ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA (GESTÃO PARTICIPATIVA)
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- Manuella Caires Deluca
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1 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA (GESTÃO PARTICIPATIVA) A administração participativa é uma filosofia ou política de administração de pessoas, que valoriza sua capacidade de tomar decisões e resolver problemas, aprimorando a satisfação e a motivação no trabalho, contribuindo para o melhor desempenho e para a competitividade das organizações. Esse método permite a manifestação dos funcionários em relaçãoaoprocessodeadministraçãodaempresadeforma organizada e responsável, sempre contribuindo com suas experiências e conhecimentos, buscando sempre agregar mais valores às funções e pessoas dos quais participa. Administrar de forma participativa consiste em compartilhar as decisões que afetam a empresa, não apenas com funcionários, mas também com clientes ou usuários, fornecedores, e eventualmente distribuidores da organização. A meta da administração participativa p é construir uma organização participativa em todas as interfaces. No modelo participativo, predominam a liderança, a disciplina e a autonomia. Nas organizações que adotam esse modelo, as pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho. Uma abordagem acerca da utilização da Gestão Participativa como uma ferramenta que possibilita ao Gestor, aplicar Recursos, controle de colaboradores, entre outras utilidades dentro da categoria de Modelo de Gestão. 1
2 Histórico da Administração Participativa No início da década de 1980, o interesse pelo tema da participação no trabalho ou pela administração participativa foi enfatizado no mundo ocidental, principalmente a partir do declínio da hegemonia econômica dos Estados Unidos, caracterizado pela queda da produtividade das suas empresas e conseqüente perda de competitividade dos seus produtos em quase todos os mercados do mundo, inclusive em suas próprias fronteiras, verificado a partir do extraordinário avanço dos produtos produzidos em países orientais (Japão, Coréia, Cingapura e Taiwan), com melhor qualidade e preços. ( ) os trabalhadores devem se sentir não como acessórios dos seus equipamentos de trabalho, mas sentir que sua criatividade tem significativa importância nos processos de produção como um todo; aos trabalhadores deve ser assegurado que sua participação nas decisões não afetará sua segurança no trabalho ou dos seus colegas; os cargos deverão ser ajustados ao trabalhador. O sistema atual obriga o trabalhador a se ajustar ao cargo segundo a teoria de que o mais eficiente sistema de produção é aquele em que a única razão do operário trabalhar seria pelos resultados econômicos a serem atingidos; aos trabalhadores devem ser asseguradas ampla possibilidade de auto controle, responsabilidade de usar seus cérebros. Se nós nos sentirmos usados e manipulados por causa disso, nós nos rebelaremos contra isso; mudanças no conteúdo dos cargos, incremento de responsabilidade e envolvimento em decisões devem ser acompanhados de pagamentos adicionais; os trabalhadores devem vislumbrar oportunidades de crescimento e de promoção nos trabalhos que executam; o papel dos trabalhadores nos negócios deve capacitá los a participar dos produtos e serviços produzidos e de uma maneira mais ampla, deve capacitá los à participação construtiva do seu papel na sociedade. A partir dos aspectos notificados acima, fica evidente a emergência de modelos flexíveis de gestão em todos os países industrializados, sendo inquestionável a tendência do crescimento da ênfase participativa nos processos de produção e administração nas empresas desses países e, por conseqüência, nas suas subsidiárias situadas no exterior. 2
3 Likert, umas das figuras mais proeminentes do movimento da administração participativa, desenvolveu uma exaustiva pesquisa que ficou conhecida na literatura acadêmica como o O caso Weldon Harwood. Sua pesquisa comparava a evolução dos resultados e dos modelos de administração de duas empresas, uma com um sistema administrativo do tipo participativo e outra comumsistemadotipoautocrático rígido. Esta última foi adquirida pela primeira. Ao longo desse estudo clássico, ele conclui que os objetivos de uma organização podem ser atingidos a partir do comprometimento das pessoas com esses objetivos e é possível mudar um sistema administrativo autocrático para uma sistema participativo, com a introdução de variáveis nos processos de liderança, de decisão e de comunicação das empresas. Quanto à liderança, Tannembaum adota o ponto de vista de que a administração participativa só funciona com a presença da hierarquia e não sem ela. Em seu trabalho ele sugere que em um sistema participativo é essencial que a participação ocorra em todos os níveis hierárquicos da organização. As teorias X e Y de Mcgregor consideram que os aspectos de liderança, decisão e comunicação também são essencialmente compatíveis com as observações de Likert, sendo que sua teoria Y pode ser entendida como uma ampliação da Teoria de Maslow sobre a hierarquia das necessidades aplicadas aos objetivos organizacionais. 3
4 Katz e Kahn também entendem que o envolvimento do indivíduo em um sistema, de modo que este considere as metas organizacionais como seus próprios objetivos pessoais, resulta em uma variedade de condutas que apóiam a missão da organização de obter maior produtividade. O indivíduo vê a organização como sua própria criação, ao participar das decisões e de suas recompensas, de modo que a organização se torna parte dele e ele parte dela. De posse de tais conhecimentos, evidencia se que Administração Participativa (Gestão Participativa), é um modelo de gestão atual e contemporâneo que enfatiza as pessoas, que fazem parte da organização. Segundo Maranaldo (1989, p. 60), a Administração Participativa é o conjunto harmônico de sistemas, condições organizacionais e comportamentos gerenciais que provocam e incentivam a participação de todos no processo de administrar. Visando através dessa participação, o comprometimento com os resultados (eficiência, eficácia e qualidade) não deixando a organização apresentar desqualificação. Para Santos et al. (2001)antes de se implantar a Gestão Participativa numa empresa, é necessário harmonizar três aspectos, sendo estes: Os seus Sistemas (produção, comercialização, recursos humanos, administração i e finanças, entre outros): se há conflitos de estilos diferentes de gestão entre estes sistemas, é difícil implantar a gestão participativa numa empresa; Condições Organizacionais: é preciso flexibilizar a estrutura organizacional, (com menor número de níveis hierárquicos e normas mais adaptáveis;) Comportamentos Gerenciais: Os gerentes serão os principais i i mobilizadores das pessoas para o processo participativo, o bom relacionamento de chefia com subordinados é o principal ponto da relação participativa. 4
5 Com base nisto, analisa se que a administração participativa compreende a organização como um verdadeiro sistema: Pode se afirmar que se baseia em premissas da teoria universal dos sistemas, pois se co relaciona com o conceito de sistema, sendo este segundo Oliveira (2006): "Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função". A ênfase nos sistemas para representar a Gestão Participativa, indica para Santos et al. (2001) que duas vertentes sustentam a gestão participativa, sendo estas a participação de todos e o comprometimento total com os resultados. "A Participação de todos significa que, a princípio, nenhuma pessoa, em qualquer nível hierárquico, deve ser excluída do processo participativo." Porém, a participação deve ser entendida como um processo na organização e não apenas como uma estratégia que gera assembléias de negociação ou de decisão. A partir disto, faz se necessária a segunda ênfase. O Comprometimento total com os resultados, garante a sustentabilidade e efetividade do Modelo de Gestão baseado na Verdadeira Gestão Participativa. Talênfaseimplicaquecadapessoaestáconscientedasua responsabilidade individual com os resultados a serem perseguidos pela equipe, pela empresa, por todos. Este comprometimento é a característica mais importante da administração participativa, pois disciplina a atuação individual de cada pessoa, impossibilitando da gestão participativa ser conduzida para uma estratégia de assembléia ou apenas de conter reclamações dos colaboradores. 1. (FCC/TCE GO/Analista de Controle Externo/2009) Em relação à prática da gestão participativa. I. A principal vantagem da gestão participativa é que as decisões tomadas de forma compartilhada aumentam o comprometimento t de toda a equipe com a solução encontrada. II. Deve se cuidar para que as informações necessárias para a melhoria de processos e indicadores sejam disseminados apenas por pessoas selecionadas pela direção, evitando que dados e visões pessoais negativas circulem livremente. 5
6 III. Quando adequadamente implementada, tende a substituir a hierarquia de autoridade pela hierarquia de competências, em que o que conta é a capacidade técnica e a motivação das equipes. IV. Na gestão participativa, p o grau de participação p torna se o principal fator de avaliação e progressão na carreira, tendo prioridade sobre a avaliação das capacidades técnicas. V. O sucesso da gestão participativa depende da definição clara de metas de mudança, assim como o consenso de todos os colaboradores em torno dos valores e resultados que se pretende alcançar. (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas I, III e V. (D) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III, IVe V GABARITO: C 2. (FCC/TCE GO/Analista de Controle Externo/2009) Em relação às dimensões de uma organização que são envolvidas na gestão participativa. I. É na dimensão comportamental que ocorre a substituição do estilo tradicional de administração autoritário e paternalista pelo da liderança, autonomia, cooperação e comprometimento. II. A dimensão estrutural envolve a informação, a delegação e o questionamento em lugar do comando palavras chaves para o funcionamento das organizações na gestão participativa. III. É na dimensão estrutural que se encontra a maior dificuldade de implantação da gestão participativa, pois pode implicar redesenho de estruturas, cargos e grupos de trabalho. IV. A hierarquia deve ser revalorizada, pois as organizações tradicionais são estruturadas de maneira que o poder fique fragmentado na base da pirâmide. V. Uma organização está ligada ao mercado e à sociedade por diversas interfaces; clientes, fornecedores e comunidade devem ser consultados sobre decisões e evoluções de produtos e serviços. 6
7 (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas I, III e V. (D) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III, IV e V. GABARITO: C 3. (FCC/TCE GO/Analista de Controle Externo/2009) É uma prática de gestão participativa que fortalece a criatividade e a eficácia das organizações: (A) compartilhar informações sobre a atuação da empresa, deixando as informações sobre objetivos, metas, evolução da empresa e projetos disponíveis a todos. (B) envolver os colaboradores em brainstormings, estimulando a circulação da informação disponível e o debate de ideias. (C) realizar reuniões periódicas para acompanhamento das metas da organização. (D) dar feedback individual aos colaboradores, definindo com eles suas metas pessoais. (E) refazer periodicamente a análise SWOT para visualizar as oportunidades e as ameaças para o negócio. GABARITO: B 4. (FCC/PGE RJ/Técnico Superior/2009) A gestão participativa é um dos campos mais complexos da moderna teoria geral da administração, envolvendo diversos conceitos, técnicas e experiências práticas. Quando osempregados têm direitoit acomissões sobre vendas, abonos ou salários adicionais por resultados ou atendimento de metas, prêmios por sugestões que resultem em economias ou ganhos e distribuição de ações, trata se de um modelo de gestão baseado 7
8 (A) em equipes auto gerenciadas. (B) na autogestão. (C) na participação nos resultados. (D) no envolvimento no processo decisório. (E) na participação na direção. GABARITO: C 8
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