ESTATÍSTICA AVANÇADA: MODELOS NÃO LINEARES. Modulo 3: Teoria Assintótica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTATÍSTICA AVANÇADA: MODELOS NÃO LINEARES. Modulo 3: Teoria Assintótica"

Transcrição

1 ESTATÍSTICA AVANÇADA: MODELOS NÃO LINEARES Modulo 3: Teoria Assitótica Gilva Guedes, Cedeplar - UFMG Melissa Piho, Estatística - UFMG Escola do Legislativo - ALMG Belo Horizote, Mias Gerais 21 de setembro de 2015

2 Sumário 1 Propriedades Assitóticas dos Estimadores 2 2 Propriedades Assitóticas Cosistêcia de um estimador Covergêcia em quadrado médio ou média quadrática O Teorema de Slutsky Covergêcia em Distribuição Cosistêcia de ˆβ Prova de Cosistêcia de ˆβ Normalidade Assitótica de ˆβ de MQO Prova da Normalidade Assitótica de ˆβ TCL variate de Lidberg-Feller Cosistêcia de s 2 e a variâcia assitótica de ˆβ Eficiêcia assitótica de ˆβ Prática de Teoria Assitótica Simulação de Mote Carlo Simples e Propriedades Assitóticas

3 1 Propriedades Assitóticas dos Estimadores Esse texto é de autoria da Profa. Sueli Moro (Departameto de Ecoomia/UFMG) e está estritamete proibida sua reproduç~ao. A maior parte das fórmulas é baseada o livro do (Greee, 2012). Algumas pequeas alteraç~oes o texto origial foram feitas para adequar liguagem e otaç~ao para o LateX. A ecoometria tem se torado cheia de assitótico (Leamer, 1988). A teoria assitótica trata do que acotece a uma estatística ou estimador quado o tamaho da amostra se tora muito grade. Essa estatística pode ser a média, variâcia, os coeficietes do modelo liear e até mesmo os testes estatísticos. Idexamos sempre em ou T para mostrar o papel do tamaho da amostra: ˆβ ou ˆβ t O quão grade precisa ser uma amostra para que o estimador mostre as suas propriedades assitóticas? Goldfeld ad Quadat (1972) mostram um exemplo em que uma amostra de tamaho 30 já é suficietemete grade. Mostram também outro exemplo em que é ecessária uma amostra de 200 observações. Segudo os autores, grades amostras são mais importates quado existe maior iteresse a variâcia do que os valores. 2

4 Como quase sempre trabalhamos com pequeas amostras (fiitas), defeder um estimador com base as suas propriedades assitóticas faria setido somete se estimadores com melhores propriedades assitóticas também tivessem melhores propriedades em amostras fiitas. E parece que é isso que acotece! 2 Propriedades Assitóticas Um estimador ão viesado é aquele cuja distribuição amostral é cetrada o verdadeiro valor do parâmetro; ou seja: E[ˆθ] = θ Essa propriedade ão depede do tamaho da amostra: um estimador ão viesado é ão viesado em pequeas e grades amostras! Mas às vezes ão é possível ecotrar um estimador que teha boas propriedades em pequeas amostras. Quado isso acotece, precisamos justificar o uso do estimador com base em suas propriedades assitóticas, ou seja, a sua distribuição em grades amostras. A distribuição de um estimador muda com o tamaho da amostra. A média da amostra, por exemplo, tem uma distribuição amostral que é cetrada a média da população: E[ X] = µ Mas a variâcia da média tora-se meor à medida que a amostra aumeta: V ar[ X] = σ2 Quais são as propriedades assitóticas que precisamos defiir para um estimador? 1. Cosistêcia: utiliza o coceito de covergêcia em probabilidade. Questão: a distribuição de ˆβ colapsa para um valor específico quado aumeta? 2. Eficiêcia assitótica: utiliza o coceito de covergêcia em distribuição e está relacioada com o coceito de distribuição assitótica. Questão: a distribuição de ˆβ se aproxima de uma forma cohecida (ex. ormal) quado aumeta? Para provar que um estimador é eficiete assitoticamete, é ecessário cohecer a distribuição assitótica desse estimador! Observação: ela precisa ser ormal! Mas o que é a distribuição assitótica de um estimador? Cosiderar a distribuição de um estimador ˆβ para amostras cada vez maiores: se as distribuições vâo se torado cada vez mais parecidas com alguma distribuição específica, esta é chamada de distribuição assitótica desse estimador! Algumas cosiderações: 3

5 1. Se a distribuição assitótica de ˆβ se cocetra em um valor k quado a amostra tede ao ifiito, diz-se que k é a probabilidade limite de ˆβ. Se lim ˆβ = β, dizemos que ˆβ é um estimador cosistete! 2. A variâcia da distribuição assitótica é chamada de variâcia assitótica. Etão, se ˆβ é cosistete e a sua variâcia assitótica é meor que a variâcia assitótica de qualquer outro estimador cosistete, ˆβ é chamado de assitoticamete eficiete! A propriedade plim ˆβ = β pode ser vista como o equivalete de ausêcia de viés em grades amostras (ateção, isso somete o setido de que se refere ao valor do parâmetro) Cosistêcia pode ser pesada como o equivalete da propriedade de miimum mea square error (míimo erro quadrático médio) que MSE pode ser defiido como: MSE = Var(ˆθ) + [Viés(ˆθ)] 2 A variâcia de um estimador assitoticamete eficiete tede a zero mais rapidamete que a variâcia de qualquer outro estimador cosistete. 2.1 Cosistêcia de um estimador Observação: mesma ituição da esperaça, o setido que se refere a valores. Para estabelecer cosistêcia, precisamos do coceito de covergêcia em probabilidade. O coceito de covergêcia em probabilidade é usado para defiir a cosistêcia de estimadores. Covergêcia em Probabilidade: A sequêcia de variáveis aleatórias z 1, z 2,..., z coverge em probabilidade para a variável aleatória z se: Diz-se, etão que: lim P rob[ z z > ɛ] = 0 ɛ > 0 T z p z Ou seja, z coverge em probabilidade para z. E que: plim(z ) = z Isso quer dizer que a probabilidade da difereça ser maior que qualquer úmero positivo, por meor que ele seja, é zero. 4

6 Uma codição suficiete (mas ão ecessária) para que ocorra a covergêcia é a covergêcia em quadrado médio ou média quadrática (mea square). É codição suficiete porque pode haver covergêcia sem que ocorra covergêcia em média quadrática. Exemplo Uma variável aleatória z toma dois valores 0 e T com probabilidades: e P (z = 0) = 1 1 T P (z = T ) = 1 T Quado T aumeta a P (z = 0) tede a 1 e a P (z = T ) tede a 0. Nesse caso, z coverge em probabilidade a 0 e, portato: e lim z T = 0 T + z T p 0 ou seja, plim(zt ) = Covergêcia em quadrado médio ou média quadrática Se z tem média µ e variâcia σ 2 tais que: e lim E[z ] = c + lim V ar[z ] = 0 + etão z coverge em média quadrática para c e plim(z ) = c A prova é obtida pelo Teorema de Chebychev. Ou seja, limite da esperaça é uma costate e limite da variâcia é zero. Para osso estimador ˆβ, teriamos: e lim E[ ˆβ ] = β + lim V ar[ ˆβ ] = 0 + Covergêcia em média quadrática implica em covergêcia em probabilidade, mas a recíproca ão é verdadeira! 5

7 Observação: Covergêcia em média quadrática: o limite da esperaça tem que ser uma costate e o limite da variâcia tem que ser zero. Exemplo de um caso em que a covergêcia em probabilidade ão implica em covergêcia em quadrado médio: Seja x = 0, T, P (x = 0) = 1 1 e P (x T = T ) = 1. Nesse caso: T ( E[x ] = ) ( ) 1 + T = 1 T T e mas a probabilidade limite é zero, porque: lim E[x ] = 1 + x p 0 ou seja, plim(x ) = 0 Coclusão: O limite da esperaça é 1 e a plim é 0. O limite da variâcia também ão é zero: ) E(x 2 ) = (0) ( (T ) 2 1 = T T T V ar(x ) = E[x E(x )] 2 V ar(x ) = E[x 1] 2 = E[x 2 ] 2E[x ] + (1) 2 (1) V ar(x ) = T = T 1 Coclusão: A variável z coverge em probabilidade, mas ão coverge em quadrado médio, porque a média coverge para uma costate, mas a variâcia ão coverge para zero. Felizmete, isso é raro de acotecer. Normalmete, covergêcia em probabilidade implica em covergêcia em quadrado médio. O coceito de covergêcia em probabilidade é usado para defiir a cosistêcia de estimadores: Covergêcia Para ode vai? plim Cosistêcia Vai para ode eu quero que vá e a variâcia se aproxima de zero? plim ˆβ = β? Etão, um estimador será cosistete se plim ˆβ = β e sua variâcia se aproxima de zero quado aumeta. 6

8 Cosistêcia da média de uma amostra A média de uma amostra é um estimador cosistete para a média da população. Isto porque: E[ x] = µ e Assim, e 2.3 O Teorema de Slutsky V ar[ x] = σ2 lim var( x) = 0 + lim E[ x] = µ + É uma cosequêcia iteressate da cosistêcia. É uma das razões que possibilita usar a teoria assitótica. Isso porque a álgebra associada ao cálculo das esperaças, que é ecessária para ecotrar as propriedades em amostras fiitas, ás vezes é muito difícil, pode ser até impossível, e o limite tudo fica mais fácil! Teorema de Slutsky: Para uma fução cotíua de x, g(x ), plimg(x ) = g[plim(x )] Observação: g(x ) precisa ser uma fução cotíua. cotíua é a fução avaliada a plim. Isto é: a plim de uma fução Isso ão é verdade para a esperaça matemática, pois o valor esperado de uma fução ão-liear de uma estatística ão é uma fução ão-liear do valor esperado daquela estatística. Exemplo Seja g uma fução quadrática de um estimador g(b) = b 2, etão: E[b 2 ] = V ar(b) + [E(b)] 2 Lembre-se que V ar(x) = E(x 2 ) [E(x)] 2 E(x 2 ) = V ar(x) + [E(x)] 2 Sabemos que E[b 2 ] [E(b)] 2. Mas o limite V ar(b) tede a zero e, portato: e lim + E[b2 ] = [E(b)] 2 plim[b 2 ] = plim[e(b)] 2 O Teorema de Slutsky é utilizado em várias situações como, por exemplo, em plim da multiplicação de fuções, plim da soma de fuções, etc. 7

9 2.4 Covergêcia em Distribuição Covergêcia em distribuição é a forma mais fraca de covergêcia. O Teorema Cetral do Limite é um teorema sobre covergêcia em distribuição. Covergêcia em probabilidade ão é a mesma coisa que covergêcia em distribuição. Vejamos a difereça: Covergêcia em probabilidade: diz que a variável aleatória coverge para um valor cohecido (o parâmetro a população). Covergêcia em distribuição: diz que as variáveis se comportam da mesma maeira, ou seja, tem a mesma distribuição, mas ão têm ecessariamete os mesmos parâmetros. É importate para a distribuição limite e para a distribuição assitótica. Observação: Covergêcia em distribuição é a forma de covergêcia mais fraca (weak covergece) e ão implica ehum outro tipo de covergêcia. Mas todos os outros tipos de covergêcia implicam em covergêcia em distribuição, como a covergêcia em probabilidade. 3 Cosistêcia de ˆβ Para que ˆβ seja um estimador cosistete de β é preciso que plim ˆβ = β (o viés e a variâcia se aproximem de 0)! Observação: Lembre-se que ˆβ é uma variável aleatória em amostras repetidas. Se ˆβ covergir em probabilidade para uma costate, ou seja, a média a população, e se a sua variâcia covergir para zero, teremos covergêcia em mea square, e a probabilidade limite de ˆβ é β. Isso porque covergêcia em mea square implica em covergêcia em probabilidade. Etão, para ode coverge ˆβ = (X T X) 1 X T y? A partir de agora fazemos toda a aálise idexada em, ou seja, o tamaho da amostra agora é importate, porque desejamos saber as propriedades do estimador quado aumeta. Quado dividimos por temos médias e queremos saber se essas médias de amostras covergem para médias a população. 8

10 3.1 Prova de Cosistêcia de ˆβ O método dos Míimos Quadrados Ordiários busca miimizar a soma dos quadrados dos erros, utilizado como base as equações ormais: (β) = ɛ T ɛ = (Y Xβ) T (Y Xβ) S(β) = Y T Y β T X T Y Y T Xβ + β T X T Xβ S(β) = Y T Y 2β T X T Y + β T X T Xβ (2) S(β) β = 2X T Y + 2X T Xβ As equações ormais são obtidas como: S(β)/β = 0 S(β) β = 2X T Y + 2X T Xβ = 0 (3) X T Xβ = X T Y Como: S(β) β = 2X T Y + 2X T Xβ = 0 β = (X T X) 1X T Y (4) 2S(β) β β = 2XT X Assim, X T X é uma matriz positiva e defiida. O estimador MQO de β é: ˆβ = (X T X) 1 X T y Substituido y = Xβ + ɛ, temos: β = (X T X) 1 X T (Xβ + ɛ) ˆβ = (X T X) 1 (X T X)β + (X T X) 1 Xɛ (5) ˆβ = β + (X T X) 1 Xɛ Multiplicado e dividido a parte destacada de ˆβ por teremos: [ ] (X plim(x T X) 1 T X) 1 X T ɛ Xɛ = plim 9

11 Utilizado o Teorema de Slutsky: temos: [ (X T X) 1 plim plim(g(x)) = g(plim(x)) ] X T ɛ = plim (XT X) 1 plim XT ɛ Dividir a equação acima por faz setido porque agora + e também porque X T X é uma matriz de somas de produtos e os elemetos de sua diagoal são somas de quadrados. Se existe um itercepto, o elemeto superior à direita da matriz X T X será igual a. Etão, quado +, algumas dessas somas tedem a ficar muito grades. Por isso, ão faz setido achar plim(x T X). Quado olhamos a plim( XT X) estamos olhado para os valores médios de X T X, e esses são fiitos quado aumeta. Pressuposto: X T X lim + = Q em que Q é uma matriz fiita, positiva defiida e ão-sigular. somatório de produtos e dos somatórios de quadrados de variáveis. É uma média do Isso implica que quado aumeta os elemetos de X T X ão aumetam a uma taxa maior do que. Mas quado essa expressão se tora ifiita (o caso da equação de tedêcia) a sua iversa se tora 0. Vamos mostrar que: σ 2 (X T X) 1 = var(β) vai se aproximado de zero quado aumeta, ou seja: lim σ2 (X T X) 1 = var(β) = 0 X A expressão lim T X + = Q também implica que quado aumeta, os elemetos de X T X são liearmete idepedetes o limite, uma vez que ela é ão-sigular, admitido iversa. Vejamos um exemplo de violação dessa hipótese. Equação de tedêcia: X T X = [ y = β 1 + β 2 + ɛ T T (T + 1) Veja que a equação viola o pressuposto, pois ( ) X T X lim = T + T T (T +1) 2 T (T +1)(2T +1) 6 [ esta matriz ão é fiita, ou seja, explode o ifiito. Outra equação que viola o pressuposto é: y t = β 1 + β 2 λ t + ɛ t 10 ] ]

12 em que: λ < 1 Nesse caso, que é uma matriz sigular. lim T + ( ) X T X = T [ ] Felizmete, a matriz X T X satisfaz as codições de Greader, que são mais fracas e suficietes para a cositêcia dos ˆβ. Codiç~oes de Greader (Greee, 2012): G1 - Para cada colua de X, x k, se d 2 k = xt k x k, et~ao lim + d 2 k = +. Portato, x k ~ao degeera a uma sequ^ecia de zeros. As somas dos quadrados cotiuar~ao a crescer a medida em que o tamaho da amostra aumeta. Nehuma variável degeerará para uma sequ^ecia de zeros. G2 - lim + x 2 ik /d2 k = 0 para todo i = 1,...,. Essa codiç~ao implica que ehuma observaç~ao idividual domiará x T k x k, e a medida em que +, observaç~oes idividuais se torar~ao meos importates. G3 - Seja R a matriz de correlaç~ao amostral das coluas da matriz X, excluido o termo costate caso haja um. Et~ao, lim + R = C, uma matriz positiva defiida. Essa codiç~ao implica que a codiç~ao de posto completo sempre será atigida. Já assumimos que X tem posto completo em uma amostra fiita, et~ao esse pressuposto assegura que a codiç~ao uca será violada. Até agora provamos que X T X lim + ou que pelo meos X T X satisfaz as codições de Greader. Portato, temos agora que: = Q ( ) 1 ) plim ˆβ X = β + plim T X X plim( T ɛ ( ) plim ˆβ = β + Q 1 X plim T ɛ (6) ( ) X Agora precisamos fazer a prova assitótica de plim T ɛ. Fazedo: X T ɛ = 1 x i ɛ i = 1 i=1 w i = w i=1 Assim, teremos: plim ˆβ = β + Q 1 plim w 11

13 Supodo que X seja ão-estocástico (e portato, ão-correlacioado com o erro), temos: Média de w E[ w] = 1 Variâcia de w E[w i ] = 1 i=1 E[x i, ɛ i ] = 1 i=1 [ V ar( w) = E[ w w T ] = E x i E(ɛ i ) = 1 XT E[ɛ] = 0 i=1 ] X T ɛ ɛ T X V ar( w) = 1 XT E(ɛɛ T X) X = 1 σ2 XT X = σ2 X T X (7) Tomado o limite: lim var( w) = lim + ( σ 2 + ) X T X = 0Q = 0 Etão, uma vez que a média de w é zero (uma costate) e sua variâcia coverge para zero, w coverge em média quadrática para zero. Assim: e plim( w) = 0 ( ) 1 plim XT ɛ = 0 Observação: Lembre-se que isso é a prova da cosistêcia de ˆβ e que estamos usado covergêcia em probabilidade. Etão: ˆβ = β + (X T X) 1 X T ɛ plimˆβ = β + Q 1 plim XT ɛ plimˆβ = β + Q 1 0 (8) plimˆβ = β Coclusão: ˆβ é um estimador cosistete o modelo de Regressão Clássico. 3.2 Normalidade Assitótica de ˆβ de MQO Nessa sessão pergutamos qual é a distribuição assitótica de ˆβ. Vimos que em uma amostra fiita ão precisamos de ormalidade dos erros em dos ˆβ para provar a eficiêcia dos ˆβ de MQO (a prova é obtida utilizado Gauss-Markov). 12

14 Mas vimos também que só podemos afirmar que ˆβ tem uma distribuição ormal quado ɛ tem uma distribuição ormal. Ou seja, somete podemos iferir sobre a distribuição de ˆβ quado os erros são ormais. Agora, para derivar a distribuição assitótica de ˆβ precisamos assumir a matriz X idepedete dos erros (ou seja, exogeeidade). Usamos o Teorema Cetral do Limite e ão precisamos de ormalidade em amostra fiita. Distribuições assitóticas: são também caracterizadas por suas médias e variâcias como as distribuições fiitas. Temos etão a média assitótica e a variâcia assitótica: ˆβ = E[ ˆβ] = β A média assitótica é igual à esperaça assitótica que é dada por plim ˆβ = β. No caso dos estimadores, como o limite temos uma costate β, a variâcia é zero! Etão a distribuição assitótica ão é a distribuição o limite, porque o limite é uma distribuição degeerada! Observação: No limite ão há distribuição, é um pico! Etão a distribuição assitótica é a distribuição da jorada fial, ates de colapsar para um poto. A distribuição de um determiado estimador é diferete (ou pode ser), à medida que o tamaho da amostra aumeta. Pode diferir ão somete a média e variâcia, mas também a forma matemática (lembrar que a biomial é assitoticamete uma ormal). A essêcia do Teorema Cetral do Limite pode ser resumida como: Quado o tamaho da amostra aumeta a distribuição da média amostral aproxima-se da ormal. Diz-se etão que a ormal é a distribuição assitótica da média amostral. Quado estamos iteressados em saber se os mometos da amostra covergem para os mometos da população, a Lei dos Grades Números (LGN) os dá essa resposta. Veja que há uma difereçã etre a LGN e o TCL: LGN: mometos média, variâcia, etc. TCL: distribuição 3.3 Prova da Normalidade Assitótica de ˆβ Para derivar a distribuição de ˆβ, ão precisamos que os erros sejam ormais. No etato, precisaremos de duas codições: Teorema Cetral do Limite (TCL) assumir que X é uma matriz de variáveis idepedetes dos erros 13

15 Observação: Fazemos a prova utilizado uma fução de ˆβ, ao ivés de ˆβ diretamete, porque se ˆβ coverge para β - que é uma costate - o limite ão há distribuição, apeas um pico. Lembre-se que: ˆβ = β + XT X 1 X T ɛ ˆβ β = XT X 1 X T ɛ (9) Multiplicado ambos os lados por, obtemos: [ ] (ˆβ β) = X T X 1 X T ɛ (10) (ˆβ β) = X T X 1 X T ɛ Temos que a distribuição limite de (ˆβ β) é igual à distribuição limite do lado direito, ou seja: [( ) X T 1 ( )] X X T ɛ plim ( ) 1 X Já obtivemos a plim T X, que é Q 1 X. Mas ão temos a plim( T ɛ ), embora teha- ( ) mos a plim X T ɛ = 0. Etão, qual seria a distribuição limite de ( X T ɛ )? Veja que essa é uma distribuição que será mais leta para covergir, pois é idexada em ao ivés de : ( 1 )X T ɛ = w Lembre-se que w = XT ɛ = XT ɛ w = X T ɛ = XT ɛ = 1 X T ɛ(11) 14

16 Calculado a esperaça e a variâcia de w, temos: Média: E[ w] = E[ w] = 0 Variâcia: V ar[ w] = V ar( w) V ar[ [ ] σ w] = 2 X T X (12) V ar[ w] = σ 2 XT X Se tomarmos o limite da variâcia de w, teremos: lim V ar[ w] = lim XT X + + σ2 = σ 2 Q Resta agora aplicar uma variate do Teorema Cetral do Limite (variate de Lidberg- Feller) ao vetor w. Vejamos o TCL de Lidberg-Feller TCL variate de Lidberg-Feller Caso Uivariado Se x 1,..., x é uma amostra aleatória de uma distribuição de probabilidade com média µ e variâcia σ 2 a população: X = 1 x i Etão, i=1 ( X µ) d N[0, σ 2 ] em que ( X µ) são desvios da média da amostra em relação à média da população. A média de ( X µ) é obtida por: E[ ( X µ)] = E[ X] E[ µ] = E[ X] E[µ] E[ ( X µ)] = µ µ = 0 (13) Caso Multivariado Agora temos x 1,..., x represetado amostras de uma distribuição multivariada. Assim: ( X µ) d N[0, Q] No osso caso, temos que 1 X T ɛ = [ w E( w)] 15

17 em que: Etão: Segue-se que: [ w E( w)] d N[0, Q] 1 X T ɛ d N[0, σ 2 Q] ( (ˆβ β) = ) X T X 1 X T ɛ lim + [ [( ) ] X (ˆβ β)] = lim T X 1 X T ɛ + lim + [ (ˆβ β)] = Q 1 1 X T ɛ (14) Q 1 1 X T ɛ d N[Q 1 0, Q 1 (σ 2 Q)Q 1 ] Q 1 1 X T ɛ d N[Q 1 0, σ 2 Q 1 ] Observação: Lembre-se que o primeiro termo é a média de Q 1 1 X T ɛ: [ E Q 1 1 ] X T ɛ = Q 1 0 e o segudo termo é a variâcia de Q 1 1 X T ɛ: ( V ar Q 1 1 ) X T ɛ = Q 1 (σ 2 Q)Q 1 Etão: (ˆβ β) d N[0, σ 2 Q 1 ] Vamos agora utilizar um resultado do Greee (2012): Teorema: Se ] (ˆθ θ) d N[0, V ], etão ˆθ N [θ, 1 V, em que a primeira expressão diz que (ˆθ θ) coverge em distribuição para uma ormal com média zero e variâcia V e a seguda expressão diz que ˆθ é assitoticamete ormalmete distribuido com média 0 e variâcia 1 V. No caso do estimador MQO, se: (ˆβ β) d N[0, σ 2 Q 1 ] etão: ou ] ˆβ N [β, σ2 Q 1 ˆβ N[β, σ 2 (X T X) 1 ] Logo, a ormalidade assitótica de ˆβ ão ecessita da ormalidade dos erros! cosequêcia do Teorema Cetral do Limite! É uma 16

18 3.4 Cosistêcia de s 2 e a variâcia assitótica de ˆβ Para computar as propriedades assitóticas de ˆβ precisamos saber se o estimador da variâcia, ˆσ 2 é cosistete. Aqui só precisamos de cosistêcia! O problema é a cosistêcia do estimador de σ 2, ˆσ 2 = s 2, uma vez que Q 1 ão é problema. Será que s 2 é cosistete? s 2 = ˆɛTˆɛ k s 2 = 1 k ɛt Mɛ (15) Lembre-se que M é a matriz geradora de resíduos, obtida como se segue: ˆɛ = y Xˆβ ˆɛ = y X(X T X) 1 X T y ˆɛ = I X(X T X) 1 X T )y ˆɛ = My ˆɛ = M(Xβ + ɛ) (16) ˆɛ = MXβ + Mɛ = Mɛ ˆɛ Tˆɛ = ɛ T M T Mɛ ˆɛ Tˆɛ = ɛ T Mɛ Abrido a expressão s 2 e multiplicado, temos: s 2 = 1 k ɛt [I X(X T X) 1 X T ]ɛ s 2 = 1 k [ɛt ɛ ɛ T X(X T X) 1 X T ɛ] (17) Multiplicado por, temos: s 2 = lim + s 2 = lim + ( ) [ ɛt ɛ ɛt X X T X 1 X T ɛ ] k ( ) [ ɛt ɛ ɛt X X T X 1 X T ɛ ] k (18) 17

19 Sabe-se que coverge para 1, ɛt X k e XT ɛ Q 1. Portato, resta saber qual o limite de ɛt ɛ covergem para zero e XT X, ou seja: coverge para ɛ T ɛ lim + s2 = lim + Para chegar a este resultado, utilizamos o seguite teorema: Teorema de Kishie: A média de uma amostra aleatória de observações idepedetes e idetificamete distribuídas (i.i.d.) é um estimador cosistete da média da população. Etão, precisamos apeas assumir que os erros são i.i.d., ão precisamos assumir que eles são ormais. Neste caso, basta olharmos ɛ 2 1, ɛ 2 2,..., ɛ 2 como uma amostra aleatória i.i.d. com média a população igual σ 2. Observação: Isso é válido porque: A média de ɛ 2 i ossa amostra é dada por: E[ɛ 2 i ] = σ 2 ɛ 2 = i=1 ɛ2 i = ɛt ɛ é um estimador cosistete da média da população σ2 (pelo Te- ( ) ɛ T ɛ plim = σ 2 plim(s 2 ) = σ 2 Temos etão que ɛt ɛ orema de Kishie). Logo: Etão: Observação: ou ] ˆβ N [β, σ 2 Q 1 ˆβ N[β, σ 2 X T X 1 ] A variâcia assitótica de ˆβ é: exatamete igual à da amostra fiita. AsyV ar[ˆβ] = s 2 (X T X) 1 18

20 3.5 Eficiêcia assitótica de ˆβ Defiição: um estimador é assitoticamete eficiete quado ele é cosistete, assitoticamete ormalmete distribuído e tem uma matriz de variâcia-covariâcia assitótica que ão é maior que ehuma outra matriz de variâcia-covariâcia assitótica de um outro estimador as mesmas codições, isto é, cosistete e ormalmete assitoticamete distribuído. Já vimos que o vetor ˆβ dos MQO é cosistete, ormalmete distribuído. Além dessas propriedades assitóticas, é provado que a matriz da variâcia-covariâcia assitótica é míima. 4 Prática de Teoria Assitótica 4.1 Simulação de Mote Carlo Simples e Propriedades Assitóticas Nesse exercício trabalharemos com duas variáveis aleatórias, x e z, com mesma média e variâcias diferetes. 1. Crie erros aleatórios com distribuição ormal, com média zero e variâcia uitária. Peça as médias para as variáveis x e z e para os erros criados para diferetes úmeros de observações (por exemplo, 10, 100, 1000) e verifique que as variâcias das variâveis dimiuem à medida que aumeta o úmero de observações. 2. Crie ovas variáveis (variáveis depedetes) y como fução de x e z, de cada vez, da seguite forma: y = , 6x + ɛ e y = , 6z + ɛ. 3. Estime os modelos de regressão liear para úmeros diferetes de observações (10, 10, 1000), tato para y = f(x, ɛ) quato para y = f(z, ɛ) 4. Crie uma variável w correlacioada com os erros aleatórios, da seguite maeira: w = ɛ 5. Trasforme as variáveis x e z de modo a serem correlacioadas com os erros, da seguite maeira: wx = x + 500ɛ e wz = z + 5ɛ 6. Calcule as médias e teste as correlações etre todas as variáveis e os erros. O que se observa? 7. Estime modelos de regressão liear com os y criados e as variáveis x, z, w, wx e wz para diferetes tamahos de amostras (10, 100, 1000). Observe a covergêcia dos parâmetros para cada modelo e discuta com detalhes, segudo o que você cohece sobre a propriedade de cosistêcia do estimador dos MQO. Observações Gerais: 19

21 A covergêcia do estimador dos MQO pode ser compreedida da seguite forma: ˆβ = (X T X) 1 X Y ˆβ = (X T X) 1 X ( Xβ + ɛ) ˆβ = (X T X) 1 X X β + (X T X) 1 X T ɛ (19) ˆβ = β + (X T X) 1 X T ɛ ( ) 1 X plimˆβ = β + plim T X X T ɛ Ateção: quato maior a variabilidade a matrix X, mais rápida é a covergêcia. Para casa: crie uma variável xk muito correlacioada com os erros e repita o procedimeto. Coclua. Referêcias Goldfeld, S. M. ad R. E. Quadat (1972). Noliear methods i ecoometrics. Greee, W. H. (2012). Ecoometric Aalysis (7th ed.). Pearso Educatio Idia. Leamer, E. E. (1988). 3 thigs that bother me. Ecoomic Record 64 (4),

Lista de Exercícios #6 Assunto: Propriedade dos Estimadores e Métodos de Estimação

Lista de Exercícios #6 Assunto: Propriedade dos Estimadores e Métodos de Estimação Assuto: Propriedade dos Estimadores e Métodos de Estimação. ANPEC 08 - Questão 6 Por regulametação, a cocetração de um produto químico ão pode ultrapassar 0 ppm. Uma fábrica utiliza esse produto e sabe

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL INTRODUÇÃO ROTEIRO POPULAÇÃO E AMOSTRA. Estatística Aplicada à Engenharia

DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL INTRODUÇÃO ROTEIRO POPULAÇÃO E AMOSTRA. Estatística Aplicada à Engenharia ROTEIRO DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL 1. Itrodução. Teorema Cetral do Limite 3. Coceitos de estimação potual 4. Métodos de estimação potual 5. Referêcias Estatística Aplicada à Egeharia 1 Estatística

Leia mais

Econometria. Econometria. Aplicação. Modelo completo. Soma de Coeficientes. Teste para um Parâmetro

Econometria. Econometria. Aplicação. Modelo completo. Soma de Coeficientes. Teste para um Parâmetro . Revisão/exemplos Ecoometria. Iferêcia grades amostras. Revisão/exemplos Ecoometria /00 /00 Aplicação Modelo completo LogG = β + β logy + β 3 logpg + β 4 logpnc + β 5 logpuc + β 6 logppt + β 7 logpn +

Leia mais

n ) uma amostra aleatória da variável aleatória X.

n ) uma amostra aleatória da variável aleatória X. - Distribuições amostrais Cosidere uma população de objetos dos quais estamos iteressados em estudar uma determiada característica. Quado dizemos que a população tem distribuição FX ( x ), queremos dizer

Leia mais

Econometria. Econometria. Algumas considerações. Algumas considerações MQO. Derivando as Propriedades

Econometria. Econometria. Algumas considerações. Algumas considerações MQO. Derivando as Propriedades Ecoometria. Propriedades fiitas dos estimadores MQO. Estimação da Variâcia do estimador de MQO 3. Revisão de Iferêcia (testes em ecoometria) Ecoometria. Propriedades fiitas dos estimadores MQO Algumas

Leia mais

Probabilidade II Aula 12

Probabilidade II Aula 12 Coteúdo Probabilidade II Aula Juho de 009 Desigualdade de Marov Desigualdade de Jese Lei Fraca dos Grades Números Môica Barros, D.Sc. Itrodução A variâcia de uma variável aleatória mede a dispersão em

Leia mais

DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL. todas as repetições). Então, para todo o número positivo ξ, teremos:

DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL. todas as repetições). Então, para todo o número positivo ξ, teremos: 48 DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL LEI DOS GRANDES NÚMEROS Pretede-se estudar o seguite problema: À medida que o úmero de repetições de uma experiêcia cresce, a frequêcia relativa

Leia mais

Aula 5. Aula de hoje. Aula passada. Limitante da união Método do primeiro momento Lei dos grandes números (fraca e forte) Erro e confiança

Aula 5. Aula de hoje. Aula passada. Limitante da união Método do primeiro momento Lei dos grandes números (fraca e forte) Erro e confiança Aula 5 Aula passada Valor esperado codicioal Espaço amostral cotíuo, fução desidade Limitates para probabilidade Desigualdades de Markov, Chebyshev, Cheroff with high probability Aula de hoje Limitate

Leia mais

Distribuições de Estatísticas Amostrais e Teorema Central do Limite

Distribuições de Estatísticas Amostrais e Teorema Central do Limite Distribuições de Estatísticas Amostrais e Teorema Cetral do Limite Vamos começar com um exemplo: A mega-sea de 996 a N 894 úmeros de a 6: Média: m 588 Desvio padrão: 756 49 amostras de 6 elemetos Frequêcia

Leia mais

S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S. Prof. Benito Frazão Pires. Uma sequência é uma lista ordenada de números

S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S. Prof. Benito Frazão Pires. Uma sequência é uma lista ordenada de números S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S Prof. Beito Frazão Pires Uma sequêcia é uma lista ordeada de úmeros a, a 2,..., a,... ) deomiados termos da sequêcia: a é o primeiro termo, a 2 é o segudo termo e assim

Leia mais

Cap. 4 - Estimação por Intervalo

Cap. 4 - Estimação por Intervalo Cap. 4 - Estimação por Itervalo Amostragem e iferêcia estatística População: cosiste a totalidade das observações em que estamos iteressados. Nº de observações a população é deomiado tamaho=n. Amostra:

Leia mais

Capítulo 5- Introdução à Inferência estatística. (Versão: para o manual a partir de 2016/17)

Capítulo 5- Introdução à Inferência estatística. (Versão: para o manual a partir de 2016/17) Capítulo 5- Itrodução à Iferêcia estatística. (Versão: para o maual a partir de 2016/17) 1.1) Itrodução.(222)(Vídeo 39) Na iferêcia estatística, aalisamos e iterpretamos amostras com o objetivo de tirar

Leia mais

Capítulo 5- Introdução à Inferência estatística.

Capítulo 5- Introdução à Inferência estatística. Capítulo 5- Itrodução à Iferêcia estatística. 1.1) Itrodução.(184) Na iferêcia estatística, aalisamos e iterpretamos amostras com o objetivo de tirar coclusões acerca da população de ode se extraiu a amostra.

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 17

Sumário. 2 Índice Remissivo 17 i Sumário 1 Itrodução à Iferêcia Estatística 1 1.1 Defiições Básicas................................... 1 1.2 Amostragem....................................... 2 1.2.1 Tipos de Amostragem.............................

Leia mais

Lista de Exercícios #4 Assunto: Variáveis Aleatórias Contínuas

Lista de Exercícios #4 Assunto: Variáveis Aleatórias Contínuas . ANPEC 8 - Questão Seja x uma variável aleatória com fução desidade de probabilidade dada por: f(x) = x, para x f(x) =, caso cotrário. Podemos afirmar que: () E[x]=; () A mediaa de x é ; () A variâcia

Leia mais

Obtemos, então, uma amostra aleatória de tamanho n de X, que representamos por X 1, X 2,..., X n.

Obtemos, então, uma amostra aleatória de tamanho n de X, que representamos por X 1, X 2,..., X n. Vamos observar elemetos, extraídos ao acaso e com reposição da população; Para cada elemeto selecioado, observamos o valor da variável X de iteresse. Obtemos, etão, uma amostra aleatória de tamaho de X,

Leia mais

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 2

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 2 MAE 9 - Itrodução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista Professor: Pedro Moretti Exercício 1 Deotado por Y a variável aleatória que represeta o comprimeto dos cilidros de aço, temos que Y N3,

Leia mais

Análise de Regressão Linear Múltipla I

Análise de Regressão Linear Múltipla I Aálise de Regressão Liear Múltipla I Aula 04 Gujarati e Porter, 0 Capítulos 7 e 0 tradução da 5ª ed. Heij et al., 004 Capítulo 3 Wooldridge, 0 Capítulo 3 tradução da 4ª ed. Itrodução Como pode ser visto

Leia mais

binomial seria quase simétrica. Nestas condições será também melhor a aproximação pela distribuição normal.

binomial seria quase simétrica. Nestas condições será também melhor a aproximação pela distribuição normal. biomial seria quase simétrica. Nestas codições será também melhor a aproximação pela distribuição ormal. Na prática, quado e p > 7, a distribuição ormal com parâmetros: µ p 99 σ p ( p) costitui uma boa

Leia mais

1 Distribuições Amostrais

1 Distribuições Amostrais 1 Distribuições Amostrais Ao retirarmos uma amostra aleatória de uma população e calcularmos a partir desta amostra qualquer quatidade, ecotramos a estatística, ou seja, chamaremos os valores calculados

Leia mais

6.1 Estimativa de uma média populacional: grandes amostras. Definição: Um estimador é uma característica amostral (como a média amostral

6.1 Estimativa de uma média populacional: grandes amostras. Definição: Um estimador é uma característica amostral (como a média amostral 6 ESTIMAÇÃO 6.1 Estimativa de uma média populacioal: grades amostras Defiição: Um estimador é uma característica amostral (como a média amostral x ) utilizada para obter uma aproximação de um parâmetro

Leia mais

Econometria. Teorema de Slutsky para Variáveis Aleatórias. Uma extensão do Teorema de Slutsky. Aplicação do Teorema de Slutsky

Econometria. Teorema de Slutsky para Variáveis Aleatórias. Uma extensão do Teorema de Slutsky. Aplicação do Teorema de Slutsky Teorema e Slutsky para Variáveis Aleatórias Ecoometria. Proprieaes assitóticas os estimaores MQO (cotiuação). Iferêcia graes amostras Se X X, e se g(x) é uma fução cotiua com erivaas cotíuas e que ão epee

Leia mais

Distribuições Amostrais

Distribuições Amostrais 9/3/06 Uiversidade Federal do Pará Istituto de Tecologia Estatística Aplicada I Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Egeharia Mecâica 3/09/06 3:38 ESTATÍSTICA APLICADA I - Teoria

Leia mais

Amostras Aleatórias e Distribuições Amostrais. Probabilidade e Estatística: afinal, qual é a diferença?

Amostras Aleatórias e Distribuições Amostrais. Probabilidade e Estatística: afinal, qual é a diferença? Amostras Aleatórias e Distribuições Amostrais Probabilidade e Estatística: afial, qual é a difereça? Até agora o que fizemos foi desevolver modelos probabilísticos que se adequavam a situações reais. Por

Leia mais

Distribuições Amostrais

Distribuições Amostrais Distribuições Amostrais O problema da iferêcia estatística: fazer uma afirmação sobre os parâmetros da população θ (média, variâcia, etc) através da amostra. Usaremos uma AAS de elemetos sorteados dessa

Leia mais

Séquências e Séries Infinitas de Termos Constantes

Séquências e Séries Infinitas de Termos Constantes Capítulo Séquêcias e Séries Ifiitas de Termos Costates.. Itrodução Neste capítulo estamos iteressados em aalisar as séries ifiitas de termos costates. Etretato, para eteder as séries ifiitas devemos ates

Leia mais

Regressão linear simples

Regressão linear simples Regressão liear simples Maria Virgiia P Dutra Eloae G Ramos Vaia Matos Foseca Pós Graduação em Saúde da Mulher e da Criaça IFF FIOCRUZ Baseado as aulas de M. Pagao e Gravreau e Geraldo Marcelo da Cuha

Leia mais

Distribuições Amostrais

Distribuições Amostrais 7/3/07 Uiversidade Federal do Pará Istituto de Tecologia Estatística Aplicada I Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Egeharia Mecâica 3/07/07 09:3 ESTATÍSTICA APLICADA I - Teoria

Leia mais

Lista 01 - Estimação por MQO

Lista 01 - Estimação por MQO Exercício 01 Lista 01 - Estimação por MQO (a) Temos que o sial esperado para β 1 é egativo pois, dado que temos um úmero limitado de miutos a semaa, se mativermos todas as demais variáveis costates, uma

Leia mais

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Sequência Infinitas

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Sequência Infinitas Fudametos de Aálise Matemática Profª Aa Paula Sequêcia Ifiitas Defiição 1: Uma sequêcia umérica a 1, a 2, a 3,,a,é uma fução, defiida o cojuto dos úmeros aturais : f : f a Notação: O úmero é chamado de

Leia mais

Séries e Equações Diferenciais Lista 02 Séries Numéricas

Séries e Equações Diferenciais Lista 02 Séries Numéricas Séries e Equações Difereciais Lista 02 Séries Numéricas Professor: Daiel Herique Silva Defiições Iiciais ) Defia com suas palavras o coceito de série umérica, e explicite difereças etre sequêcia e série.

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

Sumário. 2 Índice Remissivo 11 i Sumário 1 Esperaça de uma Variável Aleatória 1 1.1 Variáveis aleatórias idepedetes........................... 1 1.2 Esperaça matemática................................. 1 1.3 Esperaça de uma Fução de

Leia mais

1. Resolução da lista 1. Primeiro apresentaremos uma integral importante, obtida a partir da distribuição gama generalizada.

1. Resolução da lista 1. Primeiro apresentaremos uma integral importante, obtida a partir da distribuição gama generalizada. 1. Resolução da lista 1. Primeiro apresetaremos uma itegral importate, obtida a partir da distribuição gama geeralizada. 1) J x a 1 e bxc dx Γa/c), a, b, c >. cba/c Demostração: fazedo a substituição y

Leia mais

Estatística. Estatística II - Administração. Prof. Dr. Marcelo Tavares. Distribuições de amostragem. Estatística Descritiva X Estatística Inferencial

Estatística. Estatística II - Administração. Prof. Dr. Marcelo Tavares. Distribuições de amostragem. Estatística Descritiva X Estatística Inferencial Estatística II - Admiistração Prof. Dr. Marcelo Tavares Distribuições de amostragem Na iferêcia estatística vamos apresetar os argumetos estatísticos para fazer afirmações sobre as características de uma

Leia mais

Estimadores de Momentos

Estimadores de Momentos Estimadores de Mometos A média populacioal é um caso particular daquilo que chamamos de mometo. Na realidade, ela é o primeiro mometo. Se X for uma v.a. cotíua, com desidade f(x; θ 1,..., θ r ), depededo

Leia mais

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 5

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 5 Probabilidade - ME30 - Lista 5 November 3, 0 Lembrado:. Covergêcia de sequêcias em L p (também chamada de covergêcia em média): se lim E( X X 0 p ) 0 quado, etão a sequêcia deida por X é dita covergete

Leia mais

Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretos

Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretos Distribuições Comus Avaliação de Desempeho de Sistemas Discretos Probabilidade e Estatística 2 Uiforme Normal Poisso Hipergeométrica Biomial Studet's Geométrica Logormal Expoecial Beta Gamma Qui-Quadrado

Leia mais

5 Teoria dos Valores Extremos

5 Teoria dos Valores Extremos Teoria dos Valores Extremos 57 5 Teoria dos Valores Extremos A Teoria dos Valores Extremos vem sedo bastate utilizada em campos ligados a evetos raros. Sua estatística é aplicada a estimação de evetos

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Acerca dos coceitos de estatística e dos parâmetros estatísticos, julgue os ites seguites. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CESPE/UB STM 67 A partir do histograma mostrado a figura abaixo, é correto iferir que

Leia mais

Estudando complexidade de algoritmos

Estudando complexidade de algoritmos Estudado complexidade de algoritmos Dailo de Oliveira Domigos wwwdadomicombr Notas de aula de Estrutura de Dados e Aálise de Algoritmos (Professor Adré Bala, mestrado UFABC) Durate os estudos de complexidade

Leia mais

Métodos iterativos. Métodos Iterativos para Sistemas Lineares

Métodos iterativos. Métodos Iterativos para Sistemas Lineares Métodos iterativos Métodos Iterativos para Sistemas Lieares Muitos sistemas lieares Ax = b são demasiado grades para serem resolvidos por métodos directos (por exemplo, se A é da ordem de 10000) á que

Leia mais

3. Seja C o conjunto dos números complexos. Defina a soma em C por

3. Seja C o conjunto dos números complexos. Defina a soma em C por Eercícios Espaços vetoriais. Cosidere os vetores = (8 ) e = ( -) em. (a) Ecotre o comprimeto de cada vetor. (b) Seja = +. Determie o comprimeto de. Qual a relação etre seu comprimeto e a soma dos comprimetos

Leia mais

Estatística para Economia e Gestão REVISÕES SOBRE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS E CONTÍNUAS

Estatística para Economia e Gestão REVISÕES SOBRE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS E CONTÍNUAS Estatística para Ecoomia e Gestão REVISÕES SOBRE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS E CONTÍNUAS Primavera 008/009 Variável Aleatória: Defiição: uma variável aleatória é uma fução que atribui a cada elemeto

Leia mais

Capítulo 3. Sucessões e Séries Geométricas

Capítulo 3. Sucessões e Séries Geométricas Capítulo 3 Sucessões e Séries Geométricas SUMÁRIO Defiição de sucessão Mootoia de sucessões Sucessões itadas (majoradas e mioradas) Limites de sucessões Sucessões covergetes e divergetes Resultados sobre

Leia mais

Uma série de potências depende de uma variável real e apresenta constantes C k. + C k. k=0 2 RAIO E INTERVALO DE CONVERGÊNCIA

Uma série de potências depende de uma variável real e apresenta constantes C k. + C k. k=0 2 RAIO E INTERVALO DE CONVERGÊNCIA 1 Uma série de potêcias depede de uma variável real e apreseta costates, chamadas de coeficietes. Ela se apreseta da seguite forma: Quado desevolvemos a série, x permaece x, pois é uma variável! O que

Leia mais

5. O algoritmo dos mínimos quadrados

5. O algoritmo dos mínimos quadrados Apotametos de Processameto Adaptativo de Siais 5. O algoritmo dos míimos quadrados Método dos míimos quadrados Os algoritmos de míimos quadrados são uma alterativa aos algoritmos de gradiete. Estrutura

Leia mais

A Inferência Estatística é um conjunto de técnicas que objetiva estudar a população através de evidências fornecidas por uma amostra.

A Inferência Estatística é um conjunto de técnicas que objetiva estudar a população através de evidências fornecidas por uma amostra. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Distribuição Amostral Luiz Medeiros de Araujo Lima Filho Departameto de Estatística INTRODUÇÃO A Iferêcia Estatística é um cojuto de técicas que objetiva estudar a população

Leia mais

Aula 5 Teorema central do limite & Aplicações

Aula 5 Teorema central do limite & Aplicações Diâmica Estocástica Aula 5 Teorema cetral do limite & Aplicações Teorema cetral do limite Se x é tal que: x 0 e ( xv é fiita,,..., x x, x,...,, 3 x variáveis aleatórias idepedetes com a mesma distribuição

Leia mais

Teorema do limite central e es/mação da proporção populacional p

Teorema do limite central e es/mação da proporção populacional p Teorema do limite cetral e es/mação da proporção populacioal p 1 RESULTADO 1: Relembrado resultados importates Seja uma amostra aleatória de tamaho de uma variável aleatória X, com média µ e variâcia σ.temos

Leia mais

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amada Liz Pacífico Mafrim Perticarrari amada@fcav.uesp.br O PROBLEMA DA ÁREA O PROBLEMA DA ÁREA Ecotre a área da região que está sob a curva y = f x de a até b. S = x, y a x b,

Leia mais

MQI 2003 ESTATÍSTICA PARA METROLOGIA - SEMESTRE Teste 2 07/07/2008 Nome: PROBLEMA 1 Sejam X e Y v.a. contínuas com densidade conjunta:

MQI 2003 ESTATÍSTICA PARA METROLOGIA - SEMESTRE Teste 2 07/07/2008 Nome: PROBLEMA 1 Sejam X e Y v.a. contínuas com densidade conjunta: MQI 003 ESTATÍSTICA PARA METROLOGIA - SEMESTRE 008.0 Teste 07/07/008 Nome: PROBLEMA Sejam X e Y v.a. cotíuas com desidade cojuta: f xy cy xy x y (, ) = + 3 ode 0 e 0 a) Ecotre a costate c que faz desta

Leia mais

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 1

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 1 MAE 229 - Itrodução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 1 Professor: Pedro Moretti Exercício 1 (a) Fazer histograma usado os seguites dados: Distribuição de probabilidade da variável X: X

Leia mais

b) Fabrico de peças cilíndricas Capítulo 5 - Distribuições conjuntas de probabilidades e complementos X - comprimento da peça Y - diâmetro da peça

b) Fabrico de peças cilíndricas Capítulo 5 - Distribuições conjuntas de probabilidades e complementos X - comprimento da peça Y - diâmetro da peça Capítulo 5 - Distribuições cojutas de probabilidades e complemetos 5.1 Duas variáveis aleatórias discretas. Distribuições cojutas, margiais e codicioais. Idepedêcia Em relação a uma mesma eperiêcia podem

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS E PRINCÍPIOS DE ESTATÍSTICA

CONCEITOS BÁSICOS E PRINCÍPIOS DE ESTATÍSTICA 1 CONCEITOS BÁSICOS E PRINCÍPIOS DE ESTATÍSTICA 1. Coceitos Básicos de Probabilidade Variável aleatória: é um úmero (ou vetor) determiado por uma resposta, isto é, uma fução defiida em potos do espaço

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CESPE/UB FUB/0 fa 5 4 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 60 As distribuições B e C possuem os mesmos valores para os quartis Q e Q, e o quartil superior em B correspode ao quartil cetral (Q ) da distribuição A.

Leia mais

Medidas, integração, Teorema da Convergência Monótona e o teorema de Riesz-Markov

Medidas, integração, Teorema da Convergência Monótona e o teorema de Riesz-Markov Medidas, itegração, Teorema da Covergêcia Moótoa e o teorema de Riesz-Markov 28 de Agosto de 2012 1 Defiições de Teoria da Medida Seja (Ω, F, ν) um espaço de medida: isto é, F é σ-álgebra sobre o cojuto

Leia mais

Estimação da média populacional

Estimação da média populacional Estimação da média populacioal 1 MÉTODO ESTATÍSTICO Aálise Descritiva Teoria das Probabilidades Iferêcia Os dados efetivamete observados parecem mostrar que...? Se a distribuição dos dados seguir uma certa

Leia mais

Distribuição Amostral da Média: Exemplos

Distribuição Amostral da Média: Exemplos Distribuição Amostral da Média: Eemplos Talvez a aplicação mais simples da distribuição amostral da média seja o cálculo da probabilidade de uma amostra ter média detro de certa faia de valores. Vamos

Leia mais

Revisando... Distribuição Amostral da Média

Revisando... Distribuição Amostral da Média Estatística Aplicada II DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL MÉDIA AULA 08/08/16 Prof a Lilia M. Lima Cuha Agosto de 016 Revisado... Distribuição Amostral da Média Seja X uma v. a. de uma população com média µ e variâcia

Leia mais

Capítulo I Séries Numéricas

Capítulo I Séries Numéricas Capítulo I Séries Numéricas Capitulo I Séries. SÉRIES NÚMERICAS DEFINIÇÃO Sedo u, u,..., u,... uma sucessão umérica, chama-se série umérica de termo geral u à epressão que habitualmete se escreve u u...

Leia mais

1. Dados: Deve compreender-se a natureza dos dados que formam a base dos procedimentos

1. Dados: Deve compreender-se a natureza dos dados que formam a base dos procedimentos 9. Testes de Hipóteses 9.. Itrodução Uma hipótese pode defiir-se simplesmete como uma afirmação acerca de uma mais populações. Em geral, a hipótese se refere aos parâmetros da população sobre os quais

Leia mais

Cap. VI Histogramas e Curvas de Distribuição

Cap. VI Histogramas e Curvas de Distribuição TLF /11 Capítulo VI Histogramas e curvas de distribuição 6.1. Distribuições e histogramas. 6 6.. Distribuição limite 63 6.3. Sigificado da distribuição limite: frequêcia esperada e probabilidade de um

Leia mais

Estacionariedade e correlação temporal em dados financeiros

Estacionariedade e correlação temporal em dados financeiros Estacioariedade e correlação temporal em dados fiaceiros Hoje em dia há uma quatidade imesa de dados fiaceiros sedo armazeados, egócio a egócio, pelo mudo afora. Gratuitamete, é possível coseguir facilmete

Leia mais

Transformação de similaridade

Transformação de similaridade Trasformação de similaridade Relembrado bases e represetações, ós dissemos que dada uma base {q, q,..., q} o espaço real - dimesioal, qualquer vetor deste espaço pode ser escrito como:. Ou a forma matricial

Leia mais

Notas do Curso Inferência em Processos Estocásticos. 1 Estimação de máxima verossimilhança para cadeias de Markov de ordem k

Notas do Curso Inferência em Processos Estocásticos. 1 Estimação de máxima verossimilhança para cadeias de Markov de ordem k Notas do Curso Iferêcia em Processos Estocásticos Prof. Atoio Galves Trascrita por Karia Yuriko Yagiuma 1 Estimação de máxima verossimilhaça para cadeias de Markov de ordem k Seja (X ) =0,1,,... uma cadeia

Leia mais

Preliminares 1. 1 lim sup, lim inf. Medida e Integração. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales. 8 de março de 2009.

Preliminares 1. 1 lim sup, lim inf. Medida e Integração. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales. 8 de março de 2009. Medida e Itegração. Departameto de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales 8 de março de 2009. 1 lim sup, lim if Prelimiares 1 Seja (x ), N, uma seqüêcia de úmeros reais, e l o limite desta

Leia mais

2. Revisões e definições de matrizes

2. Revisões e definições de matrizes Apotametos de Processameto Adaptativo de Siais 2. Revisões e defiições de matrizes Breve revisão de propriedades de matrizes 1. Valores próprios e vectores próprios A cada matriz quadrada A, de dimesões

Leia mais

DERIVADAS DE FUNÇÕES11

DERIVADAS DE FUNÇÕES11 DERIVADAS DE FUNÇÕES11 Gil da Costa Marques Fudametos de Matemática I 11.1 O cálculo diferecial 11. Difereças 11.3 Taxa de variação média 11.4 Taxa de variação istatâea e potual 11.5 Primeiros exemplos

Leia mais

AULA Subespaço, Base e Dimensão Subespaço.

AULA Subespaço, Base e Dimensão Subespaço. Note bem: a leitura destes apotametos ão dispesa de modo algum a leitura ateta da bibliografia pricipal da cadeira TÓPICOS Subespaço. ALA Chama-se a ateção para a importâcia do trabalho pessoal a realizar

Leia mais

Cálculo II Sucessões de números reais revisões

Cálculo II Sucessões de números reais revisões Ídice 1 Defiição e exemplos Cálculo II Sucessões de úmeros reais revisões Mestrado Itegrado em Egeharia Aeroáutica Mestrado Itegrado em Egeharia Civil Atóio Beto beto@ubi.pt Departameto de Matemática Uiversidade

Leia mais

O Princípio da Substituição e o Teorema Central do Limite

O Princípio da Substituição e o Teorema Central do Limite O Pricípio da Substituição e o Teorema Cetral do Limite Roberto Imbuzeiro M. F. de Oliveira 6 de Maio de 009 Resumo 1 Prelimiares são variáveis aleatórias idepedetes sat- No que segue {X i } {Y i} isfazedo

Leia mais

2.2. Séries de potências

2.2. Séries de potências Capítulo 2 Séries de Potêcias 2.. Itrodução Série de potêcias é uma série ifiita de termos variáveis. Assim, a teoria desevolvida para séries ifiitas de termos costates pode ser estedida para a aálise

Leia mais

DETERMINANDO A SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA PARA AS DIFERENÇAS ENTRE MÉDIAS

DETERMINANDO A SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA PARA AS DIFERENÇAS ENTRE MÉDIAS DTRMINANDO A SIGNIFIÂNIA STATÍSTIA PARA AS DIFRNÇAS NTR MÉDIAS Ferado Lag da Silveira Istituto de Física - UFRGS lag@if.ufrgs.br O objetivo desse texto é apresetar através de exemplos uméricos como se

Leia mais

Dessa forma, concluímos que n deve ser ímpar e, como 120 é par, então essa sequência não possui termo central.

Dessa forma, concluímos que n deve ser ímpar e, como 120 é par, então essa sequência não possui termo central. Resoluções das atividades adicioais Capítulo Grupo A. a) a 9, a 7, a 8, a e a 79. b) a, a, a, a e a.. a) a, a, a, a 8 e a 6. 9 b) a, a 6, a, a 9 e a.. Se a 9 e a k são equidistates dos extremos, etão existe

Leia mais

Mineração de Dados em Biologia Molecular

Mineração de Dados em Biologia Molecular Mieração de Dados em Biologia Molecular Tópicos Adré C. P. L. F. de Carvalho Moitor: Valéria Carvalho Preparação de dados Dados Caracterização de dados Istâcias e Atributos Tipos de Dados Exploração de

Leia mais

ESTIMAÇÃO POR INTERVALO (INTERVALOS DE CONFIANÇA)

ESTIMAÇÃO POR INTERVALO (INTERVALOS DE CONFIANÇA) 06 ETIMÇÃO OR INTERVLO (INTERVLO DE CONINÇ) Cada um dos métodos de estimação potual permite associar a cada parâmetro populacioal um estimador. Ora a cada estimador estão associadas tatas estimativas diferetes

Leia mais

AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DISTRIBUIÇÕES POR AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DISTRIBUIÇÕES POR AMOSTRAGEM 6 AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DISTRIBUIÇÕES POR AMOSTRAGEM Quado se pretede estudar uma determiada população, aalisam-se certas características ou variáveis dessa população. Essas variáveis poderão ser discretas

Leia mais

Lista de Exercícios de Cálculo 2 Módulo 1 - Primeira Lista - 01/2018

Lista de Exercícios de Cálculo 2 Módulo 1 - Primeira Lista - 01/2018 Lista de Exercícios de Cálculo Módulo - Primeira Lista - 0/08. Determie { ( se a seqüêcia coverge ou diverge; se covergir, ache o limite. 6 5 ) } { } { } { arcta(), 000 (b) (c) ( ) l() } { 6 000 } { 4

Leia mais

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semaas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 12 13 14 15 e 16 Itrodução à probabilidade evetos

Leia mais

Capítulo 5. CASO 5: EQUAÇÃO DE POISSON 5.1 MODELO MATEMÁTICO E SOLUÇÃO ANALÍTICA

Capítulo 5. CASO 5: EQUAÇÃO DE POISSON 5.1 MODELO MATEMÁTICO E SOLUÇÃO ANALÍTICA Capítulo 5. CASO 5: EQUAÇÃO DE POISSON No presete capítulo, é abordado um problema difusivo uidimesioal com absorção de calor (Icropera e DeWitt, 199, o que resulta uma equação de Poisso, que é uma equação

Leia mais

2- Resolução de Sistemas Não-lineares.

2- Resolução de Sistemas Não-lineares. MÉODOS NUMÉRICOS PARA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS 2- Resolução de Sistemas Não-lieares. 2.- Método de Newto. 2.2- Método da Iteração. 2.3- Método do Gradiete. 2- Sistemas Não Lieares de Equações Cosidere

Leia mais

n C) O EMV é igual a i 1

n C) O EMV é igual a i 1 PROVA DE ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE SELEÇÃO MESTRADO/UFMG 009 Istruções: a) Cada questão respodida corretamete vale (um) poto. c) Cada questão respodida icorretamete vale - (meos um) poto. b) Cada questão

Leia mais

Elementos de Análise - Verão 2001

Elementos de Análise - Verão 2001 Elemetos de Aálise - Verão 00 Lista Thomas Robert Malthus, 766-834, foi professor de Ecoomia Política em East Idia College e em seu trabalho trouxe à luz os estudos sobre diâmica populacioal. Um de seus

Leia mais

A finalidade de uma equação de regressão seria estimar valores de uma variável, com base em valores conhecidos da outra.

A finalidade de uma equação de regressão seria estimar valores de uma variável, com base em valores conhecidos da outra. Jaete Pereira Amador Itrodução A aálise de regressão tem por objetivo descrever através de um modelo matemático, a relação existete etre duas variáveis, a partir de observações dessas viráveis. A aálise

Leia mais

Ajuste de Curvas. Lucia Catabriga e Andréa Maria Pedrosa Valli

Ajuste de Curvas. Lucia Catabriga e Andréa Maria Pedrosa Valli 1-27 Ajuste de Curvas Lucia Catabriga e Adréa Maria Pedrosa Valli Laboratório de Computação de Alto Desempeho (LCAD) Departameto de Iformática Uiversidade Federal do Espírito Sato - UFES, Vitória, ES,

Leia mais

Estatística Aplicada I DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL MÉDIA ERRO AMOSTRAL

Estatística Aplicada I DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL MÉDIA ERRO AMOSTRAL Estatística Aplicada I DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL MÉDIA ERRO AMOSTRAL AULA 8 16/05/17 Prof a Lilia M. Lima Cuha Maio de 017 PROPOSITO FUNDAMENTAL DA INFERÊNCIA ESTATISTICA DESENVOLVER ESTIMATIVAS E TESTAR HIPOTESES

Leia mais

Probabilidade II Aula 9

Probabilidade II Aula 9 Coteúdo Probabilidade II Aula 9 Maio de 9 Môica Barros, D.Sc. Estatísticas de Ordem Distribuição do Máximo e Míimo de uma amostra Uiforme(,) Distribuição do Máximo e Míimo caso geral Distribuição das Estatísticas

Leia mais

Provas de Matemática Elementar - EAD. Período

Provas de Matemática Elementar - EAD. Período Provas de Matemática Elemetar - EAD Período 01. Sérgio de Albuquerque Souza 4 de setembro de 014 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CCEN - Departameto de Matemática http://www.mat.ufpb.br/sergio 1 a Prova

Leia mais

ESTATÍSTICA EXPLORATÓRIA

ESTATÍSTICA EXPLORATÓRIA ESTATÍSTICA EXPLORATÓRIA Prof Paulo Reato A. Firmio praf6@gmail.com Aulas 19-0 1 Iferêcia Idutiva - Defiições Coceitos importates Parâmetro: fução diretamete associada à população É um valor fixo, mas

Leia mais

; 2N 2N.! " j %.(1 & q)2 N & j.q j. j!(2n & j)!

; 2N 2N.!  j %.(1 & q)2 N & j.q j. j!(2n & j)! DERIVA GENÉTICA Seja uma população de tamaho fiito N, costate ao logo das gerações; sejam aida p e q as freqüêcias dos alelos A e a de um loco autossômico a geração ; como o tamaho da população é costate,

Leia mais

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amada Liz Pacífico Mafrim Perticarrari amada@fcav.uesp.br Ecotre a área da região que está sob a curva y = f x de a até b. S = x, y a x b, 0 y f x Isso sigifica que S, ilustrada

Leia mais

Como se decidir entre modelos

Como se decidir entre modelos Como se decidir etre modelos Juliaa M. Berbert Quado uma curva é lei de potecia? O procedimeto amplamete usado para testar movimetação biológica a fim de ecotrar padrões de busca como Voos de Levy tem

Leia mais

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis:

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis: Capítulo 3 Sequêcias e Séries Numéricas 3. Sequêcias Numéricas Uma sequêcia umérica é uma fução real com domíio N que, a cada associa um úmero real a. Os úmeros a são chamados termos da sequêcia. É comum

Leia mais

CORRELAÇÃO Aqui me tens de regresso

CORRELAÇÃO Aqui me tens de regresso CORRELAÇÃO Aqui me tes de regresso O assuto Correlação fez parte, acompahado de Regressão, do programa de Auditor Fiscal, até 998, desaparecedo a partir do cocurso do ao 000 para agora retorar soziho.

Leia mais

Prof. Fabrício Maciel Gomes Departamento de Engenharia Química Escola de Engenharia de Lorena EEL

Prof. Fabrício Maciel Gomes Departamento de Engenharia Química Escola de Engenharia de Lorena EEL Prof. Fabrício Maciel Gomes Departameto de Egeharia Química Escola de Egeharia de Lorea EEL Referêcias Bibliográficas Sistema de Avaliação Duas Provas teóricas Um Trabalho em Grupo MédiaFial 0,4 P 0,4

Leia mais

Objetivo. Estimar a média µ de uma variável aleatória X, que representa uma característica de interesse de uma população, a partir de uma amostra.

Objetivo. Estimar a média µ de uma variável aleatória X, que representa uma característica de interesse de uma população, a partir de uma amostra. ESTIMAÇÃO PARA A MÉDIAM Objetivo Estimar a média µ de uma variável aleatória X, que represeta uma característica de iteresse de uma população, a partir de uma amostra. Exemplos: µ : peso médio de homes

Leia mais

Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais

Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais 2 Séries de úmeros reais Sabemos bem o que sigifica u 1 + u 2 + + u p = p =1 e cohecemos as propriedades desta operação - comutatividade, associatividade,

Leia mais

Stela Adami Vayego DEST/UFPR

Stela Adami Vayego DEST/UFPR Resumo 0 Estimação de parâmetros populacioais 9.. Itrodução Aqui estudaremos o problema de avaliar certas características dos elemetos da população (parâmetros), com base em operações com os dados de uma

Leia mais

Análise Matemática I 2 o Exame

Análise Matemática I 2 o Exame Aálise Matemática I 2 o Exame Campus da Alameda LEC, LET, LEN, LEM, LEMat, LEGM 29 de Jaeiro de 2003, 3 horas Apresete todos os cálculos e justificações relevates I. Cosidere dois subcojutos de R, A e

Leia mais

10 - Medidas de Variabilidade ou de Dispersão

10 - Medidas de Variabilidade ou de Dispersão 10 - Medidas de Variabilidade ou de Dispersão 10.1 Itrodução Localizado o cetro de uma distribuição de dados, o próximo passo será verificar a dispersão desses dados, buscado uma medida para essa dispersão.

Leia mais