DECISÃO FINAL. Nº Ficha: 5694 Nº Ficha: 5695 Nº Ficha: 5696 Nº Ficha: 5697 Nº Ficha: 5698 Nº Ficha: 5699 Nº Ficha: 5700 Nº Ficha: 5701 Nº Ficha: 5702

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Denílson Ferreira Fragoso
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1 Processos Justificação 1 AP. 525 de 2014/01/16 11:42:55 UTC - Pendente de Justificação Descrição: Concelho / Freguesia: Identificação do Prédio: Nº Ficha: 5694 Nº Ficha: 5695 Nº Ficha: 5696 Nº Ficha: 5697 Nº Ficha: 5698 Nº Ficha: 5699 Nº Ficha: 5700 Nº Ficha: 5701 Nº Ficha: 5702 CARLOS MANUEL MARTINS SANTOS FONSECA, natural de freguesia e concelho de Penacova, NIF: , residente na Rua António Jardim, lote 31, 7º Esq., Quinta do Cedro, freguesia de Santo António dos Olivais, concelho de Coimbra, solteiro, maior, titular do BI. nº , emitido em por Serviço de Identificação Civil de Coimbra, veio instaurar nesta Conservatória do Registo Predial de Penacova, o presente processo de justificação nos termos do artigo 116º do Código do Registo Predial, tendo apresentado o requerimento e certidões matriciais dos prédios conforme disposto nos artigos 117º-B e 117-C do referido código, tendo requerido o reconhecimento do direito de propriedade a seu favor dos seguintes prédios: UM- Rústico, composto de terra de mato e pinhal, sito em Vale do Miguel, com a área de mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do Norte: Alípio Alves; Sul: Henrique de Oliveira Arsénio; Nascente e Poente: caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6717 da extinta freguesia de e atualmente sob o artigo 8648 da União das freguesias de e São Paio de Mondego. DOIS- Rústico, composto de terra de cultura com videiras em cordão, mato e pinhal, sito em Paúla, com a área de quinhentos e dez metros quadrados, a confrontar do Norte: Albertino de Figueiredo; Sul: Belmiro da Fonseca Carregal; Nascente: Joaquim de Almeida Santos; Poente: José Martins Coimbra, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7428 da extinta freguesia de e atualmente sob o artigo 9356 da União das freguesias de e São Paio de Mondego.

2 TRÊS- Rústico, composto de terra de cultura com videiras, mato e pinhal, sito em Salveira da Saúde, com a área de setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do Norte: caminho; Sul: António Santos Martins; Nascente: David Henriques da Natividade; Poente: José Martins Portugal, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7565 da extinta freguesia de e atualmente sob o artigo 9492 da União das freguesias de e São Paio de Mondego. QUATRO- Rústico, composto de terra de mato e pinhal, sito em Marmourais, com a área de mil quatrocentos e noventa metros quadrados, a confrontar do Norte: António Fernandes; Sul: caminho; Nascente: José Marques Mesquita; Poente: José Duarte da Fonseca, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7554 da extinta freguesia de e atualmente sob o artigo 9481 da União das freguesias de e São Paio de Mondego. CINCO- Rústico, composto de terra de cultura com videiras, mato e pinhal, sito em Salveira da Saúde, com a área de setecentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do Norte: caminho; Sul: António S. Martins; Nascente: Idalina Oliveira Santos; Poente: Irene Vitória da Fonseca, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7564 da extinta freguesia de e atualmente sob o artigo 9491 da União das freguesias de e São Paio de Mondego. SEIS- Rústico, composto de mato e pinhal, sito em Covões das Medas, com a área de dois mil quinhentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do Norte, Sul e Nascente: caminho; Poente: António Vendeiro, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7610 da extinta freguesia de e atualmente sob o artigo 9537 da União das freguesias de e São Paio de Mondego. SETE- Rústico, composto de terra de cultura com videiras em cordão, sito em Tanque, com a área de mil duzentos e vinte metros quadrados, a confrontar do Norte: António Correia Oliveira; Sul: Henrique Oliveira Arsénio; Nascente: Augusto Correia Oliveira; Poente: Caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7852 da extinta freguesia de São Pedro de Alva e atualmente sob o artigo 9776 da União das freguesias de São Pedro de Alva e São Paio de Mondego

3 OITO- Rústico, composto de terra de mato e pinhal, sito em Marmourais, com a área de trezentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do Norte: Joaquim da Silva Coelho; Sul: caminho; Nascente: José Joaquim Martins das Neves; Poente: José de Almeida Santos, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7560 da extinta freguesia de São Pedro de Alva e atualmente sob o artigo 9487 da União das freguesias de e São Paio de Mondego. O referido imóvel encontra-se inscrito na respetiva matriz em nome de António da Fonseca Coimbra. NOVE- Rústico, composto de mato e pinhal, sito em Covões das Medas, com a área de dois mil quinhentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do Norte e Sul: caminho; Nascente: David Henriques Natividade; Poente: Belmira D. Neves, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7609 da extinta freguesia de e atualmente sob o artigo 9536 da União das freguesias de e São Paio de Mondego. O referido imóvel encontra-se inscrito na respetiva matriz em nome de Joaquim Dinis. O requerente alegou que adquiriu os referidos nove prédios por doação verbal que lhe foi efetuada por Irene Vitória da Fonseca, viúva, já falecida e residente que foi no lugar de Hombres, freguesia de concelho de Penacova, em meados de mil novecentos e setenta e oito, sendo a sua posse desde então contínua, pública, pacifica e de boa fé, e que dada a aquisição originária (doação verbal) não tem documentos que a comprovem. Procedeu-se à inquirição das três testemunhas apresentadas pela parte: a) Zulmira Henriques da Piedade (BI emitido em 11/05/2001, SIC de Coimbra), viúva, natural da freguesia de S. Pedro de Alva, concelho de Penacova, residente no lugar de Hombres, freguesia de e São Paio de Mondego, concelho de Penacova. b) Maria Lucinda Branco de Almeida (CC ZZ9 válido até , emitido pela República Portuguesa), viúva, natural da freguesia de S. Pedro de Alva, concelho de Penacova, residente na Rua Professora D. Adília, nº 25, lugar de Hombres, freguesia de e São Paio de Mondego, concelho de Penacova. c) António Coimbra Diniz (CC ZZ3 válido até , emitido pela República Portuguesa), casado, natural da freguesia de S. Pedro de Alva, concelho de Penacova, residente na Rua 25 de Novembro, nº 822, Ribeira de Baixo, freguesia de Porto de Mós (São João Batista e São Pedro), concelho de Porto de Mós. Realizada a inquirição das testemunhas os depoimentos por elas prestados comprovam o alegado pelo requerente. O processo é o próprio, e não enferma de nulidades principais, não tendo sido arguidas quaisquer outras, esta Conservatória é competente, o requerente possui personalidade e

4 capacidade judiciária e legitimidade. Não há outras excepções ou questões prévias a resolver e o processo reúne todos os elementos necessários a que se possa proferir decisão. A convicção da Conservatória fundou-se nos documentos juntos ao processo e ainda inquirição das testemunhas oferecidas pelo requerente, as quais confirmaram todos os factos alegados pelo mesmo no requerimento, de que revelaram conhecimento directo. Resulta dos factos alegados que o requerente não tem títulos válidos que lhe permitam comprovar a aquisição do direito de propriedade sobre os prédios acima descritos pelo que tem necessidade de proceder à justificação pela posse dos mesmos invocando usucapião. Para conduzir ao usucapião a posse tem de ser pública, pacifica (artigos 1293º al. a) 1297,º e 1300º nº 1 do Código Civil). Os restantes requisitos (boa ou má fé, titulada ou não) influem apenas no prazo necessário ao usucapião. No caso em análise resulta claro que os prédios rústicos acima descritos, foram adquiridos de forma pública, pacífica e contínua correspondente ao exercício do direito de propriedade. Face ao exposto e por estarem reunidos todos os requisitos integradores do conceito de posse susceptível de conduzir à aquisição do direito de propriedade por usucapião, profiro DECISÃO no sentido de ser reconhecido o direito de propriedade do requerente Carlos Manuel Martins Santos Fonseca sobre os prédios acima identificados. Notifique-se o requerente Transitada a decisão notifique-se o requerente para no prazo de dez dias a contar da data do trânsito, apresentar comprovativo da instauração do processo de liquidação do imposto de selo devido pela aquisição por usucapião (verba 1.2 da TGIS), sob pena de, findo esse prazo o registo ser lavrado como provisório por dúvidas.

5 Penacova, 05 de Fevereiro de 2014 O(A) Conservador(a) Maria do Rosário da Cunha Fortunato

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