Coordenação Geral Rosa Blanco, Especialista Regional de Educação da OREALC/UNESCO-Santiago

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1 Saniago do Chile, dezembro de 2010

2 Coordenação Geral Rosa Blanco, Especialisa Regional de Educação da OREALC/UNESCO-Saniago Auores Rosa Blanco, Especialisa Regional de Educação, OREALC/UNESCO-Saniago Liliana Mascardi, Consulora de Esaísicas da Educação, OREALC/UNESCO-Saniago Libe Narvare, Consulora de Educação Inclusiva, OREALC/UNESCO-Saniago Colaboração Ivan Casro de Almeida, Consulor de Esaísicas da Educação, OREALC/UNESCO-Saniago Daniela Eroles, Consulora de Educação Inclusiva, OREALC/UNESCO-Saniago Juan Cruz Perusia, Assessor Regional do Insiuo de Esaísicas da UNESCO, OREALC/UNESCO-Saniago Processo de validação do sisema de informação Minisério de Educação da Argenina Minisério de Educação do Brasil Minisério de Educação da Cosa Rica Minisério de Educação da Guaemala Minisério de Educação da República Dominicana Universidade de San Marín, Argenina Associação de Capaciação e Assisência Técnica em Educação e Deficiência, Guaemala Agradecimenos aos especialisas: Rosia Edler Climen Giné Eliseo Guajardo Paula Louzano Hécor Robles Edição e diagramação RIL ediores Desing da capa Marcela Veas Publicado pelo Escriório Regional de Educação para a América Laina e o Caribe (OREALC/UNESCO, Saniago) OREALC/2010/PI/H/15 Projeo realizado com o apoio financeiro do Governo da Espanha Pode-se reproduzir e raduzir oal e parcialmene o exo publicado sempre que a fone seja mencionada. Esa publicação pode ser descarregada na página Saniago do Chile, dezembro de 2010

3 1. Inrodução Índice 1. Inrodução Jusificaiva e abrangência do SIRIED Disponibilidade de informação O mandao da UNESCO Por que um sisema de informação? Público-alvo do SIRIED Objeivos do SIRIED Considerações acerca do SIRIED Esraégia de desenvolvimeno e implemenação Primeira fase Segunda fase Terceira fase Marco conceiual O direio à educação Qualidade da educação desde um enfoque de direios A educação inclusiva como elemeno consiuivo do direio à educação A aenção à diversidade: da diferença como défici à diferença como valor Modelo de análise Considerações gerais Dimensões e caegorias Indicadores Mariz de indicadores Especificações écnicas Classificações e definições do SIRIED Sinopses das classificações Definições operacionais...86 Referências bibliográficas

4 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED 1. Inrodução «As diferenças em educação são o comum e não a exceção» Apesar dos esforços realizados nas úlimas décadas nos países da região para aingir os objeivos de Educação para Todos, ainda não se em conseguido garanir a inclusão de odas as crianças, jovens e adulos e uma educação de qualidade que lhes permia a plena paricipação como cidadãos. A UNESCO em o mandao consiucional para ajudar a promover odos os direios humanos, em especial, aravés da educação e da pesquisa, e a promover esses direios nos âmbios de sua compeência, acompanhando os países para garanir que os sisemas de ensino cumpram a função de serem verdadeiros agenes de inegração e coesão social. Um dos grupos mais excluídos da educação é o das pessoas com deficiência. Na aberura da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: acesso e qualidade, Salamanca, Espanha, 1994, a UNESCO ressalou que apesar da educação ser para odos um direio humano fundamenal, não se dá prioridade suficiene às crianças, jovens e adulos com necessidades educacionais especiais, frequenemene marginalizados (UNESCO e Minisério de Educação da Espanha, 1994). Todos os países enfrenam o desafio de garanir uma educação de qualidade para odos, ransformando os sisemas de ensino e as escolas para saisfazerem à diversidade de necessidades de aprendizagem de odos os esudanes. Iso implica uma necessidade imperiosa de superar a aual uniformidade dos sisemas de ensino, nos quais se oferece o mesmo a odos, e avançar em políicas e enfoques educacionais que reconheçam e valorizem a diversidade de necessidades, de capacidades e de idenidades dos esudanes, fruos de sua origem social e culural e de suas caracerísicas individuais. O avanço dese novo enfoque em um papel fundamenal na legislação e nas políicas dos países, e a informação se ransforma em um elemeno cenral para sua definição e moniorameno, apresenando evidências sobre os avanços, dificuldades e desafios que enfrenam os sisemas de ensino. Com respeio à informação esaísica, é possível consaar que na região não se dispõe de dados básicos e indicadores significaivos e aualizados em relação à siuação educacional dos esudanes com deficiência, que permiam realizar análise comparada, desenvolver políicas e desinar recursos. A informação disponível inernacionalmene comparável, seguindo a Classificação Inernacional Normalizada da Educação CINE 1997, não dealha para cada um dos programas e níveis educacionais, a marícula de esudanes com deficiência, nem quanifica os recursos maeriais, humanos ou financeiros desinados ao seu aendimeno, embora eses formem pare dos anexos apresenados para cada programa e nível. A capura de informação realizada pelo Insiuo de Esaísica da UNESCO (UIS), em cada país ambém não incorpora esa desagregação. 2

5 1. Inrodução Diane desa siuação, o Escriório Regional de Educação para América Laina e O Caribe (OREALC/UNESCO Saniago), com o apoio écnico e financeiro do Governo da Espanha, considerou necessário desenvolver um projeo de abrangência regional cenrado na consrução de um sisema de informação sobre as necessidades educacionais e de apoio aos esudanes com deficiência aendendo a rês propósios: conribuir ao seguimeno dos objeivos de Educação para Todos e do Projeo Regional de Educação para América Laina e o Caribe, (PRELAC); rero alimenar os processos de formulação, implemenação, moniorameno e avaliação de políicas; e conribuir a uma disribuição jusa e equiaiva dos recursos que garanam o direio à educação das pessoas com deficiência. A consrução do Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência (SIRIED) exige a harmonização de conceios e classificações e o desenvolvimeno meodológico necessário com a finalidade de garanir informação regionalmene comparável. No âmbio da educação, os esudanes com deficiência são frequenemene denominados como alunos com necessidades educacionais especiais, embora ese conceio inclua ouros esudanes que apesar de não apresenarem deficiências requerem, de forma emporária ou permanene, de uma série de recursos e ajudas especiais para er acesso e progredir no currículo e paricipar das aividades educacionais. Nese senido, o conceio de necessidades educacionais especiais, por ser ão amplo, deveria er uma quanidade muio maior de descriores que abarquem o conjuno da população, correndo-se o risco de reunir realidades e necessidades dissimiles em um mesmo indicador, ornando-o assim ineficaz para descrever a siuação preendida. Por ouro lado, o conceio de necessidades educacionais especiais esá sendo quesionado aualmene pelo fao de separar eses demais esudanes e desviar a aenção da imporância em promover mudanças nas políicas e em práicas educacionais que dêem resposa à diversidade de alunos. Desde a perspeciva de aenção à diversidade se acaba com a dicoomia enre alunos com e sem necessidades educacionais especiais por considerar que odos os esudanes são diferenes e requerem disinos recursos e apoios para aceder à educação, paricipar e aprender. Iso significa avançar em desenhos universais de aprendizagem que considerem as necessidades de odos os esudanes ao invés de planejar pensando em um aluno padrão, e depois fazer ajuses para aender as necessidades daqueles esudanes que não se encaixam em uma proposa homogeneizadora. O SIRIED se preocupa em idenificar quais são os recursos e necessidades de apoio e as barreiras que os esudanes com deficiência enfrenam, garanindo seu direio a uma educação inclusiva e de qualidade em igualdade de condições com os demais, reconhecendo que ouros grupos sociais como as crianças de povos radicionais, migranes, deslocados ou os que vivem na rua ambém enfrenam uma série de barreiras e necessiam recursos e apoios que possam er uma especificidade disina das requeridas pelas pessoas com deficiência. 3

6 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED A Convenção sobre os Direios das Pessoas com Deficiência é a reação da comunidade inernacional diane do exenso hisórico de discriminação, exclusão e desumanização das pessoas com deficiência. A Convenção faz hisória e abre novas possibilidades de diferenes maneiras, sendo ambém o raado de direios humanos que em sido negociado com maior rapidez e o primeiro do século XXI. (Prefácio de Da Exclusão à igualdade: ao pleno exercício dos direios das pessoas com deficiência. Nações Unidas. Ginebra 2007). O documeno se organiza em see capíulos. Inicia-se com esa pequena inrodução que conexualiza o sisema de informação que se apresena. No segundo parágrafo apresena-se a jusificaiva e abrangência do sisema de informação, relevando a imporância de proporcionar informação significaiva e confiável para o seguimeno e moniorameno do cumprimeno do direio a uma educação de qualidade; o papel da UNESCO em sua disponibilidade e, a necessidade de consruir um sisema de informação focalizado que idenifique as barreiras e necessidades de apoio à população com deficiência. Nese parágrafo ambém se apresenam os objeivos do sisema de informação, as pergunas que ese busca responder, e analisam-se as caracerísicas gerais do sisema. O capíulo rês descreve a esraégia e eapas seguidas para a consrução e validação do sisema de informação, desacando o rabalho colaboraivo enre os países e a ORE- ALC/UNESCO Saniago. No capíulo quaro aborda-se o marco conceiual que susena o modelo de análise e a consrução dos indicadores. No capíulo cinco descreve-se o modelo de análise adoado, definindo as dimensões e suas caegorias correspondenes, que se derivam do conceio de qualidade da educação desde um enfoque de direios do OREALC/UNESCO Saniago. No capíulo seis apresenam-se os indicadores com suas especificações écnicas com a finalidade de orienar a elaboração e inerpreação. No capíulo see são descrias as classificações a serem uilizadas na consrução e apresenação dos indicadores, bem como as definições de cada uma das caegorias proposas. Ese documeno consiui-se em uma primeira versão do Sisema Regional de Informações Educacionais Esudanes com Deficiência, enriquecido e aperfeiçoado com as conribuições dos diferenes países durane o processo de implemenação. 4

7 2. Jusificaiva e abrangência do SIRIED «A fala de dados é um dado revelador» 2. Jusificaiva e abrangência do SIRIED 2.1. Disponibilidade de informação Faz algumas décadas que exise uma fore preocupação inernacional em garanir o direio a uma educação de qualidade para odas as pessoas, sem nenhum ipo de discriminação. Para grandes evenos como a Conferência Mundial sobre Educação para Todos (Jomien, 1990), as Normas Uniformes das Nações Unidas sobre a Igualdade de Oporunidades para as Pessoas com Deficiência (1993), a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais celebrada em Salamanca (1994), e o Foro Mundial de Educação para Todos, Dakar 2000, cabe acrescenar um imporane aconecimeno, a Convenção sobre os Direios das Pessoas com Deficiência, adoada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 13 de Dezembro de No arigo 24 da Convenção dos Direios das Pessoas com Deficiência se esabelece que esas êm direio a uma educação primária e secundária inclusiva, de qualidade e grauia, em igualdade de condições com as demais na comunidade em que vivem. Também, expressa-se que os Esados devam garanir que as pessoas com deficiência não fiquem excluídas do sisema geral de educação por moivos de deficiência, proporcionando um sisema de educação inclusivo em odos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de oda a vida. Na medida em que os Esados Pares raifiquem a Convenção, esão obrigados a inroduzir medidas desinadas a promover e garanir os direios das pessoas com deficiência, e a luar conra a discriminação. Os países da América Laina êm ido avanços imporanes no âmbio legislaivo, porém exise um grave problema de informação que impede moniorar se as pessoas com deficiência esão exercendo seus direios. Fazer que esa população se orne visível, consiui, porano um primeiro passo para ornar realidade seu direio à educação. «Como ocorre com muios ouros grupos socialmene excluídos na América laina e o Caribe, as pessoas com deficiência coninuam sendo invisíveis nas esaísicas oficiais, porque os dados disponíveis sobre esa população são escassos. As pessoas com deficiência não são conadas e são pouco esudadas, ficando excluídas do discurso do desenvolvimeno social. Em um mundo compeiivo relaivo aos escassos recursos do desenvolvimeno, a ausência de dados dificula ainda mais a compeência, pois não se conhece o amanho e a naureza da população à qual aender». (Massiah, ciado em Panano 2009) No Informe do Relaor Especial sobre o Direio à Educação, iniulado O direio à educação de pessoas com deficiência (Muñoz, 2007), desaca-se a noória ausência de informação esaísica sobre o quaniaivo desa população com deficiênciae especialmene da quanidade de pessoas com deficiência escolarizadas. Também se assinala a fala de informação disponível sobre o sucesso ou fracasso escolar, os índices de abandono escolar e as rajeórias educacionais ou movimenos insiucionais desa população. 5

8 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED À escassa informação de dados sobre eses esudanes acrescena-se a fala de informação sobre o grau de aenção a suas necessidades em ermos de apoios e recursos maeriais, humanos e ecnológicos requeridos para esar em igualdade de condições e aproveiar as oporunidades educacionais e ornar real seu direio à educação. Esa ausência de informação dificula a definição e reroalimenação de políicas, bem como a esimaiva dos recursos e apoios necessários para garanir o acesso à educação e conclusão de esudos, sua paricipação no currículo e nas aividades escolares e os logros de aprendizagem. A comparabilidade enre os países nese ema é oura dificuldade por causa das diferenes formas de conagem e medição esaísica, e as diferenes definições sobre deficiência e variedade de caegorias com que se descrevem eses esudanes, o qual reflee a ensão enre o marco conceiual e as esaísicas produzidas. Em muios sisemas educacionais, por não conar com informação confiável, uiliza-se a esimaiva realizada em 1980 pela OMS, em que se refere que a população com deficiência correspondia a pelo menos 10% da população, a qual como assinala Liliana Panano (2009) em ido uma grande adesão,embora, em geral, poucos conheçam sua origem e fundamenação. Esa auora em quesionado dia esimaiva argumenando que faores como o conexo e o nível de desenvolvimeno fazem com que os dados sejam diferenes nos países O mandao da UNESCO LA UNESCO em um papel fundamenal a ser cumprido para superar a fala de informação acerca da população com deficiência, pois é a organização das Nações Unidas que em o mandao de coordenar e dinamizar as aividades de cooperação em prol da Educação para Todos (Dakar 2000). O marco de Ação de Educação para Todos supõe um compromisso dos países para ober uma educação de qualidade para odos, sem nenhum ipo de discriminação, o qual implica um moniorameno permanene do avanço dos países à consecução das meas proposas. Por sua pare, a Esraégia da UNESCO em maéria de direios humanos (UNESCO, 2003) esabelece que odas suas aividades devem conribuir na promoção da pesquisa e difusão de conhecimeno sobre os direios humanos, à educação em maéria de direios humanos como pare inegrane do direio à educação, e à elaboração de normas, seguimeno e proeção dos direios humanos nas esferas de sua compeência. A UNESCO em uma função especial a ser desempenhada na promoção da pesquisa, na reflexão inelecual e no debae acerca dos obsáculos e barreiras que impedem a plena vigência de odos os direios humanos, especialmene o da educação. Os resulados desas aividades êm como objeivo o de conribuir na formulação de políicas que ornem reais eses direios; favorecendo a elaboração de normas, o foralecimeno de capacidades e a presação de assisência écnica aos países membros. Ouro anecedene imporane, pelo seu esreio vínculo com ese sisema de informação, são as conclusões do Exame e Avaliação do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência (2003), onde se desaca as ações realizadas pela Divisão de Esaísica das Nações Unidas em relação à elaboração de indicadores relacionados com a deficiência. Enre os logros fundamenais se assinala: a publicação do Manual para o desenvolvimeno de informação esaísica para os programas e políicas para alunos com deficiência (Manual for he Developmen of Saisical Informaion for Disabiliy Programmes and Policies) (1996); e a reunião de um Grupo 6

9 2. Jusificaiva e abrangência do SIRIED de Especialisas em Voorburg (1994) sobre desenvolvimeno de esaísicas relaivas a impedimenos, deficiências e incapacidades. Nesa reunião se esabeleceram direrizes para incluir a deficiência nos censos, pesquisas e regisros, e a produção de uma série mínima de abulações sobre impedimenos, deficiências e incapacidades. O Programa de Ação Mundial ambém recomenda às Nações Unidas a desenvolver sisemas de colea e difusão periódica de dados e informação sobre pessoas com deficiência. No já mencionado relaório do Direio à educação das pessoas com deficiência (Muñoz, 2007) faz-se um chamado aos governos e organismos das Nações Unidas para que elaborem indicadores qualiaivos e quaniaivos que permiam moniorar os avanços em relação ao direio à educação e a educação inclusiva: A vigilância do direio à educação e da educação inclusiva em paricular exige a capacidade de medir os avanços realizados. Aé a daa carece desa capacidade. O esabelecimeno de indicadores qualiaivos e quaniaivos claros em maéria de direios humanos e o esabelecimeno de parâmeros para moniorar os fuuros avanços, precisam conar com os meios necessários para fazê-lo e conribuir ao preenchimeno de lacunas referenes aos dados disponíveis e adequados sobre a deficiência em geral, a deficiência e a educação em paricular. Embora um indicador quaniaivo possa proporcionar, por exemplo, informação sobre o número de crianças com deficiência mariculadas nas escolas, um indicador qualiaivo pode informar sobre a qualidade do programa e o grau em que a quesão relacionada à deficiência se incorpora ao programa ou é deixada de lado. Por conseguine, o Relaor Especial alena aos governos, aos órgãos criados em virude de raados e aos organismos das Nações Unidas a elaborar indicadores para medir o direio à educação das pessoas com deficiência (pg. 17). A necessidade de conar com informação acerca da população com deficiência em sido uma demanda reierada dos responsáveis da educação especial e educação básica dos minisérios de educação da região. Em diversas reuniões organizadas pela área de educação inclusiva da OREALC/UNESCO Saniago, manifesou-se sobre a urgência de se dispor de um conjuno de esaísicas e indicadores que permiam conhecer a verdadeira magniude da siuação e a qualidade da aenção educacional que se esá oferecendo à população com deficiência Por que um sisema de informação? Aos sisemas de informação são aribuídos múliplos propósios ais como: i) aender de maneira adequada e oporuna às demandas na definição e execução das políicas públicas; ii) apresenar uma descrição sobre a siuação do âmbio ao qual se referem; iii) informar os processos de omada de decisões iv) moniorar as políicas, planos e meas proposos; e, v) conribuir à ransparência e presação de conas da gesão pública. Diane de anas responsabilidades pode- 7

10 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED se enender o invesimeno de recursos desinados aos países e organismos inernacionais para garanir o funcionameno de sisemas de informação de qualidade. Geralmene, as prioridades aponam ao delineameno de políicas e práicas esaísicas regidas pelos princípios profissionais e de ransparência na provisão, processameno e difusão, bem como à eleição de uma base meodológica correa e de acordo com os padrões inernacionais. Há ouros aspecos, ão prioriários como os aneriores, que às vezes não esão ão presenes como: a acessibilidade, garanindo que indicadores esejam disponíveis de maneira clara e compreensível; a relevância e oporunidade das esaísicas elaboradas; e a perinência dos indicadores consruídos. Nos úlimos anos se desenvolveu um inenso rabalho no âmbio inernacional e nos próprios países com o inuio de elaborar e difundir normas meodológicas que assegurassem a produção de esaísicas de qualidade. No âmbio educacional, o Insiuo de Esaísica da UNESCO (UIS) é responsável em fornecer, analisar e difundir as esaísicas sobre a siuação mundial em maéria de educação, ciência e ecnologia, culura e comunicação. O UIS definiu um marco meodológico-normaivo para a produção de esaísicas em educação com a finalidade de assegurar não somene sua perinência e qualidade, mas ambém sua comparabilidade inernacional. Os países dispõem de sisemas de esaísicas educacionais inegrados em sisemas de informação mais amplos, ano do pono de visa emáico, esaísicas sócio-demográficas, como insiucionais, sisemas nacionais de esaísicas, muias vezes apoiados por organismos inernacionais. como a Divisão de Esaísica das Nações Unidas e o próprio UIS, enre ouros. As bases de dados sobre educação são aualizadas anualmene mediane os resulados dos censos escolares, com esforços consanes para melhorar a coberura, qualidade e confiabilidade deses dados. Enreano, uma queixa generalizada por pare das auoridades máximas e usuários qualificados é sobre a ausência de mecanismos idôneos para er acesso aos dados de maneira oporuna, a debilidade das políicas de difusão, resumidas na publicação de anuários de dados bruos, e a ausência de informação analíica e indicadores relevanes para moniorar as meas e avaliar as políicas do secor. Em vários países, consaa-se a fala de marcos conceiuais para analisar e inerprear a informação, bem como a necessidade de desenvolver indicadores mais perinenes sobre diversas emáicas. Alguns indicadores não formam pare do conjuno que normalmene é produzido e publicado para mosrar os problemas do seor educacional. Em alguns casos iso ocorre porque raa-se de um problema que já foi superado. Por exemplo, a axa de escolarização de educação primária é um bom indicador, mas se um país já garaniu a escolarização da população, perde relevância (Sauvageo, 1999). Em ouros, orna-se invisível o fenômeno porque não se dá a imporância, apesar de ser um problema, como no caso da informação sobre a população com deficiência. Em muios países, além disso, ocorre uma defasagem emporal, ou, lenidão na reação, como ocorre quando se produz mudanças de enfoques e de políicas que não são acompanhadas pelos sisemas de informação, mediane a compilação de novos dados. Esa siuação, basane frequene nos sisemas de informações educacionais dos países da região, corresponde a quesões écnicas, como a debilidade e rigidez dos sisemas de compilação e processameno da informação; ou a faores organizacionais como no caso das áreas de esaísica que não paricipam da dinâmica insiucional e produzem sisemas de informação paralelos. 8

11 2. Jusificaiva e abrangência do SIRIED Indiscuivelmene para desenvolver indicadores é necessário conar com a informação, e a qualidade da informação disponível afea a qualidade dos indicadores que se consroem. As assimerias enre países, enquano à disponibilidade de informação e a qualidade dos dados produzidos, é uma realidade em odos os campos, e, principalmene no educacional. A necessidade de ober informação sobre as pessoas com deficiência esá expressa no arigo 31 da Convenção sobre os direios das pessoas com deficiência: «Os Esados Pares colearão dados apropriados, inclusive esaísicos e de pesquisas, para que possam formular e implemenar políicas desinadas a por em práica a Convenção. Serão desagregadas, de maneira apro priada, e uilizadas para avaliar o cumprimeno, por pare dos Esados Pares, de suas obrigações na presene Convenção e para idenificar e enfrenar as barreiras com as quais as pessoas com deficiência se deparam no exercício de seus direios». Em dio arigo ambém se esabelece que os Esados Pares deverão assumir a responsabilidade de difundir as esaísicas e garanir que sejam acessíveis para as pessoas com deficiência e a ouros. Para enfrenar a siuação descria, o OREALC/UNESCO Saniago, assume o desafio de consruir um Sisema de Informação regionalmene comparável que proporcione dados mais objeivos e aualizados sobre a siuação educacional dos esudanes com deficiência e que permia moniorar o grau de cumprimeno de seu direio em uma educação inclusiva e de qualidade. Os sisemas de informação não são um fim em si mesmo, senão um meio para melhorar a qualidade da educação. O sisema de informação é uma ferramena a mais para conribuir ao desenvolvimeno de sisemas de ensino mais inclusivos, que é uma responsabilidade dos minisérios de educação em conjuno, incluindo as áreas produoras de informação Público-alvo do SIRIED O público-alvo do SIRIED é a população com deficiência, pois como se mencionou no parágrafo anerior, é um grupo muio invisível nas esaísicas educacionais. Eses esudanes formam pare do universo dos alunos com necessidades educacionais especiais, conceio que nos países da região inclui ouros esudanes que não apresenam deficiências, mas requerem de forma emporária ou permanene de uma série de recursos e ajudas especiais para er acesso e avançar no currículo e paricipar nas aividades escolares. O conceio de necessidades educacionais especiais, por ser ão amplo, deveria er uma grande quanidade de descriores para incluir o conjuno da população aneriormene mencionada, correndo-se o risco de er realidades e necessidades dissímiles incluídas em um mesmo indicador, ornando-o assim ineficaz para descrever a siuação preendida. Por ouro lado, o conceio de necessidades educacionais especiais esá sendo quesionado aualmene pelo fao de separar eses alunos dos demais e desviar o propósio de promover mudanças nas políicas, conexos e práicas educacionais para aender a diversidade de odo os alunos. 9

12 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED O SIRIED assume a concepção da Convenção dos Direios das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), que implica um modelo social e ineraivo da deficiência: «Pessoas com deficiência são aquelas que êm impedimenos de longo prazo de naureza física, menal, inelecual ou sensorial os quais, em ineração com diversas barreiras, podem obsruir sua paricipação plena e efeiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.» Embora a Convenção não defina especificamene a deficiência, a definição da Classificação Inernacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, CIF (OMS, 2001), ambém expressa que é o resulado da ineração enre os faores do indivíduo e de conexo. Nesa classificação a deficiência é considerada como um ermo genérico que inclui déficis, limiações na aividade e resrições na paricipação. Indica os aspecos negaivos da ineração enre um individuo (com uma condição de saúde) e seus faores conexuais (faores conexuais e pessoais). A parir de um modelo social, porano, a deficiência é concebida como um fenômeno complexo e mulidimensional que surge da ineração enre os faores inerenes da pessoa (deficiência ou ipo de impedimeno) e os faores do conexo físico e social, cujas barreiras colocam as pessoas em siuação de desvanagem. Iso significa que quano menores as barreiras e maiores os apoios, mais capazes serão as pessoas de pariciparem nas diferenes áreas da vida social, embora coninuem endo uma deficiência. O ermo barreira é ouro elemeno chave denro da definição de deficiência e faz referência a odos aqueles faores do enorno de uma pessoa que, quando presenes ou ausenes limiam o funcionameno e a paricipação e geram a deficiência. Enre as barreiras esão os ambienes físicos inacessíveis, as aiudes negaivas a respeio da deficiência, a fala de recursos, a rigidez do currículo, a homogeneidade das práicas educacionais, a fala de serviços de apoio, os obsáculos econômicos, enre ouras (CIF, OMS, 2001). Nese enfoque a deficiência é um assuno de direios humanos e é responsabilidade do conjuno da sociedade fazer as modificações necessárias para eliminar as barreiras e garanir a plena paricipação das pessoas com deficiência nas diferenes áreas da vida social, incluindo a educação. Esa responsabilidade comparilhada não significa esquecer que os Esados êm um papel de garanir os direios de odos seus cidadãos, especialmene daqueles grupos minoriários ou com menor poder denro da sociedade. Em coerência com o modelo social e ineraivo de deficiência, o SIRIED considera dados relaivos aos indivíduos e ao conexo educacional. Com relação aos indivíduos, é necessário quanificar as pessoas com deficiência e idenificar suas necessidades em ermos de recursos e apoios requeridos para aceder à educação, paricipar e aprender. Nese senido, o SIRIED em esaísicas sobre a quanidade de pessoas escolarizadas e excluídas, suas modalidades de ensino e rajeórias escolares, idenificando e quanificando suas necessidades em ermos de recursos e apoios. Também colea informação sobre as desigualdades exisenes ao inerior do coleivo das pessoas com deficiência, conforme idade, gênero, zona de residência, origem énica ou ipo de deficiência. 10

13 2. Jusificaiva e abrangência do SIRIED Com relação ao conexo educacional, o sisema compila informação sobre as barreiras que as pessoas com deficiência enfrenam e sobre a capacidade de resposa dos sisemas de ensino para aender suas necessidades, em ermos de apoios e recursos, e minimizar as barreiras que limiam o pleno exercício de seu direio à educação. Deerminar a quanidade de pessoas com deficiência é necessário para orná-las visíveis e saber se esão sendo discriminadas por causa de sua deficiência. Por oura pare, idenificar e quanificar suas necessidades para conrasar em que medida esão sendo ou não aendidas, ou, dio em ouros ermos, idenificar as brechas enre necessidades poenciais e o grau de saisfação das mesmas. A obenção de informação serve não só para a educação especial, mas ambém para a oalidade de programas regulares de educação formal de jovens e adulos, que esão recebendo, ou não, o apoio da educação especial. A respeio disso, é preciso assinalar que em muias escolas há esudanes com deficiência que não recebem os recursos e apoios específicos que normalmene são proporcionados pelos serviços de Educação Especial. Esa siuação pode ser considerada como uma demanda não aendida, pela dificuldade ou ausência de recursos ou, pelo conrário, pode ser uma demanda aendida se a escola regular esiver em condições de proporcionar de maneira auônoma os recursos e ajudas que os esudanes precisarem, com o apoio da educação especial Objeivos do SIRIED A principal finalidade do sisema de informação é conar com um conjuno de informação básica e indicadores educacionais, regionalmene comparáveis, que permia: a. Conhecer e moniorar a siuação educacional dos esudanes com deficiência nos países da América Laina em relação ao cumprimeno do direio a uma educação inclusiva e de qualidade. b. Idenificar as barreiras que as pessoas com deficiência enfrenam, bem como os recursos e apoios requeridos para garanir seu pleno acesso à educação e permanência, paricipação e aprendizagem. c. Proporcionar informação relevane para a definição, desenvolvimeno e moniorameno de políicas e provisão de recursos e apoios que garanam a igualdade de oporunidades da população com deficiência. d. Conribuir ao moniorameno da Educação Para Todos proporcionando informação sobre uma população radicionalmene excluída das esaísicas educacionais. O SIRIED conribuirá dando resposa às seguines pergunas, que orienam a definição das dimensões, caegorias e indicadores: Qual é a porcenagem da população com deficiência em idade escolar que esá escolarizada e que porcenagem esá excluída do sisema educacional? 11

14 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED Qual é a porcenagem da população com deficiência em idade escolar que esá escolarizada e que porcenagem esá excluída do sisema educacional? Qual é a siuação dos esudanes com deficiência em relação a sua rajeória escolar? Que porcenagem permanece no sisema de ensino e conclui seus esudos? Qual é a porcenagem de repeência e abandono? Que porcenagem reorna à educação especial depois de haver ransiado pela educação regular? Os marcos normaivos, políicos e curriculares garanem a ese público o direio a uma educação inclusiva e de qualidade em igualdade de condições com os demais? Que barreiras enfrenam os esudanes com deficiência para aceder e permanecer na escola, paricipar e aprender? Que ipo de apoio e recursos específicos requerem os esudanes com deficiência para esar em igualdade de condições de exercer seu direio à educação? São desinados recursos humanos, maeriais, pedagógicos, ecnológicos e financeiros necessários para garanir uma educação inclusiva e de qualidade aos esudanes com deficiência? Exisem desigualdades na siuação educacional dos esudanes com deficiência de acordo com o gênero, zona de residência ou origem énica? A implemenação do SIRIED se realizará de forma gradual, aravés das áreas de esaísicas e de educação especial dos minisérios de educação dos países da região, com o apoio do OREALC/UNESCO Saniago, sob as normas e recomendações écnicas que garanam a compaibilidade dos dados gerados com aqueles produzidos e difundidos pelo UIS e ouras agências especializadas das Nações Unidas. Durane ese processo de implemenação será possível ober sugesões que permiam aperfeiçoar ese insrumeno Considerações acerca do SIRIED O SIRIED baseia-se em uma série de fundamenos que susena a definição de odos os elemenos que compõem o sisema e que se desenvolvem no parágrafo cinco dese documeno. Desde a perspeciva de um enfoque de direios à educação, odos os esudanes, sem exceção, êm direio a uma educação de qualidade que garane sua paricipação e aprendizagem, bem como o direio a ser escolarizado juno com seus colegas nas escolas de sua comunidade. Ou seja, o direio à educação, é o direio a uma educação de qualidade e inclusiva nos diferenes níveis de ensino, al como se expressa no arigo 24 da Convenção dos Direios das Pessoas com Deficiência. Parindo desa premissa, o SIRIED adoa como modelo de análise as dimensões de qualidade da educação definidas pela OREALC/UNESCO Saniago: relevância, perinência, equidade, eficácia e eficiência, considerando alguns elemenos especialmene significaivos a parir da perspeciva da população com deficiência. Em cada uma das dimensões assinaladas se esabelece uma série de caegorias, e um conjuno de indicadores qualiaivos e quaniaivos considerados relevanes para responder de maneira inegral às pergunas aneriormene mencionadas. 12

15 2. Jusificaiva e abrangência do SIRIED Os indicadores qualiaivos, em geral, servem para saber em que medida a legislação educacional, os marcos curriculares e as medidas adoadas pelos países promovem e faciliam o desenvolvimeno de sisemas educacionais inclusivos, que garanam o direio de odas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência, a uma educação de qualidade em igualdade de condições. Para cada indicador se especifica, se for necessário, um número variável de enunciados significaivos que conribua à observação, compreensão e processameno do indicador, e idenificados como descriores. A análise qualiaiva deses indicadores se complemena com uma abordagem quaniaiva, porque para fazer um seguimeno aravés do empo é aconselhável ransformar as variáveis de ipo qualiaivas em uma escala quaniaiva. Cada descrior se qualifica de acordo com uma escala ordinal, e em função do peso relaivo ou ponderação previamene impuada a cada um deles designa-se o valor numérico ao indicador. A escala definida conempla cinco caegorias aribuindo-se a cada uma delas uma ponuação que varia enre 0 e 4. Se o indicador iver o valor mínimo 0 (zero) significa a inexisência de marcos legislaivos e/ou normaivos e/ou curriculares ou políicas e programas/ações, conforme corresponde, vinculadas à emáica que indaga o indicador. Se o indicador iver o valor máximo 4 (quaro) significa a presença explícia nos marcos legislaivos ou normaivos ou curriculares ou de políica e programas/ações. Os indicadores quaniaivos nos permiem, por meio de medidas esaísicas simples como axas, proporções ou porcenagens, er uma aproximação da capacidade de resposa das políicas públicas e dos sisemas de ensino sobre as necessidades educacionais dos esudanes com deficiência. Iso permiirá evidenciar as brechas que ainda persisem no cumprimeno pleno do direio a uma educação inclusiva e de qualidade, e dimensionar os esforços que são necessários para seu pleno cumprimeno. Um aspeco essencial para garanir a susenabilidade do sisema de informação é a disponibilidade de esaísicas para a consrução dos indicadores quaniaivos proposos. Esa informação básica, condicionada pela abrangência dos levanamenos anuais realizadas pelos minisérios de educação dos países e a disponibilidade para a região de informação sobre a população com deficiência, convere-se em indicadores que enam esabelecer um equilíbrio enre o que se considera necessário ou desejável para analisar a forma em que se esá proporcionando, às pessoas com deficiência, os apoios requeridos para garanir seu direio a uma educação de qualidade; e o possível ou exeqüível associado às variáveis fornecidas e processadas. Nese senido é imporane não perder de visa a seguine recomendação do relaório Exame e avaliação do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência: Observa-se uma endência na informação sobre a deficiência de referir-se a emas sobre os quais se acredia que os dados são mais exaos e não àqueles cujos dados podem ser difíceis de ober. Com frequência, esa idéia se reflee a quesões relaivas ao bem-esar social, ao invés do desenvolvimeno social, pois os dados relaivos à prevenção e reabiliação muias vezes são considerados mais confiáveis do que os dados sobre quesões relaivas à igualdade de oporunidades. A reunião de informação dese ipo serve para desacar as quesões relaivas ao bem-esar social ao invés de enfaizar aquelas que necessiam ser examinadas para ober uma mudança social significaiva. Por conseguine, deve-se er o cuidado em que as prioridades de recopilar informação não se ransformem em prioridades da políica so- 13

16 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED cial. Ao adoar políicas que se ajusam a uma formulação universal, que habiliem as pessoas com deficiência como agenes do desenvolvimeno e incluam quesões relaivas aos direios humanos, dias políicas gerarão decisões sobre indicadores de deficiência. O SIRIED, por er uma abrangência regional, reconhece como pono de parida que o Insiuo de Esaísica da UNESCO (UIS) é responsável em compilar, analisar e disseminar as esaísicas sobre a siuação mundial em maéria de educação. O UIS define um marco meodológiconormaivo para produzir esaísicas da educação, com a finalidade de garanir sua conveniência, qualidade e comparabilidade inernacional. Por sua pare, os países conam com Sisemas de Esaísicas Educacionais inegrados em Sisemas de Informação mais amplos, ano do pono de visa emáico (Sisema de Esaísicas Sócio-Demográficas) como insiucional (Sisemas de Esaísicas Nacionais e Inernacionais). Por esa razão realizou-se um diagnósico inicial para saber que informação é proporcionada em nível inernacional pelo UIS-; e qual esá disponível para a região e cada um dos países que o inegra, com a finalidade de eviar duplicidades e harmonizar os esforços exisenes. Os países inegram, além disso, o Sisema Regional de Informação (SIRI), coordenado pelo OREALC/UNESCO Saniago, que consiui um espaço de conexão com os responsáveis de esaísicas dos minisérios de educação da região, que rabalha em conjuno com eles para ampliar a base de informação necessária e aingir os objeivos da Educação para Todos e o Projeo Regional de Educação para América Laina e o Caribe (PRELAC), esraégia regional para a consecução dos objeivos da Educação para Todos. O desenho do SIRIED baseia-se nas pauas écnico-meodológicas do UIS, nas classificações do Sisema de Informação Educacional -CINE 97- e ouras classificações, como as da Organização Mundial da Saúde (CIE-10 e CIF) 1, que permiem inegrar as esaísicas provenienes de ouros subsisemas sociais para garanir a comparabilidade regional. Foram revisadas, ambém, as recomendações meodológicas para a consrução de indicadores elaborados pelas Nações Unidas para o cumprimeno dos Insrumenos Inernacionais de Direios Humanos (2006), bem como as recomendações da Divisão Esaísica das Nações Unidas para elaboração de esaísicas oficiais e desenvolvimeno de indicadores, especialmene aquelas associadas à deficiência. 1 CIE-10 e CIF perencem às «Classificações Inernacionais» desenvolvidas pela OMS, que podem ser aplicadas em diferenes aspecos da saúde. Esas classificações da OMS proporcionam o marco conceiual para codificar uma ampla faixa de informação relacionada com a saúde. Denro das classificações inernacionais, as condições de saúde (enfermidades, ransornos, lesões, ec.) são classificadas com a CIE-10 (abreviaura da Classificação Inernacional de Enfermidades, Décima Revisão), que apresena um marco conceiual baseado na eiologia. O funcionameno e a deficiência associados às condições de saúde são classificados com a CIF (Classificação Inernacional do Funcionameno, da Deficiência e da Saúde). Porano, CIE-10 e a CIF são complemenares e devem ser usadas conjunamene. 14

17 3. Esraégia de desenvolvimeno e implemenação 3. Esraégia de desenvolvimeno e implemenação O SIRIED é o resulado de um rabalho de colaboração enre o OREALC/UNESCO Saniago e os 19 países da região da América Laina, e em sido possível graças ao apoio financeiro do Governo da Espanha. No início do projeo, a equipe écnica do OREALC/UNESCO Saniago, responsável pela sua execução, informou aos Minisros de Educação dos países sobre sua abrangência e caracerísicas e soliciou a designação de dois ponos focais para seu desenvolvimeno; um da área de Educação Especial ou Educação Básica e ouro da área de Esaísicas Educacionais. A inenção foi replicar nos países o modelo de colaboração e responsabilidade comparilhada enre as áreas de esaísicas educacionais e de educação inclusiva do OREALC/UNESCO Saniago. Em vários países, os ponos focais nomeados para ese projeo foram as mesmas pessoas designadas como ponos focais do SIRI, Sisema Regional de Informação coordenado pelo OREALC/UNESCO Saniago, e inegranes da RIINEE (Rede Ibero-americana de Inclusão e Necessidades Educacionais Especiais), composa pelos responsáveis de educação especial dos minisérios de educação, na qual ambém paricipa o OREALC/UNESCO Saniago. Esa meodologia, embora enha significado um processo mais leno e complexo, foi sumamene valiosa, ao permiir inegrar os conhecimenos e perspecivas das áreas de educação especial e esaísica garanindo uma maior rigorosidade e conveniência na definição das dimensões, caegorias e indicadores. A consrução do sisema de informação foi realizada em rês fases e eve como objeivo aprimorar progressivamene a proposa inicial para orná-la mais significaiva e perinene às necessidades e realidade dos países da região: Primeira fase. Desenho preliminar do sisema de informação, esabelecendo o marco conceiual-analíico e meodológico-, e uma primeira definição das variáveis a serem desacadas e os indicadores a serem consruídos. Segunda fase. Validação do desenho inicial, aravés de uma avaliação de especialisas e a aplicação experimenal em cinco países. Os resulados dese processo permiiram elaborar uma segunda proposa mais aprimorada do sisema de informação. Terceira fase. Validação local (em insiuições educacionais) em rês países, paricipanes na fase anerior, para elaborar a versão definiiva do sisema de informação. Esa fase culminará com a aplicação de um primeiro conjuno de indicadores em odos os países da região. 15

18 Sisema Regional de Informações Educacionais dos Esudanes com Deficiência / SIRIED 3.1. Primeira fase A aividade inicial significou avaliar a disponibilidade de esaísicas nos países sobre a população com necessidades educacionais especiais 2, e explorar as necessidades de informação dos países nesa maéria para a formulação, moniorameno e avaliação das políicas públicas e a gesão dos sisemas educacionais. Realizaram-se consulas aos dezenove países da América Laina, aravés de um quesionário para ober informação sobre os conceios, definições e classificações uilizadas nos países em relação ao público-alvo, e sobre os marcos legais vigenes, ou, em fase de aprovação. A pesquisa eve uma axa de resposa de 74%. Os resulados obidos do processameno e análise dos dados informados e do maerial adicional enviado pelos países, mosraram a heerogeneidade de definições e classificações exisenes na região e a complexidade e variedade de serviços de aenção aos alunos com necessidades educacionais especiais. A pesquisa ambém mosrou assimerias na quanidade, qualidade e inegridade das informações esaísicas disponíveis nos países, devido, principalmene, às diferenças no desenvolvimeno e qualidade dos sisemas de informações educacionais presenes na região 3. O projeo foi socializado com odos os países da região no marco das IV Jornadas de Cooperação Educacional com Ibero-américa, sobre Educação Especial e Inclusão Educacional organizadas pela RIINEE e o OREALC/UNESCO Saniago em Sana Cruz de la Sierra, Bolívia, em novembro de 2007, dirigidas aos direores do ensino fundamenal e educação especial dos minisérios de educação. Nese marco foi realizada a Primeira Reunião Técnica do projeo com a paricipação dos especialisas de educação inclusiva e de esaísica do OREALC/UNESCO Saniago, conando com a paricipação da especialisa em informação do Minisério de Educação da Espanha e com os ponos focais de esaísicas educacionais e de educação especial dos países envolvidos na segunda fase do projeo: Argenina, Brasil, Cosa Rica, Guaemala, e República Dominicana. Nesa reunião discuiu-se acerca do foco e abrangência do sisema de informação, manifesando as ensões no conceio de necessidades educacionais especiais e seu diferene enendimeno nos países. Em vários deles, os alunos com necessidades educacionais especiais se definem como aqueles que êm maiores dificuldades para aprender e requerem adapações no currículo e/ou meios, recursos e apoios especializados. Esa ampliude do conceio e a necessidade de recorrer a ouro, como o de dificuldades de aprendizagem, limiam a operacionalidade do conceio de necessidades educacionais especiais. Ouro aspeco debaido foi sobre o vínculo enre o público-alvo do sisema de informação e o da educação especial e de ouros áreas dos minisérios de educação. Combinados os objeivos e abrangência do sisema de informação, a equipe do OREALC/ UNESCO Saniago desenvolveu o marco conceiual, que susena o modelo de análise, e um primeiro conjuno de dimensões, com suas correspondenes caegorias e indicadores. Em março de 2008, realizou-se em Saniago do Chile, uma Segunda Reunião Técnica para analisar a pri- 2 No início o projeo esava dirigido à população com necessidades educacionais especiais, mas com o resulado do processo de validação aceiou-se focalizar o sisema na população com deficiência, em virude da ampliude do conceio de NEE 3 As caracerísicas e conclusões da pesquisa esão publicadas no documeno «Consula a países da América Laina sobre informação associada às Necessidades Educaivas Especiais. Sisemaização de resulados», OREALC/UNESCO Saniago, Saniago (2008). Disponível em <hp://unesdoc.unesco.org/ images/0016/001633/163352s.pdf> 16

19 3. Esraégia de desenvolvimeno e implemenação meira versão do Sisema de Informação. Nesa reunião, além dos ponos focais dos cinco países envolvidos na validação, paricipou um especialisa de esaísicas do Minisério de Educação da Espanha e écnicos de educação especial do Chile e do Disrio Federal do México. Da reunião surgiu um conjuno de proposas que foram incorporadas ao desenho inicial, obendo-se assim uma primeira versão do sisema regional de informação, denominado, nessa primeira fase, Sisema de Informação Regional de Necessidades Educacionais Especiais (SIRNEE) Segunda fase O principal objeivo da segunda fase foi validar o desenho preliminar do sisema de informação com a finalidade de aprimorar e aperfeiçoar a proposa. A primeira insância de validação consisiu em uma avaliação dos especialisas da área de educação especial e de esaísica. Eses examinaram a coerência enre os diferenes componenes do sisema (marco conceiual, modelo de análise, marco meodológico, indicadores), bem como a clareza, consisência e desenvolvimeno de cada um de seus componenes. A riqueza e precisão de sua análise e sugesões consiuíram em um insumo fundamenal para aperfeiçoar a versão preliminar. Uma segunda versão do desenho, com a conribuição dos especialisas, foi validada em nível nacional em cinco países: Argenina, Brasil, Cosa Rica, Guaemala e República Dominicana. O objeivo desa validação foi analisar e valorar a conveniência da proposa, a adequação do marco conceiual, a aplicabilidade do modelo de análise e marco meodológico; a clareza na formulação e exeqüibilidade de cálculo dos indicadores 4. A harmonização enre as definições e classificações proposas para o Sisema e as vigenes neses países permiiu conhecer a disponibilidade de informação necessária para a elaboração dos indicadores e a definir esraégias para sua implemenação. Para validar os indicadores foram elaboradas fichas com um formao e coneúdo diferenciado, ano para indicador qualiaivo como quaniaivo que deviam ser cumpridos pelos países, com a finalidade de garanir a coerência e padronização do processo. Também deveriam informar sobre a conveniência dos indicadores, a necessidade de eliminar alguns, ou, incorporar ouros. Para faciliar a correa inerpreação das fichas foram proporcionados exemplos com informação esaísica do México, ano do Disrio Federal como do âmbio nacional. É imporane desacar a significaiva conribuição das auoridades e écnicos da Secrearia Pública do México e da Direção de Educação Especial do Disrio Federal, apesar de não formarem pare dos países da validação. O processo de validação em nível nacional permiiu conar com insumos muio significaivos para fazer ajuses no desenho preliminar, ano em relação ao seu coneúdo como em sua forma. Foram adapados os marcos conceiual e meodológico, foram esabelecidas as definições, público-alvo, e as classificações. A aplicação piloo apresenou resulados ineressanes em relação à disponibilidade de informação. Do oal de indicadores quaniaivos proposos para o sisema, o conjuno dos cinco países somene pôde consruir 11,1% de maneira complea, ou seja, considerando odos os cri- 4 O Insiuo de Esaísica da UNESCO (UIS) não fornece informação com vinculação direa à emáica do projeo, dali a inexisência de definições e classificações de consensos de vigência regional e mundial. 17

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