, págs. 14 e segs., foi firmado entendimento que briga com a actual posição do Conselho sobre a matéria. Na verdade, aí se defendeu que a) a partilha (no caso hereditária) pode efectivar-se por acordo das partes na conferência, ou mediante o recurso a um contrato de transacção (conclusão 1ª), b) a transacção judicial pode assumir as formas previstas no art. 300º do C.P.C. (conclusão 2ª), e c) a partilha de bens imóveis por contrato de transacção titulado por documento junto ao processo carece da forma da escritura pública, sob pena de produzir efeitos obrigacionais. Teremos agora que reconhecer que este entendimento não exprime por forma adequada o pensamento deste Conselho. É o que tentaremos demonstrar. Se não erramos, a matéria da transacção em processo de inventário foi pela primeira vez trazida ao Conselho no ano de 1981 (cfr. parecer de , in 4

5 Regesta 1984, págs. 92-P e segs.), nessa altura se defendendo que só com a liquidação e partilha é que se põe termo à indivisão, e que só o teor do mapa de partilha pode mostrar os termos dessa liquidação.aí se sustentou que «não se trata de uma transacção num qualquer litígio acerca de determinado prédio, mas da liquidação de uma herança que, além de outros, compreende determinado prédio» e que «a partilha é mais um acto de carácter administrativo do que judicial, por isso que o fim do processo de inventário é essencialmente administrativo». Entretanto, como foi salientado no citado Pº R.P. 146/2002, o já falado Acórdão do Supremo de veio sustentar que «é manifesto que uma sentença em que homologa os termos de uma transacção concluída entre os interessados num inventário e na qual se consigna ser a transacção válida pelo seu objecto e pela qualidade dos intervenientes titula o facto da partilha efectuada por acordo, nos termos do nº 1 do artigo 671º do Código de Processo Civil, já que transitada em julgado, como é o caso, fica tendo força obrigatória dentro do processo e fora dele nos limites fixados pelos artigos 497º e segs. desse diploma, e isso independentemente de se entender que o acordo não dispensava o mapa da partilha», e que «( ) erroneamente ou não ( ) a sentença homologatória da transacção funcionou no inventário como sentença homologatória do mapa de partilha, pelo que enquanto persistir a sua validade terá que entender-se que ela constituirá título executivo». Como também já se referiu, o D.L. nº 227/94, de 8 de Setembro, veio (art. 1353º, nº 6) expressamente dispor que «O inventário pode findar na conferência, por acordo dos interessados e do Ministério Público, quando tenha intervenção principal, desde que o juiz considere que a simplicidade da partilha o consente; a partilha efectuada é, neste caso, judicialmente homologada em acta, da qual constarão todos os elementos relativos à composição dos quinhões e a forma da partilha». Deste modo, passou a admitir-se a simplificação processual, dispensando-se em determinado circunstancialismo o mapa de partilha e permitindo-se que esta seja titulada por acordo judicialmente homologado. Mas - e é este aspecto que verdadeiramente importa acentuar a sentença homologatória deste acordo tem exactamente os mesmos efeitos da sentença homologatória prevista no art. 1382º do C.P.C. Será sempre uma sentença homologatória da partilha, a qual, após o trânsito em julgado (com eficácia reflexa), fixa em definitivo o direito dos intervenientes no processo de inventário, só podendo a partilha ser emendada, anulada ou objecto de recurso extraordinário nos casos expressamente previstos na lei (cfr. art.s 1386º e segs. do C.P.C., e Lopes Cardoso, in Partilhas Judiciais, Vol. II, págs. 506/508, 511 e segs., e 521 e segs.). Resulta do exposto que, ainda que o acordo que, naturalmente, vise a partilha e de que constem todos os elementos relativos à composição dos quinhões e a forma da partilha seja apelidado de transacção, não é a este negócio de auto composição do litígio previsto nos art.s 293º e segs. do C.P.C que se reconduz aquele acordo. E esta conclusão é, se bem ajuizamos, muito importante, pois, como é consabido, na transacção dever-se-ão distinguir os efeitos de direito substantivo do negócio de auto composição do litígio e os efeitos processuais da sentença que o homologa (cfr. Lebre de Freitas, João Redinha e Rui Pinto, in Código de Processo Civil anotado, Vol 1º, pág. 533), sendo de realçar que a transacção pode ser declarada nula ou anulada como os outros actos da mesma natureza, não obstando o trânsito em julgado da sentença homologatória à instauração da 5

6 respectiva acção de declaração de nulidade ou de anulação (cfr. art. 301º, nºs 1 e 2, do C.P.C.), podendo aquela sentença homologatória ser objecto de revisão quando se verifique a nulidade ou a anulabilidade da transacção [cfr. art. 771º, d), do C.P.C.]. Decorre a nosso ver do exposto que, se, por exemplo, no acordo da partilha do casal dissolvido por divórcio for violada a regra imperativa da metade (cfr. art. 1730º, C.C.), caso em que o negócio de partilha seria nulo (cfr. Pereira Coelho e Guilherme de Oliveira, in Curso de Direito de Família, Vol. I, 3ª ed., 2003, págs. 470, 486 e 489), mas tal acordo for homologado por sentença transitada em julgado, a partilha já não poderá ser anulada. Mas da dita conclusão de que o acordo de partilha não é uma transacção em sentido processual decorre ainda que o art. 300º do C.P.C. não é aplicável ao processo de inventário. Portanto, não se pode exigir que o acordo revista qualquer das formas previstas naquela norma processual. Somos, assim, de opinião de que a transacção dos autos não enferma de nulidade formal. 3- Embora, de acordo com a posição anteriormente assumida, não tenha relevância na apreciação do presente recurso, importa tomar posição sobre outra questão colocada na proposta de remessa do processo ao Conselho: a transacção propriamente dita efectuada por documento carecido das exigências de forma da lei substantiva, desde que homologada por sentença transitada em julgado, deverá ingressar no Registo? Apreciemos. No Pº R.P. 26/97 DSJ-CT, in BRN nº 10/97, págs. 42 e segs., sustentámos e concluímos que a) as regras de direito civil aplicáveis aos negócios jurídicos que consubstanciam a transacção, no que toca à forma de tais negócios, só serão de observar na transacção extrajudicial e na transacção judicial feita por documento junto ao processo, e b) nos restantes casos de transacção judicial (por termo no processo, ou por acta, quando resulte de conciliação obtida pelo juiz), porque se trata de negócios jurídicos que revestem, ao mesmo tempo, natureza processual e de direito material, dever-se-á entender que as regras relativas à forma são as fixadas nas normas de processo. No Pº R.P. 131/97 DSJ-CT, in BRN nº 6/98, págs. 40 e segs., defendemos que a validade da transacção quanto ao seu objecto e à qualidade das pessoas que nela intervieram -, examinada e declarada por sentença transitada em julgado, foge ao poder de qualificação do conservador. Desde então as assinaladas posições deste Conselho têm-se mantido inalteradas. O que se tem discutido, e muito, é sobre a interpretação dos termos da transacção e da sentença homologatória, para se apurar se o facto nelas titulado tem eficácia real e, consequentemente, está sujeito a registo. A título meramente exemplificativo, cfr. o já citado Pº R.P. 131/97 DSJ-CT (e o Acórdão da Relação de Évora de 1 de Julho de 1999, in CJ XXIV 4, 267, Pº R.P. 96/99 DSJ-CT, in BRN nº 11/99, págs. 8 e segs., Pº R.P. 57/99 DSJ-CT, in BRN nº 8/99, págs. 46 e segs. (e o Acórdão da Relação de Évora de 7 de Março de 2002, proferido no Processo nº 194/99 da Comarca de Ponte de Sor), Pº R.P. 22/2000 DSJ-CT, in BRN nº 8/2000, págs. 2 e segs., Pº R.P. 237/2004 DSJ-CT, in BRN nº 1/2005, págs. 9 e segs. Como também se tem discutido a idoneidade da «transacção» para titular a aquisição de direito real por usucapião. Cfr., por exemplo, Pº 88/96 R.P. 4, in BRN 6

7 nº 6/97, págs. 23 e segs. (e o Acórdão da Relação do Porto de 9 de Março de 2000, in CJ XXV - 2, 186, e o Acórdão do S.T.J. de 19 de Outubro de 2000, in CJ VIII 3, 90), e o Acórdão da Relação de Évora de 11 de Março de 2004, in CJ XXIX 2, 237. No que especificamente toca à forma da transacção judicial titulada por documento junto ao processo, não nos ocorre algum processo (com excepção do já citado Pº R.P. 62/2003 DSJ-CT) em que este Conselho tenha apreciado a validade formal da transacção e concluído pela nulidade da mesma e pela recusa do registo. Temos, é certo, defendido que, neste caso, a transacção carece da forma exigida pela lei substantiva. Pelo que se o negócio não revestir a forma legalmente exigida será nulo (cfr. art. 220º, C.C.). Isto mesmo parece reconhecer o Acórdão da Relação do Porto de 7 de Abril de 2005 proferido no Agravo 1541/05. Mas poderá a nulidade do negócio ser conhecida pelo conservador? Se a validade da transacção quanto ao seu objecto e à qualidade das pessoas que nela intervieram, examinada e declarada por sentença transitada em julgado, foge ao poder de qualificação do conservador, parece que também este, ainda que aprecie a observância da forma legalmente exigida para o negócio jurídico titulado na transacção, não poderá, ao abrigo do disposto no art. 69º, nº 1, d), do C.R.P., recusar o registo do facto com fundamento na manifesta nulidade deste. Ao homologar a transacção, o juiz verifica se o objecto estava na disponibilidade das partes e tinha idoneidade negocial, e ainda «a pertinência do objecto do negócio para o processo, isto é, a sua coincidência com o pedido deduzido, dado o acto processual pelo qual as partes fazem valer o negócio de auto-composição do litígio»; e também verifica a capacidade e legitimidade dos intervenientes (cfr. Lebre de Freitas, João Redinha e Rui Pinto, ob. cit., pág. 533). Mas o juiz também deve verificar se as exigências de forma da lei substantiva foram cumpridas. Como foi salientado no citado Acórdão da Relação do Porto de , «o contrário seria absurdo». Se o juiz fiscaliza a forma da transacção, a sentença homologatória abrangerá um juízo de suficiência. E não sofre contestação que a decisão judicial deve ser acatada pelo conservador (cfr. art. 205º, nº 2, da Constituição). O que, obviamente, não retira ao conservador o poder-dever de interpretar os termos da transacção e da sentença homologatória. Ora, no desenvolvimento desta actividade interpretativa, a inobservância da forma exigida pela lei substantiva na transacção por documento junto ao processo constituirá naturalmente um elemento, dentre muitos outros, a ponderar na formação do juízo sobre a eficácia real ou obrigacional do respectivo negócio jurídico e da sujeição do facto a registo. Cremos mesmo ser saudável que, no exercício desta actividade, o conservador parta do princípio de que o juiz não homologa transacções nulas. Portanto, se se concluir pela eficácia real da transacção e/ou pela sujeição do facto a registo, a sentença homologatória da mesma conterá um juízo sobre a suficiência da forma adoptada que o conservador deverá acatar. O regime de ataque à transacção judicial nula (também por falta de forma?) ou anulável dos art.s 301º e 771º, d), do C.P.C., a oposição à execução de sentença homologatória de transacção nula ou anulável, e a tradução tabular daqueles factos (cfr. parecer emitido no Pº R.P. 235/2004 DSJ-CT, in BRN nº 4/2005, págs. 10/11 ponto 3.2 e nota 11), são matérias que aqui não terão que ser abordadas, porquanto não contendem com a resposta à questão formulada. 7

8 4- No despacho de sustentação foi levantada a questão fiscal. Quanto ao IMT. Afigura-se-nos líquido que sobre o facto incide IMT [cfr. art.s 2º, nºs 1 e 5, c), 23º, 36º, nº 3, 37º, nº 2, e 50º, do CIMT Anexo II a que se refere o art. 2º, nº 2, do D.L. nº 287/2003, de 12 de Novembro, e parecer emitido no já citado Pº R.P. 235/2004 DSJ-CT, ponto 3.1]. Pelo que o registo, também por falta de comprovação do pagamento deste imposto, deverá ser efectuado provisoriamente por dúvidas. O competente Serviço de Finanças confrontar-se-á com a determinação do excesso da quota-parte da adquirente Maria, porquanto, a nosso ver, as tornas estão mal calculadas na «transacção» (nas nossas contas, o excesso seria de 238,88, e não de 477,75, que constitui a diferença entre o quinhão da Maria e o quinhão do Rogério). Mas este não é um problema do conservador. Quanto ao imposto de selo. A nosso ver, o facto é tributável nos termos das verbas 1.1 e 3 da Tabela. Mas o sujeito passivo do imposto é o Tribunal [cfr. art. 2º, nº 1, a), do CIS], pelo que é a esta entidade que compete a liquidação (cfr. art. 23º, nº 1, do CIS). Não nos parece que neste caso em que não está em causa uma transmissão gratuita (cfr. art. 63º, nº 1, do CIS) o conservador esteja constituído numa obrigação de fiscalização do pagamento do imposto. 5- Em face do exposto, somos de parecer que o recurso merece provimento parcial, devendo ser lavrado provisoriamente por dúvidas o registo de aquisição de 1/6 da fracção autónoma. As dúvidas vêm concretizadas na parte final do ponto 1 e na primeira parte do ponto anterior. Em consonância firmam-se as seguintes Conclusões 1- Deverá ser interpretada como respeitando a uma fracção indivisa do imóvel a expressão uma quota parte indivisa e sem determinação de parte ou direito correspondente a 1/6 da fracção J ( ) contida na relação de bens de um acordo de partilha junto a inventário subsequente a divórcio; a tese de que se está perante a relacionação de um direito e acção a herança que integra o dissolvido património conjugal não poderá vingar, se nela nem sequer é indicado o autor dessa herança. 2- Se sobre o imóvel vigorar o registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito a favor de um dos ex-cônjuges (ainda no estado de casado) e de outros, o registo de aquisição daquela fracção indivisa a favor do ex-cônjuge adjudicatário deverá ser efectuado provisoriamente por dúvidas, nos termos do disposto nos art.s 34º, nº 2, e 70º, ambos do C.R.P. 8

9 3- A sentença homologatória do acordo de partilha em processo de inventário seja o acordo obtido na conferência de interessados ao abrigo do disposto no art. 1353º, nº 6, do C.P.C., seja tal acordo formalizado em documento apelidado de «transacção» - tem exactamente os mesmos efeitos da sentença homologatória prevista no art. 1382º do C.P.C. 4- Decorrentemente, a este acordo não são aplicáveis as regras processuais que regem a transacção propriamente dita, designadamente as respeitantes à forma estabelecidas no art. 300º do C.P.C.; o acordo de partilha de imóveis titulado por documente particular junto ao processo de inventário não enferma de vício de forma. 5- Na transacção judicial propriamente dita titulada por documento junto ao processo e homologada por sentença transitada em julgado a inobservância das exigências de forma da lei substantiva não determina a recusa do registo do facto; o juiz deve não só analisar a validade da transacção quanto ao objecto e quanto à qualidade dos intervenientes mas também apreciar a observância das exigências de forma; a apreciação da validade da transacção, com tal amplitude, foge ao poder de qualificação do conservador, que assim não poderá recusar o registo do facto com fundamento na sua manifesta nulidade. 6- O registo definitivo de aquisição por efeito do acordo de partilha e respectiva sentença homologatória depende da comprovação do pagamento do IMT liquidado com base naquele instrumento. Este parecer foi homologado por despacho do Director-Geral de

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