Transições Auger e interação buraco-buraco na molécula CO. A. M. Dias

Documentos relacionados
Potencial Elétrico. Evandro Bastos dos Santos. 14 de Março de 2017

Aula de solução de problemas: cinemática em 1 e 2 dimensões

Bandas de Energia de Elétrons em Sólidos

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa

Lista de Exercícios de Física II - Gabarito,

Quantidade de oxigênio no sistema

4 SISTEMAS DE ATERRAMENTO

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

Modelos Teóricos para Análise de Transformadores Baseados em Modelos Simplificados de Impedância e de Elementos Concentrados

EXPRESSÕES DE CÁLCULO DO ÍNDICE IREQ

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

AULA 8. Equilíbrio Ácido Base envolvendo soluções de ácidos polipróticos e bases poliácidas

Aula 09 Equações de Estado (parte II)

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

Aula 10 Estabilidade

ESTATÍSTICA APLICADA. 1 Introdução à Estatística. 1.1 Definição

ROTAÇÃO DE CORPOS SOBRE UM PLANO INCLINADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas.

Aula 27 Integrais impróprias segunda parte Critérios de convergência

Área entre curvas e a Integral definida

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que:

P1 de CTM OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar.

FUNÇÃO LOGARITMICA. Professora Laura. 1 Definição de Logaritmo

FLEXÃO E TENSÕES NORMAIS.

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADA DIRECIONAL E PLANO TANGENTE8. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

Física Geral e Experimental I (2011/01)

Módulo de Cisalhamento Máximo de uma Argila Marinha Remoldada

EQE-358 Métodos Numéricos em Engenharia Química

DEMONSTRE EM TRANSMISSÃO DE CALOR AULA EM REGIME VARIÁVEL

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

V ( ) 3 ( ) ( ) ( ) ( ) { } { } ( r ) 2. Questões tipo exame Os triângulos [ BC Da figura ao lado são semelhantes, pelo que: BC CC. Pág.

Condução elétrica em metais

Resolução A primeira frase pode ser equacionada como: QUESTÃO 3. Resolução QUESTÃO 2 QUESTÃO 4. Resolução

Prof. Doherty Andrade- DMA/UEM DMA-UEM-2004

CÁLCULO I. 1 Funções denidas por uma integral

Circuitos Elétricos II Experimento 1 Experimento 1: Sistema Trifásico

Resoluções dos exercícios propostos

Trigonometria FÓRMULAS PARA AJUDÁ-LO EM TRIGONOMETRIA

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

Resolução do exercício proposto na experiência da associação em paralelo das bombas hidráulicas

Curvas de potencial para os estados sigma do dímero de neônio

UNITAU APOSTILA. SUCESSÃO, PA e PG PROF. CARLINHOS

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc.

As fórmulas aditivas e as leis do seno e do cosseno

Circuitos Elétricos II Experimento 1 Experimento 1: Sistema Trifásico

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido

3. ANÁLISE DA REDE GEODÉSICA

Teoria de Linguagens 2 o semestre de 2014 Professor: Newton José Vieira Primeira Lista de Exercícios Entrega: até 16:40h de 23/10.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA

FUNÇÕES. Mottola. 1) Se f(x) = 6 2x. é igual a (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 5. 2) (UNIFOR) O gráfico abaixo. 0 x

ALGEBRA LINEAR AUTOVALORES E AUTOVETORES. Prof. Ademilson

Teoria da Computação. Unidade 3 Máquinas Universais (cont.) Referência Teoria da Computação (Divério, 2000)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ. Tópicos Especiais de Matemática Aplicada

Definição Definimos o dominio da função vetorial dada em (1.1) como: dom(f i ) i=1

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha

Matrizes. Matemática para Economistas LES 201. Aulas 5 e 6 Matrizes Chiang Capítulos 4 e 5. Márcia A.F. Dias de Moraes. Matrizes Conceitos Básicos

Problemas e Algoritmos

Prof. Ms. Aldo Vieira Aluno:

8.1 Áreas Planas. 8.2 Comprimento de Curvas

Programação Linear Introdução

Eletromagnetismo I. Eletromagnetismo I - Eletrostática. Equação de Laplace (Capítulo 6 Páginas 119 a 123) Eq. de Laplace

81,9(56,'$'( )('(5$/ '2 5,2 '( -$1(,52 &21&8562 '( 6(/(d 2 0$7(0É7,&$

Fundamentos da Eletrostática Aula 08. O Potencial Elétrico. O Potencial Elétrico

Equilíbrio do indivíduo-consumidor-trabalhador e oferta de trabalho

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES DETERMINANTES

xy 1 + x 2 y + x 1 y 2 x 2 y 1 x 1 y xy 2 = 0 (y 1 y 2 ) x + (x 2 x 1 ) y + (x 1 y 2 x 2 y 1 ) = 0

Marcone Jamilson Freitas Souza. Departamento de Computação. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação

Física III Escola Politécnica GABARITO DA P2 25 de maio de 2017

Adriano Pedreira Cattai

Lei de Coulomb 1 = 4πε 0

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte III

Operadores momento e energia e o Princípio da Incerteza

Matemática. Resolução das atividades complementares. M13 Progressões Geométricas

Atividade Prática como Componente Curricular

Manual de Operação e Instalação

Física III Escola Politécnica GABARITO DA P1 2 de abril de 2014

Introdução à Integral Definida. Aula 04 Matemática II Agronomia Prof. Danilene Donin Berticelli

Eletrotécnica TEXTO Nº 7

Reações Químicas em Sistemas Biológicos

= 2) Tomar dois valores para concentrações altas de C e fazer

CPV conquista 70% das vagas do ibmec (junho/2007)

Lista 5: Geometria Analítica

dx f(x) dx p(x). dx p(x) + dx f (n) n! i=1 f(x i) l i (x) ), a aproximação seria então dada por f(x i ) l i (x) = i=1 i=1 C i f(x i ), i=1 C i =

Física D Extensivo V. 2

Física III Escola Politécnica Prova de Recuperação 21 de julho de 2016

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE TEORIA DOS GRAFOS

x u 30 2 u 1 u 6 + u 10 2 = lim (u 1)(1 + u + u 2 + u 3 + u 4 )(2 + 2u 5 + u 10 )

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES POLINOMIAIS

Diferenciação Numérica

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i

DERIVADAS DAS FUNÇÕES SIMPLES12

Transcrição:

Trnsições Auger e interção burco-burco n molécul CO A. M. Dis Universidde José do Rosário Vellno, UNIFENAS, Alfens-MG e-mil: lexndre.dis@unifens.br Resumo O conhecimento de estdos simplesmente e duplmente ionizdos de um molécul, nos permite determinr energi cinétic dos elétrons Auger pr nálise teóric do espectro Auger e interpretção d energi de interção burcoburco. Este trblho present um cálculo b initio ds energis pr simples e dupl ionizção d molécul de monóxido de crbono (CO) pel crição de estdos com burcos. Estes resultdos são utilizdos pr o estudo de linhs especiis do espectro Auger d molécul e n determinção ds energis de interção burcoburco por um método forml rápido e muito simples discutido neste trblho. Os resultdos teóricos são comprdos com vlores experimentis, pr observr precisão do método discutido. Introdução Em um processo Auger, o estdo inicil do sistem é um estdo simplesmente ionizdo, com um burco no croço (orbitis internos) do sistem. O processo Auger envolve o preenchimento do burco do croço por um elétron d cmd de vlênci dos átomos do sistem e ejeção de um outro elétron, conduzindo o sistem um estdo finl com dois burcos, os quis podem intergir. É ssumido que os orbitis do sistem permnecem não correlciondos 1 e, ssim, teori do orbitl moleculr pode ser usd pr um descrição proximd do processo. A prtir do conhecimento dos estdos simplesmente e duplmente ionizdos do sistem e d definição d interção burco-burco, s possíveis energis dos elétrons Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005 7

Auger podem ser determinds. Neste trblho, foi usdo o progrm GAMESS 2, pdrão pr cálculos b initio, nos cálculos ds energis pr simples e dupl ionizção d molécul CO e seus resultdos, comprdos com ddos conhecidos derivdos de trblhos experimentis. Um método forml simples pr o cálculo d energi de interção burco-burco e pr determinção d energi Auger norml foi discutido. N configurção do estdo fundmentl d molécul CO, os orbitis 1σ e 2σ são denomindos cmd-k, os orbitis 3σ e 4σ são denomindos cmdc e os dois orbitis 1π e o orbitl 5σ são denomindos cmd-d. 1. Teori No formlismo de Hrtree-Fock 3 pr teori do orbitl moleculr, energi eletrônic totl de um sistem de N elétrons é N 1 E 0 = ε < b b > (1) 2 b onde ε é energi de um elétron, e ε =< h > + < b b > b (2) A energi de um elétron ε é energi orbitl. Neste formlismo, o vlor N 1 negtivo d energi orbitl, ε, é o potencil de ionizção, I = E N E0 = + E E 0 do elétron, ou sej, energi necessári pr remover um elétron do orbitl. N proximção de orbitis congeldos 4, fcilmente pode ser derivdo ds equções (1) e (2) que energi necessári pr dupl ionizção do sistem, ou sej, pr remover um elétron do orbitl c e outro elétron do orbitl d, não é igul simples som dos potenciis de ionizção pr os elétrons c e d, ms ++ E E0 = ε c ε d + < > (3) ou, em termos dos potenciis de ionizção, como definido nteriormente I = Ic + Id + < > (4) 8 Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005

O último termo n equção (4) represent um energi extr pr dupl ionizção, resultnte d interção entre os estdos com burcos. É intuitivo inferir que o último termo represent, nest proximção, energi de interção burco-burco, H. Então, I = Ic + I d + H (5) Portnto, finlmente nós temos um método forml simples pr o cálculo d energi de interção burco-burco ddo por H = I Ic I d (6) onde, I, I c e I d podem ser obtidos ds energis dos estdos duplmente ionizdos, simplesmente ionizdos e d energi do estdo fundmentl. Agor, energi cinétic do elétron Auger ejetdo no processo, é dd pel diferenç entre energi totl do estdo inicil e energi totl do estdo finl do sistem 5,6. Isto é escrito como onde T E E (7) + ++ = k + E k é energi eletrônic totl d molécul com um burco no "croço" ou ++ um burco n cmd-k e E é energi eletrônic totl d molécul com um burco n cmd-c e outro burco n cmd-d. Pel dição e subtrção d energi do estdo fundmentl E 0 no segundo termo dest equção, nós obtemos que T = I k I (8) onde I k é o potencil de simples ionizção pr o elétron d cmd-k e I é o potencil de dupl ionizção pr um elétron d cmd-c e outro d cmd-d. No espectro do processo Auger norml 7, linh B-1 é de prticulr interesse porque permite obter o mínimo de energi pr dupl ionizção, pel diferenç entre energi do elétron d cmd-k e linh de mis lt energi do espectro Auger. 2. Reltório dos Cálculos Pr que fosse possível obter um bo descrição do estdo fundmentl Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005 9

1σ 2 2σ 2 3σ 2 4σ 2 2 1π x2 1π y 5σ 2-1 + Σ d molécul CO, um conjunto de funções de bse Triple Zet Vlence (TZV) mis s funções 1p, 2d, 1f e sp difuss form usds como conjunto de funções bse nos cálculos, conforme implementdo no método de cálculo Hrtree-Fock restrito (RHF) do progrm GAMESS 2. Os vetores convergidos ds funções de ond d molécul neutr form slvos pr os cálculos seguintes. O vlor experimentl pr distânci internucler de equilíbrio R e = 2.128 u pr molécul CO, foi usdo em todos os cálculos. A Tbel 1 resume os resultdos obtidos, de form que podemos observr precisão dos cálculos. A energi totl do estdo fundmentl d molécul CO, obtid pelo progrm GAUSSIAN 86 em recentes cálculos usndo um conjunto de funções de bse 6-31G** e o moderno método Pseudoespectrl 8 é -112.737 u, enqunto o vlor limite Hrtree-Fock conhecido pr est molécul é -112.789 u. O resultdo obtido neste trblho é -112.785 u. Tbel 1. Energis do estdo fundmentl d molécul CO GAMESS ( u) b HF-Limit (u) 1σ -20.665-20.6643 2σ -11.3608-11.3597 3σ -1.5238-1.5210 4σ -0.8047-0.8038 5π -0.6413-0.6395 5σ -0.5546-0.5544 E 0-112.785-112.789 ) Este trblho. RHF com TZV mis o conjunto de funções 1p,2d,1f,sp. b) Limite HF com funções de bse(5s,4p,1d,1f ). Referênci 9. Pr o cálculo ds energis dos estdos de simples ionizção, foi usdo o método de cálculo Hrtree-Fock restrito pr cmds berts (ROHF), prtindo com os vetores convergidos ds funções de ond do estdo fundmentl d molécul. Os resultdos resumidos n Tbel 2 estão muito próximos dos ddos experimentis conhecidos. 10 Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005

Tbel 2. Energis de simples ionizção d molécul CO Config E + i ( u) I i = E + i - E0 ( ev) Exp. b Exp. 1σ 1 2σ 1 3σ 1 4σ 1 1π 1 5σ 1-92.870-542. 3 542. 1 542. 2-101.861-297. 5 295. 9 296. 2-111.367-38. 6 38. 3 38. 3-112.058-19. 8 20. 1 19. 7-112.226-15. 2 17. 2 16. 8-112.293-13. 4 14. 5 14. 0 ) Este trblho, com GAMESS. Referênci 2. b) Vlores experimentis de Ii. Referênci 10. c) Vlores experimentis de Ii. Referênci 11. c No cso d dupl ionizção, sete estdos duplmente ionizdos d molécul CO form clculdos em configurções de cmd bert Singleto e Tripleto. Pr os três estdos iniciis, foi usdo o método de cálculo bsedo n Interção de Configurções (GUGA CI) e pr os outros estdos, o método Hrtree- Fock restrito pr cmds berts (ROHF) como implementdos no progrm GAMESS 2. A Tbel 3 resume os resultdos obtidos e vários outros pr comprção. E stdo Config. Tbel 3. Energis de dupl ionizção d molécul CO E + + c d ( u) I = E + + c d -E 0 ( ev) UiBMOLb HONDO5c CI d Exp e Exp f 1 1π 5σ 1-111.244 (S ) 42. 0 39. 6 42. 8 43. 4 43. 4 42. 2-111.357 (T) 38. 9 38. 9-42. 8 41. 7-2 5σ 4σ 1-111.187 (S ) 43. 5 45. 7 47. 0 46. 5-43. 7-111.264 (T) 41. 4 41. 4-45. 2 45. 5-3 1π 1π 1-111.129 (S ) 45. 1 44. 7 50. 5 50. 3 47. 6 48. 1-111.219 (T) 42. 6 44. 0-46. 5 46. 0-4 4σ 1π 1-110.804 (S ) 53. 9 49. 2 54. 4 52. 0 53. 5 51. 1-110.908 (T) 51. 1 46. 3-49. 0 - - 5 3σ 5σ 1-110.495 (T ) 62. 4 62. 4 65. 9 64. 9 - - 6 1π 3σ 1-110.392 (T ) 65. 2 65. 3 72. 4 66. 7-73. 2 7 3σ 4σ 1-110.253 (T ) 69. 0 69. 1 75. 0 70. 7 72. 7 75. 3 ) Este trblho, com GAMESS. Referênci 2. (S) signific Singleto e (T), Tripleto. b) Referêncis 12 e 13. c) Referênci 1. d) Referênci 13. e) Vlores experimentis de I. Referênci 13. f) Vlores experimentis of I. Referênci 1. Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005 11

A interção burco-burco pode ser obtid d equção (6) deste trblho, pós conhecidos o potencil de ionizção pr os elétrons d cmd-c e cmd-d e energi de dupl ionizção. A energi cinétic do elétron Auger foi obtid d equção (8) pr dus trnsições Auger normis K-DD. A primeir, entre o estdo inicil com um burco no orbitl 1s deixdo pelo elétron 1s do átomo O e o estdo finl com burcos nos orbitis 1p e 5s. A segund, entre o estdo inicil com um burco no orbitl 2s deixdo pelo elétron 1s do átomo C e o estdo finl com burcos nos orbitis 5s e 4s. Ests trnsições correspondem à linh B-1 do espectro experimentl do processo Auger pr est molécul 7. A Tbel 4 resume os resultdos obtidos neste trblho e vários outros pr comprção. Tbel 4. Interção burco-burco e energi cinétic Auger pr molécul CO Config. 1π -1 5σ 1 4σ -1 5σ 1 1π -1 1π 1 4σ -1 1π 1 3σ -1 5σ 1 3σ -1 1π 1 3σ -1 4σ 1 ( HONDO 5 H c d ev) - 13.4 (S) 10.3 (T) - 10.3 (S) 8.2 (T) - 14.7 (S) 12.2 (T) - 18.9 (S ) - 10.4 (T ) - 11.4 (T ) - 10.6 (T ) b H c d ( ev) b experimentl T c d T c d ( ev) e experimentl 500.3c 500. 3 13.3 10. 0 254. 0d 254. 1 ) Este trblho, com GAMESS. Referênci 2. (S) signific Singleto e (T), Tripleto. b) Referênci 1. c) Este trblho. Clculdo como T = I 1σ - I 1π 5σ d) Este trblho. Clculdo como T = I 2σ - I 4σ5σ e) Vlores experimentis. Referênci 7. 3. Conclusões Inicilmente, o espectro Auger d molécul CO present dois grupos de energis Auger resultntes de burcos nos croços dos átomos C e O. Os estdos com burcos nos orbitis 3σ, 4σ, 1π são polrizdos n região do átomo O, 12 Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005

enqunto os estdos com burcos no orbitl 5σ são polrizdos n região do átomo C 1. Isto pode ser visto pel nálise d populção de Mulliken nos estdos iniciis. O método bsedo em Interção de Configurções (GUGA CI) foi mis proprido pr descrever os estdos com burcos no orbitl 5σ, enqunto o método Hrtree-Fock restrito pr cmds berts (ROHF) foi stisftório pr os outros estdos. No modelo discutido neste trblho, obtenção d energi dos elétrons Auger e d energi de interção burco-burco depende, essencilmente, d energi eletrônic totl de cd estdo envolvido no processo. É mplmente conhecido 6 que, nestes cálculos, o conjunto de funções de bse utilizdo influenci muito, principlmente os vlores obtidos pr energi eletrônic totl. Como foi utilizdo o conjunto de funções tômics de bse TZV(Triple Zet Vlence) crescido de funções 1p, 2p, 1f e sp difuss, totlizndo 80 funções de bse nos dois centros, ficndo o conjunto mior e mis dequdo, os resultdos obtidos form bstnte rzoáveis. Not-se este fto com os resultdos obtidos pr o estdo fundmentl, onde os efeitos de relxção e correlção não estão presentes. Os vlores ds energis obtidos proximm muito do limite Hrtree- Fock. O modelo discutido bsei-se n proximção de orbitis congeldos e, ssim, não lev em cont correlção entre os orbitis com burcos no estdo finl. Então, sistems pr os quis est correlção é forte, provvelmente não serão bem descritos por este modelo. Entretnto, pr molécul estudd, os resultdos teóricos obtidos estão em bo concordânci com os ddos experimentis conhecidos. É possível concluir que, pr moléculs onde os efeitos de correlção são desprezíveis, este modelo pode ser usdo com sucesso. Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005 13

4. Referêncis 1. J. KELBER, D. R. JENNISON, R. R. RYE. J. Chem. Phys. v. 75, p. 652. 1981. 2. M. W. SCHMIDT, K. K. BALDRIDGE, J. A. BOATZ, S. T. ELBERT, M. S. GORDON, J. H. JENSEN, S. KOSEKI, N. MATSUNAGA, K. A. NGUYEN, S. J. SU, T. L. WINDUS, M. DUPUIS AND J. A. MONTGOMERY. J. Comput. Chem. v. 14, p. 1347-1363. 1993. Htt://www.msg.meslb.gov/gmes/gmes.html 3. SZABO, A. AND OSTLUND, N. S. Modern Quntum Chemistry - Introduction to Advnced Electronic Structure Theory. New York: McMilln Publishers, 1982. 4. A. M. DIAS. Revist d Universidde de Alfens. v. 2, nº 2, p. 219. 1997. 5. D. R. JENNISON. Chem. Phys. Let. v. 69, nº 3, p. 435. 1980. 6. ABEL ROSATO, et lli. R. Un. Tubté, v.2, n.2, p. 1-6. 1996. 7. MODDEMAN, W.E. ; THOMAS A. CARLSON; MANFRED O. KRAUSE ; B. P. PULLEN; W. E. BULL AND G. K. SCHWEITZER. Determintion of the K-LL Auger Spectr of N2, O2, CO, NO, H2 O. J. of Chem. Phys., v. 55, nº 5, p. 2317-2336. 1971. 8. M. N. RINGNALDA, M. BELHADJ AND R. A. FRIESNER. J. Chem. Phys., v. 93, nº 5, p. 3397. 1990. 9. A. D. MCLEAN AND M. YOSHIMINE. Int. J. Qunt. Chem. v. 15, p. 313. 1967. 10. K. SIEGBAHN, et. lli. ESCA Applied to free Molecules, North-Hollnd, Amsterdm, 1969. 11. E. W. PLUMMER, W. R. SALANECK AND J. S. MILLER. Phys. Rev. B. v. 18, p. 1673.1978. 12. R. MANNE AND K. FAEGRI. Mol. Phys. v. 33, p. 3. 1977. 13. HANS AGREN. J. Chem. Phys. v. 75, nº 3, p. 1267. 1981. 14 Ciênci e Ntur, UFSM, 27 (2): 7-14, 2005