Topologia, geometria e curvas no plano

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Topologia, geometria e curvas no plano"

Transcrição

1 Topologa, geometra e curvas no plano Roberto Imbuzero Olvera 23 de Março de Abertos, fechados e compactos Defnção 1 Um subconjunto F C é dto fechado se qualquer sequênca convergente em F tem lmte em F. A C é dto aberto se para todo x A exste R > 0 com B(z, R) A. Exercíco 1 Prove que o complementar de um aberto é sempre fechado, e vce-versa. Defnção 2 Um subconjunto K C é dto compacto (e escrevemos K C) se para toda sequênca {z n } n N exste uma subsequênca {z nk } k N com z nk z K. Exercíco 2 (Hene-Borel) Prove que K C é compacto se e somente se fechado e lmtado. Exercíco 3 Sejam K 1, K 2,... compactos não vazos com K 1 K 2 K Mostre que K. Exercíco 4 Sejam K C, A K e φ : A R contínua. Mostre que exste z K com: φ(z ) = nf z K φ(z). Exercíco 5 Seja C C não-vazo. Defna: e escreva C {z C : d(z, C) = 0}. d(z, C) nf{ z w : w C}. IMPA, Ro de Janero, RJ, Brazl,

2 1. Mostre que d(z, C) d(w, C) z w. Deduza que z d(z, C) é contínua. 2. Mostre que esta mesma função é convexa, sto é, para todos 0 λ 1 e z, w C, d(λ z + (1 λ) w, C) λ d(z, C) + (1 λ) d(w, C). 3. Mostre que C chamado o fecho de C é fechado, contem C e está contdo em qualquer outro fechado F C. 4. Deduza que C = C se e somente se C é fechado. Exercíco 6 Mostre que se K C é aberto e F C é fechado com K F =, então: d(k, F ) nf d(z, w) > 0. z K,w F Em forma contrapostva, mostre que dados K C e U K aberto, exste um r > 0 tal que K r B(z, r) U. z K Defnção 3 Dados pontos a 1, a 2,..., a k C, a envoltóra convexa destes pontos é o conjunto: Co{a } k =1 { k =1 λ a : (λ 1,..., λ k ) [0, 1] k com λ = 1}. Prove que a envoltóra convexa de um conjunto fnto de pontos é sempre compacta. 2 Curvas no plano Defnção 4 Seja U C aberto. Uma curva parametrzada (ou smplesmente curva) em U é uma aplcação contínua : [a, b] U onde a < b são reas. Exercíco 7 Prove que é unformemente contínua: sto é, para todo ε > 0 exste δ > 0 tal que t, s [a, b], t s < δ (t) (s) < ε. 2

3 Observação 1 Chamaremos esta função de dferencável, C r, etc se suas partes real e magnára têm estas propredades. Estas propredades também podem ser expressas através de lmtes. Defnção 5 Uma aproxmação polgonal de uma curva : [a, b] C é uma curva da forma: (t) = (t 1 ) + t t 1 t t 1 ((t ) (t 1 )), 1 n onde t 0 = a < t 1 < t 2 < < t n = b. Defnção 6 O comprmento L() de uma curva : [a, b] C é o supremo sobre a = t 0 t 1 t n = b da quantdade: (t ) (t 1 ). =1 Este supremo pode ser nfnto. Se ele é fnto, dzemos que é retfcável. Exercíco 8 Mostre que uma aproxmação polgonal é sempre retfcável e que o comprmento de é o sup dos comprmentos de tas aproxmações. Exercíco 9 Mostre que se {t }m =1 {t } n =1, então: (t ) (t 1) =1 (t ) (t 1 ). =1 Teorema 1 Para como acma, defna, para cada k N, uma sequênca {t (k) } Então: =0 com: lm sup t (k) t (k) 1 = 0. k N 1 Prova: Claramente L() = lm sup k + lm k + =1 =1 (t (k) ) (t (k) 1 ). (t (k) ) (t (k) 1 ) L(), 3

4 pos cada termo no lmte é menor ou gual a L(). Provaremos, portanto, que para todo ε > 0: lm nf k + =1 Para sto tome a = s 0 < s 1 < < s m = b tas que: (t (k) ) (t (k) 1 ) L() ε. (1) m (s ) (s 1 ) > L() ε/2. =1 Escolha δ > 0 pequeno o sufcente de modo que s s 1 > δ para todo 1 m e anda: t, s [a, b] : t s δ (s) (t) < ε/4k. (Esta segunda propredade é possível porque é unformemente contínua.) Por fm, suponha que k N é grande o sufcente, de modo que: 1, t (k) t (k) 1 < δ. Agora vamos mudar os pontos s de lugar. Para cada 1 m, seja s (k) o menor ponto da forma t (k) j com t (k) j s. Note que s s (k) < δ, dado que os pontos t (k) como s s j > δ para 1 < j m, temos s (k) escolha de {s } m =1 e δ mplca ( s (k) têm espaços menores do que δ entre s. Em partcular, s (k) j para tas, j.. A m =1 2 ( s (k) ) ( s (k) m =0 (s ) ( s (k) ) s < δ (s ) ( s (k) ) < ε Por outro lado, como { s (k) m =1 } m =0 {t(k) 1 ) m =1 4k ) > m } ( s (k) ) ( s (k) 1 ) 4 =1 L() ε. =0, temos: =1 ( s (k) ) ( s (k) 1 ) ( s (k) ) ( s (k) 1 ) ε 2 (t (k) ) (t (k) 1 ).

5 Deduzmos que para todo ε > 0 e todo k N sufcentemente grande: =1 o que mplca (1) e termna a prova. (t (k) ) (t (k) 1 ) L() ε, Exercíco 10 Suponha que como acma é C 2. Prove que é retfcável e que seu comprmento é dado por: L() 3 Integras de lnha b a (t) dt. Aqu U C é um aberto não-vazo. Suporemos que h : U C é contínua e : [a, b] C é curva retfcável em U. Teorema 2 Exste uma função m( ) com lm δ 0 m(δ) = 0 tal que, se e a = t 0 < t 1 < < t n = b b = s 0 < s 1 < < s m = b satsfazem s s 1 δ e t j t j 1 δ, então: ( ) m h (t )((t ) (t 1 )) h (s j )((s j ) (s j 1 )) m(δ). =1 j=1 Antes de provar este teorema, notamos o segunte coroláro, que dexamos como exercíco: Exercíco 11 Deduza que para toda sequênca de partções: a = t (k) t (k) 1 < < t (k) n = b com max 1 nk t (k) t (k) 1 = 0, as somas: h (t (k) )((t (k) ) (t (k) 1 )) =1 0 < convergem para um mesmo lmte quando k +, denomnado de ntegral de lnha de h sobre : h(z) dz h (t (k) )((t (k) ) (t (k) 1 )). lm k + =1 5

6 Prova: [do Teorema] Vamos provar o teorema no caso em que {t } {s j } j. No caso geral, podemos tomar um refnamento comum das duas partções. Defna j 0 = 0, j 1, j 2,..., j n = m de modo que s j = t para cada 1 n. Note que: h (t )((t ) (t 1 )) = =1 enquanto m h (s j )((s ) (s j 1 )) = j=1 j =1 j=j 1 +1 j =1 j=j 1 +1 h (s j ) ((s j ) (s j 1 )), h (s j ) ((s j ) (s j 1 )). Tomando a dferença e usando a desgualdade trangular, temos: dferença j =1 j=j 1 +1 h (s j ) h (s j ) (s j ) (s j 1 ). Note agora que s j s j δ, afnal s j pertence ao ntervalo entre t 1 = s j 1 e t = s j e os ntervalos da partção dos t s tem tamanho menor ou gual a δ. Deste modo, temos: dferença sup h (s) h (t) t s δ sup h (s) h (t) t s δ j =1 j=j 1 +1 (s j ) (s j 1 ) m (s j ) (s j 1 ) j=1 sup h (s) h (t) L(). t s δ Para termnar basta observar que o lado dreto va a 0 quando δ 0, já que h é contínua, logo unformemente contínua sobre [a, b]. Exercíco 12 Mostre para todas h, como acma: h dz h dz sup h (t) L(). t [a,b] Exercíco 13 (Lneardade) Mostre que, com hpóteses adequadas sobre h 1, h 2 e : α C : (h 1 + α h 2 ) dz = h 1 dz + α h 2 dz. 6

7 Exercíco 14 Com as hpóteses acma, mostre que que n h dz h dz se { n } n é uma sequênca de aproxmações polgonas a com tamanho de partção ndo a 0. Exercíco 15 Suponha que é C 1 por partes e fechada. Mostre que b h(z) dz = h((t)) (t) dt. a Use sto para mostrar que se h(z) = f (z) para alguma f : U C holomorfa, f = 0. Exercíco 16 Suponha que : [0, 1] C é rtefcável e φ( ) = (1 ) é de trás para frente. Mostre que h(z) dz = h(z) dz. 4 Homotopas Aqu U C é aberto. Defnção 7 Dadas curvas, φ : [0, 1] U, uma homotopa em U entre e φ é uma função contínua: H : (t, s) [0, 1] 2 H(t, s) U com H(, 0) = ( ) e H(, 1) = φ( ). Se, φ são fechadas, pedremos que H(, s) seja uma curva fechada para todo s [0, 1]. Abaxo falaremos apenas de homotopas de curvas fechadas. Exercíco 17 Mostre que homotopas são funções unformemente contínuas. Exercíco 18 Dadas curvas fechadas, φ em U, escreva U φ se e φ são homotópcas em U. Mostre que U é uma relação de equvalênca sobre as curvas em U. Exercíco 19 Mostre que, dada H homotopa de curvas fechadas, exste M > 0 tal que os pontos: ( M, j ) com 1, j M M são tas que U contem todos os conjuntos da forma: Co{H(( 1)/M, j/m), H(/M, j/m), H(/M, (j 1)/M), H(/M, j/m)}. φ 7

8 Exercíco 20 Prossegundo o exercíco anteror, suponha que f : U C contínua é tal que a ntegral de lnha sobre qualquer quadrado com nteror contdo em U se anula. Para cada 1 M, seja,m a curva polgonal (fechada) que passa pelos pontos H(/M, j/m), 1 j M. Prove que,m f = 1,M f para cad 1 M. Lembrando que 0,M f f e 1,M f φ f quando M +, deduza que a ntegral de lnha de uma f deste tpo sobre uma curva retfcável fechada é nvarante por homotopas da curva. 8

Análise Complexa Resolução de alguns exercícios do capítulo 1

Análise Complexa Resolução de alguns exercícios do capítulo 1 Análse Complexa Resolução de alguns exercícos do capítulo 1 1. Tem-se:. = (0, 1) = (0, 1) =. 3. Sejam a, b R. Então Exercíco nº1 = (0, 1).(0, 1) = (0.0 1.1, 0.1 + 1.0) = ( 1, 0) = 1. a + b = a b = a +

Leia mais

Invariância da integral por homotopia, fórmula de Cauchy e séries de Taylor

Invariância da integral por homotopia, fórmula de Cauchy e séries de Taylor Invariância da integral por homotopia, fórmula de Cauchy e séries de Taylor Roberto Imbuzeiro Oliveira 6 de Abril de 20 Preliminares Nestas notas, U C sempre será um aberto e f : U C é contínua. Duas curvas

Leia mais

MAP Cálculo Numérico e Aplicações

MAP Cálculo Numérico e Aplicações MAP0151 - Cálculo Numérco e Aplcações Lsta 5 (Correção Neste ponto, todos já sabemos que todas as questões têm o mesmo valor, totalzando 10.0 pontos. (Questão 1 Fque com vontade de fazer mas do que fo

Leia mais

Compacidade em espaços métricos

Compacidade em espaços métricos Comacdade em esaços métrcos Gselle Moraes Resende Perera, Lucana Yoshe Tsuchya e Geraldo Márco de Azevedo Botelho 3 de abrl de 2009 1 Introdução Comacdade é um dos concetos centras da toologa Na reta,

Leia mais

Análise soft e análise hard

Análise soft e análise hard Análse soft e análse hard Fernando Ferrera http://www.cul.ul.pt/ ferferr/ Fronteras da Matemátca 17-18 de Abrl de 2010 O blogue de Terence Tao http://terrytao.wordpress.com Soft analyss, hard analyss,

Leia mais

Notas Processos estocásticos. Nestor Caticha 23 de abril de 2012

Notas Processos estocásticos. Nestor Caticha 23 de abril de 2012 Notas Processos estocástcos Nestor Catcha 23 de abrl de 2012 notas processos estocástcos 2 O Teorema de Perron Frobenus para matrzes de Markov Consdere um processo estocástco representado por um conunto

Leia mais

Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy

Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy Roberto Imbuzeiro Oliveira 3 de Abril de 20 A maior parte destas notas tem como refererência o livro de David Ullrich, Complex Made Simple. Preliminares sobre séries

Leia mais

Convergência, séries de potência e funções analíticas

Convergência, séries de potência e funções analíticas Convergência, séries de potência e funções analíticas Roberto Imbuzeiro Oliveira March 13, 2015 1 Algumas palavras sobre convergência em C Tudo o que descreveremos aqui é análogo ao que se define e prova

Leia mais

Compacidade de conjuntos e operadores lineares

Compacidade de conjuntos e operadores lineares Compacidade de conjuntos e operadores lineares Roberto Imbuzeiro Oliveira 13 de Janeiro de 2010 No que segue, F = R ou C e (X, X ), (Y, Y ) são Banach sobre F. Recordamos que um operador linear T : X Y

Leia mais

2. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

2. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS VARIÁVEIS ALEATÓRIAS 0 Varável aleatóra Ω é o espaço amostral de um epermento aleatóro Uma varável aleatóra é uma função que atrbu um número real a cada resultado em Ω Eemplo Retra- ao acaso um tem produzdo

Leia mais

Departamento de Informática. Modelagem Analítica do Desempenho de Sistemas de Computação. Modelagem Analítica. Disciplina: Variável Aleatória

Departamento de Informática. Modelagem Analítica do Desempenho de Sistemas de Computação. Modelagem Analítica. Disciplina: Variável Aleatória Departamento de Informátca Dscplna: do Desempenho de Sstemas de Computação Varável leatóra Prof. Sérgo Colcher colcher@nf.puc-ro.br Varável leatóra eal O espaço de amostras Ω fo defndo como o conjunto

Leia mais

Interpolação Segmentada

Interpolação Segmentada Interpolação Segmentada Uma splne é uma função segmentada e consste na junção de váras funções defndas num ntervalo, de tal forma que as partes que estão lgadas umas às outras de uma manera contínua e

Leia mais

Capítulo 2. APROXIMAÇÕES NUMÉRICAS 1D EM MALHAS UNIFORMES

Capítulo 2. APROXIMAÇÕES NUMÉRICAS 1D EM MALHAS UNIFORMES Capítulo. Aproxmações numércas 1D em malhas unformes 9 Capítulo. AROXIMAÇÕS NUMÉRICAS 1D M MALHAS UNIFORMS O prncípo fundamental do método das dferenças fntas (MDF é aproxmar através de expressões algébrcas

Leia mais

O teorema do mapeamento conforme de Riemann

O teorema do mapeamento conforme de Riemann O teorema do mapeamento conforme de Riemann Roberto Imbuzeiro Oliveira 23 de Maio de 2011 1 Preliminares Como de costume, U C é aberto. Recorde que U é simplesmente conexo se existe um ponto z 0 U tal

Leia mais

58 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004. Tem-se assim uma decomposição da região rectangular R em mk rectângulos

58 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004. Tem-se assim uma decomposição da região rectangular R em mk rectângulos 58 Textos de Apoo de Análse Matemátca IV 3/4.3 Integral duplo.3.1 efnção Seja um rectângulo fechado de, sto é, [a, b] [c, d] {(x, y) : a x b e c y d}, com a < b e c < d. Consdere-se uma partção do ntervalo

Leia mais

Implementação Bayesiana

Implementação Bayesiana Implementação Bayesana Defnção 1 O perfl de estratégas s.) = s 1.),..., s I.)) é um equlíbro Nash-Bayesano do mecansmo Γ = S 1,..., S I, g.)) se, para todo e todo θ Θ, u gs θ ), s θ )), θ ) θ Eθ u gŝ,

Leia mais

Convergência, séries de potência e funções analíticas

Convergência, séries de potência e funções analíticas Convergência, séries de potência e funções analíticas Roberto Imbuzeiro Oliveira March 16, 2011 1 Algumas palavras sobre convergência em C Tudo o que descreveremos aqui é análogo ao que se define e prova

Leia mais

Notas de Aula de Probabilidade A

Notas de Aula de Probabilidade A VII- VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIDIMENSIONAIS. 7. CONCEITO DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Informalmente, uma varável aleatóra é um característco numérco do resultado de um epermento aleatóro. Defnção: Uma varável

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

Alguns passos da prova do Teorema de Runge

Alguns passos da prova do Teorema de Runge Alguns passos da prova do Teorema de Runge Roberto Imbuzeiro Oliveira 15 de Junho de 2011 1 Os principais passos da prova Teorema 1 Sejam U C aberto, K U compacto e f : U C holomorfa Seja A C \U tal que

Leia mais

Introdução. Uma lâmpada nova é ligada e observa-se o tempo gasto até queimar. Resultados possíveis

Introdução. Uma lâmpada nova é ligada e observa-se o tempo gasto até queimar. Resultados possíveis Introdução A teora das probabldades é um ramo da matemátca que lda modelos de fenômenos aleatóros. Intmamente relaconado com a teora de probabldade está a Estatístca, que se preocupa com a cração de prncípos,

Leia mais

Diferenciais Ordinárias. Reginaldo J. Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais

Diferenciais Ordinárias. Reginaldo J. Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais Exstêca e Ucdade de Soluções de Equações Dferecas Ordáras Regaldo J Satos Departameto de Matemátca-ICEx Uversdade Federal de Mas Geras http://wwwmatufmgbr/ reg 10 de ulho de 2010 2 1 INTRODUÇÃO Sumáro

Leia mais

Eventos coletivamente exaustivos: A união dos eventos é o espaço amostral.

Eventos coletivamente exaustivos: A união dos eventos é o espaço amostral. DEFINIÇÕES ADICIONAIS: PROBABILIDADE Espaço amostral (Ω) é o conjunto de todos os possíves resultados de um expermento. Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral. Evento combnado: Possu duas ou

Leia mais

Atividade em Soluções Eletrolíticas

Atividade em Soluções Eletrolíticas Modelo de solução eletrolítca segundo Debye-Hückel. - A le lmte de Debye-Hückel (LLDH) tem o lmte que está em: I 0,01. log z.z A I 1/ valêncas do íons + e do eletrólto I 1 [ z b / b ] constante que depende

Leia mais

Cristina Caldeira 97. Tem-se assim uma decomposição da região Q em mkq paralelipípedos rectangulares

Cristina Caldeira 97. Tem-se assim uma decomposição da região Q em mkq paralelipípedos rectangulares Crstna Caldera 97 (c) T {(x, y) R : y a x } (a R + ) e ρ(x, y) é a dstânca de (x, y) ao ponto (, ); (d) T [, 3] [, ] e ρ(x, y) xy..4 Integral trplo.4.1 efnção e propredades Seja Q um paralelpípedo rectangular

Leia mais

Teoria Elementar da Probabilidade

Teoria Elementar da Probabilidade 10 Teora Elementar da Probabldade MODELOS MATEMÁTICOS DETERMINÍSTICOS PROBABILÍSTICOS PROCESSO (FENÓMENO) ALEATÓRIO - Quando o acaso nterfere na ocorrênca de um ou mas dos resultados nos quas tal processo

Leia mais

Eletrotécnica AULA Nº 1 Introdução

Eletrotécnica AULA Nº 1 Introdução Eletrotécnca UL Nº Introdução INTRODUÇÃO PRODUÇÃO DE ENERGI ELÉTRIC GERDOR ESTÇÃO ELEVDOR Lnha de Transmssão ESTÇÃO IXDOR Equpamentos Elétrcos Crcuto Elétrco: camnho percorrdo por uma corrente elétrca

Leia mais

Continuidade de processos gaussianos

Continuidade de processos gaussianos Continuidade de processos gaussianos Roberto Imbuzeiro Oliveira April, 008 Abstract 1 Intrudução Suponha que T é um certo conjunto de índices e c : T T R é uma função dada. Pergunta 1. Existe uma coleção

Leia mais

Módulo I Ondas Planas. Reflexão e Transmissão com incidência normal Reflexão e Transmissão com incidência oblíqua

Módulo I Ondas Planas. Reflexão e Transmissão com incidência normal Reflexão e Transmissão com incidência oblíqua Módulo I Ondas Planas Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Temos consderado

Leia mais

Integrais de linha, funções primitivas e Cauchy Goursat

Integrais de linha, funções primitivas e Cauchy Goursat Integrais de linha, unções primitivas e Cauchy Goursat Roberto Imbuzeiro Oliveira 2 de Abril de 2015 1 Preliminares Nestas notas, U C sempre será um aberto, γ : [a, b] U uma curva retiicável e : U C, uma

Leia mais

PROVA 2 Cálculo Numérico. Q1. (2.0) (20 min)

PROVA 2 Cálculo Numérico. Q1. (2.0) (20 min) PROVA Cálculo Numérco Q. (.0) (0 mn) Seja f a função dada pelo gráfco abaxo. Para claro entendmento da fgura, foram marcados todos os pontos que são: () raízes; () pontos crítcos; () pontos de nflexão.

Leia mais

Exercícios de revisão

Exercícios de revisão Exercícios de revisão Roberto Imbuzeiro Oliveira 7 de Abril de 20 Vários exercícios apresentados aqui vêm do livro David Ullrich, Complex Made Simple, ou dos livros de Ahlfors e Churchill. Em alguns casos,

Leia mais

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 1) 2 Norma. Distância. Bola. R n = R R R

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 1) 2 Norma. Distância. Bola. R n = R R R Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires CDI-II Resumo das Aulas Teóricas (Semana 1) 1 Notação R n = R R R x R n : x = (x 1, x 2,, x n ) ; x

Leia mais

Testes não-paramétricos

Testes não-paramétricos Testes não-paramétrcos Prof. Lorí Val, Dr. http://www.mat.ufrgs.br/val/ val@mat.ufrgs.br Um teste não paramétrco testa outras stuações que não parâmetros populaconas. Estas stuações podem ser relaconamentos,

Leia mais

The Correlated Equilibrium q Nathan Canen

The Correlated Equilibrium q Nathan Canen The Correlated Equlbrum Nathan Canen Introdução Consderemos o jogo estátco de nformação completa representado na forma normal: J1 O F O J2 F 2,1) 0,0) 0,0) 0) 1,2) Os equlíbros de Nash são os perfs de

Leia mais

F-328 Física Geral III

F-328 Física Geral III F-328 Físca Geral III Aula Exploratóra Cap. 26 UNICAMP IFGW F328 1S2014 1 Corrente elétrca e resstênca Defnção de corrente: Δq = dq = t+δt Undade de corrente: 1 Ampère = 1 C/s A corrente tem a mesma ntensdade

Leia mais

R X. X(s) Y Y(s) Variáveis aleatórias discretas bidimensionais

R X. X(s) Y Y(s) Variáveis aleatórias discretas bidimensionais 30 Varáves aleatóras bdmensonas Sea ε uma experênca aleatóra e S um espaço amostral assocado a essa experênca. Seam X X(s) e Y Y(s) duas funções cada uma assocando um número real a cada resultado s S.

Leia mais

X = 1, se ocorre : VB ou BV (vermelha e branca ou branca e vermelha)

X = 1, se ocorre : VB ou BV (vermelha e branca ou branca e vermelha) Estatístca p/ Admnstração II - Profª Ana Cláuda Melo Undade : Probabldade Aula: 3 Varável Aleatóra. Varáves Aleatóras Ao descrever um espaço amostral de um expermento, não especfcamos que um resultado

Leia mais

AEP FISCAL ESTATÍSTICA

AEP FISCAL ESTATÍSTICA AEP FISCAL ESTATÍSTICA Módulo 11: Varáves Aleatóras (webercampos@gmal.com) VARIÁVEIS ALEATÓRIAS 1. Conceto de Varáves Aleatóras Exemplo: O expermento consste no lançamento de duas moedas: X: nº de caras

Leia mais

PROBABILIDADE - CONCEITOS BÁSICOS

PROBABILIDADE - CONCEITOS BÁSICOS ROBBILIDD - CONCITOS BÁSICOS xpermento leatóro é um expermento no qual: todos os possíves resultados são conhecdos; resulta num valor desconhecdo, dentre todos os resultados possíves; pode ser repetdo

Leia mais

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO CORRELAÇÃO E REGRESSÃO Constata-se, freqüentemente, a estênca de uma relação entre duas (ou mas) varáves. Se tal relação é de natureza quanttatva, a correlação é o nstrumento adequado para descobrr e medr

Leia mais

INICIAÇÃO AO ESTUDO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS

INICIAÇÃO AO ESTUDO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA - JOÃO PESSOA CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - CAJAZEIRAS Relatóro Fnal INICIAÇÃO AO ESTUDO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS

Leia mais

Cálculo Numérico BCC760 Interpolação Polinomial

Cálculo Numérico BCC760 Interpolação Polinomial Cálculo Numérco BCC76 Interpolação Polnomal Departamento de Computação Págna da dscplna http://www.decom.ufop.br/bcc76/ 1 Interpolação Polnomal Conteúdo 1. Introdução 2. Objetvo 3. Estênca e uncdade 4.

Leia mais

Lista 8 de Análise Funcional - Doutorado 2018

Lista 8 de Análise Funcional - Doutorado 2018 Lista 8 de Análise Funcional - Doutorado 2018 Professor Marcos Leandro 17 de Junho de 2018 1. Sejam M um subespaço de um espaço de Hilbert H e f M. Mostre que f admite uma única extensão para H preservando

Leia mais

Elementos de Estatística e Probabilidades II

Elementos de Estatística e Probabilidades II Elementos de Estatístca e Probabldades II Varáves e Vetores Aleatóros dscretos Inês Das 203 O prncpal objetvo da deste documento é fornecer conhecmentos báscos de varáves aleatóras dscretas e pares aleatóros

Leia mais

Sumarização dos dados

Sumarização dos dados Inferênca e Decsão I Soluções da Colectânea de Exercícos 22/3 LMAC Capítulo 2 Sumarzação dos dados Nota: neste capítulo é apresentada a resolução apenas de alguns exercícos e a título ndcatvo. Exercíco

Leia mais

Teoria dos Jogos. Prof. Maurício Bugarin Eco/UnB 2015-II. Aula 8 B Teoria dos Jogos Maurício Bugarin. Desenvolver o modelo de jogo repetido

Teoria dos Jogos. Prof. Maurício Bugarin Eco/UnB 2015-II. Aula 8 B Teoria dos Jogos Maurício Bugarin. Desenvolver o modelo de jogo repetido Teora dos Jogos Prof. Mauríco Bugarn Eco/UnB 015-II Rotero Capítulo 3. Jogos Jogos Repetdos Desenvolver o modelo de jogo repetdo Provar o teorema popular Aplcar para conluo no jogo de dlema dos prsoneros

Leia mais

Topologia e espaços métricos

Topologia e espaços métricos Topologia e espaços métricos Roberto Imbuzeiro Oliveira 7 de Fevereiro de 2014 Conteúdo 1 Preliminares sobre conjuntos 2 2 Introdução aos espaços métricos 3 2.1 Definição............................. 3

Leia mais

Cap. 6 - Energia Potencial e Conservação da Energia Mecânica

Cap. 6 - Energia Potencial e Conservação da Energia Mecânica Unversdade Federal do Ro de Janero Insttuto de Físca Físca I IGM1 014/1 Cap. 6 - Energa Potencal e Conservação da Energa Mecânca Prof. Elvs Soares 1 Energa Potencal A energa potencal é o nome dado a forma

Leia mais

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA CAPÍTULO DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA. A MÉDIA ARITMÉTICA OU PROMÉDIO Defnção: é gual a soma dos valores do grupo de dados dvdda pelo número de valores. X x Soma dos valores de x número de

Leia mais

AULA Espaços Vectoriais Estruturas Algébricas.

AULA Espaços Vectoriais Estruturas Algébricas. Note bem: a letura destes apontamentos não dspensa de modo algum a letura atenta da bblografa prncpal da cadera Chama-se a atenção para a mportânca do trabalho pessoal a realzar pelo aluno resolvendo os

Leia mais

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R.

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R. UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM095 - Análise I Prof José Carlos Eidam Lista 4 INSTRUÇÕES Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam

Leia mais

Introdução a Combinatória- Aplicações, parte II

Introdução a Combinatória- Aplicações, parte II Introdução a Combnatóra- Aplcações, AULA 7 7.1 Introdução Nesta aula vamos estudar aplcações um pouco dferentes das da aula passada. No caso estudaremos arranjos com repetção, permutações crculares e o

Leia mais

4 Autovetores e autovalores de um operador hermiteano

4 Autovetores e autovalores de um operador hermiteano T (ψ) j = ψ j ˆT ψ = k ψ j ˆT φ k S k = k,l ψ j φ l T (φ) S k = k,l φ l ψ j T (φ) S k = k,l SljT (φ) S k. Após todos esses passos vemos que T (ψ) j = k,l S jl T (φ) S k ou, em termos matrcas T (ψ) = S

Leia mais

Radiação Térmica Processos, Propriedades e Troca de Radiação entre Superfícies (Parte 2)

Radiação Térmica Processos, Propriedades e Troca de Radiação entre Superfícies (Parte 2) Radação Térmca Processos, Propredades e Troca de Radação entre Superfíces (Parte ) Obetvo: calcular a troca por radação entre duas ou mas superfíces. Essa troca depende das geometras e orentações das superfíces,

Leia mais

DANIEL V. TAUSK. se A é um subconjunto de X, denotamos por A c o complementar de

DANIEL V. TAUSK. se A é um subconjunto de X, denotamos por A c o complementar de O TEOREMA DE REPRESENTAÇÃO DE RIESZ PARA MEDIDAS DANIEL V. TAUSK Ao longo do texto, denotará sempre um espaço topológico fixado. Além do mais, as seguintes notações serão utilizadas: supp f denota o suporte

Leia mais

F-328 Física Geral III

F-328 Física Geral III F-328 Físca Geral III ula Exploratóra Cap. 26-27 UNICMP IFGW F328 1S2014 1 Densdade de corrente! = J nˆ d Se a densdade for unforme através da superfíce e paralela a, teremos: d! J! v! d E! J! = Jd = J

Leia mais

Exercícios de topologia geral, espaços métricos e espaços vetoriais

Exercícios de topologia geral, espaços métricos e espaços vetoriais Exercícios de topologia geral, espaços métricos e espaços vetoriais 9 de Dezembro de 2009 Resumo O material nestas notas serve como revisão e treino para o curso. Estudantes que nunca tenham estudado estes

Leia mais

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados A lista abaixo é formada por um subconjunto dos exercícios dos seguintes livros: Djairo G. de Figueiredo, Análise na reta Júlio

Leia mais

Variáveis indexadas, somatórios e produtórios

Variáveis indexadas, somatórios e produtórios 1 Computação MIEC - FEUP complado por Ana Mara Faustno Varáves ndexadas, somatóros e produtóros Varáves ndexadas Quando se pretende estudar váras característcas de um conjunto de ndvíduos convém armazenar

Leia mais

O Teorema de Perron-Frobenius e a Ausência de Transição de Fase em Modelos Unidimensionais da Mecânica Estatística

O Teorema de Perron-Frobenius e a Ausência de Transição de Fase em Modelos Unidimensionais da Mecânica Estatística O Teorema de Perron-Frobenus e a Ausênca de Transção de Fase em Modelos Undmensonas da Mecânca Estatístca Marcelo Rchard Hláro Aluno do Curso de Graduação em Físca - UFMG, mhlaro@gold.com.br Gastão Braga

Leia mais

Aula 3 - Classificação de sinais

Aula 3 - Classificação de sinais Processamento Dgtal de Snas Aula 3 Professor Marco Esencraft feverero 0 Aula 3 - Classfcação de snas Bblografa OPPENHEIM, AV; WILLSKY, A S Snas e Sstemas, a edção, Pearson, 00 ISBN 9788576055044 Págnas

Leia mais

HOMOTETIAS, COMPOSIÇÃO DE HOMOTETIAS E O PROBLEMA 6 DA IMO 2008 Carlos Yuzo Shine Nível Avançado

HOMOTETIAS, COMPOSIÇÃO DE HOMOTETIAS E O PROBLEMA 6 DA IMO 2008 Carlos Yuzo Shine Nível Avançado HMTETIS, MPSIÇÃ DE HMTETIS E PREM 6 D IM 008 arlos Yuzo Shne Nível vançado ntes de começar a dscussão, vamos enuncar o problema 6 da IM 008, que é a motvação prncpal desse artgo. Problema 6, IM 008. Seja

Leia mais

2 Análise de Campos Modais em Guias de Onda Arbitrários

2 Análise de Campos Modais em Guias de Onda Arbitrários Análse de Campos Modas em Guas de Onda Arbtráros Neste capítulo serão analsados os campos modas em guas de onda de seção arbtrára. A seção transversal do gua é apromada por um polígono conveo descrto por

Leia mais

Leis de conservação em forma integral

Leis de conservação em forma integral Les de conservação em forma ntegral J. L. Balño Departamento de Engenhara Mecânca Escola Poltécnca - Unversdade de São Paulo Apostla de aula Rev. 10/08/2017 Les de conservação em forma ntegral 1 / 26 Sumáro

Leia mais

Quinta lista de Exercícios - Análise Funcional, período Professor: João Marcos do Ó. { 0 se j = 1 y j = (j 1) 1 x j 1 se j 2.

Quinta lista de Exercícios - Análise Funcional, período Professor: João Marcos do Ó. { 0 se j = 1 y j = (j 1) 1 x j 1 se j 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA Quinta lista de Exercícios - Análise Funcional, período 2009.2. Professor:

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconoma I 1º Semestre de 2016 Professores: Fernando Rugtsky e Glberto Tadeu Lma Gabarto

Leia mais

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap A técnca de computação ntensva ootstrap O termo ootstrap tem orgem na expressão de língua nglesa lft oneself by pullng hs/her bootstrap, ou seja, alguém levantar-se puxando seu própro cadarço de bota.

Leia mais

INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA ECONÔMICA 2a. Prova 11/7/2006 Profa. Ana Maria Farias Turma A hs

INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA ECONÔMICA 2a. Prova 11/7/2006 Profa. Ana Maria Farias Turma A hs INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA ECONÔMICA 2a. rova /7/2006 rofa. Ana Mara Faras Turma A 4-6 hs. Consdere os dados da tabela abaxo, onde temos preços e uantdades utlzadas de materal de escrtóro. Item Undade reço

Leia mais

Fluido Perfeito/Ideal

Fluido Perfeito/Ideal ν ref ref e L R scosdade do fludo é nula, ν0 - Número de Renolds é nfnto Admtndo que a conductbldade térmca é 0 s s s t s s t s Ds Admtndo que a conductbldade térmca é sufcentemente pequena para que se

Leia mais

1.2 Axioma do Supremo

1.2 Axioma do Supremo 1.2 Axioma do Supremo EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. Verifique que se n N é ímpar, então n 2 é também ímpar. O que pode concluir de n N sabendo que n 2 é par? RESOLUÇÃO Seja n N ímpar, com n = 2k+1, para algum

Leia mais

σ-álgebras, geradores e independência

σ-álgebras, geradores e independência σ-álgebras, geradores e independência Roberto Imbuzeiro M. F. de Oliveira 15 de Março de 2009 Resumo Notas sobre a σ-álgebra gerada por uma variável aleatória X e sobre as condições de independência de

Leia mais

1. Revisão Matemática

1. Revisão Matemática 1. Revsão Matemátca Dervadas Seja a fução f : R R, fxe x R, e cosdere a expressão : f ( x+ αe ) lmα 0 α f, ode e é o vector utáro. Se o lmte acma exstr, chama-se a dervada parcal de f o poto x e é represetado

Leia mais

Teoremas de uma, duas e três séries de Kolmogorov

Teoremas de uma, duas e três séries de Kolmogorov Teoremas de uma, duas e três séries de Kolmogorov 13 de Maio de 013 1 Introdução Nestas notas Z 1, Z, Z 3,... é uma sequência de variáveis aleatórias independentes. Buscaremos determinar condições sob

Leia mais

Gabarito para a prova de 1º Ano e 8ª serie (atual 9º Ano)

Gabarito para a prova de 1º Ano e 8ª serie (atual 9º Ano) Gabarto para a prova de 1º Ano e 8ª sere (atual 9º Ano) 1. t t c F 5 3 9 ; t c 451 3 5 9 o ; tc 33 C ΔS. a) Δ t 5 s V 4, 1 mnuto possu 6 s, portanto, dos 5 s temos: 8 mnutos (equvale a 48 s) e sobram segundos.

Leia mais

Parte 1: Exercícios Teóricos

Parte 1: Exercícios Teóricos Cálculo Numérco SME0300 ICMC-USP Lsta 2: Sstemas Lneares Métodos Dretos Professora: Cyntha de O. Lage Ferrera Parte 1: Exercícos Teórcos 1. Consdere o sstema Ax = b, onde 1 α 3 α 1 4 ; x = 5 2 1 Para que

Leia mais

TESTE DO QUI-QUADRADO - Ajustamento

TESTE DO QUI-QUADRADO - Ajustamento Exemplo 3: Avalar se uma moeda ou um dado é honesto; Em 100 lances de moeda, observaram-se 65 coroas e 35 caras. Testar se a moeda é honesta. 1 H 0 : a moeda é honesta; H 1 : a moeda não é honesta; 2 α

Leia mais

CONCEITOS INICIAIS DE ESTATÍSTICA MÓDULO 2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA - ELEMENTOS Prof. Rogério Rodrigues

CONCEITOS INICIAIS DE ESTATÍSTICA MÓDULO 2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA - ELEMENTOS Prof. Rogério Rodrigues CONCEITOS INICIAIS DE ESTATÍSTICA MÓDULO DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA - ELEMENTOS Prof. Rogéro Rodrgues I) TABELA PRIMITIVA E DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA : No processo de amostragem, a forma de regstro mas

Leia mais

D- MÉTODO DAS APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS

D- MÉTODO DAS APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS D- MÉTODO DAS APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS O método das apromações sucessvas é um método teratvo que se basea na aplcação de uma fórmula de recorrênca que, sendo satsfetas determnadas condções de convergênca,

Leia mais

Teorema Do Ponto Fixo Para Contrações 1

Teorema Do Ponto Fixo Para Contrações 1 Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência 20 anos c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit Teorema Do Ponto Fixo

Leia mais

6 ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA)

6 ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA) ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA 7 6 ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA As desvantagens do método BM apresentadas no capítulo 5 sugerem que a alocação dos benefícos seja feta proporconalmente ao prejuízo causado

Leia mais

{ 1 se x é racional, 0 se x é irracional. cos(k!πx) = cos(mπ) = ±1. { 1 se x Ak

{ 1 se x é racional, 0 se x é irracional. cos(k!πx) = cos(mπ) = ±1. { 1 se x Ak Solução dos Exercícios Capítulo 0 Exercício 0.: Seja f k : [0, ] R a função definida por Mostre que f k (x) = lim j (cos k!πx)2j. { f k (x) = se x {/k!, 2/k!,..., }, 0 senão e que f k converge pontualmente

Leia mais

Referências bibliográficas: H. 31-5, 31-6 S. 29-7, 29-8 T Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física

Referências bibliográficas: H. 31-5, 31-6 S. 29-7, 29-8 T Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Unversdade Federal do Paraná Setor de êncas Exatas epartamento de Físca Físca III Prof. r. Rcardo Luz Vana Referêncas bblográfcas: H. 31-5, 31-6 S. 9-7, 9-8 T. 5-4 ula - Le de mpère ndré Mare mpère (*

Leia mais

Capítulo 26: Corrente e Resistência

Capítulo 26: Corrente e Resistência Capítulo 6: Corrente e esstênca Cap. 6: Corrente e esstênca Índce Corrente Elétrca Densdade de Corrente Elétrca esstênca e esstvdade Le de Ohm Uma Vsão Mcroscópca da Le de Ohm Potênca em Crcutos Elétrcos

Leia mais

Resumo de Álgebra Linear - parte II

Resumo de Álgebra Linear - parte II Aula 7 Resumo de Álge Lnear - parte II 7.1 Resumo Nesta aula contnuamos desenvolvendo concetos báscos de álge lnear, aprmorando a famlardade com a notação de Drac. Bblograa: Moysés, 8.7 (em parte), e Cohen-Tannoudj,

Leia mais

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos Prof. Edson de Faria 30 de Março de 2014 Observação: O objetivo desta lista é motivar uma revisão dos conceitos e fatos básicos sobre

Leia mais

Matemática. Veículo A. Veículo B. Os gráficos das funções interceptam-se quando 50t = 80t

Matemática. Veículo A. Veículo B. Os gráficos das funções interceptam-se quando 50t = 80t Matemátca 0 Dos veículos, A e B, partem de um ponto de uma estrada, em sentdos opostos e com velocdades constantes de 50km/h e 70km/h, respectvamente Após uma hora, o veículo B retorna e, medatamente,

Leia mais

1, se t Q 0, se t R\Q

1, se t Q 0, se t R\Q 3.1 Mostre que a função valor absoluto f (x) = x é contínua em qualquer ponto x R. 3.2 Mostre que a função de Dirichlet ϕ : R R dada por: 1, se t Q ϕ (t) = 0, se t R\Q é descontínua em qualquer ponto t

Leia mais

Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov

Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov 1 Motivação Considere as equações diferenciais que modelam o oscilador harmônico sem amortecimento e sem força aplicada, dada por: M z + Kz = 0 Escolhendo-se x 1 = z e x

Leia mais

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental.

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

XXVII Olimpíada Brasileira de Matemática GABARITO Primeira Fase

XXVII Olimpíada Brasileira de Matemática GABARITO Primeira Fase Soluções Nível Unverstáro XXVII Olmpíada Braslera de Matemátca GABARITO Prmera Fase SOLUÇÃO DO PROBLEMA : Pelo enuncado, temos f(x) = (x )(x + )(x c) = x 3 cx x + c, f'(x) = 3x cx, f '( ) = ( + c) e f

Leia mais

Jogos de soma zero com dois jogadores

Jogos de soma zero com dois jogadores Jogos de soma zero com dois jogadores Problema: Dada uma matriz A m n, encontrar um equilíbrio de Nash (de estratégias mistas). Jogador 1 quer encontrar p que maximize v sujeito a i p i = 1 sujeito a (pa)

Leia mais

Trabalho e Energia. Curso de Física Básica - Mecânica J.R. Kaschny (2005)

Trabalho e Energia. Curso de Física Básica - Mecânica J.R. Kaschny (2005) Trabalho e Energa Curso de Físca Básca - Mecânca J.R. Kaschny (5) Lembrando nosso epermento de queda lvre... z z 1 v t 1 z = z - v t - gt ( ) z- z v = g = t Contudo, se consderarmos obtemos: v z z 1 t

Leia mais

Variáveis Aleatórias

Variáveis Aleatórias Unversdade Federal do Pará Insttuto de Tecnologa Estatístca Aplcada I Prof. Dr. Jorge Teóflo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenhara Mecânca /08/06 7:39 ESTATÍSTICA APLICADA I - Teora das Probabldades

Leia mais

Universidade Salvador UNIFACS Cursos de Engenharia Cálculo IV Profa: Ilka Rebouças Freire. Integrais Múltiplas

Universidade Salvador UNIFACS Cursos de Engenharia Cálculo IV Profa: Ilka Rebouças Freire. Integrais Múltiplas Unversdade Salvador UNIFACS Cursos de Engenhara Cálculo IV Profa: Ilka ebouças Frere Integras Múltplas Texto 3: A Integral Dupla em Coordenadas Polares Coordenadas Polares Introduzremos agora um novo sstema

Leia mais

Física. Física Módulo 1 Vetores, escalares e movimento em 2-D

Física. Física Módulo 1 Vetores, escalares e movimento em 2-D Físca Módulo 1 Vetores, escalares e movmento em 2-D Vetores, Escalares... O que são? Para que servem? Por que aprender? Escalar Defnção: Escalar Grandea sem dreção assocada. Eemplos: Massa de uma bola,

Leia mais

Método do limite superior

Método do limite superior Introdução O método do lmte superor é uma alternata analítca apromada aos métodos completos (e: método das lnhas de escorregamento) que possu um domíno de aplcabldade muto asto e que permte obter alores

Leia mais

Estudo de Curto-Circuito

Estudo de Curto-Circuito Estudo de Curto-Crcuto Rotero. Objetvo / aplcações. Natureza da corrente de defeto 3. Resposta em regme (4 tpos de defeto) 4. Resposta transtóra 5. Conclusões Objetvo Determnação de correntes e tensões

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito Capítulo 2 Conjuntos Infinitos O conjunto dos números naturais é o primeiro exemplo de conjunto infinito que aprendemos. Desde crianças, sabemos intuitivamente que tomando-se um número natural n muito

Leia mais