Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos (RBERU) Vol. 07, n. 2, pp , 2013

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1 Revsta Braslera de Estudos Regonas e Urbanos (RBERU) Vol. 07, n. 2, pp , AVALIAÇÃO DO PROGRAMA RONDA DO QUARTEIRÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA (CEARÁ) * Danel Crlo Sulano Doutor em Economa (CAEN/UFC) Analsta de Polítcas Públcas do Insttuto de Pesqusa e Estratéga Econômca do Ceará (IPECE) E-mal: danel.sulano@pece.ce.gov.br Jmmy Lma Olvera Doutor em Economa (CAEN/UFC) Analsta de Polítcas Públcas do Insttuto de Pesqusa e Estratéga Econômca do Ceará (IPECE) E-mal: jmmy.olvera@pece.ce.gov.br RESUMO: Este trabalho tem como objetvo testar a hpótese de se o aumento do efetvo polcal tende a nbr crmes contra o patrmôno e crmes contra a propredade em termos de taxas de roubos e taxa de furtos na regão metropoltana de Fortaleza (Ceará). A dea básca é de que uma maor quantdade de polcas tende a nbr a ação de potencas crmnosos na medda em que reduz os benefícos e aumenta os custos da atvdade crmnal, segundo a ótca da teora econômca de escolha raconal baseada no modelo de comportamento crmnal de Becker (1968). Os resultados corroboram o chamado efeto deterrence ao ratfcar que o aumento do patrulhamento nas ruas altera os ncentvos dos crmnosos. Evdêncas de nérca crmnal são também encontradas. De certo modo, pode-se fazer alusão ao dto de que o crme não compensa, pelo menos quando há a presença da força polcal. Palavras-chave: Crmnaldade; Efetvo Polcal; Fortaleza. Classfcação JEL: D60; D61; D71. ABSTRACT: The present study tested the hypothess f ncreased polce force tends to nhbt crmes aganst property and crmes aganst patrmony n terms of theft and thevery rates n the metropoltan area of Fortaleza (Ceara). The basc dea s that a greater number of polce offcers tends to nhbt the acton of potental crmnals as t reduces the benefts and ncreases the costs of crmnal actvty, accordng to the vewpont of economc theory of ratonal choce of the Becker (1968). The results confrm the deterrence effect ratfyng the dea that more ratfy patrols on the streets change the ncentves of crmnals. In a sense, one can allude to the adage that crme does not pay, as long as there s the presence of the polce force. Keywords: Crme; Polce Effectve; Fortaleza. JEL Code: D60; D61; D71. * Os autores agradecem as contrbuções do parecersta anônmo da revsta pelas valosas sugestões, a Laura Gonçalves pela revsão do texto e a Cláudo André pela revsão do resumo em nglês.

2 Avalação do programa ronda do quarterão na regão metropoltana de fortaleza (Ceará) Introdução A volênca nas áreas urbanas das grandes cdades metropoltanas dos países de renda méda tornou-se algo comum na vda dára dos seus cdadãos. De fato, dados da Organzação Mundal da Saúde para a Amérca Latna em outubro de 2008 regstraram que ¼ de todas as mortes por volênca no mundo ocorrem neste contnente, embora seu contngente demográfco represente apenas 10% de toda a população mundal 2. Os dados tornam-se mas alarmantes consderando o fato de que as maores forças econômcas da regão, como Brasl e Méxco, não estão em guerra cvl além de não enfrentarem confltos armados dentro de seu terrtóro. Todava, a exacerbação da volênca não é apenas um fenômeno típco dos países e regões menos abonadas. Lobo e Carrera-Fernandez (2003) destacam que os índces de furtos de algumas das prncpas metrópoles amercanas estão bem acma de cdades como São Paulo e Salvador não sendo, portanto, um malefíco que assola apenas as economas menos desenvolvdas. Dentro do arcabouço econômco, o trabalho semnal de Becker (1968) nca a dscussão teórca do tema alcerçada nas decsões de comportamento raconal do crmnoso. Bascamente, o autor analsa o crme como uma atvdade econômca, mesmo que legal. Nesses termos, um ndvíduo raconal realza uma ação se, e somente se, o benefíco que obtver com sua realzação for maor que o custo de realzá-la. Logo, o crmnoso pondera sua tomada de decsão ao ato lícto com base neste prncípo econômco e não porque suas motvações são dferentes das de outros ndvíduos da socedade. Dessa manera, a crmnaldade pode ser analsada como um fenômeno de curto prazo onde a forma mas efcaz de combatê-la passa pelo método de repressão ou nbção do potencal causador dela. Partcularmente, dentro da polítca de repressão destaca-se a polítca de detenção, através do aumento das taxas de polcamento mltar. Com efeto, para se combater atvdades líctas colocar polcas nas ruas tem sdo um dos palatvos mas efcentes já que meddas dessa envergadura elevam os custos dos crmnosos mplcando em uma menor oferta de crmnaldade (DI TELLA e SHARGRODSKY, 2004). Deve-se ressaltar que em stuações desse tpo o aumento do efetvo polcal em determnadas localdades se dá apenas em decorrênca delas serem as mas afetadas pela crmnaldade, sto é, o contngente repressvo consubstancado em termos de mas polcas na rua pode vr a ser meramente consequênca do elevado nível de crmnaldade nessas regões. Se for esse o caso, exste uma dfculdade estatístca na tentatva de avalar o mpacto do aumento do número de polcas sobre o crme. De fato, a detenção passa a ser ela mesma função das taxas de crmes já que localdades onde a crmnaldade está mas alastrada a tendênca é de recebmento de maor efetvo polcal. Na hpótese de se projetar um expermento controlado é possível anular o canal em que essa causaldade bunívoca ocorre podendo-se, por consegunte, determnar se em lugares onde há maor vglânca polcal haverá realmente redução da crmnaldade 3. Neste trabalho, apresenta-se um enfoque regonal do maor efetvo polcal na Regão Metropoltana de Fortaleza (RMF), captal do Estado do Ceará. Para tanto, dvdu-se este trabalho em mas cnco seções além desta ntrodução. Na seção segunte é feto um aparato do referencal teórco de pesqusas correlaconadas ao tema. Na seção 3 é descrto o modelo econômco do crme. A seção 4 é dvdda em duas subseções: na prmera comenta-se sobre as bases de dados utlzadas fazendo-se também um preâmbulo geral sobre a problemátca da crmnaldade na RMF. Na subseção posteror descreve-se como se deu a medção do maor efetvo polcal através da mplantação do novo programa de polcamento ostensvo na referda área. A seção subsequente dedca-se a descrever o modelo empírco e suas estmações. Por fm, é feto um comentáro fnal sobre as prncpas conclusões do estudo. 2 Ver Cardoso (2010). 3 O uso de varáves nstrumentas é uma técnca econométrca que também elmna o problema de causaldade smultânea.

3 Danel Crlo Sulano, Jmmy Lma Olvera Referencal teórco A teora econômca do crme parte do pressuposto que o comportamento de um potencal crmnoso fundamenta-se nos benefícos monetáros que se espera obter com um delto comparado aos custos para sua realzação. Essa concepção fo proposta em um artgo semnal por Gary Becker (prêmo Nobel) em 1968 e posterormente por Ehrlch (1973). Os avanços do modelo de comportamento crmnal de Becker (1968) ncrementado por Ehrlch (1973) fo o efeto de varáves que medem algum tpo de desgualdade além de fatores assocados à renda. Mas recentemente, evdêncas empírcas coadunam com a amplfcação deste modelo na medda em que uma elevada desgualdade tende a reduzr os custos moras da delnquênca de ndvíduos menos favorecdos (FAJNZYLBER, LEDERMAN e LOAYZA, 1998). Anda de acordo com Mendonça, Lourero e Sachsda (2003a) exste um mecansmo conhecdo como consumo referencal mposto pelos padrões da socedade. Nesta concepção, os agentes da economa possuram uma espéce de target consumpton de modo que o convívo entre grupos de pessoas com rquezas heterogêneas ocasonara um padrão de nsatsfação aos menos favorecdos. Assm, um maor grau de polarzação da renda entre dferentes grupos tendo como resultante a prosperdade de uns, bem como a prvação relatva de outros, pode vr a desencadear aumento nas taxas de crmnaldade. De fato, nos grandes centros urbanos brasleros a dstrbução de renda assume papel central na determnação da dnâmca dos níves de crmnaldade de acordo com Resende e Andrade (2011). Em crmes contra a propredade, meddos por furtos e roubos de carros e cargas, a desgualdade de renda é um dos prncpas responsáves pelas nfrações nos muncípos com população superor a cem ml habtantes. Nos crmes contra a vda ou contra a pessoa, a desgualdade aparenta desempenhar um papel ambíguo, revelando-se nfluente nos casos de homcídos, mas não em outros crmes como estupro, lesão corporal e tentatva de homcído. Lemos, Santos Flho e Jorge (2005) também analsam o modelo de comportamento crmnal dentro da ótca do ambente urbano braslero. Neste caso, o modelo explca mas de 90% dos crmes contra o patrmôno tendo como prncpas varáves responsáves a concentração de renda, as característcas da nfraestrutura exstente nos barros, a baxa densdade demográfca e a menor partcpação dos jovens no total da população. Para Cano e Santos (2000) a urbanzação parece ser um fator chave de nfluênca do crme junto ao efeto nequívoco da renda das vítmas sobre as taxas de homcído dentro das cdades. Não obstante, deve-se ressaltar que o recrudescmento da crmnaldade no ambente urbano braslero é conjunção de dversas mazelas socas de cunho demográfca tas como cranças nascdas em lares monoparentas, percentual de nascmentos em mães adolescentes e aumento da taxa de nataldade, de acordo com Hartung e Pessôa (2007). Dentro desse contexto, Marano (2010) pondera que as polítcas públcas deveram ser canalzadas para o aumento das oportundades por meo de educação, emprego e saláros bem como maor ncentvo ao polcamento preventvo e mas agldade ao setor judcal (maor efcênca). As motvações crmnas podem também estar assocadas a fatores puramente econômcos conforme Mendonça, Lourero e Sachsda (2003b). De fato, em Santos e Kassouf (2007) a presença de atvdades líctas lucratvas afetam postvamente a crmnaldade através do ncremento na taxa de homcídos juvenl e maor porte de armas entre os jovens por aqueles envolvdos no comérco de drogas. O tamanho das cdades brasleras, bem como característcas locas, hstórco do ndvíduo e pobreza é foco da análse de Olvera (2005) com relação à volênca nas cdades brasleras. Nesse contexto, Glaeser e Sacerdote (1999) ressaltam que fatores assocados à estrutura famlar também mpactam na formação dos valores e nos custos moras de se cometer um crme. Sob a ótca do sstema prsonal, Mendonça, Lourero e Sachsda (2002) atestam ndícos de que fatores determnantes do crme volento são dstntos dos determnantes dos crmes não volentos. No que tange a predsposção para a prátca do crme volento fatores lgados ao desequlíbro dentro do núcleo famlar podem acentuar a ação do comportamento do ndvíduo.

4 Avalação do programa ronda do quarterão na regão metropoltana de fortaleza (Ceará) 55 Borll e Shkda (2003) e Shkda et. al. (2006) analsam o comportamento de crmnosos no sstema pentencáro paranaense. No prmero estudo fo constatado que a assocação da crmnaldade com o baxo nível de escolardade, bem como com maores níves educaconas, podem ser cobdores da exacerbação crmnal. A pesqusa esteve fundamentada em questonáros aplcados a crmnosos cumprndo pena em dos estabelecmentos carceráros do Paraná, valendo de dados prmáros, que são poucos na área da economa do crme no Brasl. As prncpas conclusões foram de que os entrevstados consderaram nefcentes as atvdades polcas, o códgo penal e o sstema judcáro braslero. No segundo estudo o foco do trabalho fo no comportamento crmnoso medante uso ou não de arma de fogo, dreconada na prátca do crme econômco. Os resultados ndcaram que são mas propensos ao uso da volênca na atvdade crmnosa os jovens do sexo masculno, com ensno médo, que não acredtam na justça, que possuem arma de fogo e parcero para o crme, bascamente varáves pessoas e socoeconômcas e fatores catalsadores. Destaca-se também que possur arma de fogo é um dos prncpas fatores no comportamento volento da atvdade crmnosa já que a probabldade de ocorrênca aumenta76%. Por usa vez, Km et. al. (2009) nvestgaram os prncpas fatores determnantes da crmnaldade femnna para um conjunto de dados obtdos no presído femnno de Brasíla mostrando que fatores relaconados a stuações socas e econômcas precáras atuam como condconantes dretos da atvdade crmnosa. O surgmento e aperfeçoamento das bases de dados têm permtdo que outros trabalhos na lteratura naconal possam abordar dferentes ótcas da dnâmca crmnal dentro desta lnha teórca do modelo de escolha raconal. Santos (2009) sugere que a probabldade de sucesso no crme (ausênca de denúnca, prsão, julgamento, condenação e efetva punção) estabelece ncentvos ao ato lícto na medda em que eleva a utldade esperada do delnquente, além de produzr uma maor especalzação da atvdade crmnal ao longo do tempo va aumento de sua produtvdade no meo legal. Evdêncas encontradas estabelecem que, aproxmadamente, metade da crmnaldade de um período se transfere para o próxmo tal que as taxas de crmes letas no Brasl são almentadas período após período sugerndo um efeto nérca da crmnaldade nos estados brasleros. Outro problema empírco que vem sendo abordado é a questão do sub-regstro em crmes contra a propredade. Com efeto, exstem evdêncas que as vítmas de crmes agem de manera raconal ao tomar a decsão de regstrar ou não eventos que podem ser nterpretados como caso de políca. Santos e Kassouf (2008a) mostram que a confança na efcênca da justça pode nterferr na decsão da vítma quanto ao regstro crmnal de modo que as pessoas têm a percepção de ser a justça culpada pela crmnaldade na medda em que ela se torna menos efcente, o que as tornam menos propensas a regstrarem uma vtmzação as autordades competentes. Adconalmente, a convergênca nas taxas de crme entre localdades naconas a partr da escolha raconal de Becker (1968) é tema de análse de Santos e Santos Flho (2011). No Brasl, as polítcas de prevenção e repressão ao crme não têm sdo realzadas de forma conjunta e smultaneamente em todo o país. Aquelas localdades que promovem polítcas fortes e persstentes de combate e prevenção tendem a exportar o crme para localdades vznhas onde a polítca é nexste ou fraca e, portanto, há melhores oportundades para a prátca de crmes. Assm, a convergênca nas taxas de crmes ntra-regonas sgnfca que a crmnaldade tende a crescer mas rapdamente nas localdades menos volentas do que nas localdades mas volentas, de forma que a dferença nas taxas de crmes observadas entre essas localdades será gradatvamente elmnada ao longo do tempo. Dentro deste arcabouço teórco e empírco, é fato que a crmnaldade é um problema multfacetado que precsa ser combatdo por dversas frontes. Felzmente, conforme já exposto acma, dversos dagnóstcos foram emtdos ou fornecdos precsando apenas, em mutas das stuações, a operaconalzação de algumas meddas preventvas.

5 Danel Crlo Sulano, Jmmy Lma Olvera Modelo econômco do crme O modelo de Becker (1968) postula que um potencal crmnoso age de forma raconal ao tomar a decsão de cometer um delto qualquer a partr dos benefícos monetáros advndos comparados aos custos a ser realzado em uma atvdade lícta qualquer. Segundo essa abordagem, sob a égde de uma escolha puramente raconal, credenca-se o crme como uma atvdade econômca qualquer, mesmo que legal. Assm, fazer parte ou não de um mercado como esse dependerá da utldade esperada (benefícos) assm como dos custos assocados a ela. Por esse argumento, alguns agentes econômcos se adentram em tal atvdade, especalmente as que envolvem crmes contra a propredade e o patrmôno, não porque apresentam dferenças bológcas, pscológcas ou psquátrcas das outras pessoas, mas sm porque se dferencam em termos de custos e benefícos. Ao agr de manera raconal o ndvíduo comete algum ato lícto caso a utldade esperada resultante desta atvdade exceda a utldade quando se emprega o tempo em outras atvdades legas. No caso do custo, há um desmembramento em quatro deles, a saber: 1) Mutas vezes, o planejamento e a execução de um crme envolvem custos de materas e de equpamentos como, por exemplo, transportes, local, dsfarces, etc.; 2) Custo de oportundade, sto é, o custo assocado por não se estar em uma atvdade legal; 3) Custos esperados de detenção e provável condenação; e 4) Além dsto, exste o custo moral por se transgredr ou nflgr alguma le. De uma forma geral, a utldade (valor esperado) de um ato lícto qualquer por um ndvíduo j pode ser representado da segunte forma: U ( Yj j j j j j j c m ) (1 p ) U( cp ) ( p ) U( w ) (1) onde: Yj a renda monetára dervada da atvdade crmnal; cj são os custos explíctos de planejamento; mj custo moral da atvdade legal; pj probabldade de captura; cpj é o custo da condenação (castgo) expressa em tempo; e wj é o custo de oportundade dervado de atvdades legas que o crmnoso podera estar nserdo. A atvdade crmnosa resulta de uma relação custo-benefíco na qual o crmnoso pondera sua tomada de decsão com base neste prncípo econômco e não porque suas motvações são dferentes das de outros ndvíduos da socedade. Boa parte da lteratura econômca se valeu desta abordagem teórca para a construção de modelos empírcos e determnação das causas da crmnaldade. Portanto, a função de oferta agregada de crmes S a partr de Becker (1968) podera ser assm expressa: A S A S( p, cp, ) (2) onde p representa o probabldade de captura, cp o custo da condenação mposta aos transgressores e as demas varáves assocadas a delnquênca do delto. Conforme já argumentado, um dos grandes avanços do modelo de comportamento crmnal de Becker (1968) ncrementado por Ehrlch (1973) fo o efeto de varáves que medem algum tpo de desgualdade além de fatores assocados à renda e escolha ocupaconal. Neste caso, a função de oferta agregada de crmes S sera expressa da segunte forma: A S A S( p, cp,, rl, u, ) (3)

6 Avalação do programa ronda do quarterão na regão metropoltana de fortaleza (Ceará) 57 onde as três prmeras varáves são as mesmas da função anteror, é a renda líquda provenente de atvdades legas e legas, u a taxa desemprego conjuntural e um índce de desgualdade socal. A produção crmnal pode assm captar efetos de nsalubrdade socal partndo do pressuposto de que uma das motvações que levam um ndvíduo a cometer uma nfração de caráter crmnoso estara ntrnsecamente relaconada às característcas conjunturas e estruturas do ambente em que se encontra. r L 4. Descrção dos dados e programa de polcamento 4.1 varáves e base de dados A grande parte dos estudos empírcos sobre crmnaldade no Brasl vêm utlzando a taxa de homcídos como medda proxy para a crmnaldade 4. Conforme ressaltado por Santos e Kassouf (2007, 2008b) sso se deve, bascamente, a dos fatores. Em prmero lugar, os dados dvulgados pelo Sstema de Informações sobre Mortaldade (SIM), do Mnstéro da Saúde, eram apenas para taxa de homcídos exclundo, portanto, as dversas outras categoras de crme. Além dsto, acredta-se que os determnantes da crmnaldade possam ser bem representados pela tendênca de homcídos por envolver uma menor taxa de sub-regstros. Neste trabalho, outra medda de mensuração é proposta devdo a algumas de suas partculardades. A hpótese básca é que um maor efetvo polcal tende a reduzr o número de crmes decorrente do efeto deterrence (polítca de repressão) na medda em que altera os ncentvos dos crmnosos (LEVITT, 1997, 1998). Dessa forma, como ndcador de nteresse será usado um tpo específco de crme contra o patrmôno: taxa de roubos e taxa de furtos por ml habtantes. Conforme argumentado por Kelly (2000) tas tpos de crme apresentam uma relação dreta com o modelo econômco do crme por serem motvados por questões puramente econômcas. De fato, roubos e furtos, crmes estes que estão nserdos na categora de crmes contra a pessoa e contra o patrmôno, apresentam motvações dstntas de homcídos embora os prmeros crmes sejam mutas vezes segudos de homcído. Para medr o efetvo polcal, utlzou-se como ndcador a mplantação do Programa Ronda do Quarterão do Governo do Estado do Ceará. Consderando o tpo de crme ao qual o efetvo polcal mplantado estará apto a combater espera-se uma relação negatva com esta varável e a taxa de crmes. Além dsto, dferentemente de Levtt (1997), é esperado que este mpacto ocorra em crmes contra o patrmôno, e não em crmes volentos, devdo ao tpo de polcamento que se está sendo analsado. Além da varável que mede dretamente o mpacto do Programa, os fatores determnantes da crmnaldade são dversos, conforme vsto acma. Nesse sentdo, com o ntuto de dá maor robustez ao modelo econômco do crme e evtar eventuas problemas econométrcos que surgem na passagem do modelo teórco para o modelo empírco foram ncluídas outras varáves explanatóras que também afetam dretamente nosso ndcador de nteresse. Para as varáves de cunho socoeconômcas os dados foram extraídos da Pesqusa de Emprego e Desemprego (PED) da Regão Metropoltana de Fortaleza do Insttuto de Desenvolvmento do Trabalho (SINE/IDT) do Estado do Ceará. Consderando o referencal teórco descrto na seção anteror, foram então elencados alguns regressores (controles) adconas na estmação do modelo. Destes regressores, dos deles estão estretamente relaconados: renda famlar per capta e desemprego. De fato, estas duas varáves dependem de manera smbótca do ambente econômco no período de análse. Por exemplo, em períodos de recessão as empresas mostram-se receosas em fazerem nvestmentos assm como fazerem mas contrações de modo que a taxa de desemprego tende a aumentar e a renda car. Por outro lado, em época de boom econômco os empresáros mostram-se 4 Perera e Carrera-Fernandez (2000) utlzam os crmes de furto e roubo de veículos.

7 Danel Crlo Sulano, Jmmy Lma Olvera 58 mas otmstas em fazerem contratações reduzndo, por consegunte, a taxa de desemprego e gerando um efeto multplcador na renda da economa. Neste sentdo, observa-se que apesar de segurem trajetóras semelhantes às duas varáves apresentam dreções opostas. Além dsso, tanto os modelos teórcos quanto os empírcos de comportamento crmnal sugerem que a taxa de desemprego e a renda apresentam efeto ambíguo sobre o mercado legal do crme quando confrontadas com os ganhos legas. Com efeto, ambas as varáves podem estar assocadas aos ganhos ou retornos decorrentes da atvdade crmnal devdo ao maor número de vítmas potencas e economcamente atratvas, assm como também podem estar relaconadas ao seu custo de oportundade (custo decorrente de se estar nserdo em uma atvdade legal). Semelhantemente, a varável anos de estudo de uma determnada regão é um efeto que pode ser determnado somente de um ponto de vsta empírco. Em prncípo, espera-se que um maor nível de escolardade aumente o custo moral de adentrar em atvdades legas além de que pode vr a representar melhores oportundades nas atvdades legas decorrentes dos maores retornos salaras, prncpalmente no Brasl, onde as taxas de retornos educaconas são anda mas elevadas (PSACHAROPOULOS e PATRINOS, 2002). De outra parte, um maor nível de captal humano mplca menores custos em termos de planejamento e execução de um crme levando, portanto, a um efeto contráro ao anteror. Todava, espera-se que o resultado líqudo decorrente de um maor grau de nstrução na atvdade legal se sobreponha aos benefícos potencas da legaldade, conforme ocorre na maor parte das regões e países desenvolvdos onde o conhecmento é uma condção sne qua nom para acumulação de captal e crescmento econômco (ROMER, 1986; LUCAS (1988). Nos moldes do modelo teórco de Ehrlch (1973) descrto acma fo enfatzado o papel central que a desgualdade de renda exerce na crmnaldade. Nesses termos, o Índce de Desenvolvmento Humano (IDH) crado pela ONU para medr a qualdade de vda pode vr a ser uma boa métrca para esse propósto. Uma medda também que vem sendo comumente usada para medr o grau de desorganzação socal de um sstema é o percentual de lares unparentas. Por esse argumento, os custos moras dos potencalmente crmnosos são reduzdos por haver menores vínculos pessoas desencadeando, assm, uma maor atvdade crmnal. Anda de acordo com alguns autores, um maor nível de nstabldade famlar pode sgnfcar uma maor predsposção ao crme [ver, por exemplo, Fajnzylber e Araújo Jr (2001)]. Outra varável que mensura bem a dnâmca urbana é dada pela relação entre o número de habtantes de uma área e sua extensão defnda em termos de densdade populaconal. Com efeto, a maor concentração populaconal em grandes centros urbanos pode gerar maores dfculdades de controle socal em vrtude da maor preservação do anonmato por parte de potencas crmnosos (CANO e SANTOS, 2000). Ademas, a própra nteração socal pode acabar gerando ganhos de produtvdade na atvdade legal na medda em que a troca de nformações entre crmnosos reduz os custos de planejamento. Anda reforçando esse argumento, na hpótese de haver ndvíduos com baxos custos de oportundade nas grandes áreas de densdade populaconal pode-se deduzr que as mesmas serão anda mas propícas para se ofertar atvdade crmnal. Além desses fatores, a maor parte da lteratura especalzada em crmnologa vem demonstrando que a oferta crmnal apresenta assmetras em termos de dade e gênero tendo os jovens do sexo masculno como o grupo de maor potencal ofertante. Nesse sentdo, um maor percentual de jovens que não estão nserdos em ocupações de trabalho e estudo apresentaram uma maor probabldade em se nserrem na legaldade. De forma resumda, a Tabela 1 a segur apresenta uma síntese das varáves que rão compor o modelo empírco de comportamento crmnal.

8 Avalação do programa ronda do quarterão na regão metropoltana de fortaleza (Ceará) 59 Tabela 1 - Controles para a Crmnaldade Varáves Proxy Notação Snal Esperado Renda (Retorno) Esperada Dervada da Atvdade Crmnal/Custo Moral, Custo da Condenação e Punção (Castgo), Custo de Oportundade (Aprsonamento). Custo Moral, Custo de Oportundade/Custos Explíctos de Planejamento. Retornos Esperados, Instabldade Socal. Grau de Desorganzação Socal. Custos Explíctos de Planejamento e Execução. Oferta de Atvdade Crmnal. Probabldade de Captura, Custo da Condenação e Punção (Castgo) em Termos Monetáros. Fonte: Elaboração Própra Descrção do projeto Renda Méda Famlar per capta; Taxa de Desemprego. Percentual de Pessoas com pelo menos o Ensno Fundamental Completo; Grau de Desgualdade (IDH). Percentual de Lares Unparentas (Percentual de Famílas Chefadas por Mulheres). rfpc, desemp educ dh chefem Postvo, Negatvo/Negatvo, Postvo Negatvo/Postvo Postvo Postvo Densdade Demográfca. dens Postvo Percentual de Jovens entre 15 e 24 Anos que Não Trabalham e Não Estudam. Tratamento, Efetvo Polcal. jovemrsco tratamento, pm Postvo Negatvo De acordo com os dados do Censo de 2000 do Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE) foram regstrados na cdade de Fortaleza 114 barros. Em 2003, por le muncpal, fo nsttuído o barro Planalto Arton Senna. Todava, as bases utlzadas no presente trabalho anda não consderaram o neófto barro como undade desagregada, de modo que as entdades observaconas aqu utlzadas foram anda as 114 recenseadas com base neste últmo censo. Na catalogação e construção da varável explcatva com dados dsponíves pela Secretara de Segurança Públca e Defesa Socal (SSPS) e pela Coordenadora Integrada de Operações de Segurança (CIOPS) do Estado do Ceará 13 barros não apresentaram regstros durante o período de análse. Restaram-se, então, 101 barros. Nesta mesma base, quatro barros aparecem agregados dos a dos reduzndo mas uma vez as undades observadas a 99 barros. Nas varáves de cunho socoeconômco, os dados da PED regstraram 95 barros. Quando confrontados com as taxas que deram orgem a varável dependente, 86 barros apresentaram dados smultâneos em ambas as bases. No que tange aos grupos de tratamento (barros que receberam aumento de efetvo polcal) e controle (barros que não receberam aumento de efetvo polcal) a dvsão fo dada de acordo com a entrada dos barros no Programa Ronda do Quarterão mplantado pelo Governo do Estado do Ceará. Incalmente, quatro barros entraram no Programa ploto datado em 27 de novembro de Em 21 e 22 de dezembro de 2009 o Programa fo estenddo para outros barros. Em novo cruzamento das bases de dados, 62 barros apareceram como tratados, ou seja, estes barros receberam de medato o Programa em um destes três das. Os outros 24 barros receberam apenas em 6 de junho de 2008 e, portanto, foram consderados como grupo de controle. A partr de então, foram acumuladas as taxas de roubos e as taxas de furtos do período de janero a mao de 2007 (antes da entrada no Programa) e do período de janero a mao de 2008 (pósentrada). Assm, enquanto nos cncos prmeros meses do ano de 2007 ambos os grupos anda não estavam sofrendo a nfluênca do Programa no mesmo período de 2008 apenas o grupo de tratamento era alvo do projeto.

9 Danel Crlo Sulano, Jmmy Lma Olvera 60 A compatbldade desses períodos no que concerne aos ndcadores tem por fnaldade evtar qualquer tpo de nérca crmnal, bem como qualquer sazonaldade que porventura possa nfluencar o mercado nformal do crme. De fato, em algumas épocas do ano uma maor ou menor atvdade econômca pode ncentvar a entrada ou saída de crmnosos na ndústra do crme tal que a comparação de estatístcas crmnas do mesmo período com base em dferenças apenas na entrada das entdades que foram atenddas ou não no Programa confere maor robustez aos resultados. A Fgura 1 a segur apresenta de manera mas detalhada o organograma para a construção da varável que capta o ndcador de nteresse a partr da mplantação do Ronda do Quarterão. Fgura 1 - Cronograma de Implantação do Programa Ronda do Quarterão na RMF do Estado do Ceará Fonte: Elaboração própra. 5. Modelo empírco e resultados A dsponbldade dos dados em forma de dos períodos permte-se como um prmero exercíco à estmação do modelo em forma de panel por efetos fxos de forma a controlar varáves omtdas que varam entre as undades observaconas, mas não ao longo do tempo. Neste caso, a análse de dos períodos permte uma comparação do tpo antes e depos a partr da varável dependente e mantendo constantes os fatores não observados que dferem de um barro para outro, mas não varam ao longo do tempo dentro barro. Nesses termos, consdere como sendo uma varável determnante da taxa de roubos e/ou da taxa de furtos de uma entdade qualquer que não vara ao longo do tempo (daí a supressão do subscrto t). Por exemplo, pode ser consderado como o mercado de drogas líctas que afeta a crmnaldade local e se altera apenas lentamente, mas pode ser consderado constante no ntervalo de 1 ano ( ). A partr do vetor de varáves explcatvas construído na Tabela 1, e em partcular a varável que determna o efetvo polcal antes e depos da mplantação do Programa, pode-se escrever o modelo de regressão lnear como: Y ' t Z t t (4) onde Y representa as taxas de roubos e as taxas de furtos, Z é um conjunto de varáves explcatvas das entdades, é uma varável que não vara ao longo do tempo, mas vara entre as entdades e t é um termo de erro representando os outros fatores que determnam a varável dependente varando no tempo e no espaço. Conforme argumentado, a nfluênca de pode ser elmnada pela varação no ndcador de nteresse entre os dos períodos analsados. É mportante também destacar que a utlzação da base de dados da PED permtu nclur regressores adconas Z que sejam determnantes no ndcador de nteresse. Mesmo que estas

10 Avalação do programa ronda do quarterão na regão metropoltana de fortaleza (Ceará) 61 característcas observadas não tenham varado ao longo do período, sua nclusão tende a reduzr a varânca do termo de erro assm como o desvo-padrão do coefcente que capta o efeto do Programa. Outro modo alternatvo de captar esse efeto não observado, conhecdo na lteratura econométrca como heterogenedade não observada, se dá através do estmador de prmeras dferenças. De fato, consdere a equação (05) abaxo: Y ' Z (5) onde representa a mudança de um período para o outro período. O efeto não observado não aparece mas tendo em conta que fo elmnado na dferencação. Além dsso, o ntercepto agora representa a mudança do período antes para o período depos, assm como cada varável explcatva agora é determnada por uma dferencação ao longo do tempo. A condção crucal aqu é que os Z sofram alguma varação ao longo de cada entdade (como, por exemplo, o efetvo polcal varando dentro de um barro ao longo de um período). Por fm, o efeto causal pode ser estmado utlzando o estmador de dferenças em dferenças correspondente à varação méda no ndcador de nteresse Y no grupo de tratamento no decorrer do expermento menos a varação méda deste mesmo ndcador no grupo de controle para o mesmo período de tempo consderado. Especfcamente, tem-se: T T C C DD E Y Y T 1) E( Y Y T 0) (6) ( 1 0 R 1 0 R Na equação (06), DD corresponde ao estmador de dferenças em dferenças, onde T 1 denota tratamento na presença do Programa em t = 1, conforme especfcado no subscrto para entdade tratada e para entdade não tratada, enquanto T R 0 denota as entdades não tratadas. Este estmador permte elmnar dferenças nas entdades observaconas que são anterores ao tratamento (mplementação do Programa). Assm, na condção de se ter como varável explcatva à varação no ndcador de nteresse, conforme aqu especfcado, pode-se remover a nfluênca de seus valores ncas que varam sstematcamente entre tratados e não tratados. Dessa manera, o estmador de dferenças em dferenças é defndo como a dferença entre as dferenças fnal e ncal entre o grupo de tratamento e o grupo de controle (STOCK e WATSON, 2004). Mas especfcamente, a dferença entre tratados e não tratados passa a ser medda em termos de um resultado contrafactual ou que tera acontecdo com as entdades que foram tratadas caso as mesmas não tvessem recebdo o tratamento Programa. C Y 1 Consdere, então, a méda da amostra do ndcador de nteresse dada por Y tratamento, antes T Y 1 R para as entdades do grupo de tratamento antes de receberem o Programa e a méda Y tratamento, depos das entdades desse mesmo par depos da ocorrênca do Programa. Smlarmente, as médas do ndcador de nteresse para o grupo de controle antes e depos da ocorrênca do programa serão dadas, respectvamente, por controle antes e Y controle, depos. Ao defnr Y, como a varação méda do ndcador de nteresse para o grupo de Y tratamento, pode- tratamento e a varação méda do ndcador de nteresse no grupo de controle como se expressar o estmador de dferenças em dferenças da segunte forma: Y controle ^ dfs em df Y tratamento Y controle (7)

11 Danel Crlo Sulano, Jmmy Lma Olvera 62 De forma alternatva, consdere como a varação no valor do ndcador de nteresse para a entdade após o Programa menos o valor do ndcador de nteresse para a mesma entdade antes do Programa. Além dsso, X representa uma varável de tratamento bnára atrbuída aleatoramente, ou, pelo menos, que atenda algumas condções a serem explctadas a segur. Neste sentdo, o estmador de Mínmos Quadrados Ordnáros será dado pela dferença entre as médas dos grupos tratamento e controle através do coefcente, onde é o estmador de dferenças em dferenças da equação anteror expresso alternatvamente como: Y Y (8) X Y É mportante ressaltar que a mplantação de projetos desse espectro não são totalmente atrbuídos de forma aleatóra, haja vsta envolverem dversos aspectos étcos por parte das autordades que o conceberam. Com efeto, mesmo para um projeto ploto, havera uma sére de complcadores a se segur em um protocolo de mplantação no qual algumas entdades ou grupos seram benefcados em detrmento de outras. Em termos econométrcos, a forma de drmr o problema sera através de uma hpótese mas fraca, conhecda na lteratura como ndependênca da méda condconal. Neste caso, o tratamento submetdo por algumas entdades é atrbuído de modo condconalmente aleatóro, dadas as demas característcas das entdades; logo, o tratamento é atrbuído aleatoramente, mas a probabldade de que alguma entdade seja nserda neste tratamento depende das característcas observadas de todas as entdades. Assm, se o programa tver dvddo a cdade em barros rcos e barros pobres e dentro de cada um desses dos grupos seus membros foram atrbuídos de manera aleatóra a méda do erro será gual para os barros rcos do grupo de tratamento e do grupo de controle, assm como também será gual a zero para os barros pobres do grupo tratado e dos não tratados. A partr desta restrção, fo feto um teste de aleatoredade verfcando se a varável aleatorzada depende efetvamente de quasquer característcas ndvduas observáves. Neste procedmento, pode-se testfcar se a varável explcatva que capta o efeto do Programa não estará correlaconada com nenhumas das característcas observadas e não observadas estando, portanto, lmpa de qualquer outro efeto (méda condconal do erro gual à zero expressa em termos de E( tratamento; outros controles ) 0). Na Tabela 2 a segur são apresentadas as estmações para os três dferentes modelos descrtos e para os dos ndcadores de nteresse perfazendo um total de ses modelos estmados. O teste de aleatoredade também é especfcado (erros-padrão entre parênteses). Como pode ser observado nos dados da Tabela 2 nem todas as varáves explcatvas dos dstntos modelos que captam o mpacto do Ronda do Quarterão foram sgnfcatvas. Algumas delas, nclusve, quando sgnfcantes, apresentaram snal não esperado. No caso do R 2 baxo trata-se de um resultado comum nos modelos que tentam prever comportamento ndvdual dentro das cêncas socas (WOOLDRIDGE, 2002). A segur, algumas explcações possíves para estes resultados. Em prmero lugar, é precso observar as dferenças de resultados para os modelos envolvendo taxa de roubos e taxa de furtos em termos de magntude e sgnfcânca. Nesse aspecto, ao conjugar elementos do modelo de comportamento crmnal a elementos jurídcos é possível encontrar razões para as dferenças. Com efeto, enquanto que no crme de roubo o agente delnquente nflge volênca, grave ameaça ou reduz à mpossbldade de resstênca da vítma no furto nenhuma destas condutas acontecem na medda em que o delto ocorre sem a presença da vítma.

12 Avalação do programa ronda do quarterão na regão metropoltana de fortaleza (Ceará) 63 Tabela 2 - Estmações das Taxa de Roubos e Taxa de Furtos Varável Dependente: Logartmo natural da taxa de roubos Estmador de Dferenças em Dferenças Varáves de Controle tratamento Pm Rfpc Desemp Educ Chefem jovemrsco Idh Dens Constante Prmera Dferença Panel Efetos Fxos Varável Dependente: Logartmo natural da taxa de furtos Estmador de Controles Dferenças em Dferenças Varáves de Controle Prmera Dferença Panel Efetos Fxos -0,57** , tratamento (0,28) - - (0,34) ,10** 0, ,02 0,01* pm - (0,05) (0,01) - (0,04) (0.01) -0,0074 0,0030 0,0055* 0,0068-0,0020 0,0037* rfpc (0,0055) (0,0041) (0,0018) (0,0054) (0,0043) (0,0017) -32,39** 15,24-4,66** -26,39*** 12,34-0,36 desemp (11,32) (9,91) (2,54) (17,15) (10,86) (2,38) 3,47-0,11-0,78-3,22-0,61-0,46 educ (2,79) (1,07) (0,56) (2,74) (1,31) (0,52) 5,52-2,90 1,42-5,93-3,35-0,01 chefem (7,70) (4,09) (1,23) (9,40) (5,50) (1,16) 61,25** -43,02** 2,19 47,80*** -20,34-4,44 jovemrsco (23,61) (23,51) (4,82) (27,24) (18,89) (4,51) 1, , dh (2,22) - - (1,61) , dens (0,000029) - - 2,25** 3,00* 3,20* 1,82 2,27*** 2,58* constante (1,11) (0,98) (0,33) (1,13) (1,24) (0,31) R 2 0,1498 0,0336 0,2907 R 2 0,1112 0,0415 0,2485 Prob > F 0,1035 0,1884 0,0076 Prob > F 0,5896 0,7718 0,0241 Estmador de Dferenças em Dferenças (Teste de Aleatoredade) LR Qu-Quadrado 9,91 p-valor 0,1938 Fonte: Elaboração Própra. Nota: Os erros padrão são robustos a heterocedastcdade; ***, ** e * denotam, respectvamente, sgnfcânca de 10%, 5% e 1%. Deve-se destacar que ambos os tpos de crmes ocorrem contra o patrmôno. Não obstante, no caso dos furtos a volênca se drecona a uma pessoa, enquanto que no roubo a mesma é pratcada de forma que além de ser subtraído o patrmôno, exste a possbldade de dano à ntegrdade físca da vítma. Nesta perspectva, é razoável supor que a presença polcal através das polítcas de detenção lmte mas à prátca de roubos do que a de furtos, até mesmo porque neste últmo a ocorrênca pode ocorrer apenas por meo de descudo da vítma. A partr do modelo de efetos fxos, observa-se que o snal da varável que capta o efeto do Ronda do Quarterão é postvo e sgnfcatvo para o caso da taxa de furtos. Logo, de acordo com esses resultados, as entdades observaconas de tratamento do programa tveram um aumento de 1% nas taxas de furtos, o que exge cautela ao nterpretar esse resultado. De fato, não se deve exclur a endogenedade que os efetos dssuasóros do efetvo polcal porventura venham a ocasonar, resultando no efeto de causaldade reversa.

13 Danel Crlo Sulano, Jmmy Lma Olvera 64 Dentro desse contexto, a causaldade que devera r do efetvo polcal para as taxas de furtos também va das taxas de crmnaldade para o efetvo polcal. Se for esse o caso, a causaldade va para trás (das taxas de furtos para o efetvo polcal), e para frente (do efetvo polcal para as ocorrêncas de furtos), sto é, há causaldade smultânea. Se ela exste, uma regressão por MQO capta ambos os efetos resultando em um estmador vesado e nconsstente (STOCK e WATSON, 2004; KHANDKER, KOOLWAL e SAMAD, 2010). Portanto, mesmo que o estmador de efetos fxos tenha sdo sgnfcatvo e com snal postvo é provável que ele seja nconsstente. Outra hpótese aqu levantada como consequênca deste resultado remete a questão do subregstro de crmes contra a propredade. Com efeto, no modelo de efetos fxos supõem-se que as varáves não observadas não mudam ao longo do tempo e, portanto, quasquer varações nas taxas de furtos devem ser consequênca de outras nfluêncas que não estas característcas fxas. No caso, é pertnente lembrar que os regstros deste tpo de crme são reportados pela própra vítma sendo, dessa forma, nfluencados pela percepção que as pessoas têm da justça (ver Santos e Kassouf, 2008a). Se for esse o caso, exste a possbldade destes fatores terem varado ao longo do período e, como não estão explctamente no modelo sem nenhum controle adconal que possa consderá-los, haverá um vés de omssão de varável resultando novamente na nconsstênca do estmador, mesmo em amostras muto grandes. É mportante ter essa concepção em aberto já que o regstro crmnal pode se dá pelo smples fato de as pessoas confarem mas nas organzações polcas aumentando, como consequênca, a probabldade do crme ser reportado às estas autordades. A grosso modo, o termo de ntercepto revela algo nteressante. Em todos os ses modelos estmados ele se mostra sgnfcante e com snal postvo sendo nos modelos das taxas de furtos para o estmador de dferenças em dferenças margnalmente sgnfcante a 10% e no modelo de prmera dferença a únca varável sgnfcante. Neste últmo caso, mesmo com a varação zero de todas as varáves explcatvas, como no caso do efetvo polcal pm 0, anda sm se espera um aumento na taxa de furtos de 227% no período. Essa argumentação permte afrmar um aumento secular nas ncdêncas de furtos entre os prmeros cncos meses de 2007 e os prmeros cnco meses de 2008 na Regão Metropoltana de Fortaleza, mesmo que o efetvo polcal tenha se mantdo constante, ou mesmo que não tenha havdo qualquer varação dos demas controles. Por fm, resta saber o quanto as polítcas de repressão por meo da polítca de detenção reduz as taxas de crmnaldade ao elevar o efetvo polcal das ruas. De acordo com os modelos estmados, prncpalmente no que tange ao caso dos roubos, essa é uma afrmação completamente válda. Mas especfcamente, ao consderar o caso do modelo de dferenças em dferenças da taxa de roubos no qual se admte dos barros de mesma renda méda, mesma taxa de desemprego, mesmo nível de desgualdade, níves de escolardade semelhantes e que anda tenham a mesma proporção de jovens de 15 a 24 anos que não trabalham e não estudam, o aumento recente do efetvo polcal no barro que recebeu o Programa apresentou um valor esperado menor de -0,57 nas taxas de roubos, ou mesmo uma redução de 57% nas taxas de roubos. 6. Consderações fnas Este trabalho teve como objetvo jogar luz sobre os determnantes empírcos da crmnaldade dentro do enfoque da teora econômca do crme sob escolha raconal. Neste aspecto, procurou-se conjugar varáves de cunho sóco-econômco das bases de dados exstentes com as varáves dos modelos teórcos que foram desenvolvdas a partr do trabalho semnal de Becker (1968). Partcularmente, nvestgou-se se o aumento do efetvo polcal tende a nbr crmes contra o patrmôno e contra a propredade mensurando-os em termos de taxas de roubos e taxa de furtos. Dentro do arcabouço do modelo econômco do crme, partu-se da hpótese de que uma maor quantdade de polcas tende a nbr a ação de potencas crmnosos na medda em que reduz os benefícos e aumenta os custos da atvdade crmnal.

14 Avalação do programa ronda do quarterão na regão metropoltana de fortaleza (Ceará) 65 Nesse contexto, a crmnaldade fo analsada como um fenômeno de curto prazo dentro da polítca de repressão consubstancada na polítca de detenção, através do aumento das taxas de polcamento mltar na Regão Metropoltana de Fortaleza, Estado do Ceará. Os resultados empírcos apresentaram dferenças de resultados para os modelos envolvendo taxas de roubos e taxas de furtos tanto em termos de magntude como em sgnfcânca. No caso dos furtos a volênca se drecona a uma pessoa, enquanto que no roubo a mesma é pratcada de forma que além de ser subtraído o patrmôno exste a possbldade de dano à ntegrdade físca da vítma. Dessa forma, é razoável supor que a presença polcal através das polítcas de detenção lmte mas a prátca de roubos do que a de furtos, até mesmo porque neste últmo a ocorrênca pode ocorrer apenas por meo de descudo da vítma. Em termos de polítcas públcas alguns fatores podem ser destacados. Em prmero lugar, o possível efeto nérca crmnal tendo em conta que mesmo consderando o patrulhamento e os fatores socoeconômcos constantes, exste uma tendênca de exacerbação da crmnaldade nas áreas analsadas prevsto em todos os modelos consderados. Estudos futuros podem vr a analsar de forma mas detalhada em que aspectos ocorre essa maor tendênca nos grandes centros urbanos densamente habtados por jovens e que sustentam elevados índces de desgualdade, não obstante serem alvo de rgoroso patrulhamento polcal. Outros trabalhos vndouros podem também analsar possíves efetos de ações ostensvas va políca cvl no ntuto de romper com essa nérca. Por fm, pode-se sustentar a hpótese do chamado efeto deterrence va polítcas de detenção ao ratfcar que o aumento do efetvo polcal nas ruas altera os ncentvos dos crmnosos. De certo modo, pode-se fazer alusão àquele dtado de que o crme não compensa, pelo quando há a presença da força polcal nas ruas. Referêncas Becker, G. Crme and Punshment: An Economc Approach. Journal of Poltcal Economy, v. 76, n. 2, p , Borll, S. P.; Shkda, P. F. A. Economa e Crme: um Estudo Exploratóro na Pentencára Industral de Gurapuava e Cadea Públca de Foz do Iguaçu (PR). Revsta Econômca do Nordeste, Fortaleza, v. 34, n. 2, p , Cano, I.; Santos, N. Volênca Letal, Renda e Desgualdade no Brasl. Fórum de Debate, Ro de Janero: IPEA; CESEC, Cardoso, E. Mosaco da Economa. In: Confdêncas sobre a Atualdade Braslera. Edtora Sarava, D Tella, R.; Shargrodsky, E. Do Polce Reduce Crme? Estmates Usng the Allocaton of Polce Forces After a Terrorst Attack. Amercan Economc Revew, v. 94, n. 1, p , mar., Ehrlch, I. Partcpaton n Illegtmate Actvtes: A Theoretcal and Emprcal Investgaton. Journal of Poltcal Economy, v.81, n.3, p , may.-jun., Fajnzylber, P.; Araujo, JR. Volênca e Crmnaldade. In: Menezes-Flho, N.; Lsboa, M. (Org.). Mcroeconoma e Socedade no Brasl. Ro de Janero: EPGE-FGV, Fajnzylber, P.; Lederman, D.; Loayza, N. Determnants of Crme Rates n Latn Amerca and the World. The World Bank, Glaeser, E.; Sacerdote, B. Why s There More Crmes n Ctes. Journal of Poltcal Economy, v. 107, n. 6, p , 1999.

15 Danel Crlo Sulano, Jmmy Lma Olvera 66 Hartung. G. C.; Pessôa, S. Fatores Demográfcos Como Determnantes da Crmnaldade. In: Anas XXXV Encontro Naconal de Economa, Recfe, Kelly, M. Inequalty and Crme. The Revew of Economcs and Statstcs, v. 82, n. 4, p , Khandker, S. R.; Koolwal, G. B.; Samad, H. A. Handbook on Impact Evaluaton. Quanttatve Methods and Practces. The World Bank, Km, J. E.; Lourero, P. R. A.; Morera, T. B. S.; Sachsda, A. Crmnaldade Femnna: Uma Análse Empírca a Partr dos Dados do Presído Femnno de Brasíla. Revsta Economa & Desenvolvmento, Recfe, v. 8, n. 1, p. 6-54, Lemos, A. A. M.; Santos Flho, E. P.; Jorge, M. A. Um Modelo para Análse Socoeconômca no Muncípo de Aracaju. Estudos Econômcos, São Paulo, v. 35, n. 3, p , jul-set., Levtt, S. D. Juvenle Crme and Punshment. Journal of Poltcal Economy, v.106, n.2, p , Levtt, S. D. Usng Electoral Cycles n Polce Hrng to Estmate the Effect of Polce on Crme. Amercan Economc Revew, v.87, n.3, p , Lobo, L. F.; Carrera-Fernandez, J. A Crmnaldade na Regão Metropoltana de Salvador. In: Anas XXXI Encontro Naconal de Economa, Porto Seguro, Lucas, R. E. On the Mechancs of Economc Development. Journal of Monetary Economcs, v.22, n. 1, p. 3-42, jul., Marano, R. S. Fatores Socoeconômcos da Crmnaldade no Estado de São Paulo: um Enfoque da Economa do Crme (Dssertação de Mestrado). PUC-SP, São Paulo Mendonça, M. J. C.; Lourero P. R. A.; Sachsda, A. Crmnaldade e Desgualdade Socal no Brasl. Ro de Janero: IPEA, jul. 2003a. (Texto para Dscussão, 967). Mendonça, M. J. C.; Lourero P. R. A.; Sachsda, A. Crmnaldade e Interação Socal. Ro de Janero: IPEA, jul. 2003b. (Texto para Dscussão, 968). Mendonça, M. J. C.; Lourero P. R. A.; Sachsda, A. Interação Socal e Crmes Volentos: uma Análse Empírca a Partr dos Dados do Presído de Papuda. Estudos Econômcos, São Paulo, v. 32, n. 4, p , Olvera, C. A. Crmnaldade e o Tamanho das Cdades Brasleras: um Enfoque da Economa do Crme. In: Anas Encontro Naconal de Economa, 33, Natal, Perera, R.; Carrera-Ferandez, J. A Crmnaldade na Regão Polcal da Grande São Paulo sob a Ótca da Economa do Crme. Revsta Econômca do Nordeste, Fortaleza v. 31 nº. especal, p , novembro, Psacharopoulos, G.; Patrnos, H. A. Returns to Investment n Educaton: a Further Update. World Bank Polcy Research Workng Paper 2.881, Resende, J. P.; Andrade, M. V. Crme Socal, Castgo Socal: Desgualdade de Renda e Taxas de Crmnaldade nos Grandes Muncípos Brasleros. Estudos Econômcos, São Paulo, v. 41, n. 1, p , 2011.

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