PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO

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1 PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO Proc. n 0 45/96 R.P. 4 - Justificação notarial. Usucapião. Sucessão na posse. Recusa do registo. 1 - Por escritura de , lavrada no Cartório Notarial de São Pedro do Sul, Elsa Correia de Almeida Pombal, por si e em representação de seu marido José Fernandes Pombal, declarou: a) que ambos eram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de um prédio urbano constituído por rés do chão e primeiro andar, destinado a habitação, com a superfície coberta de 60 m2, situado na freguesia de Sul, a confrontar do norte com João Batista Fernandes Cruz e caminho fazendeiro e dos restantes lados com herdeiros de Emília Seixas Pombal, e corresponde a metade do artigo 313º, descrito na conservatória sob o nº 25040, inscrito, metade em nome de Emília Rodrigues de Seixas Pombal pela inscrição nº 9 756, e a outra metade em nome de João Batista Fernandes Cruz pela inscrição nº 14210; b) que este prédio resultou da divisão material do prédio inscrito sob o aludido artigo 313º, realizada, por acordo verbal com os demais comproprietários, por sua tia Emília Seixas Pombal, que também usava Emília Rodrigues de Seixas Pombal, tendo esta, por testamento de , lavrado naquele cartório, legado ao justificante José Fernandes Pombal o aludido prédio urbano, que fica pegado ao terreno culto que também lhe foi legado; c) que desde a aludida divisão material, realizada em data que não podem precisar mas que foi há mais de 20 anos, a referida Emília e, posteriormente, os justificantes, estiveram na posse do lote que àquela ficou a pertencer, como prédio distinto, ininterruptamente, com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que fosse, praticando todos os actos materiais inerentes ao direito de propriedade, pelo que a divisão jurídica se operou por usucapião, já na posse dos actuais proprietários; d) que foi pedida e realizada a discriminação de área e rendimento do prédio urbano correspondente ao aludido artigo 313º, conforme fotocópia do resultado da mesma e pela qual se verifica que ao prédio objecto da justificação corresponde o lote A, que, após esta justificação, vai ser inscrito na matriz como prédio distinto. Consta da escritura terem sido arquivados, além de outros documentos, fotocópia da discriminação e fotocópia da inscrição matricial do prédio, e ter sido exibida notificação judicial avulsa dos titulares da inscrição nº Submetido o facto a registo - Ap. 12/ foi o mesmo recusado por despacho de , nos termos do disposto na alínea d) do nº 1 do artigo 69º do CRP, por manifesta nulidade do acto. A senhora conservadora sustentou que não é admissível escritura de justificação de prédio não inscrito na matriz, e o prédio justificado não tinha inscrição matricial própria, não existia a nível da matriz, sendo irrelevante a inscrição matricial posterior. 3 - Do despacho de recusa foi interposta reclamação, em , que se apoiou, em síntese, nos seguintes fundamentos: a) o prédio mãe encontrava-se inscrito na matriz, na proporção de 1/2 para João Batista Fernandes Cruz e de 1/2 para o reclamante José Fernandes Pombal que a havia adquirido por legado de sua tia Emília, tendo-se procedido, previamente à escritura de justificação, à discriminação da área e do rendimento, de file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (1 de 18) [ :37:24]

2 que resultou os louvados terem identificado no respectivo termo, como prédios distintos, dois lotes, A e B; o lote A corresponde ao prédio objecto da justificação, e resultou da divisão material e verbal do prédio mãe, realizada há dezenas de anos pelos então comproprietários João Batista e Emília; b) não se pode afirmar que este prédio lote A - não possui suporte matricial, porquanto a sua realidade física foi reconhecida pelos serviços fiscais e apenas aguarda, para atribuição de número de artigo matricial, o título comprovativo da sua existência jurídica, a escritura de justificação; c) é violento considerar nula a escritura de justificação pelo simples facto do prédio não ter ainda inscrição matricial, sendo certo que do termo da discriminação já constam os elementos exigidos para o conceito de matrizes prediais fixado no artigo 13º do Código da Contribuição Autárquica, constituindo ainda este termo o dado topográfico elementar que permite supor a existência da própria realidade física do prédio; d) o legislador não pode ter pretendido o uso de dois pesos e de duas medidas para atingir os mesmos fins - um peso e uma medida na aquisição de prédio resultante da divisão, por usucapião, de prédio inscrito na matriz, e outro peso e outra medida na aquisição por usucapião de prédio inscrito na matriz, não resultante de divisão - para, no segundo caso, permitir que a escritura seja outorgada, mesmo que o prédio tenha resultado da divisão verbal e material de outro prédio, sem qualquer título, e que a sua inscrição tenha resultado da organização de novas matrizes prediais cujos elementos são fornecidos verbalmente pelos interessados, e, no primeiro caso, não permitir que a escritura seja outorgada, obrigando os interessados a recorrer à justificação judicial. 4 - A senhora conservadora reclamada indeferiu, por despacho de , a reclamação, e sustentou o seu despacho de recusa. Alegou que o que está em causa é saber se, face à norma do artigo 102º do Código do Notariado em vigor à data da escritura - actual artigo 92º do novo Código, com a mesma redacção - é ou não admissível o recurso à escritura de justificação. Entende que não, porquanto o direito de propriedade justificado não estava inscrito na matriz. A metade indivisa de um prédio maior é substancialmente diferente do prédio justificado, pelo que não bastará a inscrição matricial desta metade para se concluir que Q prédio justificado tem inscrição matricial. E claro que um prédio alheio à matriz pode ser adquirido por usucapião, mas o que esta não pode é ser invocada através de escritura pública. Poderá ser invocada em sede de justificação judicial. E o facto de o prédio mãe ter sido avaliado, com discriminação de áreas e rendimentos, nada releva, porque a matriz manteve-se inalterada, aguardando-se a justificação para poder inscrever o prédio justificado. Cita, a propósito, o Parecer do Conselho Técnico emitido no nº 12/94, publicado no BRN nº 2/95, é manifesto que a justificação trazida a registo carece de apoio legal, pois que, só sustentadas pela inscrição do direito na matriz, as declarações para esse efeito prestadas serão relevantes. Ao invés, o que se verifica é a titulação do facto a suportar uma subsequente alteração da matriz. Reconhece a senhora conservadora que os reclamantes não deixam de ter razão ao acharem que é violento a imposição do recurso à justificação judicial para fazerem valer o seu direito. Mas sustenta, do ponto de vista do direito constituído, é assim mesmo. 5 - Inconformados com o despacho de sustentação, vêm os interessados dele interpôr recurso hierárquico. Repetem os argumentos aduzidos para a reclamação acrescentando que os lotes resultantes do processo de discriminação fiscal já têm inscrição matricial autónoma (artigos 1655º e 1656º). E sustentam, agora, que o artigo file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (2 de 18) [ :37:24]

3 102º do Código do Notariado está a ser objecto de uma interpretação restritiva ou redutora, porquanto, perguntam, não se aplicará aquela norma, quando se refere a... direitos que, nos termos da lei fiscal, devam constar da matriz...,, apenas a direitos que, no momento da escritura de justificação, constituam já uma unidade com autonomia física e económica, juridicamente reconhecida, e que reuna os condicionalismos exigidos nos artigos 2º e 13º do Código da Contribuição Autárquica? E que, concluem, não se pode inscrever na matriz o que juridicamente não existe. 6 - O senhor notário que lavrou a escritura pública de justificação foi ouvido nos termos do disposto no nº 2 do artigo 2º do Decreto-Lei nº 54/90, de 13.2., e veio ao processo defender a regularidade do acto, alegando que a divisão aqui operada por usucapião tem natureza meramente declarativa de um direito pré-existente, pelo que não se pode afirmar serem substancialmente diferentes a metade indivisa inscrita na matriz em nome da pessoa de quem o justificante a adquiriu e o prédio resultante da divisão. E que a escritura foi instruída com fotocópia da discriminação em dois lotes do prédio mãe, levada a efeito pela Comissão Permanente da Avaliação da Propriedade Urbana do concelho, pelo que está preenchido o requisito da exigência da inscrição matricial - a existência física do prédio perante os serviços competentes. 7 - O processo é o próprio, a reclamação e o recurso foram tempestivamente interpostos, e inexistem questões prévias que possam conduzir ao indeferimento liminar do recurso. Cumpre emitir parecer sobre o mérito do recurso. 8 - No Parecer emitido no Pº nº 12/94, publicado no BRN nº 2/95, foi analisada detalhadamente a dupla vertente em que se coloca o âmbito de aplicação do normativo do artigo 102º do Código do Notariado. Ali se defendeu que a norma do nº 1 daquela disposição legal se dirige à admissibilidade (objectiva) da justificação notarial, estabelecendo um requisito essencial cuja violação conduzirá à manifesta nulidade do acto e, consequentemente, à recusa do registo nos termos da alínea d) do nº 1 do artigo 69º do CRP. E a norma do nº 2 dispõe sobre a legitimidade dos justificantes, concedendo essa legitimidade aos titulares da inscrição matricial ou a quem deles tenha adquirido por sucessão ou por acto entre vivos. A violação desta norma já não constituirá manifesta nulidade, mas antes irregularidade que, enquanto não for sanada, conduzirá à qualificação do registo como provisório por dúvidas. Logicamente, a questão da admissibilidade da justificação notarial colocar-se-á num momento anterior à questão da legitimidade para justificar, de tal sorte que, merecendo a primeira resposta desfavorável, nem sequer valerá a pena colocar a segunda. Parece que estaremos todos de acordo - e aqui reside um dos inegáveis méritos do parecer - na delimitação dos dois campos de actuação daquele normativo legal, na anterioridade lógica de um sobre o outro, e na qualificação do vício que se traduz na violação de cada um deles. Mas o parecer foi mais longe, ao precisar o sentido e o alcance com que deve valer a norma do nº 1 do artigo 102º do Código do Notariado. Depois de abordar o papel das matrizes, a missão do cadastro, e as presunções que da matriz será legítimo derivar, e trazendo à colação a norma do nº 1 do artigo 9º do Decreto-Lei nº 3 12/90, de 2.10, sobre o processo especial de suprimento da prova do registo, o parecer defende que o que na realidade se mostra indispensável é que o prédio tenha inscrição matricial - ou seja, é pelo menos necessário que, para os serviços com funções de verificação in loco, ele exista. Existindo a inscrição matricial, dado topográfico elementar que permite file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (3 de 18) [ :37:24]

4 supor a própria realidade física do prédio, poderá ser outorgada a escritura destinada a justificar direitos sobre o prédio. Não existindo inscrição matricial, a escritura não poderá ser outorgada, e, se o for, o acto será manifestamente nulo. Mas - acrescenta o parecer -, sendo a inscrição matricial o pressuposto essencial da admissibilidade da justificação notarial, porque prova a existência do prédio, e evidente que nao se poderá confundir a existência física de um prédio tendo determinada composição e área, com a de outros que têm diferentes características e alegadamente, cada um a sua própria identidade e autonomia. A identidade própria destes outros prédios é meramente verbal - não tem o mínimo apoio de uma correspondente inscrição na matriz 9 - No caso dos autos, os interessados, antes de se apresentarem a outorgar a escritura pública e nesta produzirem as declarações conducentes à invocação da usucapião como causa de aquisição originária do direito de propriedade, obtiveram, através de um processo de discriminação levado a efeito pela respectiva comissão de avaliação, a autonomização do prédio objecto do direito justificado. E vêm agora alegar que está verificada, pelos serviços para o efeito competentes, a existência deste prédio. Isto é, está preenchido o requisito essencial de admissibilidade da justificação notarial, de acordo com o citado parecer. Mas sem razão. O que os recorrentes conseguiram obter, antes da outorga da escritura pública, foi uma autonomização, ao nível da matriz, do prédio objecto do direito justificado, condicionada à realização daquela escritura pública. Isto é, a matriz subordinou a inscrição do prédio à outorga da escritura. E o senhor notário aceitou esta autonomização provisória como boa para a outorga da escritura, sabendo que era esta que iria permitir converter aquela autonomização de provisória em definitiva. Quer dizer, a inscrição na matriz do prédio objecto do direito justificado deixou de ser o suporte das declarações prestadas pelos justificantes, passanda estas e a respectiva escritura pública a constituir o título para a subsequente inscrição matricial. Subverteram-se, deste modo, a letra e o espírito da norma do nº 1 do artigo 102º do Código do Notariado Como decorre do parecer a que nos temos vindo a referir (Proc. 12/94), a inscrição matricial constitui, enquanto pressuposto essencial de admissibilidade da justificação notarial, uma presunção de que o prédio existe. Mas para que um prédio exista não basta uma determinada realidade física. E necessário que essa realidade constitua juridicamente um prédio, enquanto coisa objecto de poderes directos e imediatos em que se traduzem, quanto ao lado interno, os direitos reais, e designadamente o direito de propriedade. Daqui decorre que não poderemos partir da existência - revelada por uma inscrição matricial - de um prédio, para afirmarmos a existência de outros prédios que naquele possam estar abrangidos, mesmo que a existência destes últimos, seja verificada pelos serviços competentes. E necessário que estes serviços confirmem a autonomização que, para efeitos de justificação notarial, terá que ser atestada pela correspondente inscrição matricial. Ora, a justificação notarial não pode ser o título dessa autonomização. A sua função é a de justificar direitos, pressupondo como dado adquirido o prédio sobre que aqueles incidem. E certo - e nisso têm razão os recorrentes - que a inscrição matricial está muito longe de garantir a autonomia do prédio. Mormente nas avaliações gerais em zonas não cadastradas, é frequente a atribuição de novos artigos da matriz em manifesta contradição com a situação jurídica dos prédios, com total desrespeito pelos direitos que sobre eles incidem, não se conservando as matrizes antigas, nem se estabelecendo a correspondência desejável entre a nova e a antiga. E daqui poderá resultar a eventualidade de justificação notarial de direitos sobre prédios que não o são, porque indevidamente autonomizados ao nível matricial. E uma situação que poderá ocorrer, embora o notário file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (4 de 18) [ :37:24]

5 e o conservador devam estar atentos e opôr à pretensão uma realidade tabular incompatível, quando esta exista, não aceitando, neste caso, a presunção de autonomia que parecia derivar da matriz. Sempre teremos, no entanto, que aceitar a eventualidade de justificação notarial de direitos sobre prédios que só o são ao nível da matriz. Este foi certamente um risco meditado pelo legislador ao consagrar a justificação notarial como meio expedito de suprimento do registo. Mas nunca poderemos invocar este argumento para sustentar a extensão da justificação notarial a prédios que nem ao nível matricial existem. Quando tal se verifique, a apreciação do caso terá que ser efectuada por via judicial Um outro obstáculo impede, a nosso ver, a procedência do recurso. Na escritura pública os justificantes declararam que eles e, anteriormente, a Emília estiveram na posse do prédio objecto do direito justificado. E que este prédio foi legado ao justificante marido por testamento de No entanto, quer na reclamação (artigo 2º), quer no recurso hierárquico (artigo 4º), os ora recorrentes alegam que o que foi legado ao recorrente marido foi metade (indivisa) do prédio objecto da divisão cuja usucapião foi invocada. O testamento foi lavrado no Cartório onde foi outorgada a justificação, mas o senhor notário não certificou tê-lo consultado. E é bem provável que correcto terá sido o alegado na impugnação, porque, se do testamento constasse ter sido legado um prédio distinto, os justificantes já não precisavam de título para inscrever este prédio na matriz. Vamos, pois, partir do pressuposto de que a autora da herança legou ao justificante marido metade indivisa do prédio objecto da divisão, e não o prédio que desta terá resultado. E a questão que se deve colocar é a de saber se os justificantes poderão utilizar a posse da autora, da herança para efeitos da invocação, a seu favor, da usucapião como causa de aquisição do direito de propriedade. Nós pensamos que não. De acordo com a norma do artigo 1255º do Código Civil, por morte do possuidor a posse continua nos seus sucessores desde o momento da morte, independentemente da apreensão material da coisa. O nosso Código, ao empregar a palavra sucessores, admite, assim, a sucessão na posse não só para herdeiros, mas também para legatários (cfr. PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA, Código Civil Anotado, Volume III, 1972, pág. 10/11). Na sucessão de posse, o sucessor continua a posse do de cujus, a posse daquele não é nova, é a mesma posse, com todos os seus caracteres: de boa ou de má fé, titulada ou não titulada, pacífica ou violenta (autores e obra citados, pág. 11). Isto e a posse do sucessor não tem autonomia quanto ao título. Mas no caso da sucessão testamentária ou contratual já a posse do sucessor tem autonomia quanto ao título, porque há aqui um acto de vontade intencionalizado a transmitir a posse - há um título intercorrente, que é independente do título que fundamenta a posse do cujus (cfr. J. FRANÇA PITAO e J. BORGES PINTO, DIREITO DAS COISAS, Da Ordenação Dominial, 1976, pág. 81). Ora, se este título intercorrente - o testamento -traduz a vontade da autora da herança em transmitir a posse e o direito sobre metade indivisa de um prédio, parece que ele não poderá ser invocado para a transmissão para o sucessor- legatário de uma posse com objecto completamente distinto. Passíveis de posse são todos os bens passíveis de domínio, ou seja, e genericamente, todas as coisas (cfr. ORLANDO DE CARVALHO, Introdução à Posse, RLJ Ano 122º, nº 3781, pág. 107). Só que não se pode confundir a posse com a composse ou posse comum. O testamento revela uma posse comum, e traduz a vontade da autora da herança em transmitir ao legatário a parte que lhe cabe nessa composse. E o legatário não poderá, se bem ajuizamos, para efeitos de sucessão, converter essa composse, sobre determinado bem, numa posse autónoma, sobre outro bem Nos termos expostos, somos de parecer que o recurso não merece provimento. De acordo com as seguintes conclusões: file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (5 de 18) [ :37:24]

6 I - De acordo com a norma do nº 1 do artigo 102º do Código do Notariado - actual artigo 92º, nº 1, do Código vigente - a inscrição matricial, na medida em que constitui presunção da existência d o prédio, é pressuposto essencial da admissibilidade de justificação notarial de direitos que, nos termos da lei fiscal, devam constar da matriz. II - E manifestamente nula a escritura pública em que se justifiquem direitos com violação desta norma, devendo o registo dos correspondentes factos ser recusado nos termos da alínea d) do n 0 1 do artigo 69º do Código do Registo Predial. III - Em sede de justificação notarial do direito de propriedade, não poderá ser invocada a sucessão por legatário na posse do de cujus de determinado prédio, quando o objecto do legado não é esse prédio, mas antes uma fracção indivisa num outro prédio de que aquela faz parte. Este parecer foi aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de João Guimarães Gomes de Rastos, relator, Luís Gonzaga das Neves Silva Pereira, José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro, Maria Ferraro Vaz dos Santos Soares Silva. Sobre este parecer recaiu do director-geral o seguinte despacho: Homologo a) J. de Seabra Lopes. Proc. nº 46/96 - R.P. 4 - Inscrição matricial como requisito da justificação notarial. Recusa do registo. I - A escritura de justificação notarial visando titular a aquisição de um prédio autónomo só pode ser lavrada tendo este a correspondente inscrição matricial, visto tal constituir pressuposto essencial da sua celebração, de harmonia com o disposto nº 1 do artigo 92º do Código do Notariado, o qual reproduz o que já se achava estabelecido no nº 1 do artigo 102º do anterior Código. II - A violação desta norma, que contêm uma disposição legal de carácter imperativo, importa a manifesta nulidade do mencionado título, pelo que, se for submetido a registo, terá de ser recusado de harmonia com o disposto na alínea d) do nº 1 do artigo 69º do Código do Registo Predial. Conclusões extraídas do parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro, relator, Luís Gonzaga das Neves Silva Pereira, Maria Ferraro Vaz dos Santos Soares Silva, João Guimarães Gomes de Bastos. Sobre este parecer recaiu do director-geral o seguinte despacho: Homologo a) J. de Seabra Lopes. Proc. nº 17/96 R.P. 4 - Justificação notarial - usucapião. Titulares inscritos (notificação). 1 - José Carlos Florêncio Monteiro vem interpor recurso hierárquico do despacho da senhora conservadora do Registo Predial de Albufeira, de , que manteve o seu anterior despacho de , de recusa do registo de aquisição a seu favor, requisitado pela apresentação nº 27 do Diário de file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (6 de 18) [ :37:24]

7 Este registo foi requisitado com base em fotocópia de uma escritura de justificação lavrada no Cartório Notarial de Albufeira, na qual o ora recorrente e esposa, declarando ser casados sob o regime de comunhão de adquiridos, se arrogaram donos e legítimos possuidores de um prédio urbano, destinado a habitação, de cave, rés-do-chão e primeiro andar, com a área coberta de 162 m2, 3 terraços com a área de 21,91 m2, e uma varanda com 19 m2, e logradouro, sito na Rua de Santo António, nº 32, nos Caliços, na cidade de Albufeira, inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido sob o artigo Declararam os justificantes nesta escritura que este prédio foi construído num lote de terreno com a área de 356 m2 e constitui parte do averbamento nº 2 à descrição predial nº 8403, e corresponde à fracção indivisa de 2/16 do todo, a qual está registada a favor do justificante marido através das inscrições nºs 7889 e E que há mais de vinte anos celebraram com outros comproprietários uma divisão de coisa comum, sem título, tendo-lhes sido atribuído o mencionado prédio urbano, e, desde então, o mesmo imóvel se tem mantido na sua posse, de forma contínua, sem interrupção nem oposição de quem quer que seja, procedendo sempre nele a obras de conservação, pagando as contribuições devidas, factos que evidenciam claramente a sua aquisição por usucapião que invocam Ficaram arquivados no respectivo maço de documentos cinco requerimentos referentes a notificações judiciais Do documento extraído do registo para instruir o processo ressalta o seguinte quadro factual: A - Em foi efectuado um averbamento à descrição nº 8403, para dizer que o prédio era uma cultura arvense e amendoeiras, com a área de 680 m 2, inscrito na matriz sob o artigo 15-Secção AJ. B - Em foi efectuado novo averbamento à descrição, para mencionar que o prédio era misto, composto de cultura arvense e amendoeiras, com a área de 680 m2, inscrito na matriz rústica sob aquele artigo 15-Secção AJ, e ainda mais quatro prédios urbanos, inscritos na respectiva matriz sob os artigos 5290, 5291, 5879 (o que foi objecto da justificação notarial) e C - Sobre o indicado prédio (descrição nº 8403) encontram-se em vigor sete inscrições de aquisição - todas lavradas anteriormente à data em que foi efectuado o averbamento de actualização, anteriormente referido (de ) - tendo por objecto fracções indivisas do prédio, que, no seu conjunto, formam a unidade. D - O justificante marido, José Carlos Florêncio Monteiro, é titular inscrito, no estado de solteiro, da aquisição de 3/16 do prédio, sendo 2/16 pela inscrição na 7889, e 1/16 pela inscrição 7890, a primeira titulada na escritura de compra e venda de , e a segunda titulada por escritura de compra e venda de No despacho de recusa do registo a senhora conservadora, invocando a norma da alínea b) do nº 1 do artigo 69º do CRP, alegou que o prédio inscrito na matriz sob o artigo 5879 foi construído em E que o averbamento à descrição efectuado em decorreu da relação de compropriedade que existia sobre o prédio. Assim sendo, é incompatível nos seus termos a alegada divisão de coisa comum de prédio urbano ocorrida em data anterior à construção do mesmo. Não decorreu após 1979 o prazo necessário para a usucapião. Além do mais, desde 1979 até à actualidade, todos os actos de fraccionamento de prédios com ou sem construção, fora situações de excepção previstas na lei, têm de obedecer a processo formal de loteamento (cfr. artigo 27º do Decreto-Lei na 289/73, de 6/6, artigo 57º do Decreto-Lei nº 400/84, de 31/12, e artigo 53º do Decreto-Lei na 448/91, de 29/11). 3 - Contra o despacho de recusa foi interposta reclamação, na qual o ora recorrente começa por referir que tem que ser manifesta, quer a falta de titulação do facto (cfr. artigo 69º, nº 1, alínea b), do CRP), quer a sua nulidade (cfr. artigo 69º, nº 1, alínea d), do CRP), para que os registos possam ser recusados. O reclamante pretendeu registar a seu favor a aquisição do direito de propriedade decorrente da invocação da usucapião, que é uma forma file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (7 de 18) [ :37:24]

8 de constituição de direitos reais e não uma forma de transmissão. Os efeitos da usucapião retrotaem-se à data do início da posse, mas é necessária a sua invocação. E nenhum obstáculo há que impeça de considerar actos de posse sobre o solo, antes de estar incorporada a edificação, para fins de usucapião. A usucapião, como forma de aquisição originária, deve prevalecer sobre as normas que sucessivamente têm vigorado sobre loteamentos, não sendo afastada por tais normas. Porque uma coisa é fraccionar um prédio com violação dos preceitos legais sobre loteamentos, e outra coisa e a aquisição por usucapião de uma parcela do prédio, não impedindo a nulidade do fraccionamento esta aquisição. A posse que interessa para efeitos de usucapião não é a posse causal, mas a posse formal. E a usucapião não está abrangida nos actos ou negócios jurídicos de que resulte directa ou indirectamente a divisão em lotes. Por se tratar de aquisição originária do direito de propriedade, a usucapião invocada na escritura de justificação não desfaz a compropriedade ou a indivisão que continua intocada. Não existe qualquer ligação entre a situação jurídica actual e a anterior do imóvel justificado. 4 - Os argumentos invocados pelo reclamante não demoveram a senhora conservadora, que não reparou o seu despacho de recusa. No respectivo despacho de sustentação, reafirma que da conjugação da escritura de justificação e do documento matricial resulta que o prédio urbano inscrito na matriz sob o artigo 5879 foi construído no ano de E que nesta escritura se alega divisão de coisa comum tendo por objecto o mencionado prédio urbano, ocorrida há mais de vinte anos, o que é contraditório. Além disso, mantem o entendimento de que todo e qualquer acto de fraccionamento de prédio com ou sem construção, desde 1979, deverá obedecer ao processo formal de loteamento, a não ser que se prove situação de excepção prevista na lei. 5 - Inconformado com o despacho de sustentação, vem agora o recorrente dele interpor recurso hierárquico. Alega que justificou o direito de propriedade do prédio urbano inscrito na matriz sob o artigo 5879, que foi construído num lote de terreno devidamente demarcado, com a área de 356 m2, que foi transmitido ao recorrente por Manuel Gonçalves Palmeira e mulher e por António Monteiro Batista e mulher, por escrituras de 11 de Novembro de 1971 e de 8 de Maio de Na posse do lote, foi requerida à Câmara Municipal de Albufeira autorização para construir uma moradia unifamiliar, que foi aprovada, tendo sido passada licença de construção nº 140, emitida em 11 de Março de Concluída a moradia, o recorrente passou a friu-la como seu legítimo dono, com o seu agregado familiar, O recorrente desconhecia, como desconhece, em que data os comproprietários que o antecederam fizeram a divisão do terreno mãe, ignorando também o paradeiro da respectiva escritura, no caso de ela ter sido efectuada. Assim, o recorrente alegou estar na posse do identificado prédio, desde Maio de E o lapso de tempo necessário para a aquisição do direito de propriedade deve ser contado, não a partir de 1979, mas desde aquela data (por lapso se escreveu 1974). Ainda segundo o recorrente, as construções implantadas no terreno descrito sob o nº 8403 foram aprovadas, e a Câmara Municipal considerou que as respectivas operações não se encontravam abrangidas pela disciplina estabelecida nos Decretos-Lei nºs 289/73 e 400/84. Finalmente, alega o recorrente que na expressão instrumentos notariais relativos a actos ou negócios que impliquem, directa ou indirectamente, o fraccionamento de prédios rústicos, nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 1º - que integra a norma do artigo 57º do Decreto-Lei nº 400/84, de 31/12 - não está seguramente englobada a usucapião, pelo que não há que mencionar-se na escritura de justificação a data do alvará de loteamento. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (8 de 18) [ :37:24]

9 6 - O senhor notário do Cartório Notarial de Albufeira, chamado a pronunciar-se ao abrigo do disposto no artigo 2º, nº 2, do Decreto-Lei nº 54/90, de 13/02, veio ao processo dizer que lhe parece que a recusa por parte da Conservatória do Registo Predial não tem qualquer fundamento. Sustenta o Senhor Notário que não se me afigura relevante o facto do prédio urbano ter sido construído em 1979, o que está em causa é que se invoca a usucapião pela posse do terreno, base do edifício, esta concretizada antes da entrada em vigor de qualquer um dos diplomas que vieram disciplinar o regime de loteamento urbano. 7 - O processo é o próprio, e, segundo documentos integrados nos autos (nomeadamente, o ofício º 29/00, de , da Conservatória recorrida), a reclamação e o recurso foram tempestivamente interpostos. Inexistem questões prévias que obstem ao conhecimento do mérito do recurso. Cumpre emitir parecer. 8 - De acordo com a norma do artigo 1251º do Código Civil, posse é o poder que se manifesta quando alguém actua por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade ou de outro direito real. Posse é, assim, o exercício de poderes de facto sobre uma coisa em termos de um direito real (rectius: do direito real correspondente a esse exercício). Envolve, portanto, um elemento empírico - exercício de poderes de facto - e um elemento psicológico-jurídico - em termos de um direito real. O possuidor, ou possuidor em nome próprio, pode agir por força do direito real de que é titular, caso em que a sua posse é uma projecção ou expressão de um ius in re existente... Chama-se a essa posse causal, por tem causa no direito. Mas o possuidor pode também agir sem direito real nenhum (ou porque nunca intentou adquiri-lo, ou o intentou adquirir por acto inválido ou inexistente), posto aja, mesmo assim, como se o tivesse. Tem então uma posse sem fundamento, sem causa, num direito dado, uma posse autónoma a que se chama posse formal. E essa posse formal ou, autónoma a que se chama posse formal. E esta posse formal ou autónoma que constitui um fenómeno jurídico sui generis. A posse em sentido técnico, isto é, a posse formal ou autónoma, não é evidentemente um direito, embora seja fonte de consequências jurídicas e até de direitos, se quisermos. E, sim, uma situação de facto juridicamente relevante,.. (ORLANDO DE CARVALHO, in Introdução à Posse, RLJ, Ano 122º, nº 3781, pág. 105). Segundo o disposto no artigo 1287º do Código Civil, a posse do direito de propriedade ou de outros direitos reais de gozo, mantida por certo lapso de tempo, faculta ao possuidor, salvo disposição em contrário, a aquisição do direito a cujo exercício corresponde a sua actuação: é o que se chama usucapião. A usucapião, para ser eficaz, necessita de ser invocada, judicial ou extajudicialmente. Não há, portanto, uma aquisição ipso jure, mas uma faculdade de adquirir atribuída ao possuidor, ou aos credores deste, ou a terceiros com interesse na aquisição (PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA, in Código Civil Anotado, Volume III, 1972, pág. 56). A intervenção do titular inscrito no registo, exigida pela regra do nº 2 do artigo 34º do Código do Registo Predial, pode ser suprida, mediante justificação judicial ou notarial. E, nesta hipótese, a usucapião implica novo trato sucessivo a partir do titular do direito assim justificado (cfr. artigo 116º, nºs 2 e 3, do CRP). A justificação notarial, nos termos do nº 3 do artigo 116º do CRP, consiste na afirmação, feita pelo interessado, das circunstâncias em que baseia a aquisição originária (cfr. artigo 101º-A, nº 1, do Código do Notariado, na redacção do Decreto-Lei nº 286/84, de 23/08). Estabelece ainda a norma do artigo 102º do Código do Notariado, aditado pelo citado Decreto-Lei nº 286/84, como requisito de admissibilidade da justificação, relativamente aos direitos que, nos termos da lei fiscal, devam constar da matriz, a necessidade da sua inscrição, e, como requisito de legitimidade, que os direitos justificados estejam file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (9 de 18) [ :37:24]

10 inscritos em nome do justificante, ou em nome de quem este tiver adquirido, por sucessão ou por acto entre vivos. Finalmente, e de acordo com o disposto no artigo 108º do Código do Notariado, na redacção dos Decretos-Lei nºs 286/84, já citado, e 67/90, de 01/03, no caso de estabelecimento de novo trato sucessivo, quando se verificar a falta de título em que tenha intervindo o titular inscrito, a escritura não pode ser lavrada sem a sua prévia notificação judicial avulsa, promovida pelo interessado, devendo da escritura constar a menção de que a notificação foi efectuada. Do exposto se poderá concluir que a justificação notarial é, em princípio, meio próprio para suprir no registo predial a intervenção do titular inscrito, e iniciar um novo trato sucessivo a partir do titular do direito assim justificado. E este novo trato sucessivo poderá verificar-se quanto à totalidade do prédio em relação ao qual existia um trato sucessivo anterior, que se pretende interromper. Neste caso, os efeitos do anterior trato sucessivo são destruídos pelo novo trato, não subsistindo, ao nível do registo, qualquer situação de incompatibilidade. Mas também poderá ser estabelecido um novo trato sucessivo apenas quanto a parte desanexada, do prédio relativamente ao qual estava inscrito um trato sucessivo anterior, que a usucapião, invocada pela via da justificação notarial, visa interromper, quanto à parte desanexada. Mesmo neste último caso - o estabelecimento de um novo trato sucessivo sobre um prédio que faz parte de outro prédio relativamente ao qual estava estabelecido um trato sucessivo anterior- a situação jurídico-registral pode não revelar qualquer incompatibilidade. Será o caso de o titular do direito justificado não ser parte do trato sucessivo interrompido. Nesta hipótese, é evidente que, desanexado o prédio objecto do novo trato sucessivo, manter-se-á inalterada a situação registral pré-existente, relativamente ao prédio que sofreu o destaque. Outro tanto não se poderá dizer quando o titular do direito justificado já era parte do trato sucessivo interrompido. Neste caso, com o destaque do prédio objecto do novo trato sucessivo, e com o estabelecimento no registo deste novo trato, permanecerá a posição jurídico-registral, no prédio-mãe, do titular do direito justificado. Ora, por regra, nestas situações, a usucapião resulta de um processo empírico e psicológico-jurídico de conversão de uma determinada posição, com determinado objecto, numa outra posição, com objecto diferente. E, mesmo que esta conversão seja assumida pelo justificante, ele não ingressa no registo. Isto é, à face do registo, o justificante mantém a posição que tinha no prédio que sofreu o destaque, e adquire uma nova posição no prédio destacado. Daqui resulta uma situação de incompatibilidade, provocada pela posse enquanto uma contínua força de subversão e de contestação do direito real (ORLANDO DE CARVALHO, obra citada, RLJ, nº 3780, pág. 65). O registo nada mais poderá fazer, neste caso, do que aguardar a redefinição da ordenação dominial, mediante o ingresso de novos factos que o harmonizem àquela realidade. De outro modo, manter-se-ão inalteradas as quotas no prédio que sofreu o destaque. 9 - No caso de usucapião, o direito de propriedade é adquirido no momento do início da posse (cfr. artigo 1317º, alínea c), do Código Civil). Nos termos do disposto no artigo 1º do Decreto-Lei nº 289/73, de 06/06, a operação que tenha por objecto ou simplesmente tenha como efeito a divisão em lotes de qualquer área de um ou vários prédios, situados em zonas urbanas ou rurais, e destinados imediata ou subsequentemente à construção, depende de licença da câmara municipal da situação do prédio ou prédios. E, nos termos do disposto no artigo 27º do mesmo diploma legal, as operações de loteamento referidas no artigo 1º só poderão efectuar-se depois de obtido o respectivo alvará, devendo sempre indicar-se o número e data do alvará de loteamento em vigor nos instrumentos notariais relativos aos actos em que se traduzam aquelas operações, sob file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (10 de 18) [ :37:24]

11 pena de nulidade e inadmissibilidade de sujeição a registo. O punctum saliens da noção de loteamento é a divisão em lotes. A divisão deve ter origem num acto do proprietário do prédio ou prédios, e tanto pode resultar de actos materiais, como de actos jurídicos. O destino imediato ou subsequente dos lotes a construção é o elemento finalístico do conceito de operação de loteamento. O destino é imediato nas hipóteses de loteamento-acção, em que a intenção de implantação de uma construção num dos lotes surge no momento da divisão, e será subsequente nas hipóteses de loteamentoresultado, nas quais a intenção de construir se manifesta em momento posterior à divisão. Do exposto resulta que a aquisição por usucapião do direito de propriedade sobre um lote de terreno, com destino imediato ou subsequente a construção, se verifica no momento do início da posse desse lote. E que o início da posse pode coincidir com os actos materiais através dos quais se procedeu à demarcação ou autonomização do lote e, consequentemente, à concretização da operação de loteamento. Resulta ainda do exposto que no título - nomeadamente, a escritura de justificação notarial - em que é invocada a aquisição por usucapião do direito de propriedade sobre um lote de terreno para construção deverão constar as menções sobre loteamentos urbanos exigidas pela lei em vigor no momento em que se verificou a aquisição do direito, ou seja, no momento do início da posse No caso dos autos, a nosso ver, é manifesto que o facto aquisitivo não está titulado nos documentos apresentados (cfr. artigo 69º, nº 1, alínea b), do CRP). Não porque a justificação notarial não constitua, em princípio, uma das formas possíveis de titulação do facto. Nem porque se negue, desde já, que os justificantes tenham adquirido por usucapião o direito de propriedade sobre o prédio. Mas porque a escritura pública revela, ou seja, manifesta deficiências e desconformidades - quer resultantes do seu contexto, quer resultantes do confronto com outros elementos disponíveis no processo - que põem em causa a sua aceitabilidade enquanto título comprovante do facto sujeito a registo. E o que vamos tentar demonstrar. Como salienta a senhora conservadora recorrida, as circunstâncias em que os justificantes basearam a aquisição originária estão em manifesta contradição entre si, com a situação físico-descritiva revelada pelo registo, e com a situação matricial. Da escritura consta que os justificantes há mais de vinte anos celebraram com outros comproprietários uma divisão de coisa comum, sem título, tendo-lhes sido atribuído o mencionado prédio urbano, ou seja, o prédio inscrito na matriz sob o artigo Mas este prédio foi construído no ano de 1979, e, perante este facto invocado pela senhora conservadora, o recorrente veio alegar, inicialmente, na reclamação, que a posse teve início sobre o terreno, e depois, na petição de recurso, que o lote foi transmitido ao recorrente por escrituras de e de (em contradição com o que consta das inscrições de aquisição nºs 7889 e que têm por objecto, no conjunto, 3/16 do prédio, e não 2/16, como é referido na escritura), e que, na posse do lote, foi requerida à Câmara Municipal de Albufeira autorização para construir uma moradia unifamiliar. Mas, se o objecto da divisão de coisa comum, sem título foi o terreno, então não se entende porque razão vieram os titulares inscritos averbar à descrição predial os edifícios, como se estes também estivessem integrados na relação de compropriedade inscrita no registo. Também parece - dependerá da fixação da data da autonomização - que a formação do lote de terreno do recorrente, sobre o qual foi implantada a construção, terá envolvido uma operação de loteamento urbano, realizada file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (11 de 18) [ :37:24]

12 no domínio de vigência do Decreto-Lei nº 289/73, de 06/06. Sendo irrelevante que o recorrente tenha juntado, com a petição de recurso hierárquico, um documento camarário certificando a não consideração pela Câmara Municipal de Albufeira da abrangência de tal operação na disciplina do mencionado diploma legal, porquanto tal prova não foi feita oportunamente. De notar ainda que na escritura de justificação o prédio objecto do direito justificado é identificado com um logradouro - sem menção expressa da sua área, embora se tenha declarado que o edifício foi implantado num lote com 356 m2 -, que não vem referido, nem no registo, nem no documento matricial. Um outro facto é de realçar. As inscrições de aquisição a favor do recorrente foram efectuadas no ano de Nestes registos, o recorrente é identificado com o estado de solteiro. E o início da posse é referido ao ano de 1973, ou Donde resulta que não está definida a natureza, própria ou comum, do bem, considerando que da escritura consta que os justificantes são casados na comunhão de adquiridos, e que, de acordo com a norma do artigo 1722º, nº 2, alínea b), do Código Civil, são próprios os bens adquiridos por usucapião fundada em posse que tenha o seu início antes do casamento. Certamente por isso, o recorrente requisitou a aquisição do prédio a seu favor, e não a seu favor e de sua mulher, em contradição com o título, em que ambos se arrogam donos e legítimos possuidores do prédio Um último argumento reforça decisivamente o nosso entendimento de que o facto não está, manifestamente, titulado nos documentos apresentados. Da escritura consta que foram arquivados cinco requerimentos referentes a notificações judiciais. Depois de efectuadas diligências instrutórias, veio o senhor notário juntar ao processo as fotocópias das certidões das notificações avulsas que foram judicialmente requeridas. Acontece, porém, que há titulares inscritos que não foram notificados. Por exemplo, Diamantina Martins Condeço, titular inscrita de 1/16, através da inscrição nº 6810, Manuel António Arez Canhoto, casado com Maria Manuela da Silva, contitular inscrito de 3/32, através do averbamento nº 1 à inscrição nº 17707, e José do Carmo Arez Canhoto, casado com Henriqueta Correia Andraz, titular inscrito de 3/128, através desta inscrição nº Em relação a Diamantina Martins Condeço, veio o senhor notário ao processo informar que o regime de bens do seu casamento será o da comunhão geral, e não o da separação de bens, mas não fez a prova do facto alegado, através de certidão extraída do respectivo assento de casamento. Em relação aos outros titulares, já terão falecido, e então terão sido notificados os respectivos cônjuges supérstites. De qualquer modo, o que está em causa é a interpretação que deve ser dada à expressão titulares inscritos, que figura no texto do artigo 108º do Código do Notariado (artigo 99º do Código aprovado pelo Decreto-Lei nº 207/9 5, de 14/08). O registo definitivo constitui presunção de que o direito existe e pertence ao titular inscrito (cfr. artigo 7º do CRP). Trata-se de uma presunção ilidível, que pode ser afastada por prova em contrário. Mas esta prova terá que ser feita contra ambos os cônjuges, quando o registo incida sobre bens que só por ambos possam ser alienados, ou incida sobre direitos que também só por ambos possam ser exercidos (cfr. artigos 18º e 19º, do Código do Processo Civil). Ora, o normativo do artigo 108º do Código do Notariado insere-se no processo de afastamento da presunção que deriva do registo, exigindo a notificação dos titulares inscritos - ou dos seus herdeiros, independentemente de habilitação, para o caso de se verificar a sua ausência ou falecimento -, para que estes se oponham, querendo, à pretensão do justificante. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (12 de 18) [ :37:24]

13 Donde resulta que titulares inscritos serão ambos os cônjuges - que figurem no registo, mesmo que só um deles assuma a posição de sujeito activo na relação jurídico-registral -, quando o registo tenha por objecto bens que só por ambos possam ser alienados, ou direitos que também só por ambos possam ser exercidos. Não tendo sido notificados judicialmente todos os titulares inscritos - ou os seus herdeiros, independentemente de habilitação, para o caso de se verificar a sua ausência ou falecimento -, a escritura de justificação notarial é título manifestamente insuficiente para a prova legal do facto a registar, pelo que o registo deverá ser recusado nos termos do disposto no artigo 69º, nº 1, alínea b), do Código do Registo Predial. Dito isto, não queremos significar que, sendo sanadas as citadas deficiências e contradições, o acto não possa ser de novo lavrado em conformidade com as disposições legais aplicáveis, como se referiu Em face do exposto, somos de parecer que o recurso não merece provimento. De acordo com as seguintes conclusões: I - A justificação notarial é, em princípio, meio próprio para suprir no registo predial a intervenção do titular inscrito, e iniciar um novo trato sucessivo a partir do titular do direito assim justificado. II - Poderá ser estabelecido um novo trato sucessivo apenas quanto a parte, desanexada, do prédio relativamente ao qual estava inscrito um trato sucessivo anterior, que a usucapião, invocada pela via da justificação notarial, visa interromper, quanto à parte desanexada.. III - A aquisição por usucapião do direito de propriedade sobre um lote de terreno, com destino imediato ou subsequente a construção, verifica-se no momento do início da posse desse lote, que pode coincidir com os actos materiais através dos quais se procedeu à sua demarcação ou autonomização e, consequentemente, à concretização da operação de loteamento. IV - No título - nomeadamente, a escritura de justificação notarial -, em que é invocada a aquisição por usucapião do direito de propriedade sobre um lote de terreno para construção, deverão constar as menções sobre loteamentos urbanos exigidas pela lei em vigor no momento em que se verificou a aquisição, ou seja, no momento do início da posse. V - O normativo do artigo 108º do Código do Notariado (artigo 99º do Código aprovado pelo Decreto-Lei nº 207/95, de 14/08) insere-se no processo de afastamento da presunção que deriva do registo, por força do artigo 7º do Código do Registo Predial, exigindo a notificação judicial avulsa dos titulares inscritos - ou dos seus herdeiros, independentemente de habilitação, para o caso de se verificar a sua ausência ou falecimento -, para que estes se oponham, querendo, à pretensão do justificante. VI - Titulares inscritos, para efeitos do citado normativo, serão ambos os cônjuges - que figurem no registo, mesmo que só um deles assuma a posição de sujeito activo na relação jurídico-registral -, quando o registo tenha por objecto bens que só por ambos possam ser alienados, ou direitos que também só por ambos possam ser exercidos. VII - Não tendo sido notificados judicialmente todos os titulares inscritos - ou os seus herdeiros, independentemente de habilitação, para o caso de se verificar a sua ausência ou falecimento - a escritura de justificação notarial é título manifestamente insuficiente para a prova legal do facto a registar, pelo que o registo deverá ser recusado nos termos do disposto no artigo 69º, nº 1, alínea b), do Código do Registo Predial. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /1996/par_12_1996.htm (13 de 18) [ :37:25]

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