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PN205.07-5; Ap: TC Matosinhos, 4º J Ap.e: Apºs: Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO: (1) O ap.e discorda da sentença de 1ª Instância, que o condenou a indemnizar, por não ter cumprido contrato donde emergiriam réditos a aplicar por conta da prestação dos recorridos, devida à entidade financiadora d a aquisição de um automóvel disponibilizado aos AA. pelos RR. (2) Da sentença recorrida: (a) Reportando-nos à situação concreta, verifica-se que o não restituiu dois veículos ao dono, sendo certo que o A. somente os tinha entregue para que parte do preço deles fosse imputado no pagamento do preço do veículo que o filho ia adquirir à R.,, e para que a outra parte desse montante fosse utilizada na satisfação das prestações devidas por um crédito anteriormente contraído por ele, A., junto de uma entidade bancária. (b) O R. actuou dolosamente (i.e., com a consciência e vontade de agir nos exactos termos em que o fez), pois não ignorava que os ditos 1 Adv: 2 Adv: 1

veículos pertenciam ao A. e que este apenas estava a ceder-lhos para aquele exacto fim, que n ão cumpriu, prática de facto voluntário, ilícito e culposo, gerador de um dano para o A., cujo montante é, pelo menos, equivalente ao preço dos dois automóveis entregues. (c) Deste modo, incorreu o R. em responsabilidade extracontratual subjectiva, estando obrigado a indemnizar. (d) Por outro lado, o R. actuou sempre perante o A. como vendedor da R recebendo nas instalações desta e promovendo lá os termos e as condições do negócio, legitimando a confiança da parte contrária no sentido de estar a tratar com um funcionário da empresa, agindo em nome e no interesse desta. (e) Assim, a R., é igualmente responsável pelos danos suportados pelo A. em resultado da violação do seu direito de propriedade, responsabilidades estas solidárias. (f) reportando-nos ao caso concreto, verifica-se depois, que à data dos acontecimentos o veículo VI tinha o preço de 2992, 79 e o veículo GR o preço de 6 484, 37: soma de 9 477, 16, que os RR. devem indemnizar. (g) Dos danos não patrimoniais alegados, somente ficou apurada a irritação do A, e este tipo de incómodo é natural, inerente a qualquer situação de conflito, não assumindo a gravidade devida pelo artº 496/1 CC. II. MATÉRIA ASSE NTE: (a) Em 1999, por escrito particular, sob a epígrafe contrato de compra e venda a prestações, com nº 59080176, a R. declarou vender a que declararam comprar o veículo, pelo preço de 13 966, 34. (b) No ref erido acordo, SA interveio para declarar financiar o preço do automóvel mediante encargos financeiros no montante global de 4 878, 55, a retribuir em 58 prestações mensais, cada de 328, 27, vencendo-se a primeira em 990815 e a última em 04.07.15. (c), filho do A., por escrito que assinou e sob a epígrafe pedido de venda de viatura, nele fez constar: Solicito à que proceda à 2

venda do veículo de minha propriedade, nas condições e pelo preço que entenda mais convenientes o produto dessa venda deverá ser imputado à dívida resultante do incumprimento do contrato de compra e venda a prestações nº (d) Em 00.11.08, intentou acção executiva contra o e o filho,, que corre termos sob o nº 826/00, na 2ª secção do 4º juízo cível do Porto, para pagamento do montante de 8 428, 37, com base numa livrança de 8 284, 61, 00.08.01, relativa a um contrato de crédito, nº, livrança subscrita por ambos os executados. (e) Em Agosto de 99, com o objectivo de adquirir um veículo, o A., com o filho dirigiu-se às instalações de, SA, na, em Matosinhos. (f) Foi aí que a R., através do vendedor acordou com ele, A. e filho, que lhe disponibilizaria a título definitivo e pelo preço acima dito o. (g) Em 08.99, o veículo pertencia ao A. (h) Na mesma data, o veículo, também pertencia ao A. (i) Nas ditas instalações de, conforme acordado com, o A. entregou para retoma, com as respectivas declarações de venda os automóveis, acima referidos, nas mesmas instalações que esses veículos for am recebidos por, na qualidade de funcionário da R. (j) E foi nesta qualidade que estimou o preço do veículo VI em 2 992, 79. (k) do mesmo modo, estimou o preço do veículo GR em 6 484, 37. (l) O A. e, mais uma vez este na qualidade de funcionário de, acordaram que a soma de 9 477, 16, proveniente da retoma daqueles dois veículos, se destinava, em primeiro lugar, a ser utilizada pela R. no pagamento da montante em dívida da responsabilidade do A. junto de, contraída para aquisição do veículo GR. (m) O A. e, sempre na qualidade, acordaram que o preço do veículo seria pago em parte pela retoma das duas viaturas, 3

e e noutra parte, através do recurso a financiamento, crédito a contrair por. (n) Em data não concretamente apurada, mas, posteriormente a 08.99, este recebeu em casa cópia do escrito de compra e venda do : verificou que no texto não constava ter sido levado em conta a dedução do preço das retomas. (o) Na sequência entregou este veículo na oficina da R.. (p) Entretanto,, SA não restituiu aos AA. os automóveis e (q) Devido a todo este contexto, andou irritado o A. III. CLS/ALEGAÇÕE S: (1) O tribunal deu como provada a matéria central da causa, apenas com base no depoimento da testemunha arrolada pelo A.,, fazendo tábua rasa dos documentos juntos com a contestação da R. os quais, todavia, não forma impugnados pelo A. (2) Ao mesmo tempo, não valorizou criteriosamente o depoimento da testemunha arrolada pela R., engenheiro : infringiu o dever a que está tacitamente vinculado pela parte final do artº 653/2 CPC. (3) Na verdade, do depoimento de ressalta que este terá levado um dos veículos do A. às instalações da R., que esta viatura e uma outra do mesmo terão sido avaliadas pelo R, e mais referiu que o veículo que levou tinha ficado às portas da instalações da R. (4) Porém, disse a testemunha desconh ecer os termos do negócio celebrado entre o A., a R. e a financeira; desconhecia a ex istência de recibos de avaliação; que nada sabia do contrato de compra e venda de prestações e, por isso, do valor das prestações que o filho do A. teria de pagar e em que prazos. (5) Enquanto isto, a testemunha da R. r eferiu um procedimento normal nos caso de compra e venda de automóveis a prestações com retomas, ou seja, descreveu o procedimento burocrático empresarial para esses casos, donde ressalta que o chefe de vendas tem d e aprovar o valor da retoma, passo um recibo desse valor e que é entregue ao cliente. 4

(6) Qu ando a retoma se faz repercutir no preço do novo automóvel adquirido, consta sempre do texto do contrato. (7) Assim, n este caso, não houve qualquer reto ma, enquanto, para apoiar este dado, a proposta de crédito prevê em espécie um financiamento para aquisição do (8) Ora, tal proposta foi assinada pelo filho do A., em 07.99. (9) Poderá levantar-se a questão importante, mas que não ficou esclarecida, do significado de compra e venda a prestações ter sido enviado para casa de e lo go este, após a recepção, ter ido reclamar, junto da R. desconformidade com o acordado. (10) Das duas uma: ou o filho do A. assinou o con trato definitivo nas instalações da R.,, ou o contrato terá sido remetido por assinar e este assinou-o em casa. (11) O certo e mais normal é ter assinado o contrato nas instalações, remetido posteriormente à financeira e, então, aí sim, voltou às mãos do filho do A. (12) Em qualquer dos casos, de uma ou doutra forma, sempre teve conhecimento, quando o assinou, que o contrato não p revia qualquer retoma, que tinham sido estas e não outras as condições negociadas. (13) Portanto, o contrato foi pontualmente cumprido pela R. que entregou ao filho do A, o veículo adquirido. (14) Em face de tudo isto, e em conjugação com os depoimentos das testemunhas arrolad as pelas partes e com os documentos juntos ao processo, as respostas, a Q5/Q12 e Q15 deveriam ter sido não provado. (15) É que não houve qualquer ilícito cometido pelo vendedor, no exercício das suas funções: quer na fase pré-contratual (proposta de crédito), quer na fase negocial (assinatura do contrato de compra e venda a prestações) vigorou sempre o princípio da liberdade e da boa fé. (16) Assim, no caso concreto, não há lugar a qualquer indemnização. (17) E é po r isso que a decisão recorrida infringe os artºs 165, 483/2, 49 7, 499, 500/1.2, 998/1 CC e o artº 753/2 CPC, caindo a sentença no campo de aplicação do artº 668/1 C deste último diploma legal. 5

(18) Devem, pois, ser alteradas as respostas aos quesitos acima referidos, com base nos artºs 712/1ª CPC; consequentemente, a sentença recorrida será substituída por decisão que reconheça a improcedência do pedido. IV. CONTRA-ALEGAÇÕES: (1) O presente recursos não passa de uma interp retação subjectiva e parcial por parte da ap.e daquilo que se passou em audiência, e interpretação esta que não encontra base nos factos. (2) É por isso mesmo que s respostas Q5/Q12 e Q15 não poderiam ter sido outras, tanto que os documentos convocados na minuta da apelação, enquanto documentos particulares, ficam sujeitos à livre apreciação do julgador. (3) Deste modo, tendo o tribunal formado uma convicção com base na análise crítica de todas as provas, a conclusão é insindicável. (4) Depois, é incontornável que a não restituição dos veículos VI e GR ao dono, que é o A. constitui facto ilícito, por violar direito de propriedade, ao mesmo tempo que gera danos, sem dúvida. (5) Ora, neste domínio, o R. sempre actuou como vendedor da recorrente, sendo funcionário e agindo sob direcção dela. (6) Por conseguinte, atenta a relação de comissão, e a responsabilidade civil das pessoas colectivas pelos actos ou omissões dos seus representantes, agentes ou mandatários, a decisão recorrida, condenou a um pagamento solidário entre a recorrente e o seu empregado, dos danos patrimoniais causados ao recorrido, deve ser mantida, para que seja negado provimento ao recurso. V. RECURSO: Pronto para julgamento, nos termos do artº 705 CPC. VI. SEQUÊNCIA: (1) A sentença recorrida construiu a solução a partir de um acto d e apropriação ilícita por parte de um empregado da R. que agiu no interesse e por conta desta, ainda que o possa ter feito contra as normas internas da burocracia empresarial. (2) Deste modelo, tirou a conclusão de uma resp onsabilidade solidária por acto ilícito no quadro do relacionamento comitente-comissário. 6

(3) Este modo de ver o litígio adere à matéria pro vada, sendo certo que os pontos em que esta é atacada na minuta da recorrente, sobretudo no que diz respeito ao perfil contratual da venda a prestações do, (se devia intervir no pagamento do preço a soma dos preços das retomas), se mostram, em boa verdade, irrelevantes. (4) Com efeito, não está em causa a modalidade do pagamento do pr eço do, mas a apropriação dos veículos que forma entregues aos RR., ou pelo menos, ao, agindo, tal como empregado e nas instalações de. (5) Ora, do ponto de vista assumido pela sentença, não há, em face da jurisprudência corrente crítica a fazer, tanto mais que é a própria R. quem se não desresponsabiliza, alegando e provando que o R. não agiu por sua conta e interesse, mas contrariamente ais desígnios da empresa. (6) Em suma, todo o quadro probatório do cenário de enquadramento da actuação do R. fundamenta bem uma presunção judicial, uma resposta provado, à questão central do vínculo comitente-comissário. (7) Depois, a responsabilidade é objectiva e solidária, como bem decidiu a sentença recorrida. (8) Contudo, outro problema se poderia ter posto, a saber: este modelo de decisão cabe afinal de contas a partir do modelo da PI em que os AA. pretendem fazer valer, sim, um incumprimento contratual, indexando ao contrato de compra e venda do as cláusulas das retomas? (9) E parece que sim, porque, no fim de contas, o objectivo do dono dos carros, que os entregou, bem ou erradamente convencido que o fazia no quadro do contrato, pretende é reaver o preço deles, que os RR. poderão muito bem cobrir, entregando-lhe as viaturas. (10) Tudo visto, e o disposto nos artºs 165 (998/1) 483/2, 497/1 (499) e 500/1.2 CC, vai inteiramente confirmada a sentença recorrida. VII. CUSTAS: pela ap.e, sucumbente. 7