Boletim Diário MERCADOS. Índices, Câmbio e Commodities. Bolsa. Câmbio. Altas e Baixas do Ibovespa. Juros. Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

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1 MERCADOS Bolsa Índices, Câmbio e Commodities A Bovespa passou por uma forte realização de lucros na sexta-feira, com queda de 3,71% fechando aos pontos e giro financeiro de R$ 11,1 bilhões. A sinalização passada no exterior para os juros futuros dos Estados Unidos acabou tendo impacto do lado doméstico. Hoje a agenda econômica traz a primeira prévia de inflação pelo IGP-M com alta de 0,38% e mais tarde sai a Balança Comercial Semanal. As bolsas internacionais mostram queda no fechamento da Ásia e na Europa nesta manhã. Este comportamento dos mercados somado ao momento de incertezas no curto prazo, poderão pesar sobre a Bovespa novamente nesta segunda-feira. Câmbio O mercado de câmbio teve a influência dos acontecimentos no mercado internacional, mais especificamente a expectativa gerada pelo Banco Central Europeu sobre a política econômica na Europa. No mercado à vista, o dólar fechou aos R$ 3,2802, com avanço de 1,99%. Altas e Baixas do Ibovespa Juros A leitura feita em relação ao futuro dos juros na Europa vem mexendo com o mercado doméstico nos últimos dias. Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 encerrou em 13,975% de 13,950% no ajuste de ontem. O DI jan/21 (maior liquidez) fechou na máxima, a 12,09%, de 11,88%. Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 FGV - IGP-M 1º Prévia Setembro 0,00% 08:25 BC - Pesquisa Focus (Semanal) China Referência Expectativa Apurado Anterior 21:01 Pesquisa de mão de obra 4T 2,00% 23:00 Produção industrial (a/a) Agosto 6,20% 6,00% 23:00 Produção industrial (acum. no ano a/a) Agosto 6,00% 6,00% 23:00 Vendas no varejo (a/a) Agosto 10,20% 10,20% 23:00 Vendas varejo (acumulado no ano a/a) Agosto 10,30% 10,30% Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Dow Jones Ibovespa Página 1

2 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES Usiminas (USIM5): Finalização do processo de renegociação das dívidas O Conselho de Administração da empresa aprovou as cláusulas definitivas da renegociação de 92% da dívida, que foi realizada com três bancos privados brasileiros, mais o BNDES, além de cinco instituições japonesas e os debenturistas da 6ª Emissão. A assinatura dos contratos definitivos vai ocorrer hoje (12/setembro). Os principais pontos da renegociação estipulam um prazo total de dez anos para a quitação das dívidas, período de carência de três anos para o início do pagamento do principal e a Usiminas só poderá conceder os dividendos mínimos de lei e se o fizer, terá de pagar o mesmo montante aos credores. A celebração desta negociação é altamente positiva para a Usiminas, sendo fundamental para a sobrevivência da empresa. Ao final do 2T16, o endividamento era muito alto em relação à geração de caixa. Em junho/2016, a dívida bruta era de R$ 7,2 bilhões e líquida de R$ 4,5 bilhões, sendo que no primeiro semestre do ano a empresa gerou um EBITDA ajustado de apenas R$ 119 milhões. Anualizando estes números, a relação dívida líquida/ebitda seria de elevadíssimos 19,0x. Usiminas - Endividamento R$ milhões 2T16 1T16 Var. 2T15 Var. Dívida Bruta ,6% ,8% - Moeda Nacional ,6% ,8% - Moeda Estrangeira ,9% ,8% Caixa ,3% ,1% Dívida Líquida ,5% ,1% Fonte: Usiminas Portanto, passada a renegociação da dívida, a diretoria da Usiminas já anunciou que seu foco agora é no aumento da geração operacional de caixa. Na teleconferência de resultados do 2T16, o presidente da empresa destacou que eles estão trabalhando em cinco frentes para melhoria da operação, que são: 1 - Novo modelo de negócios na unidade de Cubatão (antiga Cosipa): Estão estudando formas de tornar a unidade rentável, agora produzindo a partir de placas adquiridas de terceiros; 2 - Usina de Ipatinga: Otimização da unidade levando-a para padrões mundiais de produtividade; Página 2

3 3 - Recursos humanos: Completa reestruturação gerencial da empresa; 4 - Suprimentos: Renegociação de todos os contratos e revisão dos processos da área; 5 - Geração de receitas: Forte trabalho para aumento nos volumes vendidos e implementação de correções do preço. A diretoria terá uma árdua tarefa de elevar os resultados operacionais, visto que o EBITDA gerado pela área de siderurgia da Usiminas no primeiro semestre/2016 foi de apenas R$ 96 milhões, com uma margem de somente 2,7%. Enquanto isso, no 1S15 o EBITDA chegou a R$ 543 milhões (margem de 10,9%). Nossa recomendação para USIM5 é de Manutenção com Preço Justo de R$ 2,45 por ação. Neste ano esta ação já subiu 152,6% enquanto o Ibovespa teve alta de 33,8%. Boletim Focus: Pequenos ajustes para ambos os exercícios O Boletim Focus publicado nesta segunda-feira não trouxe nenhum destaque significativo, apenas alguns ajustes pontuais, sem alterar a tendência manifestada nos boletins anteriores. Para 2016, inflação acima da meta, atividade econômica em recessão e redução da Selic em 0,50%. Para 2017 pequenos ajustes para baixo para o IGPM e Balança Comercial, e manutenção dos demais indicadores no mesmo patamar da semana anterior. Elevação das expectativas de inflação (IPCA) para 2016 com redução para o IGPM. Para este ano, as estimativas apontam inflação medida pelo IPCA em 7,36% ante 7,34% da leitura da semana anterior, com redução do IGPM de 8,23% para 8,19%. O cenário permanece o mesmo com a inflação acima do teto da meta. A inflação corrente segue pressionada, em parte em decorrência de preços de alimentos, e vem recuando em ritmo mais lento que o esperado. Para 2017 as estimativas para o IPCA foram mantidas em 5,12%, igual patamar de há três semanas, com redução para o IGPM de 5,57% para 5,55%. Página 3

4 IPCA de agosto desacelera. De acordo com o IBGE, o IPCA registrou 0,44% em agosto após inflação de 0,52% em julho, acumulando nos oito primeiros meses de 2016 uma taxa de 5,42%, abaixo dos 7,06% registrados em igual período do ano passado. O grupo Alimentação e Bebidas, que passou de 1,32% em julho para 0,30% em agosto, é o principal responsável pela desaceleração do indicador. Em 12 meses, a inflação foi de 8,97%, superando os 8,74% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. IGP-M em agosto. Como já divulgado, a inflação medida pelo IGP-M desacelerou de 0,18% em julho para 0,15% em agosto. Mesmo assim o indicador veio acima das expectativas, com média de 0,11%, no intervalo entre 0,02% a 0,23%. No ano, o IGP-M acumula alta de 6,25% e em 12 meses avança 11,49%. No conjunto do atacado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) voltou a acelerar, indo de baixa de 0,01% para 0,04%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu 0,40% em agosto, após alta de 0,29% em julho. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,26% em agosto, abaixo do resultado de julho, de 1,09%. As expectativas para a Meta Selic em 2016 foram mantidas em 13,75% e em 11,00% para As projeções da Meta Selic para este ano foram mantidas em 13,75% o que embute uma redução de 0,50% nas duas reuniões remanescentes, em outubro e novembro. Na reunião do Copom (dias 30 e 31 de agosto), foi decidido, por por unanimidade, pela manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano, sem viés. De acordo com a autoridade monetária, o conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom mostra evidências de que a economia brasileira tenha se estabilizado recentemente e sinais de possível retomada gradual da atividade econômica. Lembrando que a economia segue operando com alto nível de ociosidade. No âmbito externo, o cenário ainda apresenta interregno benigno para economias emergentes. No entanto, as incertezas sobre o crescimento da economia global e, especialmente, sobre a normalização das condições monetárias nos EUA persistem. Para 2017 a Meta Selic foi mantida em 11,00%, o mesmo patamar de 3 semanas. O boletim desta semana veio com elevação das expectativas para o PIB neste ano e manutenção para o próximo ano. Para este ano as projeções do PIB foram elevadas de - 3,20% para queda de 3,18%, sem, contudo, reverter o cenário de recessão. Para 2017 as estimativas foram mantidas em alta de 1,30%, com tendência de leve melhora nas próximas leituras. Como já divulgado, o PIB do 2T16 registrou queda de 0,6% em base trimestral, e queda de 3,8% quando comparado a igual trimestre do ano passado. A Agropecuária sofreu contração de 2,0%, a Indústria variou positivamente em 0,3% e os Serviços apresentaram recuo de 0,8%. No acumulado do 1º semestre deste ano, a economia encolheu 4,6% ante o 1S15, após a contração de 5,2% no 2º semestre de Nesta base de comparação, Página 4

5 destaque para o desempenho negativo da Indústria (-5,2%), sendo que a Agropecuária e os Serviços caíram, respectivamente 3,4% e 3,5%. A Produção Industrial foi revista para cima em 2016, em linha com a melhora do PIB; e mantida para As estimativas apontam para queda de 5,93% neste ano e alta de 0,50% para o ano que vem em linha com a melhora da atividade econômica. As estimativas para o câmbio foram reduzidas para o este ano. As expectativas para o câmbio em 2016 foram reduzidas para R$ 3,25. Para 2017 o câmbio previsto é de R$ 3,45 em linha com a expectativa da semana anterior. A expectativa para a Balança Comercial foi mantida em US$ 50,00 bilhões em 2016, e reduzida para US$ 47,55 bilhões em Para o curto prazo as expectativas seguem na tabela abaixo. O mercado espera um IPCA de 0,35% em setembro, desacelerando ante 0,44% de agosto. A Selic em 12,25% em outubro prevê a manutenção da taxa básica na próxima reunião do Copom, nos dias 18 e 19 de outubro, a penúltima deste ano. Página 5

6 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) Fluxo de Capital Estrangeiro Contratos em Aberto Ibovespa Futuro Página 6

7 DADOS RELEVANTES Página 7

8 AGENDA MACROECONÔMICA Data Horário País / Região Indicador Referência Expectativa Anterior Página 8

9 Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Ingrid Lima Pereira da Conceição ijesus@planner.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 9