AÇÃO ESTÁTICA DO VENTO SOBRE A COBERTURA DO PARQUE MADUREIRA*

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AÇÃO ESTÁTICA DO VENTO SOBRE A COBERTURA DO PARQUE MADUREIRA*"

Transcrição

1 Tema: Coberturas e fechamentos: materiais, tecnologia e rojeto AÇÃO ESTÁTICA DO VENTO SOBRE A COBERTURA DO PARQUE MADUREIRA* Acir Mércio Loredo-Souza¹ Mario Gustavo Klaus Oliveira² Maria Cristina Dolz Bênia² Matthew Bruce Vallis¹ Marcelo Zanfelice Cavalcante² João Luis Casagrande³ Resumo Este trabalho aresenta a descrição do estudo exerimental, em túnel de vento, da ação estática do vento sobre a nova cobertura atualmente em construção no Parque Madureira, na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Maiores níveis de segurança e confiabilidade são atingidos quando a consideração criteriosa dos efeitos do vento é feita a artir da etaa de conceção, odendo inclusive levar a alterações arquitetônicas na forma externa da construção. Este rocesso reventivo é, geralmente, o de menor custo e o de maior eficiência. Além do estudo em túnel de vento, são discutidas as soluções estruturais adotadas ara fazer frente às solicitações devidas ao vento. O trabalho aresenta a análise dos rinciais resultados do estudo, bem como evidencia os benefícios da utilização do túnel de vento como ferramenta de rojeto ara estruturas, coberturas e fechamentos, viabilizando a construção de edificações com arrojados rojetos arquitetônicos. Palavras-chave: Vento; Coberturas; Estruturas Metálicas; Túnel de Vento. STATIC WIND ACTION ON THE PARQUE MADUREIRA LONG SPAN ROOF Abstract This aer describes the exerimental wind tunnel study erformed on a long san roof, currently being built in Parque Madureira, in the city of Rio de Janeiro, RJ. Higher levels of safety and reliability are reached when the recise consideration of the wind loads is taken at the design stage, even leading to architectural changes, if necessary. This rocess is generally the less costly and the most efficient. Besides the wind tunnel testing, the structural solutions to withstand the wind loads are also discussed. The aer resents the main results from the study, as well highlights the benefits of Wind tunnel testing as a design tool for the design of structures and cladding, allowing the construction of advance and challenging architectural shaes. Keywords: Wind; Roofs; Steel Structures; Wind Tunnel. ¹ Laboratório de Aerodinâmica das Construções, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. ² Vento-S Consultoria em Engenharia do Vento Ltda, Porto Alegre, RS, Brasil. ³ Casagrande Engenharia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 1

2 1 INTRODUÇÃO Este trabalho aresenta os resultados do estudo, em modelo reduzido, da ação estática do vento sobre a cobertura da ista de half ie do Parque Madureira em construção no Rio de Janeiro, RJ (figura 1). A estrutura da cobertura tem características que a classificam como cobertura isolada e, ortanto, está sujeita aos fenômenos aerodinâmicos inerentes a este tio de construção. Para coberturas isoladas o vetor velocidade do vento, em um dado instante, ode ter uma direção inclinada no lano vertical, ela comosição da velocidade média (horizontal) com a comonente vertical da turbulência. Assim, ara intervalos de temo de alguns segundos, o vento ode sorar com uma inclinação que se situa entre +10 e -10. Em casos de temorais com turbulência muito elevada, estes limites odem inclusive ser ultraassados [1]. Do onto de vista aerodinâmico, ara coberturas isoladas, ode-se considerar o vento sorando horizontalmente e a cobertura girando de +10 e -10 (isto não é válido ara coberturas sobre aredes). Como consequência deste fenômeno, ara a mesma direção do vento médio incidente, diferentes adrões de carregamento são fisicamente ossíveis de ocorrer na mesma estrutura. Para este estudo são aresentados três adrões de carregamento ara ventos oriundos de tormentas EPS, tomando como base fatores de ico medidos nos ensaios em túnel de vento bem como encontrados na literatura, e coeficientes de correlação admitindo correlações distintas entre as ressões medidas na face externa e interna. Estes coeficientes de correlação foram alicados aos coeficientes medidos nos ensaios. Figura 1 Persectiva artística da cobertura. Maiores níveis de segurança e confiabilidade são atingidos quando a consideração criteriosa dos efeitos do vento é feita a artir da etaa de conceção. Este rocesso reventivo é, geralmente, o de menor custo e o de maior eficiência. Por estas razões e or não existirem coeficientes aerodinâmicos esecíficos ara a configuração arquitetônica do referido rédio em normas de vento, foi realizado o ensaio em túnel de vento. A solicitante foi Dimensional Engenharia Ltda., sendo o rojeto estrutural realizado or Casagrande Engenharia e o rojeto arquitetônico or Ruy Rezende Arquitetura. A construção e instrumentação dos modelos, bem como o rocessamento e análise dos resultados ficaram a cargo da Vento-S Consultoria em 2

3 Engenharia do Vento Ltda., sendo os ensaios em túnel de vento realizados no Laboratório de Aerodinâmica das Construções da Universidade Federal do Rio Grande do Sul [2, 3]. 2 PROGRAMA EXPERIMENTAL Para realização dos ensaios em túnel de vento foi construído um modelo reduzido em escala 1/100. O modelo foi instrumentado com um total de 685 tomadas de ressão, distribuídas de modo a ermitir um levantamento reresentativo das ressões em toda a edificação. As ressões foram medidas ara 24 ângulos de incidência do vento (a cada 15 ) e ara duas simulações distintas de vento, totalizando registros de séries temorais de ressões ( registros de séries temorais ara cada tio de vento simulado). A figura 2 mostra o modelo reduzido no interior do túnel de vento. Figura 2 Modelo da cobertura no interior do túnel de vento. Nas figuras 3 e 4 são indicadas as osições das tomadas de ressão nas faces suerior e inferior do modelo reduzido, resectivamente, bem como a referência ara ângulo de incidência do vento. Na face externa da cobertura foram colocadas 311 tomadas, na face interna da cobertura foram colocadas 168 tomadas, nas abas da cobertura foram colocadas 78 tomadas e nos aoios foram colocadas 128 tomadas de ressão estática. Foram simulados todos os detalhes significativos da edificação real ara que as condições de semelhança geométrica fossem reservadas. Algumas simlificações foram realizadas no modelo ara que certos detalhes arquitetônicos não afetassem localmente as medidas em determinadas tomadas de ressão, rincialmente devido aos efeitos do número de Reynolds (Re) na distribuição de ressões sobre suerfícies curvas. 3

4 Figura 3 Distribuição das tomadas de ressão na face suerior da cobertura. Figura 4 Distribuição das tomadas de ressão na face inferior da cobertura. 4

5 As ressões externas em suerfícies curvas deendem da localização dos ontos de searação do escoamento, os quais variam com a velocidade do vento, características de sua turbulência, dimensões e relação entre as dimensões da edificação, curvatura da suerfície externa da cobertura e sua rugosidade. Logo, a distribuição das ressões adimensionais sobre modelos reduzidos é garantida ela reservação de Re nos ensaios, além da colocação de um determinado tio de rugosidade na suerfície da cobertura do modelo (no caso de suerfícies curvas) que rovoque transição no regime de escoamento ara um Re equivalente. Um aumento da turbulência do escoamento rovoca efeito semelhante ao de um aumento na rugosidade suerficial, rocedimento adotado neste estudo. O número de Reynolds influencia a forma do escoamento e, ortanto, a distribuição de ressões e a força exercida sobre o sólido imerso no escoamento. O número de Reynolds é definido como Re = V l /, sendo V a velocidade do vento, l uma dimensão característica e a viscosidade cinemática do ar, a qual ode ser considerada aroximadamente constante ara equenas variações de temeratura. Então, ara uma determinada dimensão característica l, Re deende fundamentalmente da velocidade, ou seja, quando se varia a velocidade, Re sofre uma variação equivalente. O efeito da variação do coeficiente de arrasto Ca com Re ara um cilindro de secção circular é indicado de forma qualitativa na figura 5 [4], a qual também mostra a diferença entre os valores de Ca ara coros com arestas vivas e com suerfícies curvas. É interessante ressaltar que em certos casos forças maiores odem resultar de velocidades menores conforme o valor de Ca. Além disso, tanto a rugosidade da suerfície do coro em estudo, bem como a turbulência do escoamento incidente, causam alterações na referida curva Ca x Re. Desta forma, extraolações de dados obtidos ara suerfícies curvas esecíficas, sejam chaminés, tubos, torres ou coberturas, não são recomendadas. Os ensaios foram realizados no túnel de vento Prof. Joaquim Blessmann da Universidade Federal do Rio Grande do Sul [2, 3], mostrado na figura 6. Trata-se de um túnel de vento de camada limite de circuito fechado, rojetado esecificamente ara ensaios estáticos e dinâmicos de modelos de construções civis. Este túnel ermite a simulação das rinciais características de ventos naturais. Tem relação comrimento / altura da câmara de ensaios suerior a 10. A velocidade do escoamento de ar nesta câmara, com vento uniforme e sem modelos, ultraassa 160 km/h. A simulação correta das rinciais características do vento natural em túneis de vento é requisito básico ara alicações em Engenharia Civil [5], sem a qual os resultados obtidos odem se afastar consideravelmente da realidade. De acordo com as características da rugosidade do terreno em torno do emreendimento foi simulado um vento com erfil otencial de velocidades médias de exoente igual a 0,23, o qual corresonde a terreno com rugosidade entre as Categorias III e IV da NBR 6123(1988) [6]. Além deste, a cobertura também foi ensaiada com um vento simulado contendo níveis de turbulência maiores, com erfil otencial de velocidades médias de exoente igual a 0,34, ara satisfazer os requisitos de número de Reynolds descritos no item anterior. As características da rugosidade do terreno simulado são as seguintes: 5

6 Figura 5 - Influência da variação do número de Reynolds sobre o coeficiente de arrasto de acordo com a forma da seção transversal. Os números 1, 2 e 3 na última figura reresentam rugosidades diferentes da suerfície da seção circular e têm efeito semelhante ao de uma variação da turbulência no escoamento incidente [4]. Figura 6 Túnel de Vento Professor Joaquim Blessmann do LAC/UFRGS. 6

7 Categoria III terreno lano ou ondulado com obstáculos, tais como sebes e muros, oucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esarsas. Exemlos: granjas e casas de camo, com exceção das artes com matos; fazendas com sebes e/ou muros; subúrbios a considerável distância do centro, com casas baixas e esarsas; A cota média do too dos obstáculos é considerada igual a 3,0m. Categoria IV terreno coberto or obstáculos numerosos e ouco esaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada. Exemlos: zonas de arques e bosques com muitas árvores; cidades equenas e seus arredores; subúrbios densamente construídos de grandes cidades; áreas industriais lena ou arcialmente desenvolvidas. A cota média do too dos obstáculos é considerada igual a 10m. Esta categoria inclui também zonas com obstáculos maiores e que ainda não ossam ser consideradas na Categoria V. Os ventos simulados englobam a gama de rugosidades existentes nas roximidades da edificação em estudo. Considerando-se as características do local em estudo e dos terrenos róximos ao emreendimento, otou-se or testar o modelo ara ventos incidentes com estas características. Em torno do modelo instrumentado foram reroduzidas as edificações mais róximas, na escala do modelo, ara que as condições de escoamento corresondessem o mais fielmente ossível às condições reais às quais a edificação testada estará sujeita deois de concluída. Com o correr dos anos há tendência de aumento da rugosidade das zonas construídas devido a rováveis futuras urbanizações, o que oderá causar alguma redução nos esforços estáticos em algumas zonas da edificação. Por outro lado, ossíveis efeitos nocivos de vizinhança, ela construção futura de outras edificações nas cercanias imediatas da edificação em estudo, odem ocorrer. Na recomosição do carregamento é ermitida a utilização de rugosidades distintas, desde que devidamente justificadas através de um estudo esecífico. Este estudo deve considerar a ossibilidade de transições nas rugosidades dos terrenos mais afastados. A figura 7 aresenta as rinciais características dos ventos simulados: erfil vertical das velocidades médias, em orcentagem da velocidade média no eixo longitudinal do túnel (ontos exerimentais e curva otencial teórica), intensidade (I1) e macro-escala (L1) da comonente longitudinal da turbulência [7]. 7

8 Figura 7 Características do vento deslizante e turbulento simulado com exoente =0,23. O erfil de velocidades médias mostrado na figura 7 é exresso, aroximadamente, ela lei otencial (Equação 1): V x 3 / Vref x3 / x (1) ref Sendo: V ( x 3 ) velocidade média na altura x3; V ref velocidade média em uma altura de referência (no túnel, xref = 450mm); = 0,23. 3 RESULTADOS 3.1 Coeficientes aerodinâmicos As ressões no modelo foram registradas or meio de transdutores elétricos de ressão. Um exemlo de registro das ressões obtidas através dos transdutores elétricos de ressão é mostrado no figura 8. Foram registradas as ressões ara cada onto de medição, sendo determinados os valores mínimos, médios, máximos e rms dos coeficientes de ressão. Figura 8 Registro da variação de ressão ao longo do temo ara a tomada 269 e ângulo de incidência do vento a 75 (vento com exoente =0,23). 8

9 Os coeficientes de ressão externa nas faces da cobertura são definidos elas Equações 2 a 5. Para o cálculo dos coeficientes aerodinâmicos a ressão dinâmica de referência, q, foi determinada a artir da velocidade média do vento a uma altura corresondente a 15m (quinze metros) acima do nível do terreno, em escala real. 1 T ( t) dt (2) T 0 c q T (3) 1 2 ( t) dt T 0 c~ q ĉ (4) max q min c (5) q Sendo: c coeficiente de ressão médio; c ~ coeficiente de ressão rms; ĉ c (t) coeficiente de ressão máximo; coeficiente de ressão mínimo; ressão instantânea, na suerfície da edificação, medida em relação à ressão estática de referência; valor médio de (t) ara o eríodo de amostragem T; max valor máximo de (t) ara o eríodo de amostragem T; min valor mínimo de (t) ara o eríodo de amostragem T; t temo; T eríodo de amostragem; 2 q 1/ 2V ressão dinâmica de referência; ρ massa esecífica do ar; V velocidade média de referência, medida a uma altura equivalente a 15m acima do nível do solo, em escala real. Foi adotada a seguinte convenção de sinais: coeficientes ositivos: sobreressão (+) coeficientes negativos: sucção (-) Embora as ressões de ico não ajam simultaneamente sobre toda a estrutura, as ressões médias odem ser integradas ara fornecerem valores médios das forças cortantes e momentos fletores e de torção atuantes na edificação. Estes valores odem ser usados em combinação com fatores de rajada, tais como os da NBR-6123(1988) [6], ara fornecerem as cargas totais equivalentes atuantes na edificação. 9

10 Os coeficientes de ressão médios calculados ermitem a determinação de coeficientes de forma externos (C Equação 6), alicáveis a uma suerfície lana de área A. C F / qa (6) Sendo F a resultante das ressões externas sobre a suerfície lana (é uma força erendicular a esta suerfície), como descrito ela Equação 7. F da c qda (7) E, ortanto, substituindo na Equação 6, obtém-se a Equação 8 que ermite determinar C a artir dos coeficientes de ressão médios or integração numérica. C 1 c da (8) 3.2 Forças devidas ao vento As forças externas devidas ao vento são determinadas elas Equações 9, 10 e 11. A A A A F CqA (9) 2 q,613v (10) 0 k V0S1S 2S3 V k (11) Sendo: C coeficiente aerodinâmico; q ressão dinâmica na altura de 15m [N/m²]; A área da zona em estudo (ou de sua rojeção) ara a qual está sendo determinada a força F do vento [m]; V k velocidade característica do vento [m/s]. Tendo sido reroduzido no túnel de vento o erfil vertical de velocidades médias do vento natural no local da obra, e tendo sido adotada a velocidade do vento a 15m de altura ara o cálculo dos coeficientes, S2 deve ser semre o corresondente a esta altura, na resectiva Classe (a Classe a considerar deende da finalidade do cálculo --- Ver item da NBR- 6123/88) e Categoria do terreno. Pode ser adotado um valor ara a velocidade básica do vento ara a cidade do Rio de Janeiro, RJ, corresondente a 35m/s, de acordo com a figura das isoletas da velocidade básica do vento indicada na NBR-6123(1988) [6]. Para esta cobertura foi realizado um no estudo esecífico ara determinação desta velocidade, considerado mais adequado e adotado neste estudo, equivalente a 35,5 m/s [8]. O valor de V k assim obtido alica-se a toda edificação, indeendentemente da zona ou região em estudo, mas deendendo da finalidade de cálculo, que fará variar S2 conforme comentado no arágrafo anterior. A comosição das diversas forças (vento, cargas acidentais, ermanentes, etc.) não é discutida neste trabalho. 10

11 As figuras 9, 10 e 11 aresentam exemlos de três carregamentos resultantes ara o ângulo 45. Os carregamentos são aresentados em termos de ressões resultantes, oriundas dos coeficientes de forma resultantes Cr, alicáveis às áreas de influência das tomadas indicadas na vista da face suerior (excluídas as tomadas nas regiões dos Aoios 1 e 2), e corresondem a distintas combinações dos coeficientes aerodinâmicos medidos nas faces suerior e inferior, admitindo-se distintas correlações entre os coeficientes de ico. Para os Carregamentos I, II e III (ressões médias) foi utilizada uma ressão dinâmica calculada sobre 10 segundos (CLASSE C NBR-6123). Carregamento I: Cr = C médio face suerior C médio face inferior Carregamento II: Cr = 0,7 [2 (C médio face suerior) (C médio face inferior) ] Carregamento III: Cr = 0,7 [(C médio face suerior) 2 (C médio face inferior) ] Figura 9 Carregamento I ara ângulo

12 Figura 10 Carregamento II ara ângulo 45. Figura 11 Carregamento III ara ângulo

13 3.3 Pressões locais na cobertura Considerações gerais As flutuações das ressões atuantes nas faces das edificações são devidas tanto às rajadas resentes no vento natural (turbulência atmosférica), como ao caráter flutuante da esteira gerada elo rédio. Normalmente, sucções ou sobreressões de ico, sobre um eríodo de uma hora, odem ter valores consideravelmente maiores do que as corresondentes ressões médias ara aquela mesma hora. As ressões locais eseradas, relevantes ao rojeto dos elementos de revestimento, odem ser determinadas através da combinação dos coeficientes aerodinâmicos medidos em ensaios em túnel de vento, com a estatística do vento na região de construção da edificação. Não há total consenso, dentro do atual estado da arte da Engenharia do Vento, quanto a qual rocedimento ara determinação das ressões locais é o mais significativo ara o rojeto dos elementos de revestimento. Entretanto, três alternativas são ossíveis: a) O rimeiro utiliza o conceito de fator de ico, g. A ressão de rojeto, o, é dada ela Equação 12: 0 g ~ (12) Sendo: carga causada elo vento médio (média sobre uma hora, usualmente); ~ média quadrática das flutuações em torno da ressão média; g fator de ico equivalente. O valor de g a ser adotado ode ser escolhido simlesmente como reresentativo de valores exerimentais conservativos, ou ser baseado em roriedades de resistência dos materiais, quando disoníveis. b) A segunda alternativa é utilizar diretamente os valores de ico medidos em túnel de vento, embora estes estejam sujeitos a uma disersão estatística consideravelmente maior do que valores dos coeficientes rms ou valores médios de g. A ressão de rojeto é dada ela Equação 13: q (13) Sendo: q ressão dinâmica de referência, corresondente à velocidade média de referência, medida sobre um intervalo de aroximadamente uma hora, medida a uma altura equivalente a 15m, em escala real, ara o caso da Cobertura do Parque Madureira; c coeficiente de ressão de ico (mínimo ou máximo, medido no túnel de vento). c) A terceira alternativa consiste em utilizar valores médios dos coeficientes de ressão combinados com ressões dinâmicas de ico. A ressão de rojeto é dada ela Equação 14: 0 c 13

14 q Sendo: q ressão dinâmica de referência, corresondente à velocidade média de referência, medida sobre um intervalo de aroximadamente três segundos, medida a uma altura equivalente a 15m, em escala real, ara o caso Cobertura do Parque Madureira; c coeficiente de ressão médio (média temoral, medido no túnel de vento). As ressões de rojeto indicadas acima devem considerar os efeitos das ressões internas, de acordo com as observações descritas no item deste trabalho Pressões internas Estimativas das ressões internas são necessárias ara a determinação dos carregamentos resultantes devidos ao vento em elementos de vedação e suas fixações. São também imortantes com reseito à conservação de energia, ois o escoamento de ar através da edificação será roorcional à diferença entre as ressões externas e internas. Embora de grande imortância, a ressão interna aresenta dificuldades quanto à sua exata determinação. Pressões internas são influenciadas or diversos fatores os quais também aresentam grandes incertezas em sua determinação, tais como o caráter da ermeabilidade da edificação, ou se as janelas ou outras aberturas externas serão deixadas abertas ou serão quebradas durante temestades. A comlexa distribuição esacial das ressões externas e a influência das variações temorais das ressões externas na determinação das ressões internas também devem ser consideradas. Aesar das dificuldades existentes, estimativas razoáveis da ressão interna odem ser obtidas. Para o rojeto dos elementos de vedação e suas fixações é de interesse a diferença entre as ressões externas e internas. Esta diferença reresenta o carregamento ao qual o elemento estará sujeito. No resente estudo, as ressões externas e internas, corresondendo às ressões nas faces suerior e inferior, resectivamente, são medidas diretamente no túnel de vento. As ressões internas na região entre as faces suerior e inferior odem ser determinadas a artir das ressões externas [9, 10] utilizando-se, or exemlo, a metodologia indicada na NBR-6123 (1988). As ressões internas odem então ser subtraídas das ressões externas ara formar as ressões resultantes. No caso de ermeabilidade uniforme do enveloe da edificação e não havendo reartições estanques, a ressão interna tenderá a um valor negativo ou róximo de zero. Isto significa que nas zonas sujeitas a ressões externas negativas (zonas de sucção) as ressões resultantes terão seus valores máximos equivalentes às ressões externas nas zonas corresondentes. Para as zonas em sobreressão externa, esera-se um acréscimo nos valores resultantes das ressões, orém menores em valor absoluto do que as ressões de sucção. Valores mais nocivos das ressões resultantes odem ocorrer caso aberturas sejam formadas, intencional ou acidentalmente, em zonas de alta sucção externa. 0 c (14) 14

15 4 CONCLUSÃO Observa-se que os valores dos coeficientes de ressão ara a cobertura da ista de half ie do Parque Madureira, obtidos nos ensaios em túnel de vento, são coerentes do onto de vista aerodinâmico com relação à forma da edificação estudada e de sua vizinhança. Contudo, os resultados aresentados neste estudo são válidos somente ara as configurações arquitetônicas finais solicitadas ara o estudo e ara ventos EPS. O estudo esecífico da ação do vento na cobertura ara etaas construtivas e construção arcial da mesma, fechamentos laterais, bem como outros tios de escoamento, não foram contemlados. Configurações distintas da cobertura estudada, incluindo a construção arcial da cobertura, odem alterar significativamente os adrões de carregamento aresentados. O estudo evidencia os benefícios da utilização do túnel de vento como ferramenta de rojeto ara estruturas, coberturas e fechamentos, viabilizando a construção de edificações com arrojados rojetos arquitetônicos. REFERÊNCIAS 1 Blessmann, J. Tóicos de normas de vento. 2ªed. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Blessmann, J. The Boundary Layer Wind Tunnel of UFRGS. Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics. 1982; volume 10: Cook, N. J. The designer s guide to wind loading of building structures. Part 2: Static Structures. London, UK: Building Research Establishment, Scruton, C. et al. Steady and Unsteady Wind Loading of Building and Structures. Philosohical Transactions of the Royal Society. London, UK: The Royal Society Publishing; 1971; volume A269, issue 1199: Davenort, A. G.; Isyumov, N. The Alication of The Boundary Layer Wind Tunnel to the Prediction of Wind Loading. Proceedings of the International Research Seminar: Wind Effects on Buildings and Structures. Ottawa, Canada: 1967; volume 1: Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-6123 Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro. 7 Engineering Sciences Data Unit Strong winds in the atmosheric boundary layer, Part 1: mean hourly wind seeds. Data item London, UK: ESDU, Loredo-Souza, A. M., Rocha, M. M. e Oliveira, M. G. K. Estudo do comortamento aerodinâmico da Cobertura do Parque Madureira Rio de Janeiro. Etaa I Determinação da velocidade básica do vento. Vento-S Consultoria em Engenharia do Vento Ltda. e Laboratório de Aerodinâmica das Construções Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Relatório Técnico VS-013/ Porto Alegre:

16 9 Blessmann, J. Pressão interna. 3ªed. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Loredo-Souza, A. M. Influence of oening tye on mean internal ressures in low buildings. Proceedings of the Ninth International Conference on Wind Engineering. New Delhi, India: 1995; volume 3,

AÇÃO DO VENTO SOBRE O MUSEU DO AMANHÃ*

AÇÃO DO VENTO SOBRE O MUSEU DO AMANHÃ* Tema: Coberturas e fechamentos: materiais, tecnologia e rojeto AÇÃO DO VENTO SOBRE O MUSEU DO AMANHÃ* Acir Mércio Loredo-Souza¹ Marcelo Maia Rocha¹ Mario Gustavo Klaus Oliveira² Maria Cristina Dolz Bênia²

Leia mais

ESTUDO EM TÚNEL DE VENTO DA COBERTURA DO ESTÁDIO DO GAMA - BRASÍLIA

ESTUDO EM TÚNEL DE VENTO DA COBERTURA DO ESTÁDIO DO GAMA - BRASÍLIA ESTUDO EM TÚNEL DE VENTO DA COBERTURA DO ESTÁDIO DO GAMA - BRASÍLIA Acir Mércio Loredo-Souza, Mario Gustavo Klaus Oliveira, Gustavo Javier Zani Núñez, Daniel de Souza Machado, Elvis Antônio Careggiani,

Leia mais

Ação e Efeitos do Vento em Coberturas de Estádios de Futebol: Influência da Forma Arquitetônica, Solução Estrutural e Localização Geográfica

Ação e Efeitos do Vento em Coberturas de Estádios de Futebol: Influência da Forma Arquitetônica, Solução Estrutural e Localização Geográfica Ação e Efeitos do Vento em Coberturas de Estádios de Futebol: Influência da Forma Arquitetônica, Solução Estrutural e Localização Geográfica Acir M. Loredo-Souza 1, Marcelo M. Rocha 1, Mario Gustavo K.

Leia mais

Estudo em Túnel de Vento da Cobertura do Estádio Beira-Rio, Porto Alegre

Estudo em Túnel de Vento da Cobertura do Estádio Beira-Rio, Porto Alegre CONSTRUMETAL CONGRESSO LATINO-AMERICANO DA CONSTRUÇÃO METÁLICA São Paulo Brasil 31 de agosto a 02 de setembro 2010 Estudo em Túnel de Vento da Cobertura do Estádio Beira-Rio, Porto Alegre Acir Mércio Loredo-Souza,

Leia mais

AÇÃO DO VENTO NAS EDIFICAÇÕES. (Segundo a NBR 6123:1988)

AÇÃO DO VENTO NAS EDIFICAÇÕES. (Segundo a NBR 6123:1988) AÇÃO DO VENTO NAS EDIFICAÇÕES (Segundo a NBR 6123:1988) INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Em uma edificação, as forças oriundas da ação do vento podem causar sérios danos a sua estrutura como também às partes que

Leia mais

Vento Fatores e Pressão Dinâmica

Vento Fatores e Pressão Dinâmica Sabesp Vento Fatores e Pressão Dinâmica Estruturas de Pontes 2 Profº Douglas Couri Jr. Vento Importantíssimo que seja considerado especialmente em estruturas esbeltas; Na estrutura, é transmitido diretamente

Leia mais

Ação do Vento nas Edificações

Ação do Vento nas Edificações Ação do Vento nas Edificações Sumário Conceitos iniciais Velocidade do vento Coeficientes aerodinâmicos e ação estática do vento Exemplo Prático 2 Introdução Diferenças de pressão => movimento das massas

Leia mais

VIGAS. Figura 1. Graus de liberdade de uma viga no plano

VIGAS. Figura 1. Graus de liberdade de uma viga no plano VIGS 1 INTRODUÇÃO viga é um dos elementos estruturais mais utiliados em ontes, assarelas, edifícios rincialmente ela facilidade de construção. Qual a diferença entre a viga e a barra de treliça? Uma viga

Leia mais

Segunda aula de fenômenos de transporte para engenharia civil. Estática dos Fluidos capítulo 2 do livro do professor Franco Brunetti

Segunda aula de fenômenos de transporte para engenharia civil. Estática dos Fluidos capítulo 2 do livro do professor Franco Brunetti Segunda aula de fenômenos de transorte ara engenharia civil Estática dos Fluidos caítulo 2 do livro do rofessor Franco Brunetti NESTA BIBLIOGRAFIA ESTUDAMOS FLUIDO ESTÁTICO E EM MOVIMENTO. BIBLIOGRAFIA

Leia mais

CONTROLE DE VIBRAÇÕES INDUZIDAS PELO VENTO EM EDIFÍCIOS ALTOS COM ESTRUTURA METÁLICA

CONTROLE DE VIBRAÇÕES INDUZIDAS PELO VENTO EM EDIFÍCIOS ALTOS COM ESTRUTURA METÁLICA CONTROLE DE VIBRAÇÕES INDUZIDAS PELO VENTO EM EDIFÍCIOS ALTOS COM ESTRUTURA METÁLICA André da Silva Czarnobay, Mario Gustavo Klaus Oliveira, Marcelo Maia Rocha, Acir Mércio Loredo-Souza Laboratório de

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2 Marcel Merlin dos Santos

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2 Marcel Merlin dos Santos 03/11/017 RESISTÊNIA DOS MATERIAIS Marcel Merlin dos Santos TENSÃO EM EIXOS QUE SE DEVE À ARGA AXIAL E À TORÇÃO Ocasionalmente os eios circulares são submetidos a efeitos combinados de carga aial e torção.

Leia mais

Capítulo 7 - Wattímetros

Capítulo 7 - Wattímetros Caítulo 7 - Wattímetros 7. Introdução Os wattímetros eletromecânicos ertencem à uma classe de instrumentos denominados instrumentos eletrodinâmicos. Os instrumentos eletrodinâmicos ossuem dois circuitos

Leia mais

Forças devido ao vento

Forças devido ao vento Forças devido ao vento Introdução Vento é o fenômeno em que ocorre um grande fluxo de gás. Na natureza, é o resultado da movimentação de massas de ar devido a variações de temperatura entre essas massas,

Leia mais

ECC 1008 ESTRUTURAS DE CONCRETO AÇÕES HORIZONTAIS EM EDIFÍCIOS. Ações do vento Desaprumo do edifício Ações sísmicas

ECC 1008 ESTRUTURAS DE CONCRETO AÇÕES HORIZONTAIS EM EDIFÍCIOS. Ações do vento Desaprumo do edifício Ações sísmicas ECC 1008 ESTRUTURAS DE CONCRETO AÇÕES HORIZONTAIS EM EDIFÍCIOS Ações do vento Desaprumo do edifício Ações sísmicas Prof. Gerson Moacyr Sisniegas Alva AÇÕES DO VENTO NAS EDIFICAÇÕES FORÇAS APLICADAS PELAS

Leia mais

3 Propagação em ambientes abertos na faixa GHz

3 Propagação em ambientes abertos na faixa GHz 3 Proagação em ambientes abertos na faixa 10-66 GHz Na faixa de freqüências de oeração entre 10 e 66 GHz, a existência de visada direta é muito imortante ara viabilizar a comunicação de sistemas sem fio

Leia mais

Aula # 8 Vibrações em Sistemas Contínuos Modelo de Segunda Ordem

Aula # 8 Vibrações em Sistemas Contínuos Modelo de Segunda Ordem UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA Laboratório de Dinâmica SEM 504 DINÂMICA ESTRUTURAL Aula # 8 Vibrações em Sistemas Contínuos Modelo de Segunda

Leia mais

2 Modelagem da casca cilíndrica

2 Modelagem da casca cilíndrica odelagem da casca cilíndrica As cascas cilíndricas odem ser definidas como um coro cuja distância de qualquer onto interno deste coro a uma suerfície de referência (usualmente a suerfície média da casca)

Leia mais

Parâmetros do Hidrograma Unitário para bacias urbanas brasileiras

Parâmetros do Hidrograma Unitário para bacias urbanas brasileiras RBRH Revista Brasileira de Recursos Hídricos Porto Alegre RS ABRH Vol 8 n.2 abr/jun) 195-199. 2003 Parâmetros do Hidrograma Unitário ara bacias urbanas brasileiras Carlos E. M. Tucci Instituto de Pesquisas

Leia mais

4 Cargas Dinâmicas 4.1 Introdução

4 Cargas Dinâmicas 4.1 Introdução 4 Cargas Dinâmicas 4.1 Introdução Carregamentos dinâmicos, or definição, são carregamentos em que a magnitude, a direção e a osição odem variar ao longo do temo. Consequentemente, as resostas da estrutura,

Leia mais

Aplicando a equação de Bernoulli de (1) a (2): A equação (1) apresenta quatro (4) incógnitas: p1, p2, v1 e v2. 2 z

Aplicando a equação de Bernoulli de (1) a (2): A equação (1) apresenta quatro (4) incógnitas: p1, p2, v1 e v2. 2 z 07 Exercício 0: Considerando o enturi (medidor de azão) reresentado a seguir, sabendo que o diâmetro interno da seção () é igual a 0,8 mm (segundo a norma ANSI B360 ara o aço 0 corresonde a um diâmetro

Leia mais

Base de Inteligência e Tecnologia - CLARO, Porto Alegre - RS. Altura: 90,2m Consultoria: Anibal Knijnik

Base de Inteligência e Tecnologia - CLARO, Porto Alegre - RS. Altura: 90,2m Consultoria: Anibal Knijnik Base de Inteligência e Tecnologia - CLARO, Porto Alegre - RS Altura: 90,2m Consultoria: Anibal Knijnik Torre de Telecomunicações CLARO, Porto Alegre Efeitos do Re no escoamento em torno de um cilindro

Leia mais

3 Método de Modelagem e Procedimento de Cálculo

3 Método de Modelagem e Procedimento de Cálculo 3 Método de Modelagem e Procedimento de Cálculo O resente trabalho se utiliza do método de modelagem zero dimensional ara uma zona. Este modelo foi escolhido or oferecer o melhor custo benefício na geração

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA NO ESCOAMENTO BIFÁSICO ÓLEO PESADO E GÁS NATURAL EM UM TRECHO VERTICAL DE UM DUTO

ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA NO ESCOAMENTO BIFÁSICO ÓLEO PESADO E GÁS NATURAL EM UM TRECHO VERTICAL DE UM DUTO ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA NO ESCOAMENTO BIFÁSICO ÓLEO PESADO E GÁS NATURAL EM UM TRECHO VERTICAL DE UM DUTO Lucas David Santos Silva Universidade Federal de Alagoas lucas.ds25@gmail.com

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTE Estática dos Fluidos

FENÔMENOS DE TRANSPORTE Estática dos Fluidos FENÔMENOS DE TRANSPORTE Estática dos Fluidos CAPÍTULO. 1 HIDROSTÁTICA HIDRODINÂMICA reouso ou equilíbrio (1ª e 3ª leis de Newton) movimento (comlexo e será tratado suerficialmente) OU HIDROSTÁTICA 1 Densidade

Leia mais

Modelagem Numérica de Falhas em Estruturas Mecânicas Associadas a Campos Eletromagnéticos

Modelagem Numérica de Falhas em Estruturas Mecânicas Associadas a Campos Eletromagnéticos Modelagem Numérica de Falhas em Estruturas Mecânicas Associadas a Camos Eletromagnéticos Luana Ribeiro Orlandini 1, Lurimar Smera Batista 2 1 Graduanda em Engenharia Industrial Mecânica IFBA. e-mail: luana.orlandini@yahoo.com.br

Leia mais

AA-220 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA

AA-220 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA AA- AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA Introdução e conceitos básicos da teoria Prof. Roberto GIL Email: gil@ita.br Ramal: 648 1 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA Objetivo: Partir das equações de Navier-Stokes

Leia mais

Estruturas de Betão Armado II 17 Pré-Esforço Perdas

Estruturas de Betão Armado II 17 Pré-Esforço Perdas struturas de Betão rmado II 17 ré-sforço erdas 1 Força Máxima de Tensionamento (Força de uxe) força alicada à armadura de ré-esforço, max (ou seja, a força na extremidade activa durante a alicação do ré-esforço),

Leia mais

Cap. 6. Definição e métodos de resolução do problema de valores de fronteira

Cap. 6. Definição e métodos de resolução do problema de valores de fronteira Ca. 6. Definição e métodos de resolução do roblema de valores de fronteira 1. Pressuostos 2. Formulação clássica do roblema de elasticidade linear 2.1 Condições no interior 2.2 Condições de fronteira 2.3

Leia mais

viscosidade laminar ABCD ABC D.

viscosidade laminar ABCD ABC D. Fluidos iscosos A iscosidade é o atrito interno entre as camadas de fluído. Por causa da iscosidade, é necessário exercer uma força ara obrigar uma camada de fluído a deslizar sobre outra. Lâmina fixa

Leia mais

Rememorando. Situação-problema 5. Teorema do Limite Central. Estatística II. Aula II

Rememorando. Situação-problema 5. Teorema do Limite Central. Estatística II. Aula II UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARAN PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Rememorando Estatística II Aula II Profa. Renata G. Aguiar 1 Figura 7 Distribuição de uma amostra (n = 150).

Leia mais

MADEIRA arquitetura e engenharia

MADEIRA arquitetura e engenharia Voltar MADEIRA arquitetura e engenharia Modelo ara Análise Global de Estruturas de Madeira com Avaliação de Forças Localizadas em inos Deformáveis nº 4 artigo3 Eng. Civil rof. Dr. Francisco A. Romero Gesualdo

Leia mais

ESTÁTICA DOS FLUIDOS. Pressão. Mecânica dos Fluidos Aula 3 Estática 15/01/2018. Prof. Édler Lins de Albuquerque

ESTÁTICA DOS FLUIDOS. Pressão. Mecânica dos Fluidos Aula 3 Estática 15/01/2018. Prof. Édler Lins de Albuquerque Mecânica dos Fluidos Aula 3 Estática Prof. Édler Lins de Albuquerque ESTÁTICA DOS FLUIDOS Pressão ESTÁTICA Estuda os esforços nos fluidos quando estes estão em reouso ou não eiste movimento relativo entre

Leia mais

SEPARAÇÃO SÓLIDO-FLUIDO NO CAMPO GRAVITACIONAL: GERAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EMPREGANDO SIMULAÇÕES CFD

SEPARAÇÃO SÓLIDO-FLUIDO NO CAMPO GRAVITACIONAL: GERAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EMPREGANDO SIMULAÇÕES CFD SEPARAÇÃO SÓLIDO-FLUIDO NO CAMPO GRAVITACIONAL: GERAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EMPREGANDO SIMULAÇÕES CFD N. P. ALMEIDA 1, M. C. CANHADAS 1, J. L. V. NETO 1 e K. G. dos SANTOS 1 1 Universidade Federal do

Leia mais

O calor específico desse material no estado sólido e seu calor latente de fusão valem, respectivamente:

O calor específico desse material no estado sólido e seu calor latente de fusão valem, respectivamente: 4 GRITO 3 1 o DI PSES 2 a ETP TRIÊNIO 25-27 FÍSIC QUESTÕES DE 11 2 11. Um bloco de um material sólido, de massa 1 g, é aquecido e sofre uma transição de fase ara o estado líquido. O gráfico abaixo mostra

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS FENÔMENOS DE TRANSPORTE MECÂNICA DOS FLUIDOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS FENÔMENOS DE TRANSPORTE MECÂNICA DOS FLUIDOS Universidade Federal Rural do Semiárido UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS FENÔMENOS DE TRANSPORTE MECÂNICA DOS FLUIDOS EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE EQUAÇÃO DE BERNOULLI

Leia mais

3. ANÁLISE DE DADOS EXPERIMENTAIS

3. ANÁLISE DE DADOS EXPERIMENTAIS 3. AÁLISE DE DADOS EXPEIMETAIS 3. Introdução. Todo dado eerimental deve ser analisado através de algum tio de rocedimento. Um bom eerimentalista deve fazer todo o esforço ossível ara eliminar todos os

Leia mais

Avaliação Experimental dos Coeficientes de Arrasto em uma Torre Treliçada de Suspensão

Avaliação Experimental dos Coeficientes de Arrasto em uma Torre Treliçada de Suspensão Avaliação Experimental dos Coeficientes de Arrasto em uma Torre Treliçada de Suspensão M. M. Rocha; A. M. Loredo-Souza; L. I. Rippel; G. J. Z. Núñez; E. A. Carpegianni, UFRGS A. O. Silva; J. C. P. Medeiros,

Leia mais

Escoamentos Compressíveis. Aula 03 Escoamento unidimensional

Escoamentos Compressíveis. Aula 03 Escoamento unidimensional Escoamentos Comressíveis Aula 03 Escoamento unidimensional 3. Introdução 4 de outubro de 947: Chuck Yeager a bordo do Bell XS- torna-se o rimeiro homem a voar a velocidade suerior à do som. 6 de março

Leia mais

viscosidade laminar ABCD ABC D.

viscosidade laminar ABCD ABC D. Fluidos iscosos A iscosidade é o atrito interno entre as camadas de fluído. Por causa da iscosidade, é necessário exercer uma força ara obrigar uma camada de fluído a deslizar sobre outra. âmina fixa Na

Leia mais

ANEXOS. r : raio do tubo (externo se o liquido molhar o tubo) g : aceleração da gravidade. m g (Lei de Tate) eq. A1

ANEXOS. r : raio do tubo (externo se o liquido molhar o tubo) g : aceleração da gravidade. m g (Lei de Tate) eq. A1 254 ANEXOS Anexo A: Método da gota endente ara medir tensão interfacial Introdução As moléculas na suerfície de um líquido estão sujeitas a fortes forças de atração das moléculas interiores. A resultante

Leia mais

a velocidade de propagação da onda para montante. Admita que a largura do canal é b = 3 m e que a altura inicial do escoamento é h u = 2 m.

a velocidade de propagação da onda para montante. Admita que a largura do canal é b = 3 m e que a altura inicial do escoamento é h u = 2 m. Problema. Num canal com secção rectangular escoa-se, em regime uniforme, o caudal de 8 m 3 /s. Numa determinada secção deste canal existe uma comorta de regulação. Uma manobra ráida nesta comorta rovoca

Leia mais

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. GLT a 21 Outubro de 2005 Curitiba - Paraná

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. GLT a 21 Outubro de 2005 Curitiba - Paraná SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GLT - 17 16 a 21 Outubro de 2005 Curitiba - Paraná GRUPO III GRUPO DE ESTUDO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO - GLT COEFICIENTES DE ARRASTO

Leia mais

EST 55 - AEROELASTICIDADE. Aerodinâmica Não Estacionária Introdução e conceitos básicos da teoria

EST 55 - AEROELASTICIDADE. Aerodinâmica Não Estacionária Introdução e conceitos básicos da teoria EST 55 - AEROELASTICIDADE Aerodinâmica Não Estacionária Introdução e conceitos básicos da teoria 1 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA Das equações de Navier-Stokes ara a equação otencial linearizada: Escoamentos

Leia mais

Mecânica dos Fluidos 3ª parte

Mecânica dos Fluidos 3ª parte 08-0-0 Mecânica dos Fluidos 3ª arte Introdução à Mecânica dos Fluidos Prof. Luís Perna 00/ Hidrodinâmica Na hidrostática estudámos fluidos em equilíbrio estático. Agora na hidrodinâmica iremos estudar

Leia mais

Capítulo 4: Equação da energia para um escoamento em regime permanente

Capítulo 4: Equação da energia para um escoamento em regime permanente Caítulo 4: Equação da energia ara um escoamento em regime ermanente 4.. Introdução Eocando o conceito de escoamento incomressíel e em regime ermanente ara a instalação (ide figura), odemos afirmar que

Leia mais

CENTRO DE IMPULSÃO, P6237

CENTRO DE IMPULSÃO, P6237 CENTRO DE IMPULSÃO, P67 1. INTRODUÇÃO O estudo de forças de ressão que actuam em suerfícies submergidas é um tóico fundamental no assunto de hidrostática, onde se relaciona a força de imulsão resultante

Leia mais

2 Ionosfera Introdução

2 Ionosfera Introdução 0 Ionosfera.1. Introdução A ionosfera é a arte suerior da atmosfera, comreendida entre aroximadamente 60 e 1000 km de altura, na qual existem artículas ionizadas ositivamente e elétrons livres. É formada,

Leia mais

Verificação e Validação da Solução Numérica do Código Mach2D para Problemas de Propulsão de Foguetes

Verificação e Validação da Solução Numérica do Código Mach2D para Problemas de Propulsão de Foguetes Verificação e Validação da Solução Numérica do Código MacD ara Problemas de Proulsão de Foguetes Jonas Joacir Radtke Coordenação do Curso de Tecnologia em Alimentos, COALM, UTFPR 65601-970, Francisco Beltrão,

Leia mais

Parâmetros do Hidrograma Unitário para Bacias Urbanas Brasileiras

Parâmetros do Hidrograma Unitário para Bacias Urbanas Brasileiras Parâmetros do Hidrograma Unitário ara Bacias Urbanas Brasileiras Carlos E. M. Tucci Instituto de Pesquisas Hidráulicas - Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto legre - RS - tucci@ih.ufrgs.br Recebido:

Leia mais

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Depto De Eng. Química e de Eng. De Alimentos EQA 5313 Turma 645 Op. Unit. de Quantidade de Movimento

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Depto De Eng. Química e de Eng. De Alimentos EQA 5313 Turma 645 Op. Unit. de Quantidade de Movimento UFSC Universidade Federal de Santa Catarina eto e Eng. Química e de Eng. e Alimentos EQA 51 Turma 645 O. Unit. de Quantidade de Movimento ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS LEITO FIXO O escoamento de fluidos

Leia mais

Capítulo 7: Escoamento Interno

Capítulo 7: Escoamento Interno Caítulo 7: Escoamento Interno Transferência de calor Escoamento interno O fluido está comletamente confinado or uma suerfície sólida: reresenta o escoamento de um fluido em um duto ou tubulação. Assim

Leia mais

AÇÃO DO VENTO EM COBERTURAS ISOLADAS. Daniela Grau Makowski

AÇÃO DO VENTO EM COBERTURAS ISOLADAS. Daniela Grau Makowski AÇÃO DO VENTO EM COBERTURAS ISOLADAS Daniela Grau Makowski Porto Alegre Novembro 2004 DANIELA GRAU MAKOWSKI AÇÃO DO VENTO EM COBERTURAS ISOLADAS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2015/16

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2015/16 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 05/6 Exame de ª época, 5 de Janeiro de 06 Nome : Hora : :30 Número: Duração : 3 horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : Consulta limitada

Leia mais

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Blucher Chemical Engineering Proceedings Dezembro de 2014, Volume 1, Número 1 X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Influência da esquisa em Engenharia Química no desenvolvimento

Leia mais

Capítulo 2 Estática dos Fluidos

Capítulo 2 Estática dos Fluidos Caítulo Estática dos Fluidos ME4310 5/0 e 04/03/010 INICIAMS A SLUÇÃ D PRBLEMA ENUMERAND AS SUPERFÍCIES DE SEPARAÇÃ DS FLUIDS, JÁ QUE ISS FACILITARÁ A APLICAÇÃ D TEREMA DE STEVIN Solução do segundo roblema?

Leia mais

Mecânica dos Fluidos para Engenharia Química

Mecânica dos Fluidos para Engenharia Química Mecânica dos Fluidos ara Engenharia Química ME5330 5/08/008 variação da viscosidade em unção da temeratura líquidos gases ressão escala de ressão eetiva absoluta noção de otência e rendimento ara as bombas

Leia mais

Ensaios de cargas de vento. 1 de 5 17/12/ :37

Ensaios de cargas de vento. 1 de 5 17/12/ :37 1 de 5 17/12/2008 13:37 Arquitetura Interiores Office Design Lighting Entrevista Tecnologia Memória Artigos Especiais Modelo reduzido do Sunset Residence, no interior do túnel de vento. Medidas de pressões

Leia mais

www.fisicanaveia.com.br www.fisicanaveia.com.br/cei Lentes Esféricas Estudo Analítico o ou i objeto A o F o O F i A i imagem Estudo Analítico Equação dos ontos conjugados f ' Aumento Linear Transversal

Leia mais

5 Análise do Fluxo de Gás Através de Chokes

5 Análise do Fluxo de Gás Através de Chokes Análise do Fluxo de Gás Através de Chokes 0 5 Análise do Fluxo de Gás Através de Chokes 5. Introdução A vazão de fluxo de quase todos os oços fluentes é controlada or um choke na cabeça do oço, um disositivo

Leia mais

8, 9 e 10) Figura 8. Figura 9. Figura 10

8, 9 e 10) Figura 8. Figura 9. Figura 10 A carga de ressão (h) ode ser obtida elos iezômetros (tubos de vidros graduados), que trabalham na escala efetiva e semre indicam a carga de ressão - h - (Figura 8, 9 e 0) Figura 8 Figura 9 Figura 0 36

Leia mais

AULA 8: TERMODINÂMICA DE SISTEMAS GASOSOS

AULA 8: TERMODINÂMICA DE SISTEMAS GASOSOS LCE-00 Física do Ambiente Agrícola AULA 8: TERMODINÂMICA DE SISTEMAS GASOSOS Neste caítulo será dada uma introdução ao estudo termodinâmico de sistemas gasosos, visando alicação de seus conceitos aos gases

Leia mais

viscosidade laminar ABCD ABC D.

viscosidade laminar ABCD ABC D. Fluidos iscosos A iscosidade é o atrito interno entre as camadas de fluído. Por causa da iscosidade, é necessário exercer uma força ara obrigar uma camada de fluído a deslizar sobre outra. âmina fixa Na

Leia mais

Estudo da influência dos índices de severidade na segurança de um Sistema Eléctrico de Energia

Estudo da influência dos índices de severidade na segurança de um Sistema Eléctrico de Energia Estudo da influência dos índices de severidade na segurança de um Sistema Eléctrico de Energia C. I. Faustino Agreira, C. M. Machado Ferreira, J. A. Dias Pinto e F. P. Maciel Barbosa 2 Deartamento de Engenharia

Leia mais

Escoamentos Compressíveis. Capítulo 03 Escoamento unidimensional

Escoamentos Compressíveis. Capítulo 03 Escoamento unidimensional Escoamentos Comressíveis Caítulo 03 Escoamento unidimensional 3. Introdução 4 de outubro de 947: Chuck Yeager a bordo do Bell XS- torna-se o rimeiro homem a voar a velocidade suerior à do som. 6 de março

Leia mais

Identidades Termodinâmicas

Identidades Termodinâmicas Caítulo 5 Identidades ermodinâmicas 5.1 Consistência das equações de estado Diferencial exato imos que as equações de estado são equações deduzidas das relações fundamentais or meio de diferenciação dos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes Comaração entre Newton e kgf; oundal e lbf: Newton kg m/s kgf kg 9,8 m/s oundal lbm ft/s lbf lbm,74 ft/s Comaração entre slug e lbm; UTM e kg: lbf slug ft / s lbf lbm UTM kg,74 kgf s m / kgf 9,8m / s ft

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2017/18

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2017/18 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 217/18 Exame de 1ª época, 2 de Janeiro de 218 Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas 1ª Parte : Sem consulta 2ª Parte : Consulta livre

Leia mais

Fig. 1 - Resposta em Malha Aberta

Fig. 1 - Resposta em Malha Aberta MODOS DE CONROLE Modo ou ação de controle é a forma através da qual o controlador age sobre o rocesso com o objetivo de manter a variável controlada no setoint. A ação de controle ara um rocesso deende

Leia mais

AE-249- AEROELASTICIDADE

AE-249- AEROELASTICIDADE AE-49- AEROELASTICIDADE Aerodinâmica Não Estacionária Introdução e conceitos básicos da teoria Instituto Tecnológico de Aeronáutica ITA/IEA 1 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA Das equações de Navier-Stokes

Leia mais

Aula 15 Introdução à Convecção

Aula 15 Introdução à Convecção ula 15 Introdução à Convecção luna: Renata Ladeia Data: 14.5.21 1) Ojetivos Os ojetivos desta aula serão aresentar as roriedades físicas envolvidas na transferência de calor or convecção assim como exor

Leia mais

Redes Neurais. Redes Neurais Recorrentes A Rede de Hopfield. Prof. Paulo Martins Engel. Memória associativa recorrente

Redes Neurais. Redes Neurais Recorrentes A Rede de Hopfield. Prof. Paulo Martins Engel. Memória associativa recorrente Redes eurais Redes eurais Recorrentes A Rede de Hofield Memória associativa recorrente A suressão do ruído numa memória auto-associativa ode ser obtida colocando-se uma função de limiar na saída de um

Leia mais

QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DO CONSUMIDOR RURAL COM CONDUTOR NÃO CONVENCIONAL.

QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DO CONSUMIDOR RURAL COM CONDUTOR NÃO CONVENCIONAL. QUALIDADE DA ENERGIA ELÉRICA DO CONSUMIDOR RURAL COM CONDUOR NÃO CONVENCIONAL. EIXEIRA, Rodrigo Rosa; SANOS, Euler Bueno dos. Escola de Engenharia Elétrica e de Comutação Laboratório de Máquinas Eseciais

Leia mais

Modelo de confiabilidade, disponibilidade e manutenibilidade de sistemas, aplicado a plataformas de petróleo.

Modelo de confiabilidade, disponibilidade e manutenibilidade de sistemas, aplicado a plataformas de petróleo. XXIII Encontro ac. de Eng. de rodução - Ouro reto, MG, Brasil, a de out de Modelo de confiabilidade, disonibilidade e manutenibilidade de sistemas, alicado a lataformas de etróleo. Marceloccorsi Miranda

Leia mais

11. Equilíbrio termodinâmico em sistemas abertos

11. Equilíbrio termodinâmico em sistemas abertos Equilíbrio termodinâmico em sistemas abertos Em um sistema aberto definimos o equilíbrio termodinâmico quando este sistema encontra-se simultaneamente em equilíbrio térmico, equilíbrio mecânico e equilíbrio

Leia mais

Física B Semiextensivo V. 2

Física B Semiextensivo V. 2 Física B Semiextensivo V Exercícios 0) V V V V F 04) E 0) E Verdadeira Verdadeira Verdadeira Verdadeira Falsa Ele refrata, afastando-se da normal Resolução Na rimeira figura o raio de luz que sai do bastão

Leia mais

Distribuição de Ações Horizontais

Distribuição de Ações Horizontais Distribuição de Ações Horizontais Disponível em http://www.chasqueweb.ufrgs.br/~jeanmarie/eng01208/eng01208.html jean.marie@ufrgs.br 1 Ações horizontais Vento (NBR 6123 ) Sismo Desaprumo (DIN 1053) jean.marie@ufrgs.br

Leia mais

Capítulo 1 Química-Física das Interfaces

Capítulo 1 Química-Física das Interfaces Problemas de Química-Física 2017/2018 Caítulo 1 Química-Física das Interfaces 1. Calcule o trabalho necessário ara aumentar de 1.5 cm 2 a área de um filme de sabão suortado or uma armação de arame (ver

Leia mais

Características da atmosfera superior, a partir de dados de alta resolução obtidos à superfície

Características da atmosfera superior, a partir de dados de alta resolução obtidos à superfície 463 Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.5, n.3,.463-468, 2 Camina Grande, PB, DEAg/UFPB - htt://www.agriambi.com.br Características da atmosfera suerior, a artir de dados de alta resolução

Leia mais

Estática dos Fluidos. Prof. Dr. Marco Donisete de Campos

Estática dos Fluidos. Prof. Dr. Marco Donisete de Campos UFMT- UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CUA - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA ICET - INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL Estática dos Fluidos Prof. Dr. Marco Donisete

Leia mais

F S F S F S HIDROSTÁTICA. A hidrostática analisa os fluidos em repouso. PRESSÃO. De acordo com a figura:

F S F S F S HIDROSTÁTICA. A hidrostática analisa os fluidos em repouso. PRESSÃO. De acordo com a figura: HIDROTÁTIC hidrostática analisa os fluidos em reouso. De acordo com a figura: PREÃO ressão,, exercida ela força de intensidade, que atua erendicularmente numa suerfície de área, é dada ela exressão: unidade

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade (Decreto-Lei n. 86/8, de de Agosto Programas novos e Decreto-Lei n. 74/004, de 6 de Março) Duração da rova: 50 minutos.ª FASE 007 VERSÃO PROVA ESCRITA

Leia mais

Segunda aula de teoria de ME5330. Fevereiro de 2011

Segunda aula de teoria de ME5330. Fevereiro de 2011 Segunda aula de teoria de ME5330 Fevereiro de 2011 As curvas características das bombas são de fundamental imortância ara a correta utilização das mesmas. Portanto, a erfeita comreensão dessas curvas é

Leia mais

A bibliografia pode ser acessada gratuitamente na página: Capítulo 2 Hidrostática

A bibliografia pode ser acessada gratuitamente na página:   Capítulo 2 Hidrostática Caítulo Hidrostática A hidrostática que também é denominada de estática dos fluidos! A bibliografia ode ser acessada gratuitamente na ágina: htt://www.escoladavida.eng.br/ft/chamada_de_ft.htm Bibliografia

Leia mais

a. as vazões em massa em (1) e (2); Respostas: Q m1 = 0,66 kg/s e Q m2 = 4,64 kg/s b. as vazões em volume em (1) e (2);

a. as vazões em massa em (1) e (2); Respostas: Q m1 = 0,66 kg/s e Q m2 = 4,64 kg/s b. as vazões em volume em (1) e (2); Exercício 84: O insuflador de ar na fiura abaixo, imõe 6.00 m 3 /h na seção (0). Como o sistema isa a refrieração de equiamentos, foram medidas as temeraturas nas seções (0); () e (), sendo resectiamente:

Leia mais

Um catalisador heterogêneo é aquele que está em uma fase diferente da do sistema reacional. Focaremos nossa aula em sistemas de gás e sólido.

Um catalisador heterogêneo é aquele que está em uma fase diferente da do sistema reacional. Focaremos nossa aula em sistemas de gás e sólido. ula: 32 Temática: Catálise Heterogênea Um catalisador heterogêneo é aquele que está em uma fase diferente da do sistema reacional. Focaremos nossa aula em sistemas de gás e sólido. catálise heterogênea

Leia mais

ESTUDO DA TORÇÃO DEVIDA AO VENTO EM EDIFÍCIOS ALTOS: COMPARAÇÃO ENTRE TÚNEL DE VENTO E NBR 6123/1988

ESTUDO DA TORÇÃO DEVIDA AO VENTO EM EDIFÍCIOS ALTOS: COMPARAÇÃO ENTRE TÚNEL DE VENTO E NBR 6123/1988 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Guilherme Martins Siqueira ESTUDO DA TORÇÃO DEVIDA AO VENTO EM EDIFÍCIOS ALTOS: COMPARAÇÃO ENTRE TÚNEL DE

Leia mais

Programação de um semáforo usando o método do grau de saturação

Programação de um semáforo usando o método do grau de saturação Programação de um semáforo usando o método do grau de saturação Luis Vilanova * Introdução O cálculo do temo de ciclo e dos temos de verde através do método do grau de saturação constitui excelente ferramenta

Leia mais

Definição das variáveis principais consideradas no Programa Richardson 4.0

Definição das variáveis principais consideradas no Programa Richardson 4.0 Definição das variáveis rinciais consideradas no Prorama Richardson 4 ) Ordens verdadeiras real*6dimension(:)allocatable :: V! ordens verdadeiras do erro verdadeiro character*5dimension(:)allocatable ::

Leia mais

viscosidade laminar ABCD ABC D.

viscosidade laminar ABCD ABC D. Fluidos iscosos A iscosidade é o atrito interno entre as camadas de fluído. Por causa da iscosidade, é necessário exercer uma força ara obrigar uma camada de fluído a deslizar sobre a camada adjacente.

Leia mais

Figura 4.21: Gráfico da intensidade das potências de qq U t qq (linhas 1 e 3), levando em conta os 30% de pontos mais intensos, N = 76 e fase = 0,

Figura 4.21: Gráfico da intensidade das potências de qq U t qq (linhas 1 e 3), levando em conta os 30% de pontos mais intensos, N = 76 e fase = 0, Figura 4.2: Gráfico da intensidade das otências de q U t q (linhas e 3), levando em conta os 3% de ontos mais intensos, N = 76 e fase =, comaradas com órbitas eriódicas clássicas (linhas 2 e 4) obtidas

Leia mais

ES013. Exemplo de de um Projeto Completo de de um de deconcreto Armado

ES013. Exemplo de de um Projeto Completo de de um de deconcreto Armado Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Deartamento de Engenharia de Estruturas e Fundações ES013 Eemlo de de um Projeto Comleto de de um Edifício de deconcreto Armado Prof. Túlio Nogueira Bittencourt

Leia mais

VII.- VERIFICAÇÃO À RUPTURA

VII.- VERIFICAÇÃO À RUPTURA VII.- VERIFICAÇÃO À RUPTURA 7.1 - CONDIÇÃO DE ESTABILIDADE Será analisado neste caítulo o "Estado Limite Último Devido à Flexão" no concreto rotendido. Em um risma solicitado a flexão simles, a estabilidade

Leia mais

Unidade I 1. Termometria. Professor Dr. Edalmy Oliveira de Almeida

Unidade I 1. Termometria. Professor Dr. Edalmy Oliveira de Almeida Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Educação e da ultura - SEE UNIVERSIDADE DO ESADO DO RIO GRANDE DO NORE - UERN Pró-Reitoria de Ensino de Graduação PROEG Home Page: htt://www.uern.br

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo FLUXO LINEAR

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo FLUXO LINEAR Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Deartamento de Engenharia de Minas e de Petróleo FLUXO LINEAR PMI 673 - Mecânica de Fluidos Alicada a Reservatórios Prof. Eduardo César Sansone REGIMES DE

Leia mais

H<=200m (evidencia a importância de outro tipo de análises para alturas superiores a 200m)

H<=200m (evidencia a importância de outro tipo de análises para alturas superiores a 200m) Conteúdos do EC 1.4 e Regulamentações Internacionais Análogas Especificações para velocidades base ou de referência para várias zonas abrangidas pelo código. Geralmente uma velocidade de referência a 10m

Leia mais

A TÉCNICA DE RÁDIO OCULTAÇÃO DE GPS NO ESTUDO DA ATIVIDADE DE ONDAS DE GRAVIDADE NA ESTRATOSFERA

A TÉCNICA DE RÁDIO OCULTAÇÃO DE GPS NO ESTUDO DA ATIVIDADE DE ONDAS DE GRAVIDADE NA ESTRATOSFERA A TÉCNICA DE RÁDIO OCULTAÇÃO DE GPS NO ESTUDO DA ATIVIDADE DE ONDAS DE GRAVIDADE NA ESTRATOSFERA Cristiano Max Wrasse 1, Hisao Takahashi, Joaquim Fechine 3 4 Jens Wicker, 5 Clezio M. Denardini 135 Instituto

Leia mais

Primeiro semestre de 2013 Mecânica dos Fluidos para a engenharia química Aula 8 de teoria

Primeiro semestre de 2013 Mecânica dos Fluidos para a engenharia química Aula 8 de teoria Primeiro semestre de 013 Mecânica dos Fluidos ara a engenharia química Aula 8 de teoria O objetivo desta aula é concluir o estudo do fenômeno de cavitação e introduzir o estudo da associação em série de

Leia mais

Primeiro semestre de 2012 Mecânica dos Fluidos para a engenharia química Aula 7 de teoria

Primeiro semestre de 2012 Mecânica dos Fluidos para a engenharia química Aula 7 de teoria Primeiro semestre de 2012 Mecânica dos Fluidos ara a engenharia química Aula 7 de teoria O objetivo desta aula é estudar o fenômeno de cavitação e mencionar algumas rovidências a serem tomadas na tentativa

Leia mais

Redes Neurais e Sistemas Fuzzy

Redes Neurais e Sistemas Fuzzy Conceitos básicos de redes neurais recorrentes Redes eurais e Sistemas Fuzzy Redes eurais Recorrentes A Rede de Hofield A suressão do ruído numa memória auto-associativa linear ode ser obtida colocando-se

Leia mais

Eletromagnetismo II. Preparo: Diego Oliveira. Aula 4. Dispersão Óptica em Meios Materiais

Eletromagnetismo II. Preparo: Diego Oliveira. Aula 4. Dispersão Óptica em Meios Materiais Eletromagnetismo II Prof. Dr. R.M.O Galvão - Semestre 05 Prearo: Diego Oliveira Aula 4 Disersão Ótica em Meios Materiais Em Eletromagnetismo I discutimos como um camo elétrico externo é alterado em um

Leia mais