Acordam no Tribunal da Relação do Porto.

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Transcrição:

PN 527.02 1 ; Ap.: TC. VP Aguiar; Ap.es 2 : António Alegria Ribeiro, cc Alice Maria Borges Mendes,, Cidadelhe de Aguiar; Ap.os 3 : António José Guerra Leite,, Cidadelhe de Aguiar; Ricardo Guerra Leite,, Rua, da Calçada da Picheleira, 144, 1º Esq., 1900 Lisboa. Acordam no Tribunal da Relação do Porto. 1. A sentença recorrida reconheceu a António Guerra Leite e Ricardo Guerra Leite a qualidade de herdeiros de Maria Ezequiel Guerra Leite e António Fernandes Leite; condenou António Alegria Ribeiro e Alice Maria Borges Mendes a restituírem à herança indivisa aberta por óbito de Maria Ezequiel e António, livres de pessoas e bens, e procedendo à entrega das respectivas chaves, os prédios seguintes: (a) casa de habitação, sita no Lugar do Pereiro, Cidadelhe de Aguiar, cf. N. Amadeu Magalhães; Nasc. Fernando Lage Jordão; S. caminho particular; Po. Francisco Faria Achando, insc. mat. art. 920 (VP Aguiar); (b) terreno, sito no Lugar do Pereiro, Cidadelhe de Aguiar, cf. N. Agostinho Sousa Correia, Nasc. Alcídio Alves Barreiro, S. dependência urbana e Po. estrada municipal; insc. mat. art. 2181 (VP Aguiar). 2. Concluíram António Alegria e Alice: (a) Os Ap.os intentaram uma acção com processo comum para restituição da posse, nela deduzindo um único pedido: serem os Ap.es condenados a restituir a [António José Guerra Leite] e à massa da herança a casa e terreno; 1 Vistos: Des. Ferreira de Sousa (470) Des. Paiva Gonçalves (1286). 2 Adv.: Dr. José Correia de Barros, Avª Carvalho Araújo, 30, 5000 Vila Real. 1

(b) Articularam factos relativos à violência e ao esbulho, e foram convidados a aperfeiçoar a p.i. para alegarem a posse, ou seja, para preenchimento dos requisitos da acção, arts. 1278, 1281, 1286 CC e 393, 394 CPC; (c) E face a este enquadramento, o tribunal recorrido deveria ater-se àquele tipo e natureza de acção (restituição de posse); confinar-se ao pedido formulado, art. 264/2 CPC, não podendo a sentença condenar em quantia superior ou em objecto diverso, art. 661 CPC; (d) Nada aconteceu assim: o tribunal recorrido qualificou a acção de petição da herança, art. 2075 CC, e reconheceu aos Ap.os a qualidade de herdeiros, que não tinham pedida, ou seja, o tribunal não atendeu a todo o anterior processado; (e) Desta forma, a sentença recorrida contrariou os arts. 264/1.2 e 661 CPC, pelo que é nula, como dispõe o art. 668/1d.e Cód. cit.; (f) Sem prescindir, sempre a acção deveria ter sido julgada improcedente: tratando-se de restituição, não ficou provada a violência e o esbulho (resposta negativa a Q4 4 ; ónus da prova dos Ap.os, art. 342 CC); (g) A sentença recorrida apresenta pois erro notório, confrontada com a base instrutória, os articulados e todo o desenvolvimento processual anterior, conduzindo a divergente interpretação e indagação da lei, enfermando de erro de julgamento, art. 712 CPC, além de ser nula, como se disse, por ter excedido os limites fixados no art. 668/1.d.e CPC; (h) Assim, violou as normas legais aplicáveis, nomeadamente os arts. 342, 1278, 1281, 1286 CC e 264/1.2, 393, 394, 661 e 668/1.d.e CPC; (i) Deve ser revogada, julgado improcedente o pedido, ou declarada de nenhum efeito. 3. Não houve contra-alegações. 4. Ficou provado: 3 Adv.: Dra. Feliciana de Andrade, Rua Comendador Silva, 5450 VP Aguiar. 4 Questionário:. 2

(1) António José Guerra Leite é habilitado herdeiro dos pais, Maria Ezequiel Guerra Leite e António Fernandes Leite; (2) Dos bens da herança, ainda indivisa, fazem parte entre outros os seguintes imóveis: (a) casa de habitação, sita no Lugar do Pereiro, Cidadelhe de Aguiar, cf. N. Amadeu Magalhães; Nasc. Fernando Lage Jordão; S. caminho particular; Po. Francisco Faria Achando, insc. mat. art. 920 (VP Aguiar); (b) terreno, sito no Lugar do Pereiro, Cidadelhe de Aguiar, cf. N. Agostinho Sousa Correia, Nasc. Alcídio Alves Barreiro, S. dependência urbana e Po. estrada municipal; insc. mat. art. 2181 (VP Aguiar); (3) Ricardo Guerra Leite é cabeça de casal desta herança; (4) Os Ap.es ocupam os prédios em causa desde 1998; (5) António José Guerra Leite opõe-se à permanência dos Ap.es nesses mesmos prédios desde 98.06.03; (6) E estes ocupam-nos sem o conhecimento ou o consentimento do cabeça de casal; (7) Os Ap.es granjeiam e depositam lenha, e outros materiais no terreno anexo à casa de habitação, sem autorização quer de António José quer de Ricardo Leite. 5. A decisão recorrida seriou os seguintes argumentos: (a) Considerando os pedidos formulados na p.i. 5 verifica-se que o efeito pretendido é o efeito de reconhecimento da qualidade sucessória de [António Q4. Para aí [nos imóveis em causa] se instalarem, os RR rebentaram a porta, substituindo a fechadura? Não provado. 5 P.I.: 1. O A. encontra-se devidamente habilitado à herança aberta por óbito de seus Pais Maria Ezequiel e António Fernandes Leite; deve ser julgada provada e procedente a presente acção, e por via disso serem os RR condenados a restituir ao A., e à massa da herança livres de pessoas a casa e terreno [em causa], procedendo ainda à entrega das respectivas chaves da habitação. 3

Leite] relativamente à herança ainda indivisa, aberta por óbito dos pais, e a consequente restituição dos bens [do litígio] à massa hereditária: trata-se pois de uma acção de petição da herança, tendo por objecto tais prédios, art. 2075 CC; (b) Detém legitimidade para a interposição, de acordo com o art. 2078 CC, qualquer dos herdeiros, sem que lhe possa ser oposto o facto de os bens não lhe pertencerem por inteiro: este é o meio padrão [decalcado na acção de reivindicação, art. 1311 CC] de tutela do herdeiro, após ter adquirido a titularidade dos bens herdados, através da aceitação da herança; (c) De acordo, agora, com os factos que resultaram provados, reconhecida se encontra a qualidade de herdeiro do Ap.o em relação à herança aberta por óbito de Maria Ezequiel e António Guerra Leite, bem como dúvidas não existem quanto ao facto de os prédios [em debate] integrarem a massa desta herança aberta e indivisa; (d) Por outro lado, o pedido de restituição é independente, para a procedência, de existir ou não título que legitime a detenção por terceiro, encontrando-se mesmo legalmente prevista a possibilidade de ser determinada a quem possua como herdeiro. 6. O recurso está pronto para julgamento. 7. A argumentação dos recorrentes articula dois tópicos: pedido de restituição de posse/ausência de prova do esbulho, vincando não caber de modo algum petição de herança, porque o A. não solicitou ao tribunal o reconhecimento da qualidade de herdeiro. Contudo é bom de ver, pelo que ficou transcrito das peças processuais 6, que não é assim: o A. vislumbra afinal a reintegração da massa hereditária, invocando P.I., corrigida: 16. [O A.] recorreu à presente acção, com o objectivo de restabelecer a situação inicial, ou seja, de modo a repor a situação em que os imóveis se encontravam à hora do decesso de seus pais. 6 Vd. nota antecedente. 4

naturalmente a qualidade de herdeiro, e se não pede expressamente o reconhecimento judicial, este pedido está claramente implícito e deduz-se da arquitectura de facto e de direito da pretensão. Não houve assim condenação para além do pedido, nem erro de qualificação processual. E dúvidas, deste modo, também não há (face à matéria assente) quanto ao acertado da decisão recorrida: ou todos os herdeiros dão aquiescência a uma determinada utilização dos bens da herança ou decide-a o cabeça de casal no âmbito dos poderes de administração que lhe competem; nem uma nem outra das hipóteses se verifica. Ora a acção de petição da herança cabe contra os compossuídores que infringem as regras da administração da herança, tal é a expressiva solução do art. 2075 CC. Não convencem por conseguinte quaisquer das conclusões. 8. Atento o exposto e os preceitos da lei citados, decidem manter inteiramente a sentença recorrida. 9. Custas pelos Ap.es, sucumbentes. 5