Boletim Diário MERCADOS. Índices, Câmbio e Commodities. Bolsa. Câmbio. Altas e Baixas do Ibovespa. Juros. Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

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1 MERCADOS Bolsa Ontem a bolsa abriu em alta e assim permaneceu até o final, mas o fechamento se deu abaixo da máxima do dia pressionado pelas quedas das bolsas no exterior, na segunda parte do pregão. No campo doméstico o placar a favor do impedimento da presidente fez preço no mercado e ajudou na alta. No final o Ibovespa subiu 0,87% aos pontos e giro financeiro de R$ 5,1 bilhões. Na agenda hoje o IPCA de março em 0,43% abaixo do esperado e desacelerando frente 0,90% de fevereiro, acumulando 9,39% nos últimos 12 meses. Nos EUA os estoques no atacado de fevereiro. Hoje, Bolsas na Europa em alta e dólar em baixa. Por aqui o comportamento do mercado deve seguir refletindo o noticiário político. Câmbio Embora fosse de se esperar uma queda da moeda norte-americana, o dólar fechou em alta em relação ao real e às moedas emergentes, tendo como pano de fundo a queda dos preços do petróleo e o aumento da aversão a ativos de risco frente maior preocupação com o crescimento da economia mundial. No lado doméstico, as atuações do Banco Central no mercado de câmbio também ajudaram a alta do dólar, de 1,30% para R$ 3,69. Já o contrato futuro para maio avançava 1,14% para R$ 3,71. Índices, Câmbio e Commodities Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 48, (3.1) 11.9 Ibovespa Fut. 48, Nasdaq 4,848 (1.5) (0.4) (3.2) DJIA 17,542 (1.0) (0.8) 0.7 S&P 500 2,042 (1.2) (0.9) (0.1) MSCI 1,622 (0.7) (1.6) (2.5) Tóquio 15, (5.6) (16.9) Xangai 2,985 (0.8) (0.6) (15.7) Frankfurt 9,531 (1.0) (4.4) (11.3) Londres 6,137 (0.4) (0.6) (1.7) Mexico 45,052 (0.5) (1.8) 4.8 India 24,674 (0.0) (2.6) (5.5) Rússia 859 (0.5) (1.9) 13.5 Dólar - vista R$ (6.9) Dólar/Euro $1.14 (0.2) (0.0) 4.8 Euro R$ (2.4) Ouro $1, Petróleo Brent $39.43 (1.0) (0.4) 5.8 Petróleo WTI $37.26 (1.3) (2.8) 0.6 * Dia anterior, exceto Ásia Altas e Baixas do Ibovespa BRKM5 6.1% RADL3 5.3% BBSE3 3.4% JBSS3 3.1% Juros BBAS3 RUMO3-16.9% 3.1% Os contratos futuros de juros subiram basicamente norteados pelas declarações do presidente do BC Alexandre Tombini, de que não há espaço para uma flexibilização da política monetária, o que segurou as apostas de uma antecipação do corte da Selic, puxando pra cima os juros mais curtos. Já os longos subiram sensibilizados com maior incerteza política no mercado local e ao movimento de aversão ao risco no exterior. Nesse contexto o DI para janeiro de 2017 subiu de 13,84% para 13,88%, enquanto o jan/18 avançou de 13,67% para 13,76%, e o jan/21 subiu de 14,12% para 14,24%. GOAU4-5.2% HGTX3-3.5% LAME4-2.6% KLBN11-2.2% Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 FGV: IPC-S (m/m) 7-abr 0,50% 0,48% 0,50% 09:00 IBGE: IPCA (m/m) Março 0,46% 0,43% 0,90% 09:00 IBGE: IPCA (a/a) Março 9,42% 9,39% 10,36% Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 11:00 Estoques no atacado (m/m) Fevereiro -0,20% 0,20% 11:00 Vendas de negócio no atacado (m/m) Fevereiro 0,002-1,70% Dow Jones Ibovespa Página 1

2 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES BM&FBovespa (BVMF3) Venda da totalidade das ações de emissão do CME Group Inc. A BM&FBovespa comunica que alienou, na data de ontem (7), a totalidade das ações de emissão do CME Group Inc. que detinha (equivalente a 13,6 milhões de Class A Common Stocks, ou 4% do total de ações emitidas pelo CME Group), com o objetivo de obter recursos para fazer frente às necessidades da companhia no contexto da proposta combinação de negócios com a CETIP S.A. Conforme comunicado, o CME Group e a BM&FBOVESPA continuarão trabalhando em conjunto no desenvolvimento e listagem cruzada de produtos nas respectivas bolsas, assim como manterão a cooperação tecnológica. Neste sentido, o CME Group informou que, neste momento, não pretende reduzir sua participação acionária na BM&FBovespa, que é atualmente de 4% das ações em circulação,e que o Sr. Charles Carey seguirá como membro do Conselho de Administração da companhia. Opinião: Baseado na avaliação da CME de US$ 31,2 bilhões, os 4% de participação corresponderiam aproximadamente US$ 1,25 bilhão. A companhia informou hoje (8) que esta alienação da totalidade das ações de emissão do CME Group Inc. gerou um prejuízo contábil preliminarmente estimado em R$ 470 milhões, o qual impactará os resultados do segundo trimestre de Lembrando que em 9 de setembro do ano passado, a BM&FBovespa vendeu uma participação de 1% do capital da CME, equivalente a 3,4 milhões de Class A Common Stocks, e que por conta da descontinuidade do método de equivalência patrimonial em set/15, havia sido reconhecido contabilmente um resultado de R$ 1.734,9 milhões que representava parcela substancial do lucro gerado por esse investimento. Assim, o prejuízo que será reconhecido no 2T16 refletirá as variações no preço da ação do CME Group e na cotação do dólar norte-americano versus o real de setembro de 2015 até a presente data, bem como PIS e COFINS sobre o ganho de capital gerado nessa transação. As ações da companhia estão sendo negociadas ao preço de R$ 15,15/ação (valor de mercado de R$ 27,0 bilhões), com uma valorização de 39,1% este ano. Nesse patamar de preço e considerando ainda a média das projeções (Bloomberg), correspondem a um P/L de 17,3x para este ano, e a um VE/EBITDA de 13,8x. Nesse contexto, esperamos para breve o anúncio da fusão dos seus negócios com a Cetip (CTIP3). Página 2

3 Setor Papel e Celulose Preços da celulose em queda Neste ano, diferente do que aconteceu em 2015, os preços da celulose de fibra curta comercializada nos principais mercados globais têm apresentado arrefecimentos significativos. Talvez a principal hipótese levantada para este movimento, está relacionada com o ritmo da operação de novas unidades fabris e o crescimento da demanda global pela commodity. A inauguração de novas unidades produtoras tem intensificado a queda nos preços da celulose, colocando essa matéria-prima na mesma espiral descendente de outras commodities. Segundo dados do índice Foex, na última semana a cotação da celulose de fibra curta (BHKP) comercializada na Europa registrou queda superior a US$ 18/ton e de US$ 11/ton na China. Levando em consideração os dados coletados desde meados de dezembro, a desvalorização chega a US$ 100 por tonelada China, enquanto na Europa US$ 75/ton. Um fator positivo em relação a esse movimento está relacionado a um grande número de paradas programadas para manutenção no 2T16, podendo trazer alguma recuperação ou simplesmente amenizar esta queda no curtíssimo prazo. Acredita-se ainda na avaliação de que as cotações da fibra curta podem ter atingido o piso, diante da chegada do período sazonalmente mais forte para a celulose e da proximidade entre o preço atual e o custo de produção de algumas fábricas. Por outro lado, com o início das operações da unidade da Klabin no Paraná, os preços continuarão caindo gradualmente nos próximos meses, podendo atingir o fundo do poço no terceiro trimestre. Como resultado deste movimento as ações das principais companhias brasileiras listadas na bolsa têm registrado este ano retornos aquém daquele observado em No acumulado de 2016, a ação FIBR3 registra queda de 41,74%, SUZB5 baixa de 39,54% e KLBN11-24,88%. Projeções mais otimistas para o preço do minério O governo da Austrália, através do escritório do economista-chefe do Departamento da Indústria, Inovação e Ciência, divulga trimestralmente projeções para os principais minerais vendidos por aquele país. Como a Austrália é o maior produtor e exportador mundial de minério de ferro, as opiniões do seu governo sobre o produto são da maior importância. Página 3

4 Em seu último estudo, o governo da Austrália melhorou as projeções do preço do minério para Anteriormente a previsão era de que o preço médio seria de US$ 41,30 por tonelada, que foi elevada para US$ 45/t. (+8,9%). Até o dia 6/abril, o preço médio do minério foi de US$ 49,03 por tonelada no ano. Os preços já subiram 25,2% em A reversão da expectativa de preços cada vez menores para o minério de ferro é muito positiva para as mineradoras brasileiras, com destaque para a Vale e CSN. Projeções para o Minério de Ferro E 2017E 2018E 2019E 2020E 2021E Preços- US$/t Exportações Brasileiras - milhões de t Exportações Australianas - milhões t Importações Chinesas - milhões t Fonte: Australia Department of Industry, Innovation and Science Para os anos seguintes a 2016, as projeções australianas são ainda mais otimistas. Esperase que o preço do minério vá subir 24,4% em 2017 e mais 9,6% em Estas previsões de alta dos preços vão em contraposição às importações chinesas do produto, que não devem crescer muito. Em 2016, as importações chinesas de minério podem crescer 5,7%, mas permanecerão praticamente estáveis em 2017 (+0,3%) e devem cair durante 2018 (- 0,7%). Apesar das importações chinesas não crescerem muito, o governo australiano espera que as suas exportações de minério venha a crescer continuamente nos próximos anos, assim com as vendas do Brasil. As previsões são de as exportações australianas venham a crescer em 2016 (10,3%), assim como em 2017 (4,2%) e 2018 (2,9%). Para o Brasil, as previsões são de um incremento de 7,3% nas exportações em 2016, seguido por altas em 2017 (5,9%) e 2018 (4,9%). Isso significa que os produtores de alto custo, inclusive chineses, devem continuar perdendo mercado aceleradamente. Nossa recomendação para VALE5 é de Manutenção com Preço Justo de R$ 14,50/ação. Para CSN, recomendamos Vender com Preço Justo de R$ 6,20/ação. Página 4

5 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Fonte: Ibovespa, dados até 05/04/2016 Fluxo de Capital Estrangeiro (R$ milhões) 5/4/16 30 dias Mês Ano Saldo 154, ,5 41, ,7 Fonte: BMFBovespa Contratos em Aberto Ibovespa Futuro Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro I. Não Residentes I. Institucionais Compra Venda Líquido Página 5

6 AGENDA MACROECONÔMICA Data Horário País / Região Indicador Referência Expectativa Anterior Segunda-feira 08:00 BR FGV - IGP-M 1º Prévia Abril 0,43% 11/04/ :25 BR BC - Pesquisa Focus (Semanal) 15:00 BR Balança Comercial semanal 10/abr Terça-feira 05:00 BR IPC FIPE- Semanal 07/abr 0,92% 12/04/ :00 BR Vendas a varejo (m/m) Fevereiro -0,70% -1,50% 09:00 BR Vendas no varejo (a/a) Fevereiro -8,50% -10,30% 09:30 EUA Índice de preços de importação (m/m) Março 1,00% -0,30% 09:30 EUA Índice de preços de importação (a/a) Março -4,80% -6,10% 00:00 CH Balança comercial Março 34,95 bi. 32,59 bi. 00:00 CH Balança comercial CNY Março 203,65 bi. 209,50 bi. Quarta-feira BR Atividade econômica (m/m) Fevereiro -0,61% 13/04/2016 BR Atividade econômica (a/a) Fevereiro -7,55% 08:00 EUA MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 08/abr 2,70% 09:30 EUA Adiantamento de vendas no varejo (m/m) Março 0,10% -0,10% 09:30 EUA Vendas no varejo exc auto (m/m) Março 0,40% -0,10% 09:30 EUA Vendas no varejo exc auto e gás Março 0,30% 0,30% 09:30 EUA Vendas no varejo Grupo de controle Março 0,30% 0,00% 09:30 EUA IPP exceto alimentos e energia (m/m) Março 0,10% 0,00% 09:30 EUA IPP Exc. alimentos, energia, negociação M/M Março 0,10% 09:30 EUA IPP exceto alimentos e energia (a/a) Março 1,30% 1,20% 09:30 EUA IPP Exc. alimentos, energia, negociação A/A Março 0,90% 06:00 EURO Produção industrial Sazonal (m/m) Fevereiro -0,60% 2,10% 06:00 EURO Produção industrial (a/a) Fevereiro 1,30% 2,80% Quinta-feira 08:00 BR FGV - IGP-10 (m/m) Abril 0,58% 14/04/ :30 EUA Seguro-desemprego 02/abr 2191 mil 09:30 EUA IPC (m/m) Março 0,20% -0,20% 09:30 EUA IPC exc alimentos e energia (m/m) Março 0,20% 0,30% 09:30 EUA IPC (a/a) Março 1,00% 1,00% 09:30 EUA IPC exc alimentos e energia (a/a) Março 2,30% 2,30% 09:30 EUA Índice IPC NSA Março 238,53 237,111 09:30 EUA IPC Principal (SA) Março 246, ,925 06:00 EURO IPC (m/m) Março 1,20% 0,20% 06:00 EURO IPC (a/a) Março -0,10% -0,10% 23:00 CH Produção industrial (acum. no ano a /a) Março 5,50% 5,40% 23:00 CH Produção industrial (a/a) Março 6,00% 23:00 CH Vendas no varejo (a/a) Março 10,40% 23:00 CH Vendas varejo (acumulado no ano a/a) Março 10,20% 10,20% 23:00 CH PIB Acumulado (a/a) 1T 6,70% 6,90% Fonte: Bloomberg Página 6

7 Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Ingrid Lima de Jesus ijesus@planner.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 7