CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONVERGÊNCIA COM A UTILIZAÇÃO DE REGRESSÕES QUANTÍLICAS: UM ESTUDO PARA OS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL ( ) Resumo

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1 CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONVERGÊNCIA COM A UTILIZAÇÃO DE REGRESSÕES QUANTÍLICAS: UM ESTUDO PARA OS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL ( ) Resumo Prscla Albna Groll Banco do Estado do Ro Grande do Sul Crstano Aguar de Olvera Unversdade de Passo Fundo Paulo Andrade Jacnto Unversdade Federal de Alagoas Este artgo estuda o crescmento econômco dos muncípos do Estado do Ro Grande do Sul no período de 1970 a Para este fm, uma nova metodologa empírca é proposta: a utlzação de regressões quantílcas. No artgo, os resultados obtdos são comparados aos obtdos pela metodologa tradconal de estmação por mínmos quadrados ordnáros (MQO) e dferenças sgnfcatvas são encontradas. As hpóteses de convergênca absoluta e condconal são testadas. Os resultados obtdos mostraram a exstênca de convergênca absoluta no período estudado na maora dos quants, entretanto, estas taxas de convergênca mostraram-se ser dferentes ao longo da dstrbução condconal. Nas regressões de convergênca condconal outras varáves explcatvas teórcas são ncorporadas. No artgo são dscutdos os papés de externaldades postvas e negatvas, governo e potencal de mercado no crescmento econômco dos muncípos do Estado. Palavras-chave: Cdades, Crescmento Econômco, Regressão Quantílca. Classfcação JEL: O18, O47, R11, R23. Abstract Ths paper studes the economc growth of the Ro Grande do Sul muncpaltes n the perod from 1970 to For ths goal, a new emprcal methodology s proposed: the use of quantle regressons. In the paper, the obtaned results are compared wth ordnary least squares (OLS) estmatons and sgnfcant dfferences are found. The hypotheses of absolute convergence and condtonal are tested. The results showed the exstence of absolute convergence n the perod studed n most of the quantles, however, these convergence taxes showed to be dfferent along the condtonal dstrbuton. In the condtonal convergence regressons other theoretcal explanatory varables are ncorporated. In the paper, the role of postve and negatve externaltes, government and market potental n the economc growth of the State s muncpaltes are dscussed. Keywords: Ctes, Economc Growth, Quantle Regresson. JEL classfcaton: O18, O47, R11, R23.

2 1. Introdução Não é recente o nteresse acadêmco pelos temas crescmento econômco e desgualdades regonas no Estado do Ro Grande do Sul. Este nteresse pode ser justfcado pelo fato de que apenas três regões do Estado, as regões da Serra, Metropoltana e do Vale do Ro dos Snos, concentram a metade do PIB do estado, 64% da produção ndustral, 48% do setor de servços e 42% da população em apenas 5,24% da área do Estado (Olvera, 2005). Neste contexto de desgualdades regonas, pode-se afrmar que exste uma larga tradção de trabalhos sobre o tema, que certamente tomaram um novo mpulso com o surgmento das novas teoras do crescmento econômco e sua dscussão a respeto sobre a possbldade de haver ou não convergênca de taxas de crescmento para países, estados e muncípos. Mutos são os trabalhos empírcos que seguem a metodotologa proposta para estudar a convergênca apresentada no trabalho precursor de Baumol (1985) e aperfeçoado posterormente por Barro e Sala--Martn (1992) e Mankw, Romer e Wel (1992) 1. Porém, Barro (1991 e 1997) faz em seus trabalhos uma nvestgação empírca mas completa sobre os fatores que determnam o crescmento econômco de países. Para o Ro Grande do Sul, os trabalhos empírcos de Marquett e Rbero (2002), Alonso (2003), Monastéro (2004), Alonso e Amaral (2005), Marquett et al. (2005), dentre outros, abordam o tema. Entretanto, a aplcação para muncípos de uma metodologa desenvolvda para países merece algumas ressalvas tanto do ponto de vsta teórco quanto empírco. Se por um lado, muncípos de um mesmo Estado apresentam característcas semelhantes, pos, possuem a mesma polítca econômca, compartlham de algumas nsttuções, possuem atvdades econômcas afns, etc. Por outro lado, fatores como mobldade de captas e de mão-de-obra permtem a aglomeração das atvdades em alguns muncípos do Estado em detrmento de outros. Por estes motvos não é ncomum a exstênca de grandes desgualdades dentro de um mesmo Estado. Estas contrbuções trazdas pelos modelos da Nova Geografa Econômca se dferencam em relação aos modelos das novas teoras do crescmento econômco por consderarem dos aspectos fundamentas na explcação das desgualdades entre as regões: o espaço, que tem mplcações dretas na localzação das atvdades; e as dstâncas e suas mplcações nos custos de transporte de bens e servços e, portanto, na compettvdade das regões na atração de atvdades. Portanto, estudos sobre o crescmento econômco de muncípos devem consderar estes aspectos, o que do ponto de vsta empírco sgnfca que dferentes varáves explcatvas devem ser ncluídas. Além destes problemas de fundamentação teórca, a utlzação de bases de dados muncpas podem gerar alguns problemas para as estmações de modelos econométrcos de crescmento econômco por Mínmos Quadrados Ordnáros (MQO). Em prmero lugar, estes trabalhos normalmente possuem um grande número de undades que são pouco homogêneas. O que do ponto de vsta empírco, pode mplcar em problemas de heterocedastcdade e de presença de observações dscrepantes (outlers). Estes problemas, quando gnorados na utlzação do modelo econométrco tradconal de MQO, podem gerar problemas que afetam a efcênca e a consstênca dos estmadores. Em segundo lugar, a utlzação de MQO para a dentfcação da exstênca ou não de convergênca nas taxas de crescmento não permte a dentfcação de clubes de convergênca, pos a velocdade de convergênca obtda na estmação é uma taxa méda. Este problema fca mas evdente quando outras varáves explcatvas são acrescentadas nos modelos econométrcos de crescmento, pos é pouco verossíml que o mpacto destas varáves seja o mesmo em toda a dstrbução. Ou seja, é muto mprovável que um acréscmo de captal humano tenha o mesmo efeto em uma 1 Ver Sala--Martn (1996) para uma revsão da lteratura nternaconal. 2

3 economa que está em um estágo avançado de desenvolvmento e outra muto atrasada. Em tercero lugar, Quah (1993) e Bernard e Durlauf (1996) chamam a atenção para o problema que fcou conhecdo como a Faláca de Galton. Os autores mostram que uma relação negatva entre a taxa de crescmento econômco méda e a renda ncal não mplca na convergênca da dstrbução da renda. Vsando superar os problemas apresentados, este artgo acrescenta algumas varáves explcatvas sugerdas pela NGE ao modelo econométrco de crescmento econômco. Além dsso, o artgo propõe uma metodologa alternatva ao método de MQO para estmar este modelo, a regressão quantílca 2. O objetvo do trabalho é nvestgar algumas varáves que podem explcar o crescmento econômco destes muncípos e verfcar a exstênca de convergênca absoluta e condconal nos muncípos gaúchos no período 1970 até Os resultados obtdos são comparados com os obtdos por MQO. Assm, além desta breve ntrodução o artgo apresenta mas três seções. Na próxma seção é feta uma revsão dos concetos de convergênca absoluta e condconal e de sua mplementação empírca. São dscutdas as lmtações do método de MQO e é feta uma breve ntrodução à metodologa de regressões quantílcas. Na seção 3 são apresentados os dados utlzados, os resultados obtdos, bem como a análse dos mesmos. Ao fnal são apresentadas as prncpas conclusões do trabalho. 2. Metodologas para a estmação de convergênca absoluta e condconal Segundo Sala--Martn (2000), um aspecto mportante a ser estudado é a rapdez com que a economa evolu durante o processo de transção para o estado estaconáro. Este processo no modelo neoclássco de Solow é representado pelo conceto de β-convergênca. Desta forma, esta passou a representar a velocdade do processo de transção e uma forma de dentfcar a possbldade de haver convergênca ou não, ou seja, se economas mas pobres crescem a taxas maores que economas mas rcas. Segundo o modelo neoclássco de Solow, a velocdade de convergênca (β ) é defnda como a mudança da taxa de crescmento quando o produto per capta muda. Esta pode ser estmada pelo segunte modelo econométrco: 1 y log T y t 0 = α + βt ( 1 e ) T log y 0 + ε 0, t Onde y t e y 0 representam, respectvamente, o produto per capta da economa no período fnal T e no período ncal 0. Este modelo pressupõe as mplcações do modelo de Solow, que mostra que a taxa de crescmento é decrescente com o tamanho do produto. Isso sgnfca dzer que economas mas próxmas do estado estaconáro tendem a crescer menos. Como as economas se dferencam umas das outras pelo estoque de captal por trabalhador o crescmento econômco será maor nas economas com menor estoque de captal por trabalhador, ou seja, nas economas mas pobres. Dado que a taxa de crescmento da renda per capta é proporconal à taxa de crescmento do captal per capta e que a únca dferença entre as economas está em seus estoques de captal ncas e rendas ncas, sso nos mostra que há uma relação negatva entre a renda ncal e sua taxa de crescmento. Essa relação é conhecda como a hpótese de convergênca absoluta. No modelo, quanto maor for seu β estmado, mas rápdo ocorre o processo de convergênca. (1) 2 Os precursores da utlzação de regressões quantílcas em modelos de crescmento econômco são os trabalhos de Melo e Novo (2003) e Andrade et al. (2002). 3

4 As novas teoras do crescmento econômco abrram uma nova possbldade para a análse dos processos de convergênca, com a possbldade de não haver convergênca absoluta, mas apenas uma convergênca condconal. Neste caso, cada economa tera seus própros parâmetros, o que mplca que cada economa apresentara um estado estaconáro própro. Desta forma, havera convergênca condconal no sentdo de que as economas tenderam a crescer mas rapdamente quanto maor fosse sua dstânca em relação ao estado estaconáro, desde que possuíssem parâmetros dêntcos. Assm, como não há uma convergênca absoluta tal como esperada pela equação (1), esta pode ser remodelada da segunte forma: 1 y log T y t 0 ( e βt ) Onde α = 1 = α + α log y + θ ' X + ε (2) , t 2 e X 0 representa um vetor de varáves explcatvas (de controle) que T mantém constante o estado estaconáro das economas. Portanto, neste modelo abre-se a possbldade de acrescentar outras varáves explcatvas ao modelo econométrco de crescmento econômco. Estes rão dferencar os estados estaconáros e, portanto, permtem apenas a exstênca de uma convergênca condconal. Neste caso, deve ser ressaltado que se deve ter o cudado de não nclur varáves explcatvas que não tenham um fundamento econômco teórco que a justfque no modelo. Este problema, que fo ncalmente dentfcado por Levne e Reneult (1992), pode gerar resultados espúros. Os autores mostram que a nclusão e a exclusão de varáves de controle alteram sgnfcatvamente os snas obtdos e, portanto, a dreção de seu possível efeto no crescmento econômco. Neste artgo, a escolha das varáves a serem ncluídas no modelo econométrco para o crescmento econômco dos muncípos do Ro Grande do Sul é feta à luz das novas teoras do crescmento econômco e das contrbuções da NGE. Entretanto, vale salentar que a estmação das equações (1) e (2) para muncípos por MQO pode gerar problemas que podem ser sanados com a utlzação de regressões quantílcas. Por exemplo, Bernard e Durlauf (1996) mostram que o método de MQO estma uma mesma taxa de convergênca para todas as economas, o que certamente é uma hpótese pouco verossíml de ocorrer e que lmta muto as análses que podem ser fetas. Já a utlzação de regressão quantílca ao nvés de apresentar apenas um parâmetro estmado, uma méda condconal, apresenta um grupo de parâmetros a serem estmados em cada quantl, refletndo um comportamento dferente em cada parte da dstrbução condconal. Esta varabldade dos parâmetros geram um número maor de nformações para serem analsadas, o que, de certa forma, enrquecem a análse. No modelo a ser estmado de convergênca absoluta, representado pela equação (1), é possível a estmação de uma taxa de convergênca para cada quantl da dstrbução condconal e no caso do modelo de convergênca condconal, representado pela equação (2), é possível a estmação dos dferentes mpactos das varáves explcatvas, neste caso, chamadas de covaradas. A regressão quantílca também apresenta a solução para outro problema destacado pelos autores, a faláca de Galton. Pos, dferentemente do método de MQO a regressão quantílca não representa a méda da dstrbução das observações, pos, permte estmar os parâmetros em um ntervalo contínuo entre zero e um. Além dsso, a regressão quantílca permte ldar melhor com observações dscrepantes e problemas de heterocedastdade, problemas estes comuns no caso de trabalhos com dados muncpas. A presença de observações dscrepantes pode nvaldar a suposção clássca de normaldade dos resíduos e a presença de heterocedastcdade pode mplcar em uma matrz de covarâncas sem a dagonal 4

5 prncpal constante. Nestes casos, as estmações por MQO podem ser muto nefcentes. A regressão quantílca, por sua vez, é conhecda pela sua baxa sensbldade a presença de observações dscrepantes e pela robustez de suas estmatvas, mesmo quando a dstrbução em pouco se assemelha com uma dstrbução normal. Desta forma, estes argumentos reforçam as vantagens da utlzação da regressão quantílca em relação ao método de MQO na estmação dos parâmetros que representam à velocdade de convergênca e os mpactos das varáves covaradas no crescmento econômco dos muncípos do estado do Ro Grande do Sul. Entretanto, outras vantagens da regressão quantílca são destacadas por Koenker e Bassett (1978). Segundo esses autores a técnca nos permte caracterzar toda dstrbução condconal de uma varável resposta a partr de um conjunto de regressores. Como se utlza a dstrbução condconal da varável resposta é possível estmar os ntervalos de confança dos parâmetros regressando dretamente nos quants condconas desejados, assm, como os erros não possuem uma dstrbução normal defnda a pror, os estmadores provenentes da regressão podem ser mas efcentes que os estmadores de MQO. Estes são obtdos através de programação lnear. O modelo estmado neste artgo segue um modelo de regressão lnear com dados cross-secton do tpo: y = ' β + ε, para =1,...,n e τ [0,1] (3) x ' onde y é a varável dependente, x é uma matrz nxk de varáves covaradas, β é o vetor kx1 de parâmetros a serem estmados, ε é o erro com uma dstrbução que não necessaramente é conhecda e τ é o coefcente do τ-ésmo quantl condconal de y dado x. Assm, a estmação do vetor de parâmetros pela regressão quantílca no ntervalo 0<τ<1 podem ser obtdos fazendo a mnmzação da segunte função: β R K [ y xβ ] < τ y β + ( ) { } τ y x β x 1 : { : y x β } mn. (4) Esta função objetvo 3 é a soma ponderada dos desvos absolutos, que pode ser nterpretada como uma função de penaldade lnear assmétrca. Os parâmetros estmados neste problema de mnmzação são consstentes e assntotcamente normas sob hpóteses adconas de regulardade (Buchnsky, 1998). A nterpretação dos parâmetros estmados em cada quantl pode ser feta da segunte manera: representam o mpacto margnal no τ-ésmo quantl condconal devdo a uma mudança no -ésmo elemento de x. Neste trabalho, serão estmadas as equações (1) e (2), com a utlzação desta metodologa. A próxma seção apresenta os dados utlzados, os resultados obtdos e suas nterpretações. 3. Uma aplcação para os muncípos do Ro Grande do Sul no período de 1970 a n 1 3 A equação (4) também pode ser expressa como: mn ρ ( θ )( y x β ) em queρ é uma função check n = 1 θz, z 0 defnda por: ρ ( θ ), cujas soluções k-dmensonas foram defndas por Koenker e Basset ( θ 1) z, z < 0 (1978) como quants de regressão, denotados por β(θ). 5

6 Este artgo estuda o período compreenddo entre os anos de 1970 e Como neste período ocorreram váras emancpações, os muncípos emancpados foram reagregados a seus muncípos de orgem. Para este fm utlzou-se como fonte o Atlas socoeconômco do Ro Grande do Sul. Os muncípos que tnham como orgem mas de um muncípo foram ncorporados ao muncípo de orgem mas antgo 4. Assm, os 467 muncípos exstentes em 2001 foram agregados a fm de se obter os 232 muncípos exstentes em São utlzados dados de váras fontes. Os produtos nternos brutos dos muncípos são fornecdos pela Fundação de Economa e Estatístca (FEE) e pelo Insttuto de Pesqusa em Economa Aplcada (IPEA). As populações, densdades demográfcas e escolardade méda dos muncípos são fornecdas pelo Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE) através de dados censtáros e de extrapolações fetas pelo mesmo. Os dados referentes à produção ndustral muncpal (valor adconado) e do setor públco no produto nterno bruto do muncípo são fornecdos pelo IPEA e podem ser obtdos no ste: A varável potencal de mercado fo construída a partr da reconhecda contrbução de Harrs (1954) a economa regonal. A demanda potencal da vznhança é representada pelo PIB per capta e este é calculado para cada muncípo através da segunte metodologa: PM j = n= 1 PIB per capta d, (5) 2 Onde d representa a arco dstânca do muncípo j em relação aos demas muncípos. Esta varável é acrescentada ao modelo de convergênca condconal representado pela equação (2). Este modelo, com todas as varáves covaradas na forma de logartmos, será estmado da segunte forma: gy T, 0; α 1 + α 2 y0 + α 3esc0 + α 4nd 0 + α 5gov0 + α 6dens0 + α 7 pm0 + ε 0, t = (6) Onde gy T,0 representa a taxa de crescmento médo do produto nterno bruto per capta do muncípo, y 0 representa o produto nterno bruto per capta no período ncal, esc 0 representa a méda de anos de estudo das pessoas com mas de 25 anos de dade no período ncal, nd 0 representa a partcpação da ndústra no valor adconado bruto no período ncal, gov 0 representa a partcpação dos servços governamentas no valor adconado bruto, dens 0 representa a densdade demográfca no período ncal, medda em habtantes por Km 2 e pm 0 representa o potencal de mercado no período ncal. A tabela 1 mostra uma síntese dos resultados obtdos na estmação nos quants para períodos de , e Onde, o half-lfe é defndo como a metade do tempo que as economas levam para alcançar a metade da dstânca até ao seu estado estaconáro, α 2 é o parâmetro estmado na equação (1), este representa o termo (1-e -βt ). Através deste parâmetro estmado e de smples manpulação algébrca é possível se obter a velocdade da convergênca, representada por β. 4 Esta é uma das maores dfculdades de se tratar com dados muncpas por longos períodos de tempo. O crtéro é arbtráro, mas nestes casos é muto dfícl não cometer arbtraredades, entretanto é mportante sempre utlzar-se de crtéros claros. 6

7 TABELA 1 Resultados das regressões de convergênca absoluta Quants α 2 Erro Padrão Beta Half-lfe Pseudo ,2169 0,0558 0, ,2812 0, ,2642 0,0700 0, ,0129 0, ,1570 0,0664 0, ,4658 0, ,1235* 0,0641 0, ,031 0, ,0337* 0,1167 0, ,986 0, R ,2611 0,0666 0, ,498 0, ,2061 0,0481 0, ,292 0, ,1688 0,0629 0, ,651 0, ,1660 0,0483 0, ,886 0, ,2859 0,1374 0, ,8086 0, ,7861 0,1094 0, ,0779 0, ,7032 0,0887 0, ,7306 0, ,5740 0,0480 0, ,9774 0, ,4693 0,0540 0, ,0905 0, ,3059 0,1208 0, ,460 0,0784 Nota: *resultados não sgnfcatvos a 10%.. Os gráfcos apresentados a segur mostram os valores estmados nos quants no ntervalo [0,1] e seus respectvos ntervalos de confança, assm como os resultados obtdos por MQO. O gráfco 1 mostra os resultados obtdos para o período 1970 a Neste período nem todos os resultados são sgnfcantes a 10%. O gráfco mostra que exste um processo de convergênca absoluta pelo menos até o quantl 0,7, ou seja, nos 70% muncípos que menos cresceram no período. A velocdade de convergênca representada por β va dmnundo e a partr do quantl 0,75, não se pode afrmar se há ou não convergênca, pos o ntervalo de confança apresenta tanto valores postvos quanto negatvos. No quantl 0,90, não se pode rejetar a hpótese do parâmetro ser gual a zero, o que mplca em um processo de dvergênca. Portanto, os muncípos que apresentaram taxas maores de crescmento não possuem convergênca absoluta. No período de 1970 a 1990 todas as varáves são sgnfcantes como pode ser observado na Tabela 1. O gráfco 2 mostra que a nclusão da década de otenta faz com que a velocdade de convergênca não mostre um comportamento decrescente. Pode-se afrmar que há convergênca em quase todos os quants, a exceção deve ser feta ao quantl 0,40, que apresenta no lmte superor do ntervalo de confança valores postvos. Neste período a velocdade de convergênca dos maores quants e dos menores quants apresentaram velocdades de convergênca superores aos quants ntermedáros. As maores velocdades de convergênca podem ser observados no quantl 0,95, ou seja, os 5% muncípos que mas cresceram no período apresentaram maor convergênca. Estes apresentam valores que ultrapassam o ntervalo de confança das estmações por MQO, o que pode ser, neste caso, um forte ndíco de vés nas estmações por MQO. GRÁFICO 1 7

8 β estmado nos quants para o período Convergênca Beta Beta h Beta l Beta ols Beta ols h Beta ols l Quants GRÁFICO 2 β estmado nos quants para o período Convergênca Beta Beta h Beta l Beta ols Beta ols h Beta ols l Quants O gráfco 3 mostra que a velocdade de convergênca estmada para o ntervalo volta a exbr um comportamento decrescente com o aumento dos quants. Somente o quantl 0,95 é exceção. Neste período, os problemas com as estmatvas por MQO fcam mas evdentes, pos seus ntervalos de confança são ultrapassados tanto nos quants mas baxos quanto nos quants mas altos. As velocdades de convergênca estmadas neste artgo desde os prmeros quants até o quantl 0,20 são superores aos obtdos por MQO, assm como os valores obtdos no ntervalo de quants compreenddo entre o quantl 0,80 e o quantl 0,90 são nferores aos obtdos por MQO. GRÁFICO 3 8

9 β estmado nos quants para o período Convergênca Beta Beta h Beta l Beta ols Beta ols h Beta ols l Quants Ao comparar os três períodos estudados é possível nferr que durante a década de setenta os muncípos do estado do Ro Grande do Sul apresentaram as maores taxas de convergênca, pelo menos até o quantl 0,70, pos a partr deste quantl os resultados mostraram a exstênca de dvergênca nos produtos nternos brutos per capta dos muncípos. A nclusão da década de otenta mostrou que houve uma redução sgnfcatva nas taxas de convergênca até o quantl 0,80 e a partr do mesmo houve um aumento da convergênca, vale lembrar que no período anteror estes quants não apresentaram convergênca absoluta. O acréscmo da década de noventa mostra uma recuperação das taxas de convergênca até o quantl 0,80 e a partr deste quantl há uma redução na velocdade de convergênca em relação ao período anteror. Herrlen Júnor (2004) mostra que durante a década de setenta o Ro Grande do Sul apresentou boas taxas de crescmento, uma méda de 8,11%. A partr da década de otenta o Estado passou a enfrentar uma estagnação, cresceu a uma taxa méda de 1,94% e durante a década houve uma pequena recuperação, anda que pouco sgnfcatva, cresceu em méda 2,06%. Comparando estes dados com as taxas de convergênca obtdas neste artgo é possível nferr que nos períodos em que os Estado apresenta recuperação das taxas de crescmento a convergênca entre os muncípos com baxas taxas de crescmento aumenta. Isto mplca que o crescmento econômco do Estado é fundamental para a redução das desgualdades regonas, pos quando sto ocorre à velocdade de convergênca aumenta. Entretanto, nestes períodos a convergênca entre os muncípos que mas crescem dmnu ou desaparece. Isto pode ocorrer devdo a alguns muncípos aprovetarem melhor os períodos de crescmento do Estado e obterem taxas de crescmento dscrepantes em relação aos demas. A tabela 2 mostra os resultados da convergênca condconal. Estes resultados são mas confáves porque se utlzam outras varáves para explcar o modelo. Isto porque, por mas que se confe no modelo neoclássco de crescmento econômco fca dfícl acredtar que seja possível explcar o crescmento econômco de muncípos apenas pelo seu estoque de captal ou produto no período ncal. A melhora na confabldade dos resultados pode ser atestada pela melhora no ajustamento do modelo, que apresenta aumentos nos valores do R 2 obtdos. Os resultados obtdos mostram uma convergênca maor em relação à absoluta, deve-se ressaltar, entretanto, que neste caso a convergênca é condconada, em que 9

10 muncípos dferentes possuem parâmetros dstntos e, portanto, estados estaconáros dstntos. TABELA 2 Resultados das regressões de convergênca condconal Quants α 2 Erro Padrão β Half-lfe Pseudo R ,4675 0,1521 0, ,3282 0, ,5821 0,0491 0, ,2945 0, ,5081 0,0672 0, ,4952 0, ,4743 0,0916 0, ,8208 0, ,4865 0,1545 0, ,9438 0, ,4093 0,0675 0, ,6353 0, ,3731 0,0959 0, ,3677 0, ,4405 0,1123 0, ,9765 0, ,5061 0,1577 0, ,2471 0, ,4629 0,1046 0, ,3616 0, ,7337 0,0595 0, ,3893 0, ,7533 0,0794 0, ,3493 0, ,7566 0,0559 0, ,0117 0, ,6567 0,1671 0, ,2784 0, ,8796 0,1127 0, ,3765 0,2488 Fonte: Elaboração própra A tabela 2 confrma os resultados comentados anterormente de que a convergênca porou na década de otenta. Há uma redução nas velocdades de convergênca em todos os quants e na década de noventa há um ncremento na velocdade de convergênca em todos os quants. O gráfco 4 mostra que o comportamento da convergênca condconal no período dfere em alguns aspectos em relação a convergênca absoluta apresentada anterormente. Em prmero lugar, não exbe mas o comportamento decrescente em relação ao aumento dos quants. Neste caso, há uma establdade da velocdade de convergênca até o quantl 0,80 e a partr do mesmo há um ncremento nesta velocdade. Isto sgnfca dzer que quando outros fatores que afetam o crescmento econômco são controlados a velocdade de convergênca dos muncípos que mas cresceram é superor a dos que menos cresceram no período. Este pode ser um ndíco da formação de um clube de convergênca que se dstngue dos demas muncípos. Outro ponto relevante com relação ao gráfco 4 é que os valores obtdos estão todos no ntervalo de confança obtdo por MQO e muto próxmos ao valor médo o que, neste caso, atesta a boa qualdade dos estmadores de MQO. Os gráfcos apresentados a segur mostram o mpacto das varáves covaradas apresentadas na seção anteror no crescmento econômco dos muncípos do Estado do Ro Grande do Sul no período de 1970 a Em geral, a maor parte dos resultados é sgnfcatva, o que justfca as escolhas fetas 5. Somente a varável densdade demográfca 5 É claro que esta escolha certamente envolve um problema de dsponbldade de dados, pos são dados referentes a 1970 em que não exste um grande número de estatístcas em nível muncpal. 10

11 mostrou-se nsgnfcante em todos os quants estmados. Entretanto, esta fo mantda no modelo estmado por tratar-se de uma mportante prox para externaldades negatvas. Altas densdades demográfcas estão assocadas a problemas de congestonamento, polução e crme. Estas externaldades negatvas dmnuem a produtvdade dos trabalhadores e, por conseqüênca, reduzem o crescmento econômco. GRÁFICO 4 β condconal estmado nos quants para o período Convergênca Beta Beta h Beta l Beta ols Beta ols h Beta ols l Quants O gráfco 5 mostra o efeto da ndustralzação no crescmento econômco. Estes apresentam uma tendênca crescente com o aumento dos quants, ou seja, a partcpação ndustral fo mas mportante nos muncípos que mas cresceram no período sendo esta nsgnfcante para os de mas quants. Este pode ser um reflexo da concentração da produção ndustral no Estado em poucos muncípos, pos apenas um pequeno grupo se benefca e, portanto, a grande maora pouco se benefca em termos de crescmento econômco. Os poucos muncípos ndustras possuem taxas maores de crescmento, ou seja, estão nos quants mas altos. Estes se benefcam da aglomeração de atvdades e de externaldades assocadas à mesma. Estas externaldades, ncalmente destacadas por Marshall (1890), segundo Romer (1986) podem ser as forças propulsoras do crescmento econômco. Segundo o autor, pág. 1003: the creaton of new knowledge by one frm s assumed to have a postve external effect on the producton possbltes of other frms because knowledge cannot be perfectly patented or kept secret. Como este conhecmento é adqurdo sem que se pague por ele, têm-se então, a presença de externaldades. Estas para serem nternalzadas necesstam da proxmdade entre as frmas, assm, a forma mas lógca de fazer sto é reduzndo as dstâncas, logo, as atvdades se aglomeram em poucos muncípos. Este racocíno é corroborado pelo mpacto sgnfcatvo da ndústra nos 5% muncípos que mas cresceram no período, cujos parâmetros estmados são mas do que o dobro daqueles obtdos na méda, ou seja, estmados por MQO. 11

12 GRÁFICO 5 Impacto da ndustralzação no crescmento econômco dos muncípos do Ro Grande do Sul nos quants para o período nd70 nd70_ch nd70_clo ols_nd70 ols_nd70_clo ols_nd70_ch Quants O papel do governo no crescmento econômco é um assunto controverso na teora econômca. Apesar de suas negáves contrbuções na provsão de bens públcos e de geração de externaldades postvas, este fnanca seus dspêndos através de mpostos dstorcvos, o que do ponto de vsta teórco mplca em um snal esperado ambíguo. Neste artgo, não é feta uma análse da efcênca dos dspêndos dos governos muncpas e dos possíves níves de dstorção gerados por seus mpostos cobrados. O que é avalado é apenas uma prox para o tamanho do governo muncpal na economa local e seu efeto no crescmento econômco dos muncípos. Os resultados mostrados no gráfco 6 mostram que o tamanho do governo afeta negatvamente o crescmento econômco dos muncípos em todos os quants, prncpalmente nos muncípos que apresentaram menores taxas de crescmento. Nestes casos, o efeto negatvo é relevante e muto superor aos valores estmados por MQO, estes valores vão se reduzndo na medda em que os quants aumentam até o quantl 0,65, quando os efetos negatvos voltam a aumentar. Estes resultados permtem nferr que é necessáro ter muta responsabldade na gestão públca para que o setor públco consga conter o ímpeto de tentar resolver os problemas do muncípo aumentando a sua partcpação na economa local, pos os resultados podem ser dferentes dos que poderam ser ncalmente esperados, como fca evdente no gráfco. O gráfco 7 destaca o papel do captal humano no crescmento econômco das cdades gaúchas no período. Os muncípos que mas cresceram foram aqueles que possuíam a maor escolardade méda em Este resultado é encontrado em todos os quants. Estes resultados reforçam as contrbuções de Lucas (1988). Segundo o autor, o nvestmento em captal humano tem dos resultados: o prmero é a melhora da produtvdade dos ndvíduos que se educam e o segundo, e mas mportante, a economa como um todo se benefca por ter ndvíduos mas educados, pos estes são capazes de gerar novações que melhorem a produtvdade de toda a economa. Esta externaldade e as novações, segundo Lucas, seram os motores do crescmento econômco. Os argumentos de exstênca de externaldades no 12

13 captal humano são perfetamente plausíves, pos provavelmente váras pessoas já se benefcaram por trabalhar com colegas mas ntelgentes. Se por um lado exstem dfculdades de medr este tpo de externaldade postva, por outro lado város autores concordam que trata-se de um fenômeno local, e, portanto, a sua melhor evdênca é em muncípos. GRÁFICO 6 Impacto da partcpação do governo no crescmento econômco dos muncípos do Ro Grande do Sul nos quants para o período gov70 gov70_ch gov70_clo ols_gov70 ols_gov70_ch ols_gov70_clo Quants Outro aspecto que deve ser consderado é que muncípos com maores níves de captal humano atraem nvestmentos de empresas que utlzam recursos tecnológcos mas avançados. Por outro lado, só é possível a empresas estabelecdas adotar novos processos tecnológcos se há trabalhadores capactados a trabalhar com eles, assm cdades com baxo captal humano não conseguem acompanhar o processo tecnológco e tem baxo crescmento econômco. Os resultados mostram que apesar de sgnfcatvo e postvo o seu efeto é ambíguo até o quantl 0,10. Isto sgnfca dzer que não se pode garantr a presença de externaldades de conhecmento nos muncípos que menos cresceram no período. O efeto postvo é baxo até o quantl 0,60, quando passa a ocorrer um aumento deste efeto até o quantl 0,90. Neste caso, talvez seja possível afrmar que esteja ocorrendo o processo descrto acma e que estes muncípos foram benefcados como um maor crescmento econômco por possuírem maor captal humano. O potencal de mercado representa uma larga tradção da economa regonal em explcar o crescmento econômco das regões e muncípos consderando os custos de transporte e sua mportânca para a decsão de localzação das empresas e, consequentemente, das pessoas. Estas déas orgnalmente dscutdas para a localzação de empresas por Weber (1909), nas teoras dos lugares centras de Chrstaller (1966) e Losch (1954), e na economa espacal de Isard (1956) e, mas recentemente, resgatadas pelos trabalhos de Krugman (1991) e Fujta, Krugman e Venables (2002). Vale salentar que dentro de um mesmo País há 13

14 mobldade de captal e mão-de-obra e que dentro de um Estado estes fluxos são potencalzados pelas reduções nas dstâncas. Portanto, o potencal de mercado é uma boa medda prox para captar a potencaldade de cada muncípo na atração de novas empresas 6, prncpalmente no setor de servços. A prestação de servços tem uma característca pecular que é a mpossbldade de transportar o seu produto. Portanto, este setor, em geral, busca locas com uma demanda potencal sufcente para garantr a sua lucratvdade. Esta demanda potencal depende da renda local, mas também da renda de sua vznhança. GRÁFICO 7 Impacto da escolardade (captal humano) no crescmento econômco dos muncípos do Ro Grande do Sul nos quants para o período lesc70 lesc70_ch lesc70_clo ols_lesc70 ols_lesc70_ch ols_lesc70_clo Quants Os resultados obtdos mostrados no gráfco 8 ndcam que o potencal de mercado mostrou-se um fator relevante na explcação do crescmento econômco dos muncípos gaúchos, sendo este sgnfcatvo para todos os quants. Os maores valores são encontrados no ntervalo compreenddo entre 0,35 e 0,80, havendo uma redução nos maores quants, entretanto, com valores anda superores aos obtdos aos quants mas baxos. Estes resultados sgnfcam que possur um bom mercado local e um bom mercado na vznhança favorece o crescmento econômco dos muncípos. Este processo de escolha da localzação leva a aglomeração das atvdades econômcas em poucos muncípos que são muto próxmos e, consequentemente, aumenta o seu potencal de mercado, que atra mas atvdades econômcas, gerando um processo em que a aglomeração gera mas aglomeração em uma espéce de causaldade crcular (Fujta, Krugman e Venables, 2002). Segundo os autores, exstem forças centrípetas que levam a aglomeração das atvdades econômcas, dentre as quas os custos de transportes são muto relevantes. No Ro Grande do Sul é possível observar a concentração das atvdades econômcas em uma faxa que se estende da regão metropoltana até a regão serrana, passando pelo Vale do Ro dos Snos. 6 Vale ressaltar que nem sempre o potencal de mercado é a varável mas mportante na decsão de localzação das empresas, que podem, por exemplo, buscar fcar próxmas a uma fonte de matéra-prma que é fxa. Este sera o caso de empresas de extração mneral, por exemplo. 14

15 GRÁFICO 8 Impacto do potencal de mercado no crescmento econômco dos muncípos do Ro Grande do Sul nos quants para o período mp mp_ch mp_clo ols_mp ols_mp_ch ols_mp_clo Quants 4. Consderações fnas Este artgo estudou o crescmento econômco dos muncípos do Estado do Ro Grande do Sul no período de 1970 a Fo dado ênfase nas estmatvas de convergênca absoluta e condconal, temas já consoldados pela lteratura sobre crescmento econômco. Entretanto, o artgo também utlzou algumas contrbuções da economa regonal e da nova geografa econômca. O artgo propôs uma nova metodologa para estmar modelos de convergênca e crescmento econômco, a regressão quantílca. Esta metodologa mostrou-se bastante útl para enrquecer as análses e para suprr algumas defcêncas das estmações por MQO. Além de ldar melhor com o problema de heterocedastcdade e a presença de observações dscrepantes, a regressão quantílca permtu estmar dferentes efetos das varáves covaradas na varável dependente, permtndo nvestgar mas profundamente como estas afetaram o crescmento econômco dos muncípos gaúchos no período estudado. Os resultados obtdos mostraram a exstênca de convergênca absoluta no período estudado na maora dos quants, entretanto, estas taxas de convergênca mostraram-se ser dferentes ao longo da dstrbução condconal. Somente os quants posterores a 0,75 no período de 1970 a 1980 não mostraram convergênca, entretanto, estes mesmos quants no mesmo período apresentaram convergênca condconal. Deve-se ressaltar que este resultado não surpreende, pos muncípos de um mesmo Estado possuem característcas semelhantes e compartlham de mutas nsttuções que favorecem o processo de convergênca. Fca evdencado no artgo o problema de se estmar uma regressão na méda, pos város resultados obtdos nos quants da dstrbução condconal quants fcaram fora do ntervalo de confança das estmatvas por MQO. Este pode ser um forte ndíco de vés dos estmadores obtdos por MQO. 15

16 Os resultados mostraram uma convergênca maor na condconal em relação à absoluta. Este resultado pode ser explcado pelo fato de muncípos dferentes possuem parâmetros e estados estaconáros dferentes e, por conseqüênca, somente rão convergr para o mesmo estado estaconáro apenas aqueles muncípos que possuem parâmetros semelhantes. Esta é a essênca da déa da formação de clubes de convergênca, que a regressão por MQO não consegue dentfcar. Os resultados obtdos permtram dentfcar a a possível exstênca da formação de um clube no Estado entre os muncípos que mas cresceram, conforme mostra o gráfco 4. Além dsso, os resultados mostraram que a convergênca porou na década de otenta, e a partr da década de noventa houve um ncremento na velocdade de convergênca. Fcaram destacados no artgo a mportânca dos custos de transportes, das externaldades postvas e negatvas. No modelo econométrco de convergênca condconal, as varáves governo e densdade demográfca afetaram negatvamente e as varáves educação, ndustralzação e o potencal de mercado afetaram postvamente o modelo. 5. Referêncas bblográfcas ALONSO, J.A.F. O Cenáro regonal gaúcho nos anos 90: convergênca ou mas desgualdade. Indcadores Econômcos FEE. v.31. n o 3. p , ALONSO, J.A.F. O; AMARAL, R.Q. Desgualdades ntermuncpas de renda no Ro Grande do Sul: Ensaos FEE. v.26. n o especal. p , ANDRADE, E.; LAURINI, M.; MADALOZO, R.; VALLS, P. Testng Convergence across Muncpaltes n Brazl usng Quantle Regresson. Ibmec Workng Paper, n o 14, ARRAES, R.A. Hpótese de convergênca de renda per capta e da produtvdade setoral para o Nordeste. Textos para dscussão n Fortaleza: CAEN.[s.d.] AZZONI, C. R. Crescmento econômco e convergênca das rendas regonas: o caso braslero à luz da nova teora do crescmento. Floranópols: ANPEC, Concentração regonal e dspersão das rendas per captas estaduas: análse a partr das séres hstórcas estaduas de PIB, Estudos Econômcos, v. 27, n o BAUMOL, W. J. Productvty growth, convergence and welfare: what the log-run data show. Amercan Economc Revew, v. 76, p , BARRO, R. Government Spendng n a Smple Model of Endogenous growth. Journal of Poltcal Economy, v. 98, p , BARRO, R. Determnants of Economc Growth: A cross-country emprcal study. Cambrdge: MIT Press, BARRO, R.; SALA--MARTIN, X. Convergence. Journal of Poltcal Economy, v. 100, n o 21, p , Convergence Across States and Regons. Brookns Papers, p , Economc Growth. New York: McGraw-Hll, BERNARD, A.; DURLAUF, S. Interpretng Tests of the Convergence Hypothess. Journal of Econometrcs, v.71, p , BUCHINSKY, M. Recent Advances n Quantle Regresson Models: a Practcal Gudelne for Emprcal Research. Journal of Human Resources, v.33, p , CHRISTALLER, W. Central Places of Southern Germany, Jena, Germany: Fscher. Englsh translaton, London: Prentce Hall, FERREIRA, P.; ELLERY JR., R. Convergênca entre a Renda per capta dos Estados Brasleros. Revsta de Econometra.Abrl,

17 FUJITA, M.; KRUGMAN, P.; VENABLES, A.J. Economa Espacal: urbanzação, prosperdade econômca e desenvolvmento humano no mundo. Edtora Futura: São Paulo, HERRLEIN JÚNIOR, R. O Crescmento Econômco no Ro Grande do Sul no período Artgo apresentado no II Encontro de Economa Gaúcha, KOENKER, R.; BASSETT, G. Regresson Quantles. Econometrca. v.46, p , KOENKER, R.; HALLOCK, K. Quantle Regresson. Journal of Economc Perspectves. v.15, p , KRUGMAN, P. Increasng Returns and Economc Geography. Journal of Poltcal Economy. v.99, , LEVINE, R.; RENELT, D. A Senstvty Analyss of Cross-country Growth Regressons. Amercan Economc Revew, v.82, p , LÖSCH, A. The Economcs of Locaton, Jena, Germany: Fscher. Englsh translaton, New Haven: Yale U. Press, LUCAS, R.E. On the Mechancs of economc development. Journal of Monetary Economcs, v. 22 p.3-42, MANKIW, G. N.; ROMER, D.; WEIL, D.N. A contrbuton to the emprcs of economc growth. Quarterly Journal of Economcs. v. 1007, n o 2, p , MARQUETTI, A.; RIBEIRO, E.P. Determnantes do desempenho econômco dos muncípos do Ro Grande do Sul, Marco referencal do Plano Pluranual Porto Alegre:Secretára da Coordenação e Planejamento, MARQUETTI, A.; BERNI, D. A.; MARQUES, A. M. Determnantes dos dferencas das taxas de crescmento sub-regonas do Ro Grande do Sul nos anos 90. Ensaos FEE, v.26, n o especal. p , MELLO, M.; NOVO, A. The New Emprcs of economc growth: Quantle regresson estmaton of growth equatons. The Quarterly Revew of Economcs and Fnance, v. 43, n o 4, p , MONASTÉRIO, L.; ÁVILA, R. Uma Análse Espacal do Crescmento Econômco do Ro Grande do Sul ( ). Apresentado no Encontro Naconal da Anpec OLIVEIRA, C. A. Externaldades espacas e o crescmento econômco das cdades do estado do Ceará. Revsta Econômca do Nordeste, v. 36, n o 3, Desgualdades Regonas no Ro Grande do Sul: Um enfoque da Nova Geografa Econômca. Revsta Redes, n o 4, OLIVEIRA, C. A.; LIMA, F. S. Impacto do crescmento, da concentração da renda e das transferêncas governamentas sobre a pobreza nos muncípos brasleros. Apresentado no X Encontro Regonal da Anpec Nordeste, QUAH, D. Galton s Fallacy and the Tests of the Convergence Hypothess, Scandnavan Journal of Economcs, v.95, p , ROMER, P. Increasng Returns and Long Run Growth, Journal of Poltcal Economy,v.94, p , SALA--MARTIN, X. Apuntes de crecmento econômco. 2. ed. Traduccón de Elsa Vla Artad. Barcelona: Bosh,

18 6. Apêndce TABELA A.1. Dados das regressões condconas no período de 1970 a 2001 quantl 0,10 quantl 0,25 quantl 0,50 quantl 0,75 quantl 0,90 constante 2,7287 2,7618 2,8117 2,4958 3,2929 (0,2287) (0,2620) (0,1895) (0,3606) (0,5605) α 2-0,7337-0,7533-0,7566-0,6567-0,8796 (0,0595) (0,0794) (0,0559) (0,1127) (0,1671) esc 0,3027 0,3551 0,1882 0,2972* 0,6918 (0,0931) (0,1023) (0,0851) (0,2512) (0,2663) nd -0,0507* 0,0642* 0,1269 0,1355* 0,1796 (0,0794) (0,1182) (0,0714) (0,1002) (0,0931) gov -1,6386-1,1423-0,7969-0,9215-1,0379 (0,3787) (0,3894) (0,2700) (0,3373) (0,5221) dens 0,0000* 0,0000* -0,0001* 0,0001* 0,0001* (0,0002) (0,0002) (0,0002) (0,0001) (0,0002) pm 0,0005 0,0008 0,0012 0,0011 0,0006 (0,0003) (0,0002) (0,0003) (0,0003) (0,0003) Notas: Erro padrão entre parênteses. * Não sgnfcatvos a 10%. TABELA A.2. Estatístca descrtva das varáves utlzadas Varáves Obs Méda Desvo Padrão Mínmo Máxmo Crescmento Crescmento Crescmento Ppc70(logs) Densdade Escolardade Part.Governo Part.Industral Potencal de Mercado

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